)(1Ð0(126'(75$163257(
Belo Horizonte
ABRIL/2002
6XPiULRi
Página
1- INTRODUÇÃO 01
2- CONCEITOS FUNDAMENTAIS 06
2.1-Conceitos 06
2.1.1- Fluídos 06
2.1.2- Força e Tensão 07
2.1.3- Energia 10
2.1.4- Mecanismos de Transporte 11
2.2-Unidades 13
Exercícios 26
3- VISCOSIDADE 29
3.1-Definição de viscosidade e lei de Newton da Viscosidade 29
3.1.1- Interpretação física de τyx 32
3.1.2- Dimensão da viscosidade 37
3.2-Viscosidade de gases 40
3.3-Viscosidade de líquidos 47
3.3.1- Viscosidade de metais líquidos 50
3.3.2- Viscosidade de escórias 55
Referências 66
Exercícios 67
No estudo da termodinâmica metalúrgica fica bastante clara uma das limitações dessa
ciência: a impossibilidade de prever a taxa com que os fenômenos ocorrem.
Considere-se o caso visto na figura 1.1, onde se tem duas barras de ferro iguais, em
contato perfeito. Uma das barras está a 1000º C e a outra a 200º C. A termodinâmica
prevê que calor vai ser transportado da barra mais quente para a mais fria e que, no
equilíbrio, as duas barras estarão a uma mesma temperatura. Entretanto, a
termodinâmica não prevê quanto tempo levará para se atingir o equilíbrio nem permite
determinar os perfis de temperatura nas duas barras em um dado tempo.
,1Ë&,2 (48,/Ë%5,2
o o
& & 7HT 7HT
7(032 "
CALOR
3(5),6'(
7(03(5$785$ "
Um caso análogo a esse pode ser imaginado considerando duas barras de aço a uma
mesma temperatura; entretanto, com diferentes teores de carbono, conforme mostrado
na figura 1.2.
,QWURGXomR
,1Ë&,2 (48,/Ë%5,2
0$66$
3(5),6'(
&21&(175$d2 "
Aqui nesse caso, a termodinâmica informa que vai haver um transporte de carbono da
barra que possui maior concentração para a barra de menor concentração. Contudo,
não fornecerá o tempo necessário para se alcançar o equilíbrio, nem os perfis de
concentração em um certo instante de tempo.
Finalmente, considere-se a situação mostrada na figura 1.3, onde se tem uma panela
com aço líquido no seu interior. Sabe-se que ao se abrir a válvula, o aço deve ser
vazado da panela. Mas não se sabe, por exemplo, determinar o tempo de
esvaziamento dessa panela, em função da quantidade de aço nela contido.
3$1(/$ 3$1(/$
9È/98/$ 9È/98/$
E
Figura 1.3 - Esvaziamento de uma panela de aço.
,QWURGXomR
sses três exemplos mostram as três áreas distintas que constituem o que se chama
de )HQ{PHQRVGH7UDQVSRUWH:
- transporte de energia (ou calor): exemplo da figura 1.1;
- transporte de massa: exemplo da figura 1.2;
- transporte de momento: exemplo da figura 1.3.
A) Transporte de calor:
B) Transporte de massa:
6 movimento dos gases ao longo dos leitos de sinterização e alto-forno. Nesse caso,
o estudo do transporte de momento permite dimensionar o exaustor e o soprador
a serem usados nessas instalações;
6 injeção de gases nos processos de fabricação e refino do aço, permitindo
determinar os perfis de velocidade do aço e com isso indicar os pontos mais
adequados para injeção dos agentes de refino;
6 escoamento do aço nos processos de refino sob vácuo, particularmente no reator
RH. Nesse caso, o conhecimento do campo de velocidades do aço, e de como ele
é afetado pela configuração do sistema, pode ser útil na otimização da operação do
equipamento e até no seu projeto.
Além dessas, inúmeras outras aplicações podem ser citadas. Estas aplicações se
tornam cada vez mais comuns e importantes à medida que se desenvolvem as
técnicas numéricas para solução das equações que são obtidas.
5()(5Ç1&,$6
±&RQFHLWRV
)OXLGRV
A definição de um fluido pode ser feita através de uma propriedade comum a todos
eles: um fluido não consegue preservar a sua forma a não ser que esteja contido
dentro de um recipiente. Nesse caso, o fluido assume a forma do recipiente.
Uma definição mais rigorosa estabelece que um fluido é uma substância que se
deforma continuamente sob a ação de uma tensão de cisalhamento, independente de
seu valor. É importante observar que existem substâncias que não são fluidos e que
se deformam sob uma tensão de cisalhamento; entretanto, essa deformação não se
dá de modo contínuo. Esse é o caso dos sólidos.
gases são considerados fluidos compressíveis, desde que suas densidades tenham
uma variação significativa. Entretanto, em algumas situações particulares os gases
apresentam comportamento de fluidos incompressíveis.
)RUoDH7HQVmR
j) ' P D (2.1)
onde:
Σ F = somatório de forças atuando no corpo;
m = massa do corpo;
a = aceleração.
G
j) ' (P X) (2.2)
G W
onde:
u = velocidade;
t = tempo.
G
D ' (X) (2.3)
G W
constata-se que força nada mais é do que a taxa de variação de momento com o
tempo.
∆ )Q
∆)
∆ )W
( ) Q)
Q ' (2.5)
( $) $60
6 tensão de cisalhamento:
( ) W)
W ' (2.6)
( $) $60
]
τ
]]
τ
]\
τ
][
τ
\]
τ
[]
τ\\
τ τ
[\ \[ \
τ
[[
(QHUJLD
Energia potencial é a energia possuída pelo fluido em virtude de sua massa, sua
posição e o efeito da gravidade. Numericamente, a energia potencial é dada pela
seguinte relação:
(S ' J ] (2.7)
sendo:
Ep = energia potencial por unidade de volume do fluido;
ρ = densidade do fluido;
g = aceleração da gravidade;
z = altura do fluido, em relação a um nível arbitrário no qual a energia potencial é
tomada como zero.
1
(F ' X2 (2.8)
2
&RQFHLWRV)XQGDPHQWDLV
onde:
Ec = energia cinética por unidade de volume do fluido;
ρ = densidade do fluido;
u = velocidade do fluido.
0HFDQLVPRVGH7UDQVSRUWH
)HUUR
R
7 &
$UYHQWLODGRU
R
7 &
R
7 &
$oR
&
Água
&
Açúcar
E&RQYHFomR
D'LIXVmR
Na figura 2.3, dentro da barra de ferro ocorre o transporte de calor por difusão (também
denominada condução) devido ao gradiente de temperatura entre as duas faces.
Observa-se que não existe nenhum movimento macroscópico dos átomos de ferro
&RQFHLWRV)XQGDPHQWDLV
8QLGDGHV
Ao longo dos anos, vários sistemas de unidades tem sido adotados pelas comunidades
científica e de engenharia, como por exemplo: sistema inglês, sistema cgs, sistema
mks.
A tabela 2.1 contém uma lista de unidades e dimensões das principais quantidades
envolvidas em fenômenos de transporte, bem como a natureza dessas quantidades
(escalar, vetorial ou tensorial).
&RQFHLWRV)XQGDPHQWDLV
Nas escalas absolutas, o zero é fixado como sendo a temperatura mais baixa que o
homem acredita que possa existir. Tem-se:
6 centígrado: Kelvin - 0 K = - 273 oC
6 Fahrenheit: Rankine - 0 oR = - 460 oF
As relações acima indicam que o grau Celsius é 1,8 vezes maior que o grau
Fahrenheit. A mesma relação existe entre o Kelvin e o grau Rankine. As relações
acima são úteis quando se pensa em conversão de variações nas temperaturas.
5
7& ' (7) & 32) (2.13)
9
Algumas unidades ainda recebem nomes especiais e é importante que estes nomes
sejam conhecidos, bem como os seus significados. Tem-se:
- dina = g cm / s2 (força);
- poundal = lbm ft / s2 (força);
- Pascal = N/m2 (pressão);
- erg = g cm2 / s2 (energia);
- Poise = g / cm s (viscosidade).
Exemplo- Um avião viaja a uma velocidade igual a velocidade do som. Qual é a sua
velocidade, expressa em unidades do sistema internacional ? Velocidade
do som = 3,96 x 106 ft/h.
1 ft = 0,3048 m;
1 h = 3600 s.
IW (0,3048 P)
YHORFLGDGH (6,) ' 3,96 [ 106 ' 3,96 [ 106 ' 335,3 P/V
K (3600 V)
Exemplo- 100 lbm de água escoam num tubo a uma velocidade de 10 ft/s. Qual a
energia cinética da água, em unidades do sistema internacional ?
1
(F ' P X2
2
1 1
(F ' 100 OEP (10 IW / V)2 ' 100 (0,45359 NJ) [10 [ (0,3048 P) /V]2 '
2 2
P
210,7 NJ '210,7 -
V
(S ' P J ]
&RQFHLWRV)XQGDPHQWDLV
(S ' P J ]
P
(S ' 30 OE P J 10 IW ' 30 (0.45359 NJ) (9,8 ) 10 (0.3048 P)
V2
P2
(S ' 406,47 NJ ' 406,47 -
V2
* 0,6
K ' 0,026
' 0,2
onde:
h = coeficiente de transferência de calor (BTU/h ft2 oF);
G = fluxo de massa (lbm / h ft2);
D = diâmetro do tubo (ft).
Deseja-se escrever a mesma equação adotando unidades SI. Qual deve ser a nova
constante no lugar de 0,026 ?
1 OE P 3600 V (0,3048)2 P 2
* ' *6, ' 737,34 *6,
0,45359 NJ K IW 2
&RQFHLWRV)XQGDPHQWDLV
1 IW
' ' '6, ' 3,28 '6,
0,3048 P
(737,34 *6,)0,6
0,176 K6, ' 0,026
(3,28 '6,)0,4
Finalmente:
0,6
*6,
K6, ' 4,8274
'6,0,4
Pressão é normalmente definida como sendo força por unidade de área, agindo
ortogonalmente à superfície em consideração.
Considere-se, então, a figura 2.5. Dentro do tubo de vidro há um líquido. A força que
o líquido exerce sobre a placa da base esta associada ao seu peso. Logo:
) ' P J (2.14)
onde:
F = força exercida pelo líquido sobre a placa de base;
m = massa de líquido contido no tubo;
g = aceleração da gravidade.
&RQFHLWRV)XQGDPHQWDLV
9iFXR
/tTXLGR K
ÈUHD
P ' 9 (2.15)
onde:
= densidade do líquido;
V = volume de líquido no tubo.
9 ' $ K (2.16)
onde:
A = área da base da coluna de líquido;
h = altura da coluna de líquido.
)
3 ' (2.17)
$
&RQFHLWRV)XQGDPHQWDLV
Combinando as relações acima, pode-se obter uma expressão genérica para avaliação
da pressão exercida pela coluna de líquido:
3 ' J K (2.18)
NJ P
3 ' (13600 ) (9,8 ) (0,5 P) ' 66640 3D
P3 V2
ORJR
1 PP +J ' 133,33 3D
K2 ' K1 % K
&RQFHLWRV)XQGDPHQWDLV
$WPRVIHUD
9iFXR
0DQ{PHWUR 0DQ{PHWUR
∆K
∆K *iV *iV
3UHVVmRUHODWLYD 3UHVVmRDEVROXWD
9iFXR
∆K 3UHVVmRDWPRVIpULFD
%DU{PHWUR
3 ' J K
NJ P
3 ' (1000 ) (9,8 ) (1 P) ' 9800 3D
P 3
V2
Exemplo- A pressão atmosférica equivale a 760 mm Hg. Determine esse valor em psia
e em Pascal.
Logo:
760 mm Hg = 760 x 133,33 Pa = 101330 Pa = 101330 N/m2.
Logo:
1 OE I (0,0254)2 P 2
101330 3D ' 101330 ' 14,7 SVLD
4,4482 1 LQ2
Logo:
51 psi = 351553 Pa
Logo:
28 in = 711,2 mm Hg
0,45359 NJ 1IW 3 NJ
+22 ' 62,4 ' 999,55
OEP (0,3048)3 P 3 P3
Assim, tem-se:
3UHVVmR 3 0/ &1W &2 /2
' ' '
'HQVLGDGH 0/ &3 W2
(QHUJLD 0/ 2W &2 /2
' '
0DVVD 0 W2
(;(5&Ë&,26
2- Se um foguete usa 255 ft3/h de oxigênio líquido, quantos m3/s de oxigênio são
usados?
Unidade a b c d e f g
o
F 140 1000
o
R 500 1000
K 298 1000
o
C -40
,QVHWRV
$WPRVIHUD
0DQ{PHWUR
∆K LQ+J
&RQFHLWRV)XQGDPHQWDLV
' R % $ 7
Sendo que:
: kg/m3 ; T : oC.
3
' D µ 9 % E 92
+
onde:
P= queda de pressão;
H = altura do leito;
µ = viscosidade do gás;
= densidade do gás;
V = velocidade do gás.
Determinar as unidades das constantes “a” e “b”, usando o sistema internacional.
1
7
K ' 0,29 2
/
onde:
Deseja-se escrever a mesma relação adotando unidades SI. Qual deve ser a nova
constante no lugar de 0,29?
' 9 J 7 /3
5H ' *U '
µ 2
onde:
D = diâmetro
V = velocidade
= densidade
µ = viscosidade dinâmica
g = aceleração da gravidade
T= diferença de temperatura
L = comprimento
= viscosidade cinemática
= coeficiente de compressibilidade, avaliado pela seguinte relação:
1 M
' &
M7 3
9LVFRVLGDGH
Uma das principais propriedades dos fluidos, que tem grande importância no seu
escoamento, é a viscosidade. Essa propriedade será definida neste capítulo. Serão
apresentadas também maneiras de se estimar o seu valor para diferentes tipos de
fluidos de interesse na metalurgia.
'HILQLomRGH9LVFRVLGDGHH/HLGH1HZWRQGD9LVFRVLGDGH
3ODFDHVWDFLRQiULD
3ODFDHPPRYLPHQWR
)OXLGR
9HORFLGDGH9
\ /
\ / )/8,'2(05(632862
W
[
\
\ /
3/$&$,1)(5,25e
\ / &2/2&$'$(0
W
029,0(172
[
\
9
\ /
(6&2$0(17212(67$&,21È5,2
\ /
W!SHTXHQR 9(/2&,'$'(9$5,$&2027(032
[
\
9
\ /
',675,%8,d2),1$/'(9(/2&,'$'(
\ / (67$'2(67$&,21È5,2
W!
[
\
9
) 9
' µ (3.1)
$ /
onde:
F = força para manter a placa inferior em movimento;
A = área da placa;
9LVFRVLGDGH
)RUoD
' 7HQVmR GH FLVDOKDPHQWR (3.2)
ÈUHD
No estado estacionário, quando o perfil de velocidade é linear, V/L pode ser associado
ao gradiente de velocidade. No caso mostrado na figura 3.2, o gradiente de velocidade
pode ser determinado considerando-se que:
- em y = 0, vx = V;
- em y = L, vx = 0.
Logo:
Y[ GY[ 0 & 9
JUDGLHQWH GH YHORFLGDGH ' ' ' (3.3)
\ G\ / & 0
1
Gradiente é a variação no valor de alguma grandeza com a posição dentro de um dado
sistema.
9LVFRVLGDGH
GY [
7HQVmR GH FLVDOKDPHQWR ' \[ ' & µ (3.4)
G\
Ainda em relação à equação (3.4), deve-se observar que quanto maior é a viscosidade
do fluido, µ, maior será a tensão de cisalhamento, ou a força, necessária para manter
a placa inferior em movimento.
,QWHUSUHWDomRItVLFDGH \[
direção x. Este fluido, por sua vez, passa uma certa quantidade desse momento para
a camada adjacente de fluido, fazendo com que ela adquira também movimento na
direção x. Desse modo, pode-se dizer que o momento da direção x é transmitido por
difusão na direção y ao longo do fluido. Como visto no capítulo 2, para que momento
seja transportado por difusão é necessária a existência de um gradiente de
velocidade.
yx pode, então, ser interpretado como fluxo1 de momento –x por difusão na direção
y. Essa interpretação é bastante conveniente pois é análoga ao tratamento que será
dado mais tarde para o transporte de calor e massa. E mais, através dessa
interpretação, se torna mais fácil entender o sinal de yx .
Momento por difusão é transportado das regiões de alta para as de baixa velocidade
(similar ao que Robin Hood fazia,WLUDQGRGRVULFRVHSDVVDQGRSDUDRVSREUHV). Assim,
na figura 3.2, momento vai de y = 0 (alta velocidade) para y = L (baixa velocidade).
Para se saber o que é alta ou baixa velocidade, é importante lembrar que velocidade
é uma grandeza vetorial. Assim, uma velocidade de - 100 m/s é menor que uma
velocidade de 0,01 m/s.
Com esta nova interpretação para yx , pode-se dizer que a lei de Newton da
viscosidade estabelece que o fluxo de momento por difusão é proporcional ao negativo
do gradiente de velocidade. O sinal de yx pode ser determinado considerando-se que
o fluxo de momento-x será positivo se ele se der no mesmoVHQWLGRdo crescimento
do eixo y (y é a direção do gradiente de velocidade) . Se o fluxo de momento for no
sentido oposto ao crescimento do eixo y, ele será negativo.
1
Fluxo de alguma grandeza (momento, calor e massa) representa a quantidade desta
grandeza que é transportada por unidade de tempo e área. Taxa representa a
quantidade transportada por unidade de tempo.
9LVFRVLGDGH
y z= 0
z= H
Aplique a lei de Newton da viscosidade à situação mostrada.
Como momento é transportado por difusão das regiões de alta (z = H) para as de baixa
velocidade (z = 0), tem-se que o sentido do transporte de momento por difusão é o
negativo de z.
Para o sistema visto acima, a lei de Newton pode ser colocada na seguinte forma:
9LVFRVLGDGH
GY \
]\ ' & µ
G]
Para o caso em estudo, a velocidade vy aumenta quando z aumenta. Dessa forma o
gradiente de velocidade é positivo e o fluxo de momento por difusão, , é negativo,
zy
x= H
x= 0 z
Solução- Nesse caso, as velocidades são negativas, pois estão no sentido oposto ao
crescimento do eixo z.
Para este caso, a lei de Newton da viscosidade pode ser colocada na seguinte forma:
GY ]
[] ' & µ
G[
\
]
] D
]
] E
] +
Solução- A situação acima é um pouco mais complexa que as anteriores. Nesse caso,
há uma alteração no sentido da velocidade na região mostrada.
Para o sistema em estudo, a lei de Newton pode ser colocada na seguinte forma:
9LVFRVLGDGH
GY \
]\ ' & µ
G]
'LPHQVmRGDYLVFRVLGDGH
0
7HQVmR GH FLVDOKDPHQWR ' \[ :
/ W2
GY[ /
*UDGLHQWH GH YHORFLGDGH ' : ' W &1
G\ / W
Substituindo-se na lei de Newton da viscosidade, obtem-se:
0 1
' µ
/ W 2 W
Desse modo:
0
µ :
/ W
9LVFRVLGDGH
µ
' (3.5)
onde:
= viscosidade cinemática e = densidade do fluido.
G7
T\ ' & N (3.6)
G\
onde:
qy = fluxo de calor por difusão;
9LVFRVLGDGH
G&
M\ ' & ' (3.7)
G\
sendo:
jy = fluxo de massa por difusão;
D = difusividade de massa;
C = concentração ou potencial químico da espécie química que se difunde.
9LVFRVLGDGHGH*DVHV
Nesses casos, alguma alternativa para determinação da viscosidade (nem que seja de
modo aproximado) deve ser buscada.
Para gases já existem algumas teorias que permitem uma estimativa da viscosidade.
Uma dessas é a teoria cinética dos gases. Por essa teoria, considera-se um gás ideal
possuindo as seguintes características:
6 as moléculas são rígidas como bolas de bilhar, possuindo um diâmetro “d” e massa
“m”;
6 as moléculas não exercem forças umas sobre as outras, exceto quando elas
colidem;
6 as colisões são perfeitamente elásticas e obedecem as leis clássicas de
conservação de momento e energia;
6 as moléculas estão uniformemente distribuídas, possuindo uma concentração
equivalente a “n” moléculas por unidade de volume. Elas estão em contínuo
movimento e estão separadas por distâncias que são grandes comparadas com seu
diâmetro;
6 todas as direções para a velocidade são igualmente prováveis. A magnitude da
velocidade de uma molécula pode possuir qualquer valor entre zero e infinito.
9LVFRVLGDGH
2 P .% 7
µ ' (3.8)
3 3/2
G2
onde:
µ = viscosidade do gás em Poise (g/cm s);
m = massa de uma molécula (g);
KB = contante de Boltzmann (1,38 x 10-16 erg/molécula K);
T = temperatura (K);
d = diâmetro de uma molécula (cm).
(Verifique a consistência das unidades da equação acima).
Uma conclusão importante que pode ser obtida através da equação acima é a de que
a viscosidade de um gás é independente da pressão e depende apenas da
temperatura. Esta conclusão está em boa concordância com dados experimentais até
pressões de dez atmosferas. Entretanto, a dependência com a temperatura está
apenas qualitativamente correta: a viscosidade de um gás cresce com a temperatura.
Quantitativamente, dados reais obtidos para vários gases indicam que µ varia com Tn,
onde “n” está entre 0,6 e 1,0, ao invés de 0,5 como é indicado pela equação (3.8).
Uma teoria mais moderna substituiu o modelo de bolas de bilhar por um modelo mais
realístico. Este novo modelo considera um campo de forças, englobando forças de
atração e repulsão entre as moléculas. Esta teoria faz uso da energia potencial de
interação entre um par de moléculas no gás. Esta função, normalmente denominada
potencial Lennard-Jones, mostra um comportamento de interação molecular: fraca
atração para grandes separações e forte repulsão para pequenas separações. A figura
3.3 mostra este comportamento.
9LVFRVLGDGH
E n e rg ia
R e p u ls ã o
A tra ç ã o
0
σ δ r
A posição de equilíbrio das moléculas é dada pelo ponto δ, onde a energia potencial
é mínima e vale -ε. O parâmetro ε é chamado de energia característica.
12 6
(U) ' 4 & (3.9)
U U
onde:
= energia característica (erg/molécula);
= diâmetro de colisão (Angstrom).
0 7
µ ' 2,6693[10&5 (3.10)
2
µ
Para determinar a integral de colisão, pode-se usar a tabela 3.2. Se o gás fosse
composto de esferas rígidas de diâmetro σ (ao invés de moléculas reais com forças de
atração e repulsão), o parâmetro Ωµ seria igual a um. Desse modo, pode-se dizer que
a função Ωµ quantifica o desvio do comportamento de esferas rígidas.
A relação (3.10) é, então, útil para determinar a viscosidade de gases não polares a
baixas densidades. Entretanto, ela não pode ser aplicada com confiança para gases
constituídos por moléculas polares ou muito grandes, em especial para H2O, NH3,
CH3OH e NOCl.
- para KB T/ # 2:
.% 7
log µ ' 0,2071 & 0,4662 log (3.11)
- para KB T/ > 2:
.% 7
log µ ' 0,0689 & 0,1497 log (3.12)
KB T / µ
0,3 2,785
0,4 2,492
0,5 2,257
0,6 2,065
0,7 1,908
0,8 1,780
0,9 1,675
1,0 1,587
2,0 1,175
4,0 0,970
6,0 0,8963
8,0 0,8538
10 0,8242
20 0,7432
40 0,6718
60 0,6335
80 0,6076
100 0,5882
200 0,5320
400 0,4811
Uma limitação da equação (3.10) é que ela fornece resultados bons apenas para
temperauras acima de 100 K. Para a metalurgia, isso não representa uma restrição
importante, pois na maioria dos casos de lida com temperaturas bem acima deste
valor.
Q
j [L µL 0L
µ0,6785$ ' L'1 (3.13)
Q
j [L 0L
L' 1
onde:
n = número de componentes da mistura;
xi = fração molar do componente i na mistura;
µi = viscosidade do componente i na msitura;
Mi = massa molecular do gás i.
9LVFRVLGDGHGH/tTXLGRV
Dados de raios-X mostram também que nos líquidos existe uma organização a curta
distância.
9LVFRVLGDGH
Várias teorias tem sido formuladas para explicar algumas das propriedades dos
líquidos. Contudo, todas elas apresentam problemas.
Uma dessas teorias propõe a seguinte relação para cálculo de viscosidade de líquidos:
*YLV
µ ' $ exp (3.14)
5 7
onde:
µ = viscosidade do líquido (Poise);
A = constante (Poise)
T = temperatura absoluta;
R = constante dos gases (cal/mol . K);
∆Gvis = energia de ativação da viscosidade (cal/mol).
1R K
$ ' (3.15)
9̂
onde:
No = número de Avogadro
h = constante de Planck (6,624 x 10-27 erg . s)
^ = volume molar (cm3/mol).
V
Para líquidos que apresentam interações apenas do tipo van der Waals a energia de
ativação da viscosidade pode ser obtida da energia de vaporização:
sendo:
∆Evap = energia de vaporização (cal/mol).
9LVFRVLGDGH
onde:
∆Hvap = entalpia de vaporização (cal . mol).
Tb = temperatura de ebulição (K)
Infelizmente as relações (3.16) e (3.17) não são válidas para metais líquidos e não
devem ser usadas, a não ser como último recurso.
9LVFRVLGDGHGHPHWDLVOtTXLGRV
As interações existentes nos metais líquidos não são do tipo van der Waals e , desse
modo, as relações vistas acima não se aplicam a esses materiais.
µ 2
1R
µ( ' (3.18)
0 5 7
.% 7
7( ' (3.19)
1
9( ' (3.20)
Q 3
onde:
δ = distância interatômica no cristal a 0 K (cm);
ε = parâmetro de energia, característica do metal;
No = número de Avogrado;
M = massa atômica;
R = constante dos gases (8,314 x 107 g . cm2 / s2 . mol . K);
T = temperatura absoluta (K);
KB = constante de Boltzmann; 1,38 x 10-16 erg/K
n = número de átomos por unidade de volume.
9LVFRVLGDGH
µ
9
7
A relação vista graficamente na figura 3.4 pode ser expressa através do seguinte
polinômio:
2 3
1 1 1
µ( 9 (2 ' &0,0088 % 0,4488 & 0,0262 % 0,0156 (3.21)
7( 7( 7(
A tabela 3.4 fornece valores de e /KB para diversos metais. Os valores de /KB
quando colocados como função da temperatura se ajustam bastante bem a uma curva
do tipo:
Exemplo- Estime a viscosidade do titânio líquido 1850 oC. Os seguintes dados estão
disponíveis:
9LVFRVLGDGH
A temperatura reduzida é:
1850 % 273 1
7( ' ' 0,1969 ' 5,0787
10779,6 7(
µ( 9 (2 ' 3,6383
4,5
Q ' 1R ' 6,023 [ 1023 ' 5,6584 [ 1022 iWRPRV / FP 3
0 47,9
Logo:
1 1
9( ' ' ' 0,7322
Q 3
(5,6584 [ 1022) (2,89 [ 10&8)3
Assim:
3,6383 3,6383
µ( ' ' ' 6,7864
9 (2 (0,7322)2
E, finalmente:
µ = 5,38 cP
Para o caso de ligas, não há modelos de aplicação geral. É comum representar estes
dados de viscosidade, superpondo-se linhas de iso-viscosidade ao diagrama de fase
da liga. Exemplo deste tipo de abordagem é apresentado na figura 3.5.
9LVFRVLGDGHGHHVFyULDV
Uma outra fase que freqüentemente aparece nos processos metalúrgicos e que
apresenta bastante interesse é a escória.
Considerando-se a sílica pura, que tem as ligações entre os átomos muito fortes e
direcionais e que só escoa se essas ligações forem quebradas, pode-se examinar o
que acontece se for adicionado um óxido: CaO, por exemplo.
A estrutura da sílica líquida é similar à da sílica sólida, onde cada íon Si+4 compartilha
um elétron com cada um dos quatro íons O-2, que formam um tetraedro em torno do
íon Si+4. No estado sólido, a eletroneutralidade é mantida por cada íon O-2
compartilhando seu outro elétron entre dois tetraedros ou íons Si+4: a estrutura é um
arranjo cristalino regular de grupos SiO4-4 , como é mostrado na figura 3.6.
9LVFRVLGDGH
Quando a sílica é fundida o arranjo continua, mas não em toda a sua extensão sendo
que algumas ligações são rompidas, conforme se vê na figura 3.6b. mesmo assim,
continuam existindo muitas ligações Si-O e a viscosidade do líquido SiO2 é muito
elevada (1,5 x 105 Poise a 1940ºC).
Quando CaO, ou outro óxido bivalente similar é dissolvido na sílica líquida, os íons Ca+2
são acomodados nos interstícios da estrutura da sílica e os íons O-2 entram dentro da
rede cristalina, conforme se vê na figura 3.7. Cada íon O-2 do óxido CaO causa a
separação de dois tetraedros, pois com a presença de mais um íon O-2 cada tetraedro
9LVFRVLGDGH
pode ter um oxigênio que seja somente dele. Assim o aumento da dissolução de CaO
resulta numa quebra progressiva da rede tridimensional original, implicando numa
queda acentuada da viscosidade da solução, conforme se vê na figura 3.8.
Essa figura mostra também que o aumento da temperatura contribui para uma maior
quebra de ligações e consequentemente diminui a viscosidade da solução
A figura 3.8 não pode ser aplicada diretamente para escórias de alto-forno devido à
presença de outros óxidos importantes como o Al2O3 e o MgO. A seguir serão vistos
alguns métodos usados na determinação da viscosidade das escórias.
$'LDJUDPDGHLVRYLVFRVLGDGH
%0pWRGRGD6tOLFD(TXLYDOHQWH
&)yUPXODGH9LVFRVLGDGH
Outra possibilidade que pode ser adotada para cálculo de viscosidade de escórias é
o uso da equação de viscosidade, que é dada pela seguinte expressão(3):
25144
ln µ ' &10,3469 % & 0,096334 (% &D2) & 0,118176 (% 0J2) &
7
Figura 3.11- Sílica equivalente à alumina, para várias frações molares de Al2O3 e para várias relações
Al2O3 / CaO (1).
9LVFRVLGDGH
Para aplicar o método da sílica equivalente, calcula-se, inicialmente, a fração molar dos
óxidos na escória. Tem-se:
XCaO = 0,4516
XSiO2 = 0,3558
XAl2O3 = 0,1074
XMgO = 0,0852.
;$O 2 0,1074
2 3
' ' 0,2001
;&D2 % ;0J2 0,4516 % 0,0852
Xa = 0,1654
O valor de (XSiO2 + Xa) é, então: 0,3558 + 0,1654 = 0,5212. Este valor é lançado no
gráfico da figura 3.12, para a temperatura de 1500 oC, obtendo-se uma viscosidade de
4,03 P (log µ = 0,605), conforme mostrado na figura abaixo.
9LVFRVLGDGH
log µ = 0,605
Finalmen
te, usa-se a fórmula de viscosidade, dada pela equação (3.23). Substituindo valores,
obtem-se:
25144
ln µ ' &10,3469 % & 0,096334 (41,46) & 0,118176 (5,62) &
1773
NJ
µ ' 0,3802 ' 3,802 3
P V
Vários modelos mais elaborados têm sido desenvolvidos para previsão de valores de
viscosidades de diferentes tipos de escórias. Os métodos apresentados acima
representam apenas algumas das alternativas que se tem para avaliação de
viscosidades deste tipo de fluido, de grande importância na metalurgia.
5()(5Ç1&,$6
(;(5&Ë&,26
Placa superior
x
z=L
z
z=a
z=b
z=0
Placa inferior
9LVFRVLGDGH
(VFRDPHQWR/DPLQDUH7XUEXOHQWR
,1-(d2'(
&25$17(
D(VFRDPHQWRODPLQDU
,1-(d2'(
&25$17(
E(VFRDPHQWRWXUEXOHQWR
/ 9
5H ' (4.1)
µ
onde:
L = dimensão característica (definida de acordo com a configuração do sistema);
9 = velocidade média do fluido no tubo;
ρ = densidade do fluido;
µ = viscosidade dinâmica do fluido.
(Verificar que Re é um número adimensional).
' 9
5H ' (4.2)
µ
onde:
D = diâmetro do tubo.
%DODQoRVGH0DVVDHGH0RPHQWR
%DODQoRGHPDVVD
%DODQoRGHPRPHQWR
Essa equação é dimensionalmente correta, uma vez que, conforme já foi visto no
Capítulo 2, a taxa de entrada ou saída de momento tem a mesma dimensão de força.
j) ' P D (4.5)
G
j) ' P Y (4.6)
GW
onde:
F = somatório de forças atuando no corpo;
m = massa do corpo;
a = aceleração;
v = velocidade;
t = tempo.
lei de Newton da viscosidade), tais como gases, água, metais e escórias líquidos,
que são os fluidos que normalmente estão presentes nos sistemas metalúrgicos;
6 nas interfaces líquido-gás, a tensão de cisalhamento (ou o fluxo de momento) na
fase líquida é aproximadamente zero e pode ser assumida como zero em cálculos
práticos. Essa condição decorre do fato dos gases oferecerem pouca resistência ao
movimento do líquido, devido à sua baixa viscosidade (cerca de 3 a 4 ordens de
grandeza inferior à dos líquidos);
6 em interfaces líquido-líquido, o fluxo de momento e a velocidade são funções
contínuas.
$SOLFDo}HVGRV%DODQoRVGH0DVVDH0RPHQWR
Neste item, o procedimento descrito acima será utilizado para resolver alguns
problemas elementares de escoamento laminar. Em todas as situações abaixo serão
estudados escoamentos em regime estacionário (independentes do tempo), aplicados
a fluidos de densidade e viscosidade constantes, escoando em regime laminar. Estas
restrições serão removidas nos capítulos 5 e 6, onde serão analisadas situações mais
complexas e também casos que envolvam escoamento turbulento.
(VFRDPHQWRHQWUHGXDVSODFDVSODQDVKRUL]RQWDLV
3ODFDVXSHULRU 9
]
)OXLGR
]
[
[ 3ODFDLQIHULRU
3ODFDVXSHULRU 9
] δ
\∆\ ]∆]
\ ] )OXLGR
]
[ [∆[
]
[ 3ODFDLQIHULRU
Com a escolha de eixos acima, tem-se que o transporte de momento por convecção
ocorre na direção x, que é a direção do movimento macroscópico do fluido. O
transporte de momento por difusão ocorre na direção z, que é a direção do gradiente
de velocidade. É fácil se constatar que há um gradiente de velocidade na direção z. No
ponto z = 0 (placa inferior), a velocidade do fluido é nula. Em um outro ponto z
qualquer, o fluido estará se movendo. Desse modo, há um gradiente de velocidade na
direção z (a velocidade do fluido varia com a posição z). É importante enfatizar que não
é necessário saber onde a velocidade é maior ou menor, basta saber que vai haver
variação de velocidade na direção z, e isso é bastante simples de se verificar.
%DODQoRGHPDVVD
2VSRQWRVRQGHVHFRQVLGHUDHQWUDGDHVDtGDGHPDVVDVmRGHWHUPLQDGRVHP
IXQomRGDRULHQWDomRGRVHL[RVHQmRHPIXQomRGRVHQWLGRGHHVFRDPHQGRGR
IOXLGR. Nesse caso, o fluido está realmente escoando da esquerda para a direita;
entretanto, as entradas e saídas de massa permaneceriam sendo nos pontos x e x +
x, respectivamente, mesmo se o fluido escoasse da direita para a esquerda. O fato
dos pontos de entrada e saída de massa serem definidos em função da escolha da
orientação dos eixos coordenados elimina a necessidade de se saber de antemão o
sentido de escoamento do fluido. Em muitas situações, o sentido de escoamento não
é tão óbvio.
As taxas de entrada e saída de massa podem ser avaliadas pelas expressões abaixo:
O sinal “-“ na equação acima vem da definição de derivada primeira, dada por:
onde f é uma função qualquer (na equação (4.13), a função é o produto vx ). Observe
que os limites de avaliação da função f na definição de derivada são os opostos
daqueles que aparecem na equação (4.13).
MY [
' 0 (4.15)
M[
MY [
' 0 (4.16)
M[
%DODQoRGHPRPHQWR
e LPSRUWDQWH HQIDWL]DU PDLV XPD YH] TXH RV SRQWRV GH HQWUDGD H VDtGD GH
PRPHQWRSRUFRQYHFomRHSRUGLIXVmRVmRGHWHUPLQDGRVHPIXQomRGDHVFROKD
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
GDRULHQWDomRGRVHL[RVFRRUGHQDGRVHQmRHPIXQomRGRFRQKHFLPHQWRGR
VHQWLGRUHDOGRWUDQVSRUWHGHPRPHQWRSRUHVWHVPHFDQLVPRV1mRpQHFHVViULR
FRQKHFHU GH DQWHPmR RV VHQWLGRV GH HVFRDPHQWR GH PRPHQWR SDUD VH
HVWDEHOHFHU RV EDODQoRV GH PRPHQWR (VWHV VHQWLGRV VHUmR QDWXUDOPHQWH
GHWHUPLQDGRVGXUDQWHRGHVHQYROYLPHQWRGDDQiOLVHGRSUREOHPD
As diversas taxas que aparecem na equação acima podem ser avaliadas através das
expressões a seguir:
Nas equações (4.20) e (4.21), zx representa o fluxo de momento por difusão (veja
capítulo 3). Quando este fluxo é multiplicado pela área normal à sua direção, x y,
obtem-se a taxa de momento por difusão.
RX
M(Y[ Y [) M( ][)
& & ' 0 (4.26)
M[ M]
MY [
' 0 (4.27)
M[
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
M(Y[ Y [) M(Y [)
' 2 Y[ ' 0 (4.28)
M[ M[
Logo:
G( ][)
' 0 (4.29)
G]
GY [
][ ' & µ (4.32)
G]
Combinando as equações (4.31) e (4.32), obtem-se:
GY [
][ ' & µ ' &1 (4.33)
G]
&1
GY [ ' & G] (4.34)
m m µ
&1
Y[ ' & ] % &2 (4.35)
µ
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
onde C2 é uma nova constante de integração. A integração acima foi feita assumindo-
se que a viscosidade do fluido é constante.
A equação (4.35) fornece uma equação genérica para o perfil de velocidade entre as
duas placas planas paralelas e horizontais. Para se ter o perfil específico para o caso
em estudo, deve-se determinar os valores das constantes C1 e C2. Estas duas
constantes são determinadas a partir do uso das condições de contorno. Pelo que foi
mencionado no item 4.2, sabe-se que nas interfaces sólido-líquido, a velocidade do
fluido se iguala à velocidade do sólido. Dessa forma, pode-se afirmar que:
&1
0 ' & 0 % &2 (&.&. 1)
µ
&1
9 ' & % &2 (&.&. 2)
µ
&2 ' 0
9 µ
&1 ' &
Finalmente, o perfil de velocidade para o fluido entre as placas pode ser expresso por:
]
Y[ ' 9 (4.36)
GY[ 9
][ ' & µ ' & µ (4.37)
G]
Observa-se que zx é constante, não variando com a posição entre as placas.
G4 ' (: G] Y [) (4.38)
]' ]'
G4 ' (: G] Y [) (4.39)
m m
]' 0 ]' 0
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
]'
4 ' (: G] Y[) ' : 9 (4.40)
m 2
]' 0
9
9 ' (4.42)
2
Esse resultado já era esperado, pois no caso de uma variação linear, a velocidade
média é certamente dada pela média das velocidades nos extremos (0 e V).
(VFRDPHQWRGHXPDSHOtFXODGHIOXLGR
No item acima, foi tratado um problema de pouca aplicação prática, mas de extrema
simplicidade, o que facilita o desenvolvimento dos balanços de massa e de momento.
Nesse item, será tratado um caso que se aproxima mais de situações que podem ser
encontradas na realidade. Trata-se do escoamento de uma película de fluido em um
plano inclinado. Situações similares à esta podem ser encontradas no vazamento de
metais do interior de fornos através dos chamados FDQDLVGHFRUULGD, nos transbordos
de usinas hidrelétricas, ou até da água escorrendo pela rua em dias de chuva. O
tratamento a ser adotado será similar ao empregado no item 4.3.1.
'LVW~UELRV
)LOPHGH QDHQWUDGD (QWUDGDGH
OtTXLGR OtTXLGR
5HVHUYDWyULR
'LVW~UELRV
GHOtTXLGR
QDVDtGD
+
]
DU
FR P R
UI D FH
, QW H LGR
)OX
∆ ]
] ]
R
] F OL Q DG
L Q
S O DQ R
∆ [ R
\
[ L H G
∆\ H U I tF
[
\ 6XS
] \ α
]
*UDYLGDGH
\
Com a escolha de eixos acima, tem-se que o transporte de momento por convecção
ocorre na direção y, que é a direção do movimento macroscópico do fluido. O
transporte de momento por difusão ocorre na direção z, que é a direção do gradiente
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
%DODQoRGHPDVVD
2VSRQWRVRQGHVHFRQVLGHUDHQWUDGDHVDtGDGHPDVVDVmRGHWHUPLQDGRVHP
IXQomRGDRULHQWDomRGRVHL[RVHQmRHPIXQomRGRVHQWLGRGHHVFRDPHQGRGR
IOXLGR. Nesse caso, considerando-se o sentido da força da gravidade, o fluido deverá
realmente escoar de cima para baixo, que é o sentido oposto ao do crescimento do
eixo y; entretanto, as entradas e saídas de massa permaneceriam sendo nos pontos
y e y + y, respectivamente. O fato dos pontos de entrada e saída de massa serem
definidos em função da escolha da orientação dos eixos coordenados elimina a
necessidade de se saber de antemão o sentido de escoamento do fluido. Esse sentido
aparecerá naturalmente no desenvolvimento do tratamento matemático do problema.
As taxas de entrada e saída de massa podem ser avaliadas pelas expressões abaixo:
Lembre-se que o sinal “-“ na equação acima vem da definição de derivada primeira.
MY\
' 0 (4.50)
M\
MY \
' 0 (4.51)
M\
%DODQoRGHPRPHQWR
0DLVXPDYH]pGHH[WUHPDLPSRUWkQFLDHQIDWL]DUTXHRVSRQWRVGHHQWUDGDH
VDtGDGHPRPHQWRSRUFRQYHFomRHSRUGLIXVmRVmRGHWHUPLQDGRVHPIXQomRGD
HVFROKDGDRULHQWDomRGRVHL[RVFRRUGHQDGRVHQmRHPIXQomRGRFRQKHFLPHQWR
GR VHQWLGR UHDO GR WUDQVSRUWH GH PRPHQWR SRU HVWHV PHFDQLVPRV 1mR p
QHFHVViULRFRQKHFHUGHDQWHPmRRVVHQWLGRVGHHVFRDPHQWRGHPRPHQWRSDUD
VH HVWDEHOHFHU RV EDODQoRV GH PRPHQWR (VWHV VHQWLGRV VHUmR QDWXUDOPHQWH
GHWHUPLQDGRVGXUDQWHRGHVHQYROYLPHQWRGDDQiOLVHGRSUREOHPD Intuitivamente,
sabe-se que o fluido deverá estar descendo pelo plano inclinado. Esta informação não
é necessária ao correto equacionamento do problema
As diversas taxas que aparecem na equação acima podem ser avaliadas através das
expressões a seguir:
Nas equações (4.55) e (4.56), zy representa o fluxo de momento por difusão. Quando
este fluxo é multiplicado pela área normal à sua direção, x y, obtem-se a taxa de
momento por difusão.
M(Y\ Y \) M( ]\)
& & & J cos ' 0 (4.62)
M\ M]
MY \
' 0 (4.51)
M\
M(Y\ Y \) M(Y \)
' 2 Y\ ' 0 (4.63)
M\ M\
G( ]\) G( ]\)
& & J cos ' % J cos ' 0 (4.64)
G] G]
GY \
]\ ' & µ (4.68)
G]
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
GY \
]\ ' & µ ' J cos (+ & ]) (4.69)
G]
J cos (+ & ])
GY\ ' & G] (4.70)
m m µ
J cos ]2
Y\ ' & (+ ] & ) % &2 (4.71)
µ 2
onde C2 é uma nova constante de integração. A integração acima foi feita assumindo-
se que a viscosidade do fluido é constante.
A equação (4.71) fornece uma equação genérica para o perfil de velocidade do fluido
escoando no plano inclinado. Para se ter o perfil específico para o caso em estudo,
deve-se determinar o valor da constante C2. Esta constante é determinada a partir do
uso de uma condição de contorno. Pelo que foi mencionado no item 4.2, sabe-se que
nas interfaces sólido-líquido, a velocidade do fluido se iguala à velocidade do sólido.
Dessa forma, pode-se afirmar que:
J cos 02
0 ' & (+ 0 & ) % &2 (&.&.2)
µ 2
&2 ' 0
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
Finalmente, o perfil de velocidade para o fluido entre as placas pode ser expresso por:
J cos ]2
Y\ ' & (+ ] & ) (4.72)
µ 2
G4 ' (: G] Y \) (4.73)
]' + ]' +
G4 ' (: G] Y [) (4.74)
m m
]' 0 ]' 0
]' + ]' +
J cos ]2 J cos +3
4 ' (: G] Y [) ' & (: (+ ] & ) G] ' & : (4.75)
m m µ 2 µ 3
]' 0 ]' 0
J cos +3
' 4 ' & : (4.76)
µ 3
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
Nessa equação fica fácil de se identificar a força motriz para o escoamento (- g cos ),
o termo associado à resistência ao escoamento ( = µ / ), que é viscosidade
cinemática do fluido, e um termo associado à geometria do sistema (W H3 / 3).
4 J cos +2
9 ' ' & (4.78)
: + µ 3
+
U ]
P RD
FHFR
UI D LGR
,Q W H )OX
]
GR
FO LQD
DQRLQ
O
G RS
L H
3HUILOGHYHORFLGDGHV
SHUItF
6X
α
]
*UDYLGDGH
\
Pode-se, finalmente, determinar a força exercida pelo fluido sobre a superfície do plano
inclinado. Essa força é avaliada integrando-se a tensão de cisalhamento, zy , ao longo
da superfície do plano inclinado (z = 0). Considerando-se uma extensão L do plano
inclinado, tem-se:
Todas as relações obtidas nesse item são válidas apenas quando se tem escoamento
laminar. Para escoamento lento de filmes viscosos de pequena espessura, estas
condições são satisfeitas. Foi encontrado experimentalmente que à medida que a
velocidade do filme aumenta, a espessura H aumenta e a viscosidade cinemática
diminui, a natureza do escoamento se altera. De acordo com resultados
experimentais(2), o escoamento em um plano inclinado é laminar quando prevalece a
condição indicada na equação (4.81):
+ 9
5H ' # 6 (4.81)
µ
J cos +3
' :
µ 3
J +3
'
3
Substituindo valores, obtem-se:
= 800 kg/m3;
= 2 x 10-4 m2/s;
H = 2,5 mm = 2,5 x 10-3 m.
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
O resultado acima só será correto se o escoamento for laminar. Para verificar esta
hipótese, calcula-se o número de Reynolds, pela equação (4.81):
+ 9 + 9
5H ' '
µ
9 '
+ :
0,2042
5H ' ' ' 1,276
(800) (2 [ 10&4)
Como Reynolds está abaixo do limite para transição de laminar para turbulento, o
cálculo desenvolvido é válido.
Exemplo- Escória líquida passa sobre mate dentro de um forno de produção de cobre
para recuperar o cobre nela contido. Essa operação se desenvolve dentro
de um forno de revérbero com 25 metros de comprimento e 9 m de largura.
Assumindo que o mate está estacionário e que a escória flui continuamente
(vazão volumétrica 6,3 x 10-4 m3/s), determinar:
6 equação de distribuição de velocidade na camada de escória;
6 fração de material que permanece no forno por um tempo superior a
duas vezes o tempo de residência médio.
A espessura da camada de escória é de 0,6 m.
Uma vista esquemática do sistema em análise é mostrada na figura abaixo.
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
J cos +3
4 ' :
µ 3
J cos 3 4
'
µ +3 :
J cos ]2 3 4 ]2
Y\ ' (+ ] & ) ' (+ ] & )
µ 2 +3 : 2
/
W '
9
4 6,3 [ 10&4
9 ' ' ' 1,17 [ 10&4 P/V
: + (9) (0,6)
Dessa forma, para o material ter pelo menos dobro do tempo de residência médio no
forno, a sua velocidade deverá ser menor que ou igual à metade da velocidade média.
O ponto onde ocorre essa velocidade é determinado através da equação:
1,17 [ 10&4
Y\ ' ' 9,72 [ 10&4 (0,6 ] & 0,5 ] 2) '
2
Como a altura total da camada de escória é de 0,6 m, a fração de material cujo tempo
de residência no forno é pelo menos duas vezes o tempo médio é dada por:
(0,1102 & 0)
IUDomR ' ' 0,184 RX 18,4 %
0,6
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
(VFRDPHQWRD[LDOHPXPGXWRFLOtQGULFR
Um dos tipos de escoamento de fluido mais comum é aquele que ocorre em um duto
cilíndrico ou tubo. Para se tratar um sistema com esta geometria, torna-se interessante
introduzir um novo sistema de coordenadas cartesianas, as coordenadas cilíndricas.
O uso de coordenadas retangulares (x, y e z), como feito nos itens anteriores, tornaria
bastante complicado o estudo do escoamento em tubos.
U
θ
\
]
U
θ
Nesse item será, então, estudado o escoamento axial em um duto cilíndrico vertical,
considerando a existência de uma diferença de pressão ao longo do seu comprimento.
Este sistema é visto esquematicamente na figura 4.9 a seguir. A mesma sequência de
etapas adotada nos itens anteriores será empregada aqui.
%DODQoRGHPDVVD
2VSRQWRVRQGHVHFRQVLGHUDHQWUDGDHVDtGDGHPDVVDVmRGHWHUPLQDGRVHP
IXQomRGDRULHQWDomRGRVHL[RVHQmRHPIXQomRGRVHQWLGRGHHVFRDPHQGRGR
IOXLGR. Nesse caso, ainda não se sabe o sentido de escoamento, pois este sentido vai
depender do valor da diferença de pressão existente. O fato dos pontos de entrada e
saída de massa serem definidos em função da escolha da orientação dos eixos
coordenados elimina a necessidade de se saber DSULRUL o sentido de escoamento do
fluido.
As taxas de entrada e saída de massa podem ser avaliadas pelas expressões abaixo:
Mais uma vez, é conveniente lembrar que o sinal “-“ na equação acima vem da
definição de derivada primeira, dada por:
onde f é uma função qualquer (na equação (4.88), a função é o produto vz ). Observe
que os limites de avaliação da função f na definição de derivada são os opostos
daqueles que aparecem na equação (4.88).
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
MY ]
' 0 (4.90)
M]
MY ]
' 0 (4.91)
M]
%DODQoRGHPRPHQWR
Inicialmente, deve-se lembrar que momento pode ser transportado por dois
mecanismos: difusão e convecção. Ambos devem ser considerados quando se
estabelece o balanço. Considerando que momento por difusão é transportado na
direção do gradiente de velocidade (direção r) e que o transporte de momento por
convecção ocorre na direção do movimento macroscópico do fluido (direção z), pode-
se expressar o balanço de momento da seguinte forma:
eLPSRUWDQWHHQIDWL]DUQRYDPHQWHTXHRVSRQWRVGHHQWUDGDHVDtGDGHPRPHQWR
SRU FRQYHFomR H SRU GLIXVmR VmR GHWHUPLQDGRV HP IXQomR GD HVFROKD GD
RULHQWDomRGRVHL[RVFRRUGHQDGRVHQmRHPIXQomRGRFRQKHFLPHQWRGRVHQWLGR
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
UHDO GR WUDQVSRUWH GH PRPHQWR SRU HVWHV PHFDQLVPRV 1mR p QHFHVViULR
FRQKHFHUDSULRULRVVHQWLGRVGHHVFRDPHQWRGHPRPHQWRSDUDVHHVWDEHOHFHU
RV EDODQoRV GH PRPHQWR (VWHV VHQWLGRV VHUmR GHWHUPLQDGRV GXUDQWH R
GHVHQYROYLPHQWRGDDQiOLVHGRSUREOHPD
As diversas taxas que aparecem na equação acima podem ser avaliadas através das
expressões a seguir:
Nas equações (4.95) e (4.96), rz representa o fluxo de momento por difusão (veja
capítulo 3). Quando este fluxo é multiplicado pela área normal à sua direção, 2 r z,
obtem-se a taxa de momento por difusão.
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
MY ]
' 0 (4.91)
M]
M(Y] Y ]) M(Y])
' 2 Y] ' 0 (4.103)
M] M]
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
Logo:
M(U U]) M3
& % J & ' 0 (4.104)
U MU M]
M3 3 & 3/
& ' R (4.105)
M] /
3R & 3 /
G(U U]) ' m J % U GU (4.107)
m /
3R & 3 / U 2
(U U]) ' J % % &1 (4.108)
/ 2
0 # U # 5
Para esta equação ser válida em r = 0, o valor de C1 deve ser obrigatoriamente igual
a 0. Isso é verdadeiro desde que rz , g e (Po - PL)/L sejam números finitos1. Essa
condição é nomalmente atendida e, dessa forma, pode-se assumir que C1 seja igual
a 0.
Com esse valor de C1, pode-se reescrever a equação (4.108) da seguinte forma:
3 R & 3/ U
( U]) ' J % (4.109)
/ 2
GY ]
U] ' & µ (4.110)
GU
GY] 3 R & 3/ U
U] ' & µ ' J % (4.111)
GU / 2
1 3R & 3 / U GU
GY] ' & J % (4.112)
m m µ / 2
1 3 R & 3/ U2
Y] ' & J % % &2 (4.113)
µ / 4
1
Lembre-se que o produto de qualquer número finito por zero é zero. O produto de
infinito por zero é indeterminado.
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
onde C2 é uma nova constante de integração. A integração acima foi feita assumindo-
se viscosidade e densidade do fluido constantes.
A equação (4.113) fornece uma equação genérica para o perfil de velocidade dentro
de um duto cilíndrico. Para se ter o perfil específico para o caso em estudo, deve-se
determinar o valor da constante C2. Esta constante é determinada a partir do uso de
uma condição de contorno. Sabe-se que nas interfaces sólido-líquido, a velocidade do
fluido se iguala à velocidade do sólido. Dessa forma, pode-se afirmar que:
1 3R & 3 / 5 2
0 ' & J % % &2 (&.&.)
µ / 4
1 3 R & 3/ (5 2 & U 2)
Y] ' J % (4.114)
µ / 4
Como a viscosidade do fluido tem um valor sempre maior que zero e o termo (R2 - r2)
é maior que ou igual a zero, o sentido da velocidade do fluido, para baixo ou para cima
(velocidades positivas ou negativas, respectivamente), depende unicamente do sinal
do termo entre colchetes. Nota-se que:
3R & 3 /
J % > 0 YHORFLGDGHV SRVLWLYDV (IOXLGR GHVFH)
/
3R & 3 /
J % < 0 YHORFLGDGHV QHJDWLYDV (IOXLGR VREH)
/
3 R & 3/
J % ' 0 YHORFLGDGHV QXODV (IOXLGR SDUDGR)
/
Este termo representa a força motriz para a ocorrência do escoamento. Quando não
há diferença de pressão, o escoamento ocorre só em virtude da força da gravidade e
as velocidades serão positivas (fluido desce). Nesse caso, o perfil de velocidades será
dado por:
Pela equação acima, evidencia-se que no caso de um fluido escoando apenas devido
à gravidade, as velocidades são inversamente proporcionais à viscosidade cinemática
do fluido. (VVDSURSULHGDGHpTXHUHDOPHQWHGHILQHDUHVLVWrQFLDTXHXPIOXLGR
RIHUHFH DR HVFRDPHQWR. Quanto maior a viscosidade cinemática, maior será a
resistência ao escoamento e menores serão as velocidades. Um ponto interessante
a ser observado é que R DoR H D iJXD SRVVXHP YLVFRVLGDGHV FLQHPiWLFDV
DSUR[LPDGDPHQWHLJXDLV (verifique isso usando os dados do Capítulo 3).
A equação (4.114) pode ser facilmente modificada para o caso de dutos inclinados. Se
é o ângulo que o tubo faz com a vertical, o perfil de velocidades é dado por:
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
1 3 R & 3/ (5 2 & U 2)
Y] ' J cos % (4.116)
µ / 4
Pela equação (4.114), observa-se que a velocidade máxima do fluido ocorre no centro
do tubo (r = 0) e é dada por:
Pi[ 1 3R & 3 / 5 2
Y] ' J % (4.117)
µ / 4
Y] U
2
' 1 & (4.118)
Pi[ 5
Y]
3 R & 3/ 5
( U])SDUHGH ' J % (4.119)
/ 2
( U]) U
' (4.120)
( U])SDUHGH 5
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
] ]
Y] τ U]
Y Pi[ τ SDUHGH
U]
]
3HUILOGHYHORFLGDGHVSDUDEyOLFR 3HUILOOLQHDUGRIOX[RGHPRPHQWR
RXWHQVmRGHFLVDOKDPHQWR
G4 ' (2 U GU Y ]) (4.121)
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
U' 5 U' 5
G4' (2 U GU Y ]) (4.122)
m m
U' 0 U' 0
U' 5 U' 5
1 3R & 3/ (5 2 & U 2)
G4' 2 U J % GU (4.123)
m m µ / 4
U' 0 U' 0
54 3 R & 3/
4' J % (4.124)
8 µ /
54 3 R & 3/
' 4 ' J % (4.125)
8 µ /
52 3 R & 3/
9 ' J % (4.126)
8 µ /
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
Um outro parâmetro que pode ser avaliado a partir dos dados acima é a componente
vertical (direção z) da força que o fluido exerce sobre a parede do tubo. Essa força
corresponde ao produto da tensão de cisalhamento na interface fluido-parede pela
área superficial da parede do tubo ao longo de um comprimento L. Dessa forma, tem-
se:
3R & 3 / 5
)] ' 2 5 / ( U])SDUHGH ' 2 5 / J % (4.127)
/ 2
Todas as relações obtidas nesse item são válidas apenas para o caso de escoamento
laminar. Para tubos, esse é o regime de escoamento quando se satisfaz a condição
abaixo:
' 9
5H ' < 2100 (4.129)
µ
Exemplo- Água escoa através de um tubo horizontal com diâmetro de 1,59 x 10-3 m
e sob uma diferença de pressão de 904,82 Pa/m. Determinar a vazão de
massa da água no tubo.
Dados: - densidade da água = 1000 kg/m3;
- viscosidade da água = 0,001 kg/m.s (ou Pa.s).
Solução- Usando a equação (4.125) para a vazão de massa, tem-se para tubos
horizontais que:
5 4 3 R & 3/
'
8 µ /
1,59 [ 10&3 4
(1000) ( )
2
' 904.82 ' 1,42 [ 10&4 NJ/V
8 (0,001)
Finalmente, deve-se verificar a validade do cálculo acima. Para tal, avalia-se o número
de Reynolds. Combinando-se as expressões para a vazão de massa, velocidade média
e a definição do número de Reynolds para tubos, tem-se:
4 4 (1,42 [ 10&4)
5H ' ' ' 113,7
' µ (1,59 [ 10&3) (0,001)
3 R & 3/ 2
\
2
Y[ ' 1 &
/ 2 µ
2: 3 3 R & 3/
4'
3 µ /
3ODFDVSDUDOHODVHKRUL]RQWDLV
3R 3/
[ δ
\
[
)OXLGR δ
[ δ
[ [ /
(VFRDPHQWRHPGXWRVFRQFrQWULFRV
A figura 4.11 mostra uma vista esquemática da configuração a ser estudada. O fluido
está escoando na região localizada entre os tubos vermelho (diâmetro menor) e preto
(diâmetro maior). Novamente, vai se analisar a situação onde o fluido apresenta
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
U 3R
] ]R
N5
)OXLGR
5
(OHPHQWR
GHYROXPH
∆U
] ]/ 3/
3 R & 3/ U2
(U U]) ' J % % &1 (4.108)
/ 2
0 # U # 5
N5 # U # 5
GY ] 3R & 3 / U &
U] ' & µ ' J % % 1 (4.131)
GU / 2 U
1 3 R & 3/ U GU &
GY ] ' & J % & 1 GU (4.132)
m m µ / 2 µ U
1 3R & 3 / U 2 &
Y] ' & J % & 1 ln U % &2 (4.133)
µ / 4 µ
onde C2 é uma nova constante de integração. A integração acima foi feita novamente
assumindo-se viscosidade e densidade do fluido constantes.
3R & 3 / 5 2 (1 & N 2)
&1 ' J % (4.134)
/ 4 ln N
3R & 3 / 5 2 (1 & N 2)
&2 ' J % 1 % ln 5 (4.135)
/ 4 µ ln N
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
3R & 3 / 5 2 U
2
(1 & N 2) U
Y] ' J % 1 & % ln (4.136)
/ 4 µ 5 ln 1/N 5
(1 & N 2)
UPi[ ' 5 (4.137)
2 ln (1/N)
Por procedimento similar ao empregado nos itens anteriores, pode-se avaliar a vazão
volumétrica do fluido:
U' 5
3 R & 3/ 54 (1 & N 2)2
4 ' 2 U Y] GU ' J % 1 & N4 & (4.139)
m / 8 µ ln (1/N)
U'N5
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
As relações desenvolvidas nesse item são válidas para escoamento laminar. Nesse
caso, o escoamento laminar predomina quando o número de Reynols, definido pela
equação abaixo, é inferior a 2000:
' (1 & N) 9]
5H ' < 2000 (4.131)
µ
(VFRDPHQWRODPLQDUELIiVLFR
O que aparece de novo nesse tipo de sistema são as condições de contorno que
devem ser aplicadas na interface entre os dois fluidos. Essas condições se baseiam
na continuidade dos perfis de velocidade e do fluxo de momento (ou tensão de
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
cisalhamento). Desse modo, pode-se afirmar que na interface entre os dois liquidos
tem-se:
- velocidade no líquido 1 = velocidade no líquido 2;
- fluxo de momento no líquido 1 = fluxo de momento no líquido 2.
Essas duas condições de contorno devem ser usadas para se determinar o perfil de
velocidades nos líquidos nesse tipo de sistema.
3ODFDVSDUDOHODVHKRUL]RQWDLV
3R 3/
[ K
\ )OXLGR%ρ , µ
E E
[
,QWHUIDFH
)OXLGR$ρ , µ
D D
[ K
[ [ /
MY[
' 0 (4.142)
M[
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
$ 3 R & 3/ $
\[ ' \ % &1 (4.143)
/
% 3 R & 3/ %
\[ ' \ % &1 (4.144)
/
Como os perfis de tensão de cisalhamento nos dois líquidos não são necessariamente
iguais, deve-se escrever uma equação para cada líquido, com as respectivas
constantes de integração, C1A e C1B.
$ %
\ ' 0 : \[ ' \[ (&.&.1)
$ %
&1 ' &1 ' &1 (&.&.1)
$
$ MY[ 3 R & 3/
\[ ' & µD ' \ % &1 (4.145)
M\ /
%
% MY[ 3 R & 3/
\[ ' & µE ' \ % &1 (4.146)
M\ /
$ 1 3 R & 3/ \2 & $
Y[ ' & & 1 % &2 (4.147)
µD / 2 µD
% 1 3 R & 3/ \2 & %
Y[ ' & & 1 % &2 (4.148)
µE / 2 µE
$ %
\ ' 0 : Y[ ' Y [ (&.&.2)
$
\ ' & K : Y[ ' 0 (&.&.3)
%
\ ' K : Y[ ' 0 (&.&.4)
$ %
&2 ' &2 ' &2
3R & 3 / K µD & µE
&1 ' & (4.149)
/ 2 µD % µE
3 R & 3/ K2 2 µD
&2 ' (4.150)
/ 2µD µD % µE
1 3R & 3 / µD & µE \
2 µD 2
$ K2 \
Y[ ' % & (4.151)
µD / 2 µD % µE µD % µE K K
1 3R & 3 / µD & µE \
2 µE 2
% K2 \
Y[ ' % & (4.152)
µE / 2 µD % µE µD % µE K K
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
Quando as viscosidades dos líquidos forem iguais (µa = µb), as expressões acima se
igualam àquelas obtidas para escoamento de um único fluido entre placas paralelas
horizontais.
$ 1 3R & 3 / K2 7 µD % µE
Y[ ' (4.153)
µD / 12 µD % µE
% 1 3R & 3 / K2 µD % 7 µE
Y[ ' (4.154)
µE / 12 µD % µE
Finalmente, torna-se interessante determinar onde a velocidade será máxima. Para tal,
basta derivar os perfis de velocidades e igualar o resultado a zero.
$
MY[ 1 3R & 3 / K µD & µE
' & \ % ' 0 (4.155)
M\ µD / 2 µD % µE
%
MY[ 1 3R & 3 / K µD & µE
' & \ % ' 0 (4.156)
M\ µE / 2 µD % µE
Das equações acima, constata-se que a derivada será zero quando o termo entre
colchetes for zero. Assim, o ponto de velocidade máxima será dado por:
K µD & µE
\Y ' (4.157)
Pi[ 2 µD % µE
- se µa > µb: yv máx > 0, o que significa que a maior velocidade ocorrerá na camada de
fluido B, que é o líquido menos viscoso;
- se µa < µb: yv máx < 0, significando que a maior velocidade ocorrerá na camada de
fluido A, que é o líquido menos viscoso;
- se µa = µb: yv máx = 0. A maior velocidade ocorrerá no centro da distância entre as
placas.
5()(5Ç1&,$6
(;(5&Î&,26
5- Água está colocada entre duas placas paralelas, planas infinitas distantes 3 cm uma
da outra. Se as placas se movem em sentidos opostos com velocidades de 0,18 m/s
e 0,21 m/s, deduzir a expressão do perfil de velocidade e calcular a velocidade
média da água.
Fazer um diagrama do sistema que você está analisando.
Dados:
- Densidade da água: 1 g/cm3;
- Viscosidade da água: 1 cP.
U
7UDQVERUGR
]
] ]R
D5
)OXLGR
5
$U
] ]/
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
Arame
Reservatório
L
de óleo
Fluido
D
1 2
h
Água
U
lingotamento
Escória
A A' Aço - Veio W
Molde
Escória
Pressão P
δ
W x = direção vertical
5HVSRVWDVGRV([HUFtFLRV
1- D = 1,5 mm
2- Q = 1,92 x 10-4 m3/s
3- µ = 0,42 Pa.s (= kg /m s) Re = 0,045 (válido)
4- Considerando o eixo z na direção do escoamento (sentido: de cima para baixo) e
o eixo x na direção do gradiente, com a origem no centro das placas, tem-se o
seguinte perfil de velocidades, vazão volumétrica e relação de velocidades::
3 R & 3/ 2
[
2
Y] ' % J 1 &
/ 2 µ
2 3 R & 3/ : 3
4 ' % J : ' ODUJXUD GDV SODFDV
3 / µ
Y] 2
'
Pi[ 3
Y]
(VFRDPHQWR/DPLQDUH%DODQoRGH0RPHQWR
)OXLGR FP
\
[
[ Y PV
2
J 52 U U
Y] ' 1 % 2 D 2 ln &
4 µ 5 5
U'D5
4 ' 2 U Y ] GU
m
U' 5
U
9 ln
5
Y] '
ln N
8- Tem-se as seguintes equações para o perfil de velocidades e vazão volumétrica:
3 R & 3/
Y] ' (5 2 U 2)
4 µ /
+2 2 J K 5 4
4 '
µ / 8
9- Tem-se:
J \
Y[ ' \ & \ 2 % 8 0 & (80 & 8 /)
2 µ
\'
4 ' 4 : Y [ G\ : ' ODUJXUD GDV IDFHV
m
\' 0
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
GF MF MF M[ MF M\ MF M]
' % % % (5.1)
GW MW M[ MW M\ MW M] MW
Suponha-se que agora ao invés de se tomar um barco a motor, entra-se numa canoa
sem remo e segue-se a correnteza. A variação de concentração de peixes com o
tempo vai depender também da velocidade da correnteza. Essa derivada é
denominada derivada seguindo o movimento e é dada por:
GF MF MF MF MF
' % Y[ % Y\ % Y] (5.2)
GW MW M[ M\ M]
(TXDomRGDFRQWLQXLGDGH
]∆]
∆]
]
\∆\
] ∆\
[ ∆[ [∆[ \
\
[ \ ] (5.4)
W
( \ ] Y [)|[ (5.5)
( \ ] Y [)|[% [ (5.6)
( [ ] Y \)|\ (5.7)
( [ ] Y \)|\% \ (5.8)
( [ \ Y])|] (5.9)
( [ \ Y])|]% ] (5.10)
M M M M
' & ( Y [) & ( Y \) & ( Y ]) (5.13)
MW M[ M\ M]
M MY[ M
( Y [) ' % Y[ (5.14)
M[ M[ M[
M MY\ M
( Y \) ' % Y\ (5.15)
M\ M\ M\
M MY] M
( Y ]) ' % Y] (5.16)
M] M] M]
M MY[ M MY \ M MY ] M
% % Y[ % % Y\ % % Y] ' 0 (5.17)
MW M[ M[ M\ M\ M] M]
M M M M MY[ MY \ MY]
% Y[ % Y\ % Y] ' & % % (5.18)
MW M[ M\ M] M[ M\ M]
'
' & L.Y (5.19)
'W
M M M
L ' % % (5.20)
M[ M\ M]
Uma forma especial da equação de continuidade, que será bastante usada, é a que
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
MY[ MY\ MY ]
% % ' 0 (5.21)
M[ M\ M]
Diz-se que essa equação é aplicada a fluidos incompressíveis. É claro que nenhum
fluido é verdadeiramente incompressível, mas muito freqüentemente em engenharia
essa suposição de densidade constante é bastante razoável e não causa erro
significativo nos cálculos.
(TXDomRGRPRYLPHQWR
7D[D GH HQWUDGD GH PDVVD & 7D[D GH VDtGD GH PDVVD % 6RPDWyULR GH IRUoDV '
Nota-se que a expressão (5.22) é uma extensão da relação (4.4) para o estado não-
estacionário. Desse modo, proceder-se-á de maneira similar à que foi desenvolvida no
o capítulo anterior.
Avaliando-se cada uma das parcelas que aparecem na equação (5.22), tem-se
(apenas na direção x):
( Y [)
[ \ ] (5.23)
W
( \ ] [[)|[ (5.24)
( [ ] \[)|\ (5.25)
( [ \ ][)|] (5.26)
( \ ] [[)|[% [ (5.27)
( [ ] \[)|\% \ (5.28)
( [ \ ][)|]% ] (5.29)
( \ ] Y[ Y[)|[ (5.30)
( [ ] Y\ Y[)|\ (5.31)
( [ \ Y] Y[)|] (5.32)
( \ ] Y[ Y[)|[% [ (5.33)
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
( [ ] Y\ Y[)|\% \ (5.34)
( [ \ Y] Y[)|]% ] (5.35)
- força da gravidade:
[ \ ] J[ (5.37)
( Y [)
[ \ ] ' ( \ ] [[)|[ & ( \ ] [[)|[% [ %
W
% ( [ \ Y] Y[)|] % ( [ \ Y] Y [)|]% ] %
M M [[ M \[ M ][ M M M
( Y [) ' & & & & (Y[ Y [) & (Y\ Y [) & (Y] Y [) &
MW M[ M\ M] M[ M\ M]
M3
& % J[ (5.40)
M[
Para as direções y e z, tem-se expressões análogas a esta:
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
- direção y:
M M [\ M \\ M ]\ M M M
( Y \) ' & & & & (Y [ Y \) & (Y \ Y \) & (Y ] Y \) &
MW M[ M\ M] M[ M\ M]
M3
& % J\ (5.41)
M\
- direção z:
M M [] M \] M ]] M M M
( Y ]) ' & & & & (Y[ Y ]) & (Y \ Y ]) & (Y] Y ]) &
MW M[ M\ M] M[ M\ M]
M3
& % J] (5.42)
M]
M MY [ M [[ M \[ M ][
Y[ % ' & % % &
MW MW M[ M\ M]
M MY[ M MY \ M MY ]
& Y[ Y[ % % Y\ % %Y] %
M[ M[ M\ M\ M] M]
MY [ MY [ MY [ M3
% Y[ % Y\ % Y] & % J[ (5.43)
M[ M\ M] M[
MY [ MY[ MY [ MY[ M [[ M \[ M ][
% Y[ % Y\ % Y] ' & % % &
MW M[ M\ M] M[ M\ M]
M3
& % J[ (5.44)
M[
MY[ MY [ MY [ MY [ M [[ M \[ M ][ M3
% Y[ % Y\ % Y] ' & % % & % J[ (5.45)
MW M[ M\ M] M[ M\ M] M[
'Y[ M [[ M \[ M ][ M3
' & % % & % J[ (5.46)
'W M[ M\ M] M[
MY[ MY\
\[ ' [\ ' & µ % (5.50)
M\ M[
MY] MY\
\] ' ]\ ' & µ % (5.51)
M\ M]
MY [ MY]
][ ' [] ' & µ % (5.52)
M] M[
As relações de (5.48) a (5.52) foram apresentadas sem prova por que os argumentos
envolvidos são extremamente longos. A dedução destas equações pode ser
encontrada em H. Lamb, Hydrodinamics(1). Estas equações representam expressões
mais completas da lei de Newton da viscosidade, que se aplicam em situações nas
quais o fluido se move em mais de uma direção.
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
MY[
\[ ' & µ (5.53)
M\
M3
% J[ (5.54)
M[
MY[ MY\ MY ]
% % ' 0 (5.21)
M[ M\ M]
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
M3
% J[ (5.55)
M[
MY[ MY [ MY[ MY [
% Y[ % Y\ % Y] '
MW M[ M\ M]
M3
& % J[ (5.56)
M[
MY[ MY [ MY[ MY [
% Y[ % Y\ % Y] '
MW M[ M\ M]
M3
& % J[ (5.57)
M[
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
MY [ MY [ MY [ MY [
% Y[ % Y\ % Y] '
MW M[ M\ M]
- direção y:
MY \ MY \ MY \ MY\
% Y[ % Y\ % Y] '
MW M[ M\ M]
- direção z:
MY ] MY ] MY ] MY ]
% Y[ % Y\ % Y] '
MW M[ M\ M]
Essa relações são mostradas nas tabelas V.1, V.2 e V.3 (no final do capítulo), onde se
tem um sumário das equações da continuidade e do movimento em coordenadas
retangulares. Nestas tabelas, são apresentadas também as equações para as tensões
de cisalhamento para um fluido Newtoniano.
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
(TXDomRGDFRQWLQXLGDGHHGRPRYLPHQWRHPFRRUGHQDGDVFLOtQGULFDVH
HVIpULFDV
&RRUGHQDGDVFLOtQGULFDV
] ' ] (5.63)
&RRUGHQDGDVHVIpULFDV
]
3RVLomR
[\]RXUθ,φ
5
\
[
φ
6ROXo}HVGHHTXDo}HVGLIHUHQFLDLV
(VFRDPHQWRGHXPDSHOtFXODGHIOXLGR
- equação da continuidade:
MY]
' 0 (5.67)
M]
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
U ]
P RD [
R
HF
UIDF
,QWH
LG R
)OX
OL QDGR
F
Q RLQ
GRSOD
H
HU ItFL
6XS
α
*UDYLGDGH
M2Y ]
µ % J] ' 0 (5.68)
M[ 2
A equação (5.68) pode ser integrada duas vezes para fornecer o seguinte perfil:
J cos
Y] ' & [ 2 % &1 [ % &2 (5.70)
2 µ
MY ]
&RQGLomR GH FRQWRUQR 1: [ ' 0 [] ' & µ ' 0
M[
&1 ' 0
J cos
&2 ' 2
2 µ
J cos
Y] ' ( 2
& [ 2) (5.71)
2 µ
(VFRDPHQWRHPXPWXERFLUFXODU
- equação da continuidade:
MY ]
' 0 (5.72)
M]
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
1 M MY] MS
µ U & % J] ' 0 (5.73)
U MU MU M]
Tem-se ainda que:
J] ' J (5.74)
MS 3 & 3/
& ' 0 (5.75)
M] /
µ M MY ] 30 & 3 /
U ' & % J (5.76)
U MU MU /
MY] 30 & 3/ U2
U ' & % J % &1 (5.77)
MU / 2 µ
30 & 3 / U2
Y] ' & % J % &2 (5.78)
/ 4 µ
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
Desse modo:
30 & 3/ 52
&2 ' % J (5.79)
/ 4 µ
30 & 3 / 52 U
2
Y] ' % J 1 & (5.80)
/ 4 µ 5
(VFRDPHQWRDQHODUWDQJHQFLDO
Alguns tipos de equipamentos usam o sistema visto na figura 5.4 para determinação
da viscosidade de líquidos, especialmente escórias. Nesse tipo de aparelho, é medido
o torque necessário para girar o bastão (cilindro interno) a uma dada velocidade. O
conjunto é colocado dentro de um forno, que permite manter a temperatura do sistema
constante em um valor pré-determinado.
Nesse sistema, tem-se dois cilindros concêntricos (um cadinho e um bastão cilíndrico),
sendo que o interno está girando a uma velocidade i e o cilindro externo está parado.
Considerando escoamento laminar de um fluido de densidade e viscosidade constante,
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
U ΩL
)OXLGR
ΩL
N5
)OXLGR 5
N5
- equação da continuidade:
1 M
Y ' 0 (5.81)
U M
M 1 M
(U Y ) ' 0 (5.82)
MU U MU
1 M
(U Y ) ' &1 (5.83)
U MU
U2
U Y ' &1 % &2 (5.84)
2
ou:
U &
Y ' &1 % 2 (5.85)
2 U
Assim, tem-se:
N5 &
L N 5 ' &1 % 2 (5.86)
2 N5
5 &
0 ' &1 % 2 (5.87)
2 5
1 N &2
L N 5 ' &2 & ' 1 & N2 (5.88)
N5 5 N5
Rearranjando, obtem-se:
L N2 52
&2 ' (5.89)
1 & N2
L N 5
2
5
0 ' &1 % (5.90)
2 1 & N2
Desse modo:
& 2 L N2
&1 ' (5.91)
1 & N2
L N2 LN2 52 1
Y ' & U % (5.92)
1 & N2 1 & N2 U
L N2 52
Y ' & U (5.93)
1 & N2 U
M Y 1 MYU
U ' & µ U % (5.94)
MU U U M
Mas:
MYU
' 0 (5.95)
M
e:
Y L N2 52
' & 1 (5.96)
U 1 & N2 U2
Logo:
M L N2 52
U ' & µ U ( & 1) (5.97)
MU 1 & N2 U2
ou fazendo a derivada:
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
L N2 52 2
U ' & µ U (& ) (5.98)
1 & N 2
U3
L
U |U'N5 ' 2 µ (5.99)
1 & N2
O torque, , necessário para rodar o cilindro interno é dado pelo produto da força
(tensão x área) que atua nesse cilindro pelo braço de alavanca (kR). A força está
associada à fricção com o fluido, cuja viscosidade está sendo determinada. Nesse
caso:
L
' (2 N 5 +) ( U |U'N5) (N 5) ' 4 N2 52 + µ (5.100)
1 & N2
Pela relação (5.100), nota-se que é possível determinar a viscosidade do fluido através
da avaliação do torque necessário para mover o bastão. Há uma relação linear entre
estas duas grandezas. Esse tipo de viscosímetro é denominado Couette-Hatschek.
)RUPDWRGDVXSHUItFLHGHXPOtTXLGRFRPPRYLPHQWRGHURWDomR
3 3QD
R
VXSHUItFLH
3 3U]
]R QRIOXLGR
]
U
5
O recipiente está rodando em torno de seu próprio eixo, com velocidade angular . A
orientação do cilindro é tal que: gr = g = 0 e gz = -g. Nesse caso, deseja-se usar as
equações do movimento e da continuidade pra determinar o formato da superfície do
líquido no estado estacionário.
Y 2
M3
' (5.101)
U MU
- componente :
M 1 M(UY )
µ ' 0 (5.102)
MU U MU
- componente z:
M3
& & J ' 0 (5.103)
M]
U &
Y ' &1 % 2 (5.104)
2 U
&1 ' 2
&2 ' 0
Y ' U (5.105)
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
M3 Y 2
' ' 2
U (5.106)
MU U
M3
' & J (5.107)
M]
Assumindo que a pressão é uma função analítica da posição, pode-se escrever que:
M3 M3
G3 ' GU % G] (5.108)
MU M]
G3 ' 2
U GU & J G] (5.109)
U2
3 ' 2
& J ] % &3 (5.110)
2
Logo:
U2
3 & 3R ' 2
& J (] & ]R) (5.112)
2
A superfície é o lugar geométrico dos pontos onde P = Po. Assim, a equação que
descreve o formato da superfície é:
2
] & ]R ' U2 (5.113)
2 J
Nota-se que essa é a equação de uma parábola, onde o ponto de nível mais baixo
ocorre exatamente no centro do cilindro.
(VFRDPHQWRODPLQDUHPWRUQRGHXPDHVIHUD
(PFDGDSRQWR
KiSUHVVmRHIRUoDV
GHIULFomRDWXDQGR
QDVXSHUItFLH
)OXLGRVHDSUR[LPDGH
EDL[RFRPYHORFLGDGH
1 M 1 M
(U 2 Y U) % (Y VHQ ) ' 0 (5.114)
U 2 MU U VHQ M
- equações do movimento:
-componente r:
1 M MY U 1 M MYU 2 2 MY 2 M3
µ U2 % VHQ & YU & & Y cot & % JU (5.115)
U 2 MU MU U VHQ
2 M M U 2
U 2 M
U2 MU
-componente :
1 M MY M1 MY 2 MYU Y 1 M3
µ U2 % VHQ % & & % J (5.116)
U 2 MU MU U VHQ M
2 M U2 M U 2 VHQ 2 U M
3 µ Y4
4
5
U ' VHQ (5.117)
2 5 U
3 µ Y4
2
5
3 ' 3R & J ] & cos (5.118)
2 5 U
3
3 5 1 5
Y U ' Y4 1 & % cos (5.119)
2 U 2 U
3
3 5 1 5
Y ' & Y4 1 & & VHQ (5.120)
4 U 4 U
onde:
Po = pressão no plano z = 0, bem longe da esfera;
V4 = velocidade de aproximação do fluido.
As condições de contorno que foram adotadas para obtenção dessa solução são:
r =R vr = v = 0
r =4 vz = v4
As equações de (5.117) a (5.120) são válidas para números de Reynolds (D.V4. 'µ)
menores que um.
Com esses resultados pode-se avaliar a força exercida pelo fluido sobre a esfera. Essa
força é determinada integrando a força normal e tangencial que atua sobre a superfície
da esfera. Essa avaliação é apresentada a seguir.
A força normal atuando no sólido é devido à pressão dada pela equação (5.118), com
r = R e z = R cos .
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
Tem-se que :
Fn = força normal < 0 para 0 < < /2 ; e Fn > 0 para > /2.
'2 '
)Q ' &3|U'5 cos 5 2 VHQ G G (5.121)
m m
'0 '0
&RPSRQHQWH (OHPHQWR GH iUHD
] GD IRUoD
'2 '
3 µ Y4
)Q ' & 3R & J ] & cos cos 5 2 VHQ G G (5.122)
m m 2 5
'0 '0
4
)Q ' 53 J % 2 µ 5 94 (5.123)
3
'2 '
)W ' U |U'5 VHQ 5 2 VHQ G G (5.124)
m m
'0 '0
&RPSRQHQWH (OHPHQWR GH iUHD
] GD IRUoD
'2 '
3 µ Y4
)W ' VHQ VHQ 5 2 VHQ G G (5.125)
m m 2 5
'0 '0
Integrando obtem-se:
)W ' 4 µ 5 Y4 (5.126)
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
Assim, a força total exercida pelo fluido sobre a esfera é dada por :
4
)Q % ) W ' 53 J % 2 µ 5 94 % 4 µ 5 94 (5.127)
3
ou finalmente:
4
)Q % ) W ' 53 J % 6 µ 5 94 (5.128)
3
4
)V ' 53 J (5.129)
3
Essa é a força que seria exercida mesmo se o fluido não estivesse em movimento.
)N ' 6 µ 5 94 (5.130)
Essa força surge devido ao movimento do fluido. A equação (5.128) é conhecida como
lei de Stokes e é válida para número de Reynolds inferior a 1.
_____________________
Exemplo: Desenvolver uma relação que permita avaliar a viscosidade de um fluido
medindo a velocidade de queda de uma esfera nesse fluido, quando se atinge o estado
estacionário. Assumir regime laminar.
Solução: Deixando-se uma esfera cair dentro de um líquido a partir do repouso, ela vai
acelerar até atingir uma velocidade constante (velocidade terminal). Quando este
estágio é atingido, a soma das forças atuando na esfera é zero. A força da gravidade
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
(PSX[R
πµ5YRR π5ρJ
(VIHUD
3HVR
π5ρJ
V
4 4
3HVR ' 53 V J ' 53 J % 6 µ 5 9W
3 3
onde s é a densidade do sólido e Vt é a velocidade terminal da esfera.
2 52 ( V & ) J
µ '
9 9W
&DPDGDOLPLWH
6XSHUItFLHGD
)OXLGRHVFRDQGR FDPDGDOLPLWH
FRPYHORFLGDGH
3ODFD
Figura 5.8- Perfil de velocidade para fluxo paralelo a uma placa plana.
Antes de atingir a placa, o fluido possui velocidade uniforme v4. Depois do início da
placa , observa-se que a velocidade cresce de zero junto à parede para valores
próximos de v4 a uma distância da parede. A região na qual vx / v4 é # 0,99 é
denominada FDPDGDOLPLWH. O lugar geométrico dos pontos onde vx/ v4 = 0,99 é , e
é definido como espessura da camada limite. No início da placa (x = 0), é igual a
zero, crescendo progressivamente à medida que se caminha para valores mais
elevados de x.
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
- equação da continuidade:
MY[ MY \
% ' 0 (5.131)
M[ M\
- equações do movimento:
- componente x:
- componente y:
1/2
µ
' 5.0 [ 1/2 (5.134)
Y4
1/2
µ
' 5.0 (5.135)
[ Y4 [
onde o número de Reynolds é avaliado para cada posição x (a posição x é usada como
o comprimento característico na definição do número de Reynolds).
A espessura da camada limite fornece uma medida da região do fluido que é afetada
pela presença da placa. Nessa região, os efeitos da viscosidade (e da fricção) são mais
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
(VFRDPHQWRQmRHVWDFLRQiULRHPXPWXERFLUFXODU
- equação da continuidade:
MY ]
' 0 (5.137)
M]
&HQWURGRWXER
3DUHGHGRWXER
5()(5Ç1&,$6
1- H. Lamb. Hydrodynamics. New York, 1945
2- R. B. Bird; W. E. Stewart; E. N. Lightfoot. Transport Phenomena. New York. John
Wiley & Sons, 1960.
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
$3Ç1',&(
&RQWLQXLGDGH M
%
M
( Y [) %
M
( Y \) %
M
( Y ]) ' 0
MW M[ M\ M]
0RYLPHQWR (PWHUPRVGDVWHQV}HVGHFLVDOKDPHQWR
FRPSRQHQWH[
MY [ MY[ MY [ MY[ M [[ M \[ M ][ M3
% Y[ % Y\ % Y] ' & % % & % J[
MW M[ M\ M] M[ M\ M] M[
FRPSRQHQWH\
MY \ MY\ MY \ MY\ M [\ M \\ M ]\ M3
% Y[ % Y\ % Y] ' & % % & % J\
MW M[ M\ M] M[ M\ M] M\
FRPSRQHQWH]
MY ] MY] MY ] MY] M [] M \] M ]] M3
% Y[ % Y\ % Y] ' & % % & % J]
MW M[ M\ M] M[ M\ M] M]
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
MY[ 2 MY [ MY \ MY ]
[[ ' & 2 µ % µ % %
M[ 3 M[ M\ M]
MY\ 2 MY [ MY \ MY ]
\\ ' & 2 µ % µ % %
M\ 3 M[ M\ M]
MY] 2 MY [ MY \ MY ]
]] ' & 2 µ % µ % %
M] 3 M[ M\ M]
MY [ MY \
\[ ' [\ ' & µ %
M\ M[
MY ] MY \
\] ' ]\ ' & µ %
M\ M]
MY [ MY ]
][ ' [] ' & µ %
M] M[
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
7DEHOD9 (TXDo}HVGRPRYLPHQWRHPWHUPRVGRVJUDGLHQWHVGHYHORFLGDGH
SDUDXPIOXLGR1HZWRQLDQRGHGHQVLGDGHHYLVFRVLGDGHFRQVWDQWHV
&RRUGHQDGDVUHWDQJXODUHV
FRPSRQHQWH[
FRPSRQHQWH\
FRPSRQHQWH]
M 1 M 1 M M
&RQWLQXLGDGH % ( U Y U) % ( Y) % ( Y ]) ' 0
MW U MU U M M]
0RYLPHQWR (PWHUPRVGDVWHQV}HVGHFLVDOKDPHQWR
FRPSRQHQWHU
MY U MYU Y MY U Y 2
MY U 1 M(U UU) 1 M U M ]U M3
% YU % & % Y] ' & % & % & % JU
MW MU U M U M] U MU U M U M] MU
FRPSRQHQWH
MY MY Y MY Y YU MY 1 M(U U )
2
1 M M ] 1 M3
% YU % % % Y] ' & % % & % J
MW MU U M U M] U 2 MU U M M] U M
FRPSRQHQWH]
MY U 2
UU ' & µ 2 & (L@Y)
MU 3
1 MY Y 2
' & µ 2 % U & (L@Y)
U M U 3
MY ] 2
]] ' & µ 2 & (L@Y)
M] 3
M Y 1 MYU
U ' U ' & µ U %
MU U U M
MY 1 MY ]
] ' ] ' & µ %
M] U M
MY ] MY U
U] ' ]U ' & µ %
MU M]
1 M 1 MY MY]
(L@Y) ' (U Y U) % %
U MU U M M]
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
7DEHOD9 (TXDo}HVGR0RYLPHQWRHPWHUPRVGRVJUDGLHQWHVGHYHORFLGDGH
SDUDXPIOXLGR1HZWRQLDQRGHGHQVLGDGHHYLVFRVLGDGHFRQVWDQWHV
&RRUGHQDGDVFLOtQGULFDV
FRPSRQHQWHU
MY U MYU Y MY U Y 2
MY U M3
% YU % & % Y] ' & % JU %
MW MU U M U M] MU
1 M(UY U) 1 M YU 2 MY M2YU
2
M
% µ % & %
MU U MU U2 M 2
U2 M M] 2
FRPSRQHQWH
MY MY Y MY Y YU MY 1 M3
% YU % % % Y] ' & % J
MW MU U M U M] U M
FRPSRQHQWH]
MY ] MY] Y MY ] MY] M3
% YU % % Y] ' & % J] %
MW MU U M M] M]
1 M MY] 1 M Y]
2
M2Y]
% µ U % %
U MU MU U2 M 2
M] 2
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
&RQWLQXLGDGH
M 1 M 1 M 1 M
% ( U 2 Y U) % ( Y VHQ ) % ( Y ) ' 0
MW U 2 MU U VHQ M U VHQ M
0RYLPHQWR (PWHUPRVGDVWHQV}HVGHFLVDOKDPHQWR
FRPSRQHQWHU
MYU MY U Y MYU Y 2
% Y 2
Y MYU
% YU % & % '
MW MU U M U U VHQ M
1 M 1 M 1 M U % M3
& (U 2 UU )% ( U VHQ ) % & & % JU
U 2 MU U VHQ M U VHQ M U MU
FRPSRQHQWH
MY MY Y MY Y 2
cot Y MY YU Y
% YU % & % % '
MW MU U M U U VHQ M U
1 M 1 M 1 M U cot 1 M3
& (U 2 U )% ( VHQ ) % % & & % J
U 2 MU U VHQ M U VHQ M U U U M
FRPSRQHQWH
MY MY Y MY Y MY Y YU Y Y
% YU % % % % cot '
MW MU U M U VHQ M U U
1 M 2 1 M 1 M U 2 cot 1 M3
& (U U ) % % % % & % J
U 2 MU U M U VHQ M U U U VHQ M
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
MY U 2
UU ' & µ 2 & (L@Y)
MU 3
1 MY Y 2
' & µ 2 % U & (L@Y)
U M U 3
1 MY Y Y cot 2
' & µ 2 % U % & (L@Y)
U VHQ M U U 3
M Y 1 MYU
U ' U ' & µ U %
MU U U M
VHQ M Y 1 MY
' ' & µ %
U M VHQ U VHQ M
1 MYU M Y
U ' U ' & µ % U
U VHQ M MU U
1 M 2 1 M 1 MY
(L@Y) ' (U YU) % (Y VHQ ) %
2 MU UVHQ M U VHQ M
U
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
7DEHOD9 (TXDo}HVGRPRYLPHQWRHPWHUPRVGRVJUDGLHQWHVGHYHORFLGDGH
SDUDXPIOXLGR1HZWRQLDQRGHGHQVLGDGHHYLVFRVLGDGHFRQVWDQWHV
&RRGHQDGDVHVIpULFDV
FRPSRQHQWHU
MYU MY U Y MYU Y 2
% Y 2
Y MYU
% YU % & % '
MW MU U M U U VHQ M
2 2 MY 2 2 MY M3
& µ L2 Y U & YU & & Y cot & & % JU
2 M M MU
U 2
U U2 U VHQ
2
FRPSRQHQWH
MY MY Y MY Y 2
cot Y MY YU Y
% YU % & % % '
MW MU U M U U VHQ M U
2 MYU Y 2 cos MY 1 M3
& µ L2Y % & & & % J
2 M M U M
U U VHQ 2
2
U 2
VHQ 2
FRPSRQHQWH
MY MY Y MY Y MY Y YU Y Y
% YU % % % % cot '
MW MU U M U VHQ M U U
Y 2 MY U 2 cos MY 1 M3
& µ L2Y & % % & % J
U VHQ
2 2
U VHQ M
2
U 2
VHQ 2 M U VHQ M
1 M M 1 M M 1 M2
L2 ' U2 % VHQ %
U2 MU MU U VHQ M
2 M U 2 VHQ 2 M 2
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
(;(5&Ë&,26
LQ
LQ
/XEULILFDQWH
4- Aço líquido a 1600 ºC é desoxidado pela adição de alumínio que forma alumina
(Al2O3 ). Pode-se obter melhor qualidade do aço, se as partículas de alumina que
foram formadas flutuarem até a superfície do banho. Determinar o menor tamanho de
partícula que atinge a superfície, dois minutos após a desoxidação, considerando que
a altura do banho é de 1,5m.
Dados: - aço = 7100 kg/m3;
- Al2O3 = 3000 kg/m3.
Arame
Reservatório
L
de óleo
Pr es s ão Ps Pres s ão Pe
V
Parede
z = H
x = a x = b
F luido
z
z = 0 x
Parede
x = 0 x = L
5HVSRVWDVGRV([HUFtFLRV
U 1
9 ' & & ' WRUTXH
4 µ / 5 2 U
(TXDo}HV'LIHUHQFLDLVGH(VFRDPHQWRGH)OXLGRV
3- Perfil de velocidades:
1 54 N2
9 ' U L N2 52 & R 52 % R & L
5 2 (N 2 & 1) U
4- Raio = 91,65 µm. Re = 2,71 (o valor obtido não é muito correto, pois Re está acima
do valor limite para escoamento laminar).
5- O perfil de velocidades é:
9 U
9] ' ln
ln N 5
- componente z:
Condições de contorno:
- x = 0 æz vx , vz = 0;
- x = L æz vx , vz = 0;
- z = 0 æx vx , vz = 0;
- z = H: 0 < x < a vx = 0, vz = U ( U = V b / a);
a # x # b vx , vz = 0;
b < x < L vx = 0, vz = V.
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
(6&2$0(172785%8/(172(5(68/7$'26(;3(5,0(17$,6
,QWURGXomR
' 9
5H ' (6.1)
µ
onde:
D = diâmetro do tubo;
V = velocidade média do fluido no tubo;
ρ = densidade do fluido;
µ = viscosidade dinâmica do fluido.
Para se poder ter uma idéia de como na prática industrial predomina o escoamento
turbulento, considere-se o exemplo do processo de lingotamento contínuo, onde aço
líquido é alimentado em um molde de cobre regrigerado com água. Essa alimentação
é feita através de um tubo refratário, denominado válvula submersa.
Considerando que esta máquina produza placas com dimensões de 1,2 x 0,25 m, com
uma velocidade de lingotamento de 1 m/min, pode-se avaliar a vazão volumétrica de
aço na válvula submersa. Essa vazão será tal que permitirá manter constante o nível
de aço no molde. Desse modo, a vazão através da válvula corresponderá à vazão de
aço sendo produzido na forma de placas.
Essa vazão é dada por:
P P3 P3
9D]mR GH DoR ' 1 P [ 0,25 P [ 1 ' 0,25 ' 0,0042
min min V
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
4 0,0042 0,0042
9HORFLGDGH GR DoR ' ' ' ' 1,083 P/V
$YiOYXOD 2
GYiOYXOD (0,070)2
4 4
GYiOYXOD 9
5H '
µ
Y] U
2
' 1 & (6.2)
Y],Pi[LPD 5
Y] 1
' (6.3)
Y],Pi[LPD 2
1
Y] U
' 1 & 7
(6.4)
Y],Pi[LPD 5
Y] 4
' (6.5)
Y],Pi[LPD 5
Essas expressões são válidas para números de Reynolds na faixa de 104 a 105. Nessa
faixa do número de Reynolds, a queda de pressão é proporcional à vazão volumétrica
elevada a 7/4. Uma comparação entre os perfis de velocidade para escoamento
laminar e turbulento é apresentada na figura 6.1.
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
R
HQW
O
UEX
7X
3 R VLomRUDG LDO
0RGHORVGH7XUEXOrQFLD
W% W R
1
Y] ' Y] GW (6.6)
WR m
W
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
2VFLODomRGDYHORFLGDGH
9DORUPpGLR
Os valores instantâneos da velocidade podem, então, ser escritos como uma soma da
velocidade VXDYL]DGD e de uma flutuação de velocidade:
/
Y ] ' Y] % Y ] (6.7)
Expressões similares às equações (6.6) e (6.7) podem ser escritas para as outras
componentes de velocidade e para a pressão, que também sofre flutuações no
escoamento turbulento.
W% W R
/ 1 /
Y] ' Y] GW ' 0 (6.8)
WR m
W
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
W% W R
/2 1 /
Y] ' (Y])2 GW ú 0 (6.9)
WR m
W
/2
Y]
(6.10)
Y]
(TXDo}HVGDFRQWLQXLGDGHHGRPRYLPHQWRVXDYL]DGDV
(TXDomRGDFRQWLQXLGDGHVXDYL]DGD
M M M
(Y[) % (Y \) % (Y]) ' 0 (6.11)
M[ M\ M]
Introduzindo a definição dada pela equação (6.7) (e as suas formas similares para as
outras componentes de velocidade), obtem-se:
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
M / M / M /
(Y[ % Y [ ) % (Y\ % Y\ ) % (Y] % Y] ) ' 0 (6.12)
M[ M\ M]
Pode-se, então, fazer a média da equação acima ao longo de um intervalo to, de modo
análogo ao que se fez com a velocidade (equação (6.7)). Esse procedimento
corresponde a uma suavização (WLPHVPRRWKLQJ) da equação da continuidade. Através
deste procedimento e usando a equação (6.8), obtem-se que:
M M M
(Y[) % (Y \) % (Y]) ' 0 (6.13)
M[ M\ M]
(TXDomRGRPRYLPHQWRVXDYL]DGD
Um procedimento análogo ao adotado no item anterior pode ser aplicado para se obter
as equações do movimento suavizadas.
M ( Y) M M M M3
[
' & ( Y Y) & ( Y Y) & ( Y Y ) % µ L2Y & % J (6.14)
MW M[ M\ M] M[
[ [ \ [ ] [ [ [
/
M [ (Y % Y )] M / / M / /
[ [
' & [ (Y % Y )(Y % Y )] & [ (Y % Y )(Y % Y ) &
MW M[ M\
[ [ [ [ \ \ [ [
M / / / M
& [ (Y % Y )(Y % Y )] % µ L2(Y % Y ) & (3 % 3 /) % J (6.15)
M] M[
] ] [ [ [ [ [
A equação acima pode ser VXDYL]DGD tirando-se uma média ao longo de um intervalo
to. Usando-se as equações (6.8) e (6.9), obtem-se:
M ( Y) M M M M3
[
' & ( Y Y) & ( Y Y) & ( Y Y )% µ L2Y & % J &
MW M[ M\ M] M[
[ [ \ [ ] [ [ [
M / / M / / M / /
& ( Y Y) & ( Y Y) & ( Y Y) (6.16)
M[ M\ M]
[ [ \ [ ] [
(W) / /
[[
' ( Y Y)
[ [
(6.17)
(W) / /
\[
' ( Y Y)
\ [
(6.18)
(W) / /
][
' ( Y Y)
] [
(6.19)
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Estes termos correspondem aos fluxos de momento turbulento, que são normalmente
denominados WHQV}HVGH5H\QROGV (lembrar que todos os termos na equação (6.16)
têm dimensão de fluxo de momento ou tensão).
Uma das primeiras propostas para avaliação dos fluxos de momento turbulento foi feita
por Boussinesq(1). Adotando uma analogia com a equação de Newton da
(W)
viscosidade, foi sugerido que ][
fosse avaliada através da seguinte equação:
(W) MY [
\[ ' & µ(W) (6.20)
M\
O aspecto interessante dessa proposta é que ela faz com que a equação do
movimento para escoamento turbulento fique idêntica à equação para o regime
laminar, apenas substituindo a viscosidade molecular, µ, por uma viscosidade efetiva,
µeff, expressa pela soma das viscosidades molecular (ou laminar) e turbulenta:
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Uma série de outras propostas para avaliação do fluxo turbulento de momento foram
feitas. Dentre elas, pode-se citar:
- proposta de Prandtl (comprimento de mistura):
(W) GY [ GY[
' & O 2 /0 / (6.22)
\[
00 G\ 000 G\
(W) Q 2 Y[ \ GY[
\[ ' & Q 2 Y[ \ 1 & exp(& ) (6.24)
G\
Dentre estas propostas, a que tem sido mais utilizada é a de Boussinesq. Nesse caso,
uma série de abordagens têm sido desenvolvidas para permitir a avaliação da
viscosidade turbulenta. Estas abordagens podem ser classificadas em três categorias
de acordo com o número de equações diferenciais adicionais que são usadas para
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
avaliação da viscosidade:
Y
Y
X
X
Y
Y
X
X
)DWRUHVGHIULFomR
)N ' $ . I (6.25)
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
onde:
Fk = força de atrito entre o sólido e o fluido;
A = área característica;
K = energia cinética do fluido por unidade de volume;
f = fator de fricção.
(VFRDPHQWRHPGXWRVLQWHUQR
1
)N ' ( ' /) ( 9 2) I (6.26)
2
onde:
D L = área de contato fluido-sólido;
½ V2 = energia cinética do fluido por unidade de volume.
A equação acima ainda não é útil para se calcular a força de fricção, pois não se
conhece o valor de f.
2IDWRUGHIULFomRpXPSDUkPHWURDYDOLDGRH[SHULPHQWDOPHQWH
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Pressão P Pressão P
0 L
z=0 z=L
Figura 6.6 - Montagem experimental para avaliação do fator de fricção.
)RUoD DVVRFLDGD j GLIHUHQoD GH SUHVVmR ' )RUoD GH IULFomR HQWUH VyOLGR H IOXLGR
'2 1
(30 & 3 /) ' )N ' ( ' /) ( 9 2) I (6.27)
4 2
A equação (6.27) pode ser colocada na seguinte forma, para facilitar o cálculo de f:
'2
(30 & 3/)
4
' I (6.28)
1
( ' /) ( 9 )
2
2
É interessante observar que quanto mais alto for o valor de f, mais intensa será a força
de fricção na interface sólido-fluido.
Certamente uma série de fatores deve afetar o valor de f. Para se determinar, de modo
quantitativo, os efeitos destes diversos fatores, um número muito elevado de
experimentos seria necessário. Para reduzir o número de experimentos, antes de se
ir para o laboratório, normalmente se desenvolve um tratamento denominando DQiOLVH
GLPHQVLRQDO Existem várias maneiras de se proceder esta análise. A técnica que vai
ser apresentada aqui é baseada num teorema denominado 7HRUHPD GH
%XFNLQJKDP Este teorema (apresentado aqui sem demonstração) estabelece que é
possível agrupar as variáveis que afetam o valor de f em grupos adimensionais, que
representam o problema tão bem quanto as variáveis originais; entretanto, o número
de grupos adimensionais necessários é inferior ao de variáveis originais. Obviamente,
a aplicação da técnica de análise dimensional não é restrita ao caso de avaliação
experimental de fatores de fricção. Ela pode ser empregada em diversos campos da
engenharia, inclusive para estabelecimento de critérios de similaridade entre plantas
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
$QiOLVHGLPHQVLRQDO
T u bo
V ista am p lia d a
d a p a red e
P ico s
V a le s
Nas dimensões acima, M designa massa, L designa comprimento (não confundir com
o comprimento do tubo) e t refere-se ao tempo.
Geométricas
Variável Símbolo Dimensão Unidade (S.I.)
Comprimento L L m
Área A L2 m2
Volume V L3 m3
Cinemáticas
Tempo t t s
Velocidade V L t-1 m/s
Viscosidade cinemática L2 t-1 m2/s
Vazão volumétrica Q L3 t-1 m3/s
Aceleração a L t-2 m/s2
Dinâmicas
Densidade M L-3 kg/m3
Massa M M kg
Viscosidade dinâmica µ M L-1 t-1 kg/m.s
Vazão de massa M t-1 kg/s
Momento - M L t-1 kg.m/s
Pressão p M L-1 t-2 N/m2
Tensão de cisalhamento M L-1 t-2 N/m2
Força F M L t-2 N
Energia E M L2 t-2 J
Potência P M L2 t-3 W
d) Seleção de variáveis
Um exemplo de seleção é:
- variável geométrica: D;
- variável cinemática: V;
- variável dinâmica: .
É importante enfatizar que qualquer outra seleção, que obedecesse o critério de uma
variável de cada grupo, atenderia às especificações para desenvolvimento da análise
dimensional.
E
*UXSR 1 ' 'D 9 F
µ (6.31)
H
*UXSR 2 ' 'G 9 I
/ (6.32)
L
*UXSR 3 ' 'K 9 M
(6.33)
R
*UXSR 4 ' 'Q 9 T
I (6.34)
O grupo acima deve ser adimensional. Desse modo, a, b e c devem ser tais que 1 não
tenha dimensão de L, M e t, ou seja:
0 : F % 1 ' 0
D ' &1
E ' &1
F ' &1
&1 µ
*UXSR 1 ' ' &1 9 &1 µ ' (6.37)
' 9
/
*UXSR 2 ' (6.38)
'
/
I ' IXQomR (5H , , ) (6.41)
' '
5XJRVLGDGHUHODWLYDε'
1~PHURGH5H\QROGV
Pelo diagrama, contata-se que o fator de fricção é uma função do número de Reynolds
e da rugosidade relativa. O grupo L/D não apresentou efeito significativo no seu valor.
Isso é verdade para tubos com comprimentos cerca de 50 vezes maiores que o
diâmetro(1). Os tubos hidraulicamente lisos são aqueles que apresentam rugosidade
nula ( = 0).
1,11
1 /' 6,9
' &3,6 log % (6.42)
I 3,7 5H
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Exemplo- Estimar a queda de pressão necessária para se obter uma vazão de 0,25
l/s em tubo horizontal de ferro galvanizado com 1,27 cm de diâmetro. O
comprimento do tubo é 6 m. O fluido sendo transportado é a água.
Propriedades da água: = 1000 kg/m3 ; µ = 1 cP = 10-3 Pa.s.
Solução- Este exemplo pode ser resolvido desenvolvendo-se uma balanço de forças
para o sistema em estudo, considerando que o fluido estará escoando com velocidade
constante. Para um tubo horizontal, pode-se colocar o balanço de forças na seguinte
forma:
)RUoD DVVRFLDGD j GLIHUHQoD GH SUHVVmR ' )RUoD GH IULFomR HQWUH VyOLGR H IOXLGR
'2 1 2
(30 & 3/) ' ( ' /) ( 9) I
4 2
4 4
9 ' '
$ '2
4
Tem-se que:
Q = 0,25 l/s = 2,5 x 10-4 m3/s;
D = 1,27 cm = 0,0127 m
Logo:
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
2,5 [ 10&4
9 ' ' 1,974 P/V
(0,0127)2
4
1,5 [ 10&4
' ' 0,0118
' 0,0127
1,11
1 0,0118 6,9
' &3,6 log %
I 3,7 25069,8
I ' 0,0105
/ 2 6
(30 & 3 /) ' 2 9 I ' 2 (1000) (1,974)2 (0.0105) ' 6443,3 3D
' 0,0127
Exemplo- Estimar a vazão do fluido em uma tubulação vertical, onde foi medida uma
diferença de pressão de 70000 Pa. O fluido está subindo e o comprimento
do tubo é 5 m.
Dados: - propriedades da água: = 1000 kg/m3 ; µ = 10-3 Pa.s.
- diâmetro do tubo: 0,0254 m;
- material do tubo: ferro fundido.
'2 1 2 '2
(30 & 3/) ' ( ' /) ( 9) I % J /
4 2 4
5H µ
9 '
'
2
'2 1 5H µ '2
(30 & 3 /) ' ( ' /) I % J /
4 2 ' 4
1 '3
5H 2 I ' (30 & 3 /) & J /
2 / µ2
1 (0,0254)3 (1000)
5H 2 I ' (70000) & (1000) (9,8) (6) ' 15.294.593,07
2 (6) (0,001)2
(2,59 [ 10&4)/(0,0254)
1,11
1 6,9
' &3,6 log %
I 3,7 5H
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Considere-se um valor inicial de f igual a 0,006. Esse valor inicial não altera o resultado
final, mas afeta o número de iterações necessárias para se chegar a uma solução
adequada.
5H 2 I ' 15.294.593,07
15.294.593,07 15.294.593,07
5H ' ' ' 50.488,6
I 0,006
(2,59 [ 10&4)/(0,0254)
1,11
1 6,9
' &3,6 log %
I 3,7 50.488,6
I ' 0,0098
Iteração f Re
1 0,006 50.488,6
2 0,009828 39.449,0
3 0,009902 39.301,4
4 0,009903 39.299,4
5 0,009903 39.299,4
Tem-se:
5H µ (39.299,4) (0,001)
9 ' ' ' 1,547 P/V
' (0,0254) (1000)
'2 (0,0254)2
4 ' 9 ' (1,547) ' 7,84 [ 10&4 P 3/V
4 4
(VFRDPHQWRHPGXWRVQmRFLOtQGULFRV
(6.42)) são válidos para tubulações não-cilíndricas, desde que se defina o número de
Reynolds usando-se o diâmetro hidráulico equivalente, avaliado pela expressão abaixo:
$
'K ' 4 (6.43)
30
onde:
A = área da seção transversal do duto (disponível para o escoamento);
PM = perímetro molhado.
: +
'K ' 4
(2 : % 2 +)
'XWRQmRFLUFXODU
:
Figura 6.9- Vista da seção transversal de um duto não-
circular, para definição de Dh.
16
I ' (6.44)
5H
eLQWHUHVVDQWHREVHUYDUTXHREDODQoRGHIRUoDVSDUDGXWRVQmRFLOtQGULFRVSRGH
VHUWRGRHOHIHLWRXVDQGRRGLkPHWURKLGUiXOLFRHTXLYDOHQWHHQWUHWDQWRRFiOFXOR
GDYHORFLGDGHpIHLWRXVDQGRVHDVGLPHQV}HVUHDLVGDWXEXODomR
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
(VFRDPHQWRHPWRUQRGHREMHWRVH[WHUQR
)N ' $ . I (6.25)
Para esse sistema, a área característica, A, é tomada como sendo a área obtida pela
projeção do sólido em um plano perpendicular à velocidade de aproximação do fluido.
Essa definição é ilustrada esquematicamente na figura 6.11, para o caso em que o
objeto é uma esfera.
Esfera
Plano
Projeção perpendicular
(VFRDPHQWRHPWRUQRGHHVIHUDV
Quando uma esfera é colocada no interior de um fluido, duas forças de volume atuam
sobre ela: o peso e o empuxo. Estas duas forças vão sempre existir,
independentemente da esfera estar parada ou se movimentando. Ambas atuam na
direção vertical, mas em sentidos opostos: o peso para baixo e o empuxo para cima.
O empuxo corresponde ao peso do fluido que foi deslocado pelo corpo sólido.
Se a esfera se movimentar no interior do fluido, surge uma força de fricção, FK, que
atua na sua superfície. Essa força pode ser avaliada através da equação (6.25). É
importante observar que a força de fricção tem sempre o sentido oposto ao da
velocidade da esfera. Caso a esfera seja mais densa que o fluido, ela irá descer.
Dessa forma, a força de fricção atua no mesmo sentido do empuxo: para cima.
Quando a esfera é mais leve que o fluido, ela sobe. A força de fricção, nesse caso, tem
o mesmo sentido do peso: para baixo. Estas duas situações são vistas na figura 6.12.
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Empuxo
Esfera desce
Peso
Densidade da esfera > densidade do fluido
Empuxo
Esfera sobe
Peso
Densidade da esfera < densidade do fluido
Dessa forma, o balanço de forças para uma esfera se movendo com velocidade
constante na direção vertical em um fluido estagnado pode ser expresso por
(considerando-se uma esfera mais densa que o fluido):
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
A figura 6.13 mostra resultados experimentais de fator de fricção para esferas. Através
dessa figura, constanta-se que a dependência de f com o número de Reynolds pode
ser expressa matematicamente através de três expressões, válidas em faixas
específicas do número de Reynolds:
24
I ' SDUD 5H # 1 (6.47)
5H
18,5
I ' SDUD 1 < 5H # 500 (6.48)
5H 3/5
µ
Figura 6.13- Fatores de fricção para esferas.
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Solução- Como a inclusão é mais leve que o aço, o balanço de forças pode ser
colocado na seguinte forma:
5H µ
YW '
'
Assim, obtem-se:
2
'3 '3 '2 1 5H µ
J ' V J % I
6 6 4 2 '
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
4 J '3
5H 2 I ' ( & V)
3 µ2
Como não se sabe o valor de Re, não se pode determinar qual das equações de f em
função de Reynolds (equações (6.47) a (6.49)) é adequada à situação. Adota-se,
então, um procedimento de tentativa-e-erro. Inicialmente, postula-se que a equação
(6.47), por exemplo, seja a correta. Com essa hipótese, verifica-se se o valor de Re
obtido vai estar dentra da faixa de validade dessa relação. Se não estiver, seleciona-se
umas das outras correlações, até se determinar uma que forneça um número de
Reynolds dentro da sua faixa de validade.
24
5H 2 I ' 5H 2 ' 72,9383
5H
5H ' 3,039
18,5
5H 2 I ' 5H 2 ' 72,9383
5H3/5
5H ' 2,664
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Este valor de Reynolds está dentro da faixa da validade da relação usada, sendo,
portanto, a solução do problema.
5H µ (2,664) (0,0065)
YW ' ' ' 0,0129 P/V
' (200 [ 10&6) (6700)
)DWRUHVGHIULFomRSDUDOHLWRVGHSDUWtFXODV
Nas seções anteriores, foram vistas algumas correlações para avaliação do fator de
fricção em alguns sistemas de importância na engenharia. O escoamento através de
leitos de partículas representa também um sistema de interesse para o metalurgista.
Leitos empacotados, compostos de sólidos granulados ou aglomerados de finas
partículas, aparecem em vários processos metalúrgicos, desde o processo de
sinterização até o alto-forno. Nesses sistemas, é de interesse se poder prever a queda
de pressão que o fluido sofre ao atravessar o leito com uma dada vazão. Essa
informação pode ser usada, por exemplo, no dimensionamento de equipamentos para
injeção (ou sucção) de gases através destes leitos
Ao longo da discussão que será apresentada a seguir, será considerado que o leito de
particulas é uniforme e que não são formadas chaminés, isto é, não há escoamento
preferencial por certos caminhos. Será assumido também o diâmetro das partículas
que compõem o leito é pequeno comparado com o diâmetro da coluna que contém o
leito. Será analisado apenas o caso do escoamento de um gás através desse leito.
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
(TXDomRGH(UJXQ
Leito de partículas
Partículas
Vazios
Observa-se que o leito é composto pelas partículas e pelos vazios que se formam entre
elas. Dessa forma, pode-se escrever que:
YROXPH GH YD]LRV
)UDomR GH YD]LRV ' ' (6.52)
YROXPH GR OHLWR
Desse modo, tem-se:
Uma série de fatores interfere no valor da fração de um leito. Dentre eles, os mais
importantes são certamente a distribuição granulométrica e o tamanho médio das
partículas que o compõem.
Uma outra variável de importância em leitos é a sua área superficial. Essa área é
definida através da equação abaixo:
6
D ' (1 & ) (6.58)
G
A relação acima vale somente para partículas esféricas. Não é comum se ter partículas
esféricas em leitos de interesse na metalurgia. Para se tratar com partículas não
esféricas é comum se utilizar o conceito de esfericidade.
(VIHUD 3DUWtFXOD
9ROXPH 9 9ROXPH 9
ÈUHDVXSHUILFLDO $ ÈUHDVXSHUILFLDO $
HVIHUD S
$ HVIHUD
(VIHULFLGDGH
$S
iUHD GD HVIHUD
HVIHULFLGDGH ' ' (6.59)
iUHD GD SDUWtFXOD
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Como a esfera é o sólido com o menor área superficial por unidade de volume, os
valores de esfericidade são sempre menores que um. Logicamente, a esfericidade de
uma esfera é 1.
iUHD GD HVIHUD
iUHD GD SDUWtFXOD ' (6.60)
6
D ' (1 & ) (6.61)
G
PP
PP PP
4
9 ' 5 3 ' 600 PP 3
3
1
3 [ 600
5 ' 3
' 5,23 PP
4
$HVIHUD 344
' ' 0,688
$S 500
Quando se tem partículas não esféricas, com uma certa distribuição granulométrica,
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
1
G ' (6.62)
L' Q
(%L) /100
j
L' 1 GL
onde:
n = número de peneiras usadas no peneiramento e onde ficou material retido;
d = diâmetro das partículas;
di = diâmetro médio do material retido na peneira i;
(% i) = porcentagem de material retido na peneira i.
$
'K ' 4 (6.43)
30
onde A representa área da seção transversal por onde o fluido escoa e PM o perímetro
molhado.
Resta agora traduzir as variáveis acima em função das características do leito. Para
tal, multiplicar-se-á o denominador e o numerador da equação acima pela altura do
leito, L. Tem-se:
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
$ /
'K ' 4 (6.63)
30 /
YROXPH GH YD]LRV
'K ' 4 (6.64)
iUHD VXSHUILFLDO GDV SDUWtFXODV
YROXPH GH YD]LRV
YROXPH GR OHLWR
'K ' 4 (6.65)
iUHD VXSHUILFLDO GDV SDUWtFXODV
YROXPH GR OHLWR
2 G
'K ' 4 ' (6.68)
6 3 (1 & )
(1 & )
G
5HJLPHODPLQDU
30 & 3 / 8 µ 9 32 µ 9
' ' (6.69)
/ 2
5K 'K
2
30 & 3 / 32 µ 9 32 µ 9
' ' (6.70)
/ 'K
2
2 G
2
3 (1 & )
30 & 3 / 72 µ 9 (1 & )2
' (6.71)
/ 2
G2 2
Os valores de queda de pressão previstos pela equação acima foram comparados com
dados experimentais. Foi constatado que os efeitos das variáveis estava correto;
entretanto, a constante que melhor se ajustava aos resultados era 150 ao invés de 72.
Isso certamente se deve ao fato do caminho percorrido pelo gás ser mais longo que
a altura do leito, L, considerada na avaliação da queda de pressão. Dessa forma, a
equação que é utilizada para estimativa de quedas de pressão em leito de partículas
com escoamento laminar é:
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
9R
9 ' (6.73)
5HJLPHWXUEXOHQWR
O fator de fricção para leitos foi avaliado experimentalmente e o valor obtido foi:
1,75
I ' (6.77)
3
2
(30 & 3/) 1,75 9R (1 & )
' (6.78)
/ 3
G
2
30 & 3 / 150 µ 9R (1 & )2 1,75 9R (1 & )
' % (6.79)
/ 3
G2 2 3
G
(VFRDPHQWR7XUEXOHQWRH5HVXOWDGRV([SHULPHQWDLV
Essa equação é conhecida como equação de Ergun e pode ser usada para determinar
a queda de pressão em leitos, sendo válida para os regimes laminar e turbulento.
Pela equação acima, observa-se que os parâmetros que favorecem uma diminuição
da queda de pressão do gás ao atravessar o leito (tornam o leito mais permeável) são:
- maior fração de vazio, ;
- maior diâmetro médio das partículas,d;
- maior esfericidade, ;
- menores viscosidade, µ ; densidade, , e velocidadedo gás, Vo.
5()(5Ç1&,$6
(;(5&Ë&,26
6- Uma esfera de aço (raio = 8,87 cm) é jogada em escória líquida para determinar a
viscosidade desse fluido. A densidade do aço é duas vezes maior que a da escória
e a velocidade terminal da esfera é 1,524 m/s (determinada experimentalmente).
Calcular a viscosidade cinemática da escória.
5HVSRVWDVGRV([HUFtFLRV
%$/$1d26*/2%$,612(6&2$0(172'()/8Ë'26,627e50,&26
Para obtenção da relação mencionada acima, dois métodos podem ser utilizados: o
microscópio e o macroscópio. No método microscópico, ilustrado esquematicamente
na figura 7.1a, o volume de controle é infinitesimal e é localizado longe das fronteiras
do sistema. A aplicação desse método resulta em equações diferenciais e os
parâmetros fisicamente observáveis, tais como a entrada e saída de fluido e condições
nas superfícies de contorno, entram como condições de contorno do problema. Esse
foi o método de estudo aplicado nos capítulos 4 e 5.
Entrada Saída
Elemento infinitesimal
a)
b)
%DODQoRJOREDOGHPDVVD
2 A2, V2 , ρ
2
A1, V1, ρ
1 1
Massa total, m
T
[7D[D WRWDO GH HQWUDGD GH PDVVD] & [7D[D WRWDO GH VDtGD GH PDVVD] '
G P7
$1 1 91 & $2 2 92 ' (7.2)
GW
sendo:
@
P' $ 9 (7.3)
@ @ G P7
P1 & P2 ' (7.4)
GW
No estado estacionário:
G P7
' 0 (7.5)
GW
e assim obtém-se:
@ @
P1 & P2 ' 0 (7.6)
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 265
9ERFDO ' 2 J K
D
P
Aço líquido h
2 Bocal
Assim:
@
P1 ' 0
@ G P7
& P2 '
GW
@
P 2 ' $2 2 92
@
P 2 ' $2 2 2 J K
P 7 ' $3 K
G P 7 ' $3 GK
G P7 GK @
' $3 ' & P 2 ' & $2 2 2 J K
GW GW
GK $2
' & 2 J GW
K 1/2 $3
onde:
6 hi é a altura inicial de aço na panela;
6 te é o tempo de esvaziamento da panela.
A integração fornece:
0 $2 WH
2 K 1/2 K0 ' & 2 J W 0
$3
$2
& 2 K0 1/2 ' & 2 J WH
$3
1/2
$3 2 K0
WH '
$2 J
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 268
G2
$2 '
4
2
'3
$3 '
4
Dessa forma:
2 1/2
'3 2 K0
WH '
G2 J
2 1/2
'3 2 K0 (3)2 2 @ 3,3
1/2
WH ' ' ' 1272 V
G2 J (0,0762)2 9,8
%DODQoRJOREDOGHHQHUJLD
[7D[D WRWDO GH HQWUDGD GH HQHUJLD] & [7D[D WRWDO GH VDtGD GH HQHUJLD] '
ρ
$9
A1, V1, ρ
z
1 Bomba 2
z Q
1
G @
( (WRWDO ) ' & (+ % (3 % (F ) @ P % 4 % 6 5 & 0 (7.8)
GW
onde:
6 Etotal = energia total do fluido, dada pela soma das energias interna, potencial e
cinética;
6 H = entalpia do fluido por unidade de massa;
6 EP = energia potencial do fluido por unidade de massa;
6 Ec = energia cinética do fluido por unidade de massa;
@
6 P = vazão de massa de fluido no sistema;
6 Q = taxa líquida de entrada de calor no sistema;
6 M = trabalho mecânico realizado pelo fluido sobre o sistema;
6 SR = geração líquida de energia no sistema, devido a reações químicas ou outras
fontes.
G
( (WRWDO ) ' 0 (7.9)
GW
Considerando sistemas onde não ocorrem reações químicas e onde não há outras
fontes de energia, tem-se:
65 ' 0 (7.10)
@
(+ % (3 % (F ) @ P & 4 % 0 ' 0 (7.11)
A seguir, será visto como cada um dos termos acima pode ser avaliado em função de
parâmetros mensuráveis.
$YDOLDomRGRWHUPRGHHQHUJLDFLQpWLFD
$1
@ 1 2
P 1 (F ' ( Y1 G $1) @ Y1 (7.12)
1 m 2
1
0
G $1 ' 2 U GU (7.13)
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 271
51
@ 1 2
P 1 (F ' ( Y1 2 U G U ) @ Y1 (7.14)
1 m 2
1
0
D(VFRDPHQWRODPLQDU
1 3 R & 3/ (5 2 & U 2)
Y] ' J cos % (4.116)
µ / 4
52 3 R & 3/
9 ' J cos % (4.126)
8 µ /
(5 2 & U 2)
Y] ' 2 9 (7.15)
52
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 272
51 2
@ 1 (5 2 & U 2 ) (5 2 & U 2 )
P 1 (F ' 2 91 2 U GU @ 2 91 (7.16)
1 m 2
1
52 52
0
@ 3 2
P 1 (F ' 1 9 1 51 (7.17)
1
@ 2
P1 ' 51 1 91 (7.18)
2
( F ' 91 (7.19)
1
E(VFRDPHQWRWXUEXOHQWR
& H Q WU R G R WX E R 3 D UH G H
R
HQW
O
UEX
7X
3 R V Lo m R UD G LD O
Y] ' 9 (7.20)
Isso significa que o valor de velocidade média representa bastante bem o perfil de
velocidades do fluido.
51
@ 1 2
P 1 (F ' 91 2 U GU @ 91 (7.21)
1 m 2
1
0
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 274
@ 1 3 2
P 1 (F ' 1 9 1 51 (7.22)
1
2
1 2
(F ' 91 (7.23)
1
2
As equações para regime laminar e turbulento podem ser escritas em uma mesma
forma geral, como apresentado a seguir:
1 2
(F ' 91 (7.24)
1
2 1
$YDOLDomRGRWHUPRGHHQHUJLDSRWHQFLDO
@ @
P 1 ( S ' P 1 J ]1 (7.25)
1
Eliminando a vazão de massa nos dois lados da equação (7.25), tem-se a seguinte
expressão para estimativa da energia potencial por unidade de massa do fluido:
(S ' J ]1 (7.26)
1
7HRUHPDGH%HUQRXOOL
onde:
4
4~ ' @ (7.28)
P1
0
0~ ' @ (7.29)
P1
representam a taxa líquida de entrada de calor e o trabalho mecânico realizado pelo
fluido, ambos por unidade de massa de fluído que escoa no sistema.
3
+ ' ( % (7.30)
onde:
6 E = energia interna por unidade de massa do fluido;
6 P = pressão do fluido.
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 276
3
( % % (3 % (F & 4 ~ % 0 ~ ' 0 (7.31)
3
G( % G % G (3 % G ( F & 4~ ' 0 (7.32)
Deve-se observar que o termo M* desaparece nessa equação, pois ele está
normalmente associado a bombas ou a algum outro equipamento para transporte do
fluido. Estes equipamentos não vão existir em um elemento de volume infinitesimal.
A variação de energia interna por unidade de massa do fluido, à medida que ele passa
por um pequeno segmento do duto, é dada por (ver Termodinâmica):
1
G( ' 4 ~ & 3 G % (I (7.33)
3 1 1
G ' 3 G % GS (7.34)
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 277
1 1 1
4~ & 3 G % (I % 3 G % G S % G ( 3 % G (F & 4~ ' 0 (7.35)
1
G S % G (3 % G ( F % (I ' 0 (7.36)
2 2 2
1 92 91
G S % J (]2 & ]1) % & % 0 ~ % (I ' 0 (7.37)
m 2 2 2 1
1
Deve-se observar que a equação acima está escrita em termos da unidade de massa
do fluído que está escoando.
A equação (7.37) pode ser escrita em duas formas básicas, dependendo do fluído que
está escoando. Uma delas aplicada a fluidos incompressíveis. Nesse caso, é
constante ao longo do sistema e pode passar para fora da integral, resultando em:
2 2
32 & 31 92 91
% J (]2 & ]1) % & % 0 ~ % (I ' 0 (7.38)
2 2 2 1
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 278
3 @ 30
' (7.39)
5 @ 7
onde PM é a massa molecular do gás. (Demonstre esta equação a partir da lei dos
gases ideais.)
2 2
5 @ 7 32 92 91
ln % J (]2 & ]1) % & % 0 ~ % (I ' 0 (7.40)
30 31 2 2 2 1
$YDOLDomRGDVSHUGDVSRUIULFomR
Para aplicação prática das equações (7.38) e (7.40), torna-se necessário desenvolver
métodos de estimativa das perdas por fricção, Ef, nas várias partes de um sistema por
onde o fluido escoa.
3HUGDVSRUIULFomRHPGXWRVUHWRV
Pressão P Pressão P
1 2
onde:
FK = força de atrito entre o fluído e a parede do duto;
P1 - P2 = diferença de pressão entre os pontos 1 e 2 (o fluido escoa do ponto 1 para o
2);
A = área da seção transversal do duto.
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 280
32 & 31
% (I ' 0 (7.42)
Para se chegar à equação acima, considerou-se que o duto tem seção transversal
constante (assim 92 ' 91 ), está na posição horizontal ( ]1 ' ]2 ) e que não há
equipamentos para transporte do fluido entre os pontos 1 e 2 (M* = 0).
).
(I ' (7.43)
@ $
Do Capítulo 6, tem-se que a força de atrito entre o fluido e as paredes do duto pode
ser expressa através da seguinte equação:
1
)N ' ( ' /) ( 9 2) I (6.26)
2
'2
$ ' (7.44)
4
Combinando-se as equações (7.43), (6.26) e (7.44), pode-se obter uma expressão para
estimativa das perdas de energia por fricção em seções retas de tubulações:
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 281
1
( ' /) ( 9 2) I
2 / 2
(I ' ' 2 I 9 (7.45)
'2 '
4
(Demonstre que uma equação idêntica à expressão acima seria obtida se fosse
considerado um duto vertical.)
A equação (7.45) acima pode também ser usada para dutos não circulares, bastando
substituir o diâmetro D pelo diâmetro hidráulico euivalente, definido pela equação
(6.43).
50 m
2 1
ar
2 2
32 & 31 92 91
% J (]2 & ]1) % & % 0 ~ % (I ' 0
2 2 2 1
32 ' 31
]2 ' ]1
91 ' 0
2
92
% 0 ~ % (I ' 0
2 2
3 @ (30)
'
5 @ 7
sendo:
3 ' 750 PP +J ' 0,9868 DWP ' 0,9868 [ 101330 3D ' 99 992,44 3D
4 0,5
92 ' ' ' 8,33 P / V
$ 0,06
2 @ 0,2 @ 0,3
'K ' ' 0,24 P
(0,2 % 0,3)
/ 2 50
(I ' 2 I 9 ' 2 @ 0,0042 @ @ (8,33)2 ' 121,43 P 2 / V 2
'K 0,24
2
92
0~ ' & & (I
2 2
(8,33) 2
0~ ' & & 121,43 ' & 156,13 P 2 / V 2
2 @ 1
O valor de M* é negativo pois ele representa o trabalho feito pelo fluido sobre o
sistema. Nesse caso é o sistema (ventilador) que realiza trabalho sobre o fluído.
O valor (-M*) representa o trabalho feito pelo ventilador por unidade de massa do fluido
sendo transportado. Logo:
92,46
|0| ' ' 0,124 KS
745,7
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 285
3HUGDVSRUIULFomRHPH[SDQVmRHFRQWUDomR
1 2
(I ' HI 9 (7.46)
2
D&RQWUDo}HV
Para o caso de contrações repentinas (como a que é vista na figura 7.5) e regime
CONTRAÇÃO
altamente turbulento, o valor do fator de perda por fricção pode ser avaliado através
da seguinte equação:
Quando se usa a equação (7.47) para previsão do fator de perda por fricção, a
velocidade que aparece na equação (7.46) deve ser estimada usando a área da seção
após a contração (menor área).
E([SDQVmR
Para uma expansão repentina e escoamento altamente turbulento, o fator de perda por
fricção pode ser estimado a partir da seguinte correlação:
Quando se usa a equação acima para avaliação do fator de perda por fricção, a
velocidade que aparece na equação (7.46) deve ser estimada usando a área da seção
antes da expansão (menor área).
3HUGDVSRUIULFomRHPYiOYXODVHFRQH[}HV
Para avaliar as perdas por fricção para escoamento através de válvulas e conexões,
utiliza-se a técnica do comprimento equivalente. As perdas por fricção são, então,
dadas pela seguinte relação:
/H 2
(I ' 2 I 9 (7.50)
'
onde:
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 289
É interessante observar que a equação (7.50) é similar à expressão (7.45), usada para
prever perdas por fricção em seções retas de tubulações.
Os valores da relação Le/D para alguns tipos de conexão e válvulas são fornecidos na
tabela 7.1.
COMPONENTE Le/D
Joelho de 45º 15
Joelho de 90º, raio 31
Joelho de 90º, raio médio 26
Joelho 90º, quadrado 65
Retorno de 180º 75
Válvula gaveta, aberta 7
Válvula gaveta, ¼ 40
Válvula gaveta, ½ 190
Válvula gaveta, ¾ 840
Uniões Desprezível
o o
Joelho de 90 Joelho de 90
raio padrão raio padrão
24,384 m
12,192 m
2
36,576 m
Bomba
91,44 m
o
Joelho de 90
raio padrão
1,524 m
1
0,1m Caixa d´água
2 2
32 & 31 92 91
% J (]2 & ]1) % & % 0 ~ % (I ' 0
2 2 2 1
2
'GXWR (0.1016)2
$2 ' $GXWR ' ' ' 0,0081 P 2
4 4
4
92 ' 9GXWR ' ' 0,74 P/V
$GXWR
Deve-se agora determinar o valor de β2. Isto é feito avaliando-se o número de Reynolds
no ponto 2, para saber se o escoamento é laminar ou turbulento. Tem-se:
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 292
2 2
92 91 (0,74) 2
& ' & 0 ' 0,274 P 2/V 2
2 2 2 1 2 @ 1
1 2
(I ' HI 9GXWR
2
. 0
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 293
1 2 1
(I ' HI 9GXWR ' (0,9) (0,74)2 ' 0,246 P 2/V 2
2 2
/ 2
(I ' 2 I 9GXWR
'GXWR
1,11
1 /' 6,9
' &3,6 log %
I 3,7 5H
Substituindo valores:
1,11
1 (0,0001)/(0,1016) 6,9
' &3,6 log % ' 0,0056
I 3,7 75184
/ 2 166,216
(I ' 2 I 9GXWR ' 2 (0,0056) (0,74)2 ' 10,034 P 2/V 2
'GXWR 0,1016
/H 2
(I ' 2 I 9GXWR
'GXWR
/H
' 31
'
/H 2
(I ' 2 I 9GXWR ' 2 (0,0056) 3 @ 31 (0,74)2 ' 0,570 P 2/V 2
'
2 2
32 & 31 92 91
% J (]2 & ]1) % & % 0 ~ % (I '
2 2 2 1
A potência da bomba pode ser determinada multiplicando o valor acima pela vazão de
massa de água na tubulação. Tem-se:
3RWrQFLD GD ERPED ' |0 ~| 4 ' 265,02 [ 6 [ 10&3 [ 1000 ' 1590,12 : ' 2,13 KS
2,13
3RWrQFLD GD ERPED ' ' 2,66 KS
(80/100)
(VFRDPHQWRHPSDQHODVHGLVWULEXLGRUHV
Inicialmente será estudado o caso de uma panela cilíndrica, sendo vazada através de
um orifício no seu fundo.
9D]DPHQWRGHXPDSDQHOD
$WPRVIHUD 1
0HWDO
3DQHOD
'LkPHWUR'SDQHOD
K
$WPRVIHUD 2
2ULItFLR
'LkPHWUR'
RULItFLR
2 2
32 & 31 92 91
% J (]2 & ]1) % & % 0 ~ % (I ' 0 (7.38)
2 2 2 1
$1 1 91 ' $2 2 92 (7.53)
$1 91 ' $2 92 (7.54)
2
'SDQHOD
$1 ' (7.55)
4
2
'RULILFLR
$2 ' (7.56)
4
2
'RULILFLR
91 ' 92 (7.57)
2
'SDQHOD
Como o diâmetro do orifício é bem menor que o da panela, pode-se afirmar que:
Dessa forma, a variação de energia cinética entre os pontos 1 e 2 pode ser estimada
através da seguinte expressão:
2 2 2
92 91 92
& . (7.59)
2 2 2 1 2 2
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 298
0~ ' 0 (7.61)
Resta agora avaliar as perdas por fricção entre os pontos 1 e 2. Estas perdas estão
associadas a:
- fricção em seção reta no interior da panela;
- fricção devido à contração na entrada do orifício.
A perda por fricção na seção reta no interior da panela pode ser avaliada através da
seguinte equação:
K 2
( I ' 2 ISDQHOD 91 (7.62)
'SDQHOD
1 2
(I ' H I 92 (7.63)
2
onde:
. 0 (7.66)
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 299
K 2 1 2
(I ' 2 ISDQHOD 91 % (0,45) 92 (7.64)
'SDQHOD 2
Como visto acima, a velocidade no ponto 1 é bem menor que a velocidade no ponto
2. Dessa forma, o termo associado às perdas no interior da panela podem ser
desprezados quando comparados com a perda devido à contração.
2
92 1 2
J (&K) % % (0,45) 92 ' 0 (7.65)
2 2 2
Rearranjando termos, pode-se obter uma equação para a velocidade do metal na saída
da panela:
1
2 J K
92 ' 2
(7.66)
1
% 0,45
2 2
1
92 ' & ' 2 J K 2
(7.67)
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 300
1
1
&' ' 2
(7.68)
1
% 0,45
2 2
1
92 ' 2 J K 2
(7.69)
Exemplo- Adapte a equação (7.67) acima para a situação mostrada na figura abaixo,
onde se tem um duto refratário acoplado ao orifício da panela. Nesse duto,
foi colocada uma válvula gaveta, cuja abertura pode ser modificada.
Atmosfera 1
Metal
Panela
Diâmetro: D panela
h
Válvula gaveta
L duto
2
Diâmetro:
D
duto
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 301
$1 91 ' $2 92
2
'SDQHOD
$1 '
4
2
'GXWR
$2 '
4
2
'GXWR
91 ' 92
2
'SDQHOD
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 302
Como o diâmetro do duto é bem menor que o da panela, a variação de energia cinética
entre os pontos 1 e 2 pode ser estimada através da seguinte expressão:
2 2 2
92 91 92
& .
2 2 2 1 2 2
0~ ' 0
A perda por fricção na seção reta no interior da panela é avaliada através da seguinte
equação:
K 2
( I ' 2 ISDQHOD 91
'SDQHOD
1 2
(I ' H I 92
2
onde:
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 303
. 0
/GXWR 2
(I ' 2 IGXWR 92
'GXWR
/H 2
( I ' 2 IGXWR 92
' YiOYXOD JDYHWD
K 2 1 2 /GXWR 2 /H 2
(I ' 2 ISDQHOD 91 % (0,45) 92 % 2 IGXWR 92 % 2 IGXWR 92
'SDQHOD 2 'GXWR ' YiOYXOD JDYHWD
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 304
Como visto acima, a velocidade no ponto 1 é bem menor que a velocidade no ponto
2. Dessa forma, o termo associado à perda no interior da panela pode ser desprezado
em relação às demais perdas.
2
92 1 2 /GXWR 2 /H 2
& J ( K % /GXWR ) % % (0,45) 92 % 2 IGXWR 92 % 2 IGXWR 92 ' 0
2 2 2 'GXWR ' YiOYXOD JDYHWD
Rearranjando termos, pode-se obter uma equação para a velocidade do metal na saída
da panela:
1
2 J ( K % /GXWR ) 2
92 '
1 /GXWR /H
% 0,45 % 4 IGXWR % 4 IGXWR
2 2 'GXWR ' YiOYXOD JDYHWD
A dificuldade que surge para o uso da equação acima para avaliação da velocidade na
saída da panela está associada ao fato do fator de fricção (fduto) depender do número
de Reynolds, que, por sua vez, depende da velocidade de saída do metal Dessa
forma, para se avaliar a velocidade é necessário conhecer fduto, mas para avaliar este
parâmetro precisa-se conhecer a velocidade. Esta dificuldade é contornada utilizando-
se um método iterativo. Nesse método, parte-se de um valor inicial de fduto (que não é
correto, pois não se conhece a velocidade do metal) e determina-se a velocidade. Esta
velocidade é também aproximada, pois foi calculada usando um valor incorreto para
o fator de fricção. Com essa nova velocidade, calcula-se o número de Reynolds e um
valor atualizado para o fator de fricção. Com este valor, reinicia-se o processo,
executando-se mais uma iteração. Usualmente, este processo iterativo converge e os
valores de velocidade e de fator de fricção começam a se repetir após sucessivas
iterações. Um exemplo de aplicação deste método é apresentado a seguir. Para tal,
serão usados os seguintes dados:
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 305
1
2 @ 9,8 @ ( 3 % 1 )
92 ' 2
($)
1 1
% 0,45 % 4 IGXWR % 4 IGXWR 190
2 2 0,075
1,11
1 GXWR /'GXWR 6,9
' &3,6 log %
IGXWR 3,7 'GXWR 92
µ
Substituindo dados:
1,11
1 0,0002 / 0,075 6,9
' &3,6 log % (%)
IGXWR 3,7 0,075 @ 92 @ 7000
0,007
Inicia-se o processo iterativo com um valor arbitrário de fduto. Assumindo esse valor
como 0,005, e substituindo na equação para a velocidade (equação (A)), tem-se:
Com estes dois cálculos, executou-se uma iteração. Repetindo-se este processo,
obtem-se a tabela abaixo:
Pela tabela acima, constata-se que após a quarta iteração os valores de velocidade e
fator de fricção começam a repetir. Desse modo, a velocidade correta é 3,4176 m/s.
Uma outra forma de resolver o problema pode ser adotada quando se dispõe de
calculadoras que tenham a função 62/9( ou através do uso de planilhas eletrônicas,
como o (;&(/ e o 48$7752 352 Nesses casos, a equação para fduto seria
substituida na equação para a velocidade e se buscaria o ]HUR da seguinte função:
1
2 @ 9,8 @ ( 3 % 1 )
IXQomR ' 92 & 2
' 0
1 I(9 ) 1 I(9 )
% 0,45 % 4 IGXWR2 % 4 IGXWR2 190
2 2 0,075
Exercício- Usando uma planilha eletrônica ou uma máquina de calcular com a função
62/9(, analise o efeito da abertura da válvula e do comprimento do duto refratário
sobre a velocidade do metal na saída da panela. Construa gráficos mostrando os
resultados obtidos.
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 307
7UDQVIHUrQFLDGHPHWDOGRGLVWULEXLGRUSDUDRPROGH
Nesse item vai ser estudado o processo de transferência de metal do distribuidor para
o molde de lingotamento contínuo. O sistema é visto na figura 7.10.
Para a configuração mostrada acima, vai ser desenvolvida uma expressão para
determinação da vazão de aço entre os dois reatores, em função da altura de aço no
distribuidor e da posição de abertura da válvula gaveta. Novamente, a equação de
Bernoulli pode ser utilizada para obter esta expressão.
$WPRVIHUD
$oROtTXLGR
K 'LVWULEXLGRU
9iOYXODJDYHWD
/
'GXWR duto
$WPRVIHUD
S
0ROGH
$oROtTXLGR
2 2
32 & 31 92 91
% J (]2 & ]1) % & % (I ' 0 (7.70)
2 2 2 1
A escolha da localização dos pontos 1 e 2 deve ser feita considerando que nestes
pontos deve-se conhecer os parâmetros que aparecem na equação de Bernoulli, tais
como pressão, velocidade e altura em relação a um dado plano de referência. Destes
parâmetros, o que apresenta maior dificuldade é a pressão. Nesse caso, a escolha
mais conveniente é aquela mostrada na figura 7.10, com os pontos 1 e 2 localizados
nas superfícies do metal no distribuidor e no molde, respectivamente.
As seções transversais nos pontos 1, 2 e no duto são avaliadas através das seguintes
equações:
2
'GXWR
$GXWR ' (7.77)
4
onde:
- W dist = largura do distribuidor;
- Tdist = espessura do distribuidor;
- W molde = largura do molde;
- Tmolde = espessura do molde.
2
'GXWR
91 ' 9GXWR (7.78)
4 :GLVW 7GLVW
2
'GXWR
92 ' 9GXWR (7.79)
4 :PROGH 7PROGH
Dessa forma, pode-se afirmar que os termos associados à energia cinética são pouco
relevantes, sendo válida a seguinte aproximação:
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 310
2 2
92 91
& . 0 (7.82)
2 2 2 1
Deve-se agora avaliar as perdas por fricção entre os pontos 1 e 2. Estas perdas estão
associadas à:
a- fricção em seção reta no interior do distribuidor;
b- fricção devido à contração na entrada do orifício na saída do distribuidor;
c- fricção na seção reta do duto;
d- fricção devido à válvula gaveta;
e- fricção devido à expansão na saída do duto e entrada do molde;
f- fricção na seção reta do molde.
As perdas por fricção nas seções retas são proporcionais ao quadrado da velocidade
na seção em consideração (veja equação (7.62), por exemplo). Como as velocidades
no interior do distribuidor e do molde são pequenas (especialmente quando
comparadas com a velocidade no duto), pode-se desprezar as perdas relativas aos
itens “a” e “f” listados acima. A seguir serão, então, avaliadas as perdas associadas
aos itens de “b” a “e”.
1 2
(I ' H I 9GXWR (7.83)
2
onde:
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 311
. 0 (7.86)
Considerando que a contração não possui nenhum acabamento especial na sua região
de entrada, tem-se:
Assim:
1 2
(I ' @ 0,45 @ 9GXWR (7.88)
FRQWUDomR
2
/GXWR 2
(I ' 2 IGXWR 9GXWR (7.89)
GXWR
'GXWR
/H 2
(I ' 2 IGXWR 9GXWR (7.90)
YiOYXOD
' YiOYXOD
1 2
(I ' H I 9GXWR (7.91)
2
onde:
. 0 (7.94)
Assim:
1 2
(I ' @ 1 @ 9GXWR (7.95)
H[SDQVmR
2
1 2 /GXWR 2 /H 2
(I ' @ 0,45 @ 9GXWR % 2 IGXWR 9GXWR % 2 IGXWR 9GXWR
2 'GXWR ' YiOYXOD
1 2
% @ 1 @ 9GXWR (7.96)
2
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 313
1 2 /GXWR /H
(I ' 9GXWR 0,45 % 4 IGXWR % 4 IGXWR % 1 (7.97)
2 'GXWR ' YiOYXOD
1 2 /GXWR /H
& J ( K % /GXWR & S ) % 9GXWR 0,45 % 4 IGXWR % 4 IGXWR % 1 ' 0 (7.98)
2 'GXWR ' YiOYXOD
1
2 J ( K % /GXWR & S )
9GXWR ' 2
(7.98)
/GXWR /H
0,45 % 4 IGXWR % 4 IGXWR % 1
'GXWR ' YiOYXOD
Exemplo- Usar a equação (7.98) para determinar a velocidade do aço no duto que liga
o distribuidor e o molde de lingotamento contínuo. Considerar os seguintes
dados:
- comprimento do duto, Lduto = 1m;
- altura de aço no distribuidor, h = 0,80 m;
- diâmetro do duto, Dduto = 0,075 m;
- penetração do duto no interior do molde, p = 0,20 m;
- rugosidade do duto, ε = 0,0002 m;
- posição da válvula gaveta: meio aberta.
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 314
1
2 @ 9,8 @ ( 0,8 % 1 & 0,20 )
9GXWR ' 2
($)
1
0,45 % 4 IGXWR % 4 IGXWR 190 % 1
0,075
Para determinar a velocidade no duto, resta avaliar o fator de fricção. Este fator é
calculado através da seguinte expressão:
1,11
1 GXWR /'GXWR 6,9
' & 3,6 log %
IGXWR 3,7 'GXWR 9GXWR
µ
Susbtituindo dados:
1,11
1 0,0002 / 0,075 6,9
' & 3,6 log % (%)
IGXWR 3,7 0,075 9GXWR 7000
0,007
As equações (A) e (B) devem ser resolvidas simultaneamente para que se determine
a velocidade no duto. Usando métodos iterativos, obtem-se:
2
'GXWR (0,075)2
4 ' 9GXWR ' @ 2,152 ' 0,0095 P 3/V
4 4
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 315
' 4 @ ' 0,0095 @ 7000 ' 66,55 NJ/V ' 239,6 WRQ/K
7pFQLFDVGHPHGLGDGHYD]mRGHIOXLGRV
0HGLGRUHVGHGLIHUHQoDGHSUHVVmR
0HGLGRUHVGHRULItFLR
Placa de orifício
1 2
9HQDFRQWUDFWD
Limite da região do fluido
D1 D0 D2 com velocidades positivas
P1 - P2
2
D1 D2
P1 - P2
Para a análise a ser desenvolvida será considerada a placa de orifício vista na figura
7.10. Nesse dispositivo, um disco fino com um orifício circular no centro é inserido no
duto, conforme indicado na figura.
Como se vê na figura, o fluxo se contrai antes do orifício e continua a contrair por uma
pequena distância a partir da posição da placa do orifício, formando uma região onde
a área para escoamento é mínima. A posição onde isso acontece é denominada YHQD
FRQWUDFWD.
2 2
32 & 31 92 91
% & ' 0 (7.99)
2 2 2 1
2 2
32 & 31 92 91
% & ' 0 (7.100)
2 2
$1 91 ' $2 92 (7.101)
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 318
2
'1
$1 ' (7.102)
4
2
'2
$2 ' (7.103)
4
2 2
'1 91 ' '2 92 (7.104)
ou ainda:
'2 2
91 ' 92 (7.105)
'1
2
32 & 31 92 '2 4
% 1 & ' 0 (7.106)
2 '1
&' &'
. ' ' (7.110)
'R 4 1 & % 4
1 &
'1
'R
% ' (7.111)
'1
'R ' 20 FP
'1 ' 40 FP
'R
% ' ' 0,5
'1
Usando os dados acima, pode-se usar a figura 7.13 para determinar o valor de K,
conforme indicado na figura abaixo.
2 2
'R 'R 2 (31 & 32)
4 ' 9 R ' 0,65
4 4
Como visto na figura 7.13, para uma placa de orifício é de grande importância a
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 323
7XERGH3LWRW
1 2
P1- P2
2 2
32 & 31 92 91
% & ' 0 (7.112)
2 2 2 1
2
32 & 31 92
% ' 0 (7.113)
2
ou ainda:
Um cuidado que se deve ter com o uso de tubos de Pitot está associado à localização
e à forma das aberturas estáticas, de tal modo que elas possam oferecer uma medida
real da pressão estática ao longo da mesma linha de escoamento em que é medida
a pressão de impacto. Rebarbas ou localizações não paralelas destas aberturas
introduzem erros nas medidas.
9 1
' (7.116)
9Pi[LPD 2
9 ' 9Pi[LPD
' 0,62 % 0,04 @ log (7.117)
9Pi[LPD µ
Para números de Reynolds entre 2100 e 104 não existe nenhuma expressão
relacionando V (velocidade média)/Vmáxima.
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 326
Exemplo - Um tubo de Pitot está instalado em um tubo com sua abertura de impacto
ao longo da linha central. O diâmetro interno do tubo é de 0,3048 m. Ar
a 65,5ºC e 82736,4 Pa de pressão relativa escoa através do tubo. A
pressão barométrica é 99323,4 Pa. A diferença de pressão medida pelo
tubo de Pitot é de 104, 55 Pa. A viscosidade do ar é: 2 x 10-5 kg/m.s.
Estime a vazão de massa de ar.
3 @ (30)
'
5 @ 7
sendo:
(PM) = massa molecular do ar = 0,02884 kg/mol;
R = constante dos gases = 8,31 J/mol.K;
T = temperatura (K).
2 3 2 @ 104,55
92 ' & 3 ' 0.99 ' 10,477 P/V
1,867
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 327
Assim, tem-se:
9
' 0,62 % 0,04 @ log 301 424 ' 0,839
9Pi[LPD
'2 (0,3048)2
' @ 9 @ ' @ 8,79 @ 1,866 ' 1,197 NJ/V
4 4
5RWkPHWURV
6DtGDGH
IOXtGR
'XWRF{QLFR
(VFDODJUDGXDGD
)OXWXDGRU
(QWUDGDGHIOXtGR
) * ' )( % ) $ (7.118)
PI
9I ' (7.120)
I
PI
@ ( I & ) @ J ' )$ (7.121)
I
Para um dado medidor de vazão através da qual um fluido escoa, o lado esquerdo da
equação (7.121) é uma constante. Desse modo, FA é constante quando o flutuador
está em equilíbrio e se a vazão do fluido se altera, o flutuador contrapõe esse efeito
assumindo uma nova posição de equilíbrio. Por exemplo, se o flutuador está numa
posição de equilíbrio correspondente a uma dada vazão de massa e, então, essa
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 330
vazão de massa se torna maior, FA cresce e o flutuador sobe. Entretanto, à medida que
o flutuador sobe, a área da seção transversal do tubo aumenta e a velocidade do fluido
entre o flutuador e a parede do tubo diminui, de modo a se atingir um valor de FA que
satisfaça à equação (7.121).
5()(5Ç1&,$6%,%/,2*5È),&$6
(;(5&Ë&,26
Panela
Diâmetro = 3 m
0,5 m
Distribuidor
Válvula gaveta
Ar 0,8 m
0,2 m
Molde
Seção transversal = 1,2 m x 0,25 m
A panela de aço esvaziou e vai ser trocada por uma cheia. Esta operação consome 1
minuto. Neste período não vai haver alimentação de aço no distribuidor, mas a
alimentação de aço no molde vai ser matida constante e igual a 108 toneladas/hora.
Estimar a queda no nível de aço no distribuidor durante este período.
2- Uma panela está alimentando aço líquido nas lingoteiras, conforme visto na figura
abaixo. Determine o tempo gasto para encher uma lingoteira com capacidade de 2
toneladas de aço. Aço: - densidade: 6,7 g/cm3; - viscosidade: 0,07 P. O orifício no
fundo da panela tem diâmetro de 70 mm. Desconsider a espessura do refratário.
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 332
Ar
Câmara de vácuo
Lingoteira
Tanque
30 m D = 10 m
150 m
descarga
d = 0,15 m Rugosidade do tubo = 0,045 mm
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 333
D = 3,5 m
p
Panela
h=3m
o
45
A
o
Distribuidor
Veio 1 Veio 2
Placa 1 Placa 2
Deseja-se manter o nível de aço no distribuidor o mais constante possível. Para tal, é
necessário variar o diâmetro do orifício da panela à medida que esta vai esvaziando.
Obter uma relação matemática entre a área de abertura do orifício da panela e altura
de aço no seu interior, de modo a garantir uma altura constante de aço no distribuidor,
até que se tenha apenas 100 mm de aço na panela. Usando a relação desenvolvida,
calcular quais deverão ser as áreas do orifício para as alturas inicial (3 m) e final (100
mm) de aço na panela.
Assumir escoamento turbulento.
Dimensões das placas: 2 m de largura - 0,25 m de espessura
Velocidade do veio: 1,5 m/min.
5- Determinar a pressão interna, P, que se deve ter na câmara de pressão para que
se obtenha uma vazão de aço líquido compatível com a situação mostrada na figura
abaixo. Assumir escoamento turbulento. Considerar dutos hidraulicamente lisos.
- densidade do aço: 7000 kg/m3; - viscosidade do aço: 7 cP..
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 334
Câmara de pressão: P
2m
Bico do "spray"
"Spray"
Tira de aço
6m
Bomba
6m
2m
1m 3m
0,5 m
Reservatório
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 335
K K
K
/
K
' FP
+
ÈJXD
5HVHUYDWyULR 5HVHUYDWyULR
G PP
8 0,0385
I ' %
5H (0,839 & log 5H)2
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 336
Ar
Joelho: raio
Válvula gaveta: padrão
1/4 fechada
15 m
Reservatório 1
Ar
Joelho: raio
longo
Reservatório 2
9- Uma panela com diâmetro interno de 1 m contém alumínio líquido. A altura inicial
de metal líquido é de 1,5 m e o orifício de vazamento, localizado na base da panela,
possui diâmetro de 0,1 m. Determinar:
- tempo requerido para esvaziar a panela pelo orifício do fundo;
- taxa inicial de vazamento de metal em kg/s;
- taxa de vazamento de metal (kg/s) quando a panela está 50 % cheia.
Deduzir todas as relações usadas nos cálculos. Assumir escoamento turbulento e
considerar perdas por fricção.
Propriedades do alumínio: - densidade: 2410 kg/m3 ; - viscosidade: 2,75 x 10-3 Pa.s.
%DODQoRV*OREDLVQR(VFRDPHQWRGH)OXtGRV,VRWpUPLFRV 337
10- Água está sendo bombeada do reservatório 1 para o 2 através de um tubo com
diâmetro de 0,25 m e rugosidade de 2,5 x 10-3 m, conforme visto
esquematicamente na figura abaixo. Calcular a potência da bomba necessária
para se obter uma vazão de água de 0,2 m3/s. A eficiência da bomba é de 75 %.
Ar
15 m
35 m
Ar
15 m Reservatório 2: diâmetro = 2 m
3m 15 m 15 m
o
Retorno de 180
1m
1,7 m
1m
Reservatório: diâmetro = 2 m