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Cor & Aparência

COLORIMETRIA
COMO MEDIR DIFERENÇAS DE COR
KONICA MINOLTA SENSING AMERICAS, INC

A colorimetria é a ciência da medição de cor e é amplamente empregada no


comércio, indústria e laboratórios de desenvolvimento para expressar a cor
em termos numéricos e para medir as diferenças de cor entre amostras. As
aplicações incluem tintas, plásticos, gráfica, vestuário, alimentos e bebidas,
farmacêuticos e cosméticos, monitores e outros produtos e peças que
refletem ou transmitem cor.

O uso e a importância da colorimetria têm crescido de forma uníssona com


o aumento do processamento e produção globalizada. Por exemplo, quando
uma peça automotiva plástica é produzida em um continente, ela precisa
combinar com um painel metálico pintado em outro, portanto uma descrição
objetiva e precisa da cor se torna absolutamente necessária.

Infelizmente, a percepção humana das cores varia muito e é afetada pela


iluminação, tamanho da amostra, cores circundantes e ângulo de observação.
Os instrumentos colorimétricos fornecem um conjunto de condições
padronizadas que ajudam a assegurar a consistência e repetibilidade.

Enquanto o termo colorimetria é normalmente utilizado de maneira genérica


como sendo a medição da cor, ele difere da espectrofotometria, um termo
relacionado, porém com metodologia distinta para a mesma finalidade.

Na colorimetria, a quantificação da cor é baseada nos três componentes da


teoria da visão colorida, que estabelece que o olho humano possui receptores
para as três cores primárias (vermelho, verde e azul), e que todas as outras
cores são vistas como misturas dessas cores primárias. Na colorimetria esses
três componentes são conhecidos como coordenadas X-Y-Z. Um colorímetro
que se baseia nessa teoria de percepção de cor, emprega três fotocélulas
como receptores para “ver” a cor de maneira muito similar ao olho humano.

A espectrofotometria, por outro lado, utiliza muito mais sensores (40 ou


mais em alguns espectrofotômetros) para decompor o feixe de luz refletido
ou transmitido em seus comprimentos de onda individuais. Ele mede a
refletância espectral de um objeto em cada comprimento do espectro visível.
A espectrofotometria fornece alta precisão e é normalmente utilizada na
pesquisa e nas aplicações de formulação de cor. Os colorímetros normalmente
são utilizados na produção e aplicações de controle de qualidade.
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Anatomia de um colorímetro
Um colorímetro consiste de uma fonte de luz, geometria óptica de
visualização fixa, três fotocélulas que correspondem a um Observador
Padrão reconhecido internacionalmente e um processador próprio
ou um cabo de conexão para um processador/monitor externo ou
computador.

Em operação, a lente do sensor do colorímetro é normalmente


colocada diretamente sobre a área a ser medida, por exemplo, um
pedaço de tecido tingido ou um pedaço de plástico colorido. Para
líquidos ou filmes coloridos, onde a luz transmitida precisa ser
medida, a amostra é colocada no compartimento de transmitância
do instrumento ou em uma célula especial de medição. A seguir
o operador aciona a fonte de luz que é refletida ou transmitida da
amostra e passa através das três fotocélulas, que determinam os
componentes vermelho, verde e azul e vão para o processador ou
microcomputador. O computador calcula os valores tristímulus X-Y-Z e
captura as informações que são visualizadas ou impressas.
Figura 1. Sensibilidade espectral correspondente ao olho humano
(funções de correspondência de cores do Observador Padrão de 1931)
Enquanto os valores tristímulus são úteis para a definição das cores,
eles não permitem a visualização fácil da cor. Por isso, uma série
de modelos matemáticos e gráficos têm sido desenvolvidos pela Commission Internationale de l’Eclairage (CIE). Esses conceitos
são conhecidos como espaços de cor. Os espaços de cor expressam de maneira mais simples os atributos relativos da cor como,
por exemplo, a luminosidade (cor clara/escura), a saturação (cromaticidade) e a tonalidade. Eles são particularmente úteis
quando medimos e comparamos cores diferentes entre duas amostras - por exemplo, um padrão que precisa ser repetidamente
reproduzido em um processo de produção industrial.

A tonalidade é o termo utilizado na classificação geral da cor – a região do espectro visível (380 – 700 nm) na qual grande parte
da refletância de luz ocorre. A tonalidade percebida como azul tende a refletir luz na parte inferior do espectro, verdes na região
central e vermelhos na região mais alta. A figura 1 mostra a sensibilidade espectral correspondente ao olho humano.

A luminosidade pode ser medida independentemente da tonalidade. Por exemplo, a luminosidade de um limão pode ser
comparada com a luminosidade de uma cereja. A cromaticidade descreve a pureza/saturação e também pode ser medida
independentemente da tonalidade.

Entre os espaços de cor mais amplamente utilizados para definir e expressar matematicamente esses atributos estão o espaço de
cor CIE Yxy, estabelecido em 1931; e os espaços de cor L*a*b* e L*C*h de 1976. Outros espaços de cor, como o CIE LUV, Hunter
Lab, desenvolvido por Richard S. Hunter, e a notação de cor Munsell também são utilizados.

Com o tempo, representações do espaço de cor têm sido refinadas para melhor corresponder com a percepção de diferença de
cor do olho humano sendo definidas pela experimentação contínua e médias estatísticas.

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Valores X-Y-Z e o Espaço de Cor Yxy


Uma das primeiras representações do espaço de cor é o diagrama
de cromaticidade CIE 1931 X,Y (figura 2). O diagrama é usado para
representações gráficas bidimensionais de cor, independentemente da
luminosidade. X e Y são as coordenadas de cromaticidade calculadas
através dos valores X-Y-Z. Neste diagrama, as cores acromáticas estão
localizadas no centro com aumento de cromaticidade nas bordas. Uma
maça vermelha medida colorimetricamente possui as coordenadas de
cromaticidade X=0.4832 e Y=0.3045 e pode ser localizada nesse espaço
de cor na posição A (circulo azul).

Também conhecido como CIELAB, o espaço de cor L*a*b* foi criado em


1976 para ajustar um dos problemas originais do espaço de cor Yxy.
Distâncias iguais no diagrama de cromaticidade X,Y, não correspondiam com
a percepção de diferenças de cor. No espaço de cor L*a*b*, um espaço de
cor sólido e esférico, o valor de L* indica a luminosidade, e os valores de a*
e b* as coordenadas de cromaticidade. Aqui os valores de a* e b* indicam a
Figura 2. 1931 X, Y diagrama de cromaticidade.
direção da cor (+a* é a direção vermelha, -a* a direção verde).

O espaço de cor L*C*h utiliza o mesmo diagrama do espaço de cor L*a*b*, mas emprega coordenadas cilíndricas no lugar de
coordenadas retangulares. O valor de L* é o mesmo encontrado no diagrama L*a*b*. O valor de C* é o croma (cromaticidade)
e o valor h é o ângulo de tonalidade. O valor de C* no centro é 0 para uma cor acromática e aumenta conforme se distancia do
centro. O ângulo de tonalidade (h) inicia no eixo +a* e é expresso em graus no sentido anti-horário.

(amarelo) As medições que saem de um colorímetro são expressas


em termos de X-Y-Z medidos da amostra, bem como outros
valores de espaços de cores uniformes. Pela comparação dos
tonalidade valores de um padrão e amostra, o usuário não apenas tem
uma descrição numérica da cor, mas também pode expressar
a natureza da diferença de cor entre as duas amostras
medidas. O colorímetro mostra a diferença de luminosidade,
cromaticidade e tonalidade entre o padrão e a amostra.
(verde) (vermelho)
Medições feitas em uma localidade e expressas em um
determinado espaço de cor podem então ser comparadas
com medições feitas em outra localidade ou em outro horário
e então expressas em uma linguagem internacionalmente
aceita. Nesse sentido, as medições colorimétricas eliminam a
subjetividade em percepções e avaliações de diferenças de cor.
(azul)
Figura 3. a*, b* diagrama de cromaticidade.

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Os colorímetros hoje
Uma grande variedade de colorímetros tristímulus está disponível hoje para a amostragem de cores em produção, inspeção
e controle de qualidade. Muitos são portáteis e alimentados por baterias o que permite a medição objetiva de cor no chão de
fábrica ou em locais remotos. Eles possuem uma grande variedade de aberturas e geometrias de iluminação/medição para
aplicações específicas e vários níveis de processamento de dados além de inúmeros acessórios.

Colorímetros com aberturas pequenas são usados para medições precisas de pequenos objetos como pílulas e reagentes.
Colorímetros sem contato permitem a medição de cor em linhas de produção têxteis, papel e bobinas metálicas. Instrumentos
que cabem na palma da mão são desenvolvidos para aplicações específicas como a medição de contrate de produtos
assados, fritos e alimentos processados. Com a monitoração precisa e consistente da cor na linha de produção e operações
de processamento, as indústrias têm uma redução significativa de custos, desperdício e rejeição de produtos enquanto
melhora a eficiência e a produtividade em suas operações.

Figura 4. Colorímetros portáteis permitem medições


nas linhas de produção ou locais remotos.

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