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NOÇÕES DE COLORIMETRIA

Introdução
A colorimetria é uma ciência e tecnologia  usada para quantificar e descrever
fisicamente a percepção humana da cor.

Existem inúmeras definições de cor de acordo com quem as emite. Um físico, um


psicólogo ou um oftalmologista, terão certamente formas diferentes de definir a cor.

No exemplo de análise de cor de um tecido tingido, a luz que nele incide é modificada
pelo tipo de corante usado (processo físico), sendo posteriormente percebido pelo olho
humano (processo sensorial) e interpretada pelo cérebro (processo psicológico).

A cor

A cor pode ser definida como uma percepção subjectiva causada no cérebro, em
consequência de uma certa energia radiante transmitida aos olhos.

Para a percepção de uma cor é necessário:

Uma fonte de luz


Um objecto
Um receptor (observador)

Fonte de Luz Receptor (olho e cérebro)

Objecto

O olho humano recebe a imagem e transforma-a em impulsos que são transmitidos,


através do nervo óptico ao cérebro, onde se manifesta a percepção de cor.
Fonte de luz

Os objectos só podem ser vistos quando são luminosos (emitem luz) ou quando são
iluminados (reflectem total ou parcialmente a luz que incide sobre eles).

Os artigos têxteis inserem-se neste segundo caso. Por isso podemos dizer que a análise
de uma cor terá que ser sempre referenciada a uma fonte de luz específica, que
passaremos a chamar “Iluminante”.

A luz é o nome que damos à radiação electromagnética na faixa de 400 a 700 nm


(manómetros), que constitui a radiação visível para os seres humanos.

Espectro da luz

Comprimentos de onda das radiações visíveis

As radiações que limitam o espectro de luz visível são os raios ultravioletas (<400 nm) e
os raios infravermelhos (>700 nm)
Características das cores ( Modelo CIELAB)

De acordo com o modelo CIElab criado em 1976 pela Comissão


Internacional de Iluminação, sediada em Viena – Áustria, organismo que
centraliza e coordena toda a informação relativa a cor e iluminação, uma
cor pode ser definida por 3 valores:

L - Intensidade ou Luminosidade, expressa em % (0 para o preto e 100


para o branco)

a e b duas gamas de cor que vão respectivamente do verde ao vermelho


e do azul ao amarelo com valores que vão de -120 a +120.

Espaço CIELAB (Minolta, 1986) Espaço CIELAB (Hirschler, 2000)

Ou

Luminosidade L , Tonalidade H e Saturação (croma) C .

Característica da cores (Hirschler, 2002)


Espectrofotômetro

O espectrofotômetro é um equipamento que mede a transmitância e


refletância de uma superfície ou amostra em função do comprimento de
onda da luz incidente.
A luz policromática e difusa, inicialmente ilumina a amostra. Essa luz
refletida passa pelo prisma, grade ou outro dispositivo apropriado, sofre
uma difração e os componentes monocromáticos chegam aos detectores
espectrais, cada um no lugar correspondente ao seu comprimento de onda.

Cada um dos detectores manda um sinal correspondente à energia relativa


recebida naquele comprimento de onda e finalmente o factor de refletância
em percentagem fica registado.

Espectrofotrômetro

Padrões Reais de Cores

Para facilitar a interpretação e reprodução de cores foi criada a uma codificação


universal numérica, que atribui números a cada cor em função das suas coordenadas de
Iluminação, Tonalidade e Saturação, conforme o exemplo seguinte.
A partir desta codificação são criados catálogos que servem de referência para diversos
fins.

Codificação PANTONE
Colecção PANTONE

A medição de Cor na Industria Têxtil

Aplicações

Na indústria Têxtil o espectrofotômetro é usado para diversas etapas:


Leitura de amostras para reprodução de cores
Formulação de receituário
Controle do processo de tingimento
Controle da cor no fim do processo

Em algumas situações são ainda utilizados acoplados às máquinas de tingir


ou revistar, para avaliação de cor on-line.

Iluminantes

A observação da cor depende naturalmente do tipo e intensidade da luz


utilizada. A mesma cor observada com diferentes tipos de luz dá resultados
diferentes. Os Espectrofotômetros modernos permitem fazer as leituras
com diversos iluminantes, cada um representando uma situação específica.
Ex: Luz do dia; Lâmpada de tungsténio; etc.

Tolerâncias

As tolerâncias na reprodução de cores são extremamente apertadas, quer na


reprodutibilidade das entregas em relação ao padrão do cliente, quer em
relação á diferença de cor à largura (ourela/centro/ourela).

De uma forma geral, dependendo do tipo de cor e cliente, os limites de


diferença de cor (DE) situam-se:

Diferença de Cor - de 0.5 a 1.0


Diferença Ourela/Centro – de 0.2 a 0.5
Metamerismo

Como já referido a percepção de cor varia em função do Iluminante. No


entanto existem cores que devido ao tipo de corantes utilizados, apresentam
uma cor igual num determinado iluminante e uma cor diferente noutro.
Neste caso dizemos que a cor que registou maior mudança é uma cor
metamérica, ou que, estas duas amostras formam um par metamérico.

Exemplo 1: Cor não metamérica

Exemplo 2: Cor metamérica

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