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Física
INTENSIVO
Exasiu
Cinemática: Descrição Matemática
de Movimentos
Movimento Retilíneo Uniforme. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado e
Movimento de Queda Livre. Movimento Circular Uniforme.
AULA 03
Sumário
INTRODUÇÃO 4
1) CINEMÁTICA 5
2) MOVIMENTOS RETILÍNEOS 15
3) MOVIMENTOS BIDIMENSIONAIS 59
5) RESUMO DA AULA 89
Gabarito 129
INTRODUÇÃO
Faaaaala, guerreira! Faaaaala, guerreiro! Tudo bem contigo?!
Estou muito feliz em ver que você conseguiu vencer todos os tópicos da Aula 02 com sucesso!
Nesta aula, vamos falar sobre a descrição matemática de movimentos. Estudaremos alguns tipos
de movimentos retilíneos, o MRU (Movimento Retilíneo Uniforme) e o MRUV (Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado), com suas aplicações nos movimentos de queda livre e nos lançamentos de
projéteis. Além dos movimentos retilíneos, também veremos o MCU (Movimento Circular Uniforme).
Minha guerreira, meu guerreiro, não esqueça que ao mesmo tempo que você tem este livro digital,
em PDF, você também pode conferir a videoaula!
Ah, também não esqueça que qualquer dúvida pode ser tirada diretamente pelo fórum de dúvidas!
Ao finalizar esta aula, é esperado que você tenha desenvolvido e adquirido todas as ferramentas
teóricas e práticas e seja capaz de resolver os exercícios específicos da banca da sua prova de vestibular.
1) CINEMÁTICA
A Cinemática é a descrição matemática de movimentos. Todo corpo que se move pode ter uma
equação matemática (uma função) que melhor descreve seu movimento.
Não conheço ninguém que acorde de manhã com vontade de fazer a cinemática de algo! Hehehe
Se faz cinemática por uma questão prática, porque é útil, muito útil!
Ao se fazer a cinemática de um corpo, descrevendo seu movimento com uma função matemática
adequada, temos a possibilidade de saber por onde e quando este corpo irá passar, além de se estimar
por onde e quando este corpo já passou.
Os movimentos mais simples que existem são os movimentos retilíneos uniforme (MRU) e o
uniformemente variado (MRUV). Além desses, o movimento circular mais simples que conhecemos é o
circular uniforme (MCU).
Para entender estes movimentos, assim como suas respectivas aplicações, precisamos estudar
alguns conceitos básicos e os três conceitos principais da Cinemática: Deslocamento, Velocidade e
Aceleração.
Por exemplo, uma pequena formiga pode ser considerada um “ponto material” quando se desloca
dentro de uma garagem de uma residência. Enquanto que um veículo que manobra para estacionar não
pode ser considerado “um ponto”, pois seu tamanho (e formato) é relevante para a situação.
Portanto, sempre que o tamanho e formato de um corpo for irrelevante para a solução de um
problema cinemático, podemos representar este corpo como um ponto material.
1.1.2 Referencial
Todo movimento, assim como sua descrição matemática, depende de uma referência.
Dizemos que um corpo está em repouso (parado) se sua posição não variar com o passar do tempo
em relação a um referencial. Caso sua posição se altere com o passar do tempo, dizemos que o corpo está
em movimento. Contudo, é possível que um corpo esteja em repouso em relação a um determinado
referencial e em movimento em relação a outro.
Se o movimento for unidimensional, sobre uma direção, uma linha, podemos utilizar somente um
desses eixos. Em geral, utilizaremos o eixo X para a direção horizontal e para movimentos unidirecionais.
Quando o movimento for em duas direções, horizontal e vertical, por exemplo, utilizaremos o eixo X na
horizontal e o eixo Y na vertical.
Cotidianamente, estes conceitos podem se confundir. Porém, aqui na Física, eles são muito
diferentes, fornecendo informações bem distintas. Enquanto a Distância informa o comprimento de uma
trajetória, contando todos os pontos por onde um móvel passou ou poderá passar, o Deslocamento é um
VETOR que aponta da posição inicial até a posição final.
Algumas grandezas Físicas são vetoriais. Toda grandeza física que tem um valor que aponta para
algum lugar é classificada como grandeza vetorial.
Um exemplo é a Força. Para descrever corretamente o efeito de uma força, por exemplo,
precisamos responder a duas perguntas: quanto vale e pra onde aponta. Somente com estas duas
respostas poderemos analisar completamente os efeitos físicos de uma força. O mesmo ocorre para
deslocamentos, velocidades, acelerações, quantidades de movimento, impulsos, campos elétricos, etc.
Portanto, um Vetor possui, sempre, duas informações associadas: Módulo e Orientação. O Módulo
indica o valor, a intensidade da grandeza. A Orientação indica a direção e o sentido da grandeza. A direção
é a linha na qual a grandeza está orientada, podendo ser na horizontal, na vertical ou inclinada. O sentido,
indicado pela ponta da seta, indicando, em uma determinada direção, um dos dois sentidos possíveis.
Grandeza Vetorial
Toda grandeza física que tem um valor que aponta para algum lugar é
classificada como grandeza vetorial.
Algumas grandezas que são vetoriais: Força, Deslocamento, Velocidade,
Aceleração, Quantidade de Movimento, Impulso e Campo Elétrico.
Se um corpo sai de uma posição inicial, percorre uma trajetória, como a indicada pelo traçado
pontilhado, e termina no ponto indicado pela posição final, a Distância percorrida pelo móvel será a
medida de todo o trajeto percorrido, sendo uma grandeza escalar.
Já o Deslocamento é indicado por um vetor que liga a posição inicial à posição final. Seu módulo é
igual ao comprimento da seta, enquanto a orientação se dá da posição inicial à posição final
𝐷𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜
Matematicamente, podemos escrever o valor do deslocamento, representado pela letra d, como
sendo a diferença entre duas posições, a final e a inicial, para um corpo que se desloca em um referencial
(eixo X, ou eixo Y, ou eixo S, etc.):
𝑑 = 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑑 = ∆𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜
𝑑 = ∆𝑥 = 𝑥𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑥𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
[𝑑 ]
[𝑉 ] =
[𝑡 ]
𝑚
[𝑉 ] =
𝑠
AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 10
CURSO INTENSIVO 2024
OBS: Em muito livros, bem como em anunciados de questões de provas, o símbolo utilizado para
posição é a letra S. Este símbolo tem origem em uma tradução mal feita do termo “Space”, em inglês,
que não pode ser traduzido como “espaço” em português.
É bastante comum, em provas, nos depararmos com diferentes unidades de medida para valores
de velocidade. Podemos encontrar m/s, mm/s, cm/s, km/s, além de m/min, km/min e km/h. O mais
comum é o km/h.
Para converter uma velocidade indicada em km/h para m/s, por exemplo, precisamos transformar
o km em m e o tempo em h para s.
Como 1km = 1000m e 1h = 60min = 3600s, essa conversão acabará dependendo de um fator: o
3,6. Este fator vem, justamente da conversão simultânea dos km para m e das horas para segundos.
𝑘𝑚 1000𝑚 1𝑚 1
1 = = = 𝑚/𝑠
ℎ 3600𝑠 3,6𝑠 3,6
1 𝑚/𝑠 = 3,6 𝑘𝑚/ℎ
Se uma pessoa, ao caminhar, percorre um metro em um segundo, se assim permanecer, após uma
hora de caminhada, terá percorrido 3 quilômetros e 600 metros.
Assim, para passar de km/h para m/s dividimos o valor da velocidade por 3,6, uma velocidade
precisa ser multiplicada por 3,6 para se obter seu respectivo valor em km/h.
Tabela 1: Velocidade em km/h e em m/s.
5 18
10 36
15 54
20 72
25 90
30 108
Contudo, em muito exercícios em provas, temos contextos onde o que se quer é somente a média
da rapidez com que um móvel percorreu determinada trajetória. Assim podemos definir uma grandeza
escalar, chamada de Rapidez, como a razão entre a Distância percorrida e o Tempo.
𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑅𝑎𝑝𝑖𝑑𝑒𝑧𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜
A Rapidez Média nos informa o quão rápido, em média, um móvel percorreu um determinado
percurso em uma trajetória. Em muitas questões, os enunciados pedem a “Velocidade Escalar Média”.
Como Velocidade é uma grandeza vetorial, não é adequado se utilizar o termo “Escalar” depois de
velocidade.
Mesmo que um móvel se desloque com diferentes velocidades em cada instante, a Velocidade
Média é um valor fixo com que o móvel teria o mesmo deslocamento no mesmo intervalo de tempo. Da
mesma forma, a Rapidez Média é o valor com o móvel percorreria a mesma distância no mesmo tempo
se tivesse andado todo o percurso com uma rapidez igual à rapidez média.
1.2.3 Aceleração
A Aceleração é uma grandeza vetorial que aponta para onde e indica quão rapidamente a
Velocidade de um corpo aumenta.
A Aceleração (Média) é definida como a razão (divisão) entre a variação da velocidade pela
variação do tempo.
𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝐴𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜
A variação da velocidade pode ser escrita, formalmente, da seguinte forma:
∆𝑉 = 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
[∆𝑉]
[𝑎 ] =
[∆𝑡]
𝑚/𝑠
[𝑎 ] = = 𝑚/𝑠 2
𝑠
𝑚/𝑠
Veja que a unidade de medida indica quantos valores de velocidade, em metros por segundo,
𝑠
mudaram durante um segundo.
Por exemplo, se um carro, em uma prova de arrancadas, aumentar sua velocidade de zero,
partindo do repouso, até 100km/h em apenas 10s, sua aceleração indica que, em média, sua velocidade
variou 10km/h a cada segundo. Assim, podemos escrever que sua aceleração média foi igual a 10km/h/s.
Em uma prova de arrancada, um veículo, partindo do repouso, percorre uma pista retilínea de 400m em
10 segundos, atingindo uma velocidade final de 400km/h. Os valores da velocidade média e da aceleração
média desenvolvidas por esse veículo valem, respectivamente,
A) 40m/s e 40m/s².
B) 200km/h e 40m/s².
C) 200km/h e 8m/s².
D) 144km/h e 8m/s².
E) 144km/h e 40km/h/s.
Comentários
𝑑
𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =
𝑡
400
𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = = 40 𝑚/𝑠 = 144 𝑘𝑚/ℎ
10
O valor da aceleração média pode ser obtido a partir da equação abaixo:
∆𝑉
𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =
∆𝑡
400 𝑘𝑚
𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = = 40 /𝑠
10 ℎ
Gabarito: “E”
2) MOVIMENTOS RETILÍNEOS
Os dois movimentos mais simples que qualquer móvel pode assumir na natureza são os
movimentos retilíneos uniforme (MRU) e o uniformemente variado (MRUV).
Se um corpo, com o passar do tempo, não muda sua posição em relação a um referencial, então
este corpo está na condição de repouso.
Corpo em repouso.
No MRU, temos somente estes dois casos. Para diferenciar uma velocidade a favor ou contra o
sentido do crescimento do referencial, utilizamos os sinais + e −. Ou seja, sempre que uma velocidade
apontar a favor do eixo de referência, esta velocidade deve ser indicada como positiva. Da mesma forma,
sempre que uma velocidade apontar em sentido oposto ao do crescimento do eixo referencial, deve ser
indicada como negativa.
- Deslocamentos que se dão a favor do referencial, são positivos. Deslocamentos que se dão contra o
referencial, são negativos.
- Velocidades a favor do referencial, são positivas. Velocidades contra o referencial, são negativas.
- Acelerações a favor do referencial, são positivas. Acelerações contra o referencial, são negativas.
De fato, muitos dos exercícios de cinemática em nossas provas cobram gráficos. Portanto,
precisamos falar deles.
É importante destacar aqui, também, que todas as ferramentas para análises gráficas não devem
ser novidade para você, pois os gráficos são os de funções conhecidas, como as funções polinomiais de
grau um, as retas, e funções de segundo grau, parábolas. O que vamos fazer aqui, é utilizar as ferramentas
matemáticas que você já tem que saber mesmo para as provas de vestibular e adaptar estas ferramentas
para as análises físicas.
Para o caso de um móvel em repouso, com velocidade nula, e que assim permanece, ele mantém
sua posição sempre a mesma com o passar do tempo. Se representarmos isso graficamente, teremos uma
reta horizontal no gráfico Posição X Tempo.
Nesta situação, o corpo permanece em sua mesma posição inicial em relação ao sistema de
referência.
Gráfico Posição X Tempo para o Caso 1: corpo se move a favor do crescimento do referencial.
Neste caso, o corpo inicia seu movimento no tempo igual a zero, em sua posição inicial, e segue se
movendo, sempre com a mesma velocidade, com a mesma rapidez, sempre no sentido do crescimento
do eixo referencial. O próprio eixo das posições é o referencial. Assim, conforme passa o tempo, o gráfico
irá registrar pontos que se encaixam perfeitamente em uma reta crescente.
Gráfico Posição X Tempo para o caso 2: corpo se move contra o crescimento do referencial.
Neste segundo caso temos algo semelhante, pois o corpo se move sempre a uma taxa constante,
mas para o lado negativo do eixo das posições.
No MRU, como todos os gráficos de Posição X Tempo são retas crescentes ou decrescentes, então
a função matemática adequada para descrever esse movimento é a de um polinômio de primeiro grau,
do tipo 𝑦 = 𝑚 ⋅ 𝑥 + 𝑏, onde y é a variável dependente, x a independente, m é o coeficiente angular da
reta e b é o coeficiente linear.
Assim, podemos escrever a Equação Horária da Posição para o MRU, onde x é a posição do móvel
no referencial definido pelo eixo X das posições, xi é a posição inicial, no tempo igual a zero, V é a
velocidade do móvel, que é constante, e t é o instante de tempo.
A velocidade V do móvel é o coeficiente angular da reta. Assim, quanto maior a inclinação da reta,
maior o valor da velocidade. O coeficiente linear nada mais é do que a posição inicial do corpo.
Assim, para se fazer a cinemática de um corpo que se move em MRU, precisamos de duas
informações: a posição inicial e a velocidade. Ao conhecer a posição de início e a velocidade do móvel,
podemos escrever a função matemática que descreve o movimento desse corpo, possibilitando predizer,
a cada instante, a respectiva posição do corpo.
Ao se escrever a Equação Horária do Movimento para um corpo, podemos dizer que fizemos a
cinemática para o corpo. Por isso que Cinemática é a descrição matemática de movimentos. Com esta
função pronta, podemos responder qualquer coisa sobre o movimento de um corpo, como por onde e
quando ele irá passar ou chegar em algum lugar, por exemplo, além de poder dizer de onde veio, para
onde vai, quanto tempo levou para chegar até aqui, etc.
Ah, perceba, também, que se um corpo que se move terá diferentes equações
horárias para diferentes referenciais. Por isso, reitero, não existe cinemática sem um
sistema de referências. É impossível descrever matematicamente o movimento de um
móvel sem um referencial.
Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve possível. Para
tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica que o
trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas diferentes. No
primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km.
No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima permitida é de 120 km/h.
Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande
continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para a
realização da entrega?
a) 0,7
b) 1.4
c) 1.5
d) 2.0
e) 3,0
Comentários
Como a empresa quer que o veículo ande continuamente na velocidade máxima permitida, trata-
se de um problema envolvendo dois trechos em Movimento Retilíneo Uniforme (MRU).
d
𝑉=
𝑡
No primeiro trecho:
𝑑1 80
𝑡1 = = = 1 ℎ𝑜𝑟𝑎
𝑉1 80
No segundo trecho:
𝑑2 60
𝑡2 = = = 0,5ℎ𝑜𝑟𝑎
𝑉2 120
Logo:
Gabarito: “C”
Exemplo: FATEC
A função horária que nos fornece a posição do automóvel, com as unidades fornecidas, é:
a) s = 200 + 30t
b) s = 200 – 30t
c) s = 200 + 15t
d) s = 200 – 15t
e) s = 200 – 15t2
Comentários
Com os dados da tabela, podemos verificar que as posições reduzem de 30km em 30km a cada
intervalo de tempo de 2h, configurando deslocamentos iguais em tempos iguais, característico de um
Movimento Retilíneo Uniforme.
Para escrever a equação horária da posição para esse móvel, precisamos de duas informações: da
posição inicial e da velocidade.
A posição inicial é a que corresponde ao instante zero, valendo 200km. Ou seja, S i=200km.
∆S
𝑉=
∆𝑡
𝑆𝑓 − 𝑆𝑖
𝑉=
𝑡𝑓 − 𝑡𝑖
50 − 200 −150
𝑉= = = −15 𝑘𝑚/ℎ
10,0 − 0,0 10,0
Assim, a Equação Horária da Posição para o movimento do móvel, que se desloca em MRU fica:
𝑆 = 𝑆𝑖 + 𝑉 ⋅ 𝑡
𝑆 = 200 + (−15) ⋅ 𝑡
𝑆 = 200 − 15 ⋅ 𝑡
Gabarito: “D”
Exemplo: MACKENZIE
Um móvel se desloca sobre uma reta conforme o diagrama a seguir. O instante em que a posição do móvel
é de + 20 m é:
a) 6 s
b) 8 s
c) 10 s
d) 12 s
e) 14 s
Comentários
Para se obter o instante de tempo em que o móvel passa pela posição +20m, devemos escrever a
equação horária da posição.
Como o gráfico da Posição x Tempo é uma reta, então o móvel está em Movimento Retilíneo
Uniforme – MRU.
Para escrever a equação horária da posição para esse móvel, precisamos de duas informações: da
posição inicial e da velocidade.
A posição inicial é a que corresponde ao instante zero, valendo -30m. Ou seja, Xi=-30m.
A velocidade pode ser obtida a partir da sua definição e de dois pontos conhecidos no gráfico:
∆S
𝑉=
∆𝑡
𝑋𝑓 − 𝑋𝑖
𝑉=
𝑡𝑓 − 𝑡𝑖
𝑋 = 𝑋𝑖 + 𝑉 ⋅ 𝑡
𝑋 = −30 + 5 ⋅ 𝑡
+20 = −30 + 5 ⋅ 𝑡
+50 = 5 ⋅ 𝑡
50
𝑡= = 10𝑠
5
Gabarito: “C”
Gráfico Velocidade X Tempo para o Caso 1: corpo se move a favor do crescimento do referencial.
Gráfico Velocidade X Tempo para o caso 2: corpo se move contra o crescimento do referencial.
Veja que o gráfico de Velocidade x Tempo para o caso do corpo em repouso apresenta uma reta
com inclinação nula sobre o eixo do tempo.
Já os gráficos para os dois casos do MRU, temos retas horizontais, indicando que, com o passar do
tempo, a velocidade se mantém constante. No caso 1, a velocidade é positiva. No caso 2, a velocidade é
negativa.
A partir de gráficos de Velocidade x Tempo, podemos obter os deslocamentos a partir das áreas
formadas entre a linha do gráfico e o eixo do tempo.
Áreas em gráficos V x t
As áreas formadas entre a linha do gráfico de velocidade e o eixo do tempo são
iguais aos respectivos deslocamentos.
Á𝒓𝒆𝒂𝑮𝒓á𝒇𝒊𝒄𝒐 = 𝒅
𝑽𝒙𝒕
Exemplo: MACKENZIE/2018
Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada retilínea, parando para um lanche, de acordo
com gráfico acima. A velocidade média nas primeiras 5 horas desse movimento é
a) 10 km/h
b) 12 km/h
c) 15 km/h
d) 30 km/h
e) 60 km/h
Comentários
Pela análise do gráfico temos que o deslocamento é igual a área dos dois retângulos destacados.
Lembre-se que a área de um retângulo pode ser calculada pelo produto da base pela sua altura.
𝑑 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴0 𝑎 2 + 𝐴2 𝑎 3 + 𝐴3 𝑎 5
𝑑 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 ∙ 20 + 1 ⋅ 0 + 2 ∙ 10 = 60 𝑘𝑚
𝑑 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 40 + 0 + 20 = 60 𝑘𝑚
𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑚 =
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
60
𝑉𝑚 = = 12 𝑘𝑚/ℎ
5
Gabarito: “B”
Quando dois móveis estão em uma mesma direção, a velocidade relativa entre eles é igual à soma
dos módulos das velocidades individuais se eles se moverem em sentidos opostos. Ao se moverem em
sentidos opostos, seja se afastando ou se aproximando entre si, a velocidade de cada móvel contribui
para que este afastamento ou aproximação ocorra mais rapidamente.
Quando dois móveis estão em uma mesma direção, a velocidade relativa entre eles é igual à
diferença dos módulos das velocidades individuais se eles se moverem no mesmo sentido. Ao se moverem
no mesmo sentido, um perseguindo o outro, eles se aproximam ou se afastam entre si a uma taxa relativa
igual à diferença entre os módulos de suas velocidades.
Imagine que dois automóveis estão em uma mesma estrada retilínea. O móvel 1 se move a 60km/h
em relação à estrada para a direita. O móvel 2 se move a 40km/h em relação à estrada, mas para a
esquerda. Veja que eles se aproximam ou se afastam entre a uma taxa de 100km/h. Esta taxa é justamente
a velocidade relativa entre eles, indicando que eles se afastam ou se aproximam entre si, a cada 1h, uma
distância relativa de 100km.
Entretanto, se estes dois móveis se moverem no mesmo sentido, ambos para a direita ou ambos
para a esquerda, a rapidez de aproximação ou afastamento será igual a 20km/h, pois, enquanto o móvel
1 anda 60km em 1h, o móvel 2 anda somente 40km nesta mesma 1h. Ou seja, a cada 1h, eles se afastam
ou se aproximam entre si uma distância relativa de 20km.
Veja que, se os dois móveis tiverem iguais valores de velocidade, em sentidos opostos, a
velocidade relativa será igual à soma das velocidades, ou o dobro da velocidade de um deles. Mas, se os
dois se moverem no mesmo sentido, a velocidade relativa será nula, pois, se um persegue o outro com
igual velocidade, a distância relativa entre eles não se modifica.
Velocidades Relativas
- Móveis em sentidos opostos:
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
Comentários
𝑑
𝑉=
𝑡
𝑑
𝑡=
𝑉𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
60
𝑡= =3ℎ
20
Gabarito: “C”
Vou aproveitar o próximo exemplo para aplicar três diferentes ferramentas de solução. A primeira,
aplicável em exercícios mais simples e valores acessíveis, é a do raciocínio de como o sistema evolui. A
segunda, utilizando a velocidade relativa, que resolve problemas deste tipo rapidamente. A terceira, é a
ferramenta mais formal para a solução de problemas deste tipo, pois define um sistema de referências,
escreve as equações horárias de cada móvel e as utiliza para chegar na solução.
Esta última, a das equações horárias, é a metodologia que resolve os problemas mais difíceis e
complexos sobre este tópico de encontros e movimentos relativos, pois, como vimos, ao se conhecer a
equação horária do movimento de um móvel, podemos responder qualquer coisa sobre seu movimento.
Exemplo: PUC - SP
Duas bolas de dimensões desprezíveis se aproximam uma da outra, executando movimentos retilíneos e
uniformes (veja a figura). Sabendo-se que as bolas possuem velocidades de 2 m/s e 3 m/s e que, no
instante t = 0, a distância entre elas é de 15 m, podemos afirmar que o instante da colisão é
a) 1 s
b) 2 s
c) 3 s
d) 4 s
e) 5 s
Comentários
Podemos chamar a bolinha da esquerda, que se move com velocidade igual a 2m/s, de bolinha A
e a da esquerda, que se move com velocidade igual a 3m/s de bolinha B.
A cada segundo, a bolinha A avança para a direita 2m e a bolinha B avança para a esquerda 3m.
Assim, em um segundo, elas se aproximam entre si 5m.
Como elas estão afastadas, inicialmente, 15m, então, após um segundo, elas estão afastadas por
10m, após dois segundos elas estão separadas por 5m e, após três segundos, elas se encontram.
𝑉𝑟𝑒𝑙 = 2 + 3 = 5 𝑚/𝑠
Com uma distância relativa de 15m, podemos encontrar o tempo de encontro a partir da relação
abaixo:
d
𝑉=
𝑡
15
3=
𝑡
𝑑 15
𝑡= = = 3𝑠
𝑉 5
Gabarito: “C”
As duas primeiras formas de resolver, somente são indicadas se os corpos se moverem em MRU.
Se algum dos móveis se mover em MRUV ou qualquer outro movimento variável, o melhor é utilizar a
terceira resolução, que é a metodologia mais formal e adequada para resolver problemas deste tipo.
A terceira maneira de resolver este mesmo problema, mais formalmente, é escrevendo a equação
horária da posição para cada uma das bolas.
Para isso, como vimos, precisamos definir um sistema de referência, um eixo X, horizontal, com
uma origem (o zero do eixo). A posição da origem vou escolher onde está a bola A inicialmente. Esta
posição inicial pode ser colocada em qualquer outra posição que se queira.
A B
X (m)
0 15
Com a origem sobre a bolinha A, a posição inicial da bolinha B vale 15m. Como as bolinhas se
movem em MRU, com as posições iniciais e as respectivas velocidades, então as equações horárias ficam:
𝑋 = 𝑋𝑖 + 𝑉 ⋅ 𝑡
𝑋𝐴 = 0 + 2 ⋅ 𝑡
𝑋𝐵 = +15 + (−3) ⋅ 𝑡
𝑋𝐴 = 2 ⋅ 𝑡
𝑋𝐵 = 15 − 3 ⋅ 𝑡
Com estas equações horárias, podemos calcular o tempo de encontro ao igualar as posições 𝑋𝐴 e
𝑋𝐵 . Escrever esta igualdade significa encontrar o instante de tempo em que as posições das bolas A e B
são as mesmas, ou seja, quando elas se encontram.
𝑋𝐴 = 𝑋𝐵
2 ⋅ 𝑡 = 15 − 3 ⋅ 𝑡
2 ⋅ 𝑡 + 3 ⋅ 𝑡 = 15
5 ⋅ 𝑡 = 15
15
𝑡= = 3𝑠
5
Portanto, o tempo que leva para as duas bolas se encontrarem é de 3 segundos.
Já temos todas as ferramentas para resolver problemas deste tipo. Porém, precisamos fazer alguns
ajustes, pois, como os tamanhos dos corpos são relevantes para a solução do problema, os comprimentos
dos corpos geralmente acabam por incrementar o deslocamento.
Por exemplo, se um trem de 50m vai atravessar um túnel de 150m, além do tamanho do túnel, o
trem também precisa sair de dentro do túnel, tendo que se deslocar, além do tamanho do túnel, o seu
próprio comprimento. Ou seja, para um trem de 50m de comprimento atravessar completamente um
túnel de 150m de comprimento, ele precisa se deslocar 200m.
Esta mesma ideia vale para problemas semelhantes, como caminhões atravessando pontes,
caminhões ultrapassando caminhões, etc.
𝒅𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑽𝒓𝒆𝒍 ⋅ 𝒕
Exemplo: UNITAU
Uma motocicleta com velocidade constante de 20 m/s ultrapassa um trem de comprimento 100 m e
velocidade 15 m/s. O deslocamento da motocicleta durante a ultrapassagem é:
a) 400 m.
b) 300 m.
c) 200 m.
d) 150 m.
e) 100 m.
Comentários
O comprimento da moto é desprezível. Porém, o do trem, não! Como o trem tem 100m de
comprimento, a moto precisa se deslocar, em relação à estrada, 100m a mais que o trem, que se move
com velocidade igual a 20m/s no mesmo sentido que a motocicleta, que se move a 15m/s.
O tempo da ultrapassagem pode ser obtido a partir da velocidade relativa entre a moto e o trem
que é igual à diferença entre os módulos das respectivas velocidades da moto e do trem, pois estão no
mesmo sentido de movimento.
𝑉𝑟𝑒𝑙 = 20 − 15 = 5 𝑚/𝑠
d
𝑉=
𝑡
𝑑𝑟𝑒𝑙 100
𝑡= = = 20𝑠
𝑉𝑟𝑒𝑙 5
Como a moto levou 20s para ultrapassar o trem, o seu deslocamento total em relação à estrada
vale:
𝑑 =𝑉⋅𝑡
𝑑 = 20 ⋅ 20 = 400 𝑚
Gabarito: “A”
Exemplo: UFSCAR/2004
Um trem carregado de combustível, de 120 m de comprimento, faz o percurso de Campinas até Marília,
com velocidade constante de 50 km/h. Este trem gasta 15 s para atravessar completamente a ponte sobre
o rio Tietê. O comprimento da ponte é:
a) 100,0 m.
b) 88,5 m.
c) 80,0 m.
d) 75,5 m.
e) 70,0 m.
Comentários
Para atravessar completamente uma ponte, o trem precisa percorrer o comprimento da ponte
somado com seu próprio comprimento. Assim, a distância total fica:
𝑑 =𝑉⋅𝑡
120 + 𝐿𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒 = 14 ⋅ 15
𝐿𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒 = 90 𝑚
𝐿𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒 ≅ 88,5 𝑚
Gabarito: “B”
Todos os exercícios de MRUV podem ser resolvidos com uma ou mais destas quatro equações
acima. Calma que vou explicar cada uma delas. De primeira, eu sei, elas parecem bem assustadoras. Mas
te garanto que, até o final desta aula, você vai perder o medo delas!
Este corpo pode, se partir do repouso, somente aumentar sua velocidade constantemente, ou, se
já estiver se movendo, pode somente aumentar sua velocidade constantemente ou, ainda, se sua
velocidade inicial for oposta à aceleração, irá reduzir sua velocidade, tendendo a parar e inverter o sentido
de seu movimento.
Vamos supor que a aceleração, em todos estes casos, é igual a 𝑎 = +3𝑚/𝑠 2 (o sinal positivo indica
que a aceleração está a favor do referencial escolhido). Uma aceleração igual a +3m/s² significa que, a
cada segundo, a velocidade deve aumentar 3m/s para o sentido positivo do eixo de referências.
Ao partir do repouso, como no caso 1 (𝑉𝑖 = 0 𝑚/𝑠), após 1s, a velocidade variou 3m/s a favor do
referencial, assumindo o valor de 𝑉1 = +3𝑚/𝑠. Após mais um segundo, a velocidade aumenta mais três
valores, valendo 𝑉2 = +6𝑚/𝑠. Da mesma forma, após 3s de movimento, a velocidade já vale 𝑉3 =
+9𝑚/𝑠. E assim por diante.
No caso 2, vamos supor que a velocidade inicial vale 𝑉𝑖 = +2𝑚/𝑠. Após 1s, com a aceleração igual
a 𝑎 = +3𝑚/𝑠 2 , como a velocidade aumenta constantemente 3m/s a cada segundo, a velocidade vale
𝑉1 = +5𝑚/𝑠. No instante igual a 2s, 𝑉2 = +8𝑚/𝑠. Em t=3s, 𝑉1 = +11𝑚/𝑠. E assim por diante.
Nesse caso, vamos supor que a velocidade inicial vale 9m/s, mas no sentido oposto do referencial
adotado: 𝑉𝑖 = −9𝑚/𝑠. Submetido à aceleração igual a 𝑎 = +3𝑚/𝑠 2 , esta velocidade inicial, agora, irá
sofrer uma redução, pois a aceleração “manda” a velocidade aumentar para o lado positivo. Com a
velocidade inicial apontando no sentido oposto, esta velocidade tende a diminuir até zerar e, depois,
começar a aumentar para o lado positivo (como no caso 1).
Todos os exercícios de MRUV em nossas provas se encaixam em um desses três casos. Então, é
muito importante que você tenha, sempre, estes três casos em mente na hora de interpretar um
problema de cinemática.
Uma Progressão Aritmética se caracteriza por uma sequência de valores onde cada termo é igual
ao seu antecessor somado com um valor fixo, chamado de razão. Por exemplo, a uma razão igual a +3,
partindo de -9 (lembre-se do caso 3) a sequência fica: {−9, −6, −3, 0, +3, +6, +9, +12, +15, +18 … }.
Esta sequência é uma Progressão Aritmética de razão igual a +3 e com o primeiro termo igual a -9.
Como no MRUV os valores de velocidade seguem uma Progressão Aritmética, onde a aceleração
é a razão na qual esses valores aumentam em cada intervalo fixo de tempo, podemos utilizar a equação
da média aritmética para a velocidade média no MRUV.
Assim, além da própria definição de Velocidade Média que vimos no capítulo anterior, temos a da
média aritmética das velocidades:
𝑑 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑉𝑖 + 𝑉𝑓
𝑉𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 𝑉𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
𝑀𝑅𝑈𝑉 𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑀𝑅𝑈𝑉 2
Com estas relações, podemos escrever a primeira equação para os deslocamentos no MRUV.
Como vimos, os gráficos utilizados para as análises cinemáticas são os de Posição X Tempo,
Velocidade X Tempo e Aceleração X Tempo.
Para o caso de um móvel em repouso, com velocidade nula, e que assim permanece, ele mantém
sua posição sempre a mesma com o passar do tempo. Se representarmos isso graficamente, teremos uma
reta horizontal no gráfico Posição X Tempo.
Para os três casos do MRUV os gráficos de Posição X Tempo ficarão parabólicos e os de Velocidade
X Tempo ficarão retas, como vamos conferir na sequência.
No MRUV, como todos os gráficos de Posição X Tempo são parábolas, então a função matemática
adequada para descrever esse movimento é a de um polinômio de segundo grau, do tipo
𝑦 = 𝑎 ⋅ 𝑥 2 + 𝑏 ⋅ 𝑥 + 𝑐,
Assim, podemos escrever a Equação Horária da Posição para o MRUV, onde x é a posição do móvel
no referencial definido pelo eixo X das posições, xi é a posição inicial, no tempo igual a zero, Vi é a
velocidade inicial do móvel, a é a aceleração e t é o instante de tempo.
Assim, para se fazer a cinemática de um corpo que se move em MRUV, precisamos de três
informações: a posição inicial, a velocidade inicial e a aceleração. Ao conhecer a posição e a velocidade
de início e a aceleração do móvel, podemos escrever a função matemática que descreve o movimento
desse corpo, possibilitando predizer, a cada instante, a respectiva posição do corpo.
Ao se escrever a Equação Horária do Movimento para um corpo, podemos dizer que fizemos a
cinemática para o corpo. Por isso que Cinemática é a descrição matemática de movimentos. Com esta
função pronta, podemos responder qualquer coisa sobre o movimento de um corpo, como por onde e
quando ele irá passar ou chegar em algum lugar, por exemplo, além de poder dizer de onde veio, para
onde vai, quanto tempo levou para chegar até aqui, etc.
Esta equação horária pode ser escrita de uma forma mais simplificada, pois o deslocamento é igual
à variação das posições: 𝑑 = ∆𝑥 = 𝑥𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑥𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 . Assim, temos a segunda equação pro MRUV, a
equação horária para o deslocamento.
A terceira das quatro equações que veremos para o MRUV, é a equação horária para a velocidade,
que pode ser obtida a partir dos gráficos dos valores de velocidade com os tempos.
Gráfico Velocidade X Tempo para o Caso 1: corpo, partindo do repouso, aumenta sua velocidade
constantemente.
Gráfico Velocidade X Tempo para o caso 2: corpo já se move inicialmente e aumenta sua
velocidade constantemente.
Gráfico Velocidade X Tempo para o Caso 3: corpo já se move inicialmente, mas no sentido oposto
à aceleração.
Veja que, embora os gráficos dos casos apresentados tenham declividade (aceleração) positiva, os
gráficos de Velocidade x Tempo podem se diferenciar pelo valor da velocidade inicial e pelas declividades
das retas, que podem ser crescentes ou decrescentes.
Assim, podemos escrever a Equação Horária da Velocidade para o MRUV, onde V é a velocidade
instantânea do móvel no referencial definido, Vi é a velocidade inicial, no tempo igual a zero, a é a
aceleração do móvel, que é constante e diferente de zero, e t é o instante de tempo.
A quarta e última equação é chamada de Equação de Torricelli. Ela pode ser obtida ao se isolar o t
na equação 3 e substituir na equação 2.
𝑉𝑓 − 𝑉𝑖
𝑡=( )
𝑎
𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 2
𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 𝑎⋅( 𝑎 )
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ ( )+
𝑎 2
𝑉𝑓2 − 𝑉𝑖2
𝑑=
2⋅𝑎
2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑 = 𝑉𝑓2 − 𝑉𝑖2
𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑
O interessante desta equação é a de que ela não tem o tempo explícito, presente nas três equações
anteriores.
Com estas quatro equações, podemos resolver todo e qualquer problema de MRUV que aparecer
em nossas provas!
Todos os problemas de MRUV podem envolver, no máximo, cinco grandezas: velocidade inicial,
velocidade final, aceleração, deslocamento e tempo.
Perceba que a velocidade inicial está presente em todas as equações! Logo, se o problema não
informar a velocidade inicial, teremos que utilizar uma dessas quatro equações, calcular a velocidade
inicial para, então, poder seguir com a solução da questão.
O trecho da música, de Lenine e Arnaldo Antunes (1999), ilustra a preocupação com o trânsito nas cidades,
motivo de uma campanha publicitária de uma seguradora brasileira. Considere dois automóveis, A e B,
respectivamente conduzidos por um motorista imprudente e por um motorista consciente e adepto da
campanha citada. Ambos se encontram lado a lado no instante inicial t=0 s, quando avistam um semáforo
amarelo (que indica atenção, parada obrigatória ao se tomar vermelho). O movimento de A e B pode ser
analisado por meio do gráfico, que representa a velocidade de cada automóvel em função do tempo.
As velocidades dos veículos variam com o tempo em dois intervalos: (I) entre os instantes 10 s e 20 s; (II)
entre os instantes 30 s e 40 s. De acordo com o gráfico, quais são os módulos das taxas de variação da
velocidade do veículo conduzido pelo motorista imprudente, em m/s 2, nos intervalos (I) e (II),
respectivamente?
A) 1,0 e 3,0
B) 2,0 e 1,0
C) 2,0 e 1,5
D) 2,0 e 3,0
E) 10,0 e 30,0
Comentários
O motorista A aumenta sua velocidade rapidamente e depois, no intervalo II, freia bruscamente.
Portanto, ele é o motorista imprudente na questão.
Vamos agora calcular sua taxa de variação de velocidade (aceleração) em cada um dos intervalos.
Intervalo I:
Δ𝑣 𝑣 − 𝑣0 30 − 10
𝑎𝐼 = = =
Δt Δ𝑡 10
𝑎𝐼 = +2,0 𝑚/𝑠 2
Intervalo II:
Δ𝑣 𝑣 − 𝑣0 0 − 30
𝑎𝐼𝐼 = = =
Δt Δ𝑡 10
𝑎𝐼𝐼 = −3,0 𝑚/𝑠 2
O sinal negativo indica o sentido da aceleração, que se opõe à velocidade positiva, conforme
apresentado no gráfico.
Gabarito: “D”
Exemplo: FUVEST
Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera com aceleração escalar constante e igual
a 2,0 m/s2. Pode-se dizer que sua velocidade escalar e a distância percorrida após 3,0 segundos, valem,
respectivamente:
b) 6,0m/s e 18m;
d) 12 m/s e 35m;
e) 2,0 m/s e 12 m.
Comentários
Como o veículo acelera sempre com a mesma aceleração, então temos um MRUV.
Sua velocidade inicial é zero, pois parte do repouso, acelera a uma taxa de 2,0m/s² e, após um
intervalo de tempo igual a 3s, precisamos calcular sua velocidade final e deslocamento.
𝑉𝑓 = 𝑉𝑖 + 𝑎 ⋅ 𝑡
𝑉𝑓 = 0 + 2 ⋅ 3
𝑉𝑓 = 6 𝑚/𝑠
Já a distância pode ser obtida a partir do cálculo do deslocamento. Podemos utilizar a Equação
Horária para o Deslocamento.
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2
2 ⋅ 32
𝑑 =0+
2
𝑑 =9𝑚
Gabarito: “A”
Exemplo: UFPA
Um ponto material parte do repouso em movimento uniformemente variado e, após percorrer 12 m, está
animado de uma velocidade escalar de 6,0 m/s. A aceleração escalar do ponto material, em m/s², vale:
a) 1,5
b) 1,0
c) 2,5
d) 2,0
e) n.d.a.
Comentários
Ao partir com velocidade inicial nula, em MRUV, percorrer 12m e atingir uma velocidade final igual
a 6,0m/s, a aceleração pode ser obtida a partir da Equação de Torricelli.
𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑
6,02 = 02 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 12
36 = 0 + 24 ⋅ 𝑎
36
𝑎= = 1,5 𝑚/𝑠 2
24
Gabarito: “A”
No movimento retilíneo uniformemente variado, com velocidade inicial nula, a distância percorrida é
Comentários
A partir da Equação Horária para o Deslocamento no MRUV, podemos observar a relação direta
dos deslocamentos com os quadrados dos tempos.
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2
𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑
Gabarito: “C”
(UFRGS - 2017) Um atleta, partindo do repouso, percorre 100 m em uma pista horizontal retilínea,
em 10 s, e mantém a aceleração constante durante todo o percurso. Desprezando a resistência do ar,
considere as afirmações abaixo, sobre esse movimento.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Comentários
I – CORRETA.
No MRUV, a velocidade média pode ser obtida por duas equações: pela média aritmética das
velocidades ou pela razão do deslocamento total e o respectivo tempo.
𝑉𝑖 + 𝑉𝑓
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑀𝑅𝑈𝑉 2
𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Como o deslocamento foi de 100m em um intervalo de tempo de 10s, então a velocidade média
fica:
100
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 10 𝑚/𝑠 = 36 𝑘𝑚/ℎ
10
II – INCORRETA.
A aceleração pode ser obtida a partir da Equação Horária para os deslocamentos no MRUV.
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2
𝑎 ⋅ 102
100 = 0 ⋅ 10 +
2
𝑎 ⋅ 100
100 =
2
200 = 𝑎 ⋅ 100
𝑎 = 2 𝑚/𝑠 2
III – INCORRETA.
Esta velocidade pode ser obtida a partir da Equação Horária da Velocidade no MRUV.
𝑉𝑓 = 𝑉𝑖 + 𝑎 ⋅ 𝑡
𝑉𝑓 = 0 + 2 ⋅ 10
𝑉𝑓 = 20 𝑚/𝑠
Gabarito: “A”
A Queda Livre, aqui na Física, é diferente da queda livre dos paraquedistas! A queda livre dos
paraquedistas não é livre dos feitos do ar (ainda bem!). O ar fica cada vez mais relevante em uma queda
quanto maior for o objeto e mais rápido ele se mover. Assim, para corpos pequenos, não muito leves, e
em baixas velocidades, em alguns casos, os efeitos do ar podem ser desprezados.
A queda somente sob o efeito da gravidade é igual para todos os corpos, pois a aceleração de
queda é a mesma para todos, fazendo com que variem suas velocidades a uma taxa chamada de
Aceleração de Queda Livre. Próximo à superfície da Terra, a aceleração de queda livre é verticalmente
para baixo e vale aproximadamente 10m/s².
Assim, dois corpos, abandonados de uma mesma altura, próximos à superfície da Terra,
submetidos à ação da gravidade, em um loca onde os efeitos do ar podem ser desprezados, levam
exatamente o mesmo tempo para atingir o solo, independentemente de suas massas, formatos ou
tamanhos.
Sim! É exatamente isso que você está pensando! Se não tiver o ar, tudo que for solto de uma
mesma altura, vai levar o mesmo tempo pra chegar no chão, mesmo que eles tenham diferentes pesos.
Com o ar, os objetos mais densos e mais aerodinâmicos conseguem atingir velocidades maiores
durante suas quedas. Mas, sem o ar, estes fatores se tornam irrelevantes!
Portanto, os casos que temos para movimentos verticais em queda livre são exatamente os
mesmos que vimos para o MRUV. O Movimento de Queda Livre – MQL é um exemplo de MRUV.
Se o corpo for lançado inicialmente para baixo, sua velocidade aumenta constantemente.
Se um corpo for, inicialmente, lançado verticalmente para cima, sua velocidade irá diminuir até
parar e, a partir de então, aumentar para baixo.
Não há novas equações para resolver problemas de queda livre, pois o MQL é um exemplo de
MRUV. Assim, todos os exercícios que envolvem lançamentos verticais e corpos em queda livre podem
ser resolvidos com as mesmas equações que já vimos para o MRUV.
Uma criança muito sapeca lança sua boneca da sacada de um prédio verticalmente para cima com
velocidade de 10m/s. O porteiro do prédio, no andar térreo, conseguiu observar que ela atingiu o solo,
com uma velocidade de 30m/s. Desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência do ar durante todo o
movimento do objeto.
A partir do texto, pode-se afirmar que o tempo que a boneca levou para atingir a altura máxima e o tempo
total de voo foram, respectivamente
a) 1s e 3s.
b) 1s e 4s
c) 10s e 30s
d) 10s e 40s
e) 5s e 10s
Comentários
Como o movimento é de queda livre, podemos utilizar as equações do MRUV para resolver o
problema.
Para calcular o tempo até altura máxima e o tempo total, podemos utilizar
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑎 ⋅ 𝑡
+10
𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = = 1𝑠
+10
Tempo total, desde o lançamento até bater no chão:
+40
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = = 4𝑠
+10
Gabarito: “B”
Uma criança muito sapeca lança sua boneca da sacada de um prédio verticalmente para cima com
velocidade de 10m/s. O porteiro do prédio, no andar térreo, conseguiu observar que ela atingiu o solo,
com uma velocidade de 30m/s. Desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência do ar durante todo o
movimento do objeto.
A partir do texto, pode-se afirmar que a distância total percorrida pela boneca e a altura do lançamento
até a base do prédio foram, respectivamente
a) 40m e 20m.
b) 40m e 30m.
c) 45m e 40m.
d) 45m e 20m.
e) 50m e 40m
Comentários
Como o movimento é de queda livre, podemos utilizar as equações do MRUV para resolver o
problema.
Para calcular a distância total percorrida, temos que determinar o deslocamento até a altura
máxima e o deslocamento da altura máxima até o solo.
2 2
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 +2⋅𝑎⋅𝑑
0 = 100 − 20 ⋅ 𝑑𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎
−100
𝑑𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = = +5𝑚
−20
Deslocamento na descida:
900 = 0 − 20 ⋅ 𝑑𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎
+900
𝑑𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 = = −45𝑚
−20
Assim, a distância total percorrida é igual à soma dos módulos destes dois deslocamentos. Como
a boneca subiu 5 metros e desceu 45 metros, a distância total percorrida foi de 50m.
A altura do lançamento é igual à diferença entre os dois valores acima, pois se a boneca subiu 5
metros e desceu 45 metros, então a altura do lançamento foi de 40m.
+800
𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = = −40𝑚
−20
Um deslocamento igual a -40m significa que o corpo está deslocado 40m no sentido contrário ao
referencial adotado. Como adotamos um referencial positivo para cima, então este resultado nos indica
que a posição final da boneca está deslocada 40m abaixo da posição inicial de lançamento.
Gabarito: “E”
“... Outro recorde foi batido: o de maior tempo ou maior deslocamento vertical em queda livre para
um paraquedista. Durante cerca de 25 s o paraquedista se precipitou sofrendo uma aceleração que,
dentro dos limites de incerteza das medidas, coincide com a aceleração gravitacional na região do salto
fornecida pela International Gravity Formula.
Fonte: Revista Brasileira de Ensino de Física, Junho de 2015. A física no salto recorde de Felix Baumgartner.
Fernando Lang da Silveira. Instituto de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.
Veja que o gráfico Velocidade X Tempo com os dados iniciais do salto se encaixam quase que
perfeitamente em uma reta, até cerca de 25s. Uma reta, neste gráfico, indica um MRUV!
Fonte: Brian Cox visits the world's biggest vacuum | Human Universe – BBC.
https://www.youtube.com/watch?v=E43-CfukEgs
“No final da última caminhada lunar da Apollo 15, o Comandante David Scott (foto acima) fez uma
demonstração ao vivo para as câmeras de televisão. Ele estendeu um martelo geológico e uma pena e
os largou ao mesmo tempo. Por estarem essencialmente no vácuo, não havia resistência do ar e a pena
caía na mesma velocidade do martelo, como Galileu concluíra centenas de anos antes - todos os
objetos soltos juntos caem na mesma velocidade, independentemente da massa. O Controlador da
Missão Joe Allen descreveu a demonstração no ‘Relatório Científico Preliminar da Apollo 15’:
Durante os minutos finais da terceira atividade extraveicular, um breve experimento de demonstração
foi conduzido. Um objeto pesado (um martelo geológico de alumínio de 1,32 kg) e um objeto leve (uma
pena de falcão de 0,03 kg) foram lançados simultaneamente da mesma altura (aproximadamente 1,6
m) e caíram à superfície. Dentro da precisão da liberação simultânea, os objetos foram observados
passando pela mesma aceleração e atingindo a superfície lunar simultaneamente, o que era um
resultado previsto por uma teoria bem estabelecida, mas um resultado ainda assim tranquilizador
considerando tanto o número de espectadores que testemunharam o experimento e o fato de que a
jornada de volta para casa foi baseada criticamente na validade da teoria particular que estava sendo
testada. Joe Allen, NASA SP-289, Apollo 15 Preliminary Science Report, Summary of Scientific Results,
p. 2-11.”
Fonte: https://nssdc.gsfc.nasa.gov/planetary/lunar/apollo_15_feather_drop.html
3) MOVIMENTOS BIDIMENSIONAIS
Neste capítulo iremos estudar dois movimentos bidimensionais: o lançamento horizontal e o
lançamento oblíquo.
Assim, podemos separar, definindo um eixo horizontal X e um eixo vertical Y e fazer uma análise
deste movimento como uma composição bidimensional de dois movimentos: um MRU na horizontal e
um MRUV na vertical.
A partir desta ideia, a velocidade do corpo lançado deve ser separada em duas componentes: uma
componente horizontal 𝑉𝑥 e uma componente vertical 𝑉𝑦 . A componente 𝑉𝑥 se mantém constante durante
todo o movimento. A componente 𝑉𝑦 é inicialmente zero e aumenta para baixo conforme a taxa que a
aceleração de queda impor.
Um drone voando na horizontal, em relação ao solo (como indicado pelo sentido da seta na figura), deixa
cair um pacote de livros. A melhor descrição da trajetória realizada pelo pacote de livros, segundo um
observador em repouso no solo, é dada pelo percurso descrito na
A) trajetória 1.
B) trajetória 2.
C) trajetória 3.
D) trajetória 4.
E) trajetória 5.
Comentários
Ao soltar um pacote de livro com velocidade horizontal, o drone realiza um lançamento horizontal.
Gabarito: “D”
Exemplo: UNIC-MT
Considere uma pedra sendo lançada horizontalmente do alto de um edifício de 125,0 m de altura, em um
local onde o módulo da aceleração da gravidade é igual a 10 m/s2 e tendo um alcance horizontal igual a
10,0 m. Nessas condições, conclui-se que a velocidade com que a pedra foi lançada, em m/s, é igual a
A) 2
B) 3
C) 4
D) 5
E) 6
Comentários
Ao se desconsiderar qualquer tipo de efeito que possa ser causado pelo ar, temos que os avanços
horizontais ocorrem em MRU, enquanto que os deslocamentos verticais ocorrem em MRUV, em queda
livre.
O tempo que o corpo fica avançando horizontalmente é mesmo tempo de queda. Assim, podemos
calcular o tempo de queda pela seguinte relação:
𝑎𝑦 ⋅ 𝑡 2
𝑑𝑦 = 𝑉𝑖𝑦 ⋅ 𝑡 +
2
O objeto se deslocou 125m para baixo submetido à aceleração da gravidade, também para baixo,
igual a 10m/s². Estes valores devem entrar negativos na equação, pois foi escolhido um sistema
referencial vertical e crescente para cima.
(−10) ⋅ 𝑡 2
−125 = 0 ⋅ 𝑡 +
2
10 ⋅ 𝑡 2
−125 = −
2
−125 = −5 ⋅ 𝑡 2
125
𝑡2 =
5
𝑡 2 = 25
𝑡 =5𝑠
Como o corpo levou 5s para atingir o solo, caindo verticalmente, então a velocidade inicial do
lançamento horizontal pode ser determinada a partir da relação abaixo:
𝑑𝑥 = 𝑉𝑥 ⋅ 𝑡
10 = 𝑉𝑥 ⋅ 5
10
𝑉𝑥 =
5
𝑉𝑥 = 2 𝑚/𝑠
Gabarito: “A”
Exemplo: CEFET-MG
Um avião está levando suprimentos para pessoas que se encontram ilhadas numa determinada região.
Ele está voando horizontalmente a uma altitude de 720 m acima do solo e o com velocidade constante de
80 m/s. Uma pessoa no interior do avião é encarregada de soltar a caixa de suprimentos, em um
determinado momento, para que ela caia junto às pessoas.
A) 80
B) 720
C) 960
D) 1200
Comentários
Assim, o avanço horizontal da caixa, após se desprender do avião, ocorre com velocidade
constante, enquanto que a queda livre da caixa ocorre com velocidade que aumenta, na vertical,
conforme a aceleração da gravidade.
O tempo que o corpo fica avançando horizontalmente é mesmo tempo de queda. Assim, podemos
calcular o tempo de queda pela seguinte relação:
𝑎𝑦 ⋅ 𝑡 2
𝑑𝑦 = 𝑉𝑖𝑦 ⋅ 𝑡 +
2
O objeto se deslocou 720m para baixo submetido à aceleração da gravidade, também para baixo,
igual a 10m/s². Estes valores devem entrar negativos na equação, pois foi escolhido um sistema
referencial vertical e crescente para cima.
(−10) ⋅ 𝑡 2
−720 = 0 ⋅ 𝑡 +
2
10 ⋅ 𝑡 2
−720 = −
2
−720 = −5 ⋅ 𝑡 2
720
𝑡2 =
5
𝑡 2 = 144
𝑡 = 12 𝑠
Como a caixa levou 12s para atingir o solo, caindo verticalmente, então o alcance horizontal fica:
𝑑𝑥 = 𝑉𝑥 ⋅ 𝑡
𝑑𝑥 = 80 ⋅ 12
𝑑𝑥 = 960 𝑚
Gabarito: “C”
Na vertical, o movimento é o de queda livre, com aceleração constante, verticalmente para baixo,
fazendo as componentes verticais de velocidade diminuam se forem para cima e aumentem para baixo.
Na horizontal, o movimento é uniforme, com aceleração nula, onde o corpo simplesmente avança com
componente de velocidade constante.
Portanto, enquanto o corpo sobe e desce em movimento de queda livre com aceleração constante
(em MRUV), ele avança horizontalmente com velocidade constante (MRU).
Ao ser lançado com diferentes ângulos oblíquos, um corpo pode ter diferentes alcances, além de
atingir diferentes alturas máximas. O esquema abaixo apresenta diferentes trajetórias para um corpo
lançado com mesmos valores de velocidade, mas com diferentes ângulos. Veja que o maior alcance
horizontal se dá com um ângulo de 45°.
Assim como fizemos para o lançamento horizontal, aqui também podemos separar, definindo um
eixo horizontal X e um eixo vertical Y e fazer uma análise deste movimento como uma composição
bidimensional de dois movimentos: um MRU na horizontal e um MRUV na vertical.
A partir desta ideia, a velocidade do corpo lançado deve ser separada em duas componentes: uma
componente horizontal 𝑉𝑥 e uma componente vertical 𝑉𝑦 . A componente 𝑉𝑥 se mantém constante durante
todo o movimento. A componente 𝑉𝑦 diminui, se for para cima, e aumenta para baixo conforme a taxa
que a aceleração de queda impor.
Este método funciona para qualquer grandeza vetorial, como deslocamentos, velocidades,
acelerações e forças, por exemplo.
As relações entre o vetor e seus catetos são dadas ao se utilizar o Teorema de Pitágoras e ao se
escrever o seno e o cosseno para um ângulo indicado.
Assim, qualquer problema de lançamento oblíquo pode ser resolvido com as seguintes relações:
Um objeto é lançado a partir da origem de um sistema de coordenadas, com velocidade inicial de 8,0 m/s,
fazendo um ângulo de 60 graus em relação à horizontal. O alcance do objeto lançado, em metros, é de:
√3 = 1,7
√2 = 1,4
a) 2,8
b) 4,0
c) 5,4
d) 11,2
Comentários
Portanto, enquanto o corpo sobe e desce em movimento de queda livre com aceleração constante
(em MRUV), ele avança horizontalmente com velocidade constante (MRU).
Assim, o alcance horizontal do objeto lançado somente sob a ação da gravidade (suposição
importante não mencionada no enunciado), pode ser determinado pela seguinte equação:
𝑑𝑥 = 𝑉𝑥 ⋅ 𝑡
1
𝑉𝑖𝑥 = 𝑉𝑖 ⋅ cos 𝜃 = 8 ⋅ cos 60° = 8 ⋅ = 4 𝑚/𝑠
2
√3
𝑉𝑖𝑦 = 𝑉𝑖 ⋅ sen 𝜃 = 8 ⋅ sen 60° = 8 ⋅ = 4 ⋅ √3 𝑚/𝑠
2
O tempo que o corpo fica avançando horizontalmente é mesmo tempo de subida e descida. Assim,
podemos calcular o tempo total pela seguinte relação:
𝑉𝑓𝑦 = 𝑉𝑖𝑦 + 𝑎𝑦 ⋅ 𝑡
−4 ⋅ √3 = +4 ⋅ √3 + (−10) ⋅ 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
−8 ⋅ √3 = −10 ⋅ 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
8 ⋅ √3
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑠
10
Portanto, o alcance horizontal fica:
𝑑𝑥 = 𝑉𝑥 ⋅ 𝑡
8 ⋅ √3
𝑑𝑥 = 4 ⋅ = 3,2 ⋅ √3 = 3,2 ⋅ 1,7 = 5,44 𝑚
10
Gabarito: “C”
Dois projéteis são disparados simultaneamente no vácuo, a partir da mesma posição no solo, com ângulos
de lançamento diferentes, 𝜃1 < 𝜃2 , conforme representa a figura abaixo.
I - o valor inicial da componente vertical da velocidade do projétil 2 é maior do que o valor inicial da
componente vertical da velocidade do projétil 1.
II - o valor inicial da componente horizontal da velocidade do projétil 2 é maior do que o valor inicial da
componente horizontal da velocidade do projétil 1.
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Comentários
I – CORRETA.
Quanto maior a componente vertical par cima da velocidade de lançamento de um projétil, maior
e a altura que ele pode atingir.
II – INCORRETA.
III – INCORRETA.
Como o ângulo de lançamento do projétil 1 é menor, então sua velocidade de lançamento é maior
horizontalmente que verticalmente, o que faz com que o projétil 2 atinja uma altura menor que o projétil
2, embora este fique mais tempo no ar, atingindo o mesmo alcance horizontal.
Gabarito: “A”
Para que um corpo mantenha uma trajetória circular, é necessário que exista (nem que seja uma
componente) uma aceleração perpendicular à direção da velocidade. Uma componente de aceleração
perpendicular sobre uma velocidade faz com que ela sofra um desvio, uma mudança de direção.
Uma aceleração na mesma direção e sentido de uma velocidade a faz somente aumentar. Uma
aceleração na mesma direção e no sentido oposto ao da velocidade a faz reduzir. Assim, uma aceleração
perpendicular à velocidade, não a aumenta nem a reduz, mas somente a faz virar.
Então, podemos definir o Período 𝑇 de um movimento circular como o tempo necessário para que
um móvel complete uma volta, realizando uma revolução completa.
Assim, podemos escrever estas duas definições matematicamente a partir das relações que
seguem, bem como a relação entre elas.
O período T é dado em segundos (no SI), ou em minutos, horas, dias, etc. Como a frequência é o
1 1 1 1
inverso do período, sua unidade é dada em 𝑠 , ou 𝑚𝑖𝑛, ou, ainda, ℎ. A unidade do SI 𝑠 = 𝐻𝑧, indicando uma
quantidade de rotações por segundo.
É bastante comum a utilização da frequência em rotações por minuto 𝑟𝑝𝑚, onde 1 𝐻𝑧 = 60 𝑟𝑝𝑚.
Frequência em Hz e RPM
Um corpo em Movimento Circular Uniforme que realiza 1 rotação em um
segundo (1Hz), realiza 60 rotações em um minuto (60rpm), pois um minuto tem
60 segundos.
𝟏 𝑯𝒛 = 𝟔𝟎 𝒓𝒑𝒎
Deslocamento angular é uma medida, em ângulo, de quanto um móvel em trajetória circular gira.
Uma volta completa tem a medida de 360°, que se equivale a 2π radianos. O radiano é a unidade padrão
no Sistema Internacional (SI) para o deslocamento angular.
Sabemos que um móvel, em MCU, ao completar um ciclo ou uma volta, executa um deslocamento
angular de 360°, que se equivale a um ângulo de 2𝜋 radianos, no tempo definido de um período 𝑇.
𝜃 = 360° = 2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝑅
𝜃
A distância percorrida por um móvel ao completar uma volta completa é exatamente igual ao
comprimento da borda da circunferência de raio R, dada por 2 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅.
Esta velocidade pode ser chamada de Velocidade Linear ou de Velocidade Tangencial. Em alguns
exercícios, esta velocidade pode ser chamada, também, de Velocidade “Escalar”. Para indicar o valor da
Velocidade Tangencial, o mais adequado seria o de chama-la de Rapidez Linear, pois ela indica o quão
rápido o móvel percorre a linha da sua trajetória circular.
Assim, podemos determinar o valor da Velocidade Linear pela razão da distância percorrida em
linha pelo respectivo tempo. Como o Movimento Circular Uniforme é repetitivo e periódico, onde todas
as voltas são idênticas, também podemos determinar o valor desta velocidade a partir da razão do
comprimento da trajetória circular pelo Período 𝑇, que é exatamente o tempo de uma volta completa.
Além dessa relação, como a Frequência 𝑓 é igual ao inverso do Período, também podemos escrever uma
terceira relação, conforme apresentado abaixo.
Como o Movimento Circular Uniforme é repetitivo e periódico, onde todas as voltas são idênticas,
também podemos determinar o valor desta velocidade a partir da razão do deslocamento angular de uma
volta completa, que é igual a 2𝜋, pelo Período 𝑇. Além dessa relação, como a Frequência 𝑓 é igual ao
inverso do Período, também podemos escrever uma terceira relação, conforme apresentado abaixo.
O símbolo 𝜔, é uma letra do alfabeto grego chamada de ômega, assim como a letra theta 𝜃, que
também é deste mesmo alfabeto.
Para indicar o valor da Velocidade Angular, o mais adequado seria o de chama-la de Rapidez
Angular, pois ela indica o quão rápido o móvel percorre ângulos em sua trajetória circular.
Um disco, do tipo DVD, gira com movimento circular uniforme, realizando 30 𝑟𝑝𝑚. A velocidade angular
dele, em 𝑟𝑎𝑑/𝑠, é
A) 30 𝜋
B) 2 𝜋
C) 𝜋
D) 60 𝜋
Comentários
O valor da Velocidade Angular pode ser obtido a partir das relações que seguem.
2∙𝜋
𝜔= = 2∙𝜋∙𝑓
𝑇
Como o DVD gira em MCU com frequência de 30rpm, que significa que ele completa 30 voltas no
intervalo de um minuto (60s), então, temos que:
Um corpo em Movimento Circular Uniforme que realiza 1 rotação em um segundo (1Hz), realiza
60 rotações em um minuto (60rpm), pois um minuto tem 60 segundos.
1 𝐻𝑧 = 60 𝑟𝑝𝑚
1 𝐻𝑧 1 𝐻𝑧
f𝑏 = 30 𝑟𝑝𝑚 ∙ = 30 𝑟𝑝𝑚 ∙ = 0,5 𝐻𝑧
60 𝑟𝑝𝑚 60 𝑟𝑝𝑚
A velocidade angular 𝜔 pode ser calculada pela sua expressão em função da frequência 𝑓.
𝜔 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 0,5 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠
Gabarito: “C”
Exemplo: MACK-SP
Devido ao movimento de rotação da Terra, uma pessoa sentada sobre a linha do Equador tem velocidade
escalar, em relação ao centro da Terra, igual a:
A) 2250 Km/h
B) 1650 Km/h
C) 1300 Km/h
D) 980 Km/h
E) 460 Km/h
Comentários
O valor da Velocidade Linear pode ser obtido a partir das relações que seguem.
2∙𝜋⋅𝑅
𝑉= =2∙𝜋∙𝑅⋅𝑓
𝑇
22
2 ∙ 7 ⋅ 6300
𝑉=
24
𝑉 = 1650 𝑘𝑚/ℎ
Gabarito: “B”
Exemplo: UFPR
Um ponto em movimento circular uniforme descreve 15 voltas por segundo em uma circunferência de
8,0 cm de raio. A sua velocidade angular, o seu período e a sua velocidade linear são, respectivamente:
Comentários
O valor da Velocidade Angular pode ser obtido a partir das relações que seguem.
2∙𝜋
𝜔= = 2∙𝜋∙𝑓
𝑇
𝜔 = 2∙𝜋∙𝑓
𝜔 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 15
𝜔 = 30 ∙ 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠
1
𝑇=
𝑓
1
𝑇= 𝑠
15
O valor da Velocidade Linear pode ser obtido a partir das relações que seguem.
2∙𝜋⋅𝑅
𝑉= =2∙𝜋∙𝑅⋅𝑓
𝑇
𝑉 = 2∙𝜋∙𝑅⋅𝑓
𝑉 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 8 ⋅ 15
𝑉 = 240 ⋅ 𝜋 𝑐𝑚/𝑠
Gabarito: “C”
Por estar apontando sempre para o centro da trajetória, esta aceleração pode ser chamada de
Aceleração Centrípeta (para o centro), ou de Aceleração Radial (na direção do raio). Ela pode ser calculada
por meio do produto entre as velocidades angular e tangencial.
O Movimento Circular Uniforme tem somente aceleração centrípeta, pois o móvel se move com
valor de velocidade constante, mas, varia constantemente sua direção. Ou seja, a aceleração centrípeta
varia somente a direção da velocidade, não modificando seu valor.
OBS: Movimentos circulares podem ter acelerações tangenciais e, também, acelerações angulares. A
aceleração tangencial tem módulo igual à variação temporal do valor da velocidade linear, enquanto
que a aceleração angular é definida pela razão da variação da velocidade angular no tempo. No MCU,
estas acelerações são nulas, pois a Velocidade Linear não varia seu módulo e a Velocidade Angular é
sempre constante.
Portanto, a Aceleração Centrípeta é o vetor que aponta para o centro da trajetória circular, seja
de uma circunferência ou de um arco de circunferência. Um corpo que se move em MCU tem sua
aceleração tangencial nula, porém sua aceleração centrípeta não é nula. A aceleração centrípeta é
responsável por variar somente a direção do vetor velocidade.
Ao apontar sempre para o centro da trajetória, a Aceleração Centrípeta tem módulo constante,
porém direção variável.
Em uma viagem a Júpiter, deseja-se construir uma nave espacial com uma seção rotacional para simular,
por efeitos centrífugos, a gravidade. A seção terá um raio de 90 metros. Quantas rotações por minuto
(RPM) deverá ter essa seção para simular a gravidade terrestre? (considere g = 10 m/s²).
A) 10/π
B) 2/π
C) 20/π
D) 15/π
Comentários
Para simular a gravidade terrestre, a plataforma rotacional da nave deve ter o valor de sua
aceleração centrípeta igual a 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 em sua extremidade, que tem raio igual a 90m.
O valor da Aceleração Centrípeta pode ser obtido a partir das relações que seguem.
𝑉2
𝑎 = 𝜔 ⋅ 𝑉 = 𝜔2 ∙ 𝑅 =
𝑅
O valor da Velocidade Angular pode ser obtido a partir das relações que seguem.
2∙𝜋
𝜔= = 2∙𝜋∙𝑓
𝑇
𝑎 = (2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓)2 ∙ 𝑅
10 = (2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓)2 ∙ 90
1 = 22 ∙ 𝜋 2 ∙ 𝑓 2 ∙ 9
1
= 𝑓2
4 ⋅ 𝜋2 ⋅ 9
1
𝑓=√
4 ⋅ 𝜋2 ⋅ 9
1
𝑓=
2⋅𝜋⋅3
1
𝑓= 𝐻𝑧
6⋅𝜋
Um corpo em Movimento Circular Uniforme que realiza 1 rotação em um segundo (1Hz), realiza
60 rotações em um minuto (60rpm), pois um minuto tem 60 segundos.
1 𝐻𝑧 = 60 𝑟𝑝𝑚
60 10
𝑓= = 𝑟𝑝𝑚
6⋅𝜋 𝜋
Gabarito: “A”
O Brasil pode se transformar no primeiro país das Américas a entrar no seleto grupo das nações que
dispõem de trens-bala. O Ministério dos Transportes prevê o lançamento do edital de licitação
internacional para a construção da ferrovia de alta velocidade Rio-São Paulo. A viagem ligará os 403
quilômetros entre a Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro da capital paulista, em uma
hora e 25 minutos.
Devido à alta velocidade, um dos problemas a ser enfrentado na escolha do trajeto que será percorrido
pelo trem é o dimensionamento das curvas. Considerando-se que uma aceleração lateral confortável para
os passageiros e segura para o trem seja de 0,1 𝑔, em que 𝑔 é a aceleração da gravidade (considerada
igual a 10 𝑚/𝑠 2 ), e que a velocidade do trem se mantenha constante em todo o percurso, seria correto
prever que as curvas existentes no trajeto deveriam ter raio de curvatura mínimo de, aproximadamente,
A) 80 m.
B) 430 m.
C) 800 m.
D) 1600 m.
E) 6400 m.
Comentários
𝑑 = 403 𝑘𝑚
25
∆𝑡 = 1,0 ℎ + 25 min = 1,0 ℎ + ℎ = 1,42 ℎ
60
Assim:
𝑑
𝑉=
∆𝑡
403 𝑘𝑚
𝑉= = 283,8 𝑘𝑚/ℎ
1,42 ℎ
283,8
𝑉= 𝑚/𝑠 = 78,8 𝑚/𝑠
3,6
𝑉2
𝑎𝑐𝑝 =
𝑅
𝑉2
0,1 ⋅ 𝑔 =
𝑅
(78,8)2
0,1 ⋅ 10 =
𝑅
𝑅 ≅ 6209 𝑚
Gabarito: “E”
Estas transmissões de movimentos podem ocorrer através de dois tipos de acoplamentos: pelo
eixo, ou pela borda.
Um acoplamento pelo eixo faz com que os dois sistemas rotacionais tenham iguais Velocidades
Angulares, pois eles rotacionam seguindo o movimento do eixo. Assim, quando o eixo completa uma
volta, tudo que estiver acoplado a ele também completa, fazendo com que todos tenham iguais períodos
de rotação e, logo, iguais frequências.
Com iguais velocidades angulares, quanto mais afastado do eixo estiver um ponto, maior será sua
velocidade linear.
Já um acoplamento pela borda, faz com que os dois sistemas rotacionais tenham iguais
Velocidades Tangenciais. Nesta condição, a velocidade angular de cada elemento acaba dependendo do
seu tamanho, de forma que o rotor de maior raio tem menor rapidez angular e menor frequência de
rotação, levando maior tempo para completar uma volta.
Na bicicleta, a coroa A conecta-se à catraca B através da correia P. Por sua vez, B é ligada à roda traseira
R, girando com ela quando o ciclista está pedalando. Nesta situação, supondo que a bicicleta se move sem
deslizar, as magnitudes das velocidades angulares, ωA, ωB e ωR, são tais que
(A) ωA < ωB = ωR .
(B) ωA = ωB < ωR .
(C) ωA = ωB = ωR .
(E) ωA > ωB = ωR .
Comentários
A catraca B e a roda R giram acopladas pelo mesmo eixo, enquanto que a catraca B e a coroa A
estão acoplados pela borda, através da correia.
𝜔𝐵 = 𝜔𝑅
A estarem acoplados pela borda, a catraca B e a coroa A possuem iguais velocidades lineares.
𝑉𝐵 = 𝑉𝐴
𝜔𝐵 ⋅ 𝑅𝐵 = 𝜔𝐴 ⋅ 𝑅𝐴
𝜔𝐴 < 𝜔𝐵 = 𝜔𝑅
Gabarito: “A”
A) 1.
B) 2.
C) 4.
D) 81.
E) 162.
Comentários
Engrenagens ou roldanas acopladas com movimentos circulares podem se dar de duas formas: um
acoplamento pelo eixo de rotação, ou um acoplamento pela borda.
Movimentos circulares acoplados pelo eixo, giram com iguais velocidades angulares, iguais
frequências e iguais períodos de rotação.
Movimentos circulares acoplados pela borda, giram com iguais velocidades lineares (tangenciais).
Assim, podemos escrever a seguinte relação para as frequências:
𝑓1 ⋅ 𝑅1 = 𝑓2 ⋅ 𝑅2
A engrenagem A está acoplada ao mesmo eixo do motor. Assim, ela tem a mesma frequência de
rotação que o motor.
𝑓𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝑓𝐴 = 18 𝑟𝑝𝑚
As engrenagens A e B estão acopladas pela borda. A relação das frequências e raios pode ser
escrita com o número de dentes no lugar dos respectivos raios, pois são proporcionais.
𝑓𝐴 ⋅ 𝑁𝐴 = 𝑓𝐵 ⋅ 𝑁𝐵
Conforme a tabela, temos que a engrenagem A tem 24 dentes e a engrenagem B tem 72 dentes.
18 ⋅ 24 = 𝑓𝐵 ⋅ 72
18 ⋅ 24
𝑓𝐵 = = 6 𝑟𝑝𝑚
72
A engrenagem C está acoplada ao mesmo eixo da engrenagem B. Assim, ela tem a mesma
frequência de rotação que B.
𝑓𝐶 = 𝑓𝐵 = 6 𝑟𝑝𝑚
As engrenagens C e D estão acopladas pela borda. A relação das frequências e raios pode ser
escrita com o número de dentes no lugar dos respectivos raios, pois são proporcionais.
𝑓𝐶 ⋅ 𝑁𝐶 = 𝑓𝐷 ⋅ 𝑁𝐷
Conforme a tabela, temos que a engrenagem C tem 36 dentes e a engrenagem D tem 108 dentes.
6 ⋅ 36 = 𝑓𝐷 ⋅ 108
6 ⋅ 36
𝑓𝐷 = = 2 𝑟𝑝𝑚
108
Como o ponteiro está acoplado ao mesmo eixo de rotação que a engrenagem D, então ele tem a
mesma frequência rotação que D.
𝑓𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 = 𝑓𝐷 = 2 𝑟𝑝𝑚
Gabarito: “B”
Exemplo: UFPB
Em uma bicicleta, a transmissão do movimento das pedaladas se faz por meio de uma corrente, acoplando
um disco dentado dianteiro (coroa) a um disco dentado traseiro (catraca), sem que haja deslizamento
entre a corrente e os discos. A catraca, por sua vez, é acoplada à roda traseira de modo que as velocidades
angulares da catraca e da roda sejam as mesmas (ver a seguir figura representativa de uma bicicleta).
Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca-se com velocidade escalar constante, mantendo um
ritmo estável de pedaladas, capaz de imprimir no disco dianteiro uma velocidade angular de 4 rad/s, para
uma configuração em que o raio da coroa é 4R, o raio da catraca é R e o raio da roda é 0,5 m. Com base
no exposto, conclui-se que a velocidade escalar do ciclista é:
a) 2 m/s
b) 4 m/s
c) 8 m/s
d) 12 m/s
e) 16 m/s
Comentários
𝑉𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑉𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎
4 ⋅ 4𝑅 = 𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎 ⋅ 𝑅
4 ⋅ 4 = 𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎
𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎 = 16 𝑟𝑎𝑑/𝑠
A catraca e a roda estão acopladas pelo mesmo eixo em comum, tendo iguais velocidades
angulares.
𝑉𝑟𝑜𝑑𝑎 = 16 ⋅ 0,5
A borda da roda é a que está em contato com o chão. Logo, a velocidade linear da roda é a
velocidade com que a bicicleta avança em relação ao solo.
Gabarito: “C”
5) RESUMO DA AULA
A Cinemática é a descrição matemática de movimentos. Todo corpo que se move pode ter uma
equação matemática (uma função) que melhor descreve seu movimento.
Todo movimento, assim como sua descrição matemática, depende de uma referência.
Para passar de km/h para m/s dividimos o valor da velocidade por 3,6, uma velocidade precisa ser
multiplicada por 3,6 para se obter seu respectivo valor em km/h.
A Aceleração é uma grandeza vetorial que aponta para onde e indica quão rapidamente a
Velocidade de um corpo aumenta.
Lançamento Horizontal
Lançamento Oblíquo
Decomposição Vetorial
6) LISTA DE EXERCÍCIOS
1. (UFSM) No gráfico, representam-se as posições ocupadas por um corpo que se desloca numa
trajetória retilínea, em função do tempo.
2. (ESTRATEGIA VESTIBULARES 2020 - Prof. Henrique Goulart) Texto para a próxima questão.
“A estrutura mais alta da Escócia foi demolida neste domingo, em 7 segundos, com apenas duas
explosões. A chaminé da antiga estação de energia Inverkip, em Inverclyde, cidade próxima a
Glasgow, tinha 236 metros de altura, 1,4 milhão de tijolos e 20 mil toneladas de concreto. A
demolição marcou o fim de uma estação de energia que nunca funcionou plenamente (29/07/2013
10h07 - Por BBC Brasil).”
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2013/07/29/estrutura-mais-alta-da-
escocia-e-demolida-em-7-segundos.htm
Pode-se afirmar que, a partir das informações contidas no enunciado acima, a aceleração média de
queda do topo da chaminé foi de aproximadamente:
A) 6,7m/s²
B) 9,6m/s²
C) 67,4m/s²
D) 96,3m/s²
E) 4,8m/s²
𝟓
C) 𝒇 = 𝟑𝟐⋅𝝅𝟐 𝑯𝒛
√𝟓
D) 𝒇 = 𝟒⋅𝝅 𝑯𝒛
𝟓
E) 𝒇 = 𝟏𝟔⋅𝝅𝟐 𝑯𝒛
A velocidade média desenvolvida por este móvel durante seu último minuto vale
A) 1200m/s
B) 120m/s
C) 20m/s
D) 20,6m/s
E) 18,3m/s
9. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma pessoa distraída com seu celular,
entra em um elevador que, subitamente, despenca em queda livre. A pessoa percebe que seus pés
perdem contato com a base do elevador ao mesmo tempo que seu celular perde contato com sua
mão.
O elevador caiu devido ao rompimento de um cabo. Porém, após 1 segundo de queda livre, o cabo
de segurança começa a atuar e freia o elevador, parando-o.
A partir de seus conhecimentos de Física, escolha a alternativa correta.
A) Durante a queda livre, o elevador adquire aceleração igual a g em relação à pessoa.
B) Durante a queda livre, todo o conjunto, pessoa, celular e elevador, caem com mesma aceleração,
semelhantemente à situação de imponderabilidade vivenciada por paraquedistas após abrirem
seus paraquedas e atingirem sua velocidade terminal.
C) Durante a queda livre, o celular adquire aceleração igual a g, mas para cima em relação ao piso
do elevador.
D) Durante a queda livre, todo o conjunto, pessoa, celular e elevador, caem com mesma aceleração,
semelhantemente à situação de imponderabilidade vivenciada por astronautas em órbita.
E) Durante a queda livre, a pessoa fica submetida a uma aceleração igual a g em relação ao elevador
e em relação ao celular.
11. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um músico segura uma caixa de som
que emite um ruído sonoro de frequência igual a 440Hz. Ao lançar a caixa verticalmente para cima
com velocidade inicial de 10 m/s, pode-se afirmar que
(Despreze qualquer tipo de efeito ou resistência causado pelo ar e assuma g=10 m/s²).
a) após 1,5s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência menor que 440Hz.
b) após 1,5s do lançamento, a caixa estará descendo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência maior que 440Hz.
c) após 1,5s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência maior que 440Hz.
d) após 1,0s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 10m/s e o músico ouvirá um
som de frequência menor que 440Hz.
15. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois corpos, 1 e 2, com pesos iguais a
10N e 20N, respectivamente, foram abandonados simultaneamente de mesma altura, próximos à
superfície da Terra, e caíram em queda livre.
Sobre o movimento de queda dos corpos, podemos afirmar que
A) o corpo 2 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é mais pesado, tem movimento de
queda característico do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, na vertical, com maior
velocidade que o corpo 1.
B) o corpo 1 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é menos pesado, tem movimento
de queda característico do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, na vertical, com maior
velocidade que o corpo 2.
C) o corpo 2 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é mais pesado, tem movimento de
queda característico do Movimento Retilíneo Uniforme, na vertical, com maior velocidade que o
corpo 1.
D) o corpo 1 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é menos pesado, tem movimento
de queda característico do Movimento Retilíneo Uniforme, na vertical, com maior velocidade que o
corpo 2.
E) ambos corpos levaram o mesmo tempo para atingir o solo, pois qualquer corpo em queda livre
tem, na vertical, um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, caindo com aceleração
constante.
16. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta os dados de
um corpo que se move numa trajetória retilínea.
18. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta informações
sobre o movimento retilíneo de um corpo.
O valor da velocidade média e da aceleração desse corpo após 10s valem, respectivamente,
a) 50m/s e 0m/s².
b) 20m/s e 10m/s².
c) 5m/s e 0m/s².
d) 10m/s e 25m/s².
e) 500m/s e 250m/s².
20. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael
Collins partiram da Lua há 50 anos atrás, mas um dos experimentos que eles deixaram para trás
continua retornando novos dados até hoje: os retrorrefletores. Junto com os astronautas da Apollo
11, os da Apollo 14 e 15 também deixaram mais desses “espelhos” na superfície lunar.
https://rocketsciencebrasil.com/2020/02/20/o-experimento-da-apollo-11-que-continua-
funcionando/
Sabendo-se que a luz se propaga a uma velocidade de 300000km/s e que a distância que separa a
Terra e a Lua é cerca de 400000km, o tempo que um feixe de laser emitido daqui da Terra leva para
ser refletido na Lua e voltar vale
a) cerca de um segundo.
b) cerca de dois segundos.
c) igual a 4/3 de segundo.
d) pouco menos de três segundos.
e) pouco mais de três segundos.
21. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Sabendo-se que uma partícula se move
em linha reta com movimento tal que seus valores de velocidade assumem, a cada segundo, uma
sequência de valores que respeita uma progressão matemática bastante conhecida.
Escolha a alternativa correta.
a) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), onde os valores de
velocidade seguem uma progressão geométrica, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a
aceleração como razão desta progressão.
b) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), onde os valores de
velocidade seguem uma progressão aritmética, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a aceleração
como razão desta progressão.
c) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), onde os valores de deslocamento
seguem uma progressão geométrica, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a velocidade como
razão desta progressão.
d) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), onde os valores de deslocamento
seguem uma progressão aritmética, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a aceleração como
razão desta progressão.
a) 𝟎, 𝟎𝟓 ⋅ √𝟏𝟎
b) 𝟏𝟐 ⋅ √𝟏𝟎
c) 𝟔 ⋅ √𝟏𝟎
d) 𝟎, 𝟐𝟓
d) 𝒙𝒇 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎.
e) 𝒙𝒇 = 𝟖𝟔 𝒄𝒎.
28. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Em um jogo de futebol, um jogador chuta uma
bola que parte com uma velocidade 𝒗𝟎 em uma trajetória inclinada 𝟑𝟎° com a horizontal. Considere
o lugar do qual partiu a bola como a origem do referencial adotado, e o sentido para cima no eixo
vertical como positivo.
Ao desprezarmos a resistência do ar, assinale o gráfico que melhor representa a velocidade da bola
ao longo do eixo horizontal.
A)
B)
C)
D)
E)
A) 64g m/s
B) 64g m/s²
C) 64g m²/s²
D) 8g m/s
E) 8g m²/s²
Selecione a alternativa que apresenta corretamente a trajetória mais próxima da carga após ter sido
abandonada quando observada por uma pessoa em repouso no solo.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
c) 80 km/h.
d) Será impossível cumprir a meta.
e) 90 km/h
34. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um garoto lança uma pequena bola
verticalmente para cima enquanto caminha horizontalmente com velocidade constante,
permanecendo assim durante toda trajetória da bolinha, conforme situação apresentada na figura
abaixo.
Desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência que possa ser causado pelo ar e julgue as
afirmativas abaixo.
I – Após ter saído da mão do garoto, a bolinha tem trajetória parabólica, submetida somente à força
gravitacional, tendo aceleração constante.
II – No ponto mais alto da trajetória, a velocidade da bolinha é nula em relação ao menino.
III – Na horizontal, a bolinha se move em MRU, enquanto que, na vertical o movimento é um MRUV,
em relação ao solo.
São corretas.
A) Nenhuma.
B) Somente a I e a II.
C) Somente a II.
D) Somente a I e a III.
E) Todas.
Durante o tempo de reação, intervalo entre o instante da percepção até o início da frenagem, o
veículo percorreu uma distância igual a
a) 135,0m
b) 13,5m
c) 37,5m
d) 25,0m
41. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um elevador inicia sua descida a partir
do vigésimo andar. Após 2 andares aumentando sua velocidade uniformemente, ele atinge uma
velocidade V, que é mantida constante até ser reduzida, à mesma taxa, para o elevador parar no
primeiro andar. Cada andar mede 3m, verticalmente, e todo o percurso foi completado em 30s. O
valor da velocidade média desenvolvida no percurso e o valor de V valem, respectivamente,
A) 2,0m/s e 2,3m/s.
B) 2,0m/s e 2,1m/s.
C) 1,9m/s e 2,3m/s.
D) 1,9m/s e 2,1m/s.
E) 2,1m/s e 2,3m/s.
42. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois trens, A e B, estão afastados 0,3km
numa ferrovia de trilho retilíneo único. O movimento deles foi monitorado durante 10s. Os dados
foram registrados no gráfico abaixo.
O sensor de posição fica na extremidade frontal de cada trem. Tanto o trem A quanto o B têm 250m
de comprimento total.
Julgue as afirmações abaixo:
I – Ambos trens estão em Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, com iguais acelerações.
II – Ambos trens percorreram distâncias iguais.
III – Ocorre a colisão dos trens ao final do intervalo de monitoramento.
Estão corretas:
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
O projétil levou um tempo igual a t para atingir o alcance horizontal máximo. Assim, a velocidade
de lançamento vale
𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
A) √𝑯
𝟎 +𝒅𝒙𝑴á𝒙
𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
B) √ 𝑯𝟎
𝒈⋅𝒅𝒙𝑴á𝒙
C) √ 𝑯𝟎
𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
D) 𝑯𝟎
𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
E) 𝑯
𝟎 +𝒅𝒙𝑴á𝒙
Note e Adote
Considere a aceleração da gravidade igual a g e desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência
que possa ser causada pelo ar.
44. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A terra leva 24h para completar uma
rotação completa ao redor de si mesma, configurando o tempo de um dia terrestre. O valor da
velocidade tangencial de um ponto sobre o equador terrestre e outro que se encontra em um local
de latitude de 30° estão mais próximos de, respectivamente,
Dados: RTerra=6400km; sen30°=cos60°=1/2; cos30°=sen60°=√3/2; π≈3,0.
A) 1600m/s e 800m/s.
B) 1600m/s e 385m/s.
C) 1600km/h e 385m/s.
D) 1600km/h e 1386m/s.
E) 1600km/h e 800km/h.
Gabarito
1) E 2) B 3) A
4) C 5) D 6) D
7) A 8) C 9) D
2. (ESTRATEGIA VESTIBULARES 2020 - Prof. Henrique Goulart) Texto para a próxima questão.
“A estrutura mais alta da Escócia foi demolida neste domingo, em 7 segundos, com apenas duas
explosões. A chaminé da antiga estação de energia Inverkip, em Inverclyde, cidade próxima a
Glasgow, tinha 236 metros de altura, 1,4 milhão de tijolos e 20 mil toneladas de concreto. A
demolição marcou o fim de uma estação de energia que nunca funcionou plenamente (29/07/2013
10h07 - Por BBC Brasil).”
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2013/07/29/estrutura-mais-alta-da-
escocia-e-demolida-em-7-segundos.htm
Pode-se afirmar que, a partir das informações contidas no enunciado acima, a aceleração média de
queda do topo da chaminé foi de aproximadamente:
A) 6,7m/s²
B) 9,6m/s²
C) 67,4m/s²
D) 96,3m/s²
E) 4,8m/s²
Comentários
Dados: t=7s h=236m Vi=0 m/s
Com esses dados, o valor aproximado da aceleração de queda do topo da torre pode ser
calculado com a equação do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV).
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2
Ao se assumir um referencial na vertical e positivo para baixo, temos:
𝑎 ⋅ 72
236 = 0 ⋅ 7 +
2
2 ∙ 236 = 𝑎 ∙ 72
472
=𝑎
49
𝑎 = 9,63 𝑚/𝑠²
Gabarito: “B”
B) 1600m
C) 2600m
D) 460m
E) 115m
Comentários
A distância percorrida pela aeronave a partir do repouso pode ser obtida pela equação do MRUV
abaixo:
𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑
Dados: Vi=0m/s Vf=288km/h=80m/s a=0,25.g=2,5m/s²
802 = 0 + 2 ∙ 2,5 ⋅ 𝑑
6400 = 5 ⋅ 𝑑
𝑑 = 1280 𝑚
Gabarito: “A”.
Comentários
O móvel sai da posição zero, origem do sistema de coordenadas, avança 150m no sentido positivo,
e para de avançar no instante 30s. Depois, move-se 50 metros no sentido negativo, entre 30s e 40s.
Assim, a distância percorrida é igual a 200m (avançou 150m e voltou 50m), enquanto o
deslocamento vale somente 100m (posição final, 100m, menos a posição inicial, 0m).
Gabarito: “D”
√𝟓
D) 𝒇 = 𝟒⋅𝝅 𝑯𝒛
𝟓
E) 𝒇 = 𝟏𝟔⋅𝝅𝟐 𝑯𝒛
Comentários
A frequência de rotação pode ser obtida a partir das relações do Movimento Circular Uniforme:
𝑉2
𝑎𝑀𝐶𝑈 =
𝑅
𝑉2
𝑔=
𝑅
A velocidade linear vale:
2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑀𝐶𝑈 = =2⋅𝜋⋅𝑅⋅𝑓
𝑇
Então,
(2 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 ⋅ 𝑓)2
𝑔=
𝑅
𝑔 = 4 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 ⋅ 𝑓2
2
𝑔
𝑓2 =
4 ⋅ 𝜋2 ⋅ 𝑅
Dados: R=8m g=10m/s²
10 5
𝑓2 = =
4 ⋅ 𝜋 2 ⋅ 8 16 ⋅ 𝜋 2
√5
𝑓= 𝐻𝑧 = 0,18 𝐻𝑧
4⋅𝜋
Gabarito: “D”
A velocidade média desenvolvida por este móvel durante seu último minuto vale
A) 1200m/s
B) 120m/s
C) 20m/s
D) 20,6m/s
E) 18,3m/s
Comentários
A Velocidade Média é definida como a razão do Deslocamento pelo respectivo Tempo total,
conforme apresentado na equação abaixo.
𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
O deslocamento total realizado pelo móvel em seu último minuto, do instante 20s até 80s, pode
ser obtido a partir do cálculo da área abaixo da curva do gráfico, identificada em azul na figura abaixo.
Esta figura pode ser dividida em figuras menores e calcular duas respectivas áreas.
20 ⋅ 10
𝑑 = (40 ⋅ 15) + (20 ⋅ 25) + ( )
2
𝑑 = 600 + 500 + 100 = 1200 𝑚
Com o deslocamento de 1200m e o tempo de 1min=60s, podemos determinar a velocidade média:
1200
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 20 𝑚/𝑠
60
Gabarito: “C”
9. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma pessoa distraída com seu celular,
entra em um elevador que, subitamente, despenca em queda livre. A pessoa percebe que seus pés
perdem contato com a base do elevador ao mesmo tempo que seu celular perde contato com sua
mão.
O elevador caiu devido ao rompimento de um cabo. Porém, após 1 segundo de queda livre, o cabo
de segurança começa a atuar e freia o elevador, parando-o.
A partir de seus conhecimentos de Física, escolha a alternativa correta.
A) Durante a queda livre, o elevador adquire aceleração igual a g em relação à pessoa.
B) Durante a queda livre, todo o conjunto, pessoa, celular e elevador, caem com mesma aceleração,
semelhantemente à situação de imponderabilidade vivenciada por paraquedistas após abrirem seus
paraquedas e atingirem sua velocidade terminal.
C) Durante a queda livre, o celular adquire aceleração igual a g, mas para cima em relação ao piso
do elevador.
D) Durante a queda livre, todo o conjunto, pessoa, celular e elevador, caem com mesma aceleração,
semelhantemente à situação de imponderabilidade vivenciada por astronautas em órbita.
E) Durante a queda livre, a pessoa fica submetida a uma aceleração igual a g em relação ao elevador
e em relação ao celular.
Comentários
O estado ou situação de imponderabilidade ocorre com astronautas quando eles e a nave
estiverem submetidos à mesma aceleração.
No caso do enunciado, quando o cabo de sustentação do elevador se rompe, tanto ele quanto a
pessoa e o celular ficam submetidos à aceleração de queda livre, que é igual para todos, configurando a
condição de imponderabilidade.
Queda Livre é um movimento somente sob a ação da gravidade, onde quaisquer outros efeitos ou
influências podem ser desprezados. Todos os corpos em Queda Livre experimentam idênticas acelerações
quando estão em um mesmo local.
Paraquedistas não caem em Queda Livre, pois não se pode desprezar os efeitos do ar durante deu
movimento de queda. Ou seja, a “Queda Livre” dos paraquedistas não é a Queda Livre da Física.
Gabarito: “D”
456
12 =
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
456
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = = 38 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
12
Gabarito: “C”
11. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um músico segura uma caixa de som
que emite um ruído sonoro de frequência igual a 440Hz. Ao lançar a caixa verticalmente para cima
com velocidade inicial de 10 m/s, pode-se afirmar que
(Despreze qualquer tipo de efeito ou resistência causado pelo ar e assuma g=10 m/s²).
a) após 1,5s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência menor que 440Hz.
b) após 1,5s do lançamento, a caixa estará descendo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência maior que 440Hz.
c) após 1,5s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência maior que 440Hz.
d) após 1,0s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 10m/s e o músico ouvirá um
som de frequência menor que 440Hz.
Comentários:
Lançamentos verticais, próximos à superfície da Terra e ao se desprezar qualquer tipo de efeito ou
resistência do ar, nada mais são que Movimentos Retilíneos Uniformemente Variados (MRUV).
Com a velocidade inicial de lançamento e a aceleração podemos facilmente determinar a
velocidade da caixa de som após qualquer intervalo de tempo com a Equação Horária da Velocidade para
o MRUV:
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑎 ⋅ 𝑡
Dados: Vi=10m/s a=g=10m/s² t=1,5s
Para aplicar qualquer equação do MRUV, precisamos de um sistema de referência.
Ao se assumir um referencial na vertical e positivo para cima (toda grandeza que aponta a favor
do referencial adotado entra na equação com sinal positivo, assim como toda grandeza que apontar
contrariamente ao referencial escolhido fica negativa), temos:
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = (+10) + (−10) ⋅ 1,5
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = −5𝑚/𝑠
Este resultado significa que, passados 1,5s do lançamento, a caixa estará se movendo a 5m/s para
baixo, se aproximando do músico. Portanto, a frequência do sinal sonoro percebido pelo músico será
maior que os 440Hz emitida pela caixa de som, devido ao Efeito Dopler.
Gabarito: “B”
Comentários
A aceleração média pode ser obtida pela equação abaixo:
∆𝑉
𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =
∆𝑡
Dados: ∆V=Vfinal-Vinicial=100-0=100km/h ∆t=2,5s
100 𝑘𝑚
𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = = 40 /𝑠
2,5 ℎ
Gabarito: “E”.
15. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois corpos, 1 e 2, com pesos iguais a
10N e 20N, respectivamente, foram abandonados simultaneamente de mesma altura, próximos à
superfície da Terra, e caíram em queda livre.
Sobre o movimento de queda dos corpos, podemos afirmar que
A) o corpo 2 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é mais pesado, tem movimento de
queda característico do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, na vertical, com maior
velocidade que o corpo 1.
B) o corpo 1 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é menos pesado, tem movimento
de queda característico do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, na vertical, com maior
velocidade que o corpo 2.
C) o corpo 2 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é mais pesado, tem movimento de
queda característico do Movimento Retilíneo Uniforme, na vertical, com maior velocidade que o
corpo 1.
D) o corpo 1 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é menos pesado, tem movimento
de queda característico do Movimento Retilíneo Uniforme, na vertical, com maior velocidade que o
corpo 2.
E) ambos corpos levaram o mesmo tempo para atingir o solo, pois qualquer corpo em queda livre
tem, na vertical, um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, caindo com aceleração
constante.
Comentários
A Queda Livre, na Física, significa uma queda somente sob a ação da gravidade, sem qualquer tipo
de efeito ou resistência que possa ser causado pelo ar.
Nestas condições, corpos em Movimento de Queda Livre, caem com aceleração constante,
configurando, verticalmente, um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
Portanto, dois corpos, abandonados de uma mesma altura, próximos à superfície da Terra e se
desprezando qualquer tipo de efeito ou resistência do ar, independentemente de suas massas, formatos
ou tamanhos, levarão o mesmo tempo para atingir o solo
Gabarito: “E”
16. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta os dados de
um corpo que se move numa trajetória retilínea.
A) no instante t1, o móvel está em MRU, com posição, velocidade e aceleração positivas. Em t 2, o
móvel está em MRUV, com posição e velocidade positivas e aceleração nula. E em t3, o móvel está
em MRU, com posição e velocidade positivas, mas com aceleração negativa.
B) no instante t1, o móvel está em MRUV, com posição, velocidade e aceleração positivas. Em t 2, o
móvel está em MRU, com posição e velocidade positivas e aceleração nula. E em t3, o móvel está
em MRUV, com posição e velocidade positivas, mas com aceleração negativa.
C) no instante t1, o móvel está em MRU, com posição e velocidade positivas e aceleração negativa.
Em t2, o móvel está em MRUV, com posição e velocidade positivas e aceleração positiva. E em t3, o
móvel está em MRU, com posição positiva e velocidade e aceleração negativas.
D) no instante t1, o móvel está em MRUV, com posição, velocidade e aceleração positivas. Em t 2, o
móvel está em MRU, com posição, velocidade e aceleração positivas. E em t 3, o móvel está em
MRUV, com posição positiva e velocidade e aceleração negativas.
E) no instante t1, o móvel está em MRUV, com posição e velocidade positivas e aceleração negativa.
Em t2, o móvel está em MRU, com posição e velocidade positivas e aceleração positiva. E em t 3, o
móvel está em MRUV, com posição positiva e velocidade e aceleração negativas.
Comentários
Como o móvel está sempre marcando valores positivos para as posições, curva sempre acima da
origem do eixo “S”, então em todos os três instantes indicados as posições do móvel são positivas.
No primeiro arco de parábola, o móvel avança no sentido positivo do referencial “S”, em
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, aumentando sua velocidade uniformemente no sentido
positivo tendo, portanto, aceleração também positiva.
Na reta, o móvel continua avançando para posições positivas cada vez maiores, em Movimento
Retilíneo Uniforme, pois a reta, com inclinação constante, indica que o móvel avança posições à mesma
taxa, com velocidade constante, positiva e, portanto, com aceleração nula.
No segundo arco de parábola, o móvel continua se movendo para posições maiores, em MRUV,
porém, com velocidade positiva cada vez menor, configurando uma aceleração negativa.
Então, no instante t1, o móvel está avançando no sentido positivo do eixo “S” das posições, com
velocidade e aceleração também positiva.
No instante t2, o móvel está avançando no sentido positivo do eixo “S” das posições, com
velocidade positiva e aceleração nula.
E, no instante t3, o móvel está avançando no sentido positivo do eixo “S” das posições, com
velocidade positiva, porém com aceleração negativa.
A resposta deste exercício também pode ser avaliada ao se fazer a seguinte interpretação em um
gráfico de Posições “S” por tempo “t”:
- O móvel tem posições positivas ao estar além da origem e para o lado positivo, crescente, do
eixo das posições.
- Se a curva for uma reta crescente ou decrescente, o móvel está em MRU. Se for uma reta
horizontal, o móvel está em repouso. E, se for uma parábola, o móvel está em MRUV.
18. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta informações
sobre o movimento retilíneo de um corpo.
O valor da velocidade média e da aceleração desse corpo após 10s valem, respectivamente,
a) 50m/s e 0m/s².
b) 20m/s e 10m/s².
c) 5m/s e 0m/s².
d) 10m/s e 25m/s².
e) 500m/s e 250m/s².
Comentários
A velocidade média pode ser obtida pela razão do deslocamento pelo respectivo intervalo de tempo.
∆𝑆 50 − 0 50
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = = = 5 𝑚/𝑠
∆𝑡 10 − 0 10
A aceleração pode ser obtida pela razão da variação da velocidade pelo respectivo intervalo de
tempo.
Neste caso, como o corpo se moveu sempre com a mesma velocidade, a aceleração foi nula.
∆𝑉 5−5
𝑎= = = 0 𝑚/²
∆𝑡 10 − 0
Gabarito: “C”
d) no ponto de altura máxima ocorre uma inversão de sentido da resultante das forças sobre o
corpo.
e) após o lançamento, no ponto mais alto da trajetória e antes de atingir o solo, o corpo ficou sujeito
somente a uma força vertical, de natureza eletromagnética.
Comentários
Um corpo lançado obliquamente em relação ao solo assume uma trajetória parabólica, somente
sob a ação da força gravitacional, pois o ar foi desprezado.
Assim, durante a subida, no ponto de altura máxima e durante a descida, a resultante das forças
é igual à única força exercida permanentemente sobre o corpo: a força Peso, de natureza gravitacional,
que puxa o corpo sempre verticalmente para baixo.
Em nenhum instante a resultante das forças sobre o corpo é nula, nem ocorre inversão de sentido
da resultante das forças sobre o corpo.
Gabarito: “A”
20. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael
Collins partiram da Lua há 50 anos atrás, mas um dos experimentos que eles deixaram para trás
continua retornando novos dados até hoje: os retrorrefletores. Junto com os astronautas da Apollo
11, os da Apollo 14 e 15 também deixaram mais desses “espelhos” na superfície lunar.
https://rocketsciencebrasil.com/2020/02/20/o-experimento-da-apollo-11-que-continua-
funcionando/
Sabendo-se que a luz se propaga a uma velocidade de 300000km/s e que a distância que separa a
Terra e a Lua é cerca de 400000km, o tempo que um feixe de laser emitido daqui da Terra leva para
ser refletido na Lua e voltar vale
a) cerca de um segundo.
b) cerca de dois segundos.
c) igual a 4/3 de segundo.
d) pouco menos de três segundos.
e) pouco mais de três segundos.
Comentários
A relação entre velocidade, distância e tempo é dada pela equação abaixo:
𝑑 =𝑣⋅𝑡
A distância percorrida pelo laser para ir e voltar é igual ao dobro da distância Terra-Lua, 2x400000
= 800000km.
Além disso, a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas vale 300000km/s.
Assim, podemos calcular o tempo que levou um feixe de laser para sair e retornar à Terra, sendo
refletido na superfície da Lua:
800000 = 300000 ⋅ 𝑡
800000 8
𝑡= = ≅ 2,7 𝑠
300000 3
O tempo de 2,7s é um pouco menos de três segundos.
Gabarito: “D”
21. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Sabendo-se que uma partícula se move
em linha reta com movimento tal que seus valores de velocidade assumem, a cada segundo, uma
sequência de valores que respeita uma progressão matemática bastante conhecida.
Escolha a alternativa correta.
a) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), onde os valores de
velocidade seguem uma progressão geométrica, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a
aceleração como razão desta progressão.
b) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), onde os valores de
velocidade seguem uma progressão aritmética, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a aceleração
como razão desta progressão.
c) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), onde os valores de deslocamento
seguem uma progressão geométrica, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a velocidade como
razão desta progressão.
d) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), onde os valores de deslocamento
seguem uma progressão aritmética, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a aceleração como
razão desta progressão.
Comentários
Uma Progressão Aritmética se caracteriza por uma sequência de valores onde cada termo é igual
ao seu antecessor somado com um valor fixo, chamado de razão.
O MRUV é um movimento que se caracteriza por ter Aceleração constante. Assim, os valores de
Velocidade variam constantemente à mesma taxa, à mesma razão aritmética, em cada intervalo fixo de
tempo, em Progressão Aritmética.
Portanto, no MRUV, os valores de velocidade seguem uma Progressão Aritmética, onde a
aceleração é a razão na qual esses valores aumentam em cada intervalo fixo de tempo.
Gabarito: “B”
A razão entre o valor da rapidez média de um automóvel que a percorreu totalmente em 36 minutos
e o valor da velocidade que um corpo abandonado do ponto mais alto da ponte atinge a superfície
da água em queda livre com g=10m/s² vale, aproximadamente
a) 𝟎, 𝟎𝟓 ⋅ √𝟏𝟎
b) 𝟏𝟐 ⋅ √𝟏𝟎
c) 𝟔 ⋅ √𝟏𝟎
d) 𝟎, 𝟐𝟓
Comentários
Para calcular a Rapidez Média que o veículo desenvolveu, podemos utilizar a relação abaixo:
𝑑
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡
Dados: d=13290m t=36min
13290
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 369,17 𝑚/𝑚𝑖𝑛 = 6,15 𝑚/𝑠 = 22,15 𝑘𝑚/ℎ
36
Para o cálculo do valor da velocidade final de queda de um corpo abandonado no ponto mais alto
da ponte, aplicamos uma das equações do MRUV, pois o Movimento de Queda Livre é um exemplo de
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑
Dados: Vi=0m/s a=g=10m/s d=72m
(Assumindo um referencial positivo verticalmente para cima.)
𝑉𝑓2 = 02 + 2 ⋅ 10 ⋅ 72
𝑉𝑓2 = 1440
𝑉𝑓 = 12 ⋅ √10 𝑚/𝑠
Assim, a razão fica:
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 6,15 0,51 0,51 ⋅ √10
= = = = 0,051 ⋅ √10
𝑉𝑓 12 ⋅ √10 √10 10
Gabarito: “A”
Comentários
Ao se desconsiderar qualquer efeito que possa ser causado pelo ar, o movimento que a pequena
esfera adquire ao subir é o de um MRUV, submetida a uma aceleração constante igual a g=10m/s² para
baixo.
Com uma velocidade inicial igual a 72km/s=20m/s, a esfera fica com velocidade nula ao atingir a
altura máxima. Assim, podemos calcular o tempo de subida a partir da equação abaixo:
𝑉𝑓 = 𝑉𝑖 + 𝑎 ⋅ 𝑡
0 = 20 + (−10) ⋅ 𝑡
20
𝑡= =2𝑠
10
Gabarito: “D”
c) 10 m/s e 2 s
d) 2,5 m/s e 5 s
e) O móvel não passará pela origem.
Comentários
A equação horária da posição de um móvel em MRUV é:
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑥(𝑡) = 𝑥0 + 𝑉𝑜 ⋅ 𝑡 +
2
Ao se comparar com a equação dada, temos que
𝑥0 = +5𝑚
𝑉0 = 0𝑚/𝑠
𝑎 = −10𝑚/𝑠 2
Para encontrar o tempo até origem, substituímos x(t)=0 e resolvemos t.
0 = 5 − 5 ⋅ 𝑡2
𝑡 = 1𝑠
Gabarito: “A”
b) 𝒙𝒇 = 𝟖𝟑 𝒄𝒎.
c) 𝒙𝒇 = 𝟓𝟎 𝒄𝒎.
d) 𝒙𝒇 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎.
e) 𝒙𝒇 = 𝟖𝟔 𝒄𝒎.
Comentários
Em gráficos que relacionam a velocidade de um móvel e o tempo decorrido, sabemos que a área
entre a curva e o eixo do tempo é numericamente igual ao deslocamento do móvel. Lembre-se que a
velocidade negativa indica que a partícula se move em mesma direção, porém no sentido contrário, logo,
devemos ficar atentos com o sinal do deslocamento em áreas de regiões do gráfico onde 𝑣 < 0 𝑐𝑚/𝑠.
Podemos calcular a área total do gráfico dividindo em regiões, por exemplo:
Região 1 (trapézio): 𝑡 = 0 𝑠 até 𝑡 = 9 𝑠
Região 2 (trapézio): 𝑡 = 9 𝑠 até 𝑡 = 14 𝑠
Região 3 (triângulo): 𝑡 = 14 𝑠 até 𝑡 = 15 𝑠
Calculando região 1:
(2,5 + 9) ⋅ 10
𝐴𝑡=0 𝑎 𝑡=9 = = 57,5
2
Calculando região 2:
(5 + 3) ⋅ (−5)
𝐴𝑡=9 𝑎 𝑡=14 = = −20
2
Calculando região 3:
1 ⋅ 10
𝐴𝑡=14 𝑎 𝑡=15 = =5
2
Calculando área total (somatório):
𝐴 = 57,5 − 20 + 5 = 42,5
Gabarito: “A”
Comentários
A velocidade de sustentação de um avião é a velocidade dele em relação ao ar.
Como ele avança a 50 nós contra um vento de 55 nós, então sua velocidade em relação ao solo
será de 5 nós para trás! Ou seja, para um observador em uma torre fixa, o avião estará se movendo no
sentido oposto ao seu voo em relação ao solo.
A velocidade de 5 nós se equivale a 9,25km/h, pois 1 nó é 1,85km/h.
Gabarito: “E”
28. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Em um jogo de futebol, um jogador chuta uma
bola que parte com uma velocidade 𝒗𝟎 em uma trajetória inclinada 𝟑𝟎° com a horizontal. Considere
o lugar do qual partiu a bola como a origem do referencial adotado, e o sentido para cima no eixo
vertical como positivo.
Ao desprezarmos a resistência do ar, assinale o gráfico que melhor representa a velocidade da bola
ao longo do eixo horizontal.
A)
B)
C)
D)
E)
Comentários
A questão, nos pede o gráfico da velocidade horizontal pelo tempo. Como no eixo horizontal não
existe nenhuma força sobre a bola, uma vez que não existem forças dissipativas e que a gravidade atua
somente no eixo vertical, a velocidade no eixo horizontal será constante.
Portanto, a alternativa correta é a “D”.
Gabarito: “E”
Selecione a alternativa que apresenta corretamente a trajetória mais próxima da carga após ter sido
abandonada quando observada por uma pessoa em repouso no solo.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentários
A partir de um observador em repouso no solo, a trajetória mais próxima da real é a indicada pelo
número 4, pois, ao ser abandonada, a caixa estava se movendo junto ao avião (para a direita da figura).
Assim a caixa irá cair verticalmente enquanto avança horizontalmente, traçando uma trajetória
curva.
Gabarito: “D”
Como ele já levou 0,5h (30min) para percorrer uma parte (metade) do percurso que deveria levar
somente 0,4h (24min) no total, não há valor de velocidade que o faça cumprir sua meta.
Gabarito: “D”
∆𝑉
𝑎𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
∆𝑡
Para o móvel A, temos:
(14 − 0) 14
𝑎𝐴 = = = 2,3 𝑚/𝑠²
(6 − 0) 6
Para o móvel B, temos:
(10 − 0) 10
𝑎𝐵 = = = 1,7 𝑚/𝑠²
(6 − 0) 6
II – INCORRETA.
Após 6 segundos, o veículo B parou de acelerar, mantendo, a partir deste instante, uma velocidade
de 10m/s. O mesmo ocorre com o móvel A, passando a se mover com velocidade constante após cerca
de 7s.
III – CORRETA.
A distância percorrida pode ser estimada a partir do cálculo da área que o gráfico da Velocidade
faz com o eixo do Tempo, pois esta área é igual ao Deslocamento do móvel.
Assim, como o móvel A para de acelerar cerca de 6,8 segundos, temos a área de um retângulo de
base igual a 3,2s e altura de 14,2m/s.
𝑑𝐴 = 3,2 ⋅ 14,2 = 45,4 𝑚
Como o móvel B para de acelerar após 6s, teremos, também, um retângulo de base igual a 6s (de
6 até 12) e altura de 10m/s.
𝑑𝐵 = 6,0 ⋅ 10,0 = 60,0 𝑚
Gabarito: “E”
34. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um garoto lança uma pequena bola
verticalmente para cima enquanto caminha horizontalmente com velocidade constante,
permanecendo assim durante toda trajetória da bolinha, conforme situação apresentada na figura
abaixo.
Desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência que possa ser causado pelo ar e julgue as
afirmativas abaixo.
I – Após ter saído da mão do garoto, a bolinha tem trajetória parabólica, submetida somente à força
gravitacional, tendo aceleração constante.
II – No ponto mais alto da trajetória, a velocidade da bolinha é nula em relação ao menino.
III – Na horizontal, a bolinha se move em MRU, enquanto que, na vertical o movimento é um MRUV,
em relação ao solo.
São corretas.
A) Nenhuma.
B) Somente a I e a II.
C) Somente a II.
D) Somente a I e a III.
E) Todas.
Comentários
I – CORRETA.
Ao sair da mão do menino, a única ação sobre a bolinha é a da gravidade, que impõe uma força
constante sobre a bolinha, acelerando-a constantemente e variando sua velocidade sempre à mesma
taxa, configurando uma trajetória parabólica.
II – CORRETA.
A componente horizontal da velocidade da bolinha é igual à velocidade do menino. Assim,
horizontalmente, ambos avançam juntos. Quando a bolinha chega no ponto mais alto da sua trajetória,
sua componente vertical da velocidade é nula, resultando num movimento unicamente horizontal.
III – CORRETA.
Ao desconsiderar os efeitos do ar, horizontalmente, a bolinha se move com velocidade constante,
avançando num Movimento Retilíneo Uniforme. Na vertical, a bolinha está sob a ação da gravidade, que
impõe uma aceleração vertical constante, que varia sua velocidade constantemente, configurando um
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado de Queda Livre.
Gabarito: “E”
Comentários
Ao percorrer 5km em 15min, podemos calcular sua rapidez média:
𝑑
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡
5 1
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛
15 3
Para d=42km, temos que
42
1/3 =
𝑡
42
𝑡= = 3 ⋅ 42 = 126𝑚𝑖𝑛 = 2,1ℎ = 2ℎ 𝑒 6𝑚𝑖𝑛
1/3
Gabarito: “D”
Durante o tempo de reação, intervalo entre o instante da percepção até o início da frenagem, o
veículo percorreu uma distância igual a
a) 135,0m
b) 13,5m
c) 37,5m
d) 25,0m
Comentários
Durante o tempo de reação o veículo se moveu com velocidade constante, em M.R.U.
Assim, podemos utilizar a relação abaixo:
𝑑 =𝑣⋅𝑡
Dados: v=90km/h=25m/s t=1,5s
Se Márcia estava inicialmente distante 20 metros do carro, ela terá que percorrer uma distância
total de 60 metros (40 m + 20 m). Se sua velocidade é constante e vale 1,5 m/s, podemos utilizar a equação
do MRU para determinar o tempo que ela levará para chegar até seu destino:
𝑑
𝑣=
𝑡
𝑑 60
𝑡= = = 40𝑠
𝑣 1,5
Gabarito: “B”
As duas figuras são quadriláteras, tendo suas respectivas áreas calculadas a partir do produto das
respectivas bases médias pelas alturas.
Assim, podemos escrever:
𝐵1 + 𝑏1 25 + 10
∆𝑉1 = 𝐴1 = ⋅ ℎ1 = ⋅ (−20) = −350 𝑚/𝑠
2 2
Este valor de área negativa indica que a velocidade da partícula variou 350m/s para o lado
negativo. Ou seja, a partícula partiu do repouso e, após 25s, atingiu uma velocidade de 350m/s para o
sentido negativo do eixo de referência.
𝐵2 + 𝑏2 15 + 10
∆𝑉2 = 𝐴2 = ⋅ ℎ2 = ⋅ 20 = +250 𝑚/𝑠
2 2
Este segundo valor, correspondente à área que está acima do eixo do tempo, indica uma variação
de velocidade igual a 250m/s para o lado positivo do eixo de referência.
Logo, a variação total da velocidade ficou:
∆𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴1 + 𝐴2 = −350 + 250 = −100𝑚/𝑠
Portanto, ao partir do repouso, a velocidade final da partícula, no instante igual a 40s, foi igual a -
100m/s, ou seja, 100m/s para o sentido negativo do eixo de referência.
2. CORRETA.
Conforme se pode concluir a partir dos cálculos já realizados na afirmativa 1, a partícula atingiu
sua máxima velocidade no instante igual a 25s, pois ela ficou submetida a uma aceleração sempre para o
mesmo sentido durante este primeiro intervalo, aumentando continuamente sua velocidade para o
sentido negativo até atingir um valor de velocidade igual a 350m/s.
3. INCORRETA.
No instante igual a 25s, a partícula está se movendo com velocidade negativa igual a 350m/s.
Neste instante, a aceleração é que sofre uma inversão de sentido, passando de negativa para
positiva.
Esta inversão de sentido para a aceleração, que assume valores positivos após o instante igual a
25s, vai fazer com que a velocidade negativa sofra uma redução de valor.
Ao final os 40s, a velocidade da partícula, que chegou a atingir -350m/s, sofre uma redução de
valor, devido à aceleração positiva, passando a valer -100m/s.
Portanto, a partícula, que partiu do repouso, andou continuamente para o sentido negativo do
eixo de referências, sem sofrer qualquer inversão de sentido durante todo seu movimento.
4. CORRETA.
A partir dos dados do gráfico, que possibilitaram o cálculo da variação total da velocidade durante
o intervalo de 40s, podemos obter o valor da aceleração média.
∆𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 −100
𝑎𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = = −2,5𝑚/𝑠 2
∆𝑡 40
Com este valor, podemos calcular o deslocamento total a partir da equação abaixo:
𝑎𝑚é𝑑𝑖𝑎 ⋅ 𝑡 2
𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2
(−2,5) ⋅ 402
𝑑 = 0 ⋅ 40 +
2
𝑑 = −2000 𝑚
Gabarito: “D”
𝒅 = 𝑨𝟏 + 𝑨𝟐
(𝟑𝟐 − 𝟐)𝒗
𝟔𝟖𝟎 = 𝟐 ∙ 𝒗 +
𝟐
𝟑𝟎𝒗
𝟔𝟖𝟎 = 𝟐 ∙ 𝒗 +
𝟐
𝟔𝟖𝟎 = 𝟐 ∙ 𝒗 + 𝟏𝟓 ∙ 𝒗
𝟔𝟖𝟎 = 𝟏𝟕 ∙ 𝒗
𝟔𝟖𝟎
𝒗=
𝟏𝟕
𝒗 = 𝟒𝟎 𝒎/𝒔
Por outro lado, a aceleração para este movimento foi de:
∆𝒗
𝒂=
∆𝒕
(𝟎 − 𝟒𝟎)
𝒂=
(𝟑𝟐 − 𝟐)
−𝟒𝟎
𝒂=
𝟑𝟎
𝟒
𝒂 = − 𝒎/𝒔²
𝟑
Para a situação em que a velocidade inicial do movimento é reduzida à metade (𝟐𝟎 𝒎/𝒔), o tempo
de frenagem será de:
∆𝒗
𝒂=
∆𝒕
𝟒 (𝟎 − 𝟐𝟎)
− =
𝟑 (𝒕 − 𝟐)
𝟒 −𝟐𝟎
− =
𝟑 (𝒕 − 𝟐)
𝟒(𝒕 − 𝟐) = 𝟑 ∙ 𝟐𝟎
𝟔𝟎
𝒕−𝟐=
𝟒
𝒕 = 𝟏𝟓 + 𝟐
𝒕 = 𝟏𝟕 𝒔
A distância percorrida para esta nova situação também pode ser obtida a partir da área do gráfico.
𝒅 = 𝑨𝟏 + 𝑨𝟐
(𝟏𝟕 − 𝟐)𝟐𝟎
𝒅 = 𝟐 ∙ 𝟐𝟎 +
𝟐
𝟏𝟓 ∙ 𝟐𝟎
𝒅 = 𝟒𝟎 +
𝟐
𝒅 = 𝟒𝟎 + 𝟏𝟓𝟎
𝒅 = 𝟏𝟗𝟎 𝒎
Gabarito: “C”
41. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um elevador inicia sua descida a partir
do vigésimo andar. Após 2 andares aumentando sua velocidade uniformemente, ele atinge uma
velocidade V, que é mantida constante até ser reduzida, à mesma taxa, para o elevador parar no
primeiro andar. Cada andar mede 3m, verticalmente, e todo o percurso foi completado em 30s. O
valor da velocidade média desenvolvida no percurso e o valor de V valem, respectivamente,
A) 2,0m/s e 2,3m/s.
B) 2,0m/s e 2,1m/s.
C) 1,9m/s e 2,3m/s.
D) 1,9m/s e 2,1m/s.
E) 2,1m/s e 2,3m/s.
Comentários
Ao sair do 20º andar e parar no 1º, o elevador desceu 19 andares no percurso, se deslocando um
total de 57 metros, verticalmente, pois cada andar mede 3 metros.
Com este deslocamento total, podemos obter o valor da velocidade média do percurso a partir da
razão abaixo:
𝑑 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
Dados: dTotal=3x19=57m tTotal=30s
57
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 1,9 𝑚/𝑠
30
Para encontrar o valor de V, temos que perceber que o elevador desce em três etapas. Na primeira,
o elevador acelera uniformemente (MRUV) e aumenta sua velocidade, verticalmente para baixo, de zero
até V. Na segunda, o elevador mantém sua velocidade constante (MRU). E na terceira, o elevador acelera
uniformemente (MRUV), à mesma taxa da primeira etapa, mas reduzindo sua velocidade de V para zero,
parando no primeiro andar.
Durante a primeira e a terceira etapas, o elevador desceu 2 andares, somando 6 metros.
Assim, podemos escrever:
𝑑𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑑1 + 𝑑2 + 𝑑3
𝑑𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉 + 𝑑𝑀𝑅𝑈 + 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉
Dados: dTotal=57m dMRUV=3x2=6m
57 = 6 + 𝑑𝑀𝑅𝑈 + 6
𝑑𝑀𝑅𝑈 = 45𝑚
Esses 45m de deslocamento durante a etapa com velocidade constante é equivalente a 15
andares.
Podemos escrever a seguinte relação para os intervalos de tempo das etapas:
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑡1 + 𝑡2 + 𝑡3
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑡𝑀𝑅𝑈𝑉 + 𝑡𝑀𝑅𝑈 + 𝑡𝑀𝑅𝑈𝑉
O tempo total foi de 30 segundos. Os tempos em MRUV e em MRU podem ser substituídos pelas
relações abaixo:
𝑑𝑀𝑅𝑈 = 𝑉 ⋅ 𝑡𝑀𝑅𝑈
𝑑𝑀𝑅𝑈
𝑡𝑀𝑅𝑈 =
𝑉
𝑉𝑖 + 𝑉𝑓
𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉 = ( ) ⋅ 𝑡𝑀𝑅𝑈𝑉
2
𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉 2 ⋅ 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉
𝑡𝑀𝑅𝑈𝑉 = =
𝑉𝑖 + 𝑉𝑓
( ) (𝑉𝑖 + 𝑉𝑓 )
2
Assim, temos:
2 ⋅ 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉 𝑑𝑀𝑅𝑈 2 ⋅ 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = + +
(𝑉𝑖 + 𝑉𝑓 ) 𝑉 (𝑉𝑖 + 𝑉𝑓 )
Dados: tTotal=30s dMRUV=6m dMRU=45m Vi+Vf=V
2 ⋅ 6 45 2 ⋅ 6
30 = + +
𝑉 𝑉 𝑉
12 + 45 + 12
30 =
𝑉
30 ⋅ 𝑉 = 69
69
𝑉= = 2,3 𝑚/𝑠
30
Gabarito: “C”
42. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois trens, A e B, estão afastados 0,3km
numa ferrovia de trilho retilíneo único. O movimento deles foi monitorado durante 10s. Os dados
foram registrados no gráfico abaixo.
O sensor de posição fica na extremidade frontal de cada trem. Tanto o trem A quanto o B têm 250m
de comprimento total.
𝑑𝐴 = 𝐴𝑡𝑟𝑖 + 𝐴𝑟𝑒𝑡
10 ⋅ 20
𝑑𝐴 = + 10 ⋅ 10 = 100 + 100 = +200 𝑚
2
Este resultado significa que, durante os 10 segundos de monitoramento, o trem A avançou 200m
no sentido positivo da referência adotada, enquanto reduzia sua velocidade de 30m/s para 10m/s.
O deslocamento do trem B fica igual à área do triângulo abaixo.
𝑑𝐵 = 𝐴𝑡𝑟𝑖
10 ⋅ (−20)
𝑑𝐴 = = −100 𝑚
2
Este resultado significa que, durante os 10 segundos de monitoramento, o trem B avançou 100m
no sentido negativo da referência adotada, sentido oposto ao trem A, enquanto reduzia sua velocidade
de 20m/s para zero.
Portanto, os trens não percorreram distâncias iguais.
III – CORRETA.
Como os trens estavam, inicialmente, afastados de 0,3km, que se equivale a 300m, após os 10
segundos de monitoramento, o trem B para após percorrer 100m na direção do trem A que, após
percorrer 200m ao encontro do trem B, ainda se move com velocidade de 10m/s, configurando a colisão.
Gabarito: “C”
O projétil levou um tempo igual a t para atingir o alcance horizontal máximo. Assim, a velocidade
de lançamento vale
𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
A) √𝑯
𝟎 +𝒅𝒙𝑴á𝒙
𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
B) √ 𝑯𝟎
𝒈⋅𝒅𝒙𝑴á𝒙
C) √
𝑯𝟎
𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
D) 𝑯𝟎
𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
E) 𝑯
𝟎 +𝒅𝒙𝑴á𝒙
Note e Adote
Considere a aceleração da gravidade igual a g e desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência
que possa ser causada pelo ar.
Comentários
Na vertical (y), o movimento é de queda livre, um MRUV. Na horizontal (x), o movimento é retilíneo
e uniforme, um MRU.
Então, podemos escrever as seguintes relações para as componentes da velocidade inicial V 0:
√2
𝑉0𝑦 = 𝑉0 ⋅ sin 45° = 𝑉0 ⋅
2
√2
𝑉0𝑥 = 𝑉0 ⋅ cos 45° = 𝑉0 ⋅
2
Gabarito: “A”
44. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A terra leva 24h para completar uma
rotação completa ao redor de si mesma, configurando o tempo de um dia terrestre. O valor da
velocidade tangencial de um ponto sobre o equador terrestre e outro que se encontra em um local
de latitude de 30° estão mais próximos de, respectivamente,
Dados: RTerra=6400km; sen30°=cos60°=1/2; cos30°=sen60°=√3/2; π≈3,0.
A) 1600m/s e 800m/s.
B) 1600m/s e 385m/s.
C) 1600km/h e 385m/s.
D) 1600km/h e 1386m/s.
E) 1600km/h e 800km/h.
Comentários
O valor da Velocidade Tangencial de um ponto no equador terrestre pode ser obtido a partir da
definição abaixo, do Movimento Circular Uniforme:
2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉=
𝑇
Dados: R=6400km T=24h π=3,0
2 ⋅ 3 ⋅ 6400
𝑉= = 1600 𝑘𝑚/ℎ = 444,44𝑚/𝑠
24
Em um ponto que se encontra em uma latitude de 30°, seja ao norte ou ao sul do equador, termos
um módulo de velocidade que dependerá do cosseno do ângulo de latitude, pois a distância “R” na
equação da Velocidade Tangencial corresponde à distância até o eixo de rotação, que passa pelos pontos
geográficos dos polos Norte e Sul.
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VERSÕES DA AULA
Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma modificação ou correção
no conteúdo da aula for necessária, uma nova versão será disponibilizada.
• Versão 1: 13/06/2022.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 13.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto Alegre: Bookman, 2002.
• HEWITT, Paul G. Fundamentos de Física Conceitual. 1.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto Alegre:
Bookman.
• GASPAR, Alberto. Física. 2.ed. São Paulo: Editora Ática, 2009, Todos os Volumes.
• MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. 5.ed. São Paulo: Scipione, 2000, Todos os
Volumes.
• RESNICK, HALLIDAY, Jearl Walker. Fundamentos de Física. 10ª ed. LTC. Todos os Volumes.