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Psicologia e

Percepção das Cores


Material Teórico
Teoria das Cores

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Rita de Cássia Garcia Jimenez

Revisão Textual:
Profa. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini
Teoria das Cores

• Teoria das Cores

• Contrastes

· Apresentar as teorias formuladas sobre a cor.


· Conhecer os elementos físicos e contextuais que influenciam a
percepção das cores.
· Compreender as principais diferenças entre a cor luz e a cor
pigmento.
· Perceber a importância da cor como ferramenta de destaque
e identificação, em composições.

Para que você tenha um ótimo aproveitamento, é importante que você leia o texto com
bastante atenção. Esta primieira unidade é muito importante porque explica a teoria da
cor, fundamental para compreender como aplicá-la futuramente e como analisar uma
composição de qualquer tipo.
Veja a apresentação narrada com slides, assista a videoaula e, ainda, veja a representação
visual que fizemos, do conteúdo. Dessa maneira, você entrará em contato com o material de
diversas formas e poderá absorver as informações com maior facilidade.
Não se esqueça de fazer as atividades. Esta unidade possui um exercício de múltipla escolha
(de autocorreção) e uma atividade dissertativa, que é um fórum de discussão (espaço
reservado para você discutir com seus colegas o tema proposto).
Lembre-se, essas atividades possibilitam a você fazer uma avaliação quanto à sua
aprendizagem. São atividades pontuadas e possuem prazos para a realização.

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Unidade: Teoria das Cores

Contextualização
A cor está em tudo ao nosso redor. Em qualquer ambiente podemos encontrar cores: nas
roupas, na decoração, na televisão, nas propagandas, nas revistas, na arquitetura etc. E,
independentemente da área que nós atuemos, precisamos ter um mínimo de conhecimento
sobre elas. Por exemplo, quando escolhemos nossas roupas ou compramos coisas para nossa
casa, inevitavelmente temos que decidir entre cores e pensar em como combiná-las. Todas as
áreas ligadas à criação precisam conhecer profundamente como usá-las também.
Então, para nos ambientarmos com esse assunto, proponho dois videoclipes sobre cor.

Vídeo 1
Black & White, de Eran Amir, no qual todo um ambiente foi produzido para parecer P & B,
cm música de Bill Callahan - Eid Ma Clack Shaw.
http://www.youtube.com/watch?v=DkX7-CcVLVw

Vídeo 2
Quadro do programa educacional infantil americano chamado Sesame Street sobre as cores.
http://www.youtube.com/watch?v=yu44JRTIxSQ

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Teoria das Cores
Muitos pesquisadores, entre eles físicos, químicos e artistas, tentaram explicar a cor, através
de suas características essenciais, para compreender o como e o porquê as percebemos.
Muito já foi estudado, mas muitas perguntas ainda estão sem respostas. Este é um assunto tão
intrigante quanto importante para diversas áreas do conhecimento, como a psicologia, medicina,
arquitetura, design, propaganda e a arte, porque ao compreendê-lo pode-se transformar a cor
em uma poderosa ferramenta de cura, sedução, conforto etc.
A afirmação da cor como uma sensação foi inicialmente postulada pelo filósofo René
Descartes (1596-1650). As cores são percebidas pelo olho por meio da incidência de luz, que
sensibiliza a nossa retina. A sensação é a reação que temos ao sermos estimulados através de
nossos canais perceptivos. É nesse sentido que a cor é considerada uma sensação.

Para Pensar
Percebemos ou sentimos a cor? Qual a diferença entre sensação e percepção?

Somos estimulados o tempo todo e de inúmeras formas por sons, cheiros, gostos, tato e
imagens. Nosso organismo, através de nossos sentidos, pode perceber todos esses estímulos, ou
parte deles, e reage de forma a interpretá-los.
Para perceber é necessário estar atento ao mundo ao nosso redor. Os estímulos podem
ser muitos de uma única vez, como o gosto de uma bala, o som dos pássaros e a visão de
uma cena de terror na televisão. O nosso sistema de captação e recepção irá selecionar esses
estímulos, fazendo com que percebamos todos ou apenas alguns deles. Aqueles captados
nos causarão sensações.
A cor é considerada uma sensação captada e percebida por nosso aparato fisiológico e
interpretada por nós. Fica mais claro quando imaginamos que não é possível pegar uma cor, no
máximo podemos apalpar um objeto que possua determinada cor.
A grande questão sobre a percepção e a sensação da cor é que elas estão ligadas a vários
fatores. Há os externos ao receptor,como o entorno ou contexto onde este receptor está inserido,
que pode promover diversos outros estímulos simultâneos. A sensação de perceber um vermelho
em uma loja de flores seguramente será diferente da sensação produzida pela mesma cor em
uma cena de crime. Falaremos mais sobre isso em outro momento.
No século XVII, após muitas pesquisas, Isaac Newnton (1643-1727) descobriu que o prisma
era capaz de dividir um feixe de luz nas cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e
violeta. Exatamente as mesmas sete cores que vemos ao nos depararmos com um arco-íris.
Esse fenômeno da natureza acontece justamente porque partículas de água, presentes no céu,
depois da chuva, se comportam como pequenos prismas cristalinos capazes de decompor a luz
em cores. Dessa forma, podemos supor também que cor é luz.

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Unidade: Teoria das Cores

A decomposição do feixe de luz e sua recomposição


Suidroot - en.m.wikipedia.org

De acordo com o pesquisador holandês Christiaan Huygens (1629-1695), a luz se propaga


como uma onda, e como afirmou James Clerk Maxwell (1831-1879), ela é de natureza
eletromagnética, composta de eletricidade e magnetismo.
Segundo um experimento de Newton, existe uma faixa de ondas possíveis de serem vistas
pelo olho humano. Esta faixa estaria entre 400 nm e 800 nm (nanômetros - unidade usada para
medir o comprimento de onda), o comprimento de ondas que corresponde as cores que vemos
quando a luz é decomposta.

As cores e seus comprimentos de onda:


Vermelho 610 nm a 760 nm Verde 500 nm a 570 nm
Alaranjado 590 nm a 610 nm Azul 450 nm a 500 nm
Amarelo 570 nm a 590 nm Violeta 380 nm a 450 nm

É esse comprimento de onda que caracteriza uma cor, ou seja, é o que a define como azul,
amarelo, verde e etc. A palavra matiz é considerada um sinônimo para cor.
É interessante notar que no arco-íris ou na decomposição da luz, a sequência em que as cores
aparecem se deve ao comprimento das ondas: da maior para a menor.
Bom, dessa forma entendemos que a luz estimula o nosso sistema ocular a produzir uma
sensação chamada cor, dentro de uma faixa limitada pela nossa capacidade de ver ondas.
Segundo estudos, há cerca de dez milhões de cores no campo visual e que poderíamos ver, se
elas conseguissem estimular nossa retina.
Para entender melhor como funciona nosso sistema ocular, vamos ver a figura a seguir.

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Composição do olho humano - Chabacano - en.wikipedia.org

O olho, de forma esférica, é revestido por uma membrana chamada esclerótica. A córnea é a
parte anterior do olho sobre a câmara que protege a íris, que funciona como um diafragma. Entre
a câmara anterior e a posterior está a lente cristalino. A retina é uma membrana fotossensível que
reveste a parte interna do olho e é constituída pelos fotoreceptores chamados de cones e bastonetes.
Foi o físico inglês Thomas Young (1773-1829) que chegou a conclusão de que dentro do olho
deveria haver receptores que processassem a informação luminosa em impulsos eletroquímicos,
que seriam transmitidos ao córtex cerebral pelo nervo óptico, informação essa confirmada
apenas na década de 1960.
Os cones em menor número, cerca de sete milhões, são os responsáveis pela visão da cor
e sensíveis à luz do dia. A luz entra no olho humano pela pupila, passa pela lente cristalino
e chega à retina, composta por cones de três tipos: L que percebe o comprimento de ondas
longos, o vermelho; M que percebe comprimento de ondas médias, o verde e o S que percebe
o comprimento de ondas curtos, o azul.
Já os bastonetes, cerca de 100 milhões, presentes na retina de forma irregular, são sensíveis
à luz noturna, ou seja a visão durante a noite ou em lugares escuros. São sensíveis a percepção
de formas e movimentos, mas não de cores.

Esquema de detalhamento do olho humano. Visualização dos fotorecptores cones e bastonetes


Chabacano, Madhero88, Ivo Kruusamagi - en.wikipedia.org

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Unidade: Teoria das Cores

Young recompôs a luz, ao contrário de Newton que a decompôs, projetando as cores do espectro
para obtê-la. Ele criou a teoria tricromática, na qual as cores primárias, as básicas e que dão
origem a todas as outras, seriam o vermelho, o azul e o amarelo. São chamadas assim porque são
indecomponíveis. Posteriormente, trocou o amarelo pelo verde como já havia mencionado Leon
Battista Alberti (1404-1472) em seu tratado sobre Arquitetura, Pintura e Escultura.

Para compreender melhor como as cores se dividem, temos que compreender a diferença
entre cor luz e cor pigmento.

A cor luz é aquela percebida pela incidência


do raio de luz, sobre o olho e é reconhecida pelos
fotorreceptores. A fonte natural da cor luz é o raio
solar, enquanto as fontes artificias são, por exemplo, a
lâmpada, a televisão e o computador. Feixes de luz, de
cores intensas, em par se misturam para formar cores
mais claras. As cores luz primárias são vermelho, azul
escuro ou azul-violetado e verde, e as secundárias,
púrpura ou magenta azul cyan e amarelo. A soma das
três cores primárias produz o branco e essa mistura
é chamada de síntese aditiva e o sistema utilizado
é o RGB (red, green and blue), utilizado pelos
Sistema RGB - http://www.criarweb.com/artigos/teoria-
equipamentos eletrônicos através da emissão de luz. da-cor-modelos-de-cor.html

As cores pigmento são aquelas construídas por pigmentos. Podem ser naturais – orgânicos
e inorgânicos - aqueles encontrados na natureza como os responsáveis pelas cores das plantas
e animais e os presentes nos minérios. É possível extrair pigmentos de flores, folhas, sementes,
galhos, terra e ossos calcinados. Esses elementos triturados, quando misturados com um
aglutinante, se tornam tintas. Hoje, os pigmentos também podem ser artificiais. No século XIX
os pigmentos passaram a ser industrializados e comercializados.

Você Sabia ?
O albinismo é um distúrbio congênito que se caracteriza pela falta parcial ou total de pigmento na
pele, cabelos e olhos, devido a um problema com a enzima responsável por produzir a melanina.

As cores pigmento podem ser divididas em


opacas e transparentes. As opacas são aquelas
que surgem dos fenômenos de absorção,
reflexão e refração das cores luz sobre os corpos
ou dos raios luminosos incidentes. As primárias
são vermelho, azul e amarelo. Se misturarmos
duas primárias em partes iguais, encontraremos
as secundárias: o verde, o laranja e o roxo.

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As cores pigmento transparentes surgem da
absorção, reflexão e transparência, é o caso da aquarela,
fotografia e impressão gráfica. As primárias são o
magenta, azul cyan e amarelo.
Ao misturarmos as três cores primárias pigmento
opacas ou transparentes, acharemos o cinza neutro
escuro ou o preto. Todas as outras proporções resultarão
nas cores terciárias. Essas misturas são chamadas de
síntese subtrativa e o sistema utilizado é chamado de
CMYK, utilizado para as impressões em geral, como as
de revistas, livros ou feitas por impressoras caseiras. Suas
letras significam Cyan, Magenta, Yellow e Black. Sistema CMYK

Você Sabia ?
A letra K represanta o black, porque a letra B poderia ser confundida com a cor blue (azul).

A luz, ao incidir sobre uma superfície pintada, terá parte de suas ondas absorvidas e parte
refletida - aquela que iremos enxergar. Por exemplo: quando vemos uma mesa azul, vemos
o azul porque das três cores primárias que constituem a luz, foi essa a cor refletida, enquanto
o vermelho e o verde foram absorvidos. A página em branco de um caderno não absorve
nenhuma cor, ao contrário, reflete-as, fazendo-nos enxergar a somatória delas, que é o branco.
O fato da superfície subtrair parte das ondas é o que lhe caracteriza como síntese subtrativa.

Reflexão e absorção dos raios coloridos

As cores podem ser classificadas em complementares, quentes e frias, neutras e análogas,


além de primárias, secundárias e terciárias.
Cores complementares são cores que se complementam porque somadas produzem o
branco. A cor complementar de uma primária é a soma das duas outras primárias em proporções
iguais ou seja uma cor secundária. Seus pares são os que possuem mais contraste entre si:
vermelho e verde; amarelo e violeta e azul e laranja. Para encontrá-las, basta apenas olhar qual
é a cor que está exatamente à frente da primária. Veja no exemplo a seguir.

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Unidade: Teoria das Cores

Círculo cromático: visualização da posição das cores complementares.

Cores quentes são as cores nas quais o vermelho


e o amarelo predominam e que compõem as escalas
em modo maior. Em geral, criam uma sensação de
calor e proximidade.
Cores frias são as cores nas quais o azul e o
verde predominam e que compõem as escalas
em modo menor. Ao contrário das cores quentes,
transmitem uma sensação de frescor e parecem
estar mais distantes.
Há cores que são compostas por uma cor fria e
uma cor quente, como é o caso dos verdes que são
constituídos de amarelo (quente) e de azul (frio) ou
dos roxos e violetas, parte azuis e parte vermelhos.
Círculo cromático dividido em cores frias e quentes

Para Pensar
No caso dessas cores, compostas por uma cor fria e uma cor quente, são frias ou quentes?

Podemos responder que vai depender da cor que predomina na mistura ou então da
relatividade. Um verde amarelado pode ser considerado frio, perto de vermelhos, mas também
pode ser considerado quente entre outros verdes e azuis. Observe a imagem a seguir:

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Relatividade das cores

Cores análogas são aquelas que estão próximas no círculo cromático. É uma cor primária
combinada com outras duas próximas a ela, como no exemplo abaixo: o vermelho combinado
com o vermelho-violeta e o vermelho-laranja.

Podemos também pensar em escalas, quando criamos uma variação de cores com intervalos
regulares de saturação, tom ou luminosidade.

Atenção
Para compreender o que são escalas de cor, primeiro temos que entender o que significa valor e
croma. Valor, a luminosidade ou brilho varia do branco ao preto, ou seja, da luz total à sua ausência
total e o croma, saturação ou pureza da cor, é definida pela quantidade de luz branca misturada à
faixa monocromática. Quanto menos luz branca, mais pura e forte ela será.

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Unidade: Teoria das Cores

A escalas monocromática é uma escala feita de uma


mesma cor, construída por uma variação de saturação/
croma ou de luminosidade/valor. Se partirmos do branco
e adicionarmos uma cor aos poucos, vamos encontrar uma
escala dessa mesma cor determinada por sua saturação/croma,
quantidade de pigmento. Pode ser também chamada de escala
do branco. A escala de luminosidade se constrói ao adicionar o
preto sobre uma cor saturada. As escalas de valor são aquelas
que vão da adição de branco e preto de forma crescente.
Escala de saturação

Escala policromática é a escala formada por diversas


cores, como o arco-irís e o círculo cromático.
Como falamos anteriormente, a nossa percepção pode ser
influenciada por diversos fatores. Um deles é o contexto no
qual essa cor está inserida. A mesma cor vista em cenários
diferentes pode nos causar sensações diferentes. Da mesma
forma, sempre que uma cor aparecer ao lado de outra, ambas
sofrerão influência uma da outra.

Escala policromatica

Contrastes

Leonardo da Vinci (1452-1519), estudou os contrastes simultâneos da cor, ou seja, a influência


de uma cor sobre a outra quando vistas bem próximas.

Perceba como os cinzas parecem diferentes, tanto em relação a sua luminosidade quanto à
tonalidade. O cinza dentro do quadrado cinza escuro parece mais claro que o outro e na verdade
são exatamente iguais. Quanto a tonalidade, o cinza dentro do quadrado verde, assume um
tom avermelhado, cor complementar ao verde. O nosso cérebro busca a harmonia cromática
projetando a cor complementar sobre o cinza.
Nesse sentido, a cor cinza tem uma grande importância dentro das composições, já que pode
ser percebida de formas diferentes, dependendo das cores que estão ao seu redor, facilitando a
harmonização do conjunto.

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O contraste de cores complementares é um dos mais fortes que podemos aplicar em
uma composição para chamar a atenção sobre ela como um todo ou para detalhes específicos.
Vamos lembrar que para achar a complementar de uma cor primária basta ver no círculo
cromático a cor secundária que está justamente em seu lado oposto.

Pares de cores complementares

Contraste de complementares Tanakawho - Flickr.com

Contraste de claro e escuro


Este contraste acontece quando colocamos uma cor clara próxima a uma cor escura. Uma
composição chamada de alto contraste é quando contrastamos o branco e o preto.

Contraste de claro-escuro

Michel Eugéne Chevreau (1786-1889) estudou também os contrastes sucessivos: aqueles


percebidos na sequência, um após o outro. Observou que ao olharmos para uma superfície
de uma cor por um período de tempo e em seguida olharmos para uma superfície branca,
enxergamos sua cor complementar.
Nossa percepção pode ser influenciada também por um outro fator externo, que é a luz que
incide sobre o objeto, chamado de iluminante. Há vários tipos de iluminates: a luz solar, natural
e proveniente do sol, e a luz artificial como a de uma vela ou uma lâmpada. Há também os
fatores internos, aqueles que estão diretamente ligados aos fatores físicos e psicológicos do
receptor. Hoje, podemos encontrar uma certa variedade de tipos de lâmpada.

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Unidade: Teoria das Cores

A lâmpada incandescente, a primeira a ser comercializável, foi inventada em 1879 por Thomas
Alva Edson (1847-1931). Ela emite um tipo de luz avermelhada e alaranjada inicialmente,
chegando ao amarelo após atingir sua temperatura final. E a lâmpada fluorescente, ao contrário
da anterior, criada por Nikola Tesla em 1938, emite um tipo de luz branca.
Como vimos, percebemos as cores através de todo um aparato fiosiológico que constitui
o olho. Qualquer problema ou anomalia nesse sistema pode causar problemas na recepção
da informação luminosa. A doença mais conhecida relacionada à percepção das cores é o
daltonismo. Ela foi estudada pelo químico John Dalton (1766-1844), também portador
da doença. É uma anomaila que está relacionada a um problema nos cones de tipo L e M,
causando dificuldade na percepção dos vermelhos e verdes. Problemas com os cones de tipo S
são raros. Por ser uma doença ligada ao cromossomo X, ela afeta mais homens que mulheres.
Há ainda os fatores psicológicos que podem afetar de forma importante a percepção da cor.
O estado psicológico de um indivíduo pode fazê-lo perceber as cores de formas diferentes. Por
exemplo, se estamos bem e felizes podemos ver um marrom e reconhecê-lo como uma cor chic
e elegante, mas em um dia de mau humor, esse mesmo marrom pode parecer insignificante ou
mesmo uma cor suja.
Para encerrarmos este tema, não poderíamos deixar de mencionar a ilusão ótica. A palavra
ilusão diz muito sobre esse fenômeno ótico. Ela se refere a percepção de algo que não existe. Por
alguma razão, os sentidos se confundem e criam uma falsa percepção. A ilusão ótica é quando
pensamos enxergar algo que efetivamente não está lá. Um exemplo é o disco de Benham,
criado como um brinquedo por Charles Benham em 1894. Construído com um padrão preto
e branco, quando girado cria um espectro de cores ilusórias.

Disco de Benham
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_de_Benham

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Material Complementar
Para que você saiba mais sobre o assunto desta unidade, separamos para algumas sugestões
que incluem livros, sites e filmes.
Espero que você goste!

Filmes para assistir


A VIDA EM PRETO E BRANCO. Direção: Gary Ross. Produção: Allen Alsobrook,
Carla Fry, Ric Keeley. [S.I.]: , 1998. 124 min, son., color. [Comédia, drama, fantasia.
EUA.]. Sinopse: Nos anos de 1990, dois jovens vão parar em um seriado dos anos de
1950 em preto e branco.
METRÓPOLIS. Direção: Fritz Lang. Produção: Giorgio Moroder, Erich Pommer.
Berlim: Universum Film, 1927. 100 min, son., preto e branco. [Ficção científica,
suspense, drama. Alemanha.]. Sinopse: Metrópolis é uma cidade no ano de 2026,
governada por Joh Fredersen (Alfred Abel), um insensível capitalista. Ele decide criar
um robô à semelhança da líder dos operários para infiltrá-lo entre eles. O que ele não
sabe é que seu filho, Freder, está apaixonado por ela.
NOSFERATU. Direção: Friedrich-Wilhelm Murnau. Produção: Enrico Dieckmann,
Albin Grau; Berlin: Jofa-Atelier Berlin-Johannisthal; [S.I.]: Prana-Film GmbH, 1922.
80 min, son., preto e branco. [Fantasia, terror. Alemanha.]. Sinopse: Filme mudo do
cinema expressionista alemão que conta a história de um vampiro.
SONHOS. Direção: Akira Kurosawa, Inoshiro Honda. Produção: Mike Y. Inoue,
Hisao Kurosawa. Nova York: Warner Bros. Pictures; [S.I.]: Akira Kurosawa USA, 1990.
119 min, son., color. [Fantasia, drama. Japão, EUA.]. Sinopse: Em oito episódios, o
filme conta os dramas humanos diante de sua natureza egoísta. O episódio O Corvo
apresenta um homem que entra em uma obra de Van Gogh ao observá-la.
A VIDA de Leonardo Da Vinci. Direção: Renato Castellani. Roma: Radiotelevisione
Italiana; Madri: Televisión Española, 1972. 60 min, son., color. [Biografia. Itália.].
Sinopse: História da vida e da obra de um dos artistas mais famosos da renascença
italiana: Leonardo Da Vinci.

Para ler
WALKER, Alice. A cor púrpura. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.

Explore Links
Para saber mais sobre ilusão de ótica
http://www.moillusions.com

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Unidade: Teoria das Cores

Referências
FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. Psicodinâmica das cores em
comunicação. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 2006.

FRASER, Tom e BANKS, Adam. O guia completo da cor: Livro essencial para a
consciência das cores. São Paulo: Editora Senac, 2007.

PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. São Paulo: Editora Senac Nacional, 2009.

PEDROSA, Israel. O universo da cor. São Paulo: Editora Senac Nacional, 2004.

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Anotações

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www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000

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