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A Diluição

A diluição é o processo de fazer uma solução concentrada menos concentrada. Há várias


razões por que alguém deve querer realizar uma diluição, de razões sérias a casuais. Por
exemplo, bioquímicos diluem soluções de sua forma concentrada para criar novas
soluções para usar nos seus experimentos.

A diluição de soluções ocorre quando acrescentamos solvente (geralmente a água) a


alguma solução, com isso o volume da solução aumenta e sua concentração diminui,
porém a massa do soluto permanece inalterada. Isso é feito, por exemplo, quando
diluímos um produto de limpeza antes de usá-lo.

A partir de uma solução de concentração conhecida, um químico consegue obter outras


soluções de concentrações diferentes, através de sua diluição.

Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias. Como, por
exemplo, uma solução de sal (soluto) dissolvida em água (solvente).

Principalmente em laboratórios químicos e em indústrias, esse processo é muito


importante, porque o químico precisa preparar soluções com concentrações conhecidas.
Além disso, em atividades experimentais são utilizadas soluções com concentrações bem
baixas, assim, uma amostra da solução concentrada é diluída até a concentração
desejada.

No dia a dia, várias vezes, até sem perceber, realizamos o processo de diluição de
soluções. Por exemplo, a embalagem de produtos de limpeza e higiene doméstica, como
desinfetantes, orienta que eles sejam diluídos antes de sua utilização. Alguns fabricantes
sugerem nos rótulos do produto que ele seja diluído em água na proporção de 1 para 3,
ou seja, para cada parte do produto, devem-se acrescentar 3 partes de água. Isso é feito,

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pois o produto é muito concentrado e forte, podendo danificar o local onde será aplicado
se não for diluído da maneira certa. Por outro lado, se diluir mais do que deveria, pode-se
perder dinheiro, porque o produto não atingirá o resultado desejado.

Outro exemplo é ao fazermos sucos. Os rótulos de muitos sucos concentrados indicam


que um copo desse suco deve ser diluído ou misturado a 5 copos de água. Assim, o suco
fica “mais fraco”, isto é, menos concentrado.

Imagine que se diluiu um suco desses em 3 L de água. Se a concentração inicial do suco


era de 40g/L, significa que tinha uma massa de 40 g para cada litro do solvente. Mas
como teremos 3 L, a massa será dividida por 3 e a concentração será então de
aproximadamente 13, 33 g/L, ou 13 gramas para cada litro de solução. Porém, na solução
inteira ainda permanece a massa do soluto de 40g.

O cálculo dessa nova concentração pode ser feito da seguinte maneira:

Onde os índices i e f representam, respectivamente, os valores iniciais e finais. Como o


valor de m1 não mudou, podemos igualar as equações:

Ci . vi = Cf . vf

Substituindo os valores que temos, de acordo com o exemplo anterior, observe:

Solução inicial:
Ci: 40g/L m1: 40g
vi: 1L

Solução final:
Cf: ?
m1: 40g
vf: 3L

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Ci . vi = Cf . vf
(40 g/L) . (1 L) = Cf . 3L
Cf = 40 g /L
3
Cf = 13,333 g/L

A energia electromagnética é emitida por qualquer corpo que possua temperatura acima
de zero absolutos (0 Kelvin). Assim, todo corpo com temperatura absoluta acima de zero
pode ser considerado como uma fonte de energia electromagnética. O Sol e a Terra são
as duas principais fontes naturais de energia electromagnética utilizadas no
sensoriamento remoto da superfície terrestre
A energia electromagnética não precisa de um meio material para se propagar, sendo
definida como uma energia que se move na forma de ondas electromagnéticas à
velocidade da luz (300.000 km/s). Dado que a velocidade de propagação das ondas
electromagnéticas é directamente proporcional à sua frequência e comprimento de onda,
esta pode ser expressa por:

Onde:

c: velocidade da luz (m/s)


f: frequência (Hz)
: comprimento de onda (m)

Sob uma perspectiva quântica, a radiação electromagnética (REM) é concebida como


o resultado da emissão de pequenos pulsos de energia, enquanto que sob uma
perspectiva ondulatória, a REM se propaga na forma de ondas formadas pela oscilação
dos campos eléctrico e magnético. A Figura abaixo apresenta um esquema da
representação dos campos eléctrico e magnético e as oscilações mencionadas.

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Figura: Flutuações dos campos eléctrico e magnético de uma onda.

Onde temos na figura:

E: campo eléctrico
M: campo magnético
XZ: plano de excitação do campo eléctrico
YZ: plano de excitação do campo magnético
Z: direcção de propagação de onda electromagnética

No modelo ondulatório então a REM é caracterizada em comprimentos de onda que


representam a distância entre dois pontos de igual intensidade dos campos eléctrico e
magnético. O conjunto de comprimentos de onda que compõem a REM é conhecido
como Espectro Electromagnético.

O espectro Electromagnético
A energia electromagnética pode ser ordenada de maneira contínua em função de seu
comprimento de onda ou de sua frequência, sendo esta disposição denominada de
"espectro electromagnético". Este apresenta subdivisões de acordo com as
características de cada região. Cada subdivisão é função do tipo de processo físico que
dá origem a energia electromagnética, do tipo de interacção que ocorre entre a radiação e
o objecto sobre o qual esta incide e da transparência da atmosfera em relação à radiação
electromagnética.
O espectro electromagnético se estende desde comprimentos de onda muito curtos
associados aos raios cósmicos, até as ondas de rádio de baixa frequência e grandes
comprimentos de onda, como mostra a figura abaixo.

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Espectro Electromagnético.

Em é apresentada a descrição de cada uma das faixas do espectro electromagnético.

Radiação Gama : é emitida por materiais radioactivos, por ser muito penetrante (alta
energia) tem aplicações em medicina (radioterapia) e em processos industriais
(radiografia industrial).

Raios X: é produzido através do freamento de elétrons de grande energia


electromagnética.

Ultravioleta (UV): é produzida em grande quantidade pelo Sol, sendo emitida na faixa de
0,003 µm até mais ou menos 0,38 µm.

Visível (luz): é o conjunto de radiações electromagnéticas que podem ser detectadas


pelo sistema visual humano.

Violeta : 0,38 a 0,45 µm


Azul : 0,45 a 0,49 µm
Verde : 0,49 a 0,58 µm
Amarelo : 0,58 a 0,60 µm
Laranja : 0,60 a 0,62 µm
Vermelho: 0,62 a 0,70 µm

Infravermelho (IV): é região do espectro que se estende de 0,7 a 1000 µm e costuma ser
dividida em três sub-regiões:
- IV próximo: 0,7 a 1,3 µm
- IV médio: 1,3 a 6 µm

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- IV distante: 6 a 1000 µm

Microondas: são radiações electromagnéticas produzidas por sistemas electrónicos


(osciladores) e se estendem pela região do espectro de 1 mm até cerca de 1m, o que
corresponde ao intervalo de frequência de 300GHz a 300MHz. Os feixes de microondas
são emitidos e detectados pelos sistemas de radar (radio detection and ranging).

Rádio: é o conjunto de energias de frequência menor que 300Ghz (comprimento de onda


maior que 1m).

Os objectos da superfície terrestre como a vegetação, a água e o solo reflectem,


absorvem e transmitem radiação electromagnética em proporções que variam com o
comprimento de onda, de acordo com as suas características bio-físico-químicas. As
variações da energia reflectida pelos objectos podem ser representadas através de
curvas, como as apresentadas na Figura 3.

Curva espectral da vegetação, da água e do solo.

O termo espectroscopia é utilizado nas disciplinas de física e química para se referir à


técnica de aferimento de dados físico-químicos através da transmissão, absorção ou
reflexão da energia radiante incidente em uma amostra. Sua origem encontra-se no
estudo da luz visível dispersa de acordo com seu comprimento de onda, por exemplo, por
um prisma.

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Embora a natureza espectral da luz esteja presente no arco-íris, demorou para que o
homem reconhecesse o seu significado. Não foi até 1666 que Newton mostrou que a luz
branca a partir do sol pode ser repartida em uma série contínua de cores. Newton
introduziu a palavra "espectro" para descrever tal fenômeno, utilizando uma superfície
com um pequeno orifício que emitia um feixe de luz, uma lente para focá-lo, um prisma de
vidro para dispersá-lo, e uma tela para exibir o espectro resultante. Assim, a análise da
luz feita por Newton é considerado o marco inicial da ciência da espectroscopia.

A partir daí, os pesquisadores entendem que a radiação solar possui componentes fora
da parte visível do espectro. Estes estudos foram os precursores de medições
radiométricas e fotográfica da luz, respectivamente. Outra importante contribuição ao
desenvolvimento da espectroscopia encontra-se nas pesquisas do alemão Joseph
Fraunhofer, que ao observar que o espectro do sol, quando suficientemente disperso é
atravessado por um grande número de finas linhas escuras (as chamadas linhas de
Fraunhofer). Fraunhofer elaborou as primeiras normas para comparação de linhas
espectrais obtidas a partir de prismas de vidros diferentes, além de estudar os espectros
das estrelas e dos planetas, usando uma objetiva de telescópio para coletar a luz, dando
com isso origem à ciência da astrofísica.

Apesar de suas realizações, Fraunhofer não entendia a origem das linhas espectrais que
observava. Somente 33 anos após sua morte é que Gustav Kirchhoff estabeleceu que
cada elemento e composto tem seu próprio espectro único, e que, ao estudar o espectro
de uma fonte desconhecida, pode-se determinar sua composição química. Com esses
avanços, espectroscopia se tornou uma verdadeira disciplina científica.

Em 1859, em sua famosa lei, Kirchhoff afirma que a potência emitida e absorvida da luz
num determinado comprimento de onda são as mesmas para todos os corpos à mesma
temperatura. Um gás, por exemplo, que irradia um espectro de linha deve, à mesma
temperatura, absorver as linhas espectrais que irradia. Com isto, Kirchhoff e R. Bunsen
explicam que as linhas de Fraunhofer no espectro do sol ocorrem devido a absorção do
espectro contínuo emitida a partir do interior quente do sol por elementos na superfície
mais fria. Com esta pesquisa, tornou-se possível a análise da atmosfera do Sol.

A espectroscopia passou a ser utilizada como ferramenta científica para sondar a


estrutura atômica e molecular, inaugurando o campo da análise espectroquímica para
analisar a composição dos materiais. Estas técnicas são utilizadas hoje para analisar os
objetos, tanto terrestres e estelar, e continua a ser o nosso único meio de estudar os
elementos químicos presentes nas estrelas.

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TRANSMITÂNCIA E ABSORBÂNCIA

TRANSMITÂNCIA - exprime a fração da energia luminosa que consegue atravessar uma


determinada espessura de um material, sem ser absorvida pelo mesmo,é medida em
porcentagem, relativamente à quantidade de energia e comprimento de onda da radiação
luminosa incidente.

ABSORBÂNCIA - exprime a fração da energia luminosa que é absorvida por uma


determinada espessura de um material; é medida em porcentagem, relativamente à
quantidade de energia e comprimento de onda da radiação luminosa incidente.

Transmitância e Absorbância tendem a ser grandezas complementares, ou seja, sua


soma (para a mesma energia e comprimento de onda incidente) é aproximadamente igual
a 1, ou 100%.

Na óptica e espectroscopia, Transmitância é a fracção da luz incidente com um


comprimento de onda específico, que atravessa uma amostra de matéria. É um fenómeno
relacionado directamente à absorvância. Consiste na passagem inalterada de radiação
pela matéria, ocasionada pela saturação desta energia. Uma pequena fracção da
radiação pode passar pelos dois estágios, sendo primeiramente absorvida e depois
liberada como numa transmissão ininterrupta. Esse tipo de radiação é denominada
espúria.

A transmitância pode ser utilizada para classificar os diferentes tipos atómicos, uma vez
que cada um possui uma capacidade distinta de absorver ou transmitir radiação. Esses
conceitos são a base da espectrometria.

A quantidade de radiação absorvida pode ser medida de diversas formas:

Transmitância, T = P / P0
Transmitância %, %T = 100 T

Absorbância,
A = log10 P0 / P
A = log10 1 / T
A = log10 100 / %T
A = 2 - log10 %T

A última das equações acima, A = 2 - log10 %T , é importante pois permite calcular


fácilmente a absorbância a partir da transmitância percentual.

Absorbância, também chamada de absorvância, é a capacidade intrínseca dos


materiais em absorver radiações em frequência específica. Usualmente, tal propriedade é
empregada na análise de soluções em química analítica.

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Em espectroscopia, a absorbância (A) é definida como A=bc

onde :

é a absorbitividade molar em unidades de L mol-1 cm-1.

b é o comprimento do caminho da amostra, isto é, o comprimento do caminho que a luz


tem que atravessar na cuba ou qualquer recipiente onde esteja a solução. Esta grandeza
tem unidades de comprimento centímetro.

c é a concentração do elemento que absorve, na solução, expresssado em mol L-1

Ao se incidir luz em um material, fótons de determinados comprimentos de onda serão


absorvidos quando estes possuem a energia correspondente à diferença entre dois níveis
energéticos dos átomos ou moléculas que estão atravessando. A energia é transferida
para o material, e o feixe incidente sofre diminuição do número de fótons por segundo
naqueles comprimentos de onda, sendo portanto atenuado[2].

O termo absorção refere-se ao processo físico de absorver a luz, enquanto absorbância


refere-se à quantificação matemática. Também, absorbância não mede sempre a
absorção: se uma dada amostra é, por exemplo, uma suspensão (dispersão), parte da luz
incidente irá de fato ser dispersada pelas partículas suspensas, e não propriamente
absorvida. Absorbância somente contempla o raio de luz transmitido sobre a luz incidente,
não o mecanismo pelo qual a intensidade da luz decresce. Apesar deste fato, absorbância
pode ainda ser usada para determinar concentrações (de partículas) em alguns casos,
sendo maior sua precisão quanto menor a interferência do espalhamento, uma vez que a
luz transmitida levará em conta a fracção absorvida e a fracção dispersada (espalhamento
de Rayleigh). Medidas de absorbância para quantificação de substâncias obtêm melhores
resultados quando feitas em soluções diluídas.

Fora do campo da química analítica, a absorvância é algumas vezes definida como o

logaritmo natural ao invés do logaritmo de base .

Embora a absorvância não tenha unidades verdadeiras, é frequentemente tratada em


"Unidades de Absorvância"

A medida da absorbância de uma substância é realizada em um espectrofotômetro. As


medidas são usualmente realizadas em solução. Luz monocromática do comprimento de
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onda desejado atravessa uma cubeta contendo a amostra, e outro feixe idêntico de luz
atravessa um branco, composto pela cubeta preenchida pelo mesmo solvente da
amostra, porém sem a substância sendo analisada. Um detector mede a intensidade dos
feixes transmitidos. Alguns equipamentos requerem que o branco seja medido antes da
amostra, enquanto outros medem os dois simultaneamente. A comparação com o branco,
garante que só será avaliada a absorbância relativa ao soluto de interesse, e a
absorbância do solvente e as perdas por reflexões na cubeta serão descontadas.

Quanto maior for o comprimento atravessado pelo feixe (caminho óptico), maior será a
absorbância, pois o feixe interagirá com mais partículas da substância atenuadora.
Normalmente, utilizam-se cubetas padrão com comprimento interno de 1 cm.

TÉCNICAS IMUNOENSAIO

Nos últimos anos, a combinação da Imunologia à Química Analítica bastante explorada


em análises clínicas, tem despertado o interesse de outras áreas, entre estas, a
ambiental, ocupacional e de alimentos. Uma das razões que tem influenciado este fato é
o crescente rigor nas fiscalizações do meio ambiente e de alimentos, por parte de
entidades nacionais e internacionais, tornando-se urgente a necessidade de desenvolver
técnicas rápidas e selectivas para uma grande variedade de analitos.

Uma das primeiras técnicas imunoanalíticas relatadas foi a imunopreciptação. Trata-se de


técnica semiquantitativa, que vem sendo usada até hoje em testes negativo/positivo. O
radioimunoensaio constituiu-se num grande avanço no campo de imunoensaios (IAs)
quantitativos, seguido pelo surgimento de enzima-imunoensaios (EIAs) como ELISA
(Enzyme Linked Immunosorbent Assays) e EMIT (Enzyme Multiplied Immuno Technique),
tendo enzimas como meio alternativo de detecção. Outros avanços como o
desenvolvimento de sistemas de injecção em fluxo acoplados a imunoensaios (FI-IAs),
imunossensores e cromatografia por imunoafinidade complementam os esforços
empregados até aqui, no aperfeiçoamento e utilização de imunoensaios aplicados à
Química Analítica.

O factor mais marcante em imunoanálises é o ganho em selectividade, dada a grande


especificidade de anticorpos (Ac) por seus antígenos (Ag). De maneira geral, além da
selectividade, os( Ias) apresentam, também dependendo do marcador e ou sistema de
detecção empregado, boa sensibilidade. Entre as principais desvantagens encontradas
nos métodos convencionais de imunoanálises estão a significativa complexidade
associada a sua automação e longo tempo de análise. Neste sentido, a fusão de
imunoensaios clássicos com outras metodologias analíticas constitui-se numa saída para
superar estas desvantagens e expressa-se no desenvolvimento e aperfeiçoamento de
imunossensores, FI-Ias e cromatografia por bioafinidade.

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Pretende-se relatar alguns avanços recentes relacionados a imunoensaios aplicados a
diversas áreas da Química Analítica, bem como expor brevemente alguns conceitos e
princípios básicos relacionados à imunologia e aos imunoensaios.

ASPECTOS BÁSICOS DE IMUNOLOGIA

Imunologia é a ciência que estuda os mecanismos de defesa dos organismos vivos, em


particular de humanos ou outros mamíferos. De uma maneira bem simples, a resposta
imunológica de organismos vivos (excepto plantas) se dá pelo contacto com antígenos,
com produção de anticorpos. Os antígenos (substâncias imunogênicas) são capazes de
desencadear reação em cadeia , activando linfócitos (glóbulos brancos) e síntese de
anticorpos específicos (sistema imune humoral)

Os anticorpos são proteínas de alto peso molecular PM (~150 kD), já os antígenos


devem possuir, além de certa complexidade química que os diferencie das substâncias
reconhecidas pelo organismo, pelo menos 1 kD. Para ilustrar, citam-se como exemplo o
polietileno-glicol que possui PM maior que 1 kD, mas não apresenta complexidade
química necessária, em contrapartida muitos agrotóxicos e fármacos apresentam
complexidade química, mas PM muito menor que 1 kD

Os anticorpos também são chamados de imunoglobulinas (Ig) que possuem duas cadeias
“leves” (25 kD) e duas cadeias pesadas (50 kD), as quais são ligadas entre si por pontes
de dissulfeto, formando estrutura simétrica em Y. As cadeias têm sua porção amino
terminal próxima ao topo da estrutura em Y, onde se encontra o sítio determinante do
anticorpo, denominado fragmento Fab 37. As sequências dos aminoácidos neste
fragmento determinam a especificidade do anticorpo e o tipo de imunoglobulina, as quais
são agrupadas em 5 classes principais.

A interacção Ag-Ac é relativamente fraca, envolvendo ligações não covalentes como Wan
der Waals, electrostática, ligação de hidrogênio e ligações hidrofóbicas. Estas interacções
ocorrem a curta distância, de modo que, só moléculas contendo determinante antigênico
ou muito similares (reactividade cruzada) ligam ao sítio antígeno ligante do respectivo
anticorpo.

PRINCÍPIOS BÁSICOS EM IMUNOENSAIOS

Considerando que, aproximadamente 500.000 produtos químicos estão em uso no mundo


actual, e centenas de novos produtos são lançados no mercado anualmente, a
necessidade de se desenvolver técnicas analíticas de alta selectividade, faz-se inevitável.
Entretanto a viabilidade do método muitas vezes pode não se fazer justificável. Antes de
se iniciar o planejamento de metodologia imunoanalítica, deve-se ter em mente alguns
princípios básicos. Uma limitação óbvia em imunoensaios seria em relação ao PM, uma
vez que muitos analitos de interesse em Química Ambiental, de indústrias de alimentos
bem como em análises clínicas constituem-se em moléculas de PM menor que 1 kD.
Este fato impossibilitaria a resposta imunológica com produção de anticorpos selectivos
para estes analitos. Entretanto, pode-se solucionar este problema conjugando estas

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espécies a macromoléculas (proteínas transportadoras como albumina). As moléculas
dos analitos pequenas com potencial imunogênico são denominadas haptenos. Grupos
NH2, COOH, SH, OH, CO e HCO normalmente, são os principais pontos de conjugação
envolvidos neste evento. Outra dificuldade a ser vencida é a lentidão das reacções
imunológicas. O acoplamento a FIA foi recentemente revisado e constitui-se na melhor
solução para diminuir o tempo de IAs. Outro ponto importante, que deve ser bem pré-
estabelecido no planejamento de imunoensaios diz respeito aos sistemas de detecção.
Estes definirão a escolha de marcadores adequados, os quais devem apresentar boa
estabilidade e sensibilidade, baixo custo, fácil conjugação e detecção.

Sistema de detecção e exemplos de marcadores.

Sistema de Detecção Exemplos de marcadores


Eletroquímicos enzimas: peroxidases, oxidases ...
Radioativos isótopos: 125I, 14C, 3H
Piezoelétricos macromoléculas (Anticorpos)
Fluorimétricos fluoresceína, quelatos de lantanídeos
Luminométricos luminol, isoluminol, lucigenina,
acridina
Sistema de detecção directa, os demais são, na maioria,
indirectos

Por fim, dependendo do sistema de detecção empregado, pode-se definir o formato do


imunoensaio, o qual basicamente, se divide em homogêneos e heterogêneos. Sendo que
no primeiro caso, para detecção não se faz necessária a separação, entre espécies
marcadas e livres.

Estabelecidas as estratégias a serem empregadas no imunoensaio, o primeiro passo


constitui-se na obtenção de anticorpos (Ac) num hospedeiro adequado. Existem dois tipos
de Ac empregados em imunoensaios: os policlonais e os monoclonais. Os Ac
monoclonais apresentam maior especificidade que os policlonais, afinidade por um
epitopo específico e menor probabilidade de reactividade cruzada entre Ag similares. A
escolha do tipo de Ac dependerá, entretanto, do seu destino.

Aplicações Analíticas em Imunoensaios .

Interações Antigeno-Anticorpo.

As interações Ag-Ac ou hapteno-Ac são classificadas em primárias ou secundárias.


Interacções primárias envolvem exclusivamente a ligação do determinante antigênico
(epitopo) com sítio ligante (paratopo) do anticorpo específico. O equilíbrio químico destas
interacções primárias

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pode ser estudado utilizando-se haptenos (H), em razão de que estes são univalentes e
unideterminados. Já reacções secundárias ocorrem entre Ac e Ag multivalentes,
resultando em aglutinação ou precipitação do polímero Ag-Ac formado.

As aplicações analíticas das interacções secundárias são limitadas, reduzindo-se a


reacções de aglutinação e de precipitação em reacções semiquantitativas, como por
exemplo, a determinação da tipagem sanguínea. Um cuidado a ser tomado em reacções
de aglutinação é o efeito da diluição, havendo comprometimento da mesma, tanto em
concentrações elevadas (prozona), quanto muito diluídas do soro.

INTERAÇÕES PRIMÁRIAS

Em imunoensaios quantitativos utilizam-se exclusivamente reacções primárias entre


anticorpos e haptenos; estes podem ser classificados com base nos seguintes aspectos:

a) homogeneidade, considerando-se, homogêneos quando não são necessárias


separações para medição, ou heterogêneos quando se requer um passo adicional de
separação;

b) sobre qual espécie Ac ou Ag será introduzido um marcador;

c) o tipo de marcador ou detecção empregado;

d) o tipo de anticorpo utilizado, monoclonal ou policlonal;

e) e finalizando se o ensaio será competitivo ou não competitivo

Imunoensaios heterogêneos

Constituem a maioria dos imunoensaios, necessitando para a quantificação precisa, de


etapa adicional para separação das fracções livres e ligadas da espécie marcada (Ag ou
Ac).

Estes ensaios são caracterizados pela inércia físico-química do marcador(*), ou seja não
ocorre mudanças significativas no sinal que seria emitido pelo marcador após a
complexação (AcAg* ou Ac*-Ag), fato este que justifica a etapa de separação para
quantificação. Estes imunoensaios são, na maioria, ensaios competitivos.

nAc + xAg + yAg* (≈n-y)Ac-Ag + (≈n-x)Ac-Ag*

Exemplo de imunoensaio heterogéneo não competitivo é o ensaio tipo sanduíche que


segue as seguintes etapas:

a) Preparação de fase sólida com excesso de Ac.

b) Incubação com analito (Ag).

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c) Incubação com excesso de Ac*.

d) Extração do Ac* livre e medição.

O tipo de detecção dependerá do marcador utilizado, sendo os mais comuns os


radioimunoensaios e enzima-imunoensaios.

a) Radioimunoensaios (RIAs)
São em geral, imunoensaios competitivos, em que o nível de analito é extrapolado
na curva de calibração. Os radioligantes são contados em níveis de sensibilidade
da ordem de picogramas. Estes limites de detecção, que chegam até 10-14 M,
dependem directamente da sensibilidade dos isótopos. Entre os mais utilizados
tem-se 125I, 3H e 14C com radioactividades específicas de 2170 Ci/mmol, 29,2
Ci/mmol e 62,4 Ci/mmol, respectivamente. Embora o 125I apresente maior nível
de radioactividade específica, há a desvantagem deste diminuir a similaridade
entre o radioligante e o hapteno a ser analisado. As principais vantagens deste
método são o baixo custo do equipamento utilizado para detecção e a vasta
literatura disponível.

b) Enzima-imunoensaios (EIAs)
Enzimas são os marcadores mais utilizados na actualidade, com as vantagens de
não apresentarem riscos associados à exposição de radioisótopos, bem como
outras como a possibilidade da amplificação catalítica (uma única enzima pode
gerar várias espécies detectáveis) e da associação com outros marcadores, como
por exemplo os quimiluminescentes e fluorescentes, resultando em ensaios de
baixo limite de detecção. O exemplo significativo mais clássico de EIAs
heterogêneos é o ELISA. Este método emprega anticorpos imobilizados em placa
de poliestireno com número variável de poços de ensaio . Este método é realizado
em 8 etapas: 1- activação da placa, 2lavagem, 3- imobilização dos anticorpos, 4-
lavagem, 5- incubação, 6- lavagem, 7- adição de substrato cromogênico e 8-
leitura óptica dos poços. Este sistema de placas possibilita a realização do ensaio
ensaio de maneira com que garanta a uniformidade de todas as etapas tanto para
as amostras e referências, condição essencial para a confiabilidade dos dados.
Outro ponto é que devido a alta sensibilidade do método, o mesmo é feito em
microescala, o que o torna bastante económico dado a reduzida quantidade de
reagentes utilizada, além da rapidez do método. Pode operar de forma competitiva
ou não competitiva. Na versão competitiva, antígenos marcados com enzimas
competem com antígenos livres (analito) por número limitado de anticorpos
imobilizados. Depois do período de incubação (1 a 4 horas) a placa é lavada para
remoção de espécies não ligadas. Em seguida, adiciona-se excesso de substrato
e mede-se a actividade enzimática. Esta será inversamente proporcional à
concentração do analito. Nesta tecnologia, a curva de calibração e a análise
propriamente dita são feitas simultaneamente sob condições padronizadas.
Actualmente utilizam-se, tanto para ensaios competitivos, quanto não competitivos,
sistemas que fazem, além de leituras automatizadas dos diferentes poços,
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diluições em série e réplicas das amostras. Há, ainda, fluoroimunoensaios que
podem ser desenvolvidos independentemente de reacções enzimáticas, para
modelos heterogêneos e homogéneos.
Imunoensaios homogêneos
Imunoensaios homogêneos são menos frequentes que os heterogêneos, pois
requerem interações Ac-Ag* ou Ac*-Ag, que provoquem mudanças significativas de
sinal para o marcador. Enzimas e fluoróforos representam os marcadores mais
comumente utilizados nestes experimentos. A técnica mais utilizada entre os
enzima-imunoensaios homogêneos é o EMIT. Neste ensaio, a actividade da
enzima conjugada ao hapteno é modulada pelo ligante. Fluoroimunoensaios são,
em geral, baseados na transferência de energia de excitação do antígeno ou
hapteno marcado para o anticorpo também marcado. Este efeito resulta em
intensificação da fluorescência e ou pode ter efeito reverso resultando na
supressão da fluorescência no caso de interacção entre espécies marcadas com
espécies não marcadas. Fluoresceína e rodamina são utilizados, respectivamente,
como marcadores doadores e aceptores. De um modo geral, imunoensaios
homogêneos apresentam como vantagens menor número de etapas, o que resulta
em maior precisão e ganho em tempo. Entretanto, enzima-imunoensaios
convencionais, como EMIT, CEDIA (Cloned Enzyme Donor ImmunoAssay), bem
como alguns fluoro-imunoensaios apresentam limitação, quanto à sensibilidade.
Apesar disto, por estes ensaios não requererem etapas de separação, são focos
de intensas investigações. Especialmente o desenvolvimento de imunoensaios
para detecção de analitos como agrotóxicos e fármacos em matrizes complexas
como amostras brutas (ambientais e sangue, entre outras) sem a necessidade de
tratamento da amostra por separação ou lavagens tem sido alvo de muita
investigação.

Citometria de Fluxo
A citometria de fluxo é uma tecnologia que permite análise simultânea e
multiparamétrica de células ou partículas em suspensão, avaliando-as
individualmente. À medida que o fluxo de amostra passa por um ou mais feixes de
luz (gerados por um ou mais lasers), o sistema óptico-eletrônico registra a forma
como as estruturas dispersam a luz do laser incidente e captando as fluorescências
emitidas. Assim, o equipamento obtém informações de diversos parâmetros, como
tamanho relativo, complexidade interna e intensidades de fluorescências de cada
célula ou partícula avaliada.

Aplicações

A técnica da citometria de fluxo vem ganhando cada vez mais importância, tanto
na área clínica, quanto da pesquisa. Qualquer célula ou partícula suspensa em
meio líquido pode ter diversos parâmetros analisados simultâneamente. Conheça
as suas principais aplicações abaixo.

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 15


Pesquisa:
• Imunofenotipagem
• Proliferação Celular
• Vida e Morte Celular: Viabilidade, apoptose e ciclo celular
• Comunicação Celular: quantificação de proteínas, marcação Intracelular e
sinalização celular por citometria de Fluxo
• Marcação de Proteínas Intracelulares
Clínica:
• Caracterização de Células Tronco
• Monitoramento de HIV
• Diagnóstico de Leucemia
• Prova Cruzada de Transplantes

Equipamentos e Materiais de laboratório de análises clínicas

Um agitador
magnético consiste em uma pequena barra magnética (chamada barra de agitação) que
normalmente está coberta por uma capa de plástico (usualmente teflón) e uma placa
debaixo de la que se encontra um imáno rotatório, uma série de electroimanos dispostos
em forma circular a fim de criar um campo magnético rotatório.

Outros Tipos de Agitadores

Agitador de frascos Agitadores Multifosional

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 16


Agitador de pipetas

Agitador para micro Placas

Agitador tipo Vórtex

Agitador silencioso
e de alta eficiência, ideal para homogeneização de soluções armazenadas em diferentes
tipos de recipientes, tais como, tubos, microtubos e frascos. A velocidade de oscilação é
variável, podendo ser ajustada a diferentes tipos de procedimentos.

Constituído por base em ferro com pintura anticorrosiva, plataformas plásticas, de


borracha e espuma intercambiáveis e motor selado, possui painel frontal com interruptor
de acionamento e seleção de modo de uso e controlador analógico de velocidade.

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Almofariz com postilo

O almofariz (também chamado gral, pilão, moedor ou morteiro) é um utensílio que


serve para moer pequenas quantidades de produtos, por vezes misturando vários
ingredientes. Trata-se de uma tigela de paredes grossas na qual se coloca o material a
ser moído por uma outra peça, chamada pistilo ou "mão do almofariz", que é um bastão
com ponta semiesférica, geralmente feito do mesmo material que o almofariz (madeira,
barro, pedra ou metal).

É usado na cozinha, em laboratórios químicos e de biologia molecular. Antigamente, o


almofariz era peça essencial nas farmácias de manipulação, mas actualmente tem sido
substituído por instrumentos eléctricos

Para utilizá-lo, segura-se o pistilo pelo cabo, batendo-o contra o almofariz, até triturar,
amassar ou pulverizar o alimento ou qualquer substância ou corpo a ser transformado.

Alças de Inoculação

Alças de inoculação, acopladas a hastes flexíveis, utilizadas no repique de material


biológico. As alças calibradas de 1 e 10μL são destinadas à contagem de colónias nos
mais diversos materiais biológicos, principalmente em urina. Descartáveis.

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Balança Analítica

Balança (do latim bis - dois e linx - prato) é um instrumento que mede a massa de um
corpo. A unidade usual para massa é o kg, por se tratar de uma unidade do SI. Portanto,
o correcto é dizer que as balanças medem as massas dos corpos e objectos, não o peso
deles.. Contudo, embora a função primária da balança seja medir a massa, há balanças
que, por meio de relações matemáticas simples, podem informar o valor aproximado do
peso de um corpo.

Balão de destilação é um instrumento utilizado em laboratórios para destilação. Conecta-


se a um condensador e geralmente é fabricado por vidro de borosilicato (vendido
comercialmente com o nome de pirex).

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Balão fundo chato

O balão de fundo chato destina-se a destilações químicas e seu uso é semelhante ao


balão de fundo redondo, porém mais apropriado aos aquecimentos sob refluxo, podendo
ser apoiado sob superfícies planas.

O balão de fundo redondo destina-se a destilações químicas e o seu uso é semelhante


ao balão de fundo chato, porém menos apropriado aos aquecimentos sob refluxo.

Balão Volumétrica

O balão volumétrico ou balão graduado é um frasco utilizado na preparação e diluição de


soluções com volumes precisos e pré-fixados.

Possui um traço de aferição no gargalo. Este tipo de vidraria é usado na preparação de


soluções que precisam ter concentrações definidas (concentração expressa em uma
grandeza por unidade de volume). Os balões volumétricos tem um volume único e fixo

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 20


que é descrito no próprio balão. Existem balões volumétricos feitos em vidro borossilicato
e em polipropileno.

Becker,

Bastão ou baqueta: é um bastão maciço de vidro. Serve para agitar e facilitar as


dissoluções ou manter massas líquidas em constante movimento.

Bandeja Plástica para secagem das lâminas

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Barriletes em PVC

Barrilete com tampa para estocagem de água destilada reagentes, etc;


-Corpo e tampa fabricados em PVC branco.
- Fornecido com mangueiras de medida de nivel, tampa e torneira.
- Capacidade(L): 05 / 10 / 20 / 30 / 50 / 100;

Banho Maria

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Banho Maria Digital

Banho-maria é um método científico utilizado tanto em laboratórios químicos e na


indústria (culinária, farmacêutica, cosmética, conservas, etc.) para aquecer lenta e
uniformemente qualquer substância líquida ou sólida num recipiente, submergindo-o
outro, onde existe água a ferver ou quase. O processo recebe o nome em honra à famosa
alquimista, Maria, a Judia, a quem atribui-se a invenção do processo. As substâncias
nunca são submetidas a uma temperatura superior a 100 °C, no caso de utilização de
água, pois a temperatura de ebulição em condições normais de temperatura e pressão é
de mais ou menos 100 °C. Temperaturas elevadas podem ser atingidas usando azeite .

A bureta é um instrumento laboratorial


cilíndrico, de vidro, colocado na vertical com a ajuda de um suporte que contém uma
escala graduada rigorosa, geralmente em cm3 (mL). Para determinar pequenos volumes
de reagentes com precisão possui na extremidade inferior uma torneira de precisão para
dispensa de volumes rigorosamente conhecidos em tarefas como a titulação de soluções.

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Bico de Bunsen

Aquecedor a gás com chama de temperatura variável, de acordo com a regulagem.

Cadinho ou cápsula de porcelana:

É usada em evaporação ou secagem e pode ser levada ao fogo sobre tela de amianto.

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Condensadores

São colunas de vidro com tamanho variável entre 10 cm e 1,7 metro, dentro das quais
existem tubos em forma reta, espiral ou bolas sequenciais. São utilizados em destilações.

Cadinho ou Crisol

É um recipiente em forma de pote, normalmente com características refratárias, resistente


a temperaturas elevadas, no qual são fundidos materiais a altas temperaturas. Os ourives
e os alquimistas o usam há séculos para purificar o ouro, de modo que o objeto tem
também significado metafórico.

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Capela de laboratório

Uma capela laboratorial, capela de exaustão ou hotte é um equipamento de protecção


colectiva (EPC) em todos os laboratórios que tenham algum tipo de trabalho com
manipulações de produtos químicos, tóxicos, vapores agressivos, partículas ou líquidos
em quantidades e concentrações perigosas, prejudiciais para a saúde. Por isso a sua
importância no laboratório e a obrigatoriedade de toda a manipulação que possa
ocasionar uma reação perigosa ser feita dentro de uma capela.

Caixa para Arquivo de Lâminas -50, 100 unidades

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As Câmaras

As Câmaras de FUCHS-ROSENTHAL tem uma profundidade de 0,2mm. O sistema de


contagem é formado por uma grande área de 16mm², em que são observadas 16 áreas
de 1mm². Cada uma dessas áreas é subdividida em 16 mini-áreas com 0,25mm de lado
e uma área de 0,0625mm². Observa-se que todas as áreas têm uma borda tripla em cada
lado. A linha central é o limite e determina quando uma célula deve ser incluída na
contagem ou não. Esta câmara é frequentemente usada para contagem de células no
líquor.

Câmara Nageotte

Câmaras de Nageotte Permitem a contagem manual de baixas concentrações


de leucócitos, abaixo da capacidade dos hemocitômetros padrão. A leitura da amostra é
feita através de uma rede de contagem localizada na base central da câmara.
A profundidade da câmara é de 0,5 mm. Na imagem ao microscópio (vide figura), é vista
uma base quadrada de 100 mm2 dividida em 40 rectângulos, cada um com área de 0,25
mm x 10 mm = 2,5 mm2 e volume de 2,5μl (40 x 2,5μl = 100μl). A contagem de leucócitos
é feita nos 40 rectângulos e as linhas horizontais delimitam o volume da câmara.
As câmaras de Nageotte podem mensurar precisamente até 0,1 célula/μL (100
células/ml).
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Câmaras Neubauer

CÂMARAS DE NEUBAUER São utilizadas para contagem de células ou outras partículas


em suspensão, sob microscópio. As leituras das amostras são feitas através de uma rede
de contagem (quadrantes) localizada na base central das câmaras. A profundidade da
câmara é de 0,1mm. Na imagem ao microscópio, ao menor aumento (vide figura), são
vistas 9 grandes áreas de 1mm². As quatro grandes áreas angulares (L) são subdivididas
em 16 áreas com 0,25 mm de cada lado. Elas servem para contagem de leucócitos. A
grande área central é subdividida em 25 grupos quadrados de 0,2 mm de cada lado. Cada
grupo consiste de 16 mini-áreas com 0,05 mm de lado, tendo cada área 0,0025 mm². Os
5 grupos marcados (E) são usados para contagem de eritrócitos. É observado que todas
as áreas têm uma borda tripla em cada lado. A linha central é o limite e determina quando
uma célula deve ser incluída na contagem ou não.

Centrífugas de Bancada

Centrífuga refrigerada - HR/T16M e


HR/T20M

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Caracterizada por controle inteligente, possui função de centrifugação simultânea. É um
aparelho que acelera o processo de decantação. Devido ao movimento de rotação, as
partículas de maior densidade, por inércia, são arremessadas para o fundo do tubo

Contador de Células

Contador de células sanguíneas digital (hemocitômetro) com 12 teclas,

Equipamento com design moderno, que realiza contagens, declaração numérica e a


disponibiliza para o usuário.

Exibição de até 10 pares de números para o teste, registros de contagem com 2 dígitos e
registro totalizador .

O contador manual de células sanguíneas é um instrumento utilizado em laboratórios de


análises clínicas, especialmente utilizado na área de hematologia.

Contadores de Colónias

Aplicações:

contagem digital de colônias de bactérias, fungos e leveduras, nas áreas de


microbiologia, indústria de alimentos, indústria farmacêutica, análise de água, controle de
poluição, etc;
• Sistema de contagem com circuito eletrônico sensível que registra em um contador
digital os pulsos originados a partir de uma caneta contadora tipo pressão;
• Para contagem, cada colônia deve ser tocada com a caneta e, nesse momento, ela é
colorida e soa um alarme confirmando a contagem;
• Quando houver erro na contagem, os botões “-“ ou “+” podem ser acionados, para
diminuir ou aumentar a contagem.

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 29


Chapa Aquecedora

A chapa aquecedora é um equipamento utilizado em diferentes rotinas laboratoriais que


permite simular e/ou monitorar um ambiente ideal para diferentes tipos de amostras.
Constituído por plástico retardador de chama e plataforma quadrada confeccionada em
liga de alumínio e cerâmica, resistente à corrosão, a chapa aquecedora possui painel
frontal com display digital LCD, controlador de temperatura e LED indicador de superfície
quente.

Cronómetros e Timers

Timer digital usado para cronometrar até


15 rotinas de exames diferentes em um único equipamento. Ideal para o uso em rotinas
laboratoriais, contagem de tempo de rotinas diferenciadas, permitindo ser usado em
vários departamentos do laboratório.

Cubas e Berços – Coloração

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Cubetas para Espectrofotômetro

Vidro

Cubetas de alta qualidade desenvolvidas especialmente para técnicas de colorimetria


e espectrofotometria. Fabricadas em vidro óptico e quartzo ES, que garantem um
polimento sem defeitos com melhor transmissão e precisão de resultados.

As cubetas de vidro são usadas quando se trabalha na região do visível. Para a


região do ultravioleta, devem-se usar as cubetas de quartzo, que são transparentes à
radiação ultravioleta, pois o vidro absorve a mesma.

Dessecador ou Exsicador

É usado para guardar substâncias em ambiente com pouco teor de umidade.

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Destampador de Tubos

O uso do destampador automático reduz o risco potencial de contaminação biológica que


pode ocorrer pela projeção de aerossóis ou por acidentes com tubos quebrados, durante
as operações manuais. Com isso, torna a rotina laboratorial mais eficiente, além de
aprimorar as condições de biossegurança

Uma espátula é um utensílio de extremidade larga e plana que é


utilizado para mexer e misturar substâncias pastosas. Em laboratório, é usada para
transferir substâncias sólidas, especialmente em pesagens. Pode ser fabricada em aço
inoxidável, madeira, porcelana e plástico de diversos tamanhos e formas .

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Estufa Electrica

Utilizado no Laboratório de análises clínicas, para Esterilização dos materiais pelo calor
seco.

Estante para tubos de ensaio: É utilizado para apoiar tubos de ensaio.

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Espectrofotômetros

O Espectrofotômetro modelo
UV-6100S é um modelo avançado de espectrofotômetro UV-Visível com excelente
relação custo benefício. Baseado nas especificações comuns dos modelos visíveis, ele
apresenta suas próprias vantagens.

Comprimento de onda variável, na faixa de 190nm a 1100nm; Controlado por


microprocessador. Utiliza duas lâmpadas, sendo uma lâmpada halógena de tungstênio e
uma lâmpada de deutério; Selecção do comprimento de onda automático; Sistema óptico
monofeixe; Monocromador com grades de difração holográficas com 1200 linhas /
mm;Detector tipo Foto-diodo de silicone;Display digital LCD de 6 polegadas para mostrar
resultados e curvas directamente na tela; Linha de base, comprimento de onda, corrente
escura podem ser calibrados automaticamente para manter boas condições de
funcionamento.Leituras directas em Absorbância, Transmitância, Concentração e Fator de
Concentração.

Espalhador de Células

Espalhador (scraper) é um acessório especialmente desenvolvido para uso em conjunto


com frascos e tubos para cultura de células, tecidos e meios de cultura. Auxilia na
manipulação e remoção das amostras, evitando perdas e danos. São fabricados em
polipropileno, estéreis, embalados individualmente.

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Erlenmeyer (em alemão: Erlenmeyerkolben) é um frasco em balão, usado como
recipiente no laboratório, inventado pelo químico alemão Emil Erlenmeyer.

Feito de material de vidro, plástico, policarbonato transparente ou polipropileno


transparente, é ideal para armazenar e misturar produtos e soluções, cultivo de
organismos e tecidos e predominantemente usado em titulações

Sua parede em forma de cone invertido evita que o líquido em seu interior espirre para
fora, e facilita a lavagem com o solvente onde está se processando a titulação.

Apresenta variações de tamanhos de bocas, tampas de vidro esmerilhado e plástico e


inclusive estrias em suas paredes para melhor homogeneização de soluções.

Funil de Buchner

Usado em filtrações a vácuo, pode substituir os cadinhos de Gooch.


Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 35
Funil de haste longa

Confeccionado em vidro, é utilizado na retenção de partículas sólidas, além da filtração.


Mesmo sendo uma vidraria de laboratório, o funil de haste longa não deve ser aquecido.

Funil de separação ou decantação

Recipiente de vidro em forma de pêra, que possui uma torneira. É Utilizado para separar
líquidos imiscíveis. Deixa-se decantar a mistura; a seguir abre-se a torneira deixando
escoar a fase mais densa.

Funil normal

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Frasco para soluções e reagentes

Homogeneizador tipo roller

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Homogeneizador tipo roller em estrutura compacta. Indicado para homogeneização
completa de soluções em geral.

• Homogeneização simultânea tanto por rolamento como oscilação


• Carga máxima: 0,5 Kg
• Modo de operação contínuo e temporizado
• Controladores de velocidade e tempo digitais
• Display digital tipo LED para controle de velocidade e tempo
• Velocidade ajustável: 20-100 rpm
• Timer: 1-999 min
• Precisão do ajuste de velocidade: ±3 rpm
• Amplitude de oscilação: 22mm ± 1mm
• Temperatura ambiente de operação: -5º à 40ºC
• Humidade relativa de operação: ≤ 80%
• Dimensão da plataforma: 240mm x 245mm
• Dimensão Total: 400 x 270 x 95mm
• Peso: 4,50 Kg
• Potência: 10W
• Voltagem: 110V (KJMR-IIA) ou 220V (KJMR-IIAU) ± 10% (60Hz)
• Fusível:F2A-250V.

Kitassato

Recipiente de vidro com paredes super-reforçadas e indicado para filtrações a vácuo.

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Lâmina para Análise de Sedimentos Urinários

As Lâminas para Análise de Sedimentos Urinários “Precision Cell” fornecem mais


segurança, uniformidade e precisão na análise microscópica de elementos presentes em
amostras de urina. Sua estrutura torna a análise mais simples e prática, evitando qualquer
possível contaminação das amostras e facilitando a contagem de elementos presentes
em amostras de urina.

Lâmina Microscopia porte objecto

As Lâminas para Microscopia são fabricadas em vidro neutro, com espessura de 1,0-1,2
mm e dimensões de 25,4 x 76,2mm (26 x 76mm). Apresentam-se com bordas lisas ou
foscas, com arestas lapidadas ou não. As lâminas com borda fosca possuem uma área
fosca de, aproximadamente, 20 mm de comprimento, em uma das extremidades, que
facilita a rotulagem. As lâminas com arestas lapidadas são fabricadas utilizando
processos de moagem, que resultam em finas arestas lapidadas de qualidade elevada,
reduzindo riscos de corte e infecções, durante as manipulações laboratoriais. As lâminas
são cortadas à laser, lavadas, seladas à vácuo e embaladas em caixas de papelão, com
50 unidades, intercaladas uma a uma com folhas de papel com tratamento anti-fúngico.

Lamínula Microscopia ou cubra objecto

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 39


Fabricadas em vidro transparente de alta qualidade, sem qualquer defeito ou falha. A
cobertura de vidro é limpa, livre de poeira e as lamínulas estão apropriadas para uso,
imediatamente após abertura da embalagem. São embaladas em caixas plásticas com
tampa dobradiça, nas quais as lamínulas estão acomodadas em quatro ou dois diferentes
compartimentos. Cada caixa de lamínula contém um sachê de sílica para retenção de
humidade. As embalagens plásticas são acondicionadas em caixas de papel seladas à
vácuo em folhas de alumínio, para maior segurança e confiabilidade.

Caixa Plástica com tampa dobradiça com 100 unidades. Pacote à vácuo com 5 caixas

plásticas.

Micropipetadores

Monocanal Multicanal

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 40


As Micropipetas Monocanais de Volume Variável Totalmente Autoclavável são resultado
de estudos de ergonomia e manipulação. A utilização de materiais modernos e
inovadores fazem com que sejam micropipetadas exactas, confiáveis, leves e duradouras.
Entre outras vantagens, pode-se citar o manejo sistemático com uma única mão, o fato de
ser totalmente autoclavável e a técnica integrada Easy Calibration. O funcionamento
uniforme, suave e sem oscilações do êmbolo, permitem pipetagem sensível e sem
esforços.

Microscópio óptico Monocular e Binocular

O microscópio é um instrumento óptico com capacidade de ampliar imagens de objectos


muito pequenos graças ao seu poder de resolução. Este pode ser composto ou simples:
microscópio composto tem duas ou mais lentes associadas; microscópio simples é
constituído por apenas uma lente células

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 41


Pipetas Sorológicas Estéreis

Pipetas sorológicas moldadas em poliestireno com filtro de proteção, esterilizadas com


radiação gama, descartáveis, apirogênicas, graduadas à 20ºC. Embaladas
individualmente.

Placa de Kline

Placa de Kline é o nome dado a placas escavadas, utilizadas para realizar o teste de
VDRL (sigla de “Veneral Disease Research Laboratory”), que é um exame de triagem, no
diagnóstico laboratorial da Sífilis (doença sexualmente transmissível) e Reação Widal.

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 42


Uma placa de Petri, ou caixa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro, metal
ou plástico que os biólogos utilizam para a cultura de microbio. O nome foi dado a este
instrumento de laboratório em honra do bacteriologista alemão Julius Richard Petri (1852-
1921) que a inventou em 1877 quando trabalhava como assistente de Robert Koch. É
constituído por duas partes: uma base e uma tampa.
Normalmente, para se usar em microbiologia, a placa é parcialmente cheia com um caldo
líquido de ágar onde estão misturados alguns nutrientes, sais e aminoácidos, de acordo
com as necessidades específicas do metabolismo do micróbio a estudar. Depois de o
ágar solidificar, é aí colocada uma amostra contaminada pelo micróbio (alguns micróbios
têm de ser colocados enquanto o ágar se encontra quente).
As placas de Petri modernas podem vir dotadas de anéis que seguram a tampa à base,
quando empilhadas, de forma a evitar deslizamentos.
Além deste uso (placa de ágar), é frequente utilizar a placa de Petri para observar a
germinação das plantas e de grãos de pólen ou para observar o comportamento de
pequenos animais, entre outros usos.

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 43


Placa de Petri de Vidro

Placa de petri de vidro com tampa e fundo plano, material vidro Boro, suportam
temperatura de, aproximadamente, 400°C.

Placas para Cultura

Placas para cultura de células com superfície de crescimento tratada para uma ampla
variedade de células. Fabricadas em poliestireno classe médica de alta transparência, são
ideais para análises microscópicas e determinações espectrofotométricas. Apresentam
marcação alfa-numérica para fácil identificação das cavidades, área antiderrapante nas
laterais da base para facilitar manuseio, bordas chanfradas para evitar encaixe incorrecto
das tampas e cavidades com bordas elevadas para evitar contaminação cruzada. Placas
esterilizadas com radiação gama, livres de DNase, RNase e pirogênios.

Placas para Microtitulação

Microplacas fabricadas em poliestireno transparente com 96 cavidades de fundo chato,


“U” ou “V”. Apresentam índice alfa-numérico, para facilitar a identificação das amostras.
Esterilizadas com radiação gama e embaladas individualmente. Descartáveis.

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Pipetas de westerngreen

Proveta ou cilindro graduado

Serve para medição aproximada de volumes maiores de líquidos.

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Pisseta

Deve conter solventes, água ou soluções de sabões e é utilizada para efetuar lavagens de
outras vidrarias.

Pompete

O Pompete, pera, enchedor de pipeta ou pró-pipeta é uma bomba de sucção com três
entradas/saídas de ar.

Pipeta de Pasteur

A pipeta de Pasteur é um utensílio semelhante a um conta-gotas, geralmente formado por


um tubo de vidro de ponta afilada. Serve para efectuar a transferência de pequenas
porções de líquidos. Criada pelo químico francês Louis Pasteur, recebe este nome em
sua homenagem.

Ao contrário das outras pipetas, esta pipeta não apresenta um volume determinado.
Possui apenas a abertura inferior para entrada de líquido. Em sua ponta superior, possui
um "balão" que, quando pressionado expele o ar. A ponta inferior é mergulhada no líquido
a transferir e em seguida soltando o balão, o líquido é sugado para a pipeta

As pipetas de Pasteur são utilizadas em casos onde não é necessária grande precisão do
volume transferido.

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Ponteiras

Racks para Ponteiras

Suporte universal, garra e pinças de fixação

Usados para segurar e sustentar vidrarias, como balões e condensadores, entre outros.

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Suporte para Pipetas de Plástico

Swabs

Swabs para colecta e transporte de amostras clínicas para realização de exames


microbiológicos, garantindo a confiabilidade e transporte seguro.

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 48


Tubo para Centrífuga

Tubos para centrífuga em vidro borossilicato 3.3, fundo cónico, com borda, sem
tampa.

Tubos para centrífuga de fundo redondo, fabricados em polipropileno, com tampa de


pressão acoplada de

superfície plana, não-estéreis, autoclaváveis. Suportam temperaturas de -80°C a 120°C.

Tampas para Tubos

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Tubos de Ensaio

Tubos Eppendorf

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 50


Tubos para Congelamento

Os Tubos para Congelamento são moldados em polipropileno, utilizados para


congelamento de células em freezeres; Graduados, com tampa de rosca externa, anel de
vedação e superfície fosca para anotações; Fundo cónico com base auto-sustentável,
para garantir maior estabilidade na bancada e também melhor fixação em caixas de
armazenamento; Resistentes a temperaturas de – 80°C à 121ºC (autoclaváveis).

Tubos Tipo Falcon

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Microtubos para PCR

Tiras de microtubos para PCR, em polipropileno, transparentes, com tampas de


superfície plana, paredes finas que permitem rápida transferência térmica.
Autoclaváveis a 121°C, por 15 minutos.

Tripé de ferro

Usado como apoio para tela de amianto e outros objectos a serem aquecidos.

Tela de amianto

Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é distribuir


uniformemente o calor recebido pela chama do bico de Bunsen.

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 52


Alguns sianais usado no Laboratório de análises clínicas

Corrosivo

Substâncias que quando em contacto com tecidos vivos, podem


exercer uma acção destrutiva permanente.

Explosivo

Utilizado para classificar substâncias instáveis que podem reagir de


forma exotérmica com rápida libertação de gases podendo originar
explosões em determinadas condições.
E
Inflamável

Utilizado para classificar substâncias líquidas com ponto de inflamação


e ebulição muito baixos e substâncias gasosas que à temperatura e
pressão atmosférica normal são inflamáveis quando estão expostas ao
ar ambiente.

Nota: no caso de F+ trata-se de uma substância extremamente


F inflamável.

Perigoso para o ambiente

Utilizado para classificar substâncias que representam uma ameaça ou


um risco imediato para o meio ambiente. Estas substâncias devem ser
devidamente neutralizadas ou tratadas depois da sua utilização de
forma a minimizar o seu efeito nocivo sobre o meio ambiente.
N

Comburente

Serve para classificar substâncias que em quando em contacto com


outros agentes podem potenciar reacções fortemente exotérmicas.

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 53


Radioactivo

Utilizado na classificação de substâncias emissoras de radioactividade


que em doses elevadas podem ser fatais.

Tóxico

Serve para classificar substâncias que quando inaladas, ingeridas ou


em contacto com a pele, podem causar riscos para a saúde, lesões
permanentes ou mesmo a morte.

Nota: no caso de T+ trata-se de uma substância muito tóxica.


T

Irritante

Utilizado na classificação de substâncias não corrosivas mas que em


contacto directo, prolongado ou frequente com as mucosas ou a pele
pode originar reacções inflamatórias.
Xi

Nocivo

Serve para classificar substâncias que quando inaladas, ingeridas ou


em contacto com a pele, podem causar riscos para a saúde ou lesões
permanentes.
Xn

Mutagénico

Serve para classificar substâncias que quando inaladas, ingeridas ou em


casos de penetração cutânea, poderão potenciar e/ou originar defeitos
genéticos hereditários.

T/Xn

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 54


Possibilidade de choque elétrico: o local marcado com este aviso é perigoso por conter
eletricidade exposta, se não tomar cuidado o choque elétrico pode ser inevitável.

Uso obrigatório de luvas: Quando for trabalhar com produtos corrosivos, como ácidos, por
exemplo, o uso de luvas passa a ser obrigatório. Esse equipamento de segurança ainda
protege suas mãos do contato com objetos quentes e vidros quebrados.

Lave as mãos: Este símbolo traduz a necessidade de lavagem das mãos durante o
experimento. Não toque nos olhos, boca e nariz enquanto estiver manuseando produtos
químicos.

Este é o símbolo do kit de primeiros socorros, todos os laboratórios precisam estar


equipados com ele, além de medicamentos, contém manta apaga-fogo (para caso de
incêndios) e produto lava-olhos (para respingos de ácidos nos olhos).

Laboratórios devem conter, como todo ambiente seguro, extintores de incêndio em


condições de uso suficientes para eventuais acidentes.

Métodos Instrumentais Analíticos 1º Ano 2018 António Dikambu 55

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