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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS


FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO
AMBIENTE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
QUÍMICA

Desafio I – Modulo I

Disciplina: IGEQ01044 - CALCULO DE REATORES I

Data: 17/06/2021. Turma: 2017 (17 alunos). Período: 2020.4 Ano 2021

Docente: Profa. Dra. GICÉLIA RODRIGUES.

Alunos:
Lucas Carvalho do Vale - 201640609026
Matheus Abner da Fonseca Oliviera- 201740609006
Victoria Caroline Silva Vital – 201740609009

Questão 01: O processo de Haber para a amônia baseia-se na reação reversível de


síntese desse produto a partir do nitrogênio e do hidrogênio. Supondo um reator
carregado apenas com os reagentes, nitrogênio e hidrogênio, em proporção
estequiométrica e operando em uma dada pressão P, pode-se calcular qual deveria ser o
valor da constante de equilíbrio (Kp) para atingir-se uma conversão de equilíbrio de
60% nas pressões de 1 a 15 atmosferas.
Nota: Numa dada temperatura, o valor da constante de equilíbrio é independente da
pressão que atua sobre o sistema. A síntese da amônia é exotérmica, assim sua constante
de equilíbrio diminui quando a temperatura aumenta; na realidade, K cai abaixo de 1
quando a temperatura aumenta além de 200°C. Infelizmente, a reação é lenta a baixas
temperaturas e só é comercialmente interessante se a temperatura excede a,
aproximadamente, 750°C, mesmo na presença de um catalisador; mas então K é muito
pequeno. Foi Fritz Haber, o inventor do processo de Haber para a síntese industrial de
amônia quem superou essa dificuldade. (Fonte: Atkins, P., Físico-Química:
Fundamentos, LTC Editora, Rio de Janeiro, 2003, p.140).
RESPOSTA: Síntese da amônia na reação direta e decomposição na reação
inversa:
N 2(g) +3 H 2(g ) ⇌ 2 NH 3(g)
A+3 B ⇋ 2 C
Considerando proporção estequiométrica e 60% de conversão temos:
1
x A= × 0,6=0,15
4
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x B = × 0,6=0,45
4
x C =1−x A −x B =0,4
Constante de equilíbrio Kc:
p (2 NH 3( g) )2
K C=
p ( N 2(g) ) p(3 H 2(g ))3

Cálculo das pressões parciais:


p ( N 2 )=x A P
p ( H 2 )=x B P
p ( NH 3 ) =x C P
Para as pressões de 1 a 15atm temos:
Tabela 1- Dados em relação a pressão do reator.

Pressão do Constante de
p(N2) p(H2) p(NH3)
reator (atm) equilíbrio (Kc)
1 0,15 0,45 0,4 11,706
2 0,3 0,9 0,8 2,926
3 0,45 1,35 1,2 1,301
4 0,6 1,8 1,6 0,732
5 0,75 2,25 2 0,468
6 0,9 2,7 2,4 0,325
7 1,05 3,15 2,8 0,239
8 1,2 3,6 3,2 0,183
9 1,35 4,05 3,6 0,145
10 1,5 4,5 4 0,117
11 1,65 4,95 4,4 0,097
12 1,8 5,4 4,8 0,081
13 1,95 5,85 5,2 0,069
14 2,1 6,3 5,6 0,06
15 2,25 6,75 6 0,052
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Questão 02: Planeja-se operar um reator descontinuo para converter A em R. A


estequiometria da reação é A → R, a qual ocorre em fase líquida e sua velocidade é
dada na tabela abaixo. Durante quanto tempo deve reagir cada batelada para que a
concentração caia de CA0=1,0 mol/L para CAf =0,2 mol/L.

CA (-rA) =
(mol/L) mol/L.min
0,1 0,1
0,2 0,3
0,3 0,5
0,4 0,6
0,5 0,5
0,6 0,25
0,7 0,10
0,8 0,06
1,0 0,05
1,3 0,045
2,0 0,042

RESPOSTA: Para determinar o tempo deve reagir cada batelada para que a concentração
caia de CA0=1,0 mol/L para CAf =0,2 mol/L do protótipo e cabe construir o seu respectivo
gráfico, a primeira abordagem requer avalair os dados e encontrar um modelo para
descrever a equação em relação o tempo.
CA
CA
t= ∫
C A0
−r A

Para isso, observa-se o modelo gráfico a fim de obsersar o comportamento da velocidade


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de reação em relação a concentração. QUÍMICA
A de acordo com o comportamento descrito na
Figura 1, observa-se que não é aplicavél a regra dos trapezios, portanto, propõe-se o
modelo da Figura 2, construindo CA vs (1/-rA), com os daods anteriormente forcidos.

Figura 1 - Comportamento CA vs (1/-rA)

0.7

0.6

0.5

0.4

0.3

0.2

0.1

0
0 0.5 1 1.5 2

Figura 2 - Comportamento CA vs (1/-rA)

25

20

15

10

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5

Para a regra do trapézio, tem-se:

b−a
h=
n

Sendo

 b, a concentração final 1,0 mol/L


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 a, a concentração inicial 2 mol/LQUÍMICA

 h, o número de intervalos encontrados entre as concentrações 0,2 e 1,0 (0,4; 0,6 e


0,8)

 n, 4 referente a quantidade de subintervalos

dCA
t=∫
−r A

h 1 1 1 1 1
t= ∗
{
2 −r A0
+2
[+ + +
−r A 1 −r A2 −r A3 −r Af ] }
0,2
t= ∗{ 3,3+2∗[ 1,7 +4 +16,7 ] +20 }
2

t=6,81 min

Questão 03: Discorra sobre a importância dos reatores reciclo e CSTR em série,
apresentando os balanços de cada um deles.

RESPOSTA: A operação conjulgada com reatores em série e reciclo são amplamente


difundidas para processos continuos onde a conversão desejada por não ser alcançada
quando vinculada a um unico reator, onde existe uma quantidade de reagente, mesmo que
pequena, na corrente de saída do meio reacional. Sendo assim, sua aplicação incere no
processo uma maior taxa de conversão. Do mesmo modo, reatores em série são utilizados
devido aos béficios como a possibilidade de uso dos reatores a diferentes condições
operacionais de estado estacionário e o uso de maiores taxas de diluição.

Balanço Reatores CSTR em série


Figura 3 – Dois reatores CSTR em série.

Para o reator 1, do esquema proposto na figura 3, ten-se a velocidade cosnumo de A snedo


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-rAi, na conversão Xi, fornecendo-se o seguinte
QUÍMICAbalanço.
Entreada−Saída+ Geração=0
F A 0=F A 1−r A 1 V 1
A vazão molar de A no ponto 1 é
F A 1=F A 0−F A 1 X 1
Realizando a substituições e isolando V1, tem-se

V 1=F A 0 X 1 ( −r1 )
A1

Para o segundo reator, a velocidade cosnumo de A -r Ai, é observada na conversão da


corrente de saida do reator 2, X2. Portando o Balanço se segue como
F A 1=F A 2−r A 2 V 2
A vazão molar de A no ponto 2 é
F A 2=F A 2−F A 0 X 2
Realizando a substituições e isolando V2, tem-se:
F A0
V 2= ( )
−r A 2
( X 2−X 1 )

Balanço Reatores com reciclo: Para a figura representada a baixo balanços de massa,
analisando-se para uma mistura perfeita e que opera em estado estacionário:
Figura 4 - Reator CSTR e Reciclo

F Jo−F J +V ∗r J =0

F Jo −F J
V=
−r J

Inserindo o reciclo para aumentar a concentração celular no inteior do reator, é necessário


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introduzir uma corrente que divide a corrente
QUÍMICAde de saída eque retorne para a corrente de
entrada do reator CSTR. Por fim, o balanço de massa desta taxa de reciclo em um reator é
expressa por:

X Af
V dX A
=∫
F ' A 0 X −r A
A1

Onde F ' A 0 é a taxa de alimentação de A.

FOGLER, H. Scott. Essentials of Chemical Reaction Engineering: Essenti Chemica


Reactio Engi. Pearson Education, 2010.
LEVENSPIEL, Octave. Engenharia das reações químicas. Editora Blucher, 2000.

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