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A cor dos vinhos

Análise e Controlo Analítico

A cor dos vinhos

Espectro electromagnético Luz reflectida / Luz transmitida

• Quando a luz atinge um objecto, este absorve parte da energia a


determinados ’s. A parte do espectro que não é absorvida é
reflectida ou transmitida.
• A luz reflectida/transmitida pelo objecto possui uma
distribuição espectral diferente da da luz incidente.

Reflexão Transmissão

O que é a cor? Absorção de luz e cor de uma solução

• A cor observada é determinada pela distribuição espectral


Sem o observador, a rosa não da radiação transmitida, i.e., a produzida pela mistura dos
possui cor. Ela reflecte um comprimentos de onda não absorvidos.
conjunto de ’s que nos dão a
sensação de “vermelho”...
• A banda de absorção desloca-se para comprimentos de onda
mais longos à medida que a cor principal da solução muda na
ordem seguinte: amarelo, laranja, vermelho, púrpura, azul.
... mas a cor que percebemos
e referimos como “vermelho”
apenas existe nas nossas
mentes.

Cor: aspecto da aparência de um objecto que depende da composição


espectral da luz incidente, da reflectância ou da transmitância do
objecto, da resposta do observador, do iluminante, e da geometria
óptica de visualização.
Percepção da cor

O olho humano Retina

O fenómeno da cor depende A luz entra pela córnea e vai


em parte do mundo físico, mas incidir na retina, no fundo do
também do olho humano, ou do olho. Na retina existe uma zona
que ocorre por trás do olho, no no centro do nosso campo de
cérebro. visão que corresponde à maior
acuidade visual: a fóvea
localizada no centro da mácula.
A física caracteriza a luz que
entra no olho mas, no fim de
contas, as nossas sensações são Na camada superficial da
o resultado de processos retina situam-se os cones e
neuronais fotoquímicos e de bastonetes.
respostas psicológicas.

Cones e bastonetes Visão diurna a cores: três tipos de cones

Os bastonetes são muito


sensíveis à luz e são
responsáveis pela visão
nocturna.
Os cones são menos
sensíveis à luz mas
fornecem maior acuidade
visual e são responsáveis
pela visão a cores.

cones bastonete

Figura. Diagrama da retina humana.


Visão nocturna a preto e branco: bastonetes Visão tricromática vs. Visão dicromática

Visão tricromática Visão tetracromática


(com três tipos de cones)

Visão dicromática
(com dois tipos de cones)

Imagem duma câmara sensível Imagem duma câmara sensível


a radiação visível. aos UV.
Espectro de cores Leis da mistura de cores

As diferentes cores resultam da distribuição espectral da luz.


Qualquer fonte luminosa pode ser analisada por um prisma ou Existe mais do que uma distribuição espectral que produz o
rede de difracção, podendo-se assim determinar a sua mesmo efeito visual aparente – que ao olho parece ser a mesma cor;
distribuição espectral, isto é, a “quantidade” de cada presente.
ou seja: distribuições espectrais diferentes podem produzir a
mesma cor.

1. Se duas distribuições espectrais C1 e C2 são indistinguíveis, e


adicionarmos a ambas a mesma quantidade de uma dada luz
colorida L, as misturas resultantes são também indistinguíveis:

C1 = C2 => C1 + L = C2 + L

Leis da mistura de cores Mistura das cores

2. Qualquer cor pode ser obtida adicionando três cores primárias


diferentes (luz vermelha, verde e azul)

Mistura das cores

Tomando as cores primárias – vermelho, verde e azul – e


designando-as por X, Y, Z, então qualquer cor C pode ser obtida
adicionando determinadas quantidades (a, b e c) destas três:

C = aX + bY + cZ

Suponha-se que outra cor, C’, é obtida a partir das mesmas três
cores:

C’ = a’X + b’Y + c’Z

Então, a mistura de luzes (aditiva) das duas cores, M, é obtida da


soma dos componentes de C e de C’:

M = C + C’ = (a+a’)X + (b+b’)Y + (c+c’)Z


Mistura das cores

M = C + C’ = (a+a’)X + (b+b’)Y + (c+c’)Z

Isto é tal como na matemática da adição de vectores, em que


(a, b, c) são os componentes de um vector e (a’, b’, c’) os de
outro vector, e a nova cor M é então a soma destes vectores.

Repare-se que, se se tiver uma luz de uma dada cor e se


duplicar os valores de a, b e c, tornando-os assim maiores na
mesma proporção, obtemos a mesma cor, apenas mais brilhante.

Espaço de cor CIE XYZ

Um dos espaço de cor mais usados é o CIE XYZ, lançado em 1931


pela CIE (Commission Internationale de l'Eclairage ) e baseado nos
valores tristimulares XYZ.

Os valores tristimulares XYZ baseiam-se nos três componentes


da teoria da visão a cores (tricromática), que afirma que o olho
possui receptores para três cores primárias (vermelho, verde e
azul) e todas as cores resultam da mistura destas três cores
primárias.

A CIE definiu ainda um “observador padrão” correspondente ao


olho humano.

Observador padrão 2º (CIE, 1931)

A CIE definiu um segundo jogo de funções de observador em 1964


baseado em experiências de igualação de cores com um campo
A distribuição de bastonetes e cones sobre a superfície da retina visual de 10º, equivalente à visualização de uma pequena área de
não é uniforme implicando que os valores tristimulares obtidos dos 8,8 cm a uma distância de 50 cm.
dados 1931 são somente válidos para observações feitas sob
condições de visualização de 2º. Isto é equivalente à visualização de
uma pequena área de 1,7 cm a uma distância de 50 cm.
Observador padrão 2º

Iluminantes padrão Iluminantes padrão


A
Lâmpada
incandescente

Luz do dia
C D65 Luz do dia
(inclui UV)
D65

Iluminantes padrão Iluminantes padrão


Os iluminantes representam a fonte luminosa. Cada qual possui uma
dada distribuição de energia ao longo dos diferentes comprimento de
onda da região dos visíveis.
Os iluminantes mais utilizados são:
➉ Iluminante A
-Equivale à luz de uma lâmpada de tungsténio, a 2855 K. Apresenta a
maioria da sua energia na porção vermelha do espectro, acima dos
550 nm.
Iluminante C
-Semelhante à luz do dia, mas com um nível energético baixo na
porção azul do espectro. Corresponde a uma temperatura de cor de
6770 K.
Iluminante D65
- Corresponde a uma temperatura de cor de 6500 K. É o iluminante
mais utilizado actualmente. Na designação D65, o D significa “luz do
dia” (daylight) e o 65 refere-se à temperatura de 6500 K.
Metamerismo Metamerismo

O fenómeno no qual duas cores parecem iguais sob uma fonte


luminosa mas diferentes sob outra fonte de luz, é designado de
metamerismo.

Huh? As cores
Os nossos são diferentes
sacos são agora.
da mesma
cor!

Metamerismo Metamerismo
“After leaving a restaurant in a charming town in
Tuscany one night, I was looking for my yellow-green
Renault in the parking lot. It wasn’t there. Instead, I
saw a blue Renault—the same model but the wrong
Para objectos metaméricos, as características de
color. I can still feel my fingers hesitating to put the key reflectância espectral das cores dos dois objectos
into the lock, but the door of the blue car opened. I são diferentes, mas os valores tristimulares
drove the car home. When I looked out the window the resultantes são iguais sob uma fonte de luz e
next morning, I saw a yellow-green Renault standing
in bright sunlight outside. What had happened? My
diferentes sob outra fonte de luz.
color constancy system had failed in the parking lot’s
artificial light but was functioning correctly under the
next day’s sun. Color constancy, an impressive
adaptation of the human perceptual system, allows us
to see an object as having the same color under
diverse conditions of natural illumination—for instance,
in the bluish light of day as well as in the reddish light of
sunset. Under conditions of artificial illumination, such
as that produced by sodium or mercury vapor lamps,
color constancy can break down.”

Gerd Gigerenzer, 2002. Calculated risks: how to know when


numbers deceive you. Simon & Schuster, New York.
Metamerismo Metamerismo
Lâmpada de vapor de sódio
Iluminante D65
(590 nm)

CIE XYZ: Teoria tricromática CIE XYZ: valores tristimulares

De acordo com a teoria tricromática da visão a cores, podem ser Os valores tristimulares (X, Y, Z) são calculados da seguinte
escolhidas 3 cores primárias de tal forma que, combinadas em forma:
várias proporções, podem originar qualquer cor.

O sistema mais utilizado é o da Commission Internationale de


X❂ R ✁ L ✁ ➥x ✁
l'Eclairage (CIE). As cores primárias neste sistema (x, y, z) são
três funções do . Estas três cores “primárias” são apenas uma
Y R ✁ L ✁ ✂y ✁
R ✁ L ✁ ✂z ✁
abstracção matemática e não cores reais.
Z
A descrição quantitativa da cor de uma solução envolve a medição 380nm 780nm
da sua reflectância ou transmitância para todos os do espectro
visível – R ou T . R = reflectância (ou transmitância, T ) ao comprimento de onda
L = quantidade relativa de luz emitida pela fonte luminosa para
x = valor da cor primária x para
R R - reflectância
L
L – distribuição
espectral da luz
380 780

RxL

Observador
padrão

Z Y X

Espaço de cor Yxy Espaço de cor Yxy: diagrama de cromaticidade x,y

As quantidades relativas das três cores primárias x, y e z


(coordenadas da cor) são calculadas da seguinte forma: O diagrama de cromaticidade
CIE 1931 é delimitado pelo
X
x❂
espectrum locus, com os

X ✰Y ✰ Z
comprimento de onda em
nanometros, e em baixo pela
linha dos púrpuras.
y❂
Y
X ✰Y ✰ Z Inclui o ponto O que
corresponde à fonte de luz
Z
z❂ ❂1 x y branca utilizada, representada
X ✰Y ✰ Z pelo iluminante padrão C, de
coordenadas xo = 0,3101 e yo =
0,3163, correspondente à luz de
O valor tristimular Y representa a luminosidade; x e y são um dia medianamente claro.
as coordenadas da cor no espaço bidimensional de cor Yxy.

Cromaticidade
Exemplo

A cromaticidade é expressa Coordenadas de


pelo comprimento de onda cromaticidade x,y
dominante e pela pureza. (0,4832; 0,3045) e
luminosidade de
13,37%
Colocar no diagrama o ponto C
de coordenadas x e y. Traçar a
recta que une o ponto O ao ponto
C e prolongá-la; esta recta corta
o espectrum locus num ponto S,
que corresponde ao comprimento
de onda dominante.

CO
Pureza 100
OS
Luminosidade, tonalidade e saturação

• Luminosidade (grau de claro ou


escuro): é o atributo da percepção
visual onde uma área parece emitir
mais ou menos luz. Tonalidade

• Tonalidade: é o atributo da
percepção visual onde uma cor é
percebida como vermelho, amarela,
verde azul, púrpura, etc. Os Saturação
brancos, pretos e cinza puros não
possuem tonalidade e saturação.
Corresponde ao comprimento de
onda dominante.

• Saturação (vivacidade): é o atributo


da percepção visual que indica o
grau de pureza da cor – quanto
maior o grau mais saturada ou vívida
é a cor. Corresponde à pureza.

Percepção de diferenças de cor pelo olho humano no


Espaço de cor CIE Lab (ou L*a*b*, 1976)
espaço de cor Yxy
Em 1976 a CIE especificou dois
espaços de cor; um deles para o uso
com cores com iluminação própria
(ex.: monitor de televisão) e o outro
para o uso com cores de superfície.
O último é conhecido como espaço
As elipses representam de cores CIE 1976 (L*a*b*) ou CIE
10x a diferença mínima Lab.
de cromaticidade
perceptível pelo olho O CIE Lab permite a especificação
de percepções de cores em termos
de um espaço tridimensional. O eixo
axial L é conhecido como
luminosidade e estende-se de 0
(preto) a 100 (branco). As outras 2
coordenadas a* e b* representam
respectivamente avermelhar –
esverdear e amarelar – azular.

Cores opostas
Espaço de cor CIE Lab (ou L*a*b*, 1976)

Cor caracterizada por 3 coordenadas:

L* - luminosidade (preto (0) a branco (100))


a* - coordenada de cromaticidade (+, vermelho; -, verde)
b* - coordenada de cromaticidade (+, amarelo; -, azul)

Deriva do espaço de cor CIE XYZ


(mas com uma perceptibilidade mais linear)

L* = 116 (Y/Yn)1/3 - 16
a* = 500 [ (X/X n)1/3 - (Y/Yn)1/3 ]
b* = 200 [ (Y/Yn)1/3 - (Z/Zn)1/3 ]

se: X/Xn ,Y/Yn ou Z/Zn > 0,008856

Cromaticidade e luminosidade no espaço de cor CIE Lab

Espaço de cor CIE LCH (ou L*C*h*, 1976)


As coordenadas rectangulares a* e b* são convertidas nas
coordenadas polares C*H*:
C* (croma) = ( a*2 + b*2 )1/2
h* (matiz) = 0º + tg -1(b*/a*) se a*>0 e b*✁0
= 180º + tg-1(b*/a*) se a*<0
= 360º + tg-1(b*/a*) se a*>0 e b*<0
Diferenças de cor CIE Lab ILUMINANTES PADRÂO: TIPO Xn Yn Zn
DESIGNAÇÃO
“C” Luz dia moderadamente 98,072 100,00 118,225
nublado (não inclui UV)
O espaço de cor CIE 1976 (L*a*b*) proporciona uma
“D65” (inclui UV) 95,045 100,00 108,892
representação tridimensional para a percepção do estímulo de
cores.
Diferenças entre 2 amostras (ou
Se dois pontos no espaço representando dois estímulos são
com padrão) podem ser expressas
coincidentes, então a diferença de cores entre os dois estímulos é
zero. Conforme aumenta a distância entre os dois pontos no espaço pelo E*ab
é razoável assumir que a diferença de cor percebida entre os Indica a grandeza e não o sentido
estímulos representa aumentos correspondentes. da diferença

Uma medida da diferença na cor entre dois estímulos é, portanto,


E *ab❂ ✭ L* ✮ ✰✭ a * ✮ ✰✭ b *✮
2 2 2
a distância Euclidiana E*ab entre os dois pontos no espaço
tridimensional.

(L∗=43.31, a ∗=+47.63, b ∗=+14.12)

✁E* ab
Classificação da
diferença de cor
< 0,2 imperceptível

0,2 – 0,5 muito pequena

0,5 – 1,5 pequena

1,5 – 3,0 nítida

3,0 – 6,0 muito nítida

6,0 – 12,0 grande

> 12,0 muito grande

(L∗ =47.34, a∗=+44.58, b∗=+15.16)


Diferentes formas de expressar a cor Métodos de detecção de cores

Valores tristimulares XYZ Espaço de cor Yxy

Espaço de cor L*a*b* Espaço de cor L*C*h

O triângulo
da cor

Método usual para exprimir as características


cromáticas dos vinhos tintos e rosados
A cor existe devido à
interacção dos
iluminantes com os
objectos e a visão
humana.

Espectro de absorção dos vinhos tintos e rosados

I ❂ A420 A520 A620


A420 ✁
b 1 cm
T
A520
Algumas notas sobre a percepção da cor

Def Deficiências na visão a cores

Teste de cores de Ishihara


Visão normal (A) versus deuteranopia (B)
Distribuição dos fotoreceptores na retina de um indivíduo com
visão normal (A) e de outro com deuteranopia (B) A

BB

As proporções relativas dos cones


L : M : S são aprox. 40 : 20 : 1.

“Sou um artista bastante conhecido, com 65 anos. No dia 2 de Janeiro


passado, ia a guiar o meu carro quando uma carrinha me bateu do lado do
passageiro. Quando me dirigi às urgências do hospital, foi-me dito que sofrera
uma concussão. Ao efectuar um exame aos olhos, descobri que não era capaz de
distinguir as cores. A minha visão era tal que tudo o que via se assemelhava a
imagens numa televisão a preto e branco. A nitidez das imagens é incrível.
MAS – SOU COMPLETAMENTE ACROMATÓPTICO.”
(…) A sensação de que tudo estava “errado” era perturbadora, repulsiva até,
e aplicava-se a todas as circunstância da vida quotidiana. Ele achava os
alimentos repugnantes devido a seu aspecto grisalho e morto, e tinha de
fechar os olhos para comer. Mas isto não ajudava muito, dado que a imagem
mental que ele possuía dum tomate era tão negra como o seu aspecto. Assim,
incapaz de rectificar até mesmo a imagem mental de diversos alimentos, ele
virou-se cada vez mais para alimentos pretos e brancos – azeitonas pretas e
arroz branco, café e iogurtes. Estes, pelo menos, pareciam-lhe relativamente
normais ao passo que a maior parte da comida, normalmente colorida, tinha um
aspecto horrivelmente anormal.

“O caso do pintor acromatóptico.” In: Oliver Sacks, 1995. Um Antropólogo


em Marte – Sete Histórias Paradoxais. Relógio D'Água Editores, Lisboa.
Determinação das características cromáticas

Princípio do método

Método espectrofotométrico que permite o cálculo dos valores


tristimulares (X, Y, Z) e dos coeficientes tricromáticos
necessários à especificação da cor nos termos da Comissão
Internacional de Iluminação (CIE).

T T - transmitância
Determinação das características cromáticas S
S – distribuição
espectral da luz
380 780
Modo operatório
Tx S
Efectuar as medições espectrofotométricas utilizando como
líquido de referência a água destilada colocada numa das cuvetes
emparelhadas, para regular o zero da escala das absorvâncias a
cada comprimento de onda em que são efectuadas as leituras. Observador
Registar as transmitâncias (T✁) da amostra entre 380 e 780 nm padrão 10º
(por exemplo, de 5 em 5 nm) para o trajecto óptico b.
Alternativamente, podem registar-se os valores de absorvância
(A✁), com três decimais, que posteriormente são convertidos em
valores de transmitância na folha de cálculo.

Cálculo dos valores tristimulares Iluminante padrão D65

Os valores tristimulares (X, Y, Z) são calculados da seguinte


forma:

X ❂K T ✂ S ✂ ➥x 10✭ ✂ ✮ ✂
Y ❂K T ✂ S ✂ ➥y 10 ✭ ✂ ✮ ✂
Z ❂K T ✂ S ✂ ➥z 10✭ ✂✮ ✂
100
K❂
S ✂ ➥y10 ✭ ✂ ✮ ✂ 380 nm 780 nm
✄ ☎ 5 nm
T = transmitância ao comprimento de onda
S = quantidade relativa de luz emitida pela fonte luminosa para
x = valor da cor primária x para
Coeficientes a (nm) S x 10( ) y10( ) z10( )
(nm) S x10( ) y10( ) z10( )
utilizar nas 380 50,0 0,0002 0,0000 0,0007 585 92,2 1,0743 0,8256 0,0000
fórmulas de 385 52,3 0,0007 0,0001 0,0029 590 88,7 1,1185 0,7774 0,0000
cálculo dos 390 54,6 0,0024 0,0003 0,0105 595 89,3 1,1343 0,7204 0,0000
395 68,7 0,0072 0,0008 0,0323 600 90,0 1,1240 0,6583 0,0000
valores
400 82,8 0,0191 0,0020 0,0860 605 89,8 1,0891 0,5939 0,0000
tristimulares 405 87,1 0,0434 0,0045 0,1971 610 89,6 1,0305 0,5280 0,0000
410 91,5 0,0847 0,0088 0,3894 615 88,6 0,9507 0,4618 0,0000
(iluminante D65, 415 92,5 0,1406 0,0145 0,6568 620 87,7 0,8563 0,3981 0,0000
observador 420 93,4 0,2045 0,0214 0,9725 625 85,5 0,7549 0,3396 0,0000
padrão de 10º) 425 90,1 0,2647 0,0295 1,2825 630 83,3 0,6475 0,2835 0,0000
430 86,7 0,3147 0,0387 1,5535 635 83,5 0,5351 0,2283 0,0000
435 95,8 0,3577 0,0496 1,7985 640 83,7 0,4316 0,1798 0,0000
440 104,9 0,3837 0,0621 1,9673 645 81,9 0,3437 0,1402 0,0000
445 110,9 0,3867 0,0747 2,0273 650 80,0 0,2683 0,1076 0,0000
450 117,0 0,3707 0,0895 1,9948 655 80,1 0,2043 0,0812 0,0000
455 117,4 0,3430 0,1063 1,9007 660 80,2 0,1526 0,0603 0,0000
460 117,8 0,3023 0,1282 1,7454 665 81,2 0,1122 0,0441 0,0000
465 116,3 0,2541 0,1528 1,5549 670 82,3 0,0813 0,0318 0,0000
470 114,9 0,1956 0,1852 1,3176 675 80,3 0,0579 0,0226 0,0000
475 115,4 0,1323 0,2199 1,0302 680 78,3 0,0409 0,0159 0,0000
480 115,9 0,0805 0,2536 0,7721 685 74,0 0,0286 0,0111 0,0000
485 112,4 0,0411 0,2977 0,5701 690 69,7 0,0199 0,0077 0,0000
490 108,8 0,0162 0,3391 0,4153 695 70,7 0,0138 0,0054 0,0000
495 109,1 0,0051 0,3954 0,3024 700 71,6 0,0096 0,0037 0,0000
500 109,4 0,0038 0,4608 0,2185 705 73,0 0,0066 0,0026 0,0000
505 108,6 0,0154 0,5314 0,1592 710 74,3 0,0046 0,0018 0,0000
510 107,8 0,0375 0,6067 0,1120 715 68,0 0,0031 0,0012 0,0000
515 106,3 0,0714 0,6857 0,0822 720 61,6 0,0022 0,0008 0,0000
A CIE definiu um segundo jogo de funções de observador em 1964 520
525
104,8
106,2
0,1177
0,1730
0,7618
0,8233
0,0607
0,0431
725
730
65,7
69,9
0,0015
0,0010
0,0006
0,0004
0,0000
0,0000
baseado em experiências de igualação de cores com um campo 530 107,7 0,2365 0,8752 0,0305 735 72,5 0,0007 0,0003 0,0000
visual de 10º, equivalente à visualização de uma pequena área de 535
540
106,0
104,4
0,3042
0,3768
0,9238
0,9620
0,0206
0,0137
740
745
75,1
69,3
0,0005
0,0004
0,0002
0,0001
0,0000
0,0000
8,8 cm a uma distância de 50 cm. 545 104,2 0,4516 0,9822 0,0079 750 63,6 0,0003 0,0001 0,0000
550 104,0 0,5298 0,9918 0,0040 755 55,0 0,0002 0,0001 0,0000
555 102,0 0,6161 0,9991 0,0011 760 46,4 0,0001 0,0000 0,0000
560 100,0 0,7052 0,9973 0,0000 765 56,6 0,0001 0,0000 0,0000
565 98,2 0,7938 0,9824 0,0000 770 66,8 0,0001 0,0000 0,0000
570 96,3 0,8787 0,9556 0,0000 775 65,1 0,0000 0,0000 0,0000
575 96,1 0,9512 0,9152 0,0000 780 63,4 0,0000 0,0000 0,0000
580 95,8 1,0142 0,8689 0,0000

Espaço de cor Yxy


Espaço de cor Yxy: diagrama de cromaticidade x,y
Coordenadas da cor: x, y

O diagrama de cromaticidade
As quantidades relativas das cores primárias x e y CIE 1931 é delimitado pelo
(coordenadas da cor) são calculadas da seguinte forma: espectrum locus, com os
comprimento de onda em
nanometros, e em baixo pela
X linha dos púrpuras.
x=
X +Y +Z
Y Inclui o ponto O que
y= corresponde à fonte de luz
X +Y +Z
branca utilizada, representada
pelo iluminante padrão C, de
coordenadas xo = 0,3101 e yo =
O valor tristimular Y representa a luminosidade; x e y são 0,3163, correspondente à luz de
as coordenadas da cor no espaço bidimensional de cor Yxy. um dia medianamente claro.

Cromaticidade Espaço de cor CIE Lab (ou L*a*b*, 1976)


Em 1976 a CIE especificou dois
espaços de cor; um deles para o uso
A cromaticidade é expressa com cores com iluminação própria
pelo comprimento de onda (ex.: monitor de televisão) e o outro
para o uso com cores de superfície.
dominante e pela pureza. O último é conhecido como espaço
de cores CIE 1976 (L*a*b*) ou CIE
Lab.
Colocar no diagrama o ponto C
de coordenadas x e y. Traçar a
O CIE Lab permite a especificação
recta que une o ponto O ao ponto de percepções de cores em termos
C e prolongá-la; esta recta corta de um espaço tridimensional. O eixo
o espectrum locus num ponto S, axial L é conhecido como
que corresponde ao comprimento luminosidade e estende-se de 0
(preto) a 100 (branco). As outras 2
de onda dominante. coordenadas a* e b* representam
respectivamente avermelhar –
CO esverdear e amarelar – azular.
Pureza=100×
OS
Espaço de cor CIE Lab (ou L*a*b*, 1976) Espaço de cor CIE LCH (ou L*C*h*, 1976)
As coordenadas rectangulares a* e b* são convertidas nas
Cor caracterizada por 3 coordenadas: coordenadas polares C*H*:
C* (croma) = ( a*2 + b*2 )1/2
L* - luminosidade (preto (0) a branco (100))
a* - coordenada de cromaticidade (+, vermelho; -, verde) h* (matiz) = 0º + tg-1(b*/a*) se a*>0 e b*✁0
b* - coordenada de cromaticidade (+, amarelo; -, azul) = 180º + tg-1(b*/a*) se a*<0
= 360º + tg-1(b*/a*) se a*>0 e b*<0
L* = 116 (Y/Y0)1/3 - 16
a* = 500 [ (X/X0)1/3 - (Y/Y0)1/3 ]
b* = 200 [ (Y/Y0 )1/3 - (Z/Z0 )1/3 ]

se: X/X0 ,Y/Y0 ou Z/Z0 > 0,008856

Para o iluminante D65 e o observador padrão de 10º temos:


X0 = 94,825
Y0 = 100
Z0 = 107,381

ras

Diferenças entre 2 amostras (ou


com padrão) podem ser expressas
pelo E*ab
Indica a grandeza e não o sentido
da diferença

E *ab = ( L *)2 +( a*)2 +( b *)2

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