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CURSO INTENSIVO 2024

Física
INTENSIVO

Exasiu
Cinemática: Descrição Matemática
de Movimentos
Movimento Retilíneo Uniforme. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado e
Movimento de Queda Livre. Movimento Circular Uniforme.

AULA 03

Prof. Henrique Goulart

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 1


CURSO INTENSIVO 2024

Sumário
INTRODUÇÃO 4

1) CINEMÁTICA 5

1.1. Conceitos Básicos 6


1.1.1 Ponto Material e Corpo Extenso 6
1.1.2 Referencial 6

1.2. Conceitos Principais 7


1.2.1 Distância e Deslocamento 7
1.2.2 Velocidade Média e Velocidade Instantânea 10
1.2.3 Aceleração 13

2) MOVIMENTOS RETILÍNEOS 15

2.1. Movimento Retilíneo Uniforme - MRU 15


2.1.1 Casos de MRU 16
2.1.2 Gráficos e Equações Horárias 18
2.1.3 Velocidades Relativas e Encontros 27
2.1.4 Túneis, Pontes, Ultrapassagens e Corpos Extensos 32

2.2. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado- MRUV 35


2.2.1 Casos de MRUV 36
2.2.2 Gráficos e Equações 38

2.3. Movimento de Queda Livre- MQL 51

3) MOVIMENTOS BIDIMENSIONAIS 59

3.1. Lançamento Horizontal 59

3.2. Lançamento Oblíquo 64


3.2.1 Decomposição Vetorial 65

4) MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME 71

4.1. Período e Frequência 72

4.2. Velocidade Linear 73

4.3. Velocidade Angular 75


4.3.1 Relação entre Velocidade Linear e Angular 75

4.4. Aceleração do Movimento Circular Uniforme 78

4.5. Movimentos Circulares Acoplados 82

5) RESUMO DA AULA 89

6) LISTA DE EXERCÍCIOS 106

Gabarito 129

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 2


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7) LISTA DE EXERCÍCIOS RESOLVIDA E COMENTADA 130

CONSIDERAÇÕES FINAIS 176

VERSÕES DA AULA 177

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 177

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 3


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INTRODUÇÃO
Faaaaala, guerreira! Faaaaala, guerreiro! Tudo bem contigo?!

Eu sou o Professor Henrique Goulart, um dos professores de Física aqui do Estratégia


Vestibulares.

Seja muito bem-vindo à nossa Aula 03 do Curso Intensivo de Física!

Estou muito feliz em ver que você conseguiu vencer todos os tópicos da Aula 02 com sucesso!

Nesta aula, vamos falar sobre a descrição matemática de movimentos. Estudaremos alguns tipos
de movimentos retilíneos, o MRU (Movimento Retilíneo Uniforme) e o MRUV (Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado), com suas aplicações nos movimentos de queda livre e nos lançamentos de
projéteis. Além dos movimentos retilíneos, também veremos o MCU (Movimento Circular Uniforme).

Minha guerreira, meu guerreiro, não esqueça que ao mesmo tempo que você tem este livro digital,
em PDF, você também pode conferir a videoaula!
Ah, também não esqueça que qualquer dúvida pode ser tirada diretamente pelo fórum de dúvidas!

Ao finalizar esta aula, é esperado que você tenha desenvolvido e adquirido todas as ferramentas
teóricas e práticas e seja capaz de resolver os exercícios específicos da banca da sua prova de vestibular.

Prepara o café e o chocolate e vem comigo!

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 4


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1) CINEMÁTICA
A Cinemática é a descrição matemática de movimentos. Todo corpo que se move pode ter uma
equação matemática (uma função) que melhor descreve seu movimento.

Não conheço ninguém que acorde de manhã com vontade de fazer a cinemática de algo! Hehehe

Se faz cinemática por uma questão prática, porque é útil, muito útil!

A Ciência é capaz de desenvolver ferramentas capazes de descrever, satisfatoriamente, os


fenômenos físicos e possibilitar, a partir desta descrição, a previsão futura e passada para um
determinado evento. A Cinemática é uma destas ferramentas.

Ao se fazer a cinemática de um corpo, descrevendo seu movimento com uma função matemática
adequada, temos a possibilidade de saber por onde e quando este corpo irá passar, além de se estimar
por onde e quando este corpo já passou.

Os movimentos mais simples que existem são os movimentos retilíneos uniforme (MRU) e o
uniformemente variado (MRUV). Além desses, o movimento circular mais simples que conhecemos é o
circular uniforme (MCU).

Para entender estes movimentos, assim como suas respectivas aplicações, precisamos estudar
alguns conceitos básicos e os três conceitos principais da Cinemática: Deslocamento, Velocidade e
Aceleração.

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1.1. Conceitos Básicos

1.1.1 Ponto Material e Corpo Extenso


Quando as dimensões de um determinado corpo são desprezíveis no estudo de um determinado
fenômeno, denomina-se esse um ponto material. Por outro lado, quando as dimensões do corpo devem
ser consideradas, esse será um corpo extenso.

Por exemplo, uma pequena formiga pode ser considerada um “ponto material” quando se desloca
dentro de uma garagem de uma residência. Enquanto que um veículo que manobra para estacionar não
pode ser considerado “um ponto”, pois seu tamanho (e formato) é relevante para a situação.

Portanto, sempre que o tamanho e formato de um corpo for irrelevante para a solução de um
problema cinemático, podemos representar este corpo como um ponto material.

1.1.2 Referencial
Todo movimento, assim como sua descrição matemática, depende de uma referência.

Dizemos que um corpo está em repouso (parado) se sua posição não variar com o passar do tempo
em relação a um referencial. Caso sua posição se altere com o passar do tempo, dizemos que o corpo está
em movimento. Contudo, é possível que um corpo esteja em repouso em relação a um determinado
referencial e em movimento em relação a outro.

Como a Cinemática é a descrição matemática de movimentos, os referenciais que utilizaremos


serão eixos cartesianos, os eixos “X” e “Y”. Assim, todas as posições de um corpo que se move serão dadas
por um valor nesses respectivos eixos.

Se o movimento for unidimensional, sobre uma direção, uma linha, podemos utilizar somente um
desses eixos. Em geral, utilizaremos o eixo X para a direção horizontal e para movimentos unidirecionais.
Quando o movimento for em duas direções, horizontal e vertical, por exemplo, utilizaremos o eixo X na
horizontal e o eixo Y na vertical.

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1.2. Conceitos Principais


Os principais conceitos da Cinemática são: Deslocamento, Velocidade e Aceleração.

1.2.1 Distância e Deslocamento


Os conceitos de Distância e Deslocamento são os que mais causam confusão, tanto por parte dos
alunos, quanto por parte dos enunciados das questões.

Cotidianamente, estes conceitos podem se confundir. Porém, aqui na Física, eles são muito
diferentes, fornecendo informações bem distintas. Enquanto a Distância informa o comprimento de uma
trajetória, contando todos os pontos por onde um móvel passou ou poderá passar, o Deslocamento é um
VETOR que aponta da posição inicial até a posição final.

Algumas grandezas Físicas são vetoriais. Toda grandeza física que tem um valor que aponta para
algum lugar é classificada como grandeza vetorial.

Um exemplo é a Força. Para descrever corretamente o efeito de uma força, por exemplo,
precisamos responder a duas perguntas: quanto vale e pra onde aponta. Somente com estas duas
respostas poderemos analisar completamente os efeitos físicos de uma força. O mesmo ocorre para
deslocamentos, velocidades, acelerações, quantidades de movimento, impulsos, campos elétricos, etc.

Portanto, um Vetor possui, sempre, duas informações associadas: Módulo e Orientação. O Módulo
indica o valor, a intensidade da grandeza. A Orientação indica a direção e o sentido da grandeza. A direção
é a linha na qual a grandeza está orientada, podendo ser na horizontal, na vertical ou inclinada. O sentido,
indicado pela ponta da seta, indicando, em uma determinada direção, um dos dois sentidos possíveis.

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Grandeza Vetorial
Toda grandeza física que tem um valor que aponta para algum lugar é
classificada como grandeza vetorial.
Algumas grandezas que são vetoriais: Força, Deslocamento, Velocidade,
Aceleração, Quantidade de Movimento, Impulso e Campo Elétrico.

Um Vetor possui, sempre, duas informações associadas: Módulo (valor ou


intensidade) e Orientação (direção e sentido).

Se um corpo sai de uma posição inicial, percorre uma trajetória, como a indicada pelo traçado
pontilhado, e termina no ponto indicado pela posição final, a Distância percorrida pelo móvel será a
medida de todo o trajeto percorrido, sendo uma grandeza escalar.

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Já o Deslocamento é indicado por um vetor que liga a posição inicial à posição final. Seu módulo é
igual ao comprimento da seta, enquanto a orientação se dá da posição inicial à posição final

Veja que o Deslocamento ignora completamente a trajetória! Para o Deslocamento, somente


importam as posições inicial e final. Aqui está a principal diferença entre Distância e Deslocamento: para
a Distância, o que importa é a trajetória, enquanto que, para o Deslocamento, não importa a trajetória.

A Distância é simplesmente a medida da trajetória de um móvel, registrando


todo o rastro deixado pelo corpo. É uma grandeza escalar. Deslocamento é
uma grandeza vetorial, indicando o quanto um corpo está deslocado em
relação à sua posição inicial, além de apontar para onde o objeto se deslocou.
É representado por uma seta ligando a posição inicial à posição final.

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1.2.2 Velocidade Média e Velocidade Instantânea


A Velocidade é uma grandeza vetorial que indica para onde e quão rápido um corpo se move.

A Velocidade Média é definida como a razão (divisão) entre o Deslocamento e o Tempo.

𝐷𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜
Matematicamente, podemos escrever o valor do deslocamento, representado pela letra d, como
sendo a diferença entre duas posições, a final e a inicial, para um corpo que se desloca em um referencial
(eixo X, ou eixo Y, ou eixo S, etc.):

𝑑 = 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

𝑑 = ∆𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜

𝑑 = ∆𝑥 = 𝑥𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑥𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Como o ∆𝑥 é o Deslocamento, podemos escrever a Velocidade Média da seguinte forma:

Sobre as unidades de medida, o deslocamento é um comprimento, sendo indicado em metros, no


SI. O tempo, em segundos. Assim, a unidade de medida para velocidade fica:

[𝑑 ]
[𝑉 ] =
[𝑡 ]
𝑚
[𝑉 ] =
𝑠
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OBS: Em muito livros, bem como em anunciados de questões de provas, o símbolo utilizado para
posição é a letra S. Este símbolo tem origem em uma tradução mal feita do termo “Space”, em inglês,
que não pode ser traduzido como “espaço” em português.

É bastante comum, em provas, nos depararmos com diferentes unidades de medida para valores
de velocidade. Podemos encontrar m/s, mm/s, cm/s, km/s, além de m/min, km/min e km/h. O mais
comum é o km/h.

Para converter uma velocidade indicada em km/h para m/s, por exemplo, precisamos transformar
o km em m e o tempo em h para s.

Como 1km = 1000m e 1h = 60min = 3600s, essa conversão acabará dependendo de um fator: o
3,6. Este fator vem, justamente da conversão simultânea dos km para m e das horas para segundos.

𝑘𝑚 1000𝑚 1𝑚 1
1 = = = 𝑚/𝑠
ℎ 3600𝑠 3,6𝑠 3,6
1 𝑚/𝑠 = 3,6 𝑘𝑚/ℎ
Se uma pessoa, ao caminhar, percorre um metro em um segundo, se assim permanecer, após uma
hora de caminhada, terá percorrido 3 quilômetros e 600 metros.

Assim, para passar de km/h para m/s dividimos o valor da velocidade por 3,6, uma velocidade
precisa ser multiplicada por 3,6 para se obter seu respectivo valor em km/h.
Tabela 1: Velocidade em km/h e em m/s.

m/s Fator Multiplicador da Velocidade km/h


1 3,6

5 18

10 36

15 54

20 72

25 90

30 108

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Contudo, em muito exercícios em provas, temos contextos onde o que se quer é somente a média
da rapidez com que um móvel percorreu determinada trajetória. Assim podemos definir uma grandeza
escalar, chamada de Rapidez, como a razão entre a Distância percorrida e o Tempo.

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑅𝑎𝑝𝑖𝑑𝑒𝑧𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜
A Rapidez Média nos informa o quão rápido, em média, um móvel percorreu um determinado
percurso em uma trajetória. Em muitas questões, os enunciados pedem a “Velocidade Escalar Média”.
Como Velocidade é uma grandeza vetorial, não é adequado se utilizar o termo “Escalar” depois de
velocidade.

Assim, temos que interpretar o enunciado e o comando da questão. Se o enunciado estiver


pedindo a “Velocidade Escalar Média”, devemos calcular a Rapidez Média do percurso. Se for pedido a
Velocidade Média, devemos utilizar a razão entre o Deslocamento e o Tempo.

Muito cuidado com o termo “Velocidade Escalar”


Velocidade é uma grandeza vetorial. Assim, não é adequado se utilizar o termo
“escalar” para velocidade.
Assim, temos que interpretar o enunciado e o comando da questão.
Se o enunciado estiver pedindo a “Velocidade Escalar Média”, devemos calcular a
Rapidez Média do percurso. Se for pedido a Velocidade Média, devemos utilizar a
razão entre o Deslocamento e o Tempo.

A velocidade instantânea nada mais é que a velocidade em um instante em particular. Nos


próximos capítulos, estudaremos as equações horárias das velocidades para diferentes movimentos. As
equações horárias para as velocidades nos possibilitam calcular as velocidades em diferentes instantes.

Mesmo que um móvel se desloque com diferentes velocidades em cada instante, a Velocidade
Média é um valor fixo com que o móvel teria o mesmo deslocamento no mesmo intervalo de tempo. Da
mesma forma, a Rapidez Média é o valor com o móvel percorreria a mesma distância no mesmo tempo
se tivesse andado todo o percurso com uma rapidez igual à rapidez média.

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1.2.3 Aceleração
A Aceleração é uma grandeza vetorial que aponta para onde e indica quão rapidamente a
Velocidade de um corpo aumenta.

A Aceleração (Média) é definida como a razão (divisão) entre a variação da velocidade pela
variação do tempo.

𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝐴𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜
A variação da velocidade pode ser escrita, formalmente, da seguinte forma:

∆𝑉 = 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Assim, temos a Aceleração:

Sobre as unidades de medida, a variação da velocidade é dada em m/s, enquanto a variação do


tempo é dada em segundos, no SI. Portanto, temos:

[∆𝑉]
[𝑎 ] =
[∆𝑡]
𝑚/𝑠
[𝑎 ] = = 𝑚/𝑠 2
𝑠
𝑚/𝑠
Veja que a unidade de medida indica quantos valores de velocidade, em metros por segundo,
𝑠
mudaram durante um segundo.

Por exemplo, se um carro, em uma prova de arrancadas, aumentar sua velocidade de zero,
partindo do repouso, até 100km/h em apenas 10s, sua aceleração indica que, em média, sua velocidade
variou 10km/h a cada segundo. Assim, podemos escrever que sua aceleração média foi igual a 10km/h/s.

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Exemplo: Estratégia Vestibulares/2020 – Prof. Henrique Goulart

Em uma prova de arrancada, um veículo, partindo do repouso, percorre uma pista retilínea de 400m em
10 segundos, atingindo uma velocidade final de 400km/h. Os valores da velocidade média e da aceleração
média desenvolvidas por esse veículo valem, respectivamente,

A) 40m/s e 40m/s².

B) 200km/h e 40m/s².

C) 200km/h e 8m/s².

D) 144km/h e 8m/s².

E) 144km/h e 40km/h/s.

Comentários

O valor da velocidade média pode ser obtido a partir da equação abaixo:

𝑑
𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =
𝑡

Dados: d=400m t=10s

400
𝑉𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = = 40 𝑚/𝑠 = 144 𝑘𝑚/ℎ
10
O valor da aceleração média pode ser obtido a partir da equação abaixo:

∆𝑉
𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =
∆𝑡

Dados: ∆V=Vfinal-Vinicial=400-0=400km/h ∆t=10s

400 𝑘𝑚
𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = = 40 /𝑠
10 ℎ
Gabarito: “E”

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2) MOVIMENTOS RETILÍNEOS
Os dois movimentos mais simples que qualquer móvel pode assumir na natureza são os
movimentos retilíneos uniforme (MRU) e o uniformemente variado (MRUV).

2.1. Movimento Retilíneo Uniforme - MRU


O movimento retilíneo e uniforme (MRU) se caracteriza pelo deslocamento de um corpo em uma
trajetória retilínea (em linha reta) e com velocidade constante (uniforme).

Ao se manter com velocidade constante, a aceleração é mantida, permanentemente, nula, igual a


zero, pois, como vimos, a aceleração está associada à variação da velocidade. Assim, podemos caracterizar
o MRU, onde todo móvel tem seu respectivo deslocamento igual ao produto da velocidade pelo tempo.

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2.1.1 Casos de MRU


Além da condição de repouso, temos, somente, duas situações possíveis para um móvel em MRU.

Se um corpo, com o passar do tempo, não muda sua posição em relação a um referencial, então
este corpo está na condição de repouso.

Corpo em repouso.

Além desta condição, um corpo se encontra em movimento retilíneo e uniforme, em relação a um


referencial, sempre que avançar, a favor ou contra o referencial, iguais quantidades de deslocamentos
em intervalos de tempos iguais.

Caso 1: corpo se move a favor do crescimento do referencial.

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Caso 2: corpo se move contra o crescimento do referencial.

No MRU, temos somente estes dois casos. Para diferenciar uma velocidade a favor ou contra o
sentido do crescimento do referencial, utilizamos os sinais + e −. Ou seja, sempre que uma velocidade
apontar a favor do eixo de referência, esta velocidade deve ser indicada como positiva. Da mesma forma,
sempre que uma velocidade apontar em sentido oposto ao do crescimento do eixo referencial, deve ser
indicada como negativa.

Esta mesma ideia se aplica a todas as outras grandezas vetoriais:

- Deslocamentos que se dão a favor do referencial, são positivos. Deslocamentos que se dão contra o
referencial, são negativos.
- Velocidades a favor do referencial, são positivas. Velocidades contra o referencial, são negativas.
- Acelerações a favor do referencial, são positivas. Acelerações contra o referencial, são negativas.

Muito cuidado com o Referencial!


Em todos os exercícios de cinemática, precisamos escolher um eixo de referência.
Mesmo assim, é importante se notar que, independentemente do eixo escolhido, a
interpretação física do resultado obtido deve ser coerente com o fenômeno, nos
levando, sempre, à resposta correta. Entretanto, não podemos resolver um problema
sem a escolha de um sistema de referência adequado.
Minha guerreira, meu guerreiro, muuuuuuuito cuidado: se resolvermos um problema
de cinemática que tem grandezas que apontam em sentidos opostos sem a escolha de
um sistema de referência para o ajuste dos sinais, temos grandes chances de errar a
questão, além de chegarmos em respostas cujas interpretações não condizem com a
evolução física do problema.

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2.1.2 Gráficos e Equações Horárias


Uma das ferramentas mais úteis para análises e estudos científicos é o uso de gráficos.

De fato, muitos dos exercícios de cinemática em nossas provas cobram gráficos. Portanto,
precisamos falar deles.

É importante destacar aqui, também, que todas as ferramentas para análises gráficas não devem
ser novidade para você, pois os gráficos são os de funções conhecidas, como as funções polinomiais de
grau um, as retas, e funções de segundo grau, parábolas. O que vamos fazer aqui, é utilizar as ferramentas
matemáticas que você já tem que saber mesmo para as provas de vestibular e adaptar estas ferramentas
para as análises físicas.

Geralmente, os gráficos utilizados para as análises cinemáticas são os de Posição X Tempo,


Velocidade X Tempo e Aceleração X Tempo.

Para o caso de um móvel em repouso, com velocidade nula, e que assim permanece, ele mantém
sua posição sempre a mesma com o passar do tempo. Se representarmos isso graficamente, teremos uma
reta horizontal no gráfico Posição X Tempo.

Gráfico Posição X Tempo para um corpo em repouso.

Nesta situação, o corpo permanece em sua mesma posição inicial em relação ao sistema de
referência.

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Gráfico Posição X Tempo para o Caso 1: corpo se move a favor do crescimento do referencial.

Neste caso, o corpo inicia seu movimento no tempo igual a zero, em sua posição inicial, e segue se
movendo, sempre com a mesma velocidade, com a mesma rapidez, sempre no sentido do crescimento
do eixo referencial. O próprio eixo das posições é o referencial. Assim, conforme passa o tempo, o gráfico
irá registrar pontos que se encaixam perfeitamente em uma reta crescente.

Gráfico Posição X Tempo para o caso 2: corpo se move contra o crescimento do referencial.

Neste segundo caso temos algo semelhante, pois o corpo se move sempre a uma taxa constante,
mas para o lado negativo do eixo das posições.

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No MRU, como todos os gráficos de Posição X Tempo são retas crescentes ou decrescentes, então
a função matemática adequada para descrever esse movimento é a de um polinômio de primeiro grau,
do tipo 𝑦 = 𝑚 ⋅ 𝑥 + 𝑏, onde y é a variável dependente, x a independente, m é o coeficiente angular da
reta e b é o coeficiente linear.

Assim, podemos escrever a Equação Horária da Posição para o MRU, onde x é a posição do móvel
no referencial definido pelo eixo X das posições, xi é a posição inicial, no tempo igual a zero, V é a
velocidade do móvel, que é constante, e t é o instante de tempo.

A velocidade V do móvel é o coeficiente angular da reta. Assim, quanto maior a inclinação da reta,
maior o valor da velocidade. O coeficiente linear nada mais é do que a posição inicial do corpo.

Assim, para se fazer a cinemática de um corpo que se move em MRU, precisamos de duas
informações: a posição inicial e a velocidade. Ao conhecer a posição de início e a velocidade do móvel,
podemos escrever a função matemática que descreve o movimento desse corpo, possibilitando predizer,
a cada instante, a respectiva posição do corpo.

Ao se escrever a Equação Horária do Movimento para um corpo, podemos dizer que fizemos a
cinemática para o corpo. Por isso que Cinemática é a descrição matemática de movimentos. Com esta
função pronta, podemos responder qualquer coisa sobre o movimento de um corpo, como por onde e
quando ele irá passar ou chegar em algum lugar, por exemplo, além de poder dizer de onde veio, para
onde vai, quanto tempo levou para chegar até aqui, etc.

Ah, perceba, também, que se um corpo que se move terá diferentes equações
horárias para diferentes referenciais. Por isso, reitero, não existe cinemática sem um
sistema de referências. É impossível descrever matematicamente o movimento de um
móvel sem um referencial.

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Exemplo: ENEM 2012

Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve possível. Para
tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica que o
trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas diferentes. No
primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km.
No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima permitida é de 120 km/h.

Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande
continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para a
realização da entrega?

a) 0,7

b) 1.4

c) 1.5

d) 2.0

e) 3,0

Comentários

Como a empresa quer que o veículo ande continuamente na velocidade máxima permitida, trata-
se de um problema envolvendo dois trechos em Movimento Retilíneo Uniforme (MRU).

d
𝑉=
𝑡

No primeiro trecho:

𝑑1 80
𝑡1 = = = 1 ℎ𝑜𝑟𝑎
𝑉1 80

No segundo trecho:

𝑑2 60
𝑡2 = = = 0,5ℎ𝑜𝑟𝑎
𝑉2 120

Logo:

𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1 ℎ𝑜𝑟𝑎 + 0,5 ℎ𝑜𝑟𝑎 = 1,5 ℎ𝑜𝑟𝑎

Gabarito: “C”

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Exemplo: FATEC

A tabela fornece, em vários instantes, a posição s de um automóvel em relação ao km zero da estrada em


que se movimenta.

A função horária que nos fornece a posição do automóvel, com as unidades fornecidas, é:

a) s = 200 + 30t

b) s = 200 – 30t

c) s = 200 + 15t

d) s = 200 – 15t

e) s = 200 – 15t2

Comentários

Com os dados da tabela, podemos verificar que as posições reduzem de 30km em 30km a cada
intervalo de tempo de 2h, configurando deslocamentos iguais em tempos iguais, característico de um
Movimento Retilíneo Uniforme.

Para escrever a equação horária da posição para esse móvel, precisamos de duas informações: da
posição inicial e da velocidade.

A posição inicial é a que corresponde ao instante zero, valendo 200km. Ou seja, S i=200km.

A velocidade pode ser obtida a partir da sua definição:

∆S
𝑉=
∆𝑡

𝑆𝑓 − 𝑆𝑖
𝑉=
𝑡𝑓 − 𝑡𝑖

50 − 200 −150
𝑉= = = −15 𝑘𝑚/ℎ
10,0 − 0,0 10,0

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Assim, a Equação Horária da Posição para o movimento do móvel, que se desloca em MRU fica:

𝑆 = 𝑆𝑖 + 𝑉 ⋅ 𝑡

𝑆 = 200 + (−15) ⋅ 𝑡

𝑆 = 200 − 15 ⋅ 𝑡

Gabarito: “D”

Exemplo: MACKENZIE

Um móvel se desloca sobre uma reta conforme o diagrama a seguir. O instante em que a posição do móvel
é de + 20 m é:

a) 6 s

b) 8 s

c) 10 s

d) 12 s

e) 14 s

Comentários

Para se obter o instante de tempo em que o móvel passa pela posição +20m, devemos escrever a
equação horária da posição.

Como o gráfico da Posição x Tempo é uma reta, então o móvel está em Movimento Retilíneo
Uniforme – MRU.

Para escrever a equação horária da posição para esse móvel, precisamos de duas informações: da
posição inicial e da velocidade.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 23


CURSO INTENSIVO 2024

A posição inicial é a que corresponde ao instante zero, valendo -30m. Ou seja, Xi=-30m.

A velocidade pode ser obtida a partir da sua definição e de dois pontos conhecidos no gráfico:

∆S
𝑉=
∆𝑡

𝑋𝑓 − 𝑋𝑖
𝑉=
𝑡𝑓 − 𝑡𝑖

(−20) − (−30) +10


𝑉= = = +5 𝑚/𝑠
2−0 2
Assim, a Equação Horária da Posição para o movimento do móvel, que se desloca em MRU fica:

𝑋 = 𝑋𝑖 + 𝑉 ⋅ 𝑡

𝑋 = −30 + 5 ⋅ 𝑡

Quando o X = +20m, o instante vale:

+20 = −30 + 5 ⋅ 𝑡

+50 = 5 ⋅ 𝑡

50
𝑡= = 10𝑠
5
Gabarito: “C”

Gráfico Velocidade X Tempo para um corpo em repouso.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 24


CURSO INTENSIVO 2024

Gráfico Velocidade X Tempo para o Caso 1: corpo se move a favor do crescimento do referencial.

Gráfico Velocidade X Tempo para o caso 2: corpo se move contra o crescimento do referencial.

Veja que o gráfico de Velocidade x Tempo para o caso do corpo em repouso apresenta uma reta
com inclinação nula sobre o eixo do tempo.

Já os gráficos para os dois casos do MRU, temos retas horizontais, indicando que, com o passar do
tempo, a velocidade se mantém constante. No caso 1, a velocidade é positiva. No caso 2, a velocidade é
negativa.

A partir de gráficos de Velocidade x Tempo, podemos obter os deslocamentos a partir das áreas
formadas entre a linha do gráfico e o eixo do tempo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 25


CURSO INTENSIVO 2024

Áreas em gráficos V x t
As áreas formadas entre a linha do gráfico de velocidade e o eixo do tempo são
iguais aos respectivos deslocamentos.

Á𝒓𝒆𝒂𝑮𝒓á𝒇𝒊𝒄𝒐 = 𝒅
𝑽𝒙𝒕

Exemplo: MACKENZIE/2018

Uma pessoa realiza uma viagem de carro em uma estrada retilínea, parando para um lanche, de acordo
com gráfico acima. A velocidade média nas primeiras 5 horas desse movimento é

a) 10 km/h

b) 12 km/h

c) 15 km/h

d) 30 km/h

e) 60 km/h

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 26


CURSO INTENSIVO 2024

Comentários

Em um gráfico de velocidade em função do tempo podemos facilmente calcular o deslocamento


pela área entre a linha do gráfico e o eixo do tempo.

Pela análise do gráfico temos que o deslocamento é igual a área dos dois retângulos destacados.
Lembre-se que a área de um retângulo pode ser calculada pelo produto da base pela sua altura.

𝑑 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴0 𝑎 2 + 𝐴2 𝑎 3 + 𝐴3 𝑎 5

𝑑 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 ∙ 20 + 1 ⋅ 0 + 2 ∙ 10 = 60 𝑘𝑚

𝑑 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 40 + 0 + 20 = 60 𝑘𝑚

A Velocidade Média pode, então ser calculada a partir da equação abaixo:

𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑚 =
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

60
𝑉𝑚 = = 12 𝑘𝑚/ℎ
5
Gabarito: “B”

2.1.3 Velocidades Relativas e Encontros


Em problemas que envolvem dois corpos que se movem em uma mesma direção no mesmo
sentido ou em sentidos opostos, podemos utilizar a velocidade relativa entre eles para calcular
rapidamente quanto tempo eles levarão para se cruzarem, ou qual a distância que os separa em um
determinado instante, etc.

Quando dois móveis estão em uma mesma direção, a velocidade relativa entre eles é igual à soma
dos módulos das velocidades individuais se eles se moverem em sentidos opostos. Ao se moverem em
sentidos opostos, seja se afastando ou se aproximando entre si, a velocidade de cada móvel contribui
para que este afastamento ou aproximação ocorra mais rapidamente.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 27


CURSO INTENSIVO 2024

Quando dois móveis estão em uma mesma direção, a velocidade relativa entre eles é igual à
diferença dos módulos das velocidades individuais se eles se moverem no mesmo sentido. Ao se moverem
no mesmo sentido, um perseguindo o outro, eles se aproximam ou se afastam entre si a uma taxa relativa
igual à diferença entre os módulos de suas velocidades.

Imagine que dois automóveis estão em uma mesma estrada retilínea. O móvel 1 se move a 60km/h
em relação à estrada para a direita. O móvel 2 se move a 40km/h em relação à estrada, mas para a
esquerda. Veja que eles se aproximam ou se afastam entre a uma taxa de 100km/h. Esta taxa é justamente
a velocidade relativa entre eles, indicando que eles se afastam ou se aproximam entre si, a cada 1h, uma
distância relativa de 100km.

Entretanto, se estes dois móveis se moverem no mesmo sentido, ambos para a direita ou ambos
para a esquerda, a rapidez de aproximação ou afastamento será igual a 20km/h, pois, enquanto o móvel
1 anda 60km em 1h, o móvel 2 anda somente 40km nesta mesma 1h. Ou seja, a cada 1h, eles se afastam
ou se aproximam entre si uma distância relativa de 20km.

Veja que, se os dois móveis tiverem iguais valores de velocidade, em sentidos opostos, a
velocidade relativa será igual à soma das velocidades, ou o dobro da velocidade de um deles. Mas, se os
dois se moverem no mesmo sentido, a velocidade relativa será nula, pois, se um persegue o outro com
igual velocidade, a distância relativa entre eles não se modifica.

Velocidades Relativas
- Móveis em sentidos opostos:

𝑽𝒓𝒆𝒍 = |𝑽𝟏 | + |𝑽𝟐 |

- Móveis no mesmo sentido:

𝑽𝒓𝒆𝒍 = |𝑽𝟏 | − |𝑽𝟐 |

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 28


CURSO INTENSIVO 2024

Exemplo: UERJ 2014

Em um longo trecho retilíneo de uma estrada, um automóvel se desloca a 80 km/h e um caminhão a 60


km/h, ambos no mesmo sentido e em movimento uniforme. Em determinado instante, o automóvel
encontra-se 60 km atrás do caminhão. O intervalo de tempo, em horas, necessário para que o automóvel
alcance o caminhão é cerca de:

(A) 1

(B) 2

(C) 3

(D) 4

Comentários

A relação entre velocidade, deslocamento e tempo é dada pela equação abaixo:

𝑑
𝑉=
𝑡

Como o automóvel se desloca a 80km/h, na mesma direção e sentido do deslocamento do


caminhão, que se move a 60km/h, então a velocidade relativa entre eles vale 20km/h, pois o carro se
aproxima do caminhão com esta taxa.

Para vencer a distância de 60km entre eles, o tempo de encontro fica:

𝑑
𝑡=
𝑉𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎

60
𝑡= =3ℎ
20
Gabarito: “C”

Vou aproveitar o próximo exemplo para aplicar três diferentes ferramentas de solução. A primeira,
aplicável em exercícios mais simples e valores acessíveis, é a do raciocínio de como o sistema evolui. A
segunda, utilizando a velocidade relativa, que resolve problemas deste tipo rapidamente. A terceira, é a
ferramenta mais formal para a solução de problemas deste tipo, pois define um sistema de referências,
escreve as equações horárias de cada móvel e as utiliza para chegar na solução.

Esta última, a das equações horárias, é a metodologia que resolve os problemas mais difíceis e
complexos sobre este tópico de encontros e movimentos relativos, pois, como vimos, ao se conhecer a
equação horária do movimento de um móvel, podemos responder qualquer coisa sobre seu movimento.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 29


CURSO INTENSIVO 2024

Exemplo: PUC - SP

Duas bolas de dimensões desprezíveis se aproximam uma da outra, executando movimentos retilíneos e
uniformes (veja a figura). Sabendo-se que as bolas possuem velocidades de 2 m/s e 3 m/s e que, no
instante t = 0, a distância entre elas é de 15 m, podemos afirmar que o instante da colisão é

a) 1 s

b) 2 s

c) 3 s

d) 4 s

e) 5 s

Comentários

Podemos chamar a bolinha da esquerda, que se move com velocidade igual a 2m/s, de bolinha A
e a da esquerda, que se move com velocidade igual a 3m/s de bolinha B.

A cada segundo, a bolinha A avança para a direita 2m e a bolinha B avança para a esquerda 3m.
Assim, em um segundo, elas se aproximam entre si 5m.

Como elas estão afastadas, inicialmente, 15m, então, após um segundo, elas estão afastadas por
10m, após dois segundos elas estão separadas por 5m e, após três segundos, elas se encontram.

Portanto, a alternativa correta é a C: 3s.

Também podemos resolver esta questão utilizando o conceito de velocidade relativa.

Ao se moverem em sentidos opostos, a velocidade relativa entre as bolinhas A e B é igual à soma


dos módulos das velocidades de cada uma, resultando em 5m/s.

𝑉𝑟𝑒𝑙 = |𝑉𝐴 | + |𝑉𝐵 |

𝑉𝑟𝑒𝑙 = 2 + 3 = 5 𝑚/𝑠

Com uma distância relativa de 15m, podemos encontrar o tempo de encontro a partir da relação
abaixo:

d
𝑉=
𝑡

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 30


CURSO INTENSIVO 2024

15
3=
𝑡
𝑑 15
𝑡= = = 3𝑠
𝑉 5
Gabarito: “C”

As duas primeiras formas de resolver, somente são indicadas se os corpos se moverem em MRU.
Se algum dos móveis se mover em MRUV ou qualquer outro movimento variável, o melhor é utilizar a
terceira resolução, que é a metodologia mais formal e adequada para resolver problemas deste tipo.

A terceira maneira de resolver este mesmo problema, mais formalmente, é escrevendo a equação
horária da posição para cada uma das bolas.

Para isso, como vimos, precisamos definir um sistema de referência, um eixo X, horizontal, com
uma origem (o zero do eixo). A posição da origem vou escolher onde está a bola A inicialmente. Esta
posição inicial pode ser colocada em qualquer outra posição que se queira.

A B

X (m)
0 15
Com a origem sobre a bolinha A, a posição inicial da bolinha B vale 15m. Como as bolinhas se
movem em MRU, com as posições iniciais e as respectivas velocidades, então as equações horárias ficam:

𝑋 = 𝑋𝑖 + 𝑉 ⋅ 𝑡

𝑋𝐴 = 0 + 2 ⋅ 𝑡

𝑋𝐵 = +15 + (−3) ⋅ 𝑡

A velocidade 𝑉𝐴 = +2 𝑚/𝑠 e a velocidade 𝑉𝐵 = −3 𝑚/𝑠. O sinal positivo indica um movimento a


favor do sentido de crescimento do referencial, enquanto que o sinal negativo indica um movimento no
sentido oposto ao do eixo de referências.

𝑋𝐴 = 2 ⋅ 𝑡

𝑋𝐵 = 15 − 3 ⋅ 𝑡

Com estas equações horárias, podemos calcular o tempo de encontro ao igualar as posições 𝑋𝐴 e
𝑋𝐵 . Escrever esta igualdade significa encontrar o instante de tempo em que as posições das bolas A e B
são as mesmas, ou seja, quando elas se encontram.

𝑋𝐴 = 𝑋𝐵

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 31


CURSO INTENSIVO 2024

2 ⋅ 𝑡 = 15 − 3 ⋅ 𝑡

2 ⋅ 𝑡 + 3 ⋅ 𝑡 = 15

5 ⋅ 𝑡 = 15

15
𝑡= = 3𝑠
5
Portanto, o tempo que leva para as duas bolas se encontrarem é de 3 segundos.

2.1.4 Túneis, Pontes, Ultrapassagens e Corpos Extensos


Problemas que envolvem corpos extensos passando por pontes, túneis ou ultrapassando uns aos
outros podem aparecer em nossas provas.

Já temos todas as ferramentas para resolver problemas deste tipo. Porém, precisamos fazer alguns
ajustes, pois, como os tamanhos dos corpos são relevantes para a solução do problema, os comprimentos
dos corpos geralmente acabam por incrementar o deslocamento.

Por exemplo, se um trem de 50m vai atravessar um túnel de 150m, além do tamanho do túnel, o
trem também precisa sair de dentro do túnel, tendo que se deslocar, além do tamanho do túnel, o seu
próprio comprimento. Ou seja, para um trem de 50m de comprimento atravessar completamente um
túnel de 150m de comprimento, ele precisa se deslocar 200m.

Esta mesma ideia vale para problemas semelhantes, como caminhões atravessando pontes,
caminhões ultrapassando caminhões, etc.

Corpos Extensos e Ultrapassagens


Em problemas em que o móvel tem tamanho comparável ao que ele atravessa,
seja uma ponte, um túnel, ou outro corpo grande, como caminhões, trens
navios, etc., para ultrapassar um objeto extenso, é necessário que o corpo se
desloque o tamanho do objeto mais o seu próprio tamanho.

𝒅𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑽𝒓𝒆𝒍 ⋅ 𝒕

𝑳𝒐𝒃𝒔𝒕á𝒄𝒖𝒍𝒐 + 𝑳𝒎ó𝒗𝒆𝒍 = 𝑽𝒓𝒆𝒍 ⋅ 𝒕

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 32


CURSO INTENSIVO 2024

Exemplo: UNITAU

Uma motocicleta com velocidade constante de 20 m/s ultrapassa um trem de comprimento 100 m e
velocidade 15 m/s. O deslocamento da motocicleta durante a ultrapassagem é:

a) 400 m.

b) 300 m.

c) 200 m.

d) 150 m.

e) 100 m.

Comentários

Para encontrar o deslocamento total da motocicleta em relação à estrada, precisamos do tempo


que levou a ultrapassagem.

O comprimento da moto é desprezível. Porém, o do trem, não! Como o trem tem 100m de
comprimento, a moto precisa se deslocar, em relação à estrada, 100m a mais que o trem, que se move
com velocidade igual a 20m/s no mesmo sentido que a motocicleta, que se move a 15m/s.

O tempo da ultrapassagem pode ser obtido a partir da velocidade relativa entre a moto e o trem
que é igual à diferença entre os módulos das respectivas velocidades da moto e do trem, pois estão no
mesmo sentido de movimento.

𝑉𝑟𝑒𝑙 = |𝑉𝑀𝑜𝑡𝑜 | − |𝑉𝑇𝑟𝑒𝑚 |

𝑉𝑟𝑒𝑙 = 20 − 15 = 5 𝑚/𝑠

d
𝑉=
𝑡

𝑑𝑟𝑒𝑙 100
𝑡= = = 20𝑠
𝑉𝑟𝑒𝑙 5

Como a moto levou 20s para ultrapassar o trem, o seu deslocamento total em relação à estrada
vale:

𝑑 =𝑉⋅𝑡

𝑑 = 20 ⋅ 20 = 400 𝑚

Gabarito: “A”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 33


CURSO INTENSIVO 2024

Exemplo: UFSCAR/2004

Um trem carregado de combustível, de 120 m de comprimento, faz o percurso de Campinas até Marília,
com velocidade constante de 50 km/h. Este trem gasta 15 s para atravessar completamente a ponte sobre
o rio Tietê. O comprimento da ponte é:

a) 100,0 m.

b) 88,5 m.

c) 80,0 m.

d) 75,5 m.

e) 70,0 m.

Comentários

Para atravessar completamente uma ponte, o trem precisa percorrer o comprimento da ponte
somado com seu próprio comprimento. Assim, a distância total fica:

𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 120 + 𝐿𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒


50
Como o trem se desloca com velocidade igual a 50𝑘𝑚/ℎ = 3,6 𝑚/𝑠 = 13,9 ≅ 14 𝑚/𝑠, então o
comprimento da ponte pode ser obtido, já que o tempo foi de 15s.

𝑑 =𝑉⋅𝑡

120 + 𝐿𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒 = 14 ⋅ 15

120 + 𝐿𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒 = 210

𝐿𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒 = 210 − 120

𝐿𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒 = 90 𝑚

𝐿𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒 ≅ 88,5 𝑚

Gabarito: “B”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 34


CURSO INTENSIVO 2024

2.2. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado- MRUV


O Movimento Retilíneo e Uniformemente Variado (MRUV) é caracterizado por uma trajetória em
linha reta com velocidade que varia constantemente, sempre à mesma taxa. Esta “taxa” é a própria
Aceleração.

Ao se manter em um movimento com velocidade que varia constantemente, sempre à mesma


taxa, a aceleração será, em cada caso, sempre a mesma, mas nunca zero. Se a aceleração for nula, teremos
um MRU. Com a aceleração sempre constante e diferente de zero, podemos caracterizar o MRUV:

Todos os exercícios de MRUV podem ser resolvidos com uma ou mais destas quatro equações
acima. Calma que vou explicar cada uma delas. De primeira, eu sei, elas parecem bem assustadoras. Mas
te garanto que, até o final desta aula, você vai perder o medo delas!

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 35


CURSO INTENSIVO 2024

2.2.1 Casos de MRUV


Um corpo se encontra em movimento retilíneo uniformemente variado, em relação a um
referencial, quando sua velocidade variar linearmente, sob aceleração constante.

Este corpo pode, se partir do repouso, somente aumentar sua velocidade constantemente, ou, se
já estiver se movendo, pode somente aumentar sua velocidade constantemente ou, ainda, se sua
velocidade inicial for oposta à aceleração, irá reduzir sua velocidade, tendendo a parar e inverter o sentido
de seu movimento.

Caso 1: corpo, partindo do repouso, aumenta sua velocidade constantemente.

Caso 2: corpo já se move inicialmente e aumenta sua velocidade constantemente.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 36


CURSO INTENSIVO 2024

Vamos supor que a aceleração, em todos estes casos, é igual a 𝑎 = +3𝑚/𝑠 2 (o sinal positivo indica
que a aceleração está a favor do referencial escolhido). Uma aceleração igual a +3m/s² significa que, a
cada segundo, a velocidade deve aumentar 3m/s para o sentido positivo do eixo de referências.

Ao partir do repouso, como no caso 1 (𝑉𝑖 = 0 𝑚/𝑠), após 1s, a velocidade variou 3m/s a favor do
referencial, assumindo o valor de 𝑉1 = +3𝑚/𝑠. Após mais um segundo, a velocidade aumenta mais três
valores, valendo 𝑉2 = +6𝑚/𝑠. Da mesma forma, após 3s de movimento, a velocidade já vale 𝑉3 =
+9𝑚/𝑠. E assim por diante.

No caso 2, vamos supor que a velocidade inicial vale 𝑉𝑖 = +2𝑚/𝑠. Após 1s, com a aceleração igual
a 𝑎 = +3𝑚/𝑠 2 , como a velocidade aumenta constantemente 3m/s a cada segundo, a velocidade vale
𝑉1 = +5𝑚/𝑠. No instante igual a 2s, 𝑉2 = +8𝑚/𝑠. Em t=3s, 𝑉1 = +11𝑚/𝑠. E assim por diante.

Caso 3: corpo já se move inicialmente, mas no sentido oposto à aceleração.

Nesse caso, vamos supor que a velocidade inicial vale 9m/s, mas no sentido oposto do referencial
adotado: 𝑉𝑖 = −9𝑚/𝑠. Submetido à aceleração igual a 𝑎 = +3𝑚/𝑠 2 , esta velocidade inicial, agora, irá
sofrer uma redução, pois a aceleração “manda” a velocidade aumentar para o lado positivo. Com a
velocidade inicial apontando no sentido oposto, esta velocidade tende a diminuir até zerar e, depois,
começar a aumentar para o lado positivo (como no caso 1).

Após 1s do início do movimento, a velocidade reduz 3m/s, assumindo o valor de 𝑉1 = −6𝑚/𝑠. No


instante igual a 2s, 𝑉2 = −3𝑚/𝑠. Neste caso, após 3s, a velocidade zera (𝑉3 = 0 𝑚/𝑠). Este é o instante
que o móvel para de se mover, instantaneamente. Com a aceleração ainda atuante, este repouso é
instantâneo, somente indicando a inversão de sentido de propagação.

No instante igual a 4s, a velocidade assume o valor de 𝑉4 = +3𝑚/𝑠. Em t=5s, 𝑉5 = +6𝑚/𝑠. Em


t=6s, 𝑉6 = +9𝑚/𝑠. Em t=7s, 𝑉7 = +12𝑚/𝑠. E assim por diante.

Todos os exercícios de MRUV em nossas provas se encaixam em um desses três casos. Então, é
muito importante que você tenha, sempre, estes três casos em mente na hora de interpretar um
problema de cinemática.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 37


CURSO INTENSIVO 2024

2.2.2 Gráficos e Equações


O MRUV é um movimento que se caracteriza por ter Aceleração constante. Assim, os valores de
Velocidade variam constantemente à mesma taxa, à mesma razão aritmética, em cada intervalo fixo de
tempo, em Progressão Aritmética.

Uma Progressão Aritmética se caracteriza por uma sequência de valores onde cada termo é igual
ao seu antecessor somado com um valor fixo, chamado de razão. Por exemplo, a uma razão igual a +3,
partindo de -9 (lembre-se do caso 3) a sequência fica: {−9, −6, −3, 0, +3, +6, +9, +12, +15, +18 … }.
Esta sequência é uma Progressão Aritmética de razão igual a +3 e com o primeiro termo igual a -9.

Como no MRUV os valores de velocidade seguem uma Progressão Aritmética, onde a aceleração
é a razão na qual esses valores aumentam em cada intervalo fixo de tempo, podemos utilizar a equação
da média aritmética para a velocidade média no MRUV.

Assim, além da própria definição de Velocidade Média que vimos no capítulo anterior, temos a da
média aritmética das velocidades:

𝑑 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑉𝑖 + 𝑉𝑓
𝑉𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 𝑉𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
𝑀𝑅𝑈𝑉 𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑀𝑅𝑈𝑉 2

Com estas relações, podemos escrever a primeira equação para os deslocamentos no MRUV.

Equação 1: Deslocamento e Velocidade Média.

Como vimos, os gráficos utilizados para as análises cinemáticas são os de Posição X Tempo,
Velocidade X Tempo e Aceleração X Tempo.

Para o caso de um móvel em repouso, com velocidade nula, e que assim permanece, ele mantém
sua posição sempre a mesma com o passar do tempo. Se representarmos isso graficamente, teremos uma
reta horizontal no gráfico Posição X Tempo.

Para os três casos do MRUV os gráficos de Posição X Tempo ficarão parabólicos e os de Velocidade
X Tempo ficarão retas, como vamos conferir na sequência.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 38


CURSO INTENSIVO 2024

Caso 1: corpo, partindo do repouso, aumenta sua velocidade constantemente.

Caso 2: corpo já se move inicialmente e aumenta sua velocidade constantemente.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 39


CURSO INTENSIVO 2024

Caso 3: corpo já se move inicialmente, mas no sentido oposto à aceleração.

No MRUV, como todos os gráficos de Posição X Tempo são parábolas, então a função matemática
adequada para descrever esse movimento é a de um polinômio de segundo grau, do tipo

𝑦 = 𝑎 ⋅ 𝑥 2 + 𝑏 ⋅ 𝑥 + 𝑐,

onde y é a variável dependente e x a independente.

Assim, podemos escrever a Equação Horária da Posição para o MRUV, onde x é a posição do móvel
no referencial definido pelo eixo X das posições, xi é a posição inicial, no tempo igual a zero, Vi é a
velocidade inicial do móvel, a é a aceleração e t é o instante de tempo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 40


CURSO INTENSIVO 2024

Assim, para se fazer a cinemática de um corpo que se move em MRUV, precisamos de três
informações: a posição inicial, a velocidade inicial e a aceleração. Ao conhecer a posição e a velocidade
de início e a aceleração do móvel, podemos escrever a função matemática que descreve o movimento
desse corpo, possibilitando predizer, a cada instante, a respectiva posição do corpo.

Ao se escrever a Equação Horária do Movimento para um corpo, podemos dizer que fizemos a
cinemática para o corpo. Por isso que Cinemática é a descrição matemática de movimentos. Com esta
função pronta, podemos responder qualquer coisa sobre o movimento de um corpo, como por onde e
quando ele irá passar ou chegar em algum lugar, por exemplo, além de poder dizer de onde veio, para
onde vai, quanto tempo levou para chegar até aqui, etc.

Esta equação horária pode ser escrita de uma forma mais simplificada, pois o deslocamento é igual
à variação das posições: 𝑑 = ∆𝑥 = 𝑥𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑥𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 . Assim, temos a segunda equação pro MRUV, a
equação horária para o deslocamento.

Equação 2: Equação Horária para o Deslocamento.

A terceira das quatro equações que veremos para o MRUV, é a equação horária para a velocidade,
que pode ser obtida a partir dos gráficos dos valores de velocidade com os tempos.

Gráfico Velocidade X Tempo para o Caso 1: corpo, partindo do repouso, aumenta sua velocidade
constantemente.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 41


CURSO INTENSIVO 2024

Gráfico Velocidade X Tempo para o caso 2: corpo já se move inicialmente e aumenta sua
velocidade constantemente.

Gráfico Velocidade X Tempo para o Caso 3: corpo já se move inicialmente, mas no sentido oposto
à aceleração.

Veja que, embora os gráficos dos casos apresentados tenham declividade (aceleração) positiva, os
gráficos de Velocidade x Tempo podem se diferenciar pelo valor da velocidade inicial e pelas declividades
das retas, que podem ser crescentes ou decrescentes.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 42


CURSO INTENSIVO 2024

Assim, podemos escrever a Equação Horária da Velocidade para o MRUV, onde V é a velocidade
instantânea do móvel no referencial definido, Vi é a velocidade inicial, no tempo igual a zero, a é a
aceleração do móvel, que é constante e diferente de zero, e t é o instante de tempo.

A equação horária da velocidade para o MRUV é a nossa terceira equação.

Equação 3: Equação Horária da Velocidade.

A quarta e última equação é chamada de Equação de Torricelli. Ela pode ser obtida ao se isolar o t
na equação 3 e substituir na equação 2.

𝑉𝑓 − 𝑉𝑖
𝑡=( )
𝑎

𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 2
𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 𝑎⋅( 𝑎 )
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ ( )+
𝑎 2

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 43


CURSO INTENSIVO 2024

𝑉𝑖 ⋅ 𝑉𝑓 − 𝑉𝑖2 𝑎 ⋅ (𝑉𝑓2 − 2 ⋅ 𝑉𝑓 ⋅ 𝑉𝑖 + 𝑉𝑖2 )


𝑑= +
𝑎 2 ⋅ 𝑎2

𝑉𝑖 ⋅ 𝑉𝑓 − 𝑉𝑖2 (𝑉𝑓2 − 2 ⋅ 𝑉𝑓 ⋅ 𝑉𝑖 + 𝑉𝑖2 )


𝑑= +
𝑎 2⋅𝑎

𝑉𝑓2 − 𝑉𝑖2
𝑑=
2⋅𝑎

2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑 = 𝑉𝑓2 − 𝑉𝑖2

𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑

O interessante desta equação é a de que ela não tem o tempo explícito, presente nas três equações
anteriores.

Equação 4: Equação de Torricelli.

Com estas quatro equações, podemos resolver todo e qualquer problema de MRUV que aparecer
em nossas provas!

Todos os problemas de MRUV podem envolver, no máximo, cinco grandezas: velocidade inicial,
velocidade final, aceleração, deslocamento e tempo.

Se o problema envolver deslocamentos, velocidades iniciais, velocidades iniciais e tempos, mas


não informar nem perguntar sobre as acelerações, então, podemos utilizar diretamente a equação 1. Se
o problema envolver deslocamentos, velocidades iniciais, tempos e acelerações, mas não informar nem
perguntar sobre as velocidades finais, podemos utilizar a equação 2. Se o problema envolver somente
velocidades iniciais, finais, acelerações e tempos, sem mencionar os deslocamentos, então vamos direto
para a equação 3. Da mesma forma, se o problema envolver todas as grandezas exceto os tempos, então
usamos direto a equação 4, a de Torricelli.

Perceba que a velocidade inicial está presente em todas as equações! Logo, se o problema não
informar a velocidade inicial, teremos que utilizar uma dessas quatro equações, calcular a velocidade
inicial para, então, poder seguir com a solução da questão.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 44


CURSO INTENSIVO 2024

Equações para o MRUV

Exemplo: ENEM 2010 PPL

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 45


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O trecho da música, de Lenine e Arnaldo Antunes (1999), ilustra a preocupação com o trânsito nas cidades,
motivo de uma campanha publicitária de uma seguradora brasileira. Considere dois automóveis, A e B,
respectivamente conduzidos por um motorista imprudente e por um motorista consciente e adepto da
campanha citada. Ambos se encontram lado a lado no instante inicial t=0 s, quando avistam um semáforo
amarelo (que indica atenção, parada obrigatória ao se tomar vermelho). O movimento de A e B pode ser
analisado por meio do gráfico, que representa a velocidade de cada automóvel em função do tempo.

As velocidades dos veículos variam com o tempo em dois intervalos: (I) entre os instantes 10 s e 20 s; (II)
entre os instantes 30 s e 40 s. De acordo com o gráfico, quais são os módulos das taxas de variação da
velocidade do veículo conduzido pelo motorista imprudente, em m/s 2, nos intervalos (I) e (II),
respectivamente?

A) 1,0 e 3,0

B) 2,0 e 1,0

C) 2,0 e 1,5

D) 2,0 e 3,0

E) 10,0 e 30,0

Comentários

O motorista A aumenta sua velocidade rapidamente e depois, no intervalo II, freia bruscamente.
Portanto, ele é o motorista imprudente na questão.

Vamos agora calcular sua taxa de variação de velocidade (aceleração) em cada um dos intervalos.

Intervalo I:

Δ𝑣 𝑣 − 𝑣0 30 − 10
𝑎𝐼 = = =
Δt Δ𝑡 10
𝑎𝐼 = +2,0 𝑚/𝑠 2

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Intervalo II:

Δ𝑣 𝑣 − 𝑣0 0 − 30
𝑎𝐼𝐼 = = =
Δt Δ𝑡 10
𝑎𝐼𝐼 = −3,0 𝑚/𝑠 2

O sinal negativo indica o sentido da aceleração, que se opõe à velocidade positiva, conforme
apresentado no gráfico.

Gabarito: “D”

Exemplo: FUVEST

Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera com aceleração escalar constante e igual
a 2,0 m/s2. Pode-se dizer que sua velocidade escalar e a distância percorrida após 3,0 segundos, valem,
respectivamente:

a) 6,0 m/s e 9,0m;

b) 6,0m/s e 18m;

c) 3,0 m/s e 12m;

d) 12 m/s e 35m;

e) 2,0 m/s e 12 m.

Comentários

Como o veículo acelera sempre com a mesma aceleração, então temos um MRUV.

Sua velocidade inicial é zero, pois parte do repouso, acelera a uma taxa de 2,0m/s² e, após um
intervalo de tempo igual a 3s, precisamos calcular sua velocidade final e deslocamento.

A velocidade final pode ser obtida pela Equação Horária da Velocidade.

𝑉𝑓 = 𝑉𝑖 + 𝑎 ⋅ 𝑡

𝑉𝑓 = 0 + 2 ⋅ 3

𝑉𝑓 = 6 𝑚/𝑠

Já a distância pode ser obtida a partir do cálculo do deslocamento. Podemos utilizar a Equação
Horária para o Deslocamento.

𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2

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2 ⋅ 32
𝑑 =0+
2
𝑑 =9𝑚

Gabarito: “A”

Exemplo: UFPA

Um ponto material parte do repouso em movimento uniformemente variado e, após percorrer 12 m, está
animado de uma velocidade escalar de 6,0 m/s. A aceleração escalar do ponto material, em m/s², vale:

a) 1,5

b) 1,0

c) 2,5

d) 2,0

e) n.d.a.

Comentários

Ao partir com velocidade inicial nula, em MRUV, percorrer 12m e atingir uma velocidade final igual
a 6,0m/s, a aceleração pode ser obtida a partir da Equação de Torricelli.

𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑

6,02 = 02 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 12

36 = 0 + 24 ⋅ 𝑎

36
𝑎= = 1,5 𝑚/𝑠 2
24
Gabarito: “A”

Exemplo: FEI -SP

No movimento retilíneo uniformemente variado, com velocidade inicial nula, a distância percorrida é

a) diretamente proporcional ao tempo de percurso.

b) inversamente proporcional ao tempo de percurso.

c) diretamente proporcional ao quadrado do tempo de percurso.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 48


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d) inversamente proporcional ao quadrado do tempo de percurso.

e) diretamente proporcional à velocidade.

Comentários

As distâncias percorridas por um móvel em Movimento Retilíneo Uniformemente Variado são


obtidas a partir dos cálculos dos deslocamentos.

A partir da Equação Horária para o Deslocamento no MRUV, podemos observar a relação direta
dos deslocamentos com os quadrados dos tempos.

𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2

A partir da Equação de Torricelli, podemos ver que os deslocamentos são diretamente


proporcionais aos quadrados das velocidades finais.

𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑

Gabarito: “C”

Exemplo: UFRGS 2017

(UFRGS - 2017) Um atleta, partindo do repouso, percorre 100 m em uma pista horizontal retilínea,
em 10 s, e mantém a aceleração constante durante todo o percurso. Desprezando a resistência do ar,
considere as afirmações abaixo, sobre esse movimento.

I - O módulo de sua velocidade média é 36 km/h.

II - O módulo de sua aceleração é 10 m/s².

III- O módulo de sua maior velocidade instantânea é 10 m/s.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e II.

e) I, II e III.

Comentários

O móvel partiu do repouso, Vi=0m/s, deslocou-se d=100m em um tempo de t=10s, movendo-se


sempre com aceleração constante, ou seja, em MRUV.

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I – CORRETA.

No MRUV, a velocidade média pode ser obtida por duas equações: pela média aritmética das
velocidades ou pela razão do deslocamento total e o respectivo tempo.

𝑉𝑖 + 𝑉𝑓
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑀𝑅𝑈𝑉 2

𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Como o deslocamento foi de 100m em um intervalo de tempo de 10s, então a velocidade média
fica:

100
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 10 𝑚/𝑠 = 36 𝑘𝑚/ℎ
10
II – INCORRETA.

A aceleração pode ser obtida a partir da Equação Horária para os deslocamentos no MRUV.

𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2

𝑎 ⋅ 102
100 = 0 ⋅ 10 +
2
𝑎 ⋅ 100
100 =
2
200 = 𝑎 ⋅ 100

𝑎 = 2 𝑚/𝑠 2

III – INCORRETA.

Ao partir do repouso e acelerar aumentando sua velocidade sempre em um mesmo sentido, a


maior velocidade se dará no final do movimento, após os 10s.

Esta velocidade pode ser obtida a partir da Equação Horária da Velocidade no MRUV.

𝑉𝑓 = 𝑉𝑖 + 𝑎 ⋅ 𝑡

𝑉𝑓 = 0 + 2 ⋅ 10

𝑉𝑓 = 20 𝑚/𝑠

Gabarito: “A”

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2.3. Movimento de Queda Livre- MQL


O Movimento de Queda Livre é aquele que ocorre somente sob a ação da gravidade. Ou seja, para
corpos próximos à superfície da Terra, é o movimento que eles teriam sem qualquer tipo de resistência,
impedimento ou influência do ar ou qualquer outro possível agente.

A Queda Livre, aqui na Física, é diferente da queda livre dos paraquedistas! A queda livre dos
paraquedistas não é livre dos feitos do ar (ainda bem!). O ar fica cada vez mais relevante em uma queda
quanto maior for o objeto e mais rápido ele se mover. Assim, para corpos pequenos, não muito leves, e
em baixas velocidades, em alguns casos, os efeitos do ar podem ser desprezados.

A queda somente sob o efeito da gravidade é igual para todos os corpos, pois a aceleração de
queda é a mesma para todos, fazendo com que variem suas velocidades a uma taxa chamada de
Aceleração de Queda Livre. Próximo à superfície da Terra, a aceleração de queda livre é verticalmente
para baixo e vale aproximadamente 10m/s².

Assim, dois corpos, abandonados de uma mesma altura, próximos à superfície da Terra,
submetidos à ação da gravidade, em um loca onde os efeitos do ar podem ser desprezados, levam
exatamente o mesmo tempo para atingir o solo, independentemente de suas massas, formatos ou
tamanhos.

Sim! É exatamente isso que você está pensando! Se não tiver o ar, tudo que for solto de uma
mesma altura, vai levar o mesmo tempo pra chegar no chão, mesmo que eles tenham diferentes pesos.

Com o ar, os objetos mais densos e mais aerodinâmicos conseguem atingir velocidades maiores
durante suas quedas. Mas, sem o ar, estes fatores se tornam irrelevantes!

Portanto, os casos que temos para movimentos verticais em queda livre são exatamente os
mesmos que vimos para o MRUV. O Movimento de Queda Livre – MQL é um exemplo de MRUV.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 51


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Se um corpo é simplesmente abandonado com velocidade inicial zero, sua velocidade


simplesmente aumenta constantemente para baixo. Veja o caso abaixo.

Se o corpo for lançado inicialmente para baixo, sua velocidade aumenta constantemente.

Se um corpo for, inicialmente, lançado verticalmente para cima, sua velocidade irá diminuir até
parar e, a partir de então, aumentar para baixo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 52


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Não há novas equações para resolver problemas de queda livre, pois o MQL é um exemplo de
MRUV. Assim, todos os exercícios que envolvem lançamentos verticais e corpos em queda livre podem
ser resolvidos com as mesmas equações que já vimos para o MRUV.

Exemplo: ESTRATÉGIA VESTIBULARES 2020

Uma criança muito sapeca lança sua boneca da sacada de um prédio verticalmente para cima com
velocidade de 10m/s. O porteiro do prédio, no andar térreo, conseguiu observar que ela atingiu o solo,
com uma velocidade de 30m/s. Desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência do ar durante todo o
movimento do objeto.

A partir do texto, pode-se afirmar que o tempo que a boneca levou para atingir a altura máxima e o tempo
total de voo foram, respectivamente

a) 1s e 3s.

b) 1s e 4s

c) 10s e 30s

d) 10s e 40s

e) 5s e 10s

Comentários

Como o movimento é de queda livre, podemos utilizar as equações do MRUV para resolver o
problema.

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Para calcular o tempo até altura máxima e o tempo total, podemos utilizar

𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑎 ⋅ 𝑡

Escolhendo um referencial positivo para cima, temos:

Tempo até altura máxima:

Dados: Vi=+10m/s a=g=-10m/s² Vf=-0m/s

0 = (+10) + (−10) ⋅ 𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎

+10
𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = = 1𝑠
+10
Tempo total, desde o lançamento até bater no chão:

Dados: Vi=+10m/s a=g=-10m/s² Vf=-30m/s

(−30) = 10 + (−10) ⋅ 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

+40
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = = 4𝑠
+10
Gabarito: “B”

Exemplo: ESTRATÉGIA VESTIBULARES 2020

Uma criança muito sapeca lança sua boneca da sacada de um prédio verticalmente para cima com
velocidade de 10m/s. O porteiro do prédio, no andar térreo, conseguiu observar que ela atingiu o solo,
com uma velocidade de 30m/s. Desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência do ar durante todo o
movimento do objeto.

A partir do texto, pode-se afirmar que a distância total percorrida pela boneca e a altura do lançamento
até a base do prédio foram, respectivamente

a) 40m e 20m.

b) 40m e 30m.

c) 45m e 40m.

d) 45m e 20m.

e) 50m e 40m

Comentários

Como o movimento é de queda livre, podemos utilizar as equações do MRUV para resolver o
problema.

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Para calcular a distância total percorrida, temos que determinar o deslocamento até a altura
máxima e o deslocamento da altura máxima até o solo.

2 2
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 +2⋅𝑎⋅𝑑

Escolhendo um referencial positivo para cima, temos:

Deslocamento até altura máxima:

Dados: Vi=+10m/s a=g=-10m/s² Vf=-0m/s

02 = (+10)2 + 2 ⋅ (−10) ⋅ 𝑑𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎

0 = 100 − 20 ⋅ 𝑑𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎

−100
𝑑𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = = +5𝑚
−20
Deslocamento na descida:

Dados: Vi=0m/s a=g=-10m/s² Vf=-30m/s

(−30)2 = 02 + 2 ⋅ (−10) ⋅ 𝑑𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎

900 = 0 − 20 ⋅ 𝑑𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎

+900
𝑑𝑑𝑒𝑠𝑐𝑖𝑑𝑎 = = −45𝑚
−20
Assim, a distância total percorrida é igual à soma dos módulos destes dois deslocamentos. Como
a boneca subiu 5 metros e desceu 45 metros, a distância total percorrida foi de 50m.

A altura do lançamento é igual à diferença entre os dois valores acima, pois se a boneca subiu 5
metros e desceu 45 metros, então a altura do lançamento foi de 40m.

Também podemos chegar neste mesmo resultado diretamente ao calcularmos o deslocamento


total:

Dados: Vi=+10m/s a=g=-10m/s² Vf=-30m/s

(−30)2 = (+10)2 + 2 ⋅ (−10) ⋅ 𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

900 = 100 − 20 ⋅ 𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

+800
𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = = −40𝑚
−20
Um deslocamento igual a -40m significa que o corpo está deslocado 40m no sentido contrário ao
referencial adotado. Como adotamos um referencial positivo para cima, então este resultado nos indica
que a posição final da boneca está deslocada 40m abaixo da posição inicial de lançamento.

Gabarito: “E”

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Salto a partir do Espaço


“No dia 14 de outubro de 2012, Felix Baumgartner saltou, jogando-se sobre o Novo México da altitude
de 38,97 km, batendo o recorde em altitude estabelecido em 16 de agosto de 1960 por Joseph Kittinger
de 31,30 km. Outro recorde foi batido por Felix Baumgartner (apelidado de Felix Fearless) durante a
queda. Ele foi o primeiro paraquedista a se mover com velocidade supersônica apenas usando a
gravidade como propulsora. Atingiu, após uma queda de 11,1 km (a 27,8 km de altitude) em 50 s, a
fantástica velocidade supersônica de 1363 km/h (379 m/s). O terceiro recorde batido neste salto foi o
de extensão total de queda. Ele desceu 37,60 km em 9,0 min. O término da descida aconteceu no Novo
México a 1,37 km de altitude.”

“... Outro recorde foi batido: o de maior tempo ou maior deslocamento vertical em queda livre para
um paraquedista. Durante cerca de 25 s o paraquedista se precipitou sofrendo uma aceleração que,
dentro dos limites de incerteza das medidas, coincide com a aceleração gravitacional na região do salto
fornecida pela International Gravity Formula.
Fonte: Revista Brasileira de Ensino de Física, Junho de 2015. A física no salto recorde de Felix Baumgartner.
Fernando Lang da Silveira. Instituto de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Veja que o gráfico Velocidade X Tempo com os dados iniciais do salto se encaixam quase que
perfeitamente em uma reta, até cerca de 25s. Uma reta, neste gráfico, indica um MRUV!

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Laboratório de Vácuo da NASA e o Experimento de Galileu

A NASA (National Aeronautics and Space Administration - Administração Nacional da Aeronáutica e


Espaço), tem um laboratório que é a maior câmara de vácuo do mundo. Em uma reportagem para a
BBC World News, canal internacional de notícias, o físico e professor da universidade de Manchester,
na Inglaterra, Brian Cox, fez uma visita a este laboratório e registrou uma demonstração de queda livre.
Uma bola de boliche e uma pena foram abandonados simultaneamente de uma mesma altura. Na
primeira tentativa, havia ar dentro da câmara e a bola de boliche chegou à base do laboratório muito
antes da pena.
Antes da segunda tentativa, a câmara foi fechada, isolada e evacuada, retirando-se quase todo o ar de
dentro da cúpula. Nesta situação, a ação do ar sobre a bola e sobre a pena ficou praticamente
desprezível. Assim, a bola e a pena foram abandonados e chegaram juntos na base do laboratório,
caindo lado-a-lado, em queda livre!

Fonte: Brian Cox visits the world's biggest vacuum | Human Universe – BBC.
https://www.youtube.com/watch?v=E43-CfukEgs

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Queda da Pena e Martelo na Lua

“No final da última caminhada lunar da Apollo 15, o Comandante David Scott (foto acima) fez uma
demonstração ao vivo para as câmeras de televisão. Ele estendeu um martelo geológico e uma pena e
os largou ao mesmo tempo. Por estarem essencialmente no vácuo, não havia resistência do ar e a pena
caía na mesma velocidade do martelo, como Galileu concluíra centenas de anos antes - todos os
objetos soltos juntos caem na mesma velocidade, independentemente da massa. O Controlador da
Missão Joe Allen descreveu a demonstração no ‘Relatório Científico Preliminar da Apollo 15’:
Durante os minutos finais da terceira atividade extraveicular, um breve experimento de demonstração
foi conduzido. Um objeto pesado (um martelo geológico de alumínio de 1,32 kg) e um objeto leve (uma
pena de falcão de 0,03 kg) foram lançados simultaneamente da mesma altura (aproximadamente 1,6
m) e caíram à superfície. Dentro da precisão da liberação simultânea, os objetos foram observados
passando pela mesma aceleração e atingindo a superfície lunar simultaneamente, o que era um
resultado previsto por uma teoria bem estabelecida, mas um resultado ainda assim tranquilizador
considerando tanto o número de espectadores que testemunharam o experimento e o fato de que a
jornada de volta para casa foi baseada criticamente na validade da teoria particular que estava sendo
testada. Joe Allen, NASA SP-289, Apollo 15 Preliminary Science Report, Summary of Scientific Results,
p. 2-11.”
Fonte: https://nssdc.gsfc.nasa.gov/planetary/lunar/apollo_15_feather_drop.html

Fonte: Apollo 15 Proves Galileo Correct.


https://www.youtube.com/watch?v=ZVfhztmK9zI

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 58


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3) MOVIMENTOS BIDIMENSIONAIS
Neste capítulo iremos estudar dois movimentos bidimensionais: o lançamento horizontal e o
lançamento oblíquo.

Objetos lançados horizontalmente ou obliquamente têm movimentos que podem ser


decompostos, separados, em um movimento horizontal e outro vertical, em duas dimensões
perpendiculares: um MRU na horizontal e um MRUV (MQL) na vertical.

3.1. Lançamento Horizontal


Quando um objeto é lançado com uma velocidade inicial que é horizontal, sem qualquer tipo de
interferência do ar, ele continua avançando horizontalmente com esta mesma velocidade ao mesmo
tempo que cai, em queda livre, verticalmente, como se não tivesse sido jogado para o lado. Ou seja, o
fato dele avançar em MRU, horizontalmente, nada interfere no fato dele cair sob a ação da gravidade.
Veja o esquema abaixo!

A componente horizontal da velocidade do corpo lançado se mantém, pois não há qualquer


aceleração na horizontal. Já a componente vertical, inicialmente nula, aumenta para baixo devido à ação
da gravidade, que faz o corpo cair com velocidade variável.

Assim, podemos separar, definindo um eixo horizontal X e um eixo vertical Y e fazer uma análise
deste movimento como uma composição bidimensional de dois movimentos: um MRU na horizontal e
um MRUV na vertical.

A partir desta ideia, a velocidade do corpo lançado deve ser separada em duas componentes: uma
componente horizontal 𝑉𝑥 e uma componente vertical 𝑉𝑦 . A componente 𝑉𝑥 se mantém constante durante

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 59


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todo o movimento. A componente 𝑉𝑦 é inicialmente zero e aumenta para baixo conforme a taxa que a
aceleração de queda impor.

Além das velocidades, os deslocamentos e acelerações também podem ser decompostos, de


forma que, na horizontal, os deslocamentos em X ocorrem conforme um MRU, enquanto que os
deslocamentos verticais em Y ocorrem conforme o MRUV.

Assim podemos reescrever as equações para os dois eixos:

Exemplo: FUVEST 2020

Um drone voando na horizontal, em relação ao solo (como indicado pelo sentido da seta na figura), deixa
cair um pacote de livros. A melhor descrição da trajetória realizada pelo pacote de livros, segundo um
observador em repouso no solo, é dada pelo percurso descrito na

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 60


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A) trajetória 1.

B) trajetória 2.

C) trajetória 3.

D) trajetória 4.

E) trajetória 5.

Comentários

Ao soltar um pacote de livro com velocidade horizontal, o drone realiza um lançamento horizontal.

Do ponto de vista de um observador em repouso no solo, o pacote de livros cai verticalmente


aumentando sua velocidade para baixo ao mesmo tempo em que avança lateralmente no mesmo sentido
do movimento do drone (para a direita).

O resultado da composição destes dois movimentos de queda e avanço horizontal se aproxima do


trajeto indicado pela linha 4.

Gabarito: “D”

Exemplo: UNIC-MT

Considere uma pedra sendo lançada horizontalmente do alto de um edifício de 125,0 m de altura, em um
local onde o módulo da aceleração da gravidade é igual a 10 m/s2 e tendo um alcance horizontal igual a
10,0 m. Nessas condições, conclui-se que a velocidade com que a pedra foi lançada, em m/s, é igual a

A) 2

B) 3

C) 4

D) 5

E) 6

Comentários

Ao se desconsiderar qualquer tipo de efeito que possa ser causado pelo ar, temos que os avanços
horizontais ocorrem em MRU, enquanto que os deslocamentos verticais ocorrem em MRUV, em queda
livre.

Como o lançamento e horizontal, a velocidade de lançamento é igual à velocidade horizontal.

Podemos definir um sistema de referências com um eixo X, horizontal e com crescimento no


mesmo sentido da velocidade de lançamento, e um eixo Y, vertical e com crescimento para cima.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 61


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O tempo que o corpo fica avançando horizontalmente é mesmo tempo de queda. Assim, podemos
calcular o tempo de queda pela seguinte relação:

𝑎𝑦 ⋅ 𝑡 2
𝑑𝑦 = 𝑉𝑖𝑦 ⋅ 𝑡 +
2

O objeto se deslocou 125m para baixo submetido à aceleração da gravidade, também para baixo,
igual a 10m/s². Estes valores devem entrar negativos na equação, pois foi escolhido um sistema
referencial vertical e crescente para cima.

(−10) ⋅ 𝑡 2
−125 = 0 ⋅ 𝑡 +
2
10 ⋅ 𝑡 2
−125 = −
2
−125 = −5 ⋅ 𝑡 2

125
𝑡2 =
5
𝑡 2 = 25

𝑡 =5𝑠

Como o corpo levou 5s para atingir o solo, caindo verticalmente, então a velocidade inicial do
lançamento horizontal pode ser determinada a partir da relação abaixo:

𝑑𝑥 = 𝑉𝑥 ⋅ 𝑡

10 = 𝑉𝑥 ⋅ 5

10
𝑉𝑥 =
5
𝑉𝑥 = 2 𝑚/𝑠

Gabarito: “A”

Exemplo: CEFET-MG

Um avião está levando suprimentos para pessoas que se encontram ilhadas numa determinada região.
Ele está voando horizontalmente a uma altitude de 720 m acima do solo e o com velocidade constante de
80 m/s. Uma pessoa no interior do avião é encarregada de soltar a caixa de suprimentos, em um
determinado momento, para que ela caia junto às pessoas.

Desprezando a resistência do ar e considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, a que


distância horizontal das pessoas, em metros, deverá ser solta a caixa?

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 62


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A) 80

B) 720

C) 960

D) 1200

Comentários

A velocidade inicial do lançamento da caixa é a mesma que a do avião: 80m/s, configurando um


lançamento horizontal.

Assim, o avanço horizontal da caixa, após se desprender do avião, ocorre com velocidade
constante, enquanto que a queda livre da caixa ocorre com velocidade que aumenta, na vertical,
conforme a aceleração da gravidade.

O tempo que o corpo fica avançando horizontalmente é mesmo tempo de queda. Assim, podemos
calcular o tempo de queda pela seguinte relação:

𝑎𝑦 ⋅ 𝑡 2
𝑑𝑦 = 𝑉𝑖𝑦 ⋅ 𝑡 +
2

O objeto se deslocou 720m para baixo submetido à aceleração da gravidade, também para baixo,
igual a 10m/s². Estes valores devem entrar negativos na equação, pois foi escolhido um sistema
referencial vertical e crescente para cima.

(−10) ⋅ 𝑡 2
−720 = 0 ⋅ 𝑡 +
2
10 ⋅ 𝑡 2
−720 = −
2
−720 = −5 ⋅ 𝑡 2

720
𝑡2 =
5
𝑡 2 = 144

𝑡 = 12 𝑠

Como a caixa levou 12s para atingir o solo, caindo verticalmente, então o alcance horizontal fica:

𝑑𝑥 = 𝑉𝑥 ⋅ 𝑡

𝑑𝑥 = 80 ⋅ 12

𝑑𝑥 = 960 𝑚

Gabarito: “C”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 63


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3.2. Lançamento Oblíquo


O lançamento oblíquo de corpos sob ação exclusivamente da gravidade faz com que eles tenham
um movimento com uma trajetória parabólica, curvilínea, que pode ser decomposta em duas
componentes: uma vertical e outra horizontal.

Na vertical, o movimento é o de queda livre, com aceleração constante, verticalmente para baixo,
fazendo as componentes verticais de velocidade diminuam se forem para cima e aumentem para baixo.
Na horizontal, o movimento é uniforme, com aceleração nula, onde o corpo simplesmente avança com
componente de velocidade constante.

Portanto, enquanto o corpo sobe e desce em movimento de queda livre com aceleração constante
(em MRUV), ele avança horizontalmente com velocidade constante (MRU).

Ao ser lançado com diferentes ângulos oblíquos, um corpo pode ter diferentes alcances, além de
atingir diferentes alturas máximas. O esquema abaixo apresenta diferentes trajetórias para um corpo
lançado com mesmos valores de velocidade, mas com diferentes ângulos. Veja que o maior alcance
horizontal se dá com um ângulo de 45°.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 64


CURSO INTENSIVO 2024

Assim como fizemos para o lançamento horizontal, aqui também podemos separar, definindo um
eixo horizontal X e um eixo vertical Y e fazer uma análise deste movimento como uma composição
bidimensional de dois movimentos: um MRU na horizontal e um MRUV na vertical.

A partir desta ideia, a velocidade do corpo lançado deve ser separada em duas componentes: uma
componente horizontal 𝑉𝑥 e uma componente vertical 𝑉𝑦 . A componente 𝑉𝑥 se mantém constante durante
todo o movimento. A componente 𝑉𝑦 diminui, se for para cima, e aumenta para baixo conforme a taxa
que a aceleração de queda impor.

Além das velocidades, os deslocamentos e acelerações também ficam decompostos, de forma


que, na horizontal, os deslocamentos em X ocorrem conforme um MRU, enquanto que os deslocamentos
verticais em Y ocorrem conforme o MRUV.

Assim podemos reescrever as equações para os dois eixos:

As componentes verticais e horizontais da velocidade podem ser determinadas a partir da


decomposição vetorial

3.2.1 Decomposição Vetorial


As componentes de uma grandeza vetorial podem ser determinadas com o uso da geometria.

Este método funciona para qualquer grandeza vetorial, como deslocamentos, velocidades,
acelerações e forças, por exemplo.

O vetor original e suas componentes perpendiculares acabam formando um triângulo retângulo,


de forma que o vetor original ocupa o lugar da hipotenusa, enquanto que suas duas componentes ocupam
os lugares dos catetos.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 65


CURSO INTENSIVO 2024

As relações entre o vetor e seus catetos são dadas ao se utilizar o Teorema de Pitágoras e ao se
escrever o seno e o cosseno para um ângulo indicado.

Assim, qualquer problema de lançamento oblíquo pode ser resolvido com as seguintes relações:

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 66


CURSO INTENSIVO 2024

Exemplo: CESGRANRIO 2012

Um objeto é lançado a partir da origem de um sistema de coordenadas, com velocidade inicial de 8,0 m/s,
fazendo um ângulo de 60 graus em relação à horizontal. O alcance do objeto lançado, em metros, é de:

Dados: g = 10,0 m/s²

√3 = 1,7

√2 = 1,4

a) 2,8

b) 4,0

c) 5,4

d) 11,2

Comentários

Em um lançamento oblíquo, temos um movimento composto, na vertical, por um movimento de


queda livre, com aceleração constante, em MRUV, e verticalmente para baixo, fazendo com que a
componente vertical da velocidade diminua, se forem para cima, e aumente para baixo. Na horizontal, o
movimento é uniforme, com aceleração nula, em MRU, onde o corpo simplesmente avança com
componente de velocidade constante.

Portanto, enquanto o corpo sobe e desce em movimento de queda livre com aceleração constante
(em MRUV), ele avança horizontalmente com velocidade constante (MRU).

Assim, o alcance horizontal do objeto lançado somente sob a ação da gravidade (suposição
importante não mencionada no enunciado), pode ser determinado pela seguinte equação:

𝑑𝑥 = 𝑉𝑥 ⋅ 𝑡

Então, primeiramente, precisamos calcular as componentes da velocidade inicial.

1
𝑉𝑖𝑥 = 𝑉𝑖 ⋅ cos 𝜃 = 8 ⋅ cos 60° = 8 ⋅ = 4 𝑚/𝑠
2

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 67


CURSO INTENSIVO 2024

√3
𝑉𝑖𝑦 = 𝑉𝑖 ⋅ sen 𝜃 = 8 ⋅ sen 60° = 8 ⋅ = 4 ⋅ √3 𝑚/𝑠
2
O tempo que o corpo fica avançando horizontalmente é mesmo tempo de subida e descida. Assim,
podemos calcular o tempo total pela seguinte relação:

𝑉𝑓𝑦 = 𝑉𝑖𝑦 + 𝑎𝑦 ⋅ 𝑡

Assumindo-se um eixo de referência positivo para cima, temos:

−4 ⋅ √3 = +4 ⋅ √3 + (−10) ⋅ 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

−8 ⋅ √3 = −10 ⋅ 𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

8 ⋅ √3
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑠
10
Portanto, o alcance horizontal fica:

𝑑𝑥 = 𝑉𝑥 ⋅ 𝑡

8 ⋅ √3
𝑑𝑥 = 4 ⋅ = 3,2 ⋅ √3 = 3,2 ⋅ 1,7 = 5,44 𝑚
10
Gabarito: “C”

Exemplo: UFRGS 2020

Dois projéteis são disparados simultaneamente no vácuo, a partir da mesma posição no solo, com ângulos
de lançamento diferentes, 𝜃1 < 𝜃2 , conforme representa a figura abaixo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 68


CURSO INTENSIVO 2024

Os gráficos a seguir mostram, respectivamente, as posições verticais y como função do tempo t, as


posições horizontais x como função do tempo t e as posições verticais y como função das posições
horizontais x, dos dois projéteis.

Analisando os gráficos, pode-se afirmar que

I - o valor inicial da componente vertical da velocidade do projétil 2 é maior do que o valor inicial da
componente vertical da velocidade do projétil 1.

II - o valor inicial da componente horizontal da velocidade do projétil 2 é maior do que o valor inicial da
componente horizontal da velocidade do projétil 1.

III- os dois projéteis atingem o solo no mesmo instante.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas I e III.

D) Apenas II e III.

E) I, II e III.

Comentários

I – CORRETA.

A componente vertical da velocidade inicial do projétil 2 é maior que a componente do projétil 1


porque ele atinge maior altitude.

Quanto maior a componente vertical par cima da velocidade de lançamento de um projétil, maior
e a altura que ele pode atingir.

II – INCORRETA.

O valor inicial da componente horizontal da velocidade do projétil 2 é MAIOR que a do projétil 1.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 69


CURSO INTENSIVO 2024

III – INCORRETA.

Como o ângulo de lançamento do projétil 1 é menor, então sua velocidade de lançamento é maior
horizontalmente que verticalmente, o que faz com que o projétil 2 atinja uma altura menor que o projétil
2, embora este fique mais tempo no ar, atingindo o mesmo alcance horizontal.

Assim, o projétil 2 atinge o solo depois do projétil 1.

Gabarito: “A”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 70


CURSO INTENSIVO 2024

4) MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME


O Movimento Circular Uniforme (MCU) se caracteriza por ter uma trajetória circular percorrida
com rapidez constante.

Para que um corpo mantenha uma trajetória circular, é necessário que exista (nem que seja uma
componente) uma aceleração perpendicular à direção da velocidade. Uma componente de aceleração
perpendicular sobre uma velocidade faz com que ela sofra um desvio, uma mudança de direção.

Uma aceleração na mesma direção e sentido de uma velocidade a faz somente aumentar. Uma
aceleração na mesma direção e no sentido oposto ao da velocidade a faz reduzir. Assim, uma aceleração
perpendicular à velocidade, não a aumenta nem a reduz, mas somente a faz virar.

Logo, o MCU é um movimento acelerado, cuja aceleração é sempre perpendicular à velocidade,


variando sua direção, mas não modificando seu valor. Portanto, o móvel mantém sua rapidez ao percorrer
a trajetória, que será circular de raio R. Veja o esquema que segue.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 71


CURSO INTENSIVO 2024

A cinemática de um corpo em MCU envolve, cinco grandezas principais: Período, Frequência,


Velocidade Linear ou Tangencial, Velocidade Angular e Aceleração Centrípeta.

Como veremos, as características de um Movimento Circular Uniforme são as seguintes:

4.1. Período e Frequência


O Movimento Circular Uniforme é periódico, repetitivo, de forma que cada volta realizada é
idêntica a suas antecessoras e será idêntica às próximas.

Então, podemos definir o Período 𝑇 de um movimento circular como o tempo necessário para que
um móvel complete uma volta, realizando uma revolução completa.

Já a quantidade de rotações que ocorrem em um determinado período de tempo é denominada


Frequência, representada por 𝑓.

Assim, podemos escrever estas duas definições matematicamente a partir das relações que
seguem, bem como a relação entre elas.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 72


CURSO INTENSIVO 2024

O período T é dado em segundos (no SI), ou em minutos, horas, dias, etc. Como a frequência é o
1 1 1 1
inverso do período, sua unidade é dada em 𝑠 , ou 𝑚𝑖𝑛, ou, ainda, ℎ. A unidade do SI 𝑠 = 𝐻𝑧, indicando uma
quantidade de rotações por segundo.

É bastante comum a utilização da frequência em rotações por minuto 𝑟𝑝𝑚, onde 1 𝐻𝑧 = 60 𝑟𝑝𝑚.

Frequência em Hz e RPM
Um corpo em Movimento Circular Uniforme que realiza 1 rotação em um
segundo (1Hz), realiza 60 rotações em um minuto (60rpm), pois um minuto tem
60 segundos.

𝟏 𝑯𝒛 = 𝟔𝟎 𝒓𝒑𝒎

4.2. Velocidade Linear


A Velocidade Linear é definida pela razão entre o deslocamento linear e o tempo. De maneira
análoga, como veremos na próxima sessão, a Velocidade Angular é definida pela razão entre o
deslocamento angular e o tempo.

Deslocamento angular é uma medida, em ângulo, de quanto um móvel em trajetória circular gira.
Uma volta completa tem a medida de 360°, que se equivale a 2π radianos. O radiano é a unidade padrão
no Sistema Internacional (SI) para o deslocamento angular.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 73


CURSO INTENSIVO 2024

Sabemos que um móvel, em MCU, ao completar um ciclo ou uma volta, executa um deslocamento
angular de 360°, que se equivale a um ângulo de 2𝜋 radianos, no tempo definido de um período 𝑇.

𝜃 = 360° = 2𝜋 𝑟𝑎𝑑

𝑅
𝜃

A distância percorrida por um móvel ao completar uma volta completa é exatamente igual ao
comprimento da borda da circunferência de raio R, dada por 2 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅.

Esta velocidade pode ser chamada de Velocidade Linear ou de Velocidade Tangencial. Em alguns
exercícios, esta velocidade pode ser chamada, também, de Velocidade “Escalar”. Para indicar o valor da
Velocidade Tangencial, o mais adequado seria o de chama-la de Rapidez Linear, pois ela indica o quão
rápido o móvel percorre a linha da sua trajetória circular.

Assim, podemos determinar o valor da Velocidade Linear pela razão da distância percorrida em
linha pelo respectivo tempo. Como o Movimento Circular Uniforme é repetitivo e periódico, onde todas
as voltas são idênticas, também podemos determinar o valor desta velocidade a partir da razão do
comprimento da trajetória circular pelo Período 𝑇, que é exatamente o tempo de uma volta completa.
Além dessa relação, como a Frequência 𝑓 é igual ao inverso do Período, também podemos escrever uma
terceira relação, conforme apresentado abaixo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 74


CURSO INTENSIVO 2024

4.3. Velocidade Angular


A Velocidade Angular é definida pela razão entre o deslocamento angular 𝜃 e o tempo t. Ela indica
o quão rápido o móvel “varre” ângulos enquanto se move em torno do centro de sua trajetória circular.

Como o Movimento Circular Uniforme é repetitivo e periódico, onde todas as voltas são idênticas,
também podemos determinar o valor desta velocidade a partir da razão do deslocamento angular de uma
volta completa, que é igual a 2𝜋, pelo Período 𝑇. Além dessa relação, como a Frequência 𝑓 é igual ao
inverso do Período, também podemos escrever uma terceira relação, conforme apresentado abaixo.

O símbolo 𝜔, é uma letra do alfabeto grego chamada de ômega, assim como a letra theta 𝜃, que
também é deste mesmo alfabeto.

Para indicar o valor da Velocidade Angular, o mais adequado seria o de chama-la de Rapidez
Angular, pois ela indica o quão rápido o móvel percorre ângulos em sua trajetória circular.

4.3.1 Relação entre Velocidade Linear e Angular


Enquanto a Velocidade Linear indica o quão rápido o móvel percorre distâncias em linha, a
Velocidade Angular indica o quão rápido o móvel percorre distâncias em ângulo.

Ao compararmos as equações para as velocidades Linear e Angular, podemos perceber que ao


multiplicarmos a Velocidade Angular pelo raio R da trajetória, temos a Velocidade Linear. Veja as relações
abaixo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 75


CURSO INTENSIVO 2024

Exemplo: UECE 2019

Um disco, do tipo DVD, gira com movimento circular uniforme, realizando 30 𝑟𝑝𝑚. A velocidade angular
dele, em 𝑟𝑎𝑑/𝑠, é

A) 30 𝜋

B) 2 𝜋

C) 𝜋

D) 60 𝜋

Comentários

O valor da Velocidade Angular pode ser obtido a partir das relações que seguem.

2∙𝜋
𝜔= = 2∙𝜋∙𝑓
𝑇

Como o DVD gira em MCU com frequência de 30rpm, que significa que ele completa 30 voltas no
intervalo de um minuto (60s), então, temos que:

𝑓 = 30 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 = 30 𝑟𝑝𝑚

Um corpo em Movimento Circular Uniforme que realiza 1 rotação em um segundo (1Hz), realiza
60 rotações em um minuto (60rpm), pois um minuto tem 60 segundos.

1 𝐻𝑧 = 60 𝑟𝑝𝑚

Assim, a frequência fica:

1 𝐻𝑧 1 𝐻𝑧
f𝑏 = 30 𝑟𝑝𝑚 ∙ = 30 𝑟𝑝𝑚 ∙ = 0,5 𝐻𝑧
60 𝑟𝑝𝑚 60 𝑟𝑝𝑚

A velocidade angular 𝜔 pode ser calculada pela sua expressão em função da frequência 𝑓.

𝜔 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 0,5 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠

Gabarito: “C”

Exemplo: MACK-SP

Devido ao movimento de rotação da Terra, uma pessoa sentada sobre a linha do Equador tem velocidade
escalar, em relação ao centro da Terra, igual a:

Adote: Raio equatorial da Terra = 6 300 km e π =22/7.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 76


CURSO INTENSIVO 2024

A) 2250 Km/h

B) 1650 Km/h

C) 1300 Km/h

D) 980 Km/h

E) 460 Km/h

Comentários

O valor da Velocidade Linear pode ser obtido a partir das relações que seguem.

2∙𝜋⋅𝑅
𝑉= =2∙𝜋∙𝑅⋅𝑓
𝑇

Com o raio equatorial da Terra e o período de 24h, temos:

22
2 ∙ 7 ⋅ 6300
𝑉=
24
𝑉 = 1650 𝑘𝑚/ℎ

Gabarito: “B”

Exemplo: UFPR

Um ponto em movimento circular uniforme descreve 15 voltas por segundo em uma circunferência de
8,0 cm de raio. A sua velocidade angular, o seu período e a sua velocidade linear são, respectivamente:

a) 20 rad/s; (1/15) s; 280 π cm/s

b) 30 rad/s; (1/10) s; 160 π cm/s

c) 30 π rad/s; (1/15) s; 240 π cm/s

d) 60 π rad/s; 15 s; 240 π cm/s

e) 40 π rad/s; 15 s; 200 π cm/s

Comentários

O valor da Velocidade Angular pode ser obtido a partir das relações que seguem.

2∙𝜋
𝜔= = 2∙𝜋∙𝑓
𝑇

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 77


CURSO INTENSIVO 2024

Com uma frequência igual a 15Hz, a velocidade angular fica:

𝜔 = 2∙𝜋∙𝑓

𝜔 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 15

𝜔 = 30 ∙ 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠

Como o período é igual ao inverso da frequência, temos:

1
𝑇=
𝑓

1
𝑇= 𝑠
15
O valor da Velocidade Linear pode ser obtido a partir das relações que seguem.

2∙𝜋⋅𝑅
𝑉= =2∙𝜋∙𝑅⋅𝑓
𝑇

Com um raio de 8,0cm e frequência igual a 15s, temos:

𝑉 = 2∙𝜋∙𝑅⋅𝑓

𝑉 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 8 ⋅ 15

𝑉 = 240 ⋅ 𝜋 𝑐𝑚/𝑠

Gabarito: “C”

4.4. Aceleração do Movimento Circular Uniforme


A aceleração no Movimento Circular Uniforme faz com que a Velocidade Tangencial sofra uma
variação de direção, sem modificar seu módulo. Para tal efeito, a aceleração deve ser sempre
perpendicular à Velocidade Tangencial, apontando sempre para o centro da trajetória.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 78


CURSO INTENSIVO 2024

Por estar apontando sempre para o centro da trajetória, esta aceleração pode ser chamada de
Aceleração Centrípeta (para o centro), ou de Aceleração Radial (na direção do raio). Ela pode ser calculada
por meio do produto entre as velocidades angular e tangencial.

O Movimento Circular Uniforme tem somente aceleração centrípeta, pois o móvel se move com
valor de velocidade constante, mas, varia constantemente sua direção. Ou seja, a aceleração centrípeta
varia somente a direção da velocidade, não modificando seu valor.

OBS: Movimentos circulares podem ter acelerações tangenciais e, também, acelerações angulares. A
aceleração tangencial tem módulo igual à variação temporal do valor da velocidade linear, enquanto
que a aceleração angular é definida pela razão da variação da velocidade angular no tempo. No MCU,
estas acelerações são nulas, pois a Velocidade Linear não varia seu módulo e a Velocidade Angular é
sempre constante.

Portanto, a Aceleração Centrípeta é o vetor que aponta para o centro da trajetória circular, seja
de uma circunferência ou de um arco de circunferência. Um corpo que se move em MCU tem sua
aceleração tangencial nula, porém sua aceleração centrípeta não é nula. A aceleração centrípeta é
responsável por variar somente a direção do vetor velocidade.

Ao apontar sempre para o centro da trajetória, a Aceleração Centrípeta tem módulo constante,
porém direção variável.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 79


CURSO INTENSIVO 2024

Exemplo: UEMG 2018

Em uma viagem a Júpiter, deseja-se construir uma nave espacial com uma seção rotacional para simular,
por efeitos centrífugos, a gravidade. A seção terá um raio de 90 metros. Quantas rotações por minuto
(RPM) deverá ter essa seção para simular a gravidade terrestre? (considere g = 10 m/s²).

A) 10/π

B) 2/π

C) 20/π

D) 15/π

Comentários

Para simular a gravidade terrestre, a plataforma rotacional da nave deve ter o valor de sua
aceleração centrípeta igual a 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 em sua extremidade, que tem raio igual a 90m.

O valor da Aceleração Centrípeta pode ser obtido a partir das relações que seguem.

𝑉2
𝑎 = 𝜔 ⋅ 𝑉 = 𝜔2 ∙ 𝑅 =
𝑅

O valor da Velocidade Angular pode ser obtido a partir das relações que seguem.

2∙𝜋
𝜔= = 2∙𝜋∙𝑓
𝑇

Assim, podemos escrever:

𝑎 = (2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓)2 ∙ 𝑅

10 = (2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑓)2 ∙ 90

1 = 22 ∙ 𝜋 2 ∙ 𝑓 2 ∙ 9

1
= 𝑓2
4 ⋅ 𝜋2 ⋅ 9

1
𝑓=√
4 ⋅ 𝜋2 ⋅ 9

1
𝑓=
2⋅𝜋⋅3
1
𝑓= 𝐻𝑧
6⋅𝜋
Um corpo em Movimento Circular Uniforme que realiza 1 rotação em um segundo (1Hz), realiza
60 rotações em um minuto (60rpm), pois um minuto tem 60 segundos.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 80


CURSO INTENSIVO 2024

1 𝐻𝑧 = 60 𝑟𝑝𝑚

Assim, a frequência fica:

60 10
𝑓= = 𝑟𝑝𝑚
6⋅𝜋 𝜋
Gabarito: “A”

Exemplo: ENEM 2009

O Brasil pode se transformar no primeiro país das Américas a entrar no seleto grupo das nações que
dispõem de trens-bala. O Ministério dos Transportes prevê o lançamento do edital de licitação
internacional para a construção da ferrovia de alta velocidade Rio-São Paulo. A viagem ligará os 403
quilômetros entre a Central do Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro da capital paulista, em uma
hora e 25 minutos.

Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 14 jul. 2009.

Devido à alta velocidade, um dos problemas a ser enfrentado na escolha do trajeto que será percorrido
pelo trem é o dimensionamento das curvas. Considerando-se que uma aceleração lateral confortável para
os passageiros e segura para o trem seja de 0,1 𝑔, em que 𝑔 é a aceleração da gravidade (considerada
igual a 10 𝑚/𝑠 2 ), e que a velocidade do trem se mantenha constante em todo o percurso, seria correto
prever que as curvas existentes no trajeto deveriam ter raio de curvatura mínimo de, aproximadamente,

A) 80 m.

B) 430 m.

C) 800 m.

D) 1600 m.

E) 6400 m.

Comentários

A partir da distância fornecida pelo enunciado, e do tempo do trajeto, podemos calcular a


velocidade do trem:

𝑑 = 403 𝑘𝑚

25
∆𝑡 = 1,0 ℎ + 25 min = 1,0 ℎ + ℎ = 1,42 ℎ
60
Assim:

𝑑
𝑉=
∆𝑡

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 81


CURSO INTENSIVO 2024

403 𝑘𝑚
𝑉= = 283,8 𝑘𝑚/ℎ
1,42 ℎ
283,8
𝑉= 𝑚/𝑠 = 78,8 𝑚/𝑠
3,6

Assim, aceleração na curva fica:

𝑉2
𝑎𝑐𝑝 =
𝑅
𝑉2
0,1 ⋅ 𝑔 =
𝑅
(78,8)2
0,1 ⋅ 10 =
𝑅
𝑅 ≅ 6209 𝑚

A alternativa mais próxima desde resultado é 6400 𝑚.

Gabarito: “E”

4.5. Movimentos Circulares Acoplados


Existe uma infinidade de aplicações práticas e cotidianas da Cinemática Rotacional. O principal
exemplo é a transmissão de movimentos entre eixos, engrenagens, roletes e roldanas, como as que
podemos encontrar em bicicletas, relógios, motores, caixas de câmbio, máquinas agrícolas, robôs,
maquinário industrial, etc.

Estas transmissões de movimentos podem ocorrer através de dois tipos de acoplamentos: pelo
eixo, ou pela borda.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 82


CURSO INTENSIVO 2024

Um acoplamento pelo eixo faz com que os dois sistemas rotacionais tenham iguais Velocidades
Angulares, pois eles rotacionam seguindo o movimento do eixo. Assim, quando o eixo completa uma
volta, tudo que estiver acoplado a ele também completa, fazendo com que todos tenham iguais períodos
de rotação e, logo, iguais frequências.

Com iguais velocidades angulares, quanto mais afastado do eixo estiver um ponto, maior será sua
velocidade linear.

Já um acoplamento pela borda, faz com que os dois sistemas rotacionais tenham iguais
Velocidades Tangenciais. Nesta condição, a velocidade angular de cada elemento acaba dependendo do
seu tamanho, de forma que o rotor de maior raio tem menor rapidez angular e menor frequência de
rotação, levando maior tempo para completar uma volta.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 83


CURSO INTENSIVO 2024

Exemplo: UFRGS 2013

A figura apresenta esquematicamente o sistema de transmissão de uma bicicleta convencional.

Na bicicleta, a coroa A conecta-se à catraca B através da correia P. Por sua vez, B é ligada à roda traseira
R, girando com ela quando o ciclista está pedalando. Nesta situação, supondo que a bicicleta se move sem
deslizar, as magnitudes das velocidades angulares, ωA, ωB e ωR, são tais que

(A) ωA < ωB = ωR .

(B) ωA = ωB < ωR .

(C) ωA = ωB = ωR .

(D) ωA < ωB < ωR .

(E) ωA > ωB = ωR .

Comentários

A catraca B e a roda R giram acopladas pelo mesmo eixo, enquanto que a catraca B e a coroa A
estão acoplados pela borda, através da correia.

Assim, a catraca B e a roda R possuem iguais velocidades angulares.

𝜔𝐵 = 𝜔𝑅

A estarem acoplados pela borda, a catraca B e a coroa A possuem iguais velocidades lineares.

𝑉𝐵 = 𝑉𝐴

Como 𝑉 = 𝜔 ⋅ 𝑅, então podemos escrever:

𝜔𝐵 ⋅ 𝑅𝐵 = 𝜔𝐴 ⋅ 𝑅𝐴

Como 𝑅𝐴 > 𝑅𝐵 , então temos que 𝜔𝐴 < 𝜔𝐵 .

Portanto, a relação correta das velocidades angulares fica:

𝜔𝐴 < 𝜔𝐵 = 𝜔𝑅

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 84


CURSO INTENSIVO 2024

Gabarito: “A”

Exemplo: ENEM 2016

A invenção e o acoplamento entre engrenagens revolucionaram a ciência na época e propiciaram a


invenção de várias tecnologias, como os relógios. Ao construir um pequeno cronômetro, um relojoeiro
usa o sistema de engrenagens mostrado. De acordo com a figura, um motor é ligado ao eixo e movimenta
as engrenagens fazendo o ponteiro girar. A frequência do motor é de 18 rpm, e o número de dentes das
engrenagens está apresentado no quadro.

A frequência de giro do ponteiro, em rpm, é

A) 1.

B) 2.

C) 4.

D) 81.

E) 162.

Comentários

Engrenagens ou roldanas acopladas com movimentos circulares podem se dar de duas formas: um
acoplamento pelo eixo de rotação, ou um acoplamento pela borda.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 85


CURSO INTENSIVO 2024

Movimentos circulares acoplados pelo eixo, giram com iguais velocidades angulares, iguais
frequências e iguais períodos de rotação.

Movimentos circulares acoplados pela borda, giram com iguais velocidades lineares (tangenciais).
Assim, podemos escrever a seguinte relação para as frequências:

𝑓1 ⋅ 𝑅1 = 𝑓2 ⋅ 𝑅2

A engrenagem A está acoplada ao mesmo eixo do motor. Assim, ela tem a mesma frequência de
rotação que o motor.

𝑓𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝑓𝐴 = 18 𝑟𝑝𝑚

As engrenagens A e B estão acopladas pela borda. A relação das frequências e raios pode ser
escrita com o número de dentes no lugar dos respectivos raios, pois são proporcionais.

𝑓𝐴 ⋅ 𝑁𝐴 = 𝑓𝐵 ⋅ 𝑁𝐵

Conforme a tabela, temos que a engrenagem A tem 24 dentes e a engrenagem B tem 72 dentes.

18 ⋅ 24 = 𝑓𝐵 ⋅ 72

18 ⋅ 24
𝑓𝐵 = = 6 𝑟𝑝𝑚
72
A engrenagem C está acoplada ao mesmo eixo da engrenagem B. Assim, ela tem a mesma
frequência de rotação que B.

𝑓𝐶 = 𝑓𝐵 = 6 𝑟𝑝𝑚

As engrenagens C e D estão acopladas pela borda. A relação das frequências e raios pode ser
escrita com o número de dentes no lugar dos respectivos raios, pois são proporcionais.

𝑓𝐶 ⋅ 𝑁𝐶 = 𝑓𝐷 ⋅ 𝑁𝐷

Conforme a tabela, temos que a engrenagem C tem 36 dentes e a engrenagem D tem 108 dentes.

6 ⋅ 36 = 𝑓𝐷 ⋅ 108

6 ⋅ 36
𝑓𝐷 = = 2 𝑟𝑝𝑚
108
Como o ponteiro está acoplado ao mesmo eixo de rotação que a engrenagem D, então ele tem a
mesma frequência rotação que D.

𝑓𝑝𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 = 𝑓𝐷 = 2 𝑟𝑝𝑚

Gabarito: “B”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 86


CURSO INTENSIVO 2024

Exemplo: UFPB

Em uma bicicleta, a transmissão do movimento das pedaladas se faz por meio de uma corrente, acoplando
um disco dentado dianteiro (coroa) a um disco dentado traseiro (catraca), sem que haja deslizamento
entre a corrente e os discos. A catraca, por sua vez, é acoplada à roda traseira de modo que as velocidades
angulares da catraca e da roda sejam as mesmas (ver a seguir figura representativa de uma bicicleta).

Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca-se com velocidade escalar constante, mantendo um
ritmo estável de pedaladas, capaz de imprimir no disco dianteiro uma velocidade angular de 4 rad/s, para
uma configuração em que o raio da coroa é 4R, o raio da catraca é R e o raio da roda é 0,5 m. Com base
no exposto, conclui-se que a velocidade escalar do ciclista é:

a) 2 m/s

b) 4 m/s

c) 8 m/s

d) 12 m/s

e) 16 m/s

Comentários

A coroa e a catraca estão acoplados pela borda através da corrente de transmissão.

𝑉𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑉𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎

Como 𝑉 = 𝜔 ⋅ 𝑅, então podemos escrever:

𝜔𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 ⋅ 𝑅𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎 ⋅ 𝑅𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎

4 ⋅ 4𝑅 = 𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎 ⋅ 𝑅

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 87


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4 ⋅ 4 = 𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎

𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎 = 16 𝑟𝑎𝑑/𝑠

A catraca e a roda estão acopladas pelo mesmo eixo em comum, tendo iguais velocidades
angulares.

𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎 = 𝜔𝑟𝑜𝑑𝑎 = 16 𝑟𝑎𝑑/𝑠

Assim, a velocidade linear da roda fica:

𝑉𝑟𝑜𝑑𝑎 = 16 ⋅ 0,5

𝑉𝑟𝑜𝑑𝑎 = 8,0 𝑚/𝑠

A borda da roda é a que está em contato com o chão. Logo, a velocidade linear da roda é a
velocidade com que a bicicleta avança em relação ao solo.

Gabarito: “C”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 88


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5) RESUMO DA AULA
A Cinemática é a descrição matemática de movimentos. Todo corpo que se move pode ter uma
equação matemática (uma função) que melhor descreve seu movimento.

Todo movimento, assim como sua descrição matemática, depende de uma referência.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 89


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AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 90


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A Velocidade Média é definida como a razão (divisão) entre o Deslocamento e o Tempo.

Para passar de km/h para m/s dividimos o valor da velocidade por 3,6, uma velocidade precisa ser
multiplicada por 3,6 para se obter seu respectivo valor em km/h.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 91


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A Aceleração é uma grandeza vetorial que aponta para onde e indica quão rapidamente a
Velocidade de um corpo aumenta.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 92


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O movimento retilíneo e uniforme (MRU) se caracteriza pelo deslocamento de um corpo em uma


trajetória retilínea (em linha reta) e com velocidade constante (uniforme).

- Deslocamentos que se dão a favor do referencial, são positivos. Deslocamentos que


se dão contra o referencial, são negativos.
- Velocidades a favor do referencial, são positivas. Velocidades contra o referencial,
são negativas.
- Acelerações a favor do referencial, são positivas. Acelerações contra o referencial,
são negativas.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 93


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AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 94


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AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 95


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O Movimento Retilíneo e Uniformemente Variado (MRUV) é caracterizado por uma trajetória em


linha reta com velocidade que varia constantemente, sempre à mesma taxa. Esta “taxa” é a própria
Aceleração.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 96


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AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 97


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AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 98


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AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 99


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Lançamento Horizontal

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 100


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Lançamento Oblíquo

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 101


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Decomposição Vetorial

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 102


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AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 103


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AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 104


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AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 105


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6) LISTA DE EXERCÍCIOS

1. (UFSM) No gráfico, representam-se as posições ocupadas por um corpo que se desloca numa
trajetória retilínea, em função do tempo.

Pode-se, então, afirmar que o módulo da velocidade do corpo


a) aumenta no intervalo de 0s a 10s.
b) diminui no intervalo de 20s a 40s.
c) tem o mesmo valor em todos os diferentes intervalos de tempo.
d) é constante e diferente de zero no intervalo de 10s a 20s.
e) é maior no intervalo de 0s a 10s.

2. (ESTRATEGIA VESTIBULARES 2020 - Prof. Henrique Goulart) Texto para a próxima questão.
“A estrutura mais alta da Escócia foi demolida neste domingo, em 7 segundos, com apenas duas
explosões. A chaminé da antiga estação de energia Inverkip, em Inverclyde, cidade próxima a
Glasgow, tinha 236 metros de altura, 1,4 milhão de tijolos e 20 mil toneladas de concreto. A
demolição marcou o fim de uma estação de energia que nunca funcionou plenamente (29/07/2013
10h07 - Por BBC Brasil).”
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2013/07/29/estrutura-mais-alta-da-
escocia-e-demolida-em-7-segundos.htm
Pode-se afirmar que, a partir das informações contidas no enunciado acima, a aceleração média de
queda do topo da chaminé foi de aproximadamente:

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 106


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A) 6,7m/s²
B) 9,6m/s²
C) 67,4m/s²
D) 96,3m/s²
E) 4,8m/s²

3. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um Boeing-737 consegue acelerar, a


partir do repouso, a uma taxa média de 25% de g durante a decolagem numa pista plana e retilínea.
É necessário que o avião atinja uma velocidade relativa com o ar de 288km/h para decolar com
sucesso e se elevar sobre a pista. Num dia sem vento, a menor distância percorrida pelo avião sobre
a pista até poder levantar voo está mais próxima de
(Considere g=10m/s²)
A) 1200m
B) 1600m
C) 2600m
D) 460m
E) 115m

4. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma esfera é abandonada de uma altura


de 90 metros. Ao se assumir que g=10m/s² e se desprezar qualquer tipo de efeito ou resistência do
ar durante a queda, a alternativa que apresenta corretamente a razão do deslocamento vertical
durante o primeiro segundo de queda e durante o terceiro segundo de queda é a
A) 1
B) 1/3
C) 1/5
D) 1/7
E) 1/9

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 107


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5. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta as posições


de um móvel, que se desloca sobre uma trajetória retilínea, com o passar do tempo.

A partir das informações contidas no gráfico, pode-se afirmar que


A) o móvel acelera uniformemente até parar no instante 30s, quando começa a diminuir sua
velocidade.
B) o móvel sobe uma rampa até o topo, instante 30s, e começa a retornar ao solo.
C) o móvel tem velocidade nula no instante igual a 30s e, após 40s, acabou percorrendo uma
distância de 100m, deslocando-se 100m em relação à origem.
D) o móvel tem velocidade nula no instante igual a 30s e, após 40s, acabou percorrendo uma
distância igual ao dobro do módulo do deslocamento.
E) o móvel tem velocidade nula nos instantes inicial e final.

6. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um simulador de gravidade artificial


pode ser implantado em naves espaciais para longas viagens pelo sistema solar. Este protótipo
consiste em um rotor, com 16m de diâmetro, onde o astronauta fica em pé e pisa na borda pelo
lado de dentro, com sua cabeça apontando para o centro de rotação.
A frequência de rotação desse protótipo para submeter os astronautas a uma aceleração igual a
igual g, que vale 10m/s², está mais próxima de
𝟓
A) 𝒇 = 𝝅𝟐 𝑯𝒛
𝟏𝟎
B) 𝒇 = 𝑯𝒛
𝟑𝟐⋅𝝅𝟐

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 108


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𝟓
C) 𝒇 = 𝟑𝟐⋅𝝅𝟐 𝑯𝒛

√𝟓
D) 𝒇 = 𝟒⋅𝝅 𝑯𝒛
𝟓
E) 𝒇 = 𝟏𝟔⋅𝝅𝟐 𝑯𝒛

7. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um milho de pipoca estoura e ejeta


verticalmente na panela atingindo uma altura de 45cm em relação ao fundo da panela. Suponha os
efeitos do ar desprezíveis e que o g do local vale 10m/s². Pode-se afirmar que a pipoca saltou com
uma velocidade inicial de
A) 3m/s.
B) 6m/s.
C) 9m/s.
D) 12m/s.
E) 0,9m/s.

8. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um móvel se desloca sobre uma estrada


plana e retilínea com velocidade que varia conforme o gráfico abaixo.

A velocidade média desenvolvida por este móvel durante seu último minuto vale
A) 1200m/s
B) 120m/s
C) 20m/s
D) 20,6m/s
E) 18,3m/s

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 109


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9. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma pessoa distraída com seu celular,
entra em um elevador que, subitamente, despenca em queda livre. A pessoa percebe que seus pés
perdem contato com a base do elevador ao mesmo tempo que seu celular perde contato com sua
mão.
O elevador caiu devido ao rompimento de um cabo. Porém, após 1 segundo de queda livre, o cabo
de segurança começa a atuar e freia o elevador, parando-o.
A partir de seus conhecimentos de Física, escolha a alternativa correta.
A) Durante a queda livre, o elevador adquire aceleração igual a g em relação à pessoa.
B) Durante a queda livre, todo o conjunto, pessoa, celular e elevador, caem com mesma aceleração,
semelhantemente à situação de imponderabilidade vivenciada por paraquedistas após abrirem
seus paraquedas e atingirem sua velocidade terminal.
C) Durante a queda livre, o celular adquire aceleração igual a g, mas para cima em relação ao piso
do elevador.
D) Durante a queda livre, todo o conjunto, pessoa, celular e elevador, caem com mesma aceleração,
semelhantemente à situação de imponderabilidade vivenciada por astronautas em órbita.
E) Durante a queda livre, a pessoa fica submetida a uma aceleração igual a g em relação ao elevador
e em relação ao celular.

10. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Lucas Costa) A pandemia de coronavírus trouxe a


necessidade de isolamento social e fechou inúmeras fronteiras. Com isso, um dos setores mais
afetados foi o do turismo. E esse cenário pode trazer uma mudança no comportamento dos
consumidores pós-pandemia. Segundo especialistas, as viagens nacionais e de carro devem voltar
ao radar.
valorinveste.globo.com/objetivo/organize-as-contas/noticia/2020/07/14/viagens-nacionais-e-de-
carro-voltam-ao-radar-com-pandemia-afirmam-especialistas.ghtml
As viagens de carro devem voltar ao radar no pós-pandemia. Hoje, podemos exaltar que um dos
trechos mais utilizados é o trajeto entre a cidade do Rio de Janeiro e a de São Paulo. Caso mantida
a velocidade constante de 80 km/h, o tempo total gasto nesse trajeto é de 5 horas e 42 minutos.
Nesse cenário, o volume de gasolina necessário para o trajeto será próximo de
Dados: Consumo de Gasolina: 12 km/l.
A) 12 l
B) 24 l
C) 38 l
D) 29 l
E) 46 l

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 110


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11. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um músico segura uma caixa de som
que emite um ruído sonoro de frequência igual a 440Hz. Ao lançar a caixa verticalmente para cima
com velocidade inicial de 10 m/s, pode-se afirmar que
(Despreze qualquer tipo de efeito ou resistência causado pelo ar e assuma g=10 m/s²).
a) após 1,5s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência menor que 440Hz.
b) após 1,5s do lançamento, a caixa estará descendo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência maior que 440Hz.
c) após 1,5s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência maior que 440Hz.
d) após 1,0s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 10m/s e o músico ouvirá um
som de frequência menor que 440Hz.

12. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Devido às más condições do tempo, um


avião de 46ton precisou esperar a liberação da pista para pouso. Até a liberação, a aeronave com
seus 80 passageiros ficou voando horizontalmente mantendo um valor de velocidade linear em
relação ao solo de 324km/h enquanto voou em círculos durante cerca de 20 minutos. A trajetória
circular teve raio de 1,8km.
Enquanto voava em círculos, o tempo que o avião levava para passar sucessivamente sobre um
mesmo ponto fixo era de, aproximadamente
a) 2 min
b) 40π min
c) π/45 min
d) 16 min
e) 11 min

13. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Carros de Fórmula 1 conseguem atingir,


a partir do repouso, uma velocidade de 100km/h em apenas 2,5 segundos. A aceleração média
desenvolvida por estes veículos vale
A) 40m/s²
B) 4m/s²
C) 10m/s²
D) 250m/s
E) 40km/h/s

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 111


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14. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um corpo em movimento circular


uniforme leva 2min para completar uma volta completa em uma trajetória de 40m de diâmetro.
Pode-se afirmar que este corpo se move com uma velocidade linear de módulo igual a
A) 𝟐𝟎𝝅 𝒎/𝒎𝒊𝒏
B) 𝟐𝟎𝝅 𝒎/𝒔
C) 𝟒𝟎𝝅 𝒎/𝒎𝒊𝒏
D) 𝟒𝟎𝝅 𝒎/𝒔
E) 𝟐𝟎 𝒎/𝒎𝒊𝒏

15. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois corpos, 1 e 2, com pesos iguais a
10N e 20N, respectivamente, foram abandonados simultaneamente de mesma altura, próximos à
superfície da Terra, e caíram em queda livre.
Sobre o movimento de queda dos corpos, podemos afirmar que
A) o corpo 2 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é mais pesado, tem movimento de
queda característico do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, na vertical, com maior
velocidade que o corpo 1.
B) o corpo 1 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é menos pesado, tem movimento
de queda característico do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, na vertical, com maior
velocidade que o corpo 2.
C) o corpo 2 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é mais pesado, tem movimento de
queda característico do Movimento Retilíneo Uniforme, na vertical, com maior velocidade que o
corpo 1.
D) o corpo 1 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é menos pesado, tem movimento
de queda característico do Movimento Retilíneo Uniforme, na vertical, com maior velocidade que o
corpo 2.
E) ambos corpos levaram o mesmo tempo para atingir o solo, pois qualquer corpo em queda livre
tem, na vertical, um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, caindo com aceleração
constante.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 112


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16. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta os dados de
um corpo que se move numa trajetória retilínea.

A partir das informações contidas no gráfico, podemos afirmar que


A) no instante t1, o móvel está em MRU, com posição, velocidade e aceleração positivas. Em t 2, o
móvel está em MRUV, com posição e velocidade positivas e aceleração nula. E em t 3, o móvel está
em MRU, com posição e velocidade positivas, mas com aceleração negativa.
B) no instante t1, o móvel está em MRUV, com posição, velocidade e aceleração positivas. Em t2, o
móvel está em MRU, com posição e velocidade positivas e aceleração nula. E em t 3, o móvel está
em MRUV, com posição e velocidade positivas, mas com aceleração negativa.
C) no instante t1, o móvel está em MRU, com posição e velocidade positivas e aceleração negativa.
Em t2, o móvel está em MRUV, com posição e velocidade positivas e aceleração positiva. E em t 3, o
móvel está em MRU, com posição positiva e velocidade e aceleração negativas.
D) no instante t1, o móvel está em MRUV, com posição, velocidade e aceleração positivas. Em t2, o
móvel está em MRU, com posição, velocidade e aceleração positivas. E em t3, o móvel está em
MRUV, com posição positiva e velocidade e aceleração negativas.
E) no instante t1, o móvel está em MRUV, com posição e velocidade positivas e aceleração negativa.
Em t2, o móvel está em MRU, com posição e velocidade positivas e aceleração positiva. E em t 3, o
móvel está em MRUV, com posição positiva e velocidade e aceleração negativas.

17. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um corpo é lançado obliquamente em


relação ao plano horizontal, próximo à superfície da Terra. Ao se desprezar qualquer tipo de
influência ou impedimento que possa ser causado pelo ar, no ponto de máxima altura atingida, é
correto afirmar que
A) a velocidade é nula e a aceleração não nula.
B) a velocidade e a aceleração são não nulas.
C) a aceleração é nula e a velocidade não nula.
D) a velocidade e a aceleração são nulas.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 113


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18. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta informações
sobre o movimento retilíneo de um corpo.

O valor da velocidade média e da aceleração desse corpo após 10s valem, respectivamente,
a) 50m/s e 0m/s².
b) 20m/s e 10m/s².
c) 5m/s e 0m/s².
d) 10m/s e 25m/s².
e) 500m/s e 250m/s².

19. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um corpo é lançado obliquamente em


relação ao solo. Desconsidere qualquer tipo de efeito que possa ser causado pelo ar. É correto
afirmar que
a) após o lançamento, no ponto mais alto da trajetória e antes de atingir o solo, o corpo ficou sujeito
somente a uma força vertical, de natureza gravitacional.
b) somente no ponto de máxima altura o corpo ficou submetido a uma resultante de forças nula.
c) após o lançamento, no ponto mais alto da trajetória e antes de atingir o solo, o corpo ficou sujeito
somente a uma força vertical, de natureza nuclear.
d) no ponto de altura máxima ocorre uma inversão de sentido da resultante das forças sobre o
corpo.
e) após o lançamento, no ponto mais alto da trajetória e antes de atingir o solo, o corpo ficou sujeito
somente a uma força vertical, de natureza eletromagnética.

20. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael
Collins partiram da Lua há 50 anos atrás, mas um dos experimentos que eles deixaram para trás
continua retornando novos dados até hoje: os retrorrefletores. Junto com os astronautas da Apollo
11, os da Apollo 14 e 15 também deixaram mais desses “espelhos” na superfície lunar.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 114


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https://rocketsciencebrasil.com/2020/02/20/o-experimento-da-apollo-11-que-continua-
funcionando/
Sabendo-se que a luz se propaga a uma velocidade de 300000km/s e que a distância que separa a
Terra e a Lua é cerca de 400000km, o tempo que um feixe de laser emitido daqui da Terra leva para
ser refletido na Lua e voltar vale
a) cerca de um segundo.
b) cerca de dois segundos.
c) igual a 4/3 de segundo.
d) pouco menos de três segundos.
e) pouco mais de três segundos.

21. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Sabendo-se que uma partícula se move
em linha reta com movimento tal que seus valores de velocidade assumem, a cada segundo, uma
sequência de valores que respeita uma progressão matemática bastante conhecida.
Escolha a alternativa correta.
a) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), onde os valores de
velocidade seguem uma progressão geométrica, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a
aceleração como razão desta progressão.
b) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), onde os valores de
velocidade seguem uma progressão aritmética, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a aceleração
como razão desta progressão.
c) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), onde os valores de deslocamento
seguem uma progressão geométrica, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a velocidade como
razão desta progressão.
d) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), onde os valores de deslocamento
seguem uma progressão aritmética, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a aceleração como
razão desta progressão.

22. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A Ponte Presidente Costa e Silva,


popularmente conhecida por Ponte Rio-Niterói justamente por ligar estes dois municípios por cima
da Baía de Guanabara, tem o comprimento total de 13290m e altura máxima de 72m acima no nível
da água.
A razão entre o valor da rapidez média de um automóvel que a percorreu totalmente em 36 minutos
e o valor da velocidade que um corpo abandonado do ponto mais alto da ponte atinge a superfície
da água em queda livre com g=10m/s² vale, aproximadamente

a) 𝟎, 𝟎𝟓 ⋅ √𝟏𝟎

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 115


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b) 𝟏𝟐 ⋅ √𝟏𝟎

c) 𝟔 ⋅ √𝟏𝟎
d) 𝟎, 𝟐𝟓

23. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma pequena esfera é lançada


verticalmente para cima com uma velocidade igual a 72km/h. O tempo que ela levou para atingir
sua altura máxima vale
Dados: g=10m/s² e desconsidere os efeitos do ar sobre a esfera.
A) 1s
B) 4s
C) 3s
D) 2s

24. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois automóveis estão viajando em


orientações opostas com velocidades de módulos iguais a 80km/h e 25m/s em relação à estrada,
que é plana, reta e horizontal. A velocidade relativa entre eles vale
a) 50km/h
b) 80km/h
c) 105km/h
d) 170km/h.
e) 190km/h

25. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A equação horária da posição de um


móvel que se move numa trajetória retilínea em relação a um sistema de referência “x” é dada pela
seguinte equação, que está no SI:
𝒙(𝒕) = 𝟓 − 𝟓 ⋅ 𝒕𝟐
A velocidade inicial e o tempo que o móvel levou para passar pela origem do sistema de referência
valem, respectivamente
a) 0 m/s e 1 s.
b) 5 m/s e 1 s.
c) 10 m/s e 2 s
d) 2,5 m/s e 5 s
e) O móvel não passará pela origem.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 116


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26. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo representa a


velocidade de uma partícula que se move em linha reta no decorrer do tempo.

Levando em consideração que a partícula partiu do repouso no instante 𝒕𝟎 = 𝟎 𝒔 e posição 𝒙𝟎 =


𝟎 𝒄𝒎, assinale a alternativa que apresenta, de forma aproximada, a posição final 𝒙𝒇 da mesma,
após 𝟏𝟓 𝒔.
a) 𝒙𝒇 = 𝟒𝟑 𝒄𝒎.
b) 𝒙𝒇 = 𝟖𝟑 𝒄𝒎.
c) 𝒙𝒇 = 𝟓𝟎 𝒄𝒎.

d) 𝒙𝒇 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎.
e) 𝒙𝒇 = 𝟖𝟔 𝒄𝒎.

27. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um pequeno avião tem velocidade


mínima de sustentação igual a 50 nós. Ao se aproximar de um aeroclube, ele entra em uma massa
de ar que se move a 55 nós em relação ao solo. Sabendo-se que 1 nó equivale a 1,85 quilômetro por
hora, pode-se afirmar que
a) um observador em uma torre de controle do aeroclube irá perceber o avião voando para frente
a 9,25km/h quando ele estiver a favor do vento.
b) o avião avança com velocidade de 92,5km/h em relação ao solo.
c) um observador em uma torre de controle do aeroclube irá perceber o avião voando para trás a
1,25km/h quando ele estiver contra o vento.
d) o avião avança com velocidade de 101,75km/h em relação ao solo.
e) um observador em uma torre de controle do aeroclube irá perceber o avião voando para trás a
9,25km/h quando ele estiver contra o vento.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 117


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28. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Em um jogo de futebol, um jogador chuta uma
bola que parte com uma velocidade 𝒗𝟎 em uma trajetória inclinada 𝟑𝟎° com a horizontal. Considere
o lugar do qual partiu a bola como a origem do referencial adotado, e o sentido para cima no eixo
vertical como positivo.
Ao desprezarmos a resistência do ar, assinale o gráfico que melhor representa a velocidade da bola
ao longo do eixo horizontal.

A)

B)

C)

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 118


CURSO INTENSIVO 2024

D)

E)

29. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um corpo é lançado verticalmente para


cima da sacada de um prédio a 15m/s. Sabendo-se que o g no local pode ser considerado constante
e igual a 10m/s², que os efeitos do ar podem ser desprezados e que o corpo atingiu o solo, na base
do prédio, com velocidade de 45m/s, pode-se afirmar que o tempo que o corpo levou do
lançamento até atingir o solo foi de ____________ e a altura do lançamento, em relação à base do
prédio, vale _____________.
Assinale a alternativa que preenche as lacunas do parágrafo acima na ordem que aparecem.
A) 3s – 90m.
B) 3s – 30m.
C) 6s – 30m.
D) 6s – 90m.
E) 9s – 30m.

30. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um trem de alta velocidade precisa


fazer uma curva de raio igual a 640m submetendo seus passageiros a uma aceleração máxima de
0,1g. O maior valor do quadrado da velocidade que esse trem pode ter para cumprir estas exigências
e vencer a curva com segurança e conforto vale

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 119


CURSO INTENSIVO 2024

A) 64g m/s
B) 64g m/s²
C) 64g m²/s²
D) 8g m/s
E) 8g m²/s²

31. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma aeronave voando horizontalmente


com velocidade constante abandona uma carga contendo mantimentos.

Selecione a alternativa que apresenta corretamente a trajetória mais próxima da carga após ter sido
abandonada quando observada por uma pessoa em repouso no solo.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

32. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um motorista de aplicativo deseja ir de


um bairro a outro na cidade de São Paulo, de modo que a distância total a ser percorrida será de 20
km. Como meta para receber uma boa avaliação e manter seu perfil com cinco estrelas, ele deseja
percorrer esse trajeto com velocidade média de módulo igual a 50 km/h. Se durante os primeiros
30 minutos da viagem ele percorreu com rapidez média de 20km/h devido ao trânsito caótico, o
valor da velocidade média com a qual deverá fazer o percurso restante para cumprir a meta será de
a) 30 km/h
b) 60 km/h

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 120


CURSO INTENSIVO 2024

c) 80 km/h.
d) Será impossível cumprir a meta.
e) 90 km/h

33. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois móveis, A e B, partiram juntos e


moveram numa pista plana, reta e horizontal com velocidades que assumiram os valores registrados
no gráfico abaixo.

A partir desses dados, julgue as afirmações abaixo:


I – De zero a 6s os móveis A e B desenvolveram uma aceleração média de 2,3m/s² e 1,7m/s²,
respectivamente.
II – O móvel B parou de se deslocar após 6 segundos, enquanto o móvel A parou de se mover após
quase 7 segundos.
III – A distância percorrida pelos móveis A e B após pararem de acelerar foi de, aproximadamente,
45m e 60m, respectivamente.
São corretas:
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas II.
D) Apenas II e III.
E) Apenas I e III.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 121


CURSO INTENSIVO 2024

34. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um garoto lança uma pequena bola
verticalmente para cima enquanto caminha horizontalmente com velocidade constante,
permanecendo assim durante toda trajetória da bolinha, conforme situação apresentada na figura
abaixo.

Desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência que possa ser causado pelo ar e julgue as
afirmativas abaixo.
I – Após ter saído da mão do garoto, a bolinha tem trajetória parabólica, submetida somente à força
gravitacional, tendo aceleração constante.
II – No ponto mais alto da trajetória, a velocidade da bolinha é nula em relação ao menino.
III – Na horizontal, a bolinha se move em MRU, enquanto que, na vertical o movimento é um MRUV,
em relação ao solo.
São corretas.
A) Nenhuma.
B) Somente a I e a II.
C) Somente a II.
D) Somente a I e a III.
E) Todas.

35. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um praticante de corrida completa um


percurso de 5km em 15min. Nesse mesmo ritmo, ele completaria um percurso de uma maratona de
42km em
A) 14h.
B) 14min.
C) 3h e 15min.
D) 2h e 6min.
E) 2h e 1min.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 122


CURSO INTENSIVO 2024

36. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um automóvel, com 2000kg, se desloca


numa estrada retilínea, plana e horizontal com velocidade de 90km/h. Repentinamente, o condutor
avista um obstáculo à frente, uma vaca parada na pista, e leva 1,5 segundo para acionar os freios e
iniciar a frenagem. O veículo reduz sua velocidade uniformemente e consegue parar antes de colidir
com o obstáculo. Despreze qualquer tipo de efeito que possa ser causado pelo ar.

Durante o tempo de reação, intervalo entre o instante da percepção até o início da frenagem, o
veículo percorreu uma distância igual a
a) 135,0m
b) 13,5m
c) 37,5m
d) 25,0m

37. (2021/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O satélite Amazônia 1 é o primeiro


satélite de observação terrestre completamente feito em território brasileiro. Ele foi lançado em 28
de fevereiro de 2021 na missão PSLV-C51. O satélite busca fornecer dados e imagens acerca do
desmatamento na região da Amazônia. Ele orbita a 7200km do centro da Terra e leva cerca de 100
minutos para completar uma órbita. Considerando que sua trajetória é circular e uniforme, qual é,
aproximadamente, a velocidade orbital que o satélite estabeleceu em sua órbita? Use π como 3,14.
A) 226 km/h
B) 452 km/h
C) 28260 km/h
D) 28620 km/h
E) 38260 km/h

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 123


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38. (2021/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart)

Disponível em: http://www.marcianeurotica.com.br/2011/01/tirinha-085-esporte-e-saude.html.


Acesso em: 06 de março de 2021.
Admita que Márcia está correndo a uma velocidade constante de 1,5 m/s quando acena para o carro
de sorvete parar. O motorista, que se encontra 20 metros à frente e se move a 20m/s, reduz sua
velocidade uniformemente até parar, 4s após o sinal de Márcia. Em quanto tempo Márcia alcançará
o carro?
A) 30s
B) 40s
C) 50s
D) 1min
E) 1min e 10s

39. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma partícula se moveu em uma


trajetória retilínea a partir do repouso e assumiu valores de aceleração que foram registrados no
gráfico abaixo.

Considere as seguintes afirmativas:


1-Ao final de 40s, a partícula teve uma velocidade igual a -100m/s.
2-A partícula atingiu sua máxima velocidade no instante igual a 25s.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 124


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3-A partícula inverteu o sentido de seu movimento no instante igual a 25s.


4-O deslocamento total da partícula foi igual a -2000m.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.

40. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um condutor imprudente, dirigindo a


alta velocidade por uma rodovia, vê um animal subitamente aparecer a 680m à sua frente. O
condutor decide frear o carro, com desaceleração constante, para evitar a colisão com o animal. O
tempo de reação para tal decisão foi de 2 segundos, intervalo de tempo no qual a velocidade do
veículo foi constante. Até a parada total do veículo passaram-se 32 segundos.
Qual a distância percorrida pelo condutor, caso a velocidade inicial do veículo fosse metade daquela
que ele inicialmente apresentava, supondo que o tempo de reação do motorista e a desaceleração
do movimento se mantivessem inalterados?
A) 380 m.
B) 680 m.
C) 190 m.
D) 340 m.
E) 170 m.

41. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um elevador inicia sua descida a partir
do vigésimo andar. Após 2 andares aumentando sua velocidade uniformemente, ele atinge uma
velocidade V, que é mantida constante até ser reduzida, à mesma taxa, para o elevador parar no
primeiro andar. Cada andar mede 3m, verticalmente, e todo o percurso foi completado em 30s. O
valor da velocidade média desenvolvida no percurso e o valor de V valem, respectivamente,
A) 2,0m/s e 2,3m/s.
B) 2,0m/s e 2,1m/s.
C) 1,9m/s e 2,3m/s.
D) 1,9m/s e 2,1m/s.
E) 2,1m/s e 2,3m/s.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 125


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42. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois trens, A e B, estão afastados 0,3km
numa ferrovia de trilho retilíneo único. O movimento deles foi monitorado durante 10s. Os dados
foram registrados no gráfico abaixo.

O sensor de posição fica na extremidade frontal de cada trem. Tanto o trem A quanto o B têm 250m
de comprimento total.
Julgue as afirmações abaixo:
I – Ambos trens estão em Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, com iguais acelerações.
II – Ambos trens percorreram distâncias iguais.
III – Ocorre a colisão dos trens ao final do intervalo de monitoramento.
Estão corretas:
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 126


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43. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um corpo é lançado obliquamente em


relação ao solo, formando um ângulo de 45° com a direção horizontal, conforme apresentado na
figura abaixo.

O projétil levou um tempo igual a t para atingir o alcance horizontal máximo. Assim, a velocidade
de lançamento vale

𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
A) √𝑯
𝟎 +𝒅𝒙𝑴á𝒙

𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
B) √ 𝑯𝟎

𝒈⋅𝒅𝒙𝑴á𝒙
C) √ 𝑯𝟎

𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
D) 𝑯𝟎

𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
E) 𝑯
𝟎 +𝒅𝒙𝑴á𝒙

Note e Adote
Considere a aceleração da gravidade igual a g e desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência
que possa ser causada pelo ar.

44. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A terra leva 24h para completar uma
rotação completa ao redor de si mesma, configurando o tempo de um dia terrestre. O valor da
velocidade tangencial de um ponto sobre o equador terrestre e outro que se encontra em um local
de latitude de 30° estão mais próximos de, respectivamente,
Dados: RTerra=6400km; sen30°=cos60°=1/2; cos30°=sen60°=√3/2; π≈3,0.
A) 1600m/s e 800m/s.
B) 1600m/s e 385m/s.
C) 1600km/h e 385m/s.
D) 1600km/h e 1386m/s.
E) 1600km/h e 800km/h.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 127


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45. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um marinheiro observa uma sequência


de ondas periódicas no mar a partir de uma plataforma de embarque. Ao acompanhar uma das
cristas, ele percebe que a frente de onda se propaga formando um ângulo de 45° com a linha que
une as duas boias.
Quando o mar está calmo, as boias ficam espaçadas por 2 metros. Quando a crista observada atingiu
a segunda boia, 3 segundos depois de ter passado pela primeira, a crista subsequente estava a, pelo
menos, √2/3 m após a primeira boia. A partir dos dados fornecidos, a frequência associada a esse
grupo de ondas está mais próxima de
Dados: sen(45°) = cos(45°) = √2/2
a) 2/3 Hz
b) 1/2 Hz
c) √2/3 Hz
d) √2 Hz
e) 2 Hz

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 128


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Gabarito

1) E 2) B 3) A

4) C 5) D 6) D

7) A 8) C 9) D

10) C 11) B 12) A

13) E 14) A 15) E

16) B 17) B 18) C

19) A 20) D 21) D

22) A 23) D 24) D

25) A 26) A 27) E

28) E 29) D 30) C

31) D 32) D 33) E

34) E 35) D 36) C

37) C 38) B 39) D

40) C 41) C 42) C

43) A 44) C 45) B

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 129


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7) LISTA DE EXERCÍCIOS RESOLVIDA E COMENTADA


1. (UFSM) No gráfico, representam-se as posições ocupadas por um corpo que se desloca numa
trajetória retilínea, em função do tempo.

Pode-se, então, afirmar que o módulo da velocidade do corpo


a) aumenta no intervalo de 0s a 10s.
b) diminui no intervalo de 20s a 40s.
c) tem o mesmo valor em todos os diferentes intervalos de tempo.
d) é constante e diferente de zero no intervalo de 10s a 20s.
e) é maior no intervalo de 0s a 10s.
Comentários
Em um gráfico Posição X Tempo, retas crescentes ou decrescentes indicam um Movimento
Retilíneo e Uniforme, com velocidade constante. Retas horizontais, indicam um repouso. E parábolas,
caracterizam um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
De 0s a 10s, o móvel saiu da posição 0m, origem, e se deslocou com velocidade constante até a
posição 50m. Neste intervalo, a velocidade foi:
∆𝑆
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
∆𝑡
50 − 0 +50
𝑉0𝑠 𝑎 10𝑠 = = = +5 𝑚/𝑠
10 − 0 10
De 10s a 20s, o móvel permaneceu na mesma posição de 50m, configurando um repouso.
De 20s a 40s, o móvel saiu da posição 50m e se deslocou com velocidade constante até a posição
0m, origem do eixo das posições. Neste intervalo, a velocidade foi:
0 − 50 −50
𝑉20𝑠 𝑎 40𝑠 = = = −2,5 𝑚/𝑠
40 − 20 20
O sinal negativo indica que o móvel se movimentou no sentido oposto ao eixo de referências.
Em nenhum dos intervalos o móvel acelerou.
Assim, o valor da velocidade entre os instantes 0s e 10s é maior que nos outros intervalos.
Gabarito: “E”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 130


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2. (ESTRATEGIA VESTIBULARES 2020 - Prof. Henrique Goulart) Texto para a próxima questão.
“A estrutura mais alta da Escócia foi demolida neste domingo, em 7 segundos, com apenas duas
explosões. A chaminé da antiga estação de energia Inverkip, em Inverclyde, cidade próxima a
Glasgow, tinha 236 metros de altura, 1,4 milhão de tijolos e 20 mil toneladas de concreto. A
demolição marcou o fim de uma estação de energia que nunca funcionou plenamente (29/07/2013
10h07 - Por BBC Brasil).”
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2013/07/29/estrutura-mais-alta-da-
escocia-e-demolida-em-7-segundos.htm
Pode-se afirmar que, a partir das informações contidas no enunciado acima, a aceleração média de
queda do topo da chaminé foi de aproximadamente:
A) 6,7m/s²
B) 9,6m/s²
C) 67,4m/s²
D) 96,3m/s²
E) 4,8m/s²
Comentários
Dados: t=7s h=236m Vi=0 m/s
Com esses dados, o valor aproximado da aceleração de queda do topo da torre pode ser
calculado com a equação do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV).
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2
Ao se assumir um referencial na vertical e positivo para baixo, temos:
𝑎 ⋅ 72
236 = 0 ⋅ 7 +
2
2 ∙ 236 = 𝑎 ∙ 72
472
=𝑎
49
𝑎 = 9,63 𝑚/𝑠²
Gabarito: “B”

3. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um Boeing-737 consegue acelerar, a


partir do repouso, a uma taxa média de 25% de g durante a decolagem numa pista plana e retilínea.
É necessário que o avião atinja uma velocidade relativa com o ar de 288km/h para decolar com
sucesso e se elevar sobre a pista. Num dia sem vento, a menor distância percorrida pelo avião sobre
a pista até poder levantar voo está mais próxima de
(Considere g=10m/s²)
A) 1200m

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 131


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B) 1600m
C) 2600m
D) 460m
E) 115m
Comentários
A distância percorrida pela aeronave a partir do repouso pode ser obtida pela equação do MRUV
abaixo:
𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑
Dados: Vi=0m/s Vf=288km/h=80m/s a=0,25.g=2,5m/s²
802 = 0 + 2 ∙ 2,5 ⋅ 𝑑
6400 = 5 ⋅ 𝑑
𝑑 = 1280 𝑚
Gabarito: “A”.

4. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma esfera é abandonada de uma altura


de 90 metros. Ao se assumir que g=10m/s² e se desprezar qualquer tipo de efeito ou resistência do
ar durante a queda, a alternativa que apresenta corretamente a razão do deslocamento vertical
durante o primeiro segundo de queda e durante o terceiro segundo de queda é a
A) 1
B) 1/3
C) 1/5
D) 1/7
E) 1/9
Comentários
Como a esfera está em Movimento de Queda Livre, sua queda se dá com aceleração constante,
como num Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
Assim, podemos utilizar a seguinte equação para os deslocamentos:
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑑 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2
Dados: Vi=0m/s a=g=10m/s
Após 1s de queda, a esfera se desloca:
10 ⋅ 1²
𝑑(1) = 0 + = 5𝑚
2
Após 2s de queda, a esfera se desloca:
10 ⋅ 2²
𝑑(2) = 0 + = 20 𝑚
2

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 132


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Após 3s de queda, a esfera se desloca:


10 ⋅ 3²
𝑑(3) = 0 + = 45 𝑚
2
Então, no primeiro segundo de queda, a esfera desceu 5 metros, apenas. Como após 2 segundos
de queda ela caiu 20 metros em relação à sua posição inicial, ela desceu 15 metros durante o segundo
segundo. E, finalmente, como ela caiu 45 metros após 3 segundos de queda, configurando um
deslocamento de 25 metros durante o terceiro segundo, podemos calcular a razão.
𝑑1 5 1
= =
𝑑3 25 5
Gabarito: “C”

5. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta as posições


de um móvel, que se desloca sobre uma trajetória retilínea, com o passar do tempo.

A partir das informações contidas no gráfico, pode-se afirmar que


A) o móvel acelera uniformemente até parar no instante 30s, quando começa a diminuir sua
velocidade.
B) o móvel sobe uma rampa até o topo, instante 30s, e começa a retornar ao solo.
C) o móvel tem velocidade nula no instante igual a 30s e, após 40s, acabou percorrendo uma
distância de 100m, deslocando-se 100m em relação à origem.
D) o móvel tem velocidade nula no instante igual a 30s e, após 40s, acabou percorrendo uma
distância igual ao dobro do módulo do deslocamento.
E) o móvel tem velocidade nula nos instantes inicial e final.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 133


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Comentários
O móvel sai da posição zero, origem do sistema de coordenadas, avança 150m no sentido positivo,
e para de avançar no instante 30s. Depois, move-se 50 metros no sentido negativo, entre 30s e 40s.
Assim, a distância percorrida é igual a 200m (avançou 150m e voltou 50m), enquanto o
deslocamento vale somente 100m (posição final, 100m, menos a posição inicial, 0m).
Gabarito: “D”

6. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um simulador de gravidade artificial


pode ser implantado em naves espaciais para longas viagens pelo sistema solar. Este protótipo
consiste em um rotor, com 16m de diâmetro, onde o astronauta fica em pé e pisa na borda pelo
lado de dentro, com sua cabeça apontando para o centro de rotação.
A frequência de rotação desse protótipo para submeter os astronautas a uma aceleração igual a
igual g, que vale 10m/s², está mais próxima de
𝟓
A) 𝒇 = 𝝅𝟐 𝑯𝒛
𝟏𝟎
B) 𝒇 = 𝟑𝟐⋅𝝅𝟐 𝑯𝒛
𝟓
C) 𝒇 = 𝟑𝟐⋅𝝅𝟐 𝑯𝒛

√𝟓
D) 𝒇 = 𝟒⋅𝝅 𝑯𝒛
𝟓
E) 𝒇 = 𝟏𝟔⋅𝝅𝟐 𝑯𝒛

Comentários
A frequência de rotação pode ser obtida a partir das relações do Movimento Circular Uniforme:
𝑉2
𝑎𝑀𝐶𝑈 =
𝑅
𝑉2
𝑔=
𝑅
A velocidade linear vale:
2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉𝑀𝐶𝑈 = =2⋅𝜋⋅𝑅⋅𝑓
𝑇
Então,
(2 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 ⋅ 𝑓)2
𝑔=
𝑅
𝑔 = 4 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 ⋅ 𝑓2
2
𝑔
𝑓2 =
4 ⋅ 𝜋2 ⋅ 𝑅
Dados: R=8m g=10m/s²
10 5
𝑓2 = =
4 ⋅ 𝜋 2 ⋅ 8 16 ⋅ 𝜋 2

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 134


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√5
𝑓= 𝐻𝑧 = 0,18 𝐻𝑧
4⋅𝜋
Gabarito: “D”

7. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um milho de pipoca estoura e ejeta


verticalmente na panela atingindo uma altura de 45cm em relação ao fundo da panela. Suponha os
efeitos do ar desprezíveis e que o g do local vale 10m/s². Pode-se afirmar que a pipoca saltou com
uma velocidade inicial de
A) 3m/s.
B) 6m/s.
C) 9m/s.
D) 12m/s.
E) 0,9m/s.
Comentários
Como os efeitos do ar foram desprezados, então o movimento é o de Queda Livre, que é um
exemplo de Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV).
O valor da velocidade inicial pode ser obtido a partir da equação abaixo:
2 2
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 +2⋅𝑎⋅𝑑
Dados: Referencial positivo para cima. Vfinal=0m/s a=g=10m/s² d=45cm=0,45m
2 2
0 = 𝑉𝑖 + 2 ⋅ (−10) ⋅ 0,45
02 = 𝑉𝑖2 − 9
𝑉𝑖2 = 9
𝑉𝑖 = 3 𝑚/𝑠
Gabarito: “A”

8. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um móvel se desloca sobre uma estrada


plana e retilínea com velocidade que varia conforme o gráfico abaixo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 135


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A velocidade média desenvolvida por este móvel durante seu último minuto vale
A) 1200m/s
B) 120m/s
C) 20m/s
D) 20,6m/s
E) 18,3m/s
Comentários
A Velocidade Média é definida como a razão do Deslocamento pelo respectivo Tempo total,
conforme apresentado na equação abaixo.
𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
O deslocamento total realizado pelo móvel em seu último minuto, do instante 20s até 80s, pode
ser obtido a partir do cálculo da área abaixo da curva do gráfico, identificada em azul na figura abaixo.

Esta figura pode ser dividida em figuras menores e calcular duas respectivas áreas.

Ao dividir em dois retângulos e um triângulo, ficamos:

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 136


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20 ⋅ 10
𝑑 = (40 ⋅ 15) + (20 ⋅ 25) + ( )
2
𝑑 = 600 + 500 + 100 = 1200 𝑚
Com o deslocamento de 1200m e o tempo de 1min=60s, podemos determinar a velocidade média:
1200
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 20 𝑚/𝑠
60
Gabarito: “C”

9. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma pessoa distraída com seu celular,
entra em um elevador que, subitamente, despenca em queda livre. A pessoa percebe que seus pés
perdem contato com a base do elevador ao mesmo tempo que seu celular perde contato com sua
mão.
O elevador caiu devido ao rompimento de um cabo. Porém, após 1 segundo de queda livre, o cabo
de segurança começa a atuar e freia o elevador, parando-o.
A partir de seus conhecimentos de Física, escolha a alternativa correta.
A) Durante a queda livre, o elevador adquire aceleração igual a g em relação à pessoa.
B) Durante a queda livre, todo o conjunto, pessoa, celular e elevador, caem com mesma aceleração,
semelhantemente à situação de imponderabilidade vivenciada por paraquedistas após abrirem seus
paraquedas e atingirem sua velocidade terminal.
C) Durante a queda livre, o celular adquire aceleração igual a g, mas para cima em relação ao piso
do elevador.
D) Durante a queda livre, todo o conjunto, pessoa, celular e elevador, caem com mesma aceleração,
semelhantemente à situação de imponderabilidade vivenciada por astronautas em órbita.
E) Durante a queda livre, a pessoa fica submetida a uma aceleração igual a g em relação ao elevador
e em relação ao celular.
Comentários
O estado ou situação de imponderabilidade ocorre com astronautas quando eles e a nave
estiverem submetidos à mesma aceleração.
No caso do enunciado, quando o cabo de sustentação do elevador se rompe, tanto ele quanto a
pessoa e o celular ficam submetidos à aceleração de queda livre, que é igual para todos, configurando a
condição de imponderabilidade.
Queda Livre é um movimento somente sob a ação da gravidade, onde quaisquer outros efeitos ou
influências podem ser desprezados. Todos os corpos em Queda Livre experimentam idênticas acelerações
quando estão em um mesmo local.
Paraquedistas não caem em Queda Livre, pois não se pode desprezar os efeitos do ar durante deu
movimento de queda. Ou seja, a “Queda Livre” dos paraquedistas não é a Queda Livre da Física.
Gabarito: “D”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 137


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10. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Lucas Costa) A pandemia de coronavírus trouxe a


necessidade de isolamento social e fechou inúmeras fronteiras. Com isso, um dos setores mais
afetados foi o do turismo. E esse cenário pode trazer uma mudança no comportamento dos
consumidores pós-pandemia. Segundo especialistas, as viagens nacionais e de carro devem voltar
ao radar.
valorinveste.globo.com/objetivo/organize-as-contas/noticia/2020/07/14/viagens-nacionais-e-de-
carro-voltam-ao-radar-com-pandemia-afirmam-especialistas.ghtml
As viagens de carro devem voltar ao radar no pós-pandemia. Hoje, podemos exaltar que um dos
trechos mais utilizados é o trajeto entre a cidade do Rio de Janeiro e a de São Paulo. Caso mantida
a velocidade constante de 80 km/h, o tempo total gasto nesse trajeto é de 5 horas e 42 minutos.
Nesse cenário, o volume de gasolina necessário para o trajeto será próximo de
Dados: Consumo de Gasolina: 12 km/l.
A) 12 l
B) 24 l
C) 38 l
D) 29 l
E) 46 l
Comentários
Inicialmente, devemos encontrar a distância entre RJ e SP. Para isso, temos:
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒: 80 𝑘𝑚/ℎ
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜: 5ℎ 42𝑚𝑖𝑛
Da expressão da velocidade, temos:
Δ𝑆
𝑣=
Δ𝑡
Δ𝑆 = 𝑣 ⋅ Δ𝑡
Entretanto, antes de substituirmos na fórmula, devemos converter o tempo para horas:
5ℎ42𝑚𝑖𝑛
42
5ℎ + ℎ
60
50 7 57
ℎ+ ℎ= ℎ = 5,7ℎ
10 10 10
Assim, podemos aplicar a fórmula:
𝑘𝑚
Δ𝑆 = 80 𝑥 5,7ℎ

Δ𝑆 = 456 𝑘𝑚
Agora que temos a distância, podemos saber quantos litros de gasolina foram necessários,
aplicando a razão dada:
𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑘𝑚
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 = = 12
𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 𝐿

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 138


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456
12 =
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
456
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = = 38 𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
12
Gabarito: “C”

11. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um músico segura uma caixa de som
que emite um ruído sonoro de frequência igual a 440Hz. Ao lançar a caixa verticalmente para cima
com velocidade inicial de 10 m/s, pode-se afirmar que
(Despreze qualquer tipo de efeito ou resistência causado pelo ar e assuma g=10 m/s²).
a) após 1,5s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência menor que 440Hz.
b) após 1,5s do lançamento, a caixa estará descendo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência maior que 440Hz.
c) após 1,5s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 5m/s e o músico ouvirá um
som de frequência maior que 440Hz.
d) após 1,0s do lançamento, a caixa estará subindo com velocidade de 10m/s e o músico ouvirá um
som de frequência menor que 440Hz.
Comentários:
Lançamentos verticais, próximos à superfície da Terra e ao se desprezar qualquer tipo de efeito ou
resistência do ar, nada mais são que Movimentos Retilíneos Uniformemente Variados (MRUV).
Com a velocidade inicial de lançamento e a aceleração podemos facilmente determinar a
velocidade da caixa de som após qualquer intervalo de tempo com a Equação Horária da Velocidade para
o MRUV:
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝑎 ⋅ 𝑡
Dados: Vi=10m/s a=g=10m/s² t=1,5s
Para aplicar qualquer equação do MRUV, precisamos de um sistema de referência.
Ao se assumir um referencial na vertical e positivo para cima (toda grandeza que aponta a favor
do referencial adotado entra na equação com sinal positivo, assim como toda grandeza que apontar
contrariamente ao referencial escolhido fica negativa), temos:
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = (+10) + (−10) ⋅ 1,5
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 = −5𝑚/𝑠
Este resultado significa que, passados 1,5s do lançamento, a caixa estará se movendo a 5m/s para
baixo, se aproximando do músico. Portanto, a frequência do sinal sonoro percebido pelo músico será
maior que os 440Hz emitida pela caixa de som, devido ao Efeito Dopler.
Gabarito: “B”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 139


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12. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Devido às más condições do tempo, um


avião de 46ton precisou esperar a liberação da pista para pouso. Até a liberação, a aeronave com
seus 80 passageiros ficou voando horizontalmente mantendo um valor de velocidade linear em
relação ao solo de 324km/h enquanto voou em círculos durante cerca de 20 minutos. A trajetória
circular teve raio de 1,8km.
Enquanto voava em círculos, o tempo que o avião levava para passar sucessivamente sobre um
mesmo ponto fixo era de, aproximadamente
a) 2 min
b) 40π min
c) π/45 min
d) 16 min
e) 11 min
Comentários
O tempo entre duas passagens sucessivas sobre um mesmo ponto fixo de referência é igual ao
Período do movimento.
Como o avião voa em círculos e com valor de velocidade constante, podemos concluir que a
aeronave tem um Movimento Circular Uniforme.
O Período pode ser calculado a partir da relação abaixo:
2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉=
𝑇
Dados: V=324km/h=90m/s R=1,8km=1800m
2 ⋅ 𝜋 ⋅ 1800
90 =
𝑇
2 ⋅ 𝜋 ⋅ 1800
𝑇= = 40 ⋅ 𝜋 𝑠
90
40 ⋅ 𝜋 2 ⋅ 𝜋
𝑇= = ≈ 2 𝑚𝑖𝑛
60 3
Gabarito: “A”.

13. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Carros de Fórmula 1 conseguem atingir,


a partir do repouso, uma velocidade de 100km/h em apenas 2,5 segundos. A aceleração média
desenvolvida por estes veículos vale
A) 40m/s²
B) 4m/s²
C) 10m/s²
D) 250m/s
E) 40km/h/s

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 140


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Comentários
A aceleração média pode ser obtida pela equação abaixo:
∆𝑉
𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 =
∆𝑡
Dados: ∆V=Vfinal-Vinicial=100-0=100km/h ∆t=2,5s
100 𝑘𝑚
𝑎𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = = 40 /𝑠
2,5 ℎ
Gabarito: “E”.

14. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um corpo em movimento circular


uniforme leva 2min para completar uma volta completa em uma trajetória de 40m de diâmetro.
Pode-se afirmar que este corpo se move com uma velocidade linear de módulo igual a
A) 𝟐𝟎𝝅 𝒎/𝒎𝒊𝒏
B) 𝟐𝟎𝝅 𝒎/𝒔
C) 𝟒𝟎𝝅 𝒎/𝒎𝒊𝒏
D) 𝟒𝟎𝝅 𝒎/𝒔
E) 𝟐𝟎 𝒎/𝒎𝒊𝒏
Comentários
Como o corpo realiza uma volta em um período de 2min em uma trajetória de raio igual a 20m,
que é metade do diâmetro, então o valor da velocidade linear pode ser obtido pela seguinte equação:
2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉=
𝑇
2 ⋅ 𝜋 ⋅ 20
𝑉=
2
𝑉 = 20𝜋 𝑚/𝑚𝑖𝑛
Gabarito: “A”

15. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois corpos, 1 e 2, com pesos iguais a
10N e 20N, respectivamente, foram abandonados simultaneamente de mesma altura, próximos à
superfície da Terra, e caíram em queda livre.
Sobre o movimento de queda dos corpos, podemos afirmar que
A) o corpo 2 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é mais pesado, tem movimento de
queda característico do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, na vertical, com maior
velocidade que o corpo 1.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 141


CURSO INTENSIVO 2024

B) o corpo 1 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é menos pesado, tem movimento
de queda característico do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, na vertical, com maior
velocidade que o corpo 2.
C) o corpo 2 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é mais pesado, tem movimento de
queda característico do Movimento Retilíneo Uniforme, na vertical, com maior velocidade que o
corpo 1.
D) o corpo 1 levou menos tempo para chegar ao solo, pois, como é menos pesado, tem movimento
de queda característico do Movimento Retilíneo Uniforme, na vertical, com maior velocidade que o
corpo 2.
E) ambos corpos levaram o mesmo tempo para atingir o solo, pois qualquer corpo em queda livre
tem, na vertical, um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, caindo com aceleração
constante.
Comentários
A Queda Livre, na Física, significa uma queda somente sob a ação da gravidade, sem qualquer tipo
de efeito ou resistência que possa ser causado pelo ar.
Nestas condições, corpos em Movimento de Queda Livre, caem com aceleração constante,
configurando, verticalmente, um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
Portanto, dois corpos, abandonados de uma mesma altura, próximos à superfície da Terra e se
desprezando qualquer tipo de efeito ou resistência do ar, independentemente de suas massas, formatos
ou tamanhos, levarão o mesmo tempo para atingir o solo
Gabarito: “E”

16. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta os dados de
um corpo que se move numa trajetória retilínea.

A partir das informações contidas no gráfico, podemos afirmar que

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 142


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A) no instante t1, o móvel está em MRU, com posição, velocidade e aceleração positivas. Em t 2, o
móvel está em MRUV, com posição e velocidade positivas e aceleração nula. E em t3, o móvel está
em MRU, com posição e velocidade positivas, mas com aceleração negativa.
B) no instante t1, o móvel está em MRUV, com posição, velocidade e aceleração positivas. Em t 2, o
móvel está em MRU, com posição e velocidade positivas e aceleração nula. E em t3, o móvel está
em MRUV, com posição e velocidade positivas, mas com aceleração negativa.
C) no instante t1, o móvel está em MRU, com posição e velocidade positivas e aceleração negativa.
Em t2, o móvel está em MRUV, com posição e velocidade positivas e aceleração positiva. E em t3, o
móvel está em MRU, com posição positiva e velocidade e aceleração negativas.
D) no instante t1, o móvel está em MRUV, com posição, velocidade e aceleração positivas. Em t 2, o
móvel está em MRU, com posição, velocidade e aceleração positivas. E em t 3, o móvel está em
MRUV, com posição positiva e velocidade e aceleração negativas.
E) no instante t1, o móvel está em MRUV, com posição e velocidade positivas e aceleração negativa.
Em t2, o móvel está em MRU, com posição e velocidade positivas e aceleração positiva. E em t 3, o
móvel está em MRUV, com posição positiva e velocidade e aceleração negativas.
Comentários
Como o móvel está sempre marcando valores positivos para as posições, curva sempre acima da
origem do eixo “S”, então em todos os três instantes indicados as posições do móvel são positivas.
No primeiro arco de parábola, o móvel avança no sentido positivo do referencial “S”, em
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, aumentando sua velocidade uniformemente no sentido
positivo tendo, portanto, aceleração também positiva.
Na reta, o móvel continua avançando para posições positivas cada vez maiores, em Movimento
Retilíneo Uniforme, pois a reta, com inclinação constante, indica que o móvel avança posições à mesma
taxa, com velocidade constante, positiva e, portanto, com aceleração nula.
No segundo arco de parábola, o móvel continua se movendo para posições maiores, em MRUV,
porém, com velocidade positiva cada vez menor, configurando uma aceleração negativa.
Então, no instante t1, o móvel está avançando no sentido positivo do eixo “S” das posições, com
velocidade e aceleração também positiva.
No instante t2, o móvel está avançando no sentido positivo do eixo “S” das posições, com
velocidade positiva e aceleração nula.
E, no instante t3, o móvel está avançando no sentido positivo do eixo “S” das posições, com
velocidade positiva, porém com aceleração negativa.
A resposta deste exercício também pode ser avaliada ao se fazer a seguinte interpretação em um
gráfico de Posições “S” por tempo “t”:
- O móvel tem posições positivas ao estar além da origem e para o lado positivo, crescente, do
eixo das posições.
- Se a curva for uma reta crescente ou decrescente, o móvel está em MRU. Se for uma reta
horizontal, o móvel está em repouso. E, se for uma parábola, o móvel está em MRUV.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 143


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- A Velocidade do móvel é positiva quando a inclinação da reta tangente ao gráfico em


determinado instante for positiva (curva ascendente). A Velocidade do móvel é negativa quando a
inclinação da reta tangente ao gráfico em determinado instante for negativa (curva descendente).
- A Aceleração do móvel é nula se o gráfico for uma reta. A aceleração é positiva, num caso de
curva parabólica, se a concavidade estiver voltada para o sentido positivo (“U”). A aceleração é negativa,
num caso de curva parabólica, se a concavidade estiver voltada para o sentido negativo (“Ո”).
Gabarito: “B”.

17. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um corpo é lançado obliquamente em


relação ao plano horizontal, próximo à superfície da Terra. Ao se desprezar qualquer tipo de
influência ou impedimento que possa ser causado pelo ar, no ponto de máxima altura atingida, é
correto afirmar que
A) a velocidade é nula e a aceleração não nula.
B) a velocidade e a aceleração são não nulas.
C) a aceleração é nula e a velocidade não nula.
D) a velocidade e a aceleração são nulas.
Comentários
Quando um corpo é lançado obliquamente ao solo, próximo à superfície da Terra e se desprezando
qualquer tipo efeito ou resistência por parte do ar, então a única ação sobre ele é a da gravidade, que o
acelera verticalmente para baixo, seja na subida, na altura máxima, ou na descida. A gravidade é sempre
atuante durante todo o movimento.
Assim, a componente vertical da velocidade reduz, durante a subida, zera no ponto de altura
máxima e aumenta para baixo durante a descida.
A componente horizontal da velocidade não sofre qualquer alteração, assumindo sempre o
mesmo valor durante a subida, na altura máxima e durante a descida.
Portanto, no ponto mais alto da trajetória, na altura máxima, o corpo se move com velocidade
horizontalmente e está acelerando verticalmente para baixo, configurando velocidade e aceleração NÃO
nulas.
Gabarito: “B”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 144


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18. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo apresenta informações
sobre o movimento retilíneo de um corpo.

O valor da velocidade média e da aceleração desse corpo após 10s valem, respectivamente,
a) 50m/s e 0m/s².
b) 20m/s e 10m/s².
c) 5m/s e 0m/s².
d) 10m/s e 25m/s².
e) 500m/s e 250m/s².
Comentários
A velocidade média pode ser obtida pela razão do deslocamento pelo respectivo intervalo de tempo.
∆𝑆 50 − 0 50
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = = = 5 𝑚/𝑠
∆𝑡 10 − 0 10
A aceleração pode ser obtida pela razão da variação da velocidade pelo respectivo intervalo de
tempo.
Neste caso, como o corpo se moveu sempre com a mesma velocidade, a aceleração foi nula.
∆𝑉 5−5
𝑎= = = 0 𝑚/²
∆𝑡 10 − 0
Gabarito: “C”

19. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um corpo é lançado obliquamente em


relação ao solo. Desconsidere qualquer tipo de efeito que possa ser causado pelo ar. É correto
afirmar que
a) após o lançamento, no ponto mais alto da trajetória e antes de atingir o solo, o corpo ficou sujeito
somente a uma força vertical, de natureza gravitacional.
b) somente no ponto de máxima altura o corpo ficou submetido a uma resultante de forças nula.
c) após o lançamento, no ponto mais alto da trajetória e antes de atingir o solo, o corpo ficou sujeito
somente a uma força vertical, de natureza nuclear.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 145


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d) no ponto de altura máxima ocorre uma inversão de sentido da resultante das forças sobre o
corpo.
e) após o lançamento, no ponto mais alto da trajetória e antes de atingir o solo, o corpo ficou sujeito
somente a uma força vertical, de natureza eletromagnética.
Comentários
Um corpo lançado obliquamente em relação ao solo assume uma trajetória parabólica, somente
sob a ação da força gravitacional, pois o ar foi desprezado.
Assim, durante a subida, no ponto de altura máxima e durante a descida, a resultante das forças
é igual à única força exercida permanentemente sobre o corpo: a força Peso, de natureza gravitacional,
que puxa o corpo sempre verticalmente para baixo.
Em nenhum instante a resultante das forças sobre o corpo é nula, nem ocorre inversão de sentido
da resultante das forças sobre o corpo.
Gabarito: “A”

20. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael
Collins partiram da Lua há 50 anos atrás, mas um dos experimentos que eles deixaram para trás
continua retornando novos dados até hoje: os retrorrefletores. Junto com os astronautas da Apollo
11, os da Apollo 14 e 15 também deixaram mais desses “espelhos” na superfície lunar.
https://rocketsciencebrasil.com/2020/02/20/o-experimento-da-apollo-11-que-continua-
funcionando/
Sabendo-se que a luz se propaga a uma velocidade de 300000km/s e que a distância que separa a
Terra e a Lua é cerca de 400000km, o tempo que um feixe de laser emitido daqui da Terra leva para
ser refletido na Lua e voltar vale
a) cerca de um segundo.
b) cerca de dois segundos.
c) igual a 4/3 de segundo.
d) pouco menos de três segundos.
e) pouco mais de três segundos.
Comentários
A relação entre velocidade, distância e tempo é dada pela equação abaixo:
𝑑 =𝑣⋅𝑡
A distância percorrida pelo laser para ir e voltar é igual ao dobro da distância Terra-Lua, 2x400000
= 800000km.
Além disso, a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas vale 300000km/s.
Assim, podemos calcular o tempo que levou um feixe de laser para sair e retornar à Terra, sendo
refletido na superfície da Lua:

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 146


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800000 = 300000 ⋅ 𝑡
800000 8
𝑡= = ≅ 2,7 𝑠
300000 3
O tempo de 2,7s é um pouco menos de três segundos.
Gabarito: “D”

21. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Sabendo-se que uma partícula se move
em linha reta com movimento tal que seus valores de velocidade assumem, a cada segundo, uma
sequência de valores que respeita uma progressão matemática bastante conhecida.
Escolha a alternativa correta.
a) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), onde os valores de
velocidade seguem uma progressão geométrica, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a
aceleração como razão desta progressão.
b) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), onde os valores de
velocidade seguem uma progressão aritmética, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a aceleração
como razão desta progressão.
c) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), onde os valores de deslocamento
seguem uma progressão geométrica, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a velocidade como
razão desta progressão.
d) esse movimento é o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), onde os valores de deslocamento
seguem uma progressão aritmética, em cada intervalo fixo de tempo, tendo a aceleração como
razão desta progressão.
Comentários
Uma Progressão Aritmética se caracteriza por uma sequência de valores onde cada termo é igual
ao seu antecessor somado com um valor fixo, chamado de razão.
O MRUV é um movimento que se caracteriza por ter Aceleração constante. Assim, os valores de
Velocidade variam constantemente à mesma taxa, à mesma razão aritmética, em cada intervalo fixo de
tempo, em Progressão Aritmética.
Portanto, no MRUV, os valores de velocidade seguem uma Progressão Aritmética, onde a
aceleração é a razão na qual esses valores aumentam em cada intervalo fixo de tempo.
Gabarito: “B”

22. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A Ponte Presidente Costa e Silva,


popularmente conhecida por Ponte Rio-Niterói justamente por ligar estes dois municípios por cima
da Baía de Guanabara, tem o comprimento total de 13290m e altura máxima de 72m acima no nível
da água.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 147


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A razão entre o valor da rapidez média de um automóvel que a percorreu totalmente em 36 minutos
e o valor da velocidade que um corpo abandonado do ponto mais alto da ponte atinge a superfície
da água em queda livre com g=10m/s² vale, aproximadamente

a) 𝟎, 𝟎𝟓 ⋅ √𝟏𝟎

b) 𝟏𝟐 ⋅ √𝟏𝟎

c) 𝟔 ⋅ √𝟏𝟎
d) 𝟎, 𝟐𝟓
Comentários
Para calcular a Rapidez Média que o veículo desenvolveu, podemos utilizar a relação abaixo:
𝑑
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡
Dados: d=13290m t=36min
13290
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 369,17 𝑚/𝑚𝑖𝑛 = 6,15 𝑚/𝑠 = 22,15 𝑘𝑚/ℎ
36
Para o cálculo do valor da velocidade final de queda de um corpo abandonado no ponto mais alto
da ponte, aplicamos uma das equações do MRUV, pois o Movimento de Queda Livre é um exemplo de
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.
𝑉𝑓2 = 𝑉𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑
Dados: Vi=0m/s a=g=10m/s d=72m
(Assumindo um referencial positivo verticalmente para cima.)
𝑉𝑓2 = 02 + 2 ⋅ 10 ⋅ 72
𝑉𝑓2 = 1440
𝑉𝑓 = 12 ⋅ √10 𝑚/𝑠
Assim, a razão fica:
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 6,15 0,51 0,51 ⋅ √10
= = = = 0,051 ⋅ √10
𝑉𝑓 12 ⋅ √10 √10 10
Gabarito: “A”

23. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma pequena esfera é lançada


verticalmente para cima com uma velocidade igual a 72km/h. O tempo que ela levou para atingir
sua altura máxima vale
Dados: g=10m/s² e desconsidere os efeitos do ar sobre a esfera.
A) 1s
B) 4s
C) 3s
D) 2s

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 148


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Comentários
Ao se desconsiderar qualquer efeito que possa ser causado pelo ar, o movimento que a pequena
esfera adquire ao subir é o de um MRUV, submetida a uma aceleração constante igual a g=10m/s² para
baixo.
Com uma velocidade inicial igual a 72km/s=20m/s, a esfera fica com velocidade nula ao atingir a
altura máxima. Assim, podemos calcular o tempo de subida a partir da equação abaixo:
𝑉𝑓 = 𝑉𝑖 + 𝑎 ⋅ 𝑡
0 = 20 + (−10) ⋅ 𝑡
20
𝑡= =2𝑠
10
Gabarito: “D”

24. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois automóveis estão viajando em


orientações opostas com velocidades de módulos iguais a 80km/h e 25m/s em relação à estrada,
que é plana, reta e horizontal. A velocidade relativa entre eles vale
a) 50km/h
b) 80km/h
c) 105km/h
d) 170km/h.
e) 190km/h
Comentários
Como os dois veículos viajam em sentidos opostos, a velocidade relativa entre eles será igual à
soma dos valores de suas velocidades individuais.
Como 25m/s se equivale a 90km/h, temos:
𝑉𝑅𝑒𝑙 = 80 + 90 = 170𝑘𝑚/ℎ
Gabarito: “D”

25. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A equação horária da posição de um


móvel que se move numa trajetória retilínea em relação a um sistema de referência “x” é dada pela
seguinte equação, que está no SI:
𝒙(𝒕) = 𝟓 − 𝟓 ⋅ 𝒕𝟐
A velocidade inicial e o tempo que o móvel levou para passar pela origem do sistema de referência
valem, respectivamente
a) 0 m/s e 1 s.
b) 5 m/s e 1 s.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 149


CURSO INTENSIVO 2024

c) 10 m/s e 2 s
d) 2,5 m/s e 5 s
e) O móvel não passará pela origem.
Comentários
A equação horária da posição de um móvel em MRUV é:
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑥(𝑡) = 𝑥0 + 𝑉𝑜 ⋅ 𝑡 +
2
Ao se comparar com a equação dada, temos que
𝑥0 = +5𝑚
𝑉0 = 0𝑚/𝑠
𝑎 = −10𝑚/𝑠 2
Para encontrar o tempo até origem, substituímos x(t)=0 e resolvemos t.
0 = 5 − 5 ⋅ 𝑡2
𝑡 = 1𝑠
Gabarito: “A”

26. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O gráfico abaixo representa a


velocidade de uma partícula que se move em linha reta no decorrer do tempo.

Levando em consideração que a partícula partiu do repouso no instante 𝒕𝟎 = 𝟎 𝒔 e posição 𝒙𝟎 =


𝟎 𝒄𝒎, assinale a alternativa que apresenta, de forma aproximada, a posição final 𝒙𝒇 da mesma,
após 𝟏𝟓 𝒔.
a) 𝒙𝒇 = 𝟒𝟑 𝒄𝒎.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 150


CURSO INTENSIVO 2024

b) 𝒙𝒇 = 𝟖𝟑 𝒄𝒎.

c) 𝒙𝒇 = 𝟓𝟎 𝒄𝒎.
d) 𝒙𝒇 = 𝟏𝟓 𝒄𝒎.

e) 𝒙𝒇 = 𝟖𝟔 𝒄𝒎.
Comentários
Em gráficos que relacionam a velocidade de um móvel e o tempo decorrido, sabemos que a área
entre a curva e o eixo do tempo é numericamente igual ao deslocamento do móvel. Lembre-se que a
velocidade negativa indica que a partícula se move em mesma direção, porém no sentido contrário, logo,
devemos ficar atentos com o sinal do deslocamento em áreas de regiões do gráfico onde 𝑣 < 0 𝑐𝑚/𝑠.
Podemos calcular a área total do gráfico dividindo em regiões, por exemplo:
Região 1 (trapézio): 𝑡 = 0 𝑠 até 𝑡 = 9 𝑠
Região 2 (trapézio): 𝑡 = 9 𝑠 até 𝑡 = 14 𝑠
Região 3 (triângulo): 𝑡 = 14 𝑠 até 𝑡 = 15 𝑠
Calculando região 1:
(2,5 + 9) ⋅ 10
𝐴𝑡=0 𝑎 𝑡=9 = = 57,5
2
Calculando região 2:
(5 + 3) ⋅ (−5)
𝐴𝑡=9 𝑎 𝑡=14 = = −20
2
Calculando região 3:
1 ⋅ 10
𝐴𝑡=14 𝑎 𝑡=15 = =5
2
Calculando área total (somatório):
𝐴 = 57,5 − 20 + 5 = 42,5
Gabarito: “A”

27. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um pequeno avião tem velocidade


mínima de sustentação igual a 50 nós. Ao se aproximar de um aeroclube, ele entra em uma massa
de ar que se move a 55 nós em relação ao solo. Sabendo-se que 1 nó equivale a 1,85 quilômetro por
hora, pode-se afirmar que
a) um observador em uma torre de controle do aeroclube irá perceber o avião voando para frente
a 9,25km/h quando ele estiver a favor do vento.
b) o avião avança com velocidade de 92,5km/h em relação ao solo.
c) um observador em uma torre de controle do aeroclube irá perceber o avião voando para trás a
1,25km/h quando ele estiver contra o vento.
d) o avião avança com velocidade de 101,75km/h em relação ao solo.
e) um observador em uma torre de controle do aeroclube irá perceber o avião voando para trás a
9,25km/h quando ele estiver contra o vento.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 151


CURSO INTENSIVO 2024

Comentários
A velocidade de sustentação de um avião é a velocidade dele em relação ao ar.
Como ele avança a 50 nós contra um vento de 55 nós, então sua velocidade em relação ao solo
será de 5 nós para trás! Ou seja, para um observador em uma torre fixa, o avião estará se movendo no
sentido oposto ao seu voo em relação ao solo.
A velocidade de 5 nós se equivale a 9,25km/h, pois 1 nó é 1,85km/h.
Gabarito: “E”

28. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Em um jogo de futebol, um jogador chuta uma
bola que parte com uma velocidade 𝒗𝟎 em uma trajetória inclinada 𝟑𝟎° com a horizontal. Considere
o lugar do qual partiu a bola como a origem do referencial adotado, e o sentido para cima no eixo
vertical como positivo.
Ao desprezarmos a resistência do ar, assinale o gráfico que melhor representa a velocidade da bola
ao longo do eixo horizontal.

A)

B)

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 152


CURSO INTENSIVO 2024

C)

D)

E)
Comentários
A questão, nos pede o gráfico da velocidade horizontal pelo tempo. Como no eixo horizontal não
existe nenhuma força sobre a bola, uma vez que não existem forças dissipativas e que a gravidade atua
somente no eixo vertical, a velocidade no eixo horizontal será constante.
Portanto, a alternativa correta é a “D”.
Gabarito: “E”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 153


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29. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um corpo é lançado verticalmente para


cima da sacada de um prédio a 15m/s. Sabendo-se que o g no local pode ser considerado constante
e igual a 10m/s², que os efeitos do ar podem ser desprezados e que o corpo atingiu o solo, na base
do prédio, com velocidade de 45m/s, pode-se afirmar que o tempo que o corpo levou do lançamento
até atingir o solo foi de ____________ e a altura do lançamento, em relação à base do prédio, vale
_____________.
Assinale a alternativa que preenche as lacunas do parágrafo acima na ordem que aparecem.
A) 3s – 90m.
B) 3s – 30m.
C) 6s – 30m.
D) 6s – 90m.
E) 9s – 30m.
Comentários
O Movimento de Queda Livre descreve a queda de corpos somente sob ação da gravidade. Assim,
todos os corpos caem com aceleração constante, configurando um Movimento Retilíneo Uniformemente
Variado.
Para calcular o tempo total, do lançamento até chegar ao solo, na base do prédio, podemos utilizar
a equação abaixo, aplicada a partir de um sistema de referência com origem no lançamento e orientado
verticalmente para cima:
𝑣𝑓 = 𝑣𝑖 + 𝑎 ⋅ 𝑡
Dados: vf=-45m/s a=g=-10m/s² vi=+15m/s
−45 = +15 + (−10) ⋅ 𝑡
−60 = −10 ⋅ 𝑡
−60
=𝑡
−10
𝑡 = 6𝑠
Para calcular a altura do lançamento, podemos utilizar a seguinte equação:
𝑣𝑓2 = 𝑣𝑖2 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑
Dados: vf=-45m/s a=g=-10m/s² vi=+15m/s
2 2
(−45) = (+15) + 2 ⋅ (−10) ⋅ 𝑑
2025 = 225 − 20 ⋅ 𝑑
1800 = −20 ⋅ 𝑑
1800
=𝑑
−20
𝑑 = −90𝑚
Um deslocamento de -90m significa que o corpo se deslocou, em relação à posição inicial, 90
metros no sentido oposto ao referencial escolhido, que foi positivo para cima.
Portanto, a altura do lançamento foi de 90 metros em relação à base do prédio.
Gabarito: “D”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 154


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30. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um trem de alta velocidade precisa


fazer uma curva de raio igual a 640m submetendo seus passageiros a uma aceleração máxima de
0,1g. O maior valor do quadrado da velocidade que esse trem pode ter para cumprir estas exigências
e vencer a curva com segurança e conforto vale
A) 64g m/s
B) 64g m/s²
C) 64g m²/s²
D) 8g m/s
E) 8g m²/s²
Comentários
E um Movimento Circular Uniforme, a aceleração centrípeta e a velocidade linear estão
relacionadas pela seguinte equação:
𝑉2
𝑎𝑀𝐶𝑈 =
𝑅
Dados: a=0,1.g R=640m
𝑉2
0,1 ⋅ 𝑔 =
640
64 ⋅ 𝑔 = 𝑉 2
𝑉 2 = 64 ⋅ 𝑔 𝑚2 /𝑠 2
Gabarito: “C”

31. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma aeronave voando horizontalmente


com velocidade constante abandona uma carga contendo mantimentos.

Selecione a alternativa que apresenta corretamente a trajetória mais próxima da carga após ter sido
abandonada quando observada por uma pessoa em repouso no solo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 155


CURSO INTENSIVO 2024

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
Comentários
A partir de um observador em repouso no solo, a trajetória mais próxima da real é a indicada pelo
número 4, pois, ao ser abandonada, a caixa estava se movendo junto ao avião (para a direita da figura).
Assim a caixa irá cair verticalmente enquanto avança horizontalmente, traçando uma trajetória
curva.
Gabarito: “D”

32. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um motorista de aplicativo deseja ir de


um bairro a outro na cidade de São Paulo, de modo que a distância total a ser percorrida será de 20
km. Como meta para receber uma boa avaliação e manter seu perfil com cinco estrelas, ele deseja
percorrer esse trajeto com velocidade média de módulo igual a 50 km/h. Se durante os primeiros
30 minutos da viagem ele percorreu com rapidez média de 20km/h devido ao trânsito caótico, o
valor da velocidade média com a qual deverá fazer o percurso restante para cumprir a meta será de
a) 30 km/h
b) 60 km/h
c) 80 km/h.
d) Será impossível cumprir a meta.
e) 90 km/h
Comentários
Para cumprir os 20km com rapidez média de 50km/h, ele levará um tempo total de:
𝑑 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑑 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 20
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = = 0,4ℎ
𝑉𝑀é𝑑𝑖𝑎 50
Como ele percorreu os primeiros 10km com rapidez de 20km/h, podemos estimar o tempo para
esta primeira parte do percurso:
𝑑1
𝑉𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
1 𝑡1
𝑑1 10
𝑡1 = = = 0,5ℎ
𝑉𝑀é𝑑𝑖𝑎 20
1

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 156


CURSO INTENSIVO 2024

Como ele já levou 0,5h (30min) para percorrer uma parte (metade) do percurso que deveria levar
somente 0,4h (24min) no total, não há valor de velocidade que o faça cumprir sua meta.
Gabarito: “D”

33. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois móveis, A e B, partiram juntos e


moveram numa pista plana, reta e horizontal com velocidades que assumiram os valores registrados
no gráfico abaixo.

A partir desses dados, julgue as afirmações abaixo:


I – De zero a 6s os móveis A e B desenvolveram uma aceleração média de 2,3m/s² e 1,7m/s²,
respectivamente.
II – O móvel B parou de se deslocar após 6 segundos, enquanto o móvel A parou de se mover após
quase 7 segundos.
III – A distância percorrida pelos móveis A e B após pararem de acelerar foi de, aproximadamente,
45m e 60m, respectivamente.
São corretas:
A) Apenas I.
B) Apenas I e II.
C) Apenas II.
D) Apenas II e III.
E) Apenas I e III.
Comentários
I – CORRETA.
Para o cálculo da aceleração média de cada um dos móveis, aplicamos a definição abaixo:

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 157


CURSO INTENSIVO 2024

∆𝑉
𝑎𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
∆𝑡
Para o móvel A, temos:
(14 − 0) 14
𝑎𝐴 = = = 2,3 𝑚/𝑠²
(6 − 0) 6
Para o móvel B, temos:
(10 − 0) 10
𝑎𝐵 = = = 1,7 𝑚/𝑠²
(6 − 0) 6
II – INCORRETA.
Após 6 segundos, o veículo B parou de acelerar, mantendo, a partir deste instante, uma velocidade
de 10m/s. O mesmo ocorre com o móvel A, passando a se mover com velocidade constante após cerca
de 7s.
III – CORRETA.
A distância percorrida pode ser estimada a partir do cálculo da área que o gráfico da Velocidade
faz com o eixo do Tempo, pois esta área é igual ao Deslocamento do móvel.
Assim, como o móvel A para de acelerar cerca de 6,8 segundos, temos a área de um retângulo de
base igual a 3,2s e altura de 14,2m/s.
𝑑𝐴 = 3,2 ⋅ 14,2 = 45,4 𝑚
Como o móvel B para de acelerar após 6s, teremos, também, um retângulo de base igual a 6s (de
6 até 12) e altura de 10m/s.
𝑑𝐵 = 6,0 ⋅ 10,0 = 60,0 𝑚
Gabarito: “E”

34. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um garoto lança uma pequena bola
verticalmente para cima enquanto caminha horizontalmente com velocidade constante,
permanecendo assim durante toda trajetória da bolinha, conforme situação apresentada na figura
abaixo.

Desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência que possa ser causado pelo ar e julgue as
afirmativas abaixo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 158


CURSO INTENSIVO 2024

I – Após ter saído da mão do garoto, a bolinha tem trajetória parabólica, submetida somente à força
gravitacional, tendo aceleração constante.
II – No ponto mais alto da trajetória, a velocidade da bolinha é nula em relação ao menino.
III – Na horizontal, a bolinha se move em MRU, enquanto que, na vertical o movimento é um MRUV,
em relação ao solo.
São corretas.
A) Nenhuma.
B) Somente a I e a II.
C) Somente a II.
D) Somente a I e a III.
E) Todas.
Comentários
I – CORRETA.
Ao sair da mão do menino, a única ação sobre a bolinha é a da gravidade, que impõe uma força
constante sobre a bolinha, acelerando-a constantemente e variando sua velocidade sempre à mesma
taxa, configurando uma trajetória parabólica.
II – CORRETA.
A componente horizontal da velocidade da bolinha é igual à velocidade do menino. Assim,
horizontalmente, ambos avançam juntos. Quando a bolinha chega no ponto mais alto da sua trajetória,
sua componente vertical da velocidade é nula, resultando num movimento unicamente horizontal.
III – CORRETA.
Ao desconsiderar os efeitos do ar, horizontalmente, a bolinha se move com velocidade constante,
avançando num Movimento Retilíneo Uniforme. Na vertical, a bolinha está sob a ação da gravidade, que
impõe uma aceleração vertical constante, que varia sua velocidade constantemente, configurando um
Movimento Retilíneo Uniformemente Variado de Queda Livre.
Gabarito: “E”

35. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um praticante de corrida completa um


percurso de 5km em 15min. Nesse mesmo ritmo, ele completaria um percurso de uma maratona de
42km em
A) 14h.
B) 14min.
C) 3h e 15min.
D) 2h e 6min.
E) 2h e 1min.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 159


CURSO INTENSIVO 2024

Comentários
Ao percorrer 5km em 15min, podemos calcular sua rapidez média:
𝑑
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡
5 1
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 𝑘𝑚/𝑚𝑖𝑛
15 3
Para d=42km, temos que
42
1/3 =
𝑡
42
𝑡= = 3 ⋅ 42 = 126𝑚𝑖𝑛 = 2,1ℎ = 2ℎ 𝑒 6𝑚𝑖𝑛
1/3
Gabarito: “D”

36. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um automóvel, com 2000kg, se desloca


numa estrada retilínea, plana e horizontal com velocidade de 90km/h. Repentinamente, o condutor
avista um obstáculo à frente, uma vaca parada na pista, e leva 1,5 segundo para acionar os freios e
iniciar a frenagem. O veículo reduz sua velocidade uniformemente e consegue parar antes de colidir
com o obstáculo. Despreze qualquer tipo de efeito que possa ser causado pelo ar.

Durante o tempo de reação, intervalo entre o instante da percepção até o início da frenagem, o
veículo percorreu uma distância igual a
a) 135,0m
b) 13,5m
c) 37,5m
d) 25,0m
Comentários
Durante o tempo de reação o veículo se moveu com velocidade constante, em M.R.U.
Assim, podemos utilizar a relação abaixo:
𝑑 =𝑣⋅𝑡
Dados: v=90km/h=25m/s t=1,5s

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 160


CURSO INTENSIVO 2024

𝑑𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = 25 ⋅ 1,5 = 37,5𝑚


Gabarito: “C”

37. (2021/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O satélite Amazônia 1 é o primeiro


satélite de observação terrestre completamente feito em território brasileiro. Ele foi lançado em 28
de fevereiro de 2021 na missão PSLV-C51. O satélite busca fornecer dados e imagens acerca do
desmatamento na região da Amazônia. Ele orbita a 7200km do centro da Terra e leva cerca de 100
minutos para completar uma órbita. Considerando que sua trajetória é circular e uniforme, qual é,
aproximadamente, a velocidade orbital que o satélite estabeleceu em sua órbita? Use π como 3,14.
A) 226 km/h
B) 452 km/h
C) 28260 km/h
D) 28620 km/h
E) 38260 km/h
Comentários
O satélite se movimenta uniformemente em uma trajetória circular. Assim, a velocidade orbital
pode ser calculada por:
2∙𝜋∙𝑅
𝑣=
𝑇
O período orbital é o tempo que o satélite leva para dar uma volta completa em torno da Terra,
que vale 100 minutos. Em horas, vale:
𝑇 = 100 min ÷ 60 ≅ 1,6ℎ
Substituindo os valores do problema, temos:
2 ∙ 3,14 ∙ 7200
𝑣= = 28260 𝑘𝑚/ℎ
1,6
Gabarito: “C”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 161


CURSO INTENSIVO 2024

38. (2021/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart)

Disponível em: http://www.marcianeurotica.com.br/2011/01/tirinha-085-esporte-e-saude.html.


Acesso em: 06 de março de 2021.
Admita que Márcia está correndo a uma velocidade constante de 1,5 m/s quando acena para o carro
de sorvete parar. O motorista, que se encontra 20 metros à frente e se move a 20m/s, reduz sua
velocidade uniformemente até parar, 4s após o sinal de Márcia. Em quanto tempo Márcia alcançará
o carro?
A) 30s
B) 40s
C) 50s
D) 1min
E) 1min e 10s
Comentários
O movimento do carro é uniformemente acelerado, caracterizando um MRUV. Para descobrirmos
quanto tempo Márcia levará para alcançar o veículo, devemos descobrir, primeiro, qual a aceleração do
carro e seu deslocamento até parar.
∆𝑣
𝑎=
∆𝑡
0 − 20
𝑎= = −5 𝑚/𝑠²
4
Pela equação de Torricelli, podemos descobrir o deslocamento do automóvel:
𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ∙ 𝑎 ∙ 𝑑
02 = 202 + 2 ∙ (−5) ∙ 𝑑
0 = 400 − 10 ∙ 𝑑
10 ∙ 𝑑 = 400
𝑑 = 40 𝑚

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 162


CURSO INTENSIVO 2024

Se Márcia estava inicialmente distante 20 metros do carro, ela terá que percorrer uma distância
total de 60 metros (40 m + 20 m). Se sua velocidade é constante e vale 1,5 m/s, podemos utilizar a equação
do MRU para determinar o tempo que ela levará para chegar até seu destino:
𝑑
𝑣=
𝑡
𝑑 60
𝑡= = = 40𝑠
𝑣 1,5
Gabarito: “B”

39. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma partícula se moveu em uma


trajetória retilínea a partir do repouso e assumiu valores de aceleração que foram registrados no
gráfico abaixo.

Considere as seguintes afirmativas:


1-Ao final de 40s, a partícula teve uma velocidade igual a -100m/s.
2-A partícula atingiu sua máxima velocidade no instante igual a 25s.
3-A partícula inverteu o sentido de seu movimento no instante igual a 25s.
4-O deslocamento total da partícula foi igual a -2000m.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
Comentários
1. CORRETA.
Como a partícula partiu do repouso, a velocidade final da partícula pode ser obtida a partir do
cálculo de sua variação, que, por sua vez, pode ser obtida a partir da área entre a linha do gráfico da
aceleração com o eixo do tempo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 163


CURSO INTENSIVO 2024

As duas figuras são quadriláteras, tendo suas respectivas áreas calculadas a partir do produto das
respectivas bases médias pelas alturas.
Assim, podemos escrever:
𝐵1 + 𝑏1 25 + 10
∆𝑉1 = 𝐴1 = ⋅ ℎ1 = ⋅ (−20) = −350 𝑚/𝑠
2 2
Este valor de área negativa indica que a velocidade da partícula variou 350m/s para o lado
negativo. Ou seja, a partícula partiu do repouso e, após 25s, atingiu uma velocidade de 350m/s para o
sentido negativo do eixo de referência.
𝐵2 + 𝑏2 15 + 10
∆𝑉2 = 𝐴2 = ⋅ ℎ2 = ⋅ 20 = +250 𝑚/𝑠
2 2
Este segundo valor, correspondente à área que está acima do eixo do tempo, indica uma variação
de velocidade igual a 250m/s para o lado positivo do eixo de referência.
Logo, a variação total da velocidade ficou:
∆𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴1 + 𝐴2 = −350 + 250 = −100𝑚/𝑠
Portanto, ao partir do repouso, a velocidade final da partícula, no instante igual a 40s, foi igual a -
100m/s, ou seja, 100m/s para o sentido negativo do eixo de referência.
2. CORRETA.
Conforme se pode concluir a partir dos cálculos já realizados na afirmativa 1, a partícula atingiu
sua máxima velocidade no instante igual a 25s, pois ela ficou submetida a uma aceleração sempre para o
mesmo sentido durante este primeiro intervalo, aumentando continuamente sua velocidade para o
sentido negativo até atingir um valor de velocidade igual a 350m/s.
3. INCORRETA.
No instante igual a 25s, a partícula está se movendo com velocidade negativa igual a 350m/s.
Neste instante, a aceleração é que sofre uma inversão de sentido, passando de negativa para
positiva.
Esta inversão de sentido para a aceleração, que assume valores positivos após o instante igual a
25s, vai fazer com que a velocidade negativa sofra uma redução de valor.
Ao final os 40s, a velocidade da partícula, que chegou a atingir -350m/s, sofre uma redução de
valor, devido à aceleração positiva, passando a valer -100m/s.
Portanto, a partícula, que partiu do repouso, andou continuamente para o sentido negativo do
eixo de referências, sem sofrer qualquer inversão de sentido durante todo seu movimento.
4. CORRETA.
A partir dos dados do gráfico, que possibilitaram o cálculo da variação total da velocidade durante
o intervalo de 40s, podemos obter o valor da aceleração média.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 164


CURSO INTENSIVO 2024

∆𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 −100
𝑎𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = = −2,5𝑚/𝑠 2
∆𝑡 40
Com este valor, podemos calcular o deslocamento total a partir da equação abaixo:
𝑎𝑚é𝑑𝑖𝑎 ⋅ 𝑡 2
𝑑𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑖 ⋅ 𝑡 +
2
(−2,5) ⋅ 402
𝑑 = 0 ⋅ 40 +
2
𝑑 = −2000 𝑚
Gabarito: “D”

40. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um condutor imprudente, dirigindo a


alta velocidade por uma rodovia, vê um animal subitamente aparecer a 680m à sua frente. O
condutor decide frear o carro, com desaceleração constante, para evitar a colisão com o animal. O
tempo de reação para tal decisão foi de 2 segundos, intervalo de tempo no qual a velocidade do
veículo foi constante. Até a parada total do veículo passaram-se 32 segundos.
Qual a distância percorrida pelo condutor, caso a velocidade inicial do veículo fosse metade daquela
que ele inicialmente apresentava, supondo que o tempo de reação do motorista e a desaceleração
do movimento se mantivessem inalterados?
A) 380 m.
B) 680 m.
C) 190 m.
D) 340 m.
E) 170 m.
Comentários
Para a situação dada a velocidade do veículo pode ser obtida ao relacionar a área do gráfico de
velocidade por tempo com a distância percorrida pelo condutor.

𝒅 = 𝑨𝟏 + 𝑨𝟐
(𝟑𝟐 − 𝟐)𝒗
𝟔𝟖𝟎 = 𝟐 ∙ 𝒗 +
𝟐
𝟑𝟎𝒗
𝟔𝟖𝟎 = 𝟐 ∙ 𝒗 +
𝟐

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 165


CURSO INTENSIVO 2024

𝟔𝟖𝟎 = 𝟐 ∙ 𝒗 + 𝟏𝟓 ∙ 𝒗
𝟔𝟖𝟎 = 𝟏𝟕 ∙ 𝒗
𝟔𝟖𝟎
𝒗=
𝟏𝟕
𝒗 = 𝟒𝟎 𝒎/𝒔
Por outro lado, a aceleração para este movimento foi de:
∆𝒗
𝒂=
∆𝒕
(𝟎 − 𝟒𝟎)
𝒂=
(𝟑𝟐 − 𝟐)
−𝟒𝟎
𝒂=
𝟑𝟎
𝟒
𝒂 = − 𝒎/𝒔²
𝟑
Para a situação em que a velocidade inicial do movimento é reduzida à metade (𝟐𝟎 𝒎/𝒔), o tempo
de frenagem será de:
∆𝒗
𝒂=
∆𝒕
𝟒 (𝟎 − 𝟐𝟎)
− =
𝟑 (𝒕 − 𝟐)
𝟒 −𝟐𝟎
− =
𝟑 (𝒕 − 𝟐)
𝟒(𝒕 − 𝟐) = 𝟑 ∙ 𝟐𝟎
𝟔𝟎
𝒕−𝟐=
𝟒
𝒕 = 𝟏𝟓 + 𝟐
𝒕 = 𝟏𝟕 𝒔
A distância percorrida para esta nova situação também pode ser obtida a partir da área do gráfico.

𝒅 = 𝑨𝟏 + 𝑨𝟐
(𝟏𝟕 − 𝟐)𝟐𝟎
𝒅 = 𝟐 ∙ 𝟐𝟎 +
𝟐
𝟏𝟓 ∙ 𝟐𝟎
𝒅 = 𝟒𝟎 +
𝟐
𝒅 = 𝟒𝟎 + 𝟏𝟓𝟎
𝒅 = 𝟏𝟗𝟎 𝒎
Gabarito: “C”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 166


CURSO INTENSIVO 2024

41. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um elevador inicia sua descida a partir
do vigésimo andar. Após 2 andares aumentando sua velocidade uniformemente, ele atinge uma
velocidade V, que é mantida constante até ser reduzida, à mesma taxa, para o elevador parar no
primeiro andar. Cada andar mede 3m, verticalmente, e todo o percurso foi completado em 30s. O
valor da velocidade média desenvolvida no percurso e o valor de V valem, respectivamente,
A) 2,0m/s e 2,3m/s.
B) 2,0m/s e 2,1m/s.
C) 1,9m/s e 2,3m/s.
D) 1,9m/s e 2,1m/s.
E) 2,1m/s e 2,3m/s.
Comentários
Ao sair do 20º andar e parar no 1º, o elevador desceu 19 andares no percurso, se deslocando um
total de 57 metros, verticalmente, pois cada andar mede 3 metros.
Com este deslocamento total, podemos obter o valor da velocidade média do percurso a partir da
razão abaixo:
𝑑 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
Dados: dTotal=3x19=57m tTotal=30s
57
𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 1,9 𝑚/𝑠
30
Para encontrar o valor de V, temos que perceber que o elevador desce em três etapas. Na primeira,
o elevador acelera uniformemente (MRUV) e aumenta sua velocidade, verticalmente para baixo, de zero
até V. Na segunda, o elevador mantém sua velocidade constante (MRU). E na terceira, o elevador acelera
uniformemente (MRUV), à mesma taxa da primeira etapa, mas reduzindo sua velocidade de V para zero,
parando no primeiro andar.
Durante a primeira e a terceira etapas, o elevador desceu 2 andares, somando 6 metros.
Assim, podemos escrever:
𝑑𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑑1 + 𝑑2 + 𝑑3
𝑑𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉 + 𝑑𝑀𝑅𝑈 + 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉
Dados: dTotal=57m dMRUV=3x2=6m
57 = 6 + 𝑑𝑀𝑅𝑈 + 6
𝑑𝑀𝑅𝑈 = 45𝑚
Esses 45m de deslocamento durante a etapa com velocidade constante é equivalente a 15
andares.
Podemos escrever a seguinte relação para os intervalos de tempo das etapas:
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑡1 + 𝑡2 + 𝑡3
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑡𝑀𝑅𝑈𝑉 + 𝑡𝑀𝑅𝑈 + 𝑡𝑀𝑅𝑈𝑉
O tempo total foi de 30 segundos. Os tempos em MRUV e em MRU podem ser substituídos pelas
relações abaixo:

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 167


CURSO INTENSIVO 2024

𝑑𝑀𝑅𝑈 = 𝑉 ⋅ 𝑡𝑀𝑅𝑈
𝑑𝑀𝑅𝑈
𝑡𝑀𝑅𝑈 =
𝑉
𝑉𝑖 + 𝑉𝑓
𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉 = ( ) ⋅ 𝑡𝑀𝑅𝑈𝑉
2
𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉 2 ⋅ 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉
𝑡𝑀𝑅𝑈𝑉 = =
𝑉𝑖 + 𝑉𝑓
( ) (𝑉𝑖 + 𝑉𝑓 )
2
Assim, temos:
2 ⋅ 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉 𝑑𝑀𝑅𝑈 2 ⋅ 𝑑𝑀𝑅𝑈𝑉
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = + +
(𝑉𝑖 + 𝑉𝑓 ) 𝑉 (𝑉𝑖 + 𝑉𝑓 )
Dados: tTotal=30s dMRUV=6m dMRU=45m Vi+Vf=V
2 ⋅ 6 45 2 ⋅ 6
30 = + +
𝑉 𝑉 𝑉
12 + 45 + 12
30 =
𝑉
30 ⋅ 𝑉 = 69
69
𝑉= = 2,3 𝑚/𝑠
30
Gabarito: “C”

42. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Dois trens, A e B, estão afastados 0,3km
numa ferrovia de trilho retilíneo único. O movimento deles foi monitorado durante 10s. Os dados
foram registrados no gráfico abaixo.

O sensor de posição fica na extremidade frontal de cada trem. Tanto o trem A quanto o B têm 250m
de comprimento total.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 168


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Julgue as afirmações abaixo:


I – Ambos trens estão em Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, com iguais acelerações.
II – Ambos trens percorreram distâncias iguais.
III – Ocorre a colisão dos trens ao final do intervalo de monitoramento.
Estão corretas:
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
Comentários
I – INCORRETA.
As acelerações dos trens podem ser calculadas a partir da definição abaixo:
∆𝑣
𝑎=
∆𝑡
Conforme os dados apresentados no gráfico, ambos trens se deslocam em Movimento Retilíneo
Uniformemente Variável, pois variam suas velocidades uniformemente, o que resulta numa reta
(crescente ou decrescente) em um gráfico de velocidade por tempo.
As acelerações, ficam:
𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 10 − 30
𝑎𝐴 = = = −2 𝑚/𝑠 2
𝑡𝑓 − 𝑡𝑖 10 − 0
𝑣𝑓 − 𝑣𝑖 0 − (−20)
𝑎𝐵 = = = +2 𝑚/𝑠 2
𝑡𝑓 − 𝑡𝑖 10 − 0
Embora as acelerações tenham módulos iguais, elas possuem sentidos opostos. Portanto, não são
iguais.
II – INCORRETA.
As distâncias podem ser estimadas a partir do cálculo do deslocamento dos trens.
Num gráfico Velocidade versus Tempo, a área entre a linha do gráfico formada pelos dados com o
eixo do tempo é igual ao deslocamento.
O deslocamento do trem A fica igual à área do trapézio abaixo, que pode ser dividido em um
triângulo e um retângulo.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 169


CURSO INTENSIVO 2024

𝑑𝐴 = 𝐴𝑡𝑟𝑖 + 𝐴𝑟𝑒𝑡
10 ⋅ 20
𝑑𝐴 = + 10 ⋅ 10 = 100 + 100 = +200 𝑚
2
Este resultado significa que, durante os 10 segundos de monitoramento, o trem A avançou 200m
no sentido positivo da referência adotada, enquanto reduzia sua velocidade de 30m/s para 10m/s.
O deslocamento do trem B fica igual à área do triângulo abaixo.

𝑑𝐵 = 𝐴𝑡𝑟𝑖
10 ⋅ (−20)
𝑑𝐴 = = −100 𝑚
2
Este resultado significa que, durante os 10 segundos de monitoramento, o trem B avançou 100m
no sentido negativo da referência adotada, sentido oposto ao trem A, enquanto reduzia sua velocidade
de 20m/s para zero.
Portanto, os trens não percorreram distâncias iguais.
III – CORRETA.
Como os trens estavam, inicialmente, afastados de 0,3km, que se equivale a 300m, após os 10
segundos de monitoramento, o trem B para após percorrer 100m na direção do trem A que, após
percorrer 200m ao encontro do trem B, ainda se move com velocidade de 10m/s, configurando a colisão.
Gabarito: “C”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 170


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43. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um corpo é lançado obliquamente em


relação ao solo, formando um ângulo de 45° com a direção horizontal, conforme apresentado na
figura abaixo.

O projétil levou um tempo igual a t para atingir o alcance horizontal máximo. Assim, a velocidade
de lançamento vale

𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
A) √𝑯
𝟎 +𝒅𝒙𝑴á𝒙

𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
B) √ 𝑯𝟎

𝒈⋅𝒅𝒙𝑴á𝒙
C) √
𝑯𝟎

𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
D) 𝑯𝟎

𝒈⋅𝒅𝟐𝒙𝑴á𝒙
E) 𝑯
𝟎 +𝒅𝒙𝑴á𝒙

Note e Adote
Considere a aceleração da gravidade igual a g e desconsidere qualquer tipo de efeito ou influência
que possa ser causada pelo ar.
Comentários
Na vertical (y), o movimento é de queda livre, um MRUV. Na horizontal (x), o movimento é retilíneo
e uniforme, um MRU.
Então, podemos escrever as seguintes relações para as componentes da velocidade inicial V 0:
√2
𝑉0𝑦 = 𝑉0 ⋅ sin 45° = 𝑉0 ⋅
2
√2
𝑉0𝑥 = 𝑉0 ⋅ cos 45° = 𝑉0 ⋅
2

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 171


CURSO INTENSIVO 2024

Na horizontal, o alcance vale:


∆𝑥 = 𝑉0𝑥 ⋅ 𝑡
√2
𝑑𝑥𝑀á𝑥 = 𝑉0 ⋅ ⋅𝑡
2
2 ⋅ 𝑑𝑥𝑀á𝑥
𝑡=
𝑉0 ⋅ √2
Na vertical, podemos escrever a seguinte relação:
𝑔 ⋅ 𝑡2
∆𝑦 = 𝑉0𝑦 ⋅ 𝑡 −
2
√2 𝑔 ⋅ 𝑡2
−𝐻0 = 𝑉0 ⋅ ⋅𝑡−
2 2
2
2 ⋅ 𝑑𝑥𝑀á𝑥
𝑔⋅( )
√2 2 ⋅ 𝑑𝑥𝑀á𝑥 𝑉0 ⋅ √2
−𝐻0 = 𝑉0 ⋅ ⋅( )−
2 𝑉0 ⋅ √2 2
2
𝑔 ⋅ 𝑑𝑥𝑀á𝑥
−𝐻0 = 𝑑𝑥𝑀á𝑥 −
𝑉02
2
𝑔 ⋅ 𝑑𝑥𝑀á𝑥
𝑉02 =
𝐻0 + 𝑑𝑥𝑀á𝑥
2
𝑔 ⋅ 𝑑𝑥𝑀á𝑥
𝑉0 = √
𝐻0 + 𝑑𝑥𝑀á𝑥

Gabarito: “A”

44. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A terra leva 24h para completar uma
rotação completa ao redor de si mesma, configurando o tempo de um dia terrestre. O valor da
velocidade tangencial de um ponto sobre o equador terrestre e outro que se encontra em um local
de latitude de 30° estão mais próximos de, respectivamente,
Dados: RTerra=6400km; sen30°=cos60°=1/2; cos30°=sen60°=√3/2; π≈3,0.
A) 1600m/s e 800m/s.
B) 1600m/s e 385m/s.
C) 1600km/h e 385m/s.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 172


CURSO INTENSIVO 2024

D) 1600km/h e 1386m/s.
E) 1600km/h e 800km/h.
Comentários
O valor da Velocidade Tangencial de um ponto no equador terrestre pode ser obtido a partir da
definição abaixo, do Movimento Circular Uniforme:
2⋅𝜋⋅𝑅
𝑉=
𝑇
Dados: R=6400km T=24h π=3,0
2 ⋅ 3 ⋅ 6400
𝑉= = 1600 𝑘𝑚/ℎ = 444,44𝑚/𝑠
24
Em um ponto que se encontra em uma latitude de 30°, seja ao norte ou ao sul do equador, termos
um módulo de velocidade que dependerá do cosseno do ângulo de latitude, pois a distância “R” na
equação da Velocidade Tangencial corresponde à distância até o eixo de rotação, que passa pelos pontos
geográficos dos polos Norte e Sul.

Assim, temos que:


Dados: R=6400.cos30° km T=24h π=3,0
2 ⋅ 3 ⋅ 6400 ⋅ 𝑐𝑜𝑠30° 𝑘𝑚
𝑉= = 1600 ⋅ 𝑐𝑜𝑠30° = 1385,64 = 384,9𝑚/𝑠
24 ℎ
Gabarito: “C”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 173


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45. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um marinheiro observa uma sequência


de ondas periódicas no mar a partir de uma plataforma de embarque. Ao acompanhar uma das
cristas, ele percebe que a frente de onda se propaga formando um ângulo de 45° com a linha que
une as duas boias.
Quando o mar está calmo, as boias ficam espaçadas por 2 metros. Quando a crista observada atingiu
a segunda boia, 3 segundos depois de ter passado pela primeira, a crista subsequente estava a, pelo
menos, √2/3 m após a primeira boia. A partir dos dados fornecidos, a frequência associada a esse
grupo de ondas está mais próxima de
Dados: sen(45°) = cos(45°) = √2/2
a) 2/3 Hz
b) 1/2 Hz
c) √2/3 Hz
d) √2 Hz
e) 2 Hz
Comentários
Como a velocidade da frente de onda está inclinada 45° com a linha das boias, precisamos calcular
a distância que efetivamente a frente de onda percorreu a passar pelas duas boias.

Para calcular a Frequência, precisamos do Comprimento de Onda e do valor da Velocidade de


Propagação.
A Velocidade de Propagação pode ser obtida pela definição abaixo:
𝑑𝑃𝑟𝑜𝑝
𝑉𝑃𝑟𝑜𝑝 =
𝑡
A distância efetivamente percorrida pela crista da onda ao passar pelas duas boias é igual a √2,
por decomposição:

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 174


CURSO INTENSIVO 2024

Assim, podemos escrever a relação:


𝑑𝑃𝑟𝑜𝑝 = 𝑑𝑏𝑜𝑖𝑎𝑠 ⋅ cos (𝜃)
√2
𝑑𝑃𝑟𝑜𝑝 = 2 ⋅ cos(45°) = 2 ⋅ = √2 𝑚
2
A Velocidade de Propagação, fica:
√2
𝑉𝑃𝑟𝑜𝑝 = 𝑚/𝑠
3
O Comprimento de Onda pode ser obtido a partir da distância entre duas cristas sucessivas.
Quando a crista observada passa pela segunda boia a crista subsequente está √2/3 m após a
primeira boia, temos que, neste instante, esta crista está a 2√2/3 m atrás da segunda boia, configurando
exatamente o Comprimento de Onda:
2 ⋅ √2
𝜆= 𝑚
3
Portanto, a Frequência pode ser determinada a partir da relação abaixo:
𝑉𝑃𝑟𝑜𝑝 = 𝜆 ⋅ 𝑓
√2 2 ⋅ √2
= ⋅𝑓
3 3
1
𝑓 = 𝐻𝑧
2
Gabarito: “B”

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 175


CURSO INTENSIVO 2024

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Faaaaala, guerreira!

Faaaaala, guerreiro!

Você acabou de finalizar a terceira aula do nosso curso Intensivo!

Lembre-se que, além desse Livro Digital em PDF, você tem disponíveis todos os outros recursos
oferecidos pelo Estratégia Vestibulares, como as Videoaulas, o Fórum de Dúvidas, as Salas VIP, os
Resumos Estratégicos, os Mapas Mentais, os conteúdos de Reta Final, além das Aulas ao Vivo e
Webinários. Tudo isso para proporcionar a melhor preparação para a aprovação imediata!

Não esqueça que estarei sempre à disposição, principalmente via redes sociais, para trilhar com
você o caminho até a aprovação!

Prepara o café e o chocolate e até a próxima!

Super abraço do

Prof. Henrique Goulart.

Prepara o café e o chocolate e até a próxima!

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 176


CURSO INTENSIVO 2024

VERSÕES DA AULA

Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma modificação ou correção
no conteúdo da aula for necessária, uma nova versão será disponibilizada.

• Versão 1: 13/06/2022.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 13.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto Alegre: Bookman, 2002.

• HEWITT, Paul G. Fundamentos de Física Conceitual. 1.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto Alegre:
Bookman.

• GASPAR, Alberto. Física. 2.ed. São Paulo: Editora Ática, 2009, Todos os Volumes.

• MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. 5.ed. São Paulo: Scipione, 2000, Todos os
Volumes.

• RESNICK, HALLIDAY, Jearl Walker. Fundamentos de Física. 10ª ed. LTC. Todos os Volumes.

AULA 03 – CINEMÁTICA: DESCRIÇÃO MATEMÁTICA DE MOVIMENTOS 177

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