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DA COR
Derli Kraemer
O processo de visão e
de percepção da cor
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, veremos que, para que possamos perceber as cores, é
necessário que ocorram fenômenos físicos e fisiológicos. Assim, estu-
daremos como funciona o processo da visão e da percepção da cor no
âmbito da fisiologia: como a cor é percebida pelo olho e interpretada
pelo cérebro. A partir desse conhecimento, veremos também como usar
os meios gráficos digitais para construir estruturas cromáticas.
Princípios da percepção
Segundo Gomes Filho (2004), as constantes dos princípios da percepção são
as seguintes:
A psicologia das cores é um assunto que, após Goethe, foi estudado profundamente
por vários pesquisadores. Um deles, Eva Heller, escreveu um livro intitulado justamente
de A psicologia das cores, no qual publicou os resultados de sua pesquisa, realizada
principalmente na Alemanha. Nele há curiosidades interessantes, como, por exemplo,
que o azul é a cor favorita da maioria das pessoas e que o marrom é a de que menos
gostam. Cada cor transmite uma sensação para seu observador; quando compostas por
duas ou mais cores, as sensações podem ser ainda mais bem dirigidas, influenciando
o comportamento das pessoas.
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Na Figura 2a, temos o esquema de cores RGB, baseado na luz, formado por
vermelho (red), verde (green) e azul (blue), no qual existe a soma das cores.
Na Figura 2b temos o sistema CMY — ciano, magenta e amarelo (yellow),
que foram o sistema de cores pigmento, ou seja, tinta. Segundo Fraser e Banks
(2012), percebemos a cor pigmento pelo reflexo que a luz devolve ao nosso olhar.
A cor, portanto, depende da luz que ilumina o objeto. Ela não necessariamente
é uma característica do objeto iluminado. Um vaso verde pode ser percebido
como preto quando iluminado sob luz monocromática azul.
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Essa percepção recebe os efeitos causados pelo que está a volta, como,
por exemplo, as cores de um cenário televisivo. Vamos supor um cenário no
qual o apresentador está no escuro e há uma bandeira azul e outra branca. Se
uma luz amarela for lançada no ambiente, as cores serão percebidas de acordo
com o comprimento de onda resultante da cor luz atuando sobre o cenário,
ou seja, uma bandeira preta e uma bandeira amarela. Isso ocorre porque a luz
amarela sobre o azul resultará na soma dessas cores, ou seja, preto, enquanto
a bandeira branca se somará à luz amarela e será, portanto, amarela.
Então é aí que entra a criatividade para gerar ilusões para um público-
-alvo, usando meios gráficos digitais como ferramentas para a construção de
estruturas cromáticas.
Cultura e religião, embora não pareçam, são fatores que devem ser considerados
durante a escolha das cores de um projeto. Azul, por exemplo, é uma cor considerada
sagrada para hindus, como também para católicos, enquanto para os povos árabes
a cor sagrada é o verde. Por esse motivo é importante ter o máximo de informações
sobre o projeto, a fim de evitar uma possível ofensa.
Fontes: Autor.
A história dos meios gráficos digitais começou nos anos 1950, com sistemas
de impressão chamados “plotters” e osciloscópios controlados por computador.
Nos anos 1960, evoluímos para displays de vetores.
Nos anos 1980, a tecnologia já permitia o uso do computador para aplica-
ções gráficas como CAD (computer aided design, ou projeto auxiliado por
computador). A Autodesk, por exemplo, lançou seu software AutoCAD em
1982, segundo o site da própria empresa. Atualmente, os softwares da Auto-
desk são líderes de mercado, auxiliando designers de várias especialidades,
incluindo designers de interiores e arquitetos, a desenvolverem projetos de
maneira rápida e assertiva.
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Leituras recomendadas
AMBROSE, G.; HARRIS, P. Design básico: cor. Porto Alegre: Bookman, 2010.
DOYLE, M. E. Desenho a cores: técnicas de desenho de projeto para arquitetos, paisagistas
e designers de interiores. Porto Alegre: Bookman, 2001.
PEDROSA, I. Da cor à cor inexistente. 3. ed. Rio de Janeiro: Leo Christiano, 1982.
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