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TECNOLOGIA DE BOMBAS CENTRÍFUGAS
SELEÇÃO E APLICAÇÃO
(Consultor)
PREFÁCIO
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CONTEÚDO
1.1 - Fluido 6
1.2 - Peso específico, massa específica e densidade 7
1.3 - Viscosidade 9
1.4 - Pressão 13
1.5 - Pressão de vapor 20
1.6 - Tipos de escoamento 22
1.7 - Vazão e velocidade 24
1.8 - Equação da Continuidade 26
1.9 - Energia 27
1.10 - Teorema de Bernoulli 28
1.11 - Perda de carga em tubulações 30
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Capítulo 9 - Instalação
9.1 - Preparação para o embarque 284
9.2 - Inspeção no recebimento 284
9.3 - Transporte 285
9.4 - Armazenamento 287
9.5 - Localização da bomba 290
9.6 - Fundação 290
9.7 - Alinhamento da bomba com o acionador 296
9.8 - Tubulações de sucção e descarga 314
9.9 - Tubulações auxiliares 326
Capítulo 10 - Operação
10.1 - Providências antes da primeira partida 328
10.2 - Métodos de escorva 329
10.3 - Providências para a partida 334
10.4 - Providências para a parada 336
10.5 - Defeitos de funcionamento e suas respectivas causas 336
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1.1 - FLUIDO
Fluido é qualquer substância não sólida, capaz de escoar e assumir a forma do recipiente
que o contém. Os fluidos podem ser divididos em líquidos e gases.
De uma forma prática, podemos distinguir os líquidos dos gases da seguinte maneira: os
líquidos quando colocados em um recipiente, tomam o formato deste, apresentando, porém,
uma superfície livre, enquanto que os gases preenchem totalmente o recipiente, sem
apresentar qualquer superfície livre.
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γ = ρ .g
1.2.4 - Densidade
Densidade de uma substância é a razão entre o peso específico ou massa específica dessa
substância e o peso específico ou massa específica de uma substância de referência em
condições padrão. Para substâncias em estado liquido ou sólido, a substância de referência
é a água. Para substâncias em estado gasoso, a substância de referência é o ar.
Com relação às condições-padrão, há uma certa divergência quanta à sua fixação,
principalmente no tocante à temperatura, embora haja um consenso geral com relação à
pressão, tida como pressão atmosférica ao nível do mar.
Os três valores-padrão da temperatura, para água como substância de referência, são:
• 4ºC (39,2ºF) - temperatura em que a água apresenta maior peso específico;
• 20ºC(68ºF) - temperatura recomendada pela ISO (Internacional Standardization
Organization);
• 15ºC (59ºF) - temperatura usada como padrão pelo API (American Petroleum
Institute).
Tradicionalmente, contudo, a temperatura de 60ºF tem sido consagrada nos cálculos de
densidade e será o valor a ser adotado no texto. A diferença do peso específico da água a
60ºF e a 59ºF é desprezível para os cálculos de engenharia.
Deve-se observar que a densidade de uma substância é referida a uma determinada
temperatura, isto é, a densidade de um fluido na temperatura T será a razão entre a massa
específica do fluido na temperatura T e a massa específica da água a 60ºF.
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ρ
ρ ã
Em alguns ramos da indústria, pode-se encontrar a densidade expressa em graus, tais como
os graus API (Indústria Petroquímica), os graus BAUMÉ (Indústria Química) e os graus BRIX
(Indústrias de Açúcar e Álcool). Esses graus podem ser convertidos em densidade através
de tabelas.
IMPORTANTE: Em algumas publicações, o termo densidade pode ser encontrado com a
definição de “massa específica”.
1.3- VISCOSIDADE
É a propriedade física de um fluido que exprime sua resistência ao cisalhamento interno, isto
é, a qualquer força que tenda a produzir escoamento entre suas camadas.
A viscosidade tem uma importante influência no fenômeno do escoamento, notadamente
nas perdas de pressão dos fluidos. A magnitude do efeito depende principalmente da
temperatura e da natureza do fluido. Assim, qualquer valor indicado para a viscosidade de
um fluido deve sempre informar a temperatura, bem como a unidade que a mesma é
expressa.
Notar que nos líquidos a viscosidade diminui com o aumento da temperatura e nos gases ela
aumenta.
τ → tensão de cisalhamento
μ → coeficiente de proporcionalidade
dv / dv → gradiente de velocidade ou taxa de cisalhamento
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Os fluidos que obedecem esta lei são os chamados fluidos Newtonianos e os que não
obedecem são os chamados Não-Newtonianos (pseudoplásticos, dilatantes e plásticos de
Bingham). A maioria dos fluidos que são do nosso interesse, tais como água, vários óleos
etc., comportam-se de forma a obedecer esta lei.
São exemplos de fluidos pseudoplásticos: poupa de papel em água, soluções de polímeros
e suspensões coloidais; de fluidos dilatantes: suspensões de amido e de areia; e de fluidos
tipo “plásticos de Bingham: pasta dental, argila e lama de perfuração.
v → viscosidade cinemática
μ → viscosidade dinâmica
ρ → massa específica
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A viscosidade cinemática “v” de um fluido, em cSt, pode ser obtida através da sua
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Além das escalas descritas anteriormente, a Society of Automotive Engineers (SAE) dos
Estados Unidos, tem uma escala própria para lubrificantes utilizados em máquinas e
engrenagens, cuja relação com a viscosidade, expressa em centiStokes, está ilustrada na
Tabela 1.1 abaixo.
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1.4 - PRESSÃO
É a força exercida por unidade de área.
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As unidades mais usuais são: kgf/cm²; kgf/m²; bar (1bar = 1,02 kgf/cm²); psi (1psi = 1lbf/in² =
0,0689 kgf/cm²); Pascal (SI) (1Pa = 1N/m² = 1,02 x 10-5 kgf/cm²); atmosfera (1atm = 1,033
kgf/cm²); mmHg (1mmHg = 0,00136 kgf/cm²); mH2O ou mca (1 mH2O = 0,1kgf/ cm²).
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pB - pA = γ . h
pA → pressão no ponto A
pB → pressão no ponto B
h → diferença entre os pontos A e B
γ → peso específico do fluído
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pA = patm + γ . h
pA → pressão no ponto A
patm → pressão atmosférica local
h → diferença de cotas entre os pontos A e o nível do fluido no reservatório
γ → peso específico do fluido
IMPORTANTE:
1) Para determinar a diferença de pressão entre dois pontos, não importa a distância entre
eles, mas sim, a diferença entre eles;
2) A pressão de dois pontos em um mesmo nível, isto é, na mesma cota, é a mesma;
3) A pressão independe do formato, do volume ou da área da base do reservatório.
pA = pB
pC = pD
pA - pC = pB - pD = γ . h
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a) Para uma mesma altura de coluna de líquido, líquidos de pesos específicos diferentes tem
pressões diferentes.
b) Para uma mesma pressão, atuando em líquidos com pesos específicos diferentes, as
colunas líquidas são diferentes.
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Nota-se que à medida que aumenta a temperatura, a pressão de vapor aumenta, assim,
caso a temperatura seja elevada até um ponto em que a pressão de vapor iguale, por
exemplo, à pressão atmosférica, o líquido se vaporiza ocorrendo o fenômeno da ebulição.
A pressão de vapor tem importância fundamental no estudo das bombas, principalmente nos
cálculos de NPSH, como veremos no Capítulo 6.
Embora a bomba seja utilizada para o transporte das mais variadas substâncias na fase
líquida, é a água o fluido mais comumente encontrado como sendo transportado para as
mais diversas finalidades, quer industrial, quer para adução e distribuição para usa
domiciliar. Assim sendo, são apresentadas na Tab. 1.3 as propriedades da água de maior
interesse para o estudo das bombas e sistemas hidráulicos, incluindo a pressão de vapor.
Notar na Tab.1.3 que em temperaturas acima de 212ºF (100ºC) a água se encontra na fase
vapor, se submetida à pressão atmosférica normal.
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Re → número de Reynolds
v → velocidade de escoamento do fluido
D → diâmetro interno da tubulação
v → viscosidade cinemática do fluido
Q → vazão volumétrica
V → volume
t → tempo
As unidades mais usuais são: m³/h; l/s; l/min; m³/s; GPM (galões por minuto).
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Qm → vazão mássica
m → massa
t → tempo
Qp → vazão em peso
G → peso
t → tempo
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1.7.5 - Velocidade
Existe uma importante relação entre vazão, velocidade e área de seção transversal de uma
tubulação:
Q → vazão volumétrica
v → velocidade de escoamento
A → área da tubulação
D → diâmetro interno da tubulação
π → pi = 3,14...
Á çõ
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Qm1 = Qm2
Q 1 = Q2
Q1 = v1 . A1 = Q2 = v2 . A2
Essa equação é válida para qualquer seção do escoamento, resultando assim uma
expressão geral que é a Equação da Continuidade para fluidos incompressíveis.
Q = v . A = constante
Pela equação acima, nota-se que para uma determinada vazão escoando através de uma
tubulação, uma redução de área acarretará um aumento de velocidade e vice-versa.
1.9 - ENERGIA
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Hpr
Hv
Hv → energia de velocidade
v → velocidade de escoamento do fluido
g → aceleração da gravidade
Hgeo constante
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A linha piezométrica é determinada pela soma dos termos ( Z + p / γ ) para cada seção.
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O termo Hp é a energia perdida pelo líquido, por unidade de peso, no escoamento do ponto
1 para o ponto 2, comumente chamada de “perda de carga”.
1.11.1 - Introdução
A perda de carga no escoamento em uma tubulação ocorre devido ao atrito entre as
partículas fluidas com as paredes do tubo e mesmo devido ao atrito entre estas partículas no
meio fluido. Em outras palavras, é uma perda de energia ou de pressão entre dois pontos de
uma tubulação.
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H
J
L D D
Coeficientes de Flamant:
MATERIAL b
Ferro fundido ou aço 0,00023
Concreto 0,000185
Chumbo 0,000140
Plástico 0,000135
OBS: Ver ÁBACO elaborado de acordo com a fórmula de Flamant no final deste Capítulo.
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H Q ,
J 0,002021 ,
L D
H Q ,
J 0,0086 ,
L D
H , , ,
J 10,643 . Q .C .D
L
OBS: Ver ÁBACO elaborado de acordo com a fórmula de Hazen-Willians no final deste
Capítulo.
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L
Hp f
D
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,
0,00125
,
f = 0,021
1.11.6 - Limitações Quanto ao Emprego das Fórmulas Apresentadas para Cálculo da Perda
de Carga Distribuída
• A fórmula de Flamant é usada somente para escoamento com água, tendo tubos de
paredes lisas, tipo PVC, ou condutos hidraulicamente lisos, para número de Reynolds
inferiores a 105;
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EXEMPLO: Vazão de 100 m3/h para um fluido de viscosidade 200 cSt em uma tubulação de
ferro fundido de diâmetro 10”.
Pela tabela de perdas de carga para água determinamos: HpW = 0,14m por 100 m de tubo.
Portanto:
KpVIS = 0,08 / 0,021 x 0,14 = 0,53 m por 100 m de tubo.
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L
Hp f x x
D
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Fig.1.29 - Ábaco para cálculo de perda de carga distribuída em encanamentos de PVC rígido,
série A, para instalações prediais.
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2.1 - DEFINIÇÃO
Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que transferem energia ao líquido com a
finalidade de transportá-lo de um ponto a outro obedecendo às condições do processo.
Recebem energia de uma fonte motora qualquer (acionador) e cedem parte desta energia ao
líquido sob a forma de energia de pressão, energia cinética ou ambas, isto é, aumentam a
pressão do líquido, a velocidade ou ambas as grandezas.
A relação entre a energia cedida pela bomba ao líquido e a energia que foi recebida do
acionador, fornece o rendimento da bomba.
As principais formas de acionamento das bombas são:
Não existe uma terminologia homogênea sobre bombas, pois existe vários critérios para
designá-las; entretanto, podemos classificá-las quanto ao modo pelo qual a energia é cedida
ao líquido que é transportado, de forma que temos duas grandes categorias:
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Bombas Pistão
Volumétricas Bombas alternativas Êmbolo
ou Diafragma
Deslocamento Engrenagens
Positivo Bombas rotativas Lóbulos
Parafusos
Palhetas, Pistões, etc.
Este tipo de bomba tem por princípio a transferência de energia mecânica para o fluido a ser
bombeado em forma de energia cinética. Por sua vez, esta energia cinética é transformada
em grande parte em energia de pressão, sendo esta a sua característica principal. O
movimento rotacional de um rotor, com um certo número de pás, inserido em uma carcaça
(corpo da bomba) é o órgão funcional responsável por tal transferência de energia. A energia
cinética pode ter origem puramente centrífuga ou de arrasto, ou mesmo uma combinação
das duas, dependendo da forma do rotor (impelidor).
Uma classificação básica adotada por diversos autores divide as bombas centrífugas em
três tipos, de acordo com a direção do fluxo ao sair do rotor, como segue:
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- Múltiplos estágios
Bombas nas quais existem dois ou mais rotores montados no mesmo eixo acionador e
dentro de uma mesma carcaça.
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- Acionador separado
Bombas que possuem eixo próprio, ligado ao eixo do acionador por meio de um
acoplamento flexível (luva elástica).
Nas figuras a seguir, veremos alguns tipos de bombas com sua classificação geral:
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a) Bombas Alternativas
Podem ser de três tipos: pistão, êmbolo e diafragma.
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Observações gerais:
- a descarga através da bomba é intermitente;
- as pressões variam periodicamente em cada ciclo;
- esta bomba é capaz de funcionar como bomba de vácuo, caso não haja líquido a aspirar.
b) Bombas Rotativas
A denominação genérica Bomba Rotativa designa uma série de bombas volumétricas
comandadas por um movimento de rotação, daí a origem do nome.
As bombas rotativas podem ser de engrenagens, lóbulos, parafusos, palhetas, pistões,
peristálticas, entre outras, conforme mostram as figuras a seguir.
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c) Nas bombas volumétricas, o órgão mecânico transmite energia ao líquido sob forma ex-
clusivamente de pressão, isto é, só aumenta a pressão e não a velocidade. Já nas
bombas centrífugas, a energia é transmitida pelo órgão mecânico (rotor) sob a forma
cinética e de pressão, isto é, aumento tanto de pressão como da velocidade.
a) Bombas centrífugas
• São utilizadas para transferir os líquidos onde a única resistência é gerada pelo peso
do líquido e pelo atrito que ocorre entre ele e a tubulação durante o escoamento;
• A aplicação usual dessas bombas é em sistemas de transferência de líquidos que não
sejam muito viscosos;
Exemplos:
- Sistema de irrigação e drenagem;
- Sistema de transferência de água em instalações prediais e residenciais;
- Sistema de transferência de derivados de petróleo em refinarias;
- Sistemas de tratamento de água ou de efluentes;
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b) Bombas volumétricas
• São utilizadas em sistemas de transferência de líquidos viscosos, onde não seriam
aplicáveis as bombas centrífugas;
• Alguns tipos dessas bombas são utilizados em sistemas de potência fluida (sistemas
óleo-hidráulicos). Exemplos: bombas de engrenagens, bombas de palhetas
deslizantes e bombas de pistões axiais e radiais.
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Uma das formas utilizadas para classificar bombas é de acordo com o tipo de aplicação,
logo, é usual encontrarmos menção a :
- bombas d’água / bombas para serviços gerais;
- bombas de processo;
- bomba de alimentação de caldeira;
- bomba de condensado;
- bomba para indústria naval;
- etc.
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- rotor - gaxetas
- carcaça - selo mecânico
- difusor - suporte de mancal / cavalete de
- eixo mancal
- luva de eixo - mancais
- anéis de desgaste - dispositivos p/ compensação do
- caixa de selagem esforço axial
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3.2.1- ROTOR
Rotor é o componente giratório, dotado de pás, que tem a função de transformar a energia
mecânica de que é dotado em energia de velocidade e energia de pressão. O rotor recebe o
líquido axialmente e pela ação da rotação lança-o para sua periferia, fazendo com que o
líquido adquira velocidade.
Em função do formato das pás do rotor que ditam o caminho percorrido pelo líquido entre a
sua entrada e saída, os rotores podem ser de fluxo radial, de fluxo misto ou de fluxo
axial. No que se refere à construção, os rotores pode ser fechados, semi-abertos ou
abertos. Ainda quanto à construção, os rotores podem ser de simples sucção ou de dupla
sucção.
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3.2.2 - CARCAÇA
A carcaça é o componente responsável pela contenção do líquido bombeado, bem como
provê oportunidade para a conversão da energia cinética contida no líquido em energia de
pressão, passo fundamental para o bombeamento.
Em princípio, encontramos as seguintes formas de carcaça:
- carcaça em voluta;
- carcaça em dupla voluta;
- carcaça concêntrica;
- carcaça mista.
a) Carcaça em voluta
É o tipo mais usual de carcaça, que tem a forma de um caracol (espiral), sendo utilizada
predominantemente em bombas de simples estágio. A voluta tem por função primordial
coletar o fluido que sai na periferia do rotor e orientar seu caminho até a saída da bomba.
É importante salientar que não é no entorno da voluta que a energia cinética - que o fluido
possui ao sair do rotor - é transformada em energia de pressão. Na realidade, a área
crescente nos 360º da voluta, objetiva a coleta e acomodação da crescente quantidade de
fluido, posto que em cada seção da voluta precisamos acomodar o fluido coletado anterior-
mente e o fluido que estará saindo da periferia do rotor nesta seção.
Assim sendo, como a quantidade de fluido é crescente no entorno da voluta na direção do
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c) Carcaça concêntrica
A carcaça concêntrica apresenta formato circular conforme ilustrado baixo. Apesar de seu
baixo custo de fabricação, as carcaças concêntricas têm aplicação reduzida em virtude de
possibilitarem menor eficiência que as carcaças em voluta.
d) Carcaça mista
É uma combinação da carcaça em simples voluta e da carcaça concêntrica. Ver figura a
seguir.
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Uma outra classificação das carcaças seria quanto ao seu seccionamento, ou seja:
- carcaça bipartida radialmente
- carcaça bipartida axialmente
Por outro lado, as bombas de carcaça bipartida radialmente são empregadas em:
- bombas centrífugas horizontais de simples estágio com mancais do mesmo lado do rotor
(rotor em balanço);
- bombas centrífugas verticais;
- bombas centrífugas horizontais de multiestágio.
Nas bombas horizontais de simples estágio em que ambos os mancais estão do mesmo
lado do rotor, são usados dois tipos de construção de carcaça dividida radialmente. No
primeiro tipo, o projeto é convencional e a partição é na parte frontal do rotor, conforme
figura a seguir.
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No segundo caso, a partição é feita na parte traseira do rotor (tipo “back- pull-out”) (figura
abaixo). Neste caso, a desmontagem pode ser feita sem desconectar-se as linhas de sucção
e de descarga.
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No que diz respeito aos bocais das carcaças das bombas, são executados das seguintes
formas:
- bocais rosqueados (normalmente utilizados em bombas de pequeno porte, aplicadas por
exemplo em instalações prediais ou residenciais, para construção civil, bombas para
pequenas irrigações, etc.). A norma de rosca utilizada é a BSP ou também chamada rosca
gás.
- bocais flangeados (utilizados em bombas de médio e grande porte, aplicadas em
instalações industriais, abastecimento de água, grandes irrigações, etc.). Dentre as inúmeras
normas existentes destacam-se as normas ANSI (sistema inglês) e a norma DIN (sistema
métrico).
3.2.3 - DIFUSOR
Conforme mencionado, grande parte das bombas de simples estágio utiliza carcaças em
voluta, principalmente devido a sua boa eficiência, baixo custo e simplicidade mecânica. En-
tretanto, no que concerne às bombas de multiestágio, as preferidas são as carcaças com
difusores que, em verdade, possuem eficiência ligeiramente superior. Neste caso, o fluido,
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ao sair de cada rotor, penetra em um canal de seção crescente formado por pás difusoras
fixas à carcaça, processando-se, assim, a necessária conversão de energia cinética em
energia de pressão (ver figura abaixo).
Difusores são usados principalmente em bombas de múltiplos estágios, com rotores radiais,
assim como também em bombas verticais com rotores semi-axiais ou axiais. Neste último
caso, o difusor assume também a função de carcaça, sendo parte integrante da mesma.
Difusores de bombas de múltiplos estágios são montados nos corpos de estágio, sendo
fixados axial e radialmente visando, inclusive, impedir a ocorrência de giro dos mesmos.
É importante salientar que devido à simetria de construção da carcaça com pás difusoras, o
empuxo radial é considerado desprezível.
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3.2.4 - EIXO
A função básica do eixo é transmitir o torque do acionador ao rotor, assim como suportar o
rotor e outras partes rotativas, devendo trabalhar sempre com deflexão menor que a folga
mínima entre as partes rotativas e estacionárias. Assim sendo, no seu projeto são levados
em consideração a deflexão máxima permissível, o vão ou balanço, a locação das cargas,
rotação, torque a ser transmitido, as características do material e a velocidade crítica
resultante.
O eixo deve ser constituído em material que suporte as variações de temperatura, quando
para aplicações que envolvam líquidos quentes, bem como fadiga devido à cargas aplicadas
que surgem durante a operação.
Também por questões de vida útil do selo mecânico, a deflexão do eixo na face da caixa de
selagem não deve ser superior a limites definidos em normas e recomendações dos
fabricantes de selos mecânicos.
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forma, sob a forma de uma força centrífuga, que provoca deflexão e vibração. A mais baixa
velocidade crítica é a chamada de primeira crítica, a seguinte de segunda crítica e assim por
diante.
Quando a bomba opera acima da primeira velocidade crítica, diz-se que o eixo é flexível e
quando opera abaixo, diz-se que o eixo é rígido.
O eixo tanto pode ser projetado para trabalhar como flexível ou rígido, desde que no primeiro
caso a velocidade crítica seja de 60 a 75% da velocidade (rotação) de trabalho e no segundo
de no mínimo 20% acima. Geralmente as bombas trabalham abaixo da velocidade crítica.
Eixos suportados nos dois extremos, que possuem o rotor no centro, tem o diâmetro máximo
no local de montagem do rotor. Eixos de bombas com rotor em balanço tem o diâmetro
máximo entre os rolamentos (ver figuras a seguir). A ponta do eixo é projetada para resistir
ao máximo torque que pode ocorrer em trabalho.
Dependendo do tipo de projeto da bomba, esta possui eixos vedados ou não vedados. Eixos
vedados garantem que o líquido bombeado não entre em contato com o eixo, e isto é
conseguido por meio de vedações entre as peças montadas no eixo do lado do rotor e com
porca do rotor especial. Eixos não vedados tem contato com o líquido bombeado.
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Na seleção do material do eixo, deve ser considerado que, para líquidos corrosivos, os eixos
não vedados devem ser construídos em materiais resistentes à corrosão, porém, os eixos
vedados podem ser fornecidos em aço carbono e luva protetora do eixo com material
resistente à corrosão.
Luvas de eixo que possuam outras funções recebem nomes especiais, como, por exemplo,
“luvas espaçadoras”, que são usadas entre os rotores das bombas de múltiplos estágios,
com o objetivo de espaçá-los e mantê-los na posição correta, ou usadas para a montagem
de rotores de dupla sucção (ver figuras abaixo).
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Entretanto, com o tempo, esta folga tenderá a aumentar, particularmente quando bom-
beando partículas sólidas em suspensão ou fluidos corrosivos. Isto implicará recirculação ex-
cessiva que, não só reduzirá a eficiência da bomba, bem como poderá ser origem de proble-
mas na sucção.
A folga original é especificada pelo fabricante ou fixada por norma conforme veremos no
Capítulo 11. Portanto, é necessário reconstituir a folga original quando, durante a operação,
ela tiver alcançado valores superiores ao máximo permitido, que é da ordem do dobro da
folga original.
Em bombas de pequeno porte existem duas opções básicas: a primeira é restaurar as partes
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Existem vários tipos de anéis de desgaste, dependendo a sua utilização das condições de
serviço, do fluido bombeado e das características de projeto da bomba. Ver figura a seguir.
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3.2.8 - GAXETAS
Podemos definir gaxetas como um material deformável, utilizado para prevenir ou controlar a
passagem de fluidos entre duas superfícies que possuam movimentos, uma em relação a
outra.
Gaxetas são construídas de fios trançados de fibras vegetais (juta, rami, algodão), fibras
minerais (amianto) ou fibras sintéticas. De acordo com o fluido a ser bombeado,
temperatura, pressão, ataque químico etc. determina-se um ou outro tipo de gaxeta.
A função das gaxetas varia com a performance da bomba, ou seja, se uma bomba opera
com sucção negativa, sua função é prevenir a entrada de ar para dentro da bomba.
Entretanto, se a pressão na sucção é acima da atmosférica, sua função é evitar vazamento
para fora da bomba.
91
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Para bombas de serviços gerais, a caixa de gaxetas usualmente tem a forma de uma caixa
cilíndrica que acomoda certo número de anéis de gaxeta em volta do eixo ou da luva
protetora do eixo.
A gaxeta é comprimida para dar ajuste desejado no eixo ou na luva protetora do eixo por um
preme-gaxetas que se desloca na direção axial. Vedações de eixo por gaxetas necessitam
de um pequeno vazamento para garantir a lubrificação e a refrigeração na área de atrito das
gaxetas com o eixo ou com a luva protetora do eixo.
92
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anel cadeado por meio de furações internas, ou por meio de uma derivação retirada da boca
de descarga da bomba. O líquido de selagem de fonte externa injetado através do anel
cadeado deve ter uma pressão em torno de 1 kgf/cm2 superior à existente na parte traseira
do rotor, para que o fluxo vença as resistências existentes.
O anel cadeado pode também ser utilizado quando a pressão interna na caixa de gaxetas é
inferior à atmosférica, impedindo assim, a entrada de ar na bomba. A posição do anel
cadeado no engaxetamento é definida durante o projeto da bomba pelo fabricante.
A injeção de líquido de selagem de fonte externa é sempre necessária nas seguintes
condições:
- a altura de sucção é maior que 4,5m;
- a pressão de descarga é inferior a 0,7kgf/cm²;
93
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A vedação do eixo por engaxetamento só pode ser feita para pressões até 15kgf/cm² na
entrada da caixa de gaxeta. Para pressões maiores, devem ser utilizados selos mecânicos.
Quando o líquido bombeado for inflamável, corrosivo, explosivo, tóxico ou quando é exigido
que vazamentos não sejam permitidos, é necessário o uso de selos mecânicos.
95
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calor gerado não é bem dissipado e a caixa de gaxeta falha na sua função. Devemos ainda
observar que mesmo antes que esta condição seja alcançada, a luva de eixo pode ser
severamente danificada a tal ponto que se torna impossível a vedação satisfatória.
Um outro fator limitativo para a aplicação de gaxetas é o relativamente pequeno valor
lubrificante de certos fluídos (ex.: propano e butano).
Estas características indesejáveis, entre outras, proibem o uso da caixa de gaxetas como
método de selagem se o vazamento deve ser mantido mínimo sob severa pressão.
Assim sendo, tornou-se necessário desenvolver um novo tipo de caixa de vedação co-
nhecido por selo mecânico. Esta forma de selo tem encontrado aceitação geral nas
aplicações de bombeamento, nas quais as deficiências das caixas de gaxetas são
excessivas. Entretanto, os casos em que as caixas de gaxetas dão bom serviço têm mostra-
do pouca tendência à substituição por selo mecânico.
Em alguns casos ambos dão bom serviço e a escolha entre eles torna-se um problema de
preferência pessoal ou de custo inicial.
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Embora os selos mecânicos possam diferir em vários aspectos físicos, todos têm o mesmo
princípio de funcionamento. As superfícies de selagem são localizadas em um plano
perpendicular ao eixo e usualmente consistem em duas partes adjacentes e altamente
polidas, sendo uma superfície ligada ao eixo e a outra ligada à parte estacionária da bomba.
Estas superfícies altamente polidas são mantidas em contato contínuo por molas, formando
um filme líquido entre as partes rotativas e estacionárias com muito pequenas perdas por
atrito. O vazamento é praticamente nulo quando o selo é novo, mas com o uso prolongado,
algum vazamento pode ocorrer, obrigando a substituição do selo.
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b) Entre o anel rotativo e o eixo ou a luva protetora do eixo, quando usada. Empregam-
se O’rings, foles ou cunhas;
c) Entre as superfícies de contato com elementos de selagem. A pressão mantida entre
as superfícies assegura o mínimo desejável de vazamento.
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Quando o líquido a bombear é inflamável, tóxico, portanto não devendo escapar da bomba,
ou quando o líquido é corrosivo, abrasivo ou se encontra a temperaturas muito elevadas ou
uito baixas, utiliza-se o selo mecânico duplo, no qual se realiza a selagem líquida com
água limpa.
100
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Os selos balanceados possuem um rebaixo na face de vedação que se encaixa num degrau
existente na luva ou eixo. Este degrau da luva ou eixo gera uma área no anel de selagem
onde é criada uma contrapressão hidráulica, consequentemente diminuindo a pressão de
fechamento das faces. Por outro lado devemos observar que os selos balanceados não são
normalmente aplicáveis para pressões internas na caixa de selagem menores que 4 kgf/cm2,
pois a pressão interna de fechamento seria tão reduzida que poderia não ser suficiente para
prover o adequado fechamento das faces rotativa e estacionária.
Os selos não-balanceados não possuem o degrau na luva ou eixo; consequentemente, a
área de atuação da pressão hidráulica resultante é maior que no selo balanceado.
102
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- Suspiro e dreno
No caso de fluidos perigosos, o selo pode incorporar uma conexão para suspiro e outra
para dreno independentemente de outros dispositivos auxiliares eventualmente
utilizados. Ver Fig.3.63.
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Plano 1 - A selagem é feita internamente com o próprio líquido bombeado, através de uma furação
que comunica a tampa de pressão com a caixa de selagem.
Plano 2 - A selagem é feita internamente com o próprio líquido bombeado, através de bucha de
fundo. A sobreposta possui conexões para eventuais conexões futuras.
Plano 11 - A selagem é feita externamente com o próprio líquido bombeado.
Plano 12 - A selagem é feita externamente com o próprio líquido bombeado, após passar por um
filtro.
Plano 13 - A selagem é feita internamente com o próprio líquido bombeado, sendo que o mesmo,
após emergir da sobreposta, é direcionado para a sucção da bomba.
Plano 21 - A selagem é feita externamente com o próprio líquido bombeado, após ser resfriado.
Plano 22 - A selagem é feita externamente com o próprio líquido bombeado, após ser filtrado e
resfriado.
Plano 23 - O líquido de selagem é o próprio líquido bombeado, que é bombeado para fora da caixa
de selagem, sendo que após resfriado é injetado novamente na caixa de selagem.
Plano 31 - A selagem é feita externamente com o próprio líquido bombeado, após passar por um
separador ciclônico. O líquido com partículas sólidas retorna para a sucção da bomba.
Plano 32 - A selagem é feita com um líquido limpo de fonte externa.
Plano 41 - A selagem primária é feita pelo próprio líquido bombeado, após passar por um separador
ciclônico e ser resfriado. O líquido com partículas sólidas retorna para a sucção da bomba.
Plano 51 - A selagem primária é feita pelo próprio líquido bombeado, a selagem auxiliar é realizada
por um líquido de fonte externa compatível com o líquido bombeado.
Plano 52 - A selagem primária é feita pelo próprio líquido bombeado, a selagem auxiliar é realizada
por um líquido de fonte externa compatível com o líquido bombeado e acionado pelo anel bombeador.
Plano 53 - A selagem primária é feita pelo próprio líquido bombeado, a selagem auxiliar é realizada
por um líquido de fonte externa pressurizado compatível com o líquido bombeado.
Plano 54 - A selagem é feita com um líquido limpo de fonte externa.
Plano 61 - A sobreposta possui conexões plugadas para eventuais utilizações (ventilações, dreno,
quench). Este plano é auxiliar sendo utilizado com um outro plano.
Plano 62 - A sobreposta possui conexão para “quench”. Este plano é utilizado em conjunto com os
demais planos (exceto 61).
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3.2.11- MANCAIS
Os mancais tem a função de suportar o peso do conjunto girante e as forças radiais e axiais
que ocorrem durante a operação, mantendo o correto alinhamento do conjunto rotativo em
relação às partes estacionárias.
Os mancais que suportam as forças radiais são chamados de mancais radiais e os que
suportam forças axiais são chamados de mancais axiais.
Praticamente todos os tipos de mancais são ou foram eventualmente usados em bombas.
Embora os mancais de deslizamento ainda sejam aplicados em situações específicas, a
maioria das bombas em nossos dias utiliza mancais de rolamento. Normalmente, nas
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bombas com rotor centralizado no eixo, utiliza-se dois mancais, um de cada lado da carcaça,
com o mancal axial colocado do lado oposto ao acoplamento, enquanto que nas bombas
com rotor em balanço eles encontram-se logicamente do mesmo lado.
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Dependendo do projeto da bomba, os rolamentos podem ser lubrificados por graxa ou óleo.
Os mancais com lubrificação à óleo possuem vedações na passagem do eixo, por exemplo,
na tampa do mancal; possuem um copo de ressuprimento automático (constant level oil) ou
vareta de nível de óleo e um respiro na parte superior do mancal (geralmente incorporados à
vareta). Ver figuras abaixo.
111
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deslizamento. Em certos casos é usado por economia como, por exemplo, em bombas
pequenas operando com líquidos limpos. Por outro lado, é também aplicado em bombas
para serviços severos com eixos de grande diâmetro, caso em que os mancais de rolamento
não são comumente disponíveis. Outra aplicação é para bombas de alta pressão e
multiestágio, particularmente quando utilizando grandes diâmetros e altas rotações.
Finalmente, outra aplicação é para bombas verticais submersas nas quais o mancal é sujeito
ao contato com água, o que elimina a possibilidade da utilização de mancais de rolamento.
Em compensação, são raramente usados em bombas horizontais com rotor em balanço.
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No caso dos mancais de deslizamento, a lubrificação, além das funções tradicionais, permite
a formação de um filme de óleo entre o munhão e o mancal, devido à distribuição de
pressão gerada pelo efeito de bombeamento, resultante da rotação do eixo, eliminando o
contato metálico. A distribuição do óleo é facilitada pelo emprego de chanfros e ranhuras
devidamente localizados.
No que concerne ao sistema de lubrificação, os mais usados são:
- anel em banho de óleo;
- circulação forçada.
No sistema de anel em banho de óleo (Fig.3.72) a rotação do eixo fará com que o anel
pescador gire, propiciando o arraste de óleo.
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Bombas verticais possuem buchas de mancais que funcionam como guia do eixo.
Dependendo do tipo de bomba, as buchas de mancais podem ser executadas com os
seguintes projetos:
115
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Este sistema compensa o empuxo axial somente em um ponto de operação,ou seja, para
um único valor de pressão de descarga, portanto, bombas com este tipo de dispositivo
120
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necessitam de um mancal axial super dimensionado para absorver a força axial residual e
permitir a operação entre os limites da curva de desempenho da bomba.
c) Disco de Balanceamento
Este sistema consiste em um dispositivo chamado de disco e contra-disco de
balanceamento, onde o disco de balanceamento é solidário ao eixo e o contra-disco é fixado
no corpo de recalque da bomba.
Forma-se uma câmara atrás do disco que, através de uma tubulação, é ligada a boca de
sucção ou ao tanque de sucção, dependendo da quantidade de estágios que a bomba
possui. Com isso, cria-se durante a operação uma pressão na frente do disco igual à
pressão de descarga, a qual abre uma folga radial entre o disco e o contra-disco, criando
uma fuga de líquido para a câmara atrás do disco, causando assim, o equilíbrio.
Neste caso, se por exemplo, houver um acréscimo na pressão de descarga, isto implicará
um desbalanceamento na direção da descarga com conseqüente movimento do eixo nesta
direção, o que aumentará a folga axial. Então, com maior folga, haverá redução na perda de
carga na passagem por esta restrição, com conseqüente aumento na pressão na câmara de
balanceamento, o que tornará o conjunto novamente balanceado. Naturalmente, o processo
inverso ocorreria no caso de uma diminuição na pressão de descarga. A desvantagem deste
dispositivo é submeter a caixa de selagem a pressões variáveis.
Este tipo de compensação, necessita de um eixo flutuante para que a folga entre disco e
contradisco possa variar a fim de equilibrar o conjunto. No ato de ligar e desligar a bomba,
121
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este sistema de compensação tem uma fase de instabilidade com a criação de um contato
entre as duas peças (disco e contra-disco), até a bomba atingir uma pressão da cerca de
13kgf/cm³, onde a partir desta pressão este sistema começa a funcionar.
O constante contato entre peça rotativa (disco) e estacionária (contra-disco) causará um
desgaste entre estas peças, o qual pode ser controlado através de um indicador de posição
no lado oposto ao acionamento, onde, através de marcações previamente estabelecidas,
controla-se o desgaste destas peças.
122
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b) Carga de Pressão
É a diferença de pressão existente entre o reservatório de descarga e o reservatório de
sucção em sistemas fechados.
Para sistemas abertos, esta parcela pode ser considerada nula.
Esta carga pode ser representada através da fórmula:
123
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b) Carga de Velocidade
É a diferença entre a carga de velocidade do fluido no reservatório de sucção e no
reservatório de recalque.
Na prática, esta parcela deve ser desprezada.
Esta carga pode ser representada através da fórmula:
124
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IMPORTANTE: Notar que na expressão acima, o termo Hgeos tem valor algébrico, isto é,
pode ser positivo ou negativo, dependendo do tipo de instalação de sucção.
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É a quantidade de energia, por unidade de peso, que deve existir no flange de descarga da
bomba para que o fluido alcance o reservatório de descarga nas condições exigidas de
vazão e pressão.
A altura de descarga é composta pelas seguintes parcelas:
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Altura manométrica total é a energia, por unidade de peso, que o sistema solicita para que o
fluido seja transportado do reservatório de sucção para o reservatório de descarga, com uma
determinada vazão.
Nos sistemas que estudaremos, essa energia é fornecida por uma bomba, sendo a altura
manométrica total um parâmetro fundamental para a seleção da mesma.
É importante notar que em um sistema de bombeamento, a condição requerida é a Vazão
(Q), enquanto que a Altura Manométrica Total (H) é consequência da instalação.
H = Hd - Hs
H Hgeo 10 Hp
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H Hgeo Hp
H Hgeo Hp
H 10 Zsd
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1º Passo: Tomar uma das fórmulas para obtenção da altura manométrica total;
2º Passo: Fixar algumas vazões dentro da faixa de operação do sistema. Sugere-se ficar
cerca de cinco pontos, entre eles o ponto de vazão nula (Q = 0) e o ponto de vazão de
projeto (Q = Qproj);
3º Passo: Determinar a altura manométrica total correspondente a cada vazão fixada;
4º Passo: Plotar os pontos obtidos num gráfico Q x H (vazão no eixo das abcissas e altura
manométrica no eixo das ordenadas), conforme ilustrado a seguir:
131
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H Hgeo 10 Hp
Uma rápida análise permite observar que os seguintes fatores influem nos valores da altura
manométrica total (H), para cada vazão:
- natureza do líquido bombeado;
- temperatura do líquido bombeado;
- nível de líquido (alturas estáticas de sucção e descarga);
- pressões dos reservatórios de sucção ou descarga;
- características das tubulações e acessórios das linhas de sucção e descarga.
132
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Neste caso, deve-se considerar que a altura inicial a ser vencida só será Hgeod se a linha
de recalque estiver cheia de líquido; caso contrário, a altura efetiva a ser vencida na partida
será Hgeod’= Hgeod + ΔHgeod. Isto geraria duas curvas do sistema conforme ilustrado na Fig.
4.10. A curva (1) corresponde à situação normal de operação ou à situação de partida com a
linha de recalque cheia de líquido e a curva (2) corresponde à situação de partida com a
linha de recalque vazia. Neste caso, a curva válida na partida seria a (2), passando para
curva (1) tão logo o líquido chegasse ao ponto final, ou seja, tão logo o sifão fosse
estabelecido.
133
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O segundo caso a ser estudado refere-se à alterações substanciais de Hgeod e Hgeos ao longo
de uma operação. Para visualizarmos esta possibilidade imaginemos uma operação de
transferência de produto como a ilustrada na Fig. 4.11.
A Fig. 4.12 ilustra as curvas do sistema para os três casos, visto que a alteração se faz
apenas no Hestático. Para efeito de projeto e seleção da bomba, normalmente é
considerada a curva do sistema correspondente ao nível médio ou ao nível mais freqüente.
134
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Para estas situações, a recomendação mais geral seria considerar como um novo sistema,
com outra curva, que seria levantada da mesma forma que foi feito para o sistema primitivo.
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acarreta a criação de um vazio (baixa pressão) na região central, vazio este que será preen-
chido por igual quantidade de líquido proveniente da fonte, estabelecendo-se assim a
primeira condição para o funcionamento que é um fluxo contínuo (regime permanente).
A criação da zona de alta pressão na periferia, alta pressão esta que é a responsável pela
possibilidade de transporte do fluido e atendimento das condições finais do processo, deve-
se ao fato de que o líquido que parte para a periferia, sob a ação da força centrífuga, vai en-
contrar um aumento progressivo na área de escoamento (ver figura abaixo), que causará
queda de velocidade e aumento de pressão (Teorema de Bernouilli). Está, assim, criada a
alta pressão na periferia, necessária para que a bomba cumpra a sua função.
Então, poderíamos afirmar, resumidamente, que o rotor fornece fornece energia ao fluido,
sendo em seguida, parte da energia cinética transformada em energia de pressão devido ao
aumento progressivo da área da carcaça na região de difusão, após o líquido atravessar a
voluta. Na realidade, um certo aumento de pressão ocorre durante a passagem do fluido
desde a entrada até a saída do canal formado pelas pás do rotor, vista que este canal é
divergente. Entretanto, boa parte do ganho de pressão é normalmente obtida após a saída
do rotor, quando o fluido é orientado através de uma região de área crescente (região
difusora).
A correlação entre a quantidade de energia transferida no rotor, que implica mudança da
pressão estática do fluido passando através do rotor, e a energia total transferida pelo rotor
recebe a denominação de “grau de reação”.
O aumento progressivo da área na carcaça, pode ser obtido de duas formas
(conforme já visto no Capítulo 3, itens 3.2.2 e 3.2.3):
- utilizando a carcaça em voluta com região difusora;
- utilizando a carcaça com difusor.
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O vácuo parcial criado no bocal de sucção da bomba (ponto A na figura acima) faz com que
o fluido atinja o olho do rotor (ponto B).
O movimento de rotação do rotor, pela ação da força centrífuga expulsa o fluido através de
suas pás (C) acelerando-o na direção da rotação. Ao deixar o rotor, o fluido tem a velocidade
tangencial da extremidade das pás.
Estas curvas são obtidas através de experiências do fabricante, que fazem a bomba vencer
diversas alturas manométricas com diversas vazões, verificando também a potência
consumida e o rendimento da bomba.
141
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Porém, numa bomba real existem perdas de energia interna devido às seguintes causas:
• Atrito entre o líquido e o rotor;
• Mudanças bruscas na direção do escoamento;
• Fugas de líquido entre interstícios;
• Recirculação interna.
São essas perdas de energia que produzem a alteração da forma da curva característica de
uma bomba ideal, conforme representado na figura baixo:
A quantificação das perdas entre a condição ideal e a real é dada pela grandeza
denominada rendimento (ou eficiência). O ponto (H,Q) em que ocorre as menores perdas,
ou seja, onde o rendimento é máximo, denomina-se Ponto de Melhor Rendimento ou, mais
comumente, BEP (do inglês “Best Efficiency Point”). Este é ponto de operação para o qual a
bomba é projetada, por isso ele também é chamado de Ponto de Projeto da Bomba.
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H 10 Zsd
O levantamento das curvas características das bombas são realizadas pelo fabricante em
bancadas de testes equipadas para tal serviço.
143
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De uma maneira simplificada, as curvas são traçadas da seguinte forma, conforme esquema
abaixo:
Considerando-se que:
- ps seja a pressão de sucção no flange de sucção da bomba;
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OBS.: A necessidade de se permitir diversos diâmetros para o rotor é uma questão prática,
pois não seria economicamente viável aos fabricantes projetar e construir uma bomba para
cada aplicação específica.
146
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OBSERVAÇÕES:
a) As formas instáveis (d) e (e) não são utilizadas nas indústrias de processo devido à
impossibilidade de um controle eficaz das condições operacionais;
b) As curvas Altura Manométrica vs Vazão mais utilizadas na indústria de processo e suas
respectivas características são apresentadas a seguir:
148
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dados para traçarmos a curva de altura manométrica versus vazão (H x Q), como vimos
anteriormente, no painel de comando do motor que aciona a bomba que está sendo testada,
estão instalados instrumentos de medições elétricas, como por exemplo, watímetros,
amperímetros, voltímetros, etc, que fornecem dados para podermos traçar as curvas de
potência consumida versus vazão (P x Q).
Essas curvas são plotadas em um gráfico, onde no eixo das abcissas, ou eixo horizontal,
temos os valores de vazão (Q) e no eixo das ordenadas, o eixo vertical, temos os valores de
potência consumida (P).
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tipo de curva não é obtido em todas as bombas. Estas curvas também são chamadas de “no
over loading”.
151
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OBS.: Para bombeamento de fluidos com viscosidades diferentes da água fria, é necessário
a correção destas curvas para esta nova condição de trabalho. Este assunto será abordado
no item 5.12 mais a seguir.
É a potência que a bomba recebe do acionador (motor elétrico, turbina, etc.) para o
bombeamento do líquido nas condições exigidas de vazão e pressão.
P = Ph / η →
onde : P CV
η
Q m3/s
H m
γ kgf/m3
onde : P HP
3960 η
Q gpm
H ft
d densidade
154
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Logo, podemos definir três tipos de rendimentos para a bomba, que são:
η = ηm x ηh x ηv
E como já vimos:
ê á
ê
155
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A curva acima mostra que esta bomba teria com Ponto de Trabalho:
- Vazão (Qt)
- Altura manométrica (Ht)
- Potência consumida (Pt)
- Rendimento no ponto de trabalho (ηt)
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Existe uma proporcionalidade entre os valores de vazão (Q), altura manométrica (H) e
potência consumida (P) com a rotação. Assim sendo, sempre que alteramos a rotação de
uma bomba haverá, em conseqüência, alteração nas curvas características, sendo a
correção para a nova rotação feita a partir das seguintes equações:
160
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Ou seja:
Assim sendo, sempre que alterarmos a rotação deve ser feita a correção das curvas
características através das relações anteriormente apresentadas para a determinação do
novo ponto de trabalho. As relações vistas anteriormente também são chamadas de leis de
semelhança ou leis de similaridade.
D → diâmetro conhecido
D1 → novo diâmetro
Ou seja:
D Q H P
D Q H P
162
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1- Da origem do plano cartesiano, traça-se uma reta até o ponto de operação desejado.
Caso o plano cartesiano não apresente a origem, ou seja, altura manométrica zero (H
= 0), basta prolongá-lo até encontrarmos sua origem usando a mesma escala utilizada
no plano.
2- A reta traçada deverá cortar a curva conhecida mais próxima ao ponto de operação
desejado, encontrando uma nova vazão Q1 e uma nova altura H1.
ou
EXEMPLO: Para uma vazão de 110m³/h e uma altura manométrica de 25m, o ponto de
operação está situado entre as curvas características de diâmetros 234mm e 247mm.
Vamos calcular o valor do diâmetro D :
163
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Como este plano cartesiano não apresenta a origem, encontramos a origem do plano
utilizando a mesma escala; traça-se a reta desta origem encontrada até o ponto de
operação, conforme mostrado a seguir, encontrando-se Q1 = 113m³/h e H1 = 25,5m.
247 243
Ou
244,5
247
,
Várias são as formas empregadas para redução do diâmetro do rotor, por exemplo:
164
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nq → velocidade específica
n → rotação (RPM)
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Q → vazão (m3/s)
H → altura manométrica (m)
Considerações importantes:
a) Em bombas com rotores de dupla sucção, dividir a vazão por dois para entrar na fórmula;
b) Em bombas multiestágio, dividir a altura manométrica total (H) pelo número de estágios;
c) Sempre que nos referirmos à velocidade específica, estamos nos referindo ao ponto de
melhor eficiência da bomba (ponto de projeto);
d) Em algumas literaturas é usual utilizar-se outra definição para a velocidade específica,
como segue:
ns → velocidade específica
n → rotação (RPM)
Q → vazão (m3/s)
P → potência consumida (CV)
n → rotação (RPM)
Q → vazão (gpm)
P → potência consumida (CV)
167
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Vamos estudar somente a primeira aplicação, visto que é a de maior interesse para usuários
de bombas centrífugas.
Conforme mencionado, o conhecimento das condições operacionais da bomba (Q, H, n)
permite o cálculo da velocidade específica e, em função desta, determinar o tipo de rotor e o
rendimento máximo esperado. Isto é possível através da utilização da figura abaixo e que
apresenta valores médios de rendimento obtidos por um grande número de bombas
comerciais em função da velocidade específica e da vazão.
168
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Quando bombas centrífugas estão em operação, surgem forças radiais sobre o rotor e
consequentemente sobre todo o conjunto girante. Estas forças devem ser devidamente
compensadas ou reduzidas, de forma a termos uma vida útil maior do equipamento e
principalmente dos mancais das bombas.
As forças radiais, na tecnologia das bombas centrífugas, envolvem aS forças radiais
hidráulicas geradas pela interação entre rotor e carcaça ou difusor da bomba. Há, entretanto,
uma distinção entre forças radiais estáticas e não estáticas.
a) Forças radiais estáticas: O vetor da força radial muda sua magnitude e direção com
a variação do fator “q” dado pelo quociente q = Q / Qótimo. Se q = constante, a sua
magnitude varia com a altura manométrica, mas sua direção permanece inalterada. No caso
de bombas com carcaça espiral simples, as forças radiais são relativamente pequenas no
ponto de melhor rendimento, mas cresce muitíssimo em vazões parciais (q<1) ou
sobrevazões (q>1).
A magnitude das forças radiais (R) em bombas tipo voluta depende muito da velocidade
específica (nq), conforme mostra a figura abaixo:
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Nota-se que a melhor forma de reduzir a força radial é a carcaça com espiral duplo, ou seja,
uma carcaça espiral com uma segunda voluta que se inicia à 180 graus da primeira. Neste
caso, a força radial está praticamente constante entre a vazão zero até a vazão máxima.
No caso de bombas com difusores, não há geração de forças radiais estáticas se o rotor for
instalado concentricamente com o difusor.
b) Esforços radiais não estáticos: As forças radiais não estáticas podem ocorrer
superpostamente às forças radiais estáticas. Sua ocorrência deve-se a várias causas e
características. A causa mais conhecida desta força radial é a frequência do número de pás
do rotor versus a rotação. Estas forças radiais existem com mais ou menos intensidade em
todos os projetos de bombas centrífugas. Este fenômeno existe especialmente em bombas
com difusor operando com vazões parciais.
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O projeto de bombas com grande capacidade de sucção, isto é, com pequenos valores de
NPSH requerido, resulta em rotores com grandes valores para a relação entre os seus
diâmetros de entrada e saída e com as pás bem avançadas na sucção (ver figura a seguir).
Conseqüentemente, para este tipo de projeto, verifica-se na prática um aumento da vazão
de início da recirculação de sucção relativamente à vazão de projeto da bomba (ver figura a
seguir).
Determinação da vazão de início da recirculação de sucção com o uso de uma Sonda de Pilot.
A operação de uma bomba na faixa de vazões onde ocorre a recirculação de sucção durante
prolongados períodos de tempo, pode conduzir aos seguintes efeitos indesejáveis:
• Erosão por cavitação nas proximidades da entrada das pás do rotor;
• Erosão por cavitação em peças estacionárias no bocal de sucção;
• "Surge" cavitante causando pulsações de pressão de baixa freqüência e grande
intensidade na sucção da bomba;
• Aumento do nível de ruído;
• Aumento do nível de vibração.
• Quebra do eixo;
• "Surge" hidráulico causando pulsações de pressão de baixa freqüência e grande
intensidade na descarga da bomba;
• Redução da eficiência e falha prematura dos selos mecânicos (ver observação
abaixo);
• Aumento do nível de ruído (ver observação abaixo);
• Aumento do nível de vibração (ver observação abaixo);
OBSERVAÇÕES:
a) Eventualmente, no caso de uma recirculação intensa, os níveis elevados de pulsação
de pressão podem gerar tensões repetitivas sobre as paredes do rotor, levando à
fratura por fadiga;
b) A depender da intensidade da recirculação, a pulsação de pressão provocará a
abertura das faces e o vazamento pelo selo mecânico;
c) A depender do tipo de bomba e da intensidade da recirculação, pode apresentar um
ruído semelhante ao da cavitação, sendo muitas vezes confundida com esta;
d) São duas as características vibratórias da recirculação, podendo ocorrer
simultaneamente ou não. São elas:
• Amplitude significativa na freqüência de passagem das pás do rotor ( nº de pás
vezes a RPM);
• Componentes espectrais representativas de excitações aleatórias, que podem
evidenciar freqüências naturais ("ressonâncias") da estrutura da bomba. Ver
figura a seguir.
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Q /
Ss n.
NPSHR % /
onde:
n em (r.p.m.);
Q em (m3 /s), se o rotor for de dupla sucção usar Q/2;
NPSHR3% em (m).
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Ábaco para determinação aproximada da faixa de operação hidraulicamente estável de uma bomba centrífuga
(para potências consumidas > 1000kw).
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Para facilitar a escolha de uma bomba centrífuga, ficou convencionado que todas as curvas
das bombas centrífugas devem ser levantadas utilizando-se como fluido água limpa à
temperatura de 20ºC e viscosidade igual a 1 CentiPoise. Entretanto, estas curvas
características sofrem modificações quando a bomba opera com fluidos muito viscosos.
Assim sendo, uma redução da eficiência com o consequente aumento da potência
consumida, uma queda na vazão e na altura manométrica, ocorrem de maneira geral.
A caracterização da natureza do produto a bombear é fundamental para o dimensionamento
do sistema.
A viscosidade aumenta com a pressão para óleos, enquanto que pára água diminui. No caso
de óleos e de muitos líquidos, a viscosidade diminui com o aumento da temperatura.
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As figuras abaixo representam curvas para uma bomba centrífuga girando a 1750 rpm com
água e óleos de várias viscosidades expressas em Stokes.
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5.12.1 - Correção das Curvas Características para Bomba Operando com Líquidos Viscosos
Os gráficos mostrados a seguir foram editados pelo Hydraulic Institute Standards e permitem
a determinação das curvas características da bomba quando operando com líquidos
viscosos, desde que as suas curvas características para operação com água fria sejam
conhecidas.
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OBSERVAÇÕES:
a) Limitações no uso do gráfico de correção do desempenho para líquidos viscosos
- Só usar dentro da escala mostrada, não extrapolar valores;
- Usar somente para bombas de projeto hidráulico convencional, em faixa de operação
normal, com rotores abertos ou fechados. Não usar para bombas com rotores de fluxo misto,
axial ou de projeto hidráulico especial, nem para outras viscosidades ou para líquidos não
uniformes;
- Usar somente onde o NPSH disponível é capaz de evitar a cavitação;
- Usar somente para líquidos Newtonianos.
Fórmulas de Correção:
Qvis = fQ x Qw
Hvis = fH x Hw
ηvis = fη x w
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Estas fórmulas podem ser usadas com certa aproximação para o caso inverso, ou seja,
conhecidas as condições viscosas, quais seriam as condições aquosas.
Os fatores fQ, fH e fη são determinados através dos Gráficos de Correção utilizando a vazão
Qnw e a correspondente altura manométrica da bomba para o seu ponto de melhor
rendimento. O gráfico em unidades inglesas somente é usado para vazões Qnw menores
que 22,7 m3/h (100 gpm).
Qw = Qvis / fQ
Hw = Hvis / fH
Se a bomba trabalhar com vazão maior ou menor do que a vazão do ponto de melhor
rendimento (Qnw), deve-se usar as curvas 1,2x Qnw , 0,8x Qnw ou 0,6x Qnw .
Obtidos assim Q e H para água, escolhe-se a bomba do modo usual, onde nas suas curvas
ηvis = fη x ηw
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Exemplo:
Escolher uma bomba capaz de fornecer uma vazão de 170m³/h com H = 30m, sendo a
viscosidade do líquido igual a 30ºE (graus Engler) e peso específico ( γ ) igual a 0,90 kgf/dm3
na temperatura de funcionamento.
Entrando-se no gráfico de correção com Qvis = 170m³/h, vai-se até Hvis = 30m.
Depois, segue-se até a reta ºE = 30 e então, na vertical, até as curvas que indicam os
fatores de correção e obtem-se:
Daí calcula-se:
No manual de curvas do fabricante de bombas, procura-se uma bomba com uma vazão de
184,7m³/h e altura manométrica de 32,96m, analisando sempre o rendimento.
Se o rendimento encontrado na curva para vazão de 170m³/h, por exemplo, foi de 80%,
então o rendimento da bomba com o líquido viscoso será:
Q H
Pvis CV
Este cálculo não apresenta dificuldades, tendo em vista que conhecemos, a esta altura do
calculo, os quatro valores correspondentes de Qvis, Hvis e Evis. A locação destes quatro
valores de potência gerara a nova curva de potência versus vazão que será aproximada-
mente paralela a curva de potência para água.
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Exemplo:
Dadas as curvas características de uma bomba obtidas em ensaio com água, traçar as
curvas para o caso de óleo de peso específico igual a 0,9 kgf/dm3 e viscosidade de 30ºE
(graus Engler) na temperatura de bombeamento.
- Das curvas características para água obtemos a vazão de máximo rendimento 1,0xQnw =
170m3/h.
- Computando os valores de (0,6 Qnw), (0,8 Qnw) e (1,2 Qnw) e lendo nas curvas para água
Entrando na abscissa do gráfico de correção com o valor de 1,0 Qnw = 170m3/h, indo
verticalmente até o correspondente valor de Hw = 30m, daí horizontalmente até o valor da
viscosidade de 30ºE e daí verticalmente até interceptar as curvas de correção, obtemos o
fη obteremos os valores de Qvis, Hvis e ηvis. Aplicando quatro vezes a fórmula da potência
consumida mostrada abaixo, determinaremos os valores da potência viscosa. Este
procedimento está numericamente espelhado no quadro a seguir:
Q H
Pvis CV
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Finalmente plotando os valores do quadro acima, no mesmo gráfico onde está representado
o desempenho para a água, resulta as curvas características para o produto viscoso
considerado. Notar que:
- a nova curva de potência x vazão é paralela à anterior;
- a nova curva de altura manométrica x vazão tende ao mesmo valor da anterior para o
ponto de vazão nula;
- o rendimento máximo foi significativamente diminuído de 82% para 52,1%.
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O ruído e a vibração são provocados pela instabilidade gerada pelo colapso das bolhas de
vapor e pelo choque das partículas líquidas condensadas contra as superfícies matálicas.
6.2.1 - Ruído
A cavitação poderá ocorrer em maior ou menor intensidade. Quando ocorrer cavitação de
pequena intensidade, seus efeitos serão muitas vezes imperceptíveis. Com o aumento desta
intensidade, estes efeitos passarão a ser perceptíveis através de ruído característico (o ruído
parece com o crepitar de lenha na fogueira, um martelamento com freqüência elevada ou
um misturador de concreto em alta velocidade). É o principal sintoma da cavitação.
6.2.2 - Vibração
O colapso das bolhas de vapor produz excitações denominadas aleatórias, que
caracterizam-se por excitar as frequências naturais (“ressonâncias”) da estrutura de
suportação da bomba, representadas no espectro de vibrações da figura abaixo.
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Desta forma, supondo que uma determinada bomba centrífuga instalada em um sistema
cavita quando opera em uma vazão Q2, as suas curvas características fogem do comporta-
mento normal, conforme ilustrado na Fig.6.5.
Então, o ponto real de operação será o ponto (2) e não o ponto (1), apresentando, em
conseqüência, queda na vazão,altura manométrica e rendimento esperado. O
equacionamento da cavitação e a efetiva determinação da vazão a partir da qual haverá
cavitação em uma bomba instalada em um sistema será objeto de estudo posterior. Não
obstante, da análise efetuada até este momento, é possível notar que o início da cavitação
depende das condições de sucção do sistema, pois, quanto menor for a altura de sucção
Hs, mais viável será o aparecimento de pressão p igual ou menor que a pressão de vapor pv
na temperatura de bombeamento no olho do rotor. Se considerarmos ainda que a velocidade
de entrada do líquido na bomba e a perda de carga entre o flange de sucção e o olho do
rotor aumentam com a vazão, poderemos concluir que o início da cavitação e conseqüente
queda nas curvas características ocorrerão em vazões menores à medida que Hs diminui,
isto é, à medida que as condições de sucção se tornem mais críticas. Este fato é ilustrado
na Fig.6.6.
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Deve-se verificar que a erosão por cavitação não se verifica no lugar onde as bolhas se
formam, mas sim no local onde implodem (colapsam).
A Figura A abaixo mostra os locais de formação e colapso das bolhas de vapor que irão
chocar-se com as paredes do rotor. Esses choques desagregam material, formando
inicialmente orifícios que, com a continuidade do fenômeno, evoluirão para um aspecto de
erosão severa e, por fim, até a desintegração de pedaços do rotor. Um exemplo é
apresentado na Figura B.
b) Mancais
As vibrações de alta freqüência geradas pela cavitação, se persistirem por prolongado
período, irão produzir choques nos mancais da bomba. Esses choques irão produzir
esforços pontuais elevados que levarão os mancais (de rolamento ou deslizamento) ao
desgaste precoce. Com o tempo os manais também poderão sofrer danos severos como
“pittings”, arrancamento de material, etc..
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
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Já foi mencionado que a cavitação ocorrerá em uma bomba centrífuga se a pressão na sua
sucção cair ao nível da pressão de vapor do líquido bombeado ou abaixo dela. Formam-se
bolhas no vapor, que são transportadas pelo fluxo e implodem quando a pressão torna a
aumentar em algum lugar à jusante no canal entre as pás do rotor. Logo, as regiões mais
perigosas relativamente à cavitação na sucção de uma bomba centrífuga são aquelas onde
as pressões são mais baixas, isto é, onde as velocidades são mais elevadas (Bernoulli).
Conforme mostrado na Fig.6.9, essas regiões se encontram nos canais do rotor, próximas
da aresta de entrada das pás (“olho” do rotor).
Então, para assegurar o bombeamento de líquidos sem que ocorra cavitação, deve sempre
existir suficiente energia disponível no flange de sucção da bomba, de forma que o líquido
consiga atingir as pás do rotor, após ter vencido as perdas entre o flange e essas pás, sem
se vaporizar. Já dentro do rotor, o líquido receberá energia das pás e sua pressão
aumentará.
6.4 - NPSH
A fim de caracterizar as condições para que ocorra boa "aspiração" do líquido pela bomba,
foi introduzido na terminologia de instalações de bombeamento o parâmetro de NPSH. O
termo NPSH é um termo encontrado em publicações na língua inglesa. Em publicações em
vários idiomas, conservou-se a designação NPSH, embora alguns autores utilizem o termo
APLS "Altura Positiva Líquida de Sucção" ou "Altura de Sucção Absoluta".
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Para efeito de estudo e definição, o NPSH pode ser dividido em NPSH requerido e NPSH
disponível.
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A parcela estática não varia com a vazão, mas a perda de carga na sucção “Hps” varia
proporcionalmente com o quadrado da vazão. Logo, o NPSH disponível pode ser
representado numa curva NPSHD x Q conforme mostrado abaixo.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Assim sendo, para aplicação prática, os valores de NPSH requerido informados pelo
fabricante, são baseados na queda de pressão desde o flange de sucção até a pá do
rotor. Esta queda não é só perda de carga de atrito, mas é constituída na maior parte pela
transformação da pressão em energia cinética (velocidade).
Fig.6.16 - Obtenção das curvas de NPSH requerido em função da vazão bombeada, em Teste de Cavitação
com a vazão constante
205
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Atualmente, ainda existem diversas literaturas que recomendam que a margem entre o
NPSHD e o NPSHR3% deva ser no mínimo de 10 a 15 %, porém não inferior que 0,5m.
Entretanto, esta prática não assegura necessariamente a ausência de cavitação, mas
somente que a cavitação não afetará o desempenho da bomba além de uma queda de 3%
na sua altura manométrica. O início da cavitação (cavitação incipiente) é identificado pelo
aparecimento das primeiras bolhas de vapor na entrada dos canais do rotor, e ocorre para
valores de NPSH requerido (NPSHRCI) superiores ao NPSHR3% da bomba. Ver figura abaixo:
207
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
O conceito de taxa de erosão aceitável para o rotor implica em assegurar uma vida útil
adequada para o rotor no que se refere ao dano por cavitação. Um valor largamente aceito
para essa vida é de 40.000 horas, assim, desde que se atinja essa vida, admite-se a
existência de alguma cavitação, que causa uma pequena taxa de erosão no rotor, pois isto
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
permitirá que se trabalhe com menores valores de NPSHD em comparação àqueles que
seriam necessários para que não ocorresse nenhuma cavitação. Isto pode conduzir a
substanciais economias nos custos da instalação, além de permitir aplicações práticas mais
viáveis de bomba.
O critério para se decidir se um rotor esgotou seu tempo de vida não é bem definido e
depende das exigências de cada usuário. Alguns autores consideram que esse critério deve
ser definido com base na deterioração do desempenho e nos efeitos sobre a integridade
mecânica da bomba. Por exemplo, existem literaturas que recomendam que a vida útil do
rotor chega ao fim quando desprender-se dele um pedaço de metal de área maior que 1cm²
ou quando houver uma redução de 5% na altura manométrica gerada.
Atualmente, há um consenso entre vários autores, consultores e fabricantes de bombas
centrífugas, de que, para a maioria das aplicações, o NPSHD da instalação para operação
contínua deva exceder o NPSHR3% por uma adequada margem de segurança de forma a
evitar a perda de desempenho, ruído, vibração e mesmo a erosão por cavitação.
A figura a seguir mostra valores aproximados para a margem de segurança entre o NPSHD e
NPSHR3% (para o ponto de melhor rendimento da bomba). Dependendo da aplicação,
devem ser feitas correções sobre os valores obtidos através deste gráfico. Por exemplo,
com água do mar devem ser empregadas margens ligeiramente superiores, enquanto que
para hidrocarbonetos podem ser usados margens menores.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
% ç
Logo:
á % . .
Como vimos anteriormente, quanto maior for o valor do NPSH disponível numa instalação,
mais afastado o perigo da bomba entrar em regime de cavitação. Sendo assim, na fase de
projeto da instalação convém analisarmos a influência dos seguintes fatores sobre o NPSH
disponível:
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
alternativa para aumentar o NPSHD deve ser verificada a possibilidade de se utilizar uma
bomba vertical submersa no reservatório de sucção.
d) Temperatura de bombeamento
Quanto maior a temperatura maior a pressão de vapor (pv), influenciando também no
peso específico e na perda de carga através da viscosidade. A influência sobre a
pressão de vapor é determinante, de forma que o aumento da temperatura do líquido
bombeado causa a diminuição do NPSH disponível.
f) Vazão
Naturalmente, uma alteração na vazão de operação da bomba implica em alteração na
perda de carga de sucção e conseqüentemente no NPSH disponível.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
como um “estágio extra” de baixa altura manométrica; essa bomba “booster” admite
valores bem menores de NPSHD comparativamente àqueles que poderiam ser usados
com a bomba principal, porque, quase sempre, ela trabalha com uma menor rotação, e
também porque ela apresenta muito menos problemas se ela própria cavitar, tendo em
vista a baixa energia de pressão disponível para implodir as bolhas de vapor.
Se por um lado busca-se aumentar o valor do NPSH disponível numa instalação, por outro,
busca-se diminuir o valor do NPSH requerido da bomba. Naturalmente, a preocupação
fundamental quanto a minimizar o NPSH requerido é do fabricante, entretanto, é
interessante também para o usuário ter alguma noção do assunto.
Diminui-se o valor do NPSH requerido através das seguintes maneiras:
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
c) Utilização de um indutor
O indutor nada mais é do que um rotor normalmente axial ou de fluxo misto colocado na
frente do rotor convencional de uma bomba. O principal objetivo do indutor é funcionar
como auxiliar do rotor principal, reduzindo o NPSH requerido pela bomba.
d) Redução da rotação
O NPSH requerido varia com o quadrado da rotação (NPSHR3% α n²), portanto, a
possibilidade de se utilizar menores rotações conduz a menores valores de NPSH
requerido para a bomba. Entretanto, uma bomba com menor rotação terá maiores
dimensões e, conseqüentemente, terá um maior custo, e também terá um menor
rendimento em comparação a uma bomba de maior rotação selecionada para as
mesmas condições operacionais (para um mesmo ponto de trabalho). Logo, a
diminuição da rotação com a finalidade de reduzir o NPSH requerido raramente provará
ser a solução mais econômica. Entretanto, considerando aplicações onde as condições
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
de sucção são muito desfavoráveis como, por exemplo, nas bombas de condensado, é
usual a utilização de menores rotações.
215
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Este método para avaliação do NPSH requerido de uma bomba através de valores
recomendados de “σ” não é muito utilizado na prática, pois fornece apenas valores de
referência para o NPSHR, pois somente o fabricante da bomba poderá fornecer indicações
precisas sobre o seu NPSH requerido.
O fator de Thoma é obtido através de gráficos em função da velocidade específica (nq) da
bomba, que, como já foi visto, é obtida através da seguinte fórmula:
Vimos anteriormente que o fator de cavitação (σ) depende da velocidade específica (nq) da
bomba. Estabeleceu-se a dependência entre essas duas grandezas de forma a eliminar a
altura manométrica H da expressão final e chegou-se a um parâmetro denominado
“velocidade específica de sucção”, representado pelo símbolo Ss.
O critério mais utilizado para avaliarmos as condições de sucção de uma bomba é através
da velocidade específica de sucção. Esta aceitação decorre do fato de que realmente a
altura manométrica não deve ter influência na limitação das condições de sucção.
Do ponto de vista do NPSH requerido, tanto melhor a bomba quanto maior o valor da
velocidade específica de sucção.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Na expressão acima, as unidades devem ser objeto de especial atenção. Assim sendo, em
unidades métricas podemos encontrar n em rpm ou rps, Q em m3/h ou m3/s e NPSHR em
metros, enquanto que em unidades inglesas tradicionalmente encontramos n em rpm, Q em
gpm e NPSHR em ft. Aqui também é usual entrar na expressão com a metade da vazão total
quando se trata de bomba de dupla sucção. Quando este procedimento não for
seguido,deve ser citado claramente que o cálculo foi efetuado para dupla sucção.
Finalmente, é importante frisar que a vazão e o NPSHR da expressão são aqueles
correspondentes ao ponto de máximo rendimento (ponto de projeto da bomba).
De uma forma geral é aceito que para pequenas variações de nq e mantidas as
características de projeto da entrada do rotor, a velocidade específica de sucção (Ss) pode
ser considerada constante. Surgiram então, valores padrão para Ss como, por exemplo, Ss =
7950 para bombas centrífugas radiais de simples sucção, ou faixas de variação de Ss de
acordo com a aplicação, onde os valores menores são conservativos e os maiores obtidos
apenas em ótimas condições.
OBS.: Os valores de Ss citados acima e abaixo, consideram as seguintes unidades inglesas:
n(rpm), Q (gpm) e NPSHR (ft) ; esta velocidade específica de sucção é conhecida como Ss(US)
. Ss
• Bombas de simples sucção com rotor em balanço ----------------------------------- 7500 - 9000
• Bombas de simples estágio com eixo passando através do rotor ----------------- 6500 - 9000
• Bombas de dupla sucção usando no cálculo metade do valor da vazão ------- 6500 - 9000
• Bombas de múltiplo estágio com simples sucção --------------------------------------- 5500 - 7000
• Bombas de múltiplo estágio com rotor especial no primeiro estágio -------------- 7500 - 9000
(simples sucção)
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
O valor do NPSH requerido dado pelo fabricante, através da curva de NPSH requerido
versus Vazão, retrata o desempenho da bomba quando opera com água fria em condições
ambiente. Mas testes efetuados com bombas, operando com diferentes líquidos e diferentes
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
temperaturas, têm mostrado que o NPSH requerido para uma mesma bomba e uma mesma
vazão, varia consideravelmente. Por exemplo, os testes mostram que existe uma tendência
para redução do NPSH requerido quando a bomba opera em uma mesma vazão com
temperaturas crescentes ou hidrocarbonetos, conforme ilustrado na Tab.6.1 abaixo.
Tab. 6.1 - Valores de NPSH requerido para uma mesma vazão em bomba centrífuga girando a 3585 rpm
NPSH requerido Redução do NPSH
Líquido T (ºF)
(ft) requerido (ft)
Água 70 12,3 0,0
250 11,0 1,3
300 8,6 3,7
Butano 35 9,8 2,5
55 8,8 3,5
90 3,5 8,8
Butano mais 35 9,5 2,8
3% de propano 55 7,8 4,5
em peso 90 1,6 10,7
O NPSH requerido pode ser reduzido abaixo do valor encontrado para água fria porque uma
cavitação suave e parcial pode ocorrer sem causar severos efeitos adversos. Desta forma,
alguma cavitação parcial pode ser permitida, admitindo-se como operação satisfatória
aquela em que a queda de desempenho e a perda de material forem desprezíveis e o
nível de vibração e de ruído for aceitável.
Considerando que bombas que funcionam com água quente ou com hidrocarbonetos
líquidos não viscosos operam satisfatoriamente e com segurança utilizando um valor de
NPSH requerido inferior ao que normalmente usariam se operassem com água fria, este fato
permite que, para a maior parte dos casos, se possa utilizar para estes líquidos a curva do
NPSH requerido fornecido pelo fabricante para água fria.
Caso seja necessário, pode-se fazer a redução do NPSH requerido através de um gráfico,
como mostrado na Fig.6.30. O uso deste gráfico deve obedecer as seguintes limitações:
• Não utilizar se houver presença de ar ou gases não condensáveis ou se a pressão
absoluta na entrada da bomba for tão baixa que permita a liberação de não
condensáveis da solução;
• A máxima redução permissível é de 50% do NPSH requerido para água;
• Não utilizar em instalações que tenham tendência a mudanças transientes de
temperatura ou pressão no sistema de sucção;
220
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Exemplo:
Uma bomba necessita de um NPSH requerido de 16ft, operando com água fria. Se a mesma
bomba operar com propano à temperatura de 55ºF e que tem pressão de vapor de 100 psia,
determine qual o novo valor de NPSH requerido.
221
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
obtendo-se a redução no NPSH de 9,5 ft. Como este valor é maior que a metade do NPSHR
da água fria, o valor que deverá ser reduzido é 50% de NPSHR para água fria, ou seja, 8 ft.
Então, NPSHR reduzido = 16 - 8 = 8 ft.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Quando uma parte da bomba fica muito danificada pela ocorrência da cavitação, podem-se
preencher os locais gastos com solda elétrica adequada ao material, esmerilhando em
seguida ou, como alguns sugerem, aplicando uma ou mais camadas de resinas.
Quanto às características mecânicas, aumentam a resistência à cavitação, os seguintes
fatores:
- maior dureza;
- maior tenacidade;
- maior dutilidade;
- existência de tensões residuais de compressão.
Existem algumas situações onde pode ocorrer cavitação apesar do valor do NPSH
disponível calculado ser superior e com uma margem de segurança adequada ao NPSH
requerido tirado da curva do fabricante para a vazão de operação. O que acontece é que o
NPSH requerido dado pelo fabricante é válido para condições normais de operação, da
mesma forma que o NPSH disponível do sistema foi calculado para determinadas condições
de sucção. Entretanto, poderá acontecer cavitação se fatos anormais, não considerados,
estiverem deturpando o funcionamento da bomba, aumentando o NPSH requerido, ou
prejudicando o sistema de sucção, diminuindo o NPSH disponível.
OBS.: É importante observar que a ocorrência dos fatos acima nem sempre
causa cavitação, pois depende da associação com outros fatores que podem
ou não estar presentes.
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Bombas são associadas em série e em paralelo. As razões que nos levam a usar a
associação de bombas são várias e de natureza diversas. A associação de bombas em série
é uma opção quando, para a vazão desejada, a altura manométrica do sistema é muito
elevada, acima dos limites alcançados por uma única bomba. Já a associação em paralelo é
fundamentalmente utilizada quando a vazão desejada excede os limites de capacidade das
bombas adaptáveis a um determinado sistema.
Na realidade, o uso de bombas associadas, particularmente em paralelo, oferece vantagens
adicionais como flexibilidade e segurança operacional, como por exemplo:
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Duas ou mais bombas estão operando em paralelo quando recalcam para uma tubulação
comum, de modo que cada uma contribua com uma parcela para a vazão total. É
interessante relembrar que bomba centrífuga vence as resistências encontradas, isto é, o
desnível geométrico estático mais as perdas de carga. Dessa forma, quando operando em
paralelo, todas as bombas terão a mesma atura manométrica total ou, em outras palavras:
para a mesma altura manométrica, as vazões correspondentes se somam.
Para traçar a curva resultante de uma associação de bombas em paralelo, basta plotar para
cada altura manométrica as vazões correspondentes, tantas vezes quanto forem as bombas
operando em paralelo.
Para exemplificar, tomemos como exemplo a figura mostrada acima, onde temos duas
bombas iguais operando em paralelo, recalcando para uma linha comum que leva o líquido
do reservatório de sucção para o reservatório de descarga.
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Quando as duas bombas estão operando, a vazão no sistema é Q2 e cada bomba recalca
uma vazão Q1 de tal forma que Q2 = 2Q1.
Nota-se ainda que as duas bombas vão operar com uma altura manométrica H1.
Quando uma só bomba opera, a altura manométrica diminui, passando para H1’ (H1’ < H1) e
para uma vazão Q1’, de tal forma que Q1 < Q1’ < Q2.
Assim, do exemplo apresentado, podemos tirar algumas conclusões:
a) A vazão total do sistema é menor que a soma das vazões das bombas operando
isoladamente;
b) Quando as bombas estão operando em paralelo, há um deslocamento do ponto de
operação de cada bomba para a esquerda da curva (ponto A). Isso se acentua com o
aumento de bombas em paralelo;
c) Se uma das bombas sair de funcionamento (por razões como, por exemplo,
manutenção, motivos operacionais, etc.), a unidade que continua operando passará do
ponto A para o ponto B.
Relembramos que:
No ponto de operação B, teremos um NPSH requerido e uma potência consumida maior que
a do ponto A.
Obs.: Isso é válido para bombas centrífugas com rotores radiais.
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Para se relacionar “n” bombas que irão operar em paralelo bombeando a vazão total para
uma altura manométrica final, a bomba deverá ser selecionada para:
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Observamos que quanto mais bombas vão sendo colocadas em paralelo, mais à esquerda
do ponto de melhor rendimento (ponto de projeto) a bomba irá operar.
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Ponto B: Ponto de funcionamento por bomba, quando ambas estão em paralelo com a
altura geométrica máxima. Deve-se verificar para que as bombas não trabalhem com vazão
reduzida.
Ponto F: Ponto de funcionamento de uma bomba com altura geométrica mínima Verificar a
potência consumida, o NPSRR e o NPSHD e se o rendimento cai excessivamente.
Analisando o sistema 2:
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Com uma bomba operando obteremos a vazão Q3 e uma altura manométrica H3. Nesta
situação, vamos partir a outra bomba: devido à pressão H3 atuante na válvula de retenção
desta bomba, esta, ao ser ligada, partiria como se o registro estivesse fechado, obtendo a
pressão H, que é inferior à pressão H3, portanto, não descarregando ao sistema.
Devido também à instabilidade dessas curvas, recomenda-se que:
- No funcionamento em paralelo, a altura manométrica deverá ser inferior à altura
correspondente à vazão nula;
- Na partida de uma das bombas, a outra deverá estar operando com uma altura
manométrica inferior à altura manométrica correspondente à vazão nula. No mesmo
exemplo, a curva do sistema 1 acata estas recomendações.
7.1.6 - Escolha do Número de Bombas
Esse é um problema que se acentua quando se está associando bombas em paralelo, ou
seja, quanto mais bombas em paralelo tivermos associadas, teremos:
Vantagem:
- Maior flexibilidade do sistema, tanto na operação quanto na implantação.
Desvantagem:
- Mais unidades a serem mantidas; motores superdimensionados em relação ao ponto de
operação, causando problemas com o fator de potência (cos Ø); espaço de instalação maior,
aumentando os custos de construção.
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Assim, deve-se selecionar o conjunto motor-bomba de tal forma que quando ele passar a ser
operado isoladamente no sistema, não haja problemas com o NPSH e nem com a potência
consumida. Esses problemas de vazão excessiva são comuns nas captações de água,
quando existe uma variação do nível do reservatório ou do rio.
A vazão excessiva pode ser controlada pela válvula de descarga. Com a retirada de
operação de algumas bombas que estão operando em paralelo, fecham-se parcialmente as
válvulas de descarga das demais, com o que se cria perdas localizadas e leva-se cada
bomba a operar com uma menor vazão que não sobrecarregue o seu motor e nem ocorra
cavitação.
Nem sempre esse controle pela válvula de descarga será o mais conveniente, pois o bom
funcionamento do sistema fica na dependência de uma nova atividade, muitas vezes
demorada. Ele seria muito pouco recomendável para o caso de um número excessivo de
bombas de grande porte.
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Em algumas aplicações como, por exemplo, por condições topográficas ou por qualquer
outro motivo, um sistema poderá exigir grandes alturas manométricas que, em alguns casos,
pode exceder às faixas de operação de bombas de simples estágio. Nestes casos, uma das
soluções é a associação de bombas em série.
É fácil notar que o líquido passará pela primeira bomba, receberá certa energia de pressão,
entrará na segunda bomba, onde haverá um novo acréscimo de energia a fim de que o
mesmo atinja as condições solicitadas.
Também fica claro que a vazão que sai da primeira bomba é a mesma que entra na
segunda, sendo, portanto, constante a vazão em uma associação de bombas em série.
Podemos concluir dessa forma, que quando associamos duas ou mais bombas em série,
para uma mesma vazão, a pressão total (altura manométrica) será a soma das pressões
(alturas) fornecidas por cada bomba.
Para se obter a curva característica resultante de duas bombas em série, iguais ou
diferentes, basta somar as alturas manométricas correspondentes aos mesmos valores de
vazão em cada bomba.
Por exemplo, verifiquemos a associação de duas bombas iguais associadas em série:
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b) Motor normal acionando duas bombas, sendo a intermediária com duas pontas de eixo
; a bomba intermediária deve ter eixo passante e ser capaz de transmitir torque ás duas
bombas;
c) Dois motores acionando cada uma a sua própria bomba.
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7.3 - CONCLUSÕES
Pelo exposto neste capítulo, quando associamos bombas em série ou em paralelo, devemos
levar em consideração o seguinte:
a) Dar preferência, no caso de associação em paralelo, para bombas que possuam curvas
características estáveis;
d) Selecionar bombas de modo que a altura manométrica final do sistema nunca ultrapasse
a altura correspondente a vazão zero de qualquer uma das bombas associadas em paralelo;
e) Selecionar bombas onde o NPSH disponível seja sempre maior que o NPSH requerido
para a faixa operacional pretendida;
h) Sempre ter em mãos as curvas características das bombas a serem associadas e a curva
característica do sistema, para que se possa analisar o que acontecerá nesta associação e,
dessa forma, adquirir o equipamento adequado.
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• Bombas Centrífugas;
• Bombas Rotativas;
• Bombas Alternativas.
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a) Bombas Centrífugas
As ilustrações que acompanham o Capítulo são uma amostra da grande variedade de tipos
existentes hoje. Uma subdivisão dos mesmos baseia-se nas formas construtivas. Conforme
já foi mostrado nos Capítulos 2 e 3, existem as bombas horizontais e verticais, de sucção
simples ou múltiplos estágios, bipartidas radial ou axialmente, em linha etc.
Modernamente, entretanto, nota-se que tanto os fabricantes quanto os usuários enfatizam,
além das formas construtivas, o uso final que terá a bomba, pois o mesmo tem uma grande
influência no projeto da carcaça e rotor, materiais de construção e características mecânicas
e hidráulicas.
Assim, temos as bombas para uso geral, alimentação de caldeiras, poço profundo, de
processo, química, de recirculação, petroquímica, de esgotos, efluentes, polpa, combate a
incêndio, condensação, etc. De modo geral, cada tipo tem suas características específicas
de projeto. Os materiais de construção para um grande número de aplicação são
recomendados pelo fabricante, o que facilita a seleção.
b) Bombas rotativas
Conforme mostrado no Capítulo 2, temos as bombas de engrenagens, lóbulos, parafusos,
palhetas, pistões e peristálticas, entre outras. Alguns destes tipos são muito utilizados em
sistemas óleo-hidráulicos, ou seja, os sistemas de geração de potência hidráulica para
acionamento de atuadores hidráulicos lineares ou rotativos. Mas em aplicações de
transferência de líquidos, onde as bombas centrífugas também são utilizadas, as bombas
rotativas têm sua aplicação limitada ao bombeamento de líquidos viscosos. As principais
aplicações são o bombeamento de líquidos pastosos ou muito viscosos, realizado com as
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bombas de parafusos (neste caso, pelo tipo conhecido como “mono”), o bombeamento de
óleo combustível para queima em caldeiras, fornos etc., utilizando as bombas de
engrenagens, e o bombeamento de óleo lubrificante em sistemas de lubrificação forçada de
máquinas em geral, utilizando as bombas de engrenagens, lóbulos ou parafusos.
c) Bombas Alternativas
Temos as bombas alternativas de pistões, êmbolos e diafragma. Alguns tipos de bombas de
pistões ou de êmbolo, também são utilizados em sistemas óleo-hidráulicos de geração de
potência e outros no bombeamento de líquidos viscosos. Mas também temos tipos de
bombas de pistões ou de êmbolos bombeando água limpa em sistemas de jateamento a
altas pressões. Uma outra aplicação muito importante é na dosificação de produtos
químicos, mediante as chamadas “bombas dosificadoras (ou dosadoras)”; neste caso, são
utilizadas bombas de êmbolos ou de diafragma.
A principal vantagem das bombas de diafragma é que o líquido bombeado não está em
contato direto com a parte móvel do equipamento. Além de facilitar grandemente a selagem,
isso permite, nos casos em que o líquido é corrosivo, a fabricação do cabeçote em materiais
plásticos, sempre mais baratos que os metálicos anticorrosivos em que os pistões e cilindros
das bombas de pistões devem ser necessariamente fabricados. A pressão de descarga,
porém, está limitada a aproximadamente 350 bar.
As bombas de pistões, que permitem alcançar pressões até 3.000 bar, têm o líquido
bombeando em contato direto com os pistões e cilindros. Por mais eficiente que seja a
vedação, ao cabo de algum tempo (semanas, se a manutenção do equipamento for ruim,
meses, se for boa), começam a aparecer vazamentos que devem ser imediatamente
reparados, para não estragar o equipamento.
Todas as bombas dosificadoras dispõem de mecanismos para alterar a vazão sem
necessidade de parar a bomba, ajustando a quantidade de matérias químicas dosificadas.
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Se 30 < nq < 60 → tendência para bomba de fluxo radial tipo Francis (rotor de dupla
curvatura);
Se 60 < nq < 150 → tendência para bomba de fluxo misto;
Se nq > 150 → tendência para bomba de fluxo axial.
Após a seleção do tipo de bomba vem a seleção do modelo específico de cada fabricante
visando todas as características técnicas (designação completa, rotação, diâmetro do rotor,
NPSHR, vazão mínima contínua, potência consumida,etc.). Para tanto, e fixando-nos nas
bombas centrífugas, é necessário consultar os chamados "ábacos de cobertura" e,
posteriormente, as chamadas "curvas características” (ver figuras abaixo), disponíveis
em catálogos de fabricantes. Esta seleção permite o conhecimento prévio dos modelos que
cada fabricante irá ofertar, permitindo a obtenção de dados antecipados para o andamento
do projeto de instalação (tamanho, peso, cargas etc.).
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A seguir citamos alguns requisitos operacionais que devem ser considerados durante a
seleção do modelo mais adequado de bomba centrífuga:
a) O rotor selecionado para a bomba não deve ser o de diâmetro máximo, permitindo um
aumento da Altura Manométrica (H) de pelo menos 5% no futuro, com a substituição do
rotor;
b) A bomba selecionada deve ter a curva H x Q continuamente ascendente em toda faixa
operacional, com uma inclinação (“rise-to-shutoff”) que permita a melhor característica de
controle possível;
c) A bomba deve ser selecionada de forma que o ponto de trabalho especificado
(nominal) esteja situado bem próximo (no máximo10% à esquerda) do seu ponto de melhor
rendimento (BEP);
d) A bomba deve ser selecionada de forma que a vazão mínima de operação (no caso de
vazão variável) seja pelo menos 10% maior que a sua “vazão mínima contínua estável”;
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OBSERVAÇÃO: O motor de acionamento deve ser selecionado com uma potência maior
que a potência consumida pela bomba, para a vazão especificada no caso de vazão
constante e para a vazão máxima de operação no caso de vazão variável. Sobre a potência
consumida deve ser inserida uma margem de segurança para se determinar a potência do
motor. Recomendamos o seguinte:
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operando com vazões além dos limites admissíveis para serviço contínuo.
Conseqüentemente, ocorrem diversos problemas na bomba, devido principalmente aos
fenômenos da cavitação e da recirculação interna, que comprometem o seu
desempenho operacional e a sua integridade mecânica. Por um lado, a elevada incidência
de danos diminui a confiabilidade operacional e aumenta o custo de manutenção da
bomba. Por outro lado, a queda do seu desempenho operacional prejudica a planta em
que ela está instalada, aumentando o custo da produção.
Logo, o conhecimento dos limites da faixa operacional para serviço contínuo de uma
bomba centrífuga permite a determinação da sua faixa de operação segura e estável,
que é a base para sua seleção e aplicação de forma a se obter os melhores desempenhos
com os mínimos custos de manutenção.
Já vimos no Capítulo 5, que uma bomba centrífuga é capaz de operar sobre uma larga
faixa de vazões, sendo que a exata vazão de trabalho é determinada a partir da interseção
entre as curvas H x Q da bomba e do sistema, de forma que esta vazão pode ser
modificada alterando-se uma ou ambas curvas. A variação, dentro de limites permissíveis,
do diâmetro externo do rotor ou da velocidade de rotação altera a curva H x Q da bomba;
o estrangulamento da descarga da bomba, através do fechamento parcial de alguma
válvula, altera a curva H x Q do sistema.
Entretanto, para uma determinada velocidade de rotação e considerando o rotor de
diâmetro externo máximo, que é o rotor para o qual a bomba é projetada, o desempenho
ótimo de uma bomba ocorre em somente um ponto de operação. A vazão correspondente
a esse ponto é normalmente denominada de “vazão de projeto” (Qn) ou “vazão do ponto
de melhor rendimento” (Qótimo) da bomba.
Uma bomba centrífuga deveria ser operada sempre que possível próximo do seu ponto de
projeto. Os ângulos das pás do rotor e o tamanho dos canais de passagem do líquido são
projetados para esse ponto, de forma que para qualquer outro ponto de operação estes
ângulos e canais são ou muito grandes ou muito pequenos. A turbulência adicional
resultante dessa condição de operação fora de projeto, faz com que uma grande parte de
potência de eixo seja dissipada em perdas por cisalhamento dentro do próprio líquido,
simplesmente por que ele se movimenta com diferentes velocidades e em diferentes
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8.4.2 - Limite da Faixa de Operação para Vazão de Trabalho Maior que a Vazão de
Projeto da Bomba (QT > Qn)
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c) Esforço Radial
Vimos no Capítulo 5, item 5.10, que quando uma bomba com projeto de carcaça de simples
voluta é operada em sua vazão de projeto, a interação entre o rotor e a carcaça causa uma
distribuição de pressão uniforme ou quase uniforme atuando sobre a periferia do rotor. Para
vazões diferentes da de projeto, entretanto, essa distribuição de pressão não é uniforme,
dando origem a uma forma radial resultante sobre o eixo de bomba, chamada de “esforço
radial” ou “reação radial”. Ver figura abaixo.
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A grandeza e a direção do esforço radial variam com a vazão bombeada e com o tipo de
carcaça utilizada. A figura a seguir mostra a grandeza relativa desse esforço em função da
vazão pra os tipos mais comuns de carcaças de bombas centrífugas.
OBS.: Ver figuras dos quatro tipos de carcaça no Capítulo 5, item 5.10.
O esforço radial é função da altura manométrica gerada pela bomba, da largura na saída do
rotor e do seu diâmetro externo. Então, uma grande bomba com carcaça de simples voluta
e com elevada altura por estágio sofrerá um grande esforço radial para vazões muito
afastadas da sua vazão de projeto, conduzindo a um aumento da deflexão do eixo e do
carregamento nos mancais. Desde que pode ser antieconômico providenciar eixos e
mancais superdimensionados, os fabricantes de bomba geralmente indicam vazões de
operação máximas e mínimas de forma e evitar problemas em bombas de simples voluta
de grande nível de energia. Por outro lado, como esta limitação da faixa operacional
também pode ser antieconômica, os fabricantes podem favoravelmente selecionar uma
carcaça de dupla voluta, que permite o balanceamento quase total das forças radiais para
toda a faixa de vazões da bomba. Como bombas pequenas podem não ser facilmente
adaptáveis a projetos de dupla voluta, devido à problemas de fundição, elas podem ser
construídas com carcaças concêntricas modificadas, que também reduzem
consideravelmente o esforço radial quando comparadas com bombas de simples voluta.
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8.4.3 - Limite da Faixa de Operação para Vazão de Trabalho Menor que a Vazão de Projeto
da Bomba (QT < Qn)
O limite da faixa operacional à esquerda da vazão de projeto, ou seja, para vazões parciais
da bomba, é determinado em função de quatro principais fatores:
a) O esforço radial sobre o eixo e mancais da bomba;
b) A elevação de temperatura do líquido bombeado;
c) A relação entre o NPSH disponível da instalação e o NPSH requerido da bomba;
d) A ocorrência de recirculação interna na bomba.
a) Esforço radial
Conforme visto anteriormente, se a bomba tem uma carcaça de simples voluta ela estará
sujeita a um maior esforço radial à vazões parciais comparativamente a vazão de projeto.
Uma bomba que não tenha sido dimensionada para suportar esse aumento de esforço,
deverá ter sua faixa operacional à esquerda de Qn limitada, de forma a evitar excessivas
deflexões ou quebra do seu eixo e danos em seus mancais radiais.
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A elevação de temperatura máxima permitida varia sobre uma larga faixa, dependendo do
tipo da bomba e da instalação. Para serviços com água quente, tal como bombas de
alimentação de caldeiras, é geralmente recomendado se limitar a elevação de temperatura
em 15 ºF ( ~ 8 ºC). Para bombas trabalhando com água fria, a elevação de temperatura é
limitada à valores tão altos quanto 50ºF (28ºC) ou mesmo 100ºF (56ºC) em alguns casos. O
estabelecimento deste limite permite o cálculo da vazão mínima para operação contínua
sem problema de superaquecimento na bomba, existindo fórmulas e gráficos para tal
finalidade na literatura especializada (ver observação abaixo). Para a garantia dessa vazão,
um “by-pass” é normalmente dimensionado e instalado entre a descarga da bomba e o
reservatório de sucção, podendo inclusive ser feito automático com a utilização de válvulas
de controle apropriadas.
OBS.: Normalmente, os fabricantes de bombas fornecem em seus catálogos e/ou nas
260
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Folhas de Dados de cada bomba, essa vazão mínima necessária para evitar o
superaquecimento (usualmente é em torno de 5 a 20% da vazão de melhor rendimento).
d) Recirculação interna
Conforme foi visto no Capítulo 5, item 5.11, abaixo de determinadas vazões inferiores à
vazão de projeto, todas as bombas centrífugas estão sujeitas à recirculação interna do fluxo,
que pode ocorrer na sucção, na descarga ou em ambas ou locais do rotor. Existem muitas
aplicações de bombas operando continuadamente na zona de ocorrência das duas
recirculações citadas, sem sofrerem sérios problemas de instabilidade hidráulica e/ou danos
mecânicos. É que o limite da faixa operacional estável para vazões parciais não é
determinado simplesmente pelas vazões de início das recirculações, pois ele depende
também de diversos outros fatores que afetam a intensidade e os efeitos dessas
recirculações. Portanto, em função destes fatores, cada bomba terá uma faixa de operação
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estável maior ou menor à esquerda da sua vazão de projeto, ou seja, cada bomba terá um
valor maior ou menor, relativamente à vazão de projeto, para a vazão mínima contínua
estável (VMCE). À esquerda dessa vazão, os efeitos das recirculações são muito severos,
de forma que não é recomendável e nem seguro a operação da bomba por tempo
prolongado.
No item 5.11 também foi apresentado dois métodos para obtenção de valores aproximados
da VMCE; recomenda-se adotar o maior entre os dois valores obtidos.
Na realidade, não existe um único valor para VMCE, mas apenas algumas opiniões de
consenso entre os diversos fabricantes, autores e consultores renomados, e alguns métodos
obtidos de experimentos. A seguir, apresentamos mais uma orientação obtida em literatura
especializada, para se obter o valor aproximado da VMCE.
• Ss > 11000 => Vazão mínima igual a 80% da vazão do ponto de melhor
rendimento;
• 8000 ≤ SS ≤ 11000 => Vazão mínima igual a 65% da vazão do ponto de melhor
rendimento;
• SS < 8000 => Vazão mínima igual a 50% da vazão do ponto de melhor rendimento.
,
,
Obs.: Q e NPSHR obtidos no ponto de melhor rendimento e para o rotor de diâmetro máximo
da bomba.
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Para Q < Qn => a vazão mínima permissível para operação segura e estável é a maior entre
as vazões mínimas determinadas em função do aumento do esforço radial, da elevação de
temperatura do líquido bombeado, da relação NPSHD/NPSHR e da ocorrência da
recirculação interna.
OBSERVAÇÕES:
• Muitos fabricantes de bombas não limitam o traçado das curvas características em
seus catálogos, extrapolando-as em campos de funcionamento para os quais a
bomba não foi testada e/ou não existe experiência de aplicação. Isto é feito
regularmente e o usuário deve estar atento para que a bomba a ser comprada
tenha garantias do fabricante sobre a faixa operacional realmente permitida para
o serviço contínuo isento de problemas. Inclusive, o usuário deve solicitar aos
fabricantes consultados o valor da “vazão mínima contínua estável”, já que,
normalmente, a vazão mínima informada na Folha de Dados se refere à
considerações térmicas.
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A operação contínua de uma bomba centrífuga fora dos limites da faixa segura e estável
(hidraulicamente) traz como conseqüência diversas anormalidades, conforme mostrado na
figura a seguir.
ZONAS A e C => Não se deve especificar bombas centrífugas para operar continuamente
com vazões abaixo de 50% de Qn ou acima de 110% de Qn.
ZONA B => Sendo necessário a especificação de bombas centrífugas para operar com
vazão entre 50 e 80% de Qn ,fazer a avaliação de outros parâmetros, como por exemplo, a
velocidade específica de sucção.
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Também devem ser consideradas as condições de operação, que na indústria são severas e
às vezes até abusivas.
Pelo exposto, os dados sobre resistência à corrosão encontrados na bibliografia e catálogos
devem ser considerados apenas como orientativos, cuja finalidade é dar uma idéia
aproximada sobre o comportamento esperado de um material.
Mais úteis são as normas do Hydraulic Institute (HIS) que, baseadas na experiência dos
seus associados, listam materiais recomendados para aproximadamente 300 fluidos
diferentes, ressaltando, entretanto, que determinadas condições como temperatura,
concentração, grau de pureza e presença de sólidos abrasivos poderão influenciar
fortemente a seleção do material mais apropriado. Da mesma forma, a norma API 610 lista
os materiais recomendados para fluidos usuais encontrados em refinarias.
Uma relativa limitação das normas citadas, entretanto, é que começam a ficar
desatualizadas pouco tempo após a emissão da última edição, pois continuamente
aparecem no mercado materiais de construção mais resistentes, eficientes ou econômicos.
Um método efetivo para a escolha de materiais de construção é experiência prévia, real e
concreta, do fabricante da bomba, do comprador ou usuário final da mesma, em serviços
iguais ou tão semelhantes quanto possíveis ao que está em consideração.
Quando quem especifica uma bomba não possui experiência própria aconselhamos:
a) Pesquisar a experiência anterior do fabricante em serviços iguais ou os mais
semelhantes possíveis;
b) Solicitar referências, isto é, onde e para quem foram realizados fornecimentos;
c) Verificar a veracidade das afirmações junto aos usuários apresentados. Não pensar a
priori que a simples citação de usuários implique na satisfação dos mesmos em
relação ao desempenho do produto. Por isso, vale a pena verificar as referências
oferecidas pelo fabricante.
Esta verificação pode ser feita de várias formas e, sempre que possível, diretamente com o
pessoal da operação e manutenção do equipamento, que é quem está mais familiarizado
com o seu desempenho:
- Uma visita pessoal acompanhada do fabricante a um ou mais usuários da lista de
referências, conversando pessoalmente com a equipe de operação e manutenção é o
melhor expediente.
- Quando não é possível uma visita, fazer pelo menos um contato telefônico ou via e-mail.
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norma API 610 para temperaturas de bombeamento a partir de 350°F, para evitar
desalinhamento durante o funcionamento à quente. A norma ANSI B73.1, por sua parte,
especifica montagem pelo pé, usada também nas bombas de recirculação. A grande
maioria das bombas, entretanto, tem a carcaça em balanço.
b) Montagem do rotor. Pode ser balanço ou montado entre mancais. Este último é usado
em bombas de múltiplos estágios, onde o peso e comprimento do eixo não permitiriam a
montagem em balanço, e em bombas de sucção dupla, que, construtivamente, não podem
ter o rotor em balanço.
c) Tipo de rotor. Pode ser aberto, semi-aberto ou fechado. O rotor fechado é usado
sempre que possível, devido à sua maior eficiência quando comparado com rotor aberto ou
semi-aberto. Porém, na presença de sólidos finos em suspensão, em porcentagem maior
que 3 a 5% (polpas), é usual a utilização de rotor semi-aberto, devido à sua menor tendência
ao entupimento. O rotor aberto é utilizado no bombeamento de esgotos, efluentes e de água
com areia ou pedregulho em suspensão (as chamadas “bombas de dragagem”).
d) Selagem de eixo. Pode ser feita pro meio de selo mecânico, caixa de gaxetas ou selo
hidráulico. Em serviço com água, líquidos pouco corrosivos e não inflamáveis ou com
sólidos em suspensão, costuma-se especificar selagem por meio de gaxetas, refrigeradas
por líquido externo (geralmente água) ou o próprio líquido bombeado. Quando o fluido
bombeado é inflamável ou corrosivo, sem sólidos em suspensão, e de uso comum o selo
mecânico, que também pode ser refrigerado por líquido de fonte externa ou o próprio líquido
bombeado. Também pode ser utilizado para líquidos corrosivos o selo hidráulico que, por
suas vantagens, vem tendo uma difusão cada vez maior. Ver figura a seguir.
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e) Acoplamento com a máquina acionada. Pode ser direto ou por meio de polia e correia.
O acoplamento direto é mais comum, por ser mais simples e eficiente. O acoplamento por
polia e correia usa-se nos caso de bombas com rotor revestido ou feito com matériaIs
especiais e que, consequentemente, não pode ser alterado, em caso de necessidade,
durante a vida útil da bomba. Neste caso, substitui-se a alteração de rotor pela alteração
das rotações, o que é feito trocando-se uma das polias. Os acoplamentos mais utilizados
são os flexíveis de lâminas e os de grades metálicas.
f) Mancais. Costuma-se especificar o tipo de mancais quando o cliente tem preferência por
alguns deles e os fornecedores têm condições de atendê-lo. A grande maioria das bombas
possui mancais de rolamentos. A lubrificação pode ser à graxa ou à óleo; no caso de óleo
pode ser de nível constante, com anel pescador ou copo de ressuprimento automático, ou
lubrificação forçada no caso de grandes bombas com mancais de deslizamento.
g) Desmontáveis por trás (“back pull out”). Esse tipo de construção permite a retirada do
rotor pela parte posterior (lado do motor), sem necessidade de desconectar a bomba de
suas tubulações. No caso de bombas de manutenção freqüente, como nas plantas de
processo, essa possibilidade é muito útil.
269
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
seguir os flanges (ANSI, DIN ou outra). Deverá especificar também a série no caso que, por
exigência da Especificação de Tubulação, deva ser maior que a prevista pelo fabricante para
as condições de operação. Poderá também, caso o fabricante tenha condições de atendê-
lo, especificar a face dos flanges (plana ou com ressalto), lembrando que face com ressalto
não é possível quando a carcaça da bomba é de ferro fundido.
l) Anéis de desgaste. Devem ser sempre utilizados para bombas de serviço pesado e
médio pela sua possibilidade de substituição, mas também são recomendados para bombas
em aplicações gerais. A norma API-610 estabelece algumas características desses anéis.
m) Luvas de eixo. Protegem o eixo, especialmente na região de selagem. Por isso, devem
ser sempre utilizadas no caso de bombas de serviço pesado e médio, mas também são
recomendadas para bombas em aplicações gerais.
Com todas as informações à mão, elabora-se uma Folha de Dados (Data Sheet) e, caso não
se tenha uma disponível, uma Especificação Geral (General Specification). O objetivo da
Especificação Geral (EG) é descrever as condições de projeto, fabricação, inspeção e testes
que serão requeridos do fornecedor da bomba, que deverá obedecer os requisitos básicos
descritos na EG, para que sua proposta seja aceitável tecnicamente. Geralmente são feitas
EG's para os principais tipos de bombas: centrífugas (horizontais e verticais), rotativas e
alternativas.
270
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Se os materiais de construção são ligas de fundição difícil (Alloy 20, Níquel, etc.) convém
271
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
considerar também testes radiográficos parciais das peças fundidas, para determinar a
existência de trincas.
Quanto à inspeção, ela varia de acordo com a complexidade do processo de fabricação e a
responsabilidade do serviço ao qual a bomba estará submetida, podendo existir diversos
tipos:
- Inspeção de recebimento, com testes não testemunhados, para equipamentos simples,
de pouca responsabilidade. Nestes casos, a fabricação não é acompanhada pelo
comprador ou empresa inspetora por ele designada e o fornecedor anexa na entrega
da bomba um certificado dos resultados dos testes.
- Inspeção de recebimento com testes testemunhados. Neste caso, os testes são feitos
na presença do inspetor do cliente e por ele aprovados.
- Inspeção parcial de fabricação. No caso de bombas, é a mais comum. Aplica-se a
bombas com um certo grau de responsabilidade e de processo de fabricação medianamente
complexo, como em bombas de refinarias, indústrias químicas e petroquímicas, mineração,
alimentação de caldeiras, etc. Neste método, a inspeção é realizada nas fases mais
importantes da fabricação e consta de inspeção visual, controle dimensional, comprovação
de técnica de fabricação e outras verificações. Os testes serão testemunhados e o controle
de expedição efetuado em cada embarque.
- Inspeção intensiva de fabricação. É realizada em todas as etapas de fabricação e uma
não pode começar se não foi aprovada a imediatamente anterior. Esse sistema é utilizado
em bombas de altíssima responsabilidade como nas centrais nucleares.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
A preparação da Lista de Fornecedores é um ponto delicado que exige cuidado não isento
de discrição. Geralmente as firmas de engenharia e as indústrias dispõem de uma Lista de
Fornecedores para cada tipo de equipamento e material, preparada pela Seção de Cadastro
ou Suprimentos.
Nesta lista, costumam estar incluídos todos os fabricantes que em algum momento se
cadastraram na empresa, obedecendo suas normas. Geralmente, as normas preparadas
pela Seção de Cadastro e Suprimentos colocam ênfase na situação comercial do fabricante
274
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Nem sempre nomes famosos são sinônimos de confiabilidade em todos os setores, pois
freqüentemente eles se especializam em alguns tipos de equipamentos, que acabam por
possuir qualidade superior, enquanto em outros a qualidade não é a mesma.
Resumindo, em uma Lista de Fornecedores bem feita devem entrar aqueles que tenham
comprovada experiência em instalações similares, boa reputação técnica no mercado, área
industrial compatível com o porte do fornecimento e que possa oferecer boas referências, no
que diz respeito também à atenção dispensada aos clientes após a venda, na forma de
assistência técnica e disponibilidade de sobressalentes.
Uma vez pronta a Lista de Fornecedores, é preparado um jogo de documentos para cada
fornecedor a ser consultado. De maneira geral, esse jogo consiste de:
a) Pedido de Cotação - Documento geralmente impresso e padronizado por cada firma,
no qual, além de fazer uma apresentação sucinta do item a ser comprado, relacionam-se
todos os documentos técnicos e comerciais anexos, os que o fornecedor deverá submeter
com a proposta e os que o fornecedor deverá submeter para aprovação após a emissão da
Ordem de Compra, caso seja o escolhido.
b) No caso de bombas, os documentos técnicos anexos ao Pedido de Cotação são a
Folha de Dados e a Especificação Geral da Bomba e, caso o acionador esteja incluído no
fornecimento, documentos similares para o mesmo. A descrição de documentos comerciais
não está incluída no escopo deste Capítulo.
Os documentos a serem submetidos junto com a proposta geralmente consistem de: uma
descrição completa e detalhada do equipamento oferecido, catálogos e folhetos ilustrativos,
curvas de desempenho, dados de peso, dimensões, lista de sobressalentes para dois anos
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
de operação e a Folha de Dados preenchida nos itens deixados em branco pelo comprador.
Após a emissão da Ordem de Compra, o fornecedor enviará para aprovação do cliente os
seguintes documentos:
• desenho de conjunto;
• desenhos dimensionais;
• desenhos em corte e lista de peças;
• curvas de desempenho;
• diagrama de carga, incluindo cargas estáticas e dinâmicas e locação de
chumbadores;
• informações sobre esforços admissíveis nos flanges de sucção e descarga;
• fluxograma do sistema de lubrificação e resfriamento de mancais, caso exista, com
respectiva lista de equipamentos;
• instruções (manual) de instalação, operação e manutenção, incluindo recomendações
de lubrificantes.
De posse das propostas recebidas, o primeiro passo consiste em verificar se elas incluem
278
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
todos os documentos solicitados no pedido de cotação para serem entregues nesta fase.
Uma vez observado que as propostas são completas, dá-se início à análise técnica das
mesmas. Para tanto, é usual utilizar um formulário conhecido como Mapa Comparativo de
Cotações, no qual anotam-se em uma coluna as características, condições e detalhes
técnicos solicitados na Folha de Dados e na Especificação Geral e, em colunas separadas,
as oferecidas por cada fornecedor, comparando-as com o que foi solicitado.
É usual, após o preenchimento do campo correspondente a um determinado item, colocar
uma avaliação em código expressando se esse item, tal como oferecido pelo fornecedor, é
tecnicamente aceitável (obedece à especificação), aceitável com ressalvas (atende
parcialmente ou dentro de certas condições) ou não aceitável (não atende). Às vezes, o item
poderá ser "alternativa válida", isto é, é diferente do que foi especificado, mas dando o
mesmo resultado final.
Após o preenchimento do Mapa, tarefa que pode ser feita até por um técnico ou engenheiro
com pouca experiência, segue-se a interpretação do mesmo, tarefa que requer uma vivência
e experiência prévia no equipamento em questão.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Alguns pontos importantes que não podem ser esquecidos durante a avaliação técnica das
propostas, são os seguintes:
a) Ponto de operação
Normalmente, deveria ficar à esquerda (no máximo 10%) do ponto de rendimento máximo
na curva da bomba, de modo que, aumentando a vazão, aumenta também o rendimento.
Quando isto não acontece, é preciso uma análise criteriosa de caso para determinar a sua
viabilidade. Ver item 8.4.5.
c) Rendimento
Naturalmente, o rendimento é de suprema importância, pois influi diretamente no custo ope-
racional. Neste ponto é importante considerar que este fator é não só importante em bombas
de grande porte quanto em bombas de pequeno porte, particularmente naquelas instalações
onde são numerosas. Um outro aspecto a lembrar é a importância da verificação não
apenas do valor do rendimento no ponto normal de operação, mas também analisar o seu
comportamento para outras condições operacionais. Por outro lado, este fator perde em
importância em bombas utilizadas para reserva ou serviços intermitentes.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
c) Não aprovados. O cliente tem observações sérias a fazer, o fornecedor tem que
atendê-Ias e reenviar os desenhos para aprovação, e a fabricação não pode começar até
que os mesmos sejam aprovados.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Finda a fase de fabricação da bomba, com suas etapas de inspeção e testes intermediários,
surge agora a necessidade de efetuar os testes e inspeções finais de aceitação do
equipamento.
Além das inspeções finais e testes de fábrica anteriormente mencionados, é comum na
indústria do petróleo a execução de teste e inspeções no campo, logo após o recebimento
da bomba, visando evitar surpresas na fase de pré-operação da unidade de processamento
onde a bomba irá operar. Esse procedimento é recomendado e parcelas de pagamento
podem ser retidas até que a bomba tenha superado esses testes finais.
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CAPÍTULO 9 - INSTALAÇÃO
Um dos fatores que influenciam o bom desempenho de uma bomba é a sua correta
instalação. Bombas bem instaladas permanecem alinhadas por longos períodos, são menos
sujeitas a vazamentos, vibram menos e requerem menos manutenção. Além disso, uma boa
instalação assegura uma vida útil maior para as bombas.
Normalmente, todas as instruções referentes à instalação, operação e manutenção de uma
bomba estão contidas em um folheto (manual) denominado Instruções para Instalação,
Operação e Manutenção da Bomba do Tipo X, folheto este que é preparado pelo fabricante
e enviado por ocasião da compra do equipamento. Assim sendo, este é o documento base a
ser seguido no que concerne a Instalação, Operação e Manutenção do equipamento.
Entretanto, objetivando oferecer ao leitor uma visão geral do tema, abordaremos os
principais aspectos a serem considerados.
As seguintes medidas são normalmente tomadas pelo fabricante no preparo para o em-
barque:
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
9.3 - TRANSPORTE
O transporte do conjunto moto-bomba ou só da bomba, deve ser feito com perícia e bom
senso, dentro das normas de segurança. O conjunto moto-bomba nunca deve ser levantado
ou transportado através do olhal de içamento do motor (exceção para as bombas
monobloco).
a) Bombas com rotor em balanço flangeadas. São transportadas usando-se cordas ou cabos
de aço passando pelo pescoço do flange de recalque ou por ganchos que se encaixem nos
furos do flange de recalque (Fig.9.1)
c) Bombas com rotores entre mancais. Podem ser transportadas também por dois pontos de
apoio, passando-se cordas ou cabos de aço nas porcas dos tirantes ou no diâmetro externo
do flange da caixa de gaxetas (Fig.9.2)
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
d) Bombas Bipartidas axialmente. Passar cordas ou cabos de aço nos flanges de sucção e
recalque ou entre os assentos dos corpos de mancais (Fig.9.3).
e) Bombas verticais com eixos prolongados. Poderão ser transportadas com cordas ou
cabos de aço nos seguintes pontos:
• Nas bocas de sucção e recalque simultaneamente;
• No externo do barril e no externo da lanterna;
• No corpo da bomba e na lanterna de acionamento;
Nota: Bombas com comprimentos superiores a 4,5 metros, deverão ser transportadas
desmontadas.
g) Bomba tipo turbina. Pode-se usar cabos de aço com ganchos que são engatados nos
furos existentes no flange do corpo difusor. Pode-se ainda usar corda, passando-se duas
barras pelos furos existentes no flange do corpo difusor (Fig.9.4).
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
c) Conjunto horizontal com rotores entre mancais. Transportar passando-se cabos de aço ou
cordas em parafusos na base (Fig.9.5), ou nas porcas dos tirantes e parte traseira do motor.
9.4 - ARMAZENAMENTO
287
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
c) A bomba deverá ser lubrificada regularmente e ser girada à mão por várias vezes, para
distribuir o lubrificante. Rolamentos lubrificados à graxa devem receber a carga de graxa
prevista para operação.
e) Selos mecânicos deverão ser limpos com ar seco. Não deverão ser aplicados Iíquidos
ou outros materiais de conservação, a fim de não destruir as vedações secundárias (o'ring,
etc).
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
NOTAS:
- Bombas de aço inoxidável não requerem a proteção descrita com inibidor de ferrugem;
- Se a bomba foi estocada por mais de três anos, recomenda-se a desmontagem dos
mancais para limpeza e relubrificação dos rolamentos;
- A estocagem em atmosfera marinha requer proteção especial.
NOTA: Unidades acionadas por motores elétricos não devem ser instaladas em lugares
com umidade excessiva ou onde haja presença de gases perigosos ou poeira, a não ser que
previsões tenham sido feitas para essas condições (motores de construção especial).
9.6 - FUNDAÇÃO
A maioria das bombas tem fundações de concreto, em virtude do baixo custo, alta
resistência e boa aparência deste material. Além disso, a fundação deverá ser
suficientemente robusta, para garantir um suporte permanentemente rígido do conjunto
motor-bomba, absorvendo as deformações normais, bem como as vibrações que podem
ocorrer durante a operação da bomba.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
As fundações de concreto sobre solo firme, são em geral as mais satisfatórias, de forma que
as fundações colocadas sobre o solo devem ser projetadas com o cuidado de não se
ultrapassar a resistência do solo existente.
Se as fundações são localizadas nos andares superiores de uma edificação, ou em algum
piso não diretamente apoiado no solo, deve-se tentar colocar a linha de centro da fundação
coincidente com a de uma viga do piso. Se isto não for possível, deve-se tentar então fazer
com que cada extremidade da fundação coincida com uma viga.
Antes de fazer a fundação esteja certo de que o piso e as vigas suportam a carga
total da fundação mais a bomba. Ver Fig.9.6 a seguir.
A bomba e o acionador não devem ser instalados diretamente sobre o bloco de fundação,
mas sim aparafusados sobre uma base (de chapa dobrada, de perfis laminados ou chapas
rígidas) e esta fixada sobre o bloco de fundação. A base deve ser construída de tal maneira
a suportar os torques envolvidos, não permitindo flexões e vibrações devido ao
funcionamento e ao transporte. Esta base metálica é comumente chamada de “SKID”. Ver
Figuras 9.7 e 9.8 a seguir.
291
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
292
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
A fundação deve ser projetada de tal forma que a bomba e o acionador fiquem acima do
piso, para evitar possíveis inundações.
A massa de concreto é feita com o traço 1: 2: 4 (cimento, areia e pedra). Deve-se deixar a
superfície superior com bastante aspereza para que se ligue bem com a camada de ar-
gamassa que será colocada em seguida. Deve-se tomar cuidados para que a massa penetre
em todos os espaços vazios.
O próximo passo é o nivelamento. O conjunto motor-bomba deve ser colocado sobre a
fundação e nivelado, utilizando-se calços metálicos de mesma altura para apoio da base
metálica (skid), sendo os mesmos fixados em argamassa próximos aos chumbadores. Ainda
não devem ser apertadas as porcas dos chumbadores. Ver figuras 9.12 a 9.15 a seguir.
OBS.: Para a perfeita aderência, os chumbadores e calços metálicos devem estar isentos de
quaisquer resíduos de graxa ou óleo.
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Deve ser verificado se a base metálica está apoiando-se por igual em todos os calços. Caso
afirmativo, as porcas dos chumbadores devem ser colocadas e apertadas de forma leve e
uniforme. Com o auxílio de um nível de precisão (0,1mm por metro), verifica-se o
nivelamento da base no sentido transversal e longitudinal. Ocorrendo um desnivelamento,
soltam-se as porcas dos chumbadores e introduz-se entre o calço metálico e a base, nos
pontos em que for necessário, chapinhas para corrigir o nivelamento. Ver Fig.9.16 a seguir.
Estando a base metálica nivelada, procede-se então ao alinhamento entre a bomba e o
acionador. Deve-se verificar o alinhamento radial e angular, introduzindo chapinhas (“shims”)
sob a bomba ou acionador para corrigir os desalinhamentos (ver item 9.7 a seguir).
Após haver alinhado a bomba e o acionador, deve-se verificar a posição dos flanges de
sucção e descarga da bomba em relação à tubulação que será ligada a eles. Alterações
poderão ser feitas colocando-se calços sob a base metálica. Verifique novamente o
alinhamento bomba-acionador.
Pode-se agora apertar firmemente as porcas dos parafusos chumbadores, verificando
novamente o alinhamento. O eixo deve ser girado à mão para verificar se está rodando
livremente.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Para uma sólida fixação e um funcionamento livre de vibrações, deverá ser efetuado o
enchimento do interior da base metálica, ou seja, do espaço entre a fundação de concreto e
a base metálica, com a argamassa (“grout”). Para esse grouteamento deve ser construída
uma forma de madeira em volta da fundação.
A preparação da argamassa para este fim deverá ser efetuada com produtos específicos
existentes no mercado de construção civil, os quais evitam a retração durante o processo de
cura, bem como proporcionam fluidez adequada para o total preenchimento dos interiores,
não permitindo a formação de espaços vazios (bolsões de ar).
Quando a argamassa estiver seca, remove-se a forma de madeira e suaviza-se as
superfícies visíveis. Aperta-se segura e definitivamente as porcas dos chumbadores,
faz-se as conexões com as tubulações de sucção, descarga e auxiliares, e verifica-se
novamente o alinhamento entre bomba e acionador.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
acoplamentos flexíveis acomodem pequenos desvios em operação, isto não pode ser usado
como motivo para um alinhamento deficiente. Máquinas desalinhadas são foco de
problemas de vibração, desgaste prematuro de componentes, aquecimentos e mesmo uma
falha mecânica séria do equipamento.
O conjunto motor-bomba é alinhado no fabricante, mas deve ter o seu alinhamento
verificado e corrigido antes da colocação do equipamento em operação, pois pode ocorrer
alteração da posição relativa entre bomba e acionador durante o transporte ou aperto dos
chumbadores da fundação.
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Uma outra forma mais precisa e de utilização mais ampla de medição do desalinhamento
radial ou paralelo é mediante a utilização de um relógio comparador. Neste caso, deve-se
montá-Io sobre um dos eixos ou cubo do acoplamento de uma das máquinas e colocar a
ponta apalpadora do relógio em contato com a periferia (geratriz) do cubo do acoplamento
ligado ao outro eixo (Fig. 9.29).
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
As medidas são executadas a cada 90º, girando-se os dois eixos em conjunto para que o
ponteiro do relógio comparador fique em contato com o mesmo ponto. Esta providência é
necessária pois, caso contrário, o relógio poderá indicar medidas de irregularidades da
periferia do cubo, que poderão ser erroneamente interpretadas como desalinhamento. Para
exemplificar este método, suponhamos que das leituras efetuadas no conjunto da Fig. 9.29
tenham resultado os valores mostrados na Fig. 9.30 abaixo. Notar que, por convenção,
leituras positivas correspondem a ponteiro entrando no relógio enquanto leituras negativas
correspondem a ponteiro saindo do relógio.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Como o ponteiro do relógio entrou + 1,0mm na esquerda, isto significa que a máquina
(2) está deslocada 0,5mm para a esquerda em relação à maquina (1) (Fig. 9.32). A correção,
neste caso, será deslocar a máquina (1) de 0,5mm para a esquerda ou deslocar a máquina
(2) de 0,5mm para a direita, conforme conveniência.
306
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Uma outra forma mais precisa e de utilização mais ampla de verificar o desalinhamento
angular é através do relógio comparador. Neste caso, monta-se o instrumento no eixo ou
cubo do acoplamento de uma das máquinas e coloca-se a ponta apalpadora do relógio em
contato com a face do cubo de acoplamento ligado a outra máquina (Fig. 9.34). Aqui
também fazem-se as leituras a cada 90º, girando-se os dois eixos em conjunto para evitar a
interferência nas leituras de possíveis irregularidades da face do cubo do acoplamento.
Para exemplificar este método, suponhamos que das leituras efetuadas no conjunto da
Fig.9.34 tenha resultado os valores mostrados na Fig. 9.35, onde pretendemos alinhar
deslocando a máquina (1).
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
x = 0,4 mm de calço em B.
,
y = 1,6 mm de calço em A.
,
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Então, como o ponteiro do relógio saiu 0,8mm na face horizontal esquerda do cubo da
máquina (2), isto indica que no plano horizontal esta face esta afastada 0,8mm da face cor-
respondente do cubo da máquina (1). Entretanto, como as medidas são relativas e pretende-
mos alinhar deslocando a máquina (1), este desalinhamento pode ser ilustrado conforme
mostra a Fig. 9.37 e corrigido de acordo com os valores a seguir calculados.
Então:
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
cubo com a ponta apalpadora em contato com a periferia (geratriz) do outro cubo do
acoplamento (Fig. 9.39) e realizando leituras a cada 90º.
Este método apresenta como vantagem a não interferência nas leituras do desalinhamento
em virtude de possíveis deslocamentos axiais do eixo. Na prática ele é particularmente
recomendado se: L > D/2
onde:
L = distância entre as duas faces dos cubos dos acoplamentos.
D = diâmetro do acoplamento.
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Então:
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
a) A tubulação de sucção deve ser a mais curta e reta possível, evitando-se ao máximo
acessórios supérfluos, para minimizar a perda de carga, bem como ter diâmetro não inferior
ao do flange de sucção da bomba, visando permitir boas condições de sucção. Para fins de
cálculo do diâmetro ideal, como referência, a velocidade de fluxo pode ser escolhida entre
0,5 a 1,5 m/s.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
b) Quando houver necessidade de uso de redução, esta deverá ser excêntrica, montada
com cone para baixo, de tal maneira que a geratriz superior da redução fique em posição
horizontal e coincidente com a bomba. Isto para impedir a formação de bolsas de ar. Ver Fig.
9.44.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
e) Em instalações onde se aplica válvula de pé, observar que a área de passagem seja 1,5
vezes maior que a área da tubulação. Normalmente acoplada à válvula de pé deverá
existir um crivo, cuja área de passagem livre seja 3 a 4 vezes maior que a área da
tubulação. O diâmetro e o tipo desta válvula devem ser cuidadosamente escolhidos para
evitar uma perda de carga excessiva. Se for previsível o fato do crivo ficar obstruído
frequentemente, a tubulação de sucção deverá ser instalada em local acessível, para
permitir a fácil retirada e limpeza do crivo.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
g) No caso de uso de filtro na sucção, prover para que tenha uma área de passagem de pelo
menos 3 vezes a área interna da tubulação de sucção. Checá-lo na partida e periodicamente
para verificar possíveis obstruções.
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l) Válvulas de gaveta devem ser instaladas com a haste em posição horizontal ou para
baixo, para dificultar a entrada de ar pelo engaxetamento.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
n) Sucção com um só barrilete para várias bombas, deve ter uma válvula de bloqueio para
cada bomba e a interligação entre o barrilete e a tubulação de sucção deverá ser sempre
com mudanças de direções inferiores a 45º.
r) Nos casos de sucção positiva, as tubulações e o tanque de sucção devem ser submetidos
a uma criteriosa lavagem antes da instalação ser posta pela primeira vez em funcionamento.
Ocorre, entretanto, que pingos de solda, carepas e outras impurezas desprendem-se, muitas
vezes, somente após algum tempo, principalmente quando do bombeamento de líquidos
quentes. Para proteger a bomba, deve ser previsto a instalação de um filtro provisório na
sucção tipo chapéu (ver figura a seguir), imediatamente antes da entrada da bomba. Este
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
filtro deve ser montado de tal maneira a facilitar a sua retirada para limpeza. Após algumas
semanas de funcionamento e não havendo mais impurezas, o filtro poderá ser removido
definitivamente.
b) A ligação da tubulação de descarga ao flange da bomba deverá ser executada com uma
redução concêntrica, quando seus diâmetros forem diferentes.
c) A tubulação de descarga também deverá ser tão curta e isenta de curvas e outros
acessórios quanto possível, para reduzir a perda de carga.
d) Deve ser instalada uma válvula de bloqueio (ex.: válvula gaveta) na tubulação de
descarga, próxima da bomba, e uma válvula de retenção entre o bocal da bomba e a válvula
de bloqueio.
A válvula de bloqueio é utilizada para isolar a bomba da tubulação de descarga, quando for
necessário efetuar alguma inspeção ou manutenção; também é utilizada para o início da
operação de bombas de fluxo radial (ver Capítulo 10, item 10.3).
A válvula de retenção tem por objetivo evitar o retorno do líquido à bomba nos seguintes
casos:
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
f) Nos pontos altos da tubulação de descarga onde houver necessidade de expurgar o ar,
deverão ser previstas válvulas ventosas.
322
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
i) Deve ser instalado um manômetro próximo ao bocal de descarga da bomba; deve ser
instalado um manômetro, vacuômetro ou manovacuômetro próximo ao bocal de sucção da
bomba. Ver figura abaixo.
323
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a) Orifício Calibrado
Vazão mínima permanentemente circulando do “by-pass” para o tanque de sucção. O orifício
calibrado corretamente selecionado ajusta a vazão mínima necessária mesmo estando a
válvula de recalque fechada. Ver figura abaixo.
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CAPÍTULO 10 - OPERAÇÃO
Os procedimentos aplicáveis à operação de uma determinada bomba são fornecidos no
Manual de Instalação, Operação e Manutenção fornecido pelos fabricantes. Entretanto, com
o objetivo de oferecer ao leitor uma visão dos principais procedimentos de operação, os
quais são aplicáveis de uma forma generalizada aos diversos tipos de bombas centrifugas, é
que abordamos os tópicos do presente Capítulo.
328
Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
h) Montar o protetor de acoplamento (se houver), certificando-se de que o mesmo não está
em contato com as partes girantes.
i) Escorvar a bomba, isto é, encher a bomba e a tubulação de sucção com água ou com o
líquido a ser bombeado, eliminando-se simultaneamente o ar dos interiores (ver itens 10.2 a
seguir).
j) Verificar se a baixa de selagem está com as gaxetas ou com o selo mecânico. Certificar-se
de que as porcas da sobreposta estão apenas encostadas, no caso de engaxetamento.
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Portanto, antes de começar a operar, a bomba, bem como a tubulação de sucção, devem
estar cheias de líquido. Para cumprir esta finalidade, são usados os seguintes métodos:
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Elos & PPR Bombas e Válvulas Ltda
Neste caso, a bomba estará afogada em relação ao nível do tanque de escorva e dele
succionará durante a partida. Esta ação propiciará a formação de uma depressão (vácuo) no
tanque de escorva, possibilitando o suprimento do Iíquido do reservatório de sucção para o
tanque de escorva por diferença de pressão. Para um adequado funcionamento deste tipo
de sistema, o tanque de escorva deve ter um volume de aproximadamente três vezes o
volume da tubulação de sucção, o que limita sua aplicação a bombas relativamente
pequenas. O esquema mostrado ilustra o funcionamento básico do tanque de escorva,
entretanto, tanques de escorva comerciais (Fig.10.3) que incorporam dispositivos especiais,
apresentam desempenho mais satisfatório. Neste caso, durante a partida a bomba succiona
da parte inferior do tanque de escorva e descarrega através da parte superior. A retirada de
Iíquido da parte inferior provoca um vácuo parcial neste compartimento, propiciando
oportunidade para que o Iíquido contido no reservatório flua por diferença de pressão para a
parte inferior do tanque de escorva. Na parada da bomba, o Iíquido da parte superior do
tanque de escorva reflui por gravidade para a bomba e parte inferior do tanque de escorva,
mantendo o sistema pronto para futura partida.
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Neste tipo de sistema (Fig. 10.4), o ar é retirado do corpo da bomba mediante a utilização de
ejetor. Neste caso, no início da operação a bomba auxiliar (a) succiona do reservatório (c) e
descarrega no mesmo reservatório via ejetor (b). Conforme detalhe mostrado na figura, ve-
mos que devido à baixa pressão gerada na garganta do ejetor, ar é succionado do corpo da
bomba (e) mediante a linha (d), propiciando a criação de depressão no corpo da bomba (e),
que possibilitará a ascensão de fluido do reservatório (f) por diferença de pressão.
Naturalmente, um sistema como este pode ser usado sequencialmente para várias bombas
desde que o ejetor seja conectado através de uma linha principal ao corpo de cada bomba.
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Neste sistema, a extração do ar do(s) corpo(s) da(s) bomba(s) é feita mediante a utilização
de bomba de vácuo. Comparativamente ao sistema ilustrado anteriormente na Fig.10.4, aqui
a bomba de vácuo substitui a bomba auxiliar (a), o ejetor (b) e o reservatório auxiliar (c).
Naturalmente, este sistema também pode ser utilizado para escorvar mais de uma bomba
conforme ilustrado na Fig.10.5. Adicionalmente, cabe comentar que em sistemas centraliza-
dos é usual a utilização de bombas de vácuo, não só para reserva como para dar
flexibilidade de operação, podendo ainda serem especificadas para níveis diferentes de
vácuo operando em sequência, de acordo com a necessidade.
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O procedimento de partida pode variar para cada tipo de bomba centrífuga e de instalação,
mas os seguintes passos gerais se aplicam:
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d) Logo após o acionador ter atingido sua rotação nominal, abra totalmente a válvula de
descarga de bombas de fluxo radial. Necessitando-se ajustar o ponto de operação (pressão
e vazão) da bomba, fecha-se lentamente esta válvula até atingir o ponto desejado.
Os itens acima deverão ser controlados a cada 15 minutos durante as 2 primeiras horas de
operação. Estando tudo normal, novos controles deverão ser feitos de hora em hora até as
primeiras 5 a 8 horas iniciais. Se durante esta fase for constatada alguma anormalidade,
consultar o item 10.5: Defeitos de Funcionamento e suas Eventuais Causas.
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a) Fechar a válvula de descarga, exceto em bombas com rotores axiais. Quando a bomba
opera contra uma alta pressão de descarga, devemos fechar parcialmente a
válvula de descarga, desligar o motor e fechar rápidamente a válvula de descarga. Este
procedimento visa evitar o fluxo em sentido contrário e atenuar possíveis problemas de
golpe de aríete.
b) Parar o acionador.
OBSERVAÇÕES:
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primeira informação relevante seria uma tabela de correlação de sintoma versus possíveis
causas.
A literatura é, felizmente, fértil neste campo e, salvo pequenas exceções devido à
particularidades da bomba ou do sistema, apresentam tabelas bastante similares. Assim
sendo, apresentaremos a seguir dois exemplos destas Tabelas, que se completam de forma
que o leitor tenha as informações necessárias para executar seu diagnóstico
adequadamente.
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04. (D) Insuficiente altura geométrica de sucção positiva, quando bombeando água quente.
(C) Deve ser verificado se a água quente está se convertendo em vapor. Use um manômetro; se
a água se move descompassadamente é sinal de demasiada formação de vapor. A baixa
pressão no flange de sucção pode fazer com que a água se converta em vapor a uma
temperatura consideravelmente mais baixa que a normal, com a conseqüente diminuição de
altura geométrica de sucção positiva, podendo tornar-se nula. A pressão requerida depende da
temperatura da água, vazão da bomba e tipo de rotor; por isso a bomba deverá ter as
características necessárias ao serviço de água quente. Calcular o NPSH disponível (da
instalação) e comparar com NPSH requerido (da curva da bomba).
05. (D) Tubulação de equilíbrio do empuxo axial inexistente ou com registro fechado.
(C) Deve ser instalada uma tubulação e eliminado o registro.
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causando a entrada de ar, deve ser feito uma proteção com uma prancha de madeira. Isto
elimina o turbilhonamento.
11. (D) Ligação do líquido de selagem/lubrificação das gaxetas entupida ou sem passagem de
líquido.
(C) Deve ser verificado e limpo o tubo ou deve ser regulada a válvula de controle deste fluxo.
16. (D) Altura manométrica total do sistema demasiadamente elevada em relação à bomba.
(C) Deve ser verificado se as válvulas estão totalmente abertas, deve ser calculada as perdas de
carga na tubulação e nas válvulas. Se forem demasiadas, um tubo de diâmetro maior corrigirá a
deficiência.
17. (D) Altura manométrica total do sistema menor do que aquela para a qual a bomba foi
especificada.
(C) Deve ser reduzido o diâmetro do rotor a uma medida devidamente calculada, ou de acordo
com as condições das curvas características da bomba. Pode-se ajustar a vazão através da
válvula de recalque.
18. (D) Peso específico do líquido diferente daquele para o qual a bomba foi fornecida.
(C) Deve ser substituído o motor de acordo com a nova potência consumida da bomba.
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19. (D) Viscosidade do líquido diferente daquela para a qual a bomba foi fornecida.
(C) Deve ser substituído o motor de acordo com a nova potência consumida da bomba.
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selagem/lubrificação inadequado. Deve ser substituída a luva protetora do eixo, feito novo
engaxetamento e providenciado o líquido de selagem adequado.
33. (D) Eixo fora do centro, por motivo de mancais gastos ou desalinhamento.
(C) Devem ser verificadas as condições do eixo e o estado dos mancais, substituindo-os, se
necessário.
37. (D) Folga excessivamente grande entre o eixo ou luva e a carcaça, no fundo da caixa de
gaxetas. Folga excessiva na bucha de garganta, quando existir.
(C) Deve ser substituída a luva protetora ou bucha de garganta, com a folga original.
38. (D) Sujeira ou substâncias abrasivas em suspensão no líquido de refrigeração/ lubrificação das
gaxetas, provocando o desgaste do eixo ou luva protetora.
(C) Quando o líquido trabalhado pela bomba contiver, permanentemente: lama, terra, pó de
cascalho, finos de ferro ou outro elemento prejudicial ao engaxetamento, o recurso será prover
uma fonte independente de água limpa para refrigerar/lubrificar as gaxetas, ou instalar um filtro
de malha fina na tubulação externa de fornecimento de água de lubrificação/refrigeração.
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39. (D) Empuxos excessivos causados por falhas mecânicas dentro da bomba.
(C) Veja item 5.
42. (D) Rolamentos erroneamente colocados (danificados durante a montagem ou uso de rolamentos
não casados).
(C) Devem ser verificados a colocação e o estado dos rolamentos. Certos tipos de rolamentos,
tais como de contato angular e de escora, possuem posições definidas (sentido de empuxo
axial).
Uma vez selecionadas as possíveis causas, o próximo passo seria, através de análise
criteriosa, eliminar as causas improváveis para chegar ao diagnóstico final. Para tanto, faz-
se necessária uma série de informações além dos conhecimentos técnicos previamente
discutidos nos capítulos anteriores, tais como:
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de Dados para seleção previamente discutida, englobam praticamente todos estes dados.
Apenas para ilustrar a importância destas informações para um adequado trabalho de
diagnose, lembramos que sem elas não seria viável, entre outras coisas, analisar
desempenho, condições de sucção, adequabilidade de ajustes de montagem,
compatibilidade dos materiais de construção, condição de partida, flexibilidade operacional
ou calcular as vazões máxima e mínima permissíveis.
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Complementando o que já foi dito no item anterior, podemos listar os seguintes objetivos da
manutenção preditiva:
• Determinar, quando for necessário, um serviço de manutenção em alguma peça
específica de um equipamento em operação;
• Realizar inspeções internas eliminando desmontagens desnecessárias;
• Aumentar o tempo disponível dos equipamentos;
• Minimizar os serviços de emergência ou não planejados;
• Impedir a extensão dos prejuízos;
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a) IRD-MECHANALYSIS (1964)
(Obs.: Trata-se de um fabricante de instrumentos de medição de vibrações)
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Esse tipo de manutenção é de vital importância dentro de uma empresa; contudo, devemos
levar em consideração certos aspectos relatados a seguir, na implantação de um programa
preventivo:
• Analisar a importância da bomba na produção, pois isto às vezes impossibilita sua
parada para manutenção preventiva;
• Providenciar a disponibilidade de peças sobressalentes segundo as recomendações
do fabricante e a experiência própria;
• Providenciar um controle burocrático do programa de manutenção. Havendo um
controle, facilita-se a execução, cresce a eficiência e obtém-se dados para outras
análises, tais como: custos, eficiência individual, etc;
• Providenciar equipe especializada para o cumprimento destas tarefas;
preferencialmente, o pessoal deve ser treinado através dos fabricantes dos
equipamentos.
A rigor, o número de itens e a periodicidade com que uma bomba é inspecionada não é uma
regra invariável, pois depende do porte, tipo e importância da bomba e das características
do sistema. Assim sendo, o Manual de Instalação, Operação e Manutenção fornecido pelo
fabricante deve ser sempre consultado para cada caso particular. Outro fator a considerar é
a disponibilidade de mão-de-obra para tal serviço. Portanto, somente como sugestão,
recomendamos as inspeções descritas a seguir, sendo que em caso de anormalidade, o
responsável (supervisor) pela manutenção deve ser imediatamente avisado.
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EXEMPLO:
O “Check List” deve ser organizado de forma que contenha todos dos pontos e forneça
subsídios para a avaliação e registro do resultado da inspeção.
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Para se definir a necessidade de uma manutenção corretiva em uma bomba que esteja em
funcionamento, certos critérios de inspeção devem ser adotados para que se possa justificar
a parada da bomba. Portanto, a bomba deve ser parada sempre que houver:
• Alterações das características hidráulicas (baixo rendimento) prejudicando o sistema
de bombeamento;
• Altas temperaturas nos mancais;
• Ruídos excessivos;
• Corrente do motor elevada;
• Vibrações excessivas;
• Necessidade de manutenção preventiva (ex.: revisão anual ou bianual).
Apresentamos a seguir uma série de informações práticas, de ordem geral, que na falta de
informações precisas por parte do fabricante de determinada bomba, pode ser de bastante
utilidade.
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aumentados de 0,002 in. Para bombas de multiestágio a folga deve ser aumentada de 0,003
in., para os maiores diâmetros. A tolerância mostrada deve ser considerada positiva para o
anel de desgaste da carcaça e negativa para o anel de desgaste do rotor. Finalmente, o anel
deve ser substituído se a folga diametral atingir o dobro da folga original.
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OBS.: Na falta dos tipos de óleo indicados acima, usar óleo SAE 20 ou 30.
a) Bombas Horizontais
Ao se atingir o intervalo de lubrificação deve-se aplicar a graxa correta e na quantidade
indicada. Para tanto, deve-se parar a bomba, afastar a tampa do mancal, eliminar o excesso
de graxa velha, proceder a lubrificação, recolocar a tampa do mancal e colocar a bomba em
funcionamento. Em alguns modelos, a lubrificação é feita através de uma graxeira localizada
na parte superior do mancal.
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semanas com a bomba parada. Ao acionar-se novamente a bomba não é necessário uma
lubrificação prévia. Deverá ser feita relubrificação somente quando o intervalo for maior.
Nas bombas sem vedações nos mancais, as paradas estão sujeitas à diluição da graxa nos
mancais devido à imersão em água. Estas bombas somente poderão ser acionadas sem
lubrificação prévia se a parada não for superior a uma semana.
Fabricante Graxa
ATLANTIC LITHOLINE – 2
CASTROL CASTROL LM-2
ESSO EXXON BEACON – 2
MOBIL OIL MOBIL GREASE – 77
IPIRANGA ISAFLEX – 2
PETROBRÁS LUBRAX GMA – 2
TEXACO MARFAK MP - 2
Estas graxas foram especificadas para uma temperatura ambiente mínima de 0ºC e máxima
de trabalho 80ºC.
Para aplicações onde a temperatura ambiente for menor que 0ºC, usar graxa adequada.
Recomenda-se o emprego de graxa à base de lítio, a qual nunca deverá ser misturada com
outras que tenham base de sódio ou cálcio.
Neste caso, normalmente as buchas dos mancais são revestidas de borracha, de forma
poligonal, a fim de garantir uma perfeita lubrificação. O eixo é dotado de luva protetora na
região do mancal de borracha.
Para alimentação dos mancais com água de lubrificação, as bombas vem normalmente
equipadas com um distribuidor correspondente. A água de fonte externa é conduzida ao
distribuidor através de válvula de retenção e de um registro. Uma conexão vai do distribuidor
até a câmara de gaxetas.
Antes da partida da bomba, a válvula de água de fonte externa deve ser aberta a fim de
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Quando o ajuste das gaxetas não mais for possível e o vazamento for excessivo, devemos
proceder da seguinte forma:
a) Parar a bomba;
b) Soltar as porcas do aperta-gaxetas e extrair o mesmo. O aperta-gaxetas normal deverá
ser empurrado em direção oposta a de montagem visando obter-se espaço para
trabalho. O aperta-gaxetas bipartido, deve ser empurrado na direção da tampa do
mancal, em seguida puxar metade para cima e metade para baixo;
c) Extrair, com auxílio de uma haste flexível, todos os anéis de gaxeta e o anel cadeado.
Atentar para o posicionamento em que estavam todas as peças;
d) Limpar a caixa de selagem;
e) Verificar a superfície da luva protetora. Caso apresentar rugosidade ou sulcos
excessivos, reusiná-Ia (no máximo 1 mm no diâmetro original) ou trocá-Ia;
f) Cortar novos anéis de gaxeta, de preferência com extremidades oblíquas (ver Fig.11.8).
Para maior eficácia utilizar dispositivo apropriado (ver Fig.11.9);
Fig.11.8 - Corte Oblíquo da Gaxeta Fig.11.9 - Dispositivo para Cortar Anéis de Gaxeta
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Após a montagem de todos os anéis na caixa de selagem, deverá sobrar ainda cerca de
3mm para guia do aperta-gaxetas.
Notas:
1ª - Caso a manutenção do engaxetamento tenha sido feita conforme estas recomendações
e mesmo assim este apresentar problemas, a causa pode ser o posicionamento das peças
no interior da caixa. Para tanto, consultar o Manual Técnico ou de Serviço da Bomba.
2ª - Atenção no posicionamento do anel cadeado durante a montagem na caixa de selagem.
3ª - Gaxeta de espessura inferior ou superior a normal não devem ser batidas ou comprimi-
das, porque com este procedimento será extraída sua lubrificação e danificada sua
estrutura.
4ª - Não introduzir a gaxeta em forma de cordão em espiral.
É sempre recomendável que a cada abertura da bomba para sua manutenção corretiva
(reparo), seja preenchido um relatório padrão sobre as condições do equipamento,
encontradas antes e deixadas após o reparo, que constituiria a informação mais recente
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