Você está na página 1de 15

TEORIA E PRÁTICA

DA COR

Derli Kraemer
O processo de visão e
de percepção da cor
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

„„ Descrever o processo de visão e de percepção da cor.


„„ Identificar como a cor é percebida pelo olho e interpretada pelo
cérebro.
„„ Utilizar os meios gráficos digitais como ferramentas para a construção
de estruturas cromáticas.

Introdução
Neste capítulo, veremos que, para que possamos perceber as cores, é
necessário que ocorram fenômenos físicos e fisiológicos. Assim, estu-
daremos como funciona o processo da visão e da percepção da cor no
âmbito da fisiologia: como a cor é percebida pelo olho e interpretada
pelo cérebro. A partir desse conhecimento, veremos também como usar
os meios gráficos digitais para construir estruturas cromáticas.

Visão e percepção da cor


Em uma definição geral, podemos considerar que visão é a capacidade de
compreender, assimilar e perceber visualmente tudo que está no mundo exterior
por meio da utilização dos olhos e do cérebro. Nessa definição geral, a visão
contém a percepção da cor e da forma em todos os aspectos. Existindo luz, o
mecanismo da visão é estimulado e passa funcionar, entregando ao cérebro
informações para serem interpretadas.
As cores, percebidas pela maioria dos humanos, são tão comuns no nosso
dia a dia que mal nos damos conta que as percebemos. Segundo Foley e Grimes
(1988), o uso incorreto das cores pode levar ao desconforto e à fadiga visual,
causando uma percepção errada da mensagem e, assim, reduzindo o seu
2 O processo de visão e de percepção da cor

impacto; se a mensagem fosse monocromática, por exemplo, teria um terço


de redução desse impacto.
Essa interpretação tem a ver com a psicologia das cores, estudada inicial-
mente por Johann Wolfgang von Goethe, no século XIX. Sua teoria desenca-
deou todo um estudo sobre o comportamento humano diante das mensagens
que são entregues pelas cores, utilizado amplamente em diversas áreas do co-
nhecimento e especialidades, como arquitetura, design e publicidade. Segundo
Heller (2013), as pessoas têm preferências por certas cores e seus efeitos são
universais, transmitindo sensações. Entretanto, há algo anterior às sensações
que as cores transmitem ao seu observador: sua percepção.
Isaac Newton foi quem descobriu a decomposição da luz utilizando um
prisma, que a decompõe em radiações de diferentes comprimentos. Ao che-
garem ao olho, essas radiações de diferentes comprimentos permitem sua
distinção como cor. A cor, portanto, é uma sensação fisiológica, que, segundo
MacDonald (1999), é o efeito fisiológico que esse comprimento de onda produz;
cada um desses elementos constituem a luz branca.
O estudo da cor evoluiu de Newton a Goethe para as escolas de arquitetura,
arte e design, como a Vkhutemas, na Rússia, e, mais tarde, a Bauhaus, na
Alemanha, onde artistas, arquitetos e designers estudaram a forma e a cor em
várias especialidades. A Bauhaus, fundada em 1919 e extinta em 1933, passando
por fases tão difíceis quanto sua existência, foi importante para a arquitetura,
a indústria e a arte. O conceito principal da Bauhaus sempre foi a Gestalt,
que, em uma livre tradução do alemão, significa “boa forma”. Nesse sentido,
um árduo estudo sobre cor, forma e projeto resultam em uma “boa forma”.
O conceito da Gestalt e da psicologia das cores pode ser usado, por exemplo,
no design de interiores. Se dispostas de forma correta, além da ergonomia
apropriada, as cores podem estimular o colaborador a se comportar de uma
maneira ou outra. O vermelho tanto pode deixar o ambiente dinâmico quanto
opressivo; ele tende a deixar o ambiente menor, justamente o contrário das
cores frias, que podem ampliar e tranquilizar o ambiente.
Segundo Murch (1984), a luz atravessa as camadas de tecido do olho, atinge
a retina, uma área sensível do sistema de visão, e então as cores são formadas
no cérebro. Já segundo Gomes Filho (2004), para a Gestalt, todo o processo
consciente e forma percebida estão estritamente relacionados com o pro-
cesso fisiológico, portanto a luz transmitida é estruturada e psicologicamente
percebida pelos estímulos visuais. Esses estímulos são padrões constantes
organizados como princípios da percepção. Os princípios da percepção são
proximidade; similaridade; pregnância; simetria; segmentação; fechamento.
Vejamos mais sobre eles.
O processo de visão e de percepção da cor 3

Princípios da percepção
Segundo Gomes Filho (2004), as constantes dos princípios da percepção são
as seguintes:

1. Proximidade: objetos que estão localizados próximos são percebidos


como mais relacionados entre si do que os que estão posicionados
distantemente. Os seres humanos tentem a agrupar objetos quando
existe essa proximidade dos signos, unificando-os.
2. Similaridade: objetos similares são percebidos como mais relacionados
do que os que não o são. A similaridade acontece por meio da repetição
do signo, seja de forma, seja de cor.
3. Pregnância: objetos tendem a ser compreendidos como organizados,
o que facilita a percepção e compreensão/interpretação. Normalmente,
esta característica está ligada a projetos que resultam do uso de outros
princípios da Gestalt.
4. Simetria: objetos são percebidos como signos dispostos de forma
simétrica, orientados por uma medida.
5. Segmentação: os signos fazem a percepção humana separar ou identi-
ficar partes de uma forma como parte do todo. É justamente o oposto
do princípio do fechamento. Essa percepção pode ocorrer por forma,
pontos, linhas, cores, formas e outros.
6. Fechamento: objetos são percebidos como fechados, mesmo que não
sejam. Sua forma causa a percepção de que constituem um desenho
completo, entretanto, não o são. Ao observar signos com esta caracte-
rística, a percepção é de que a forma está completa. Ocorre em pontos,
linhas, cores, formas e outros.

A psicologia das cores é um assunto que, após Goethe, foi estudado profundamente
por vários pesquisadores. Um deles, Eva Heller, escreveu um livro intitulado justamente
de A psicologia das cores, no qual publicou os resultados de sua pesquisa, realizada
principalmente na Alemanha. Nele há curiosidades interessantes, como, por exemplo,
que o azul é a cor favorita da maioria das pessoas e que o marrom é a de que menos
gostam. Cada cor transmite uma sensação para seu observador; quando compostas por
duas ou mais cores, as sensações podem ser ainda mais bem dirigidas, influenciando
o comportamento das pessoas.
4 O processo de visão e de percepção da cor

Como a cor é percebida pelo olho e interpretada


pelo cérebro
No princípio, existe a luz. Sem ela, não há como a cor ser percebida. Segundo
Fraser e Banks (2012), foi no século XIX que o físico inglês Thomas Young
(1773-1829) estudou e postulou que o olho devia conter receptores que reagiam
a certos comprimentos de ondas luminosas. Como as partículas são numero-
sas e os comprimentos de onda são extensos, ele concluiu que os receptores
conseguem perceber apenas uma parte do espectro.
Antes de entrar um pouco mais a fundo na fisiologia, vale comentar que há
uma diferença entre efeito cromático e agente cromático. O efeito cromático
é desencadeado pela própria cor em nós — é a realidade psicofisiológica da
nossa percepção. Já o agente cromático, segundo Barros (2006), reporta-se à
constituição do pigmento.
A luz entra no olho e chega até a retina, onde há dois tipos de células fotor-
receptoras, ou seja, que percebem a luz. Essas células são os bastonetes e os
cones, cada um deles com uma função específica, arquitetada pela natureza.
Segundo Murch (1984), os bastonetes tem a capacidade de perceber a presença
da luz e de tons intermediários; já os cones percebem as cores.
Existem três tipos de receptores do tipo cone: um percebe o vermelho, um
percebe o verde e outro o azul. A proporção do número de cada tipo de cone
varia, sendo ela da ordem de 40:20:1, respectivamente, o que significa que a
sensibilidade para o azul é menor do que para o vermelho e o verde.
O olho humano é, portanto, um sistema de percepção de três tipos de
células, chamado de sistema tricromático. É por isso que somos aptos a
identificar as três cores primárias em luz e pigmento. Quando estimulamos
apenas um tipo de cone, por determinado tempo, ocorre uma espécie de
saturação, causando a sensação de enxergarmos a cor complementar àquela
observada (BARROS, 2006).
Além disso, precisamos considerar o próprio formato do olho e seu
campo visual, que é o escopo de abrangência do olho. Na área central do
olho existem apenas células do tipo cone; em uma área mais afastada do
centro há uma mistura de cones e bastonetes; finalmente na periferia, há
apenas bastonetes.
O processo de visão e de percepção da cor 5

da
ite ção
Lim mina a

ão
i tic

vis
cr

IOR
dis romá

de
c

FER
po
o
açã o

m
Rot do olh

IN
ca
a

SÃO
m

do
x i
ite má

E VI
Lim

D
PO
CAM
Linha visul
ótima do olho

ão padrão
Rotação

cromática
Discriminaç

Linha v
is
normal/ ual
de pé
L
inha
norm visual
al/sen
tado
R
IO
Lim

ER
UP
ite d

óti Rota
OS
o ca

ma ção
ISÃ

do
L
EV

olh
mpo

di im o
sc it
OD

e
cro rimi da
de v

MP

m aç n
át ão
CA

ica
isão

Figura 1. Campo de visão.


Fonte: Abreu (2010, documento on-line).

Observando a Figura 1, podemos perceber uma linha perfeitamente ho-


rizontal; a partir dela determinamos o campo visual, cerca de 160 graus
horizontalmente e 120 graus verticalmente.
Segundo Murch (1984), os músculos do olho fazem o cristalino do olho
agir como a lente de uma câmera fotográfica, focalizando o que está à volta do
observador. Portanto, dada a curvatura do olhos e a disposição dos receptores
do tipo cones e bastonetes, a imagem é formada e formas e cores percebidas.
6 O processo de visão e de percepção da cor

Leitores do material impresso, para visualizar as figuras


deste capítulo em cores, acessem o link ou o código
QR a seguir.

https://goo.gl/qqzHtf

Acompanhe a Figura 2, que compara os sistemas de cores.

Figura 2. Círculo cromático RGB (a) e círculo cromático CMY (b).

Na Figura 2a, temos o esquema de cores RGB, baseado na luz, formado por
vermelho (red), verde (green) e azul (blue), no qual existe a soma das cores.
Na Figura 2b temos o sistema CMY — ciano, magenta e amarelo (yellow),
que foram o sistema de cores pigmento, ou seja, tinta. Segundo Fraser e Banks
(2012), percebemos a cor pigmento pelo reflexo que a luz devolve ao nosso olhar.
A cor, portanto, depende da luz que ilumina o objeto. Ela não necessariamente
é uma característica do objeto iluminado. Um vaso verde pode ser percebido
como preto quando iluminado sob luz monocromática azul.
O processo de visão e de percepção da cor 7

Essa percepção recebe os efeitos causados pelo que está a volta, como,
por exemplo, as cores de um cenário televisivo. Vamos supor um cenário no
qual o apresentador está no escuro e há uma bandeira azul e outra branca. Se
uma luz amarela for lançada no ambiente, as cores serão percebidas de acordo
com o comprimento de onda resultante da cor luz atuando sobre o cenário,
ou seja, uma bandeira preta e uma bandeira amarela. Isso ocorre porque a luz
amarela sobre o azul resultará na soma dessas cores, ou seja, preto, enquanto
a bandeira branca se somará à luz amarela e será, portanto, amarela.
Então é aí que entra a criatividade para gerar ilusões para um público-
-alvo, usando meios gráficos digitais como ferramentas para a construção de
estruturas cromáticas.

Cultura e religião, embora não pareçam, são fatores que devem ser considerados
durante a escolha das cores de um projeto. Azul, por exemplo, é uma cor considerada
sagrada para hindus, como também para católicos, enquanto para os povos árabes
a cor sagrada é o verde. Por esse motivo é importante ter o máximo de informações
sobre o projeto, a fim de evitar uma possível ofensa.

Os meios gráficos digitais e a construção de


estruturas cromáticas
E a cor encontra um meio. Por muito tempo, tinta e pincéis foram os meios
para que a cor fosse utilizada, mas com o advento dos meios eletrônicos, novas
ferramentas foram criadas e os designers e publicitários ganharam qualidade
e velocidade na construção de seus projetos.
A vantagem dos meios gráficos digitais não está só na facilidade e na
velocidade de construção das formas, mas também na estruturação e no teste
das cores do projeto. Citando exemplos, para o design de produto ou o design
de interiores, os desenhos técnicos podem ser coloridos, facilitando a identi-
ficação de componentes. No design gráfico, é possível testar qual é a melhor
cor para uma peça gráfica, e, na fotografia, o ajuste cromático da imagem, que
pode valorizar a captura, pode ser avaliado instantaneamente pelo fotógrafo.
8 O processo de visão e de percepção da cor

Veja no Quadro 1 quais são os principais softwares gráficos utilizados


atualmente.

Quadro 1. Softwares utilizados para mídias digitais

AutoCAD Software lançado em 1982; na versão 2019 continua


sendo usado tanto para desenho de plantas
baixas (2D) quanto para modelagem e animação
3D. Sua versatilidade permite o uso para várias
especialidades do design, arquitetura e engenharia.

3DS Max Software da Autodesk, mesma fabricante do


AutoCAD, direcionado para modelagem e animação
3D para maquetes eletrônicas e jogos digitais.

Revit Software da Autodesk, direcionado para a


arquitetura, possibilitando desenho 2D e 3D.

Maya Software da Autodesk, direcionado para modelagem


e animação 3D para entretenimento, ou seja,
comerciais, TV e cinema, principalmente.

Adobe Illustrator Software dedicado ao design gráfico.

Adobe Photoshop Software dedicado à manipulação de


imagens em qualquer sistema de cores.

Adobe InDesign Software dedicado à mídia impressa, tanto para a


edição quanto para a preparação da impressão.

Fontes: Autor.

A história dos meios gráficos digitais começou nos anos 1950, com sistemas
de impressão chamados “plotters” e osciloscópios controlados por computador.
Nos anos 1960, evoluímos para displays de vetores.
Nos anos 1980, a tecnologia já permitia o uso do computador para aplica-
ções gráficas como CAD (computer aided design, ou projeto auxiliado por
computador). A Autodesk, por exemplo, lançou seu software AutoCAD em
1982, segundo o site da própria empresa. Atualmente, os softwares da Auto-
desk são líderes de mercado, auxiliando designers de várias especialidades,
incluindo designers de interiores e arquitetos, a desenvolverem projetos de
maneira rápida e assertiva.
O processo de visão e de percepção da cor 9

Em outros segmentos, softwares de manipulação de imagem, como o


Photoshop e o Illustrator, ambos da Adobe, fizeram história no design gráfico,
na fotografia e na publicidade. Esses são apenas exemplos de softwares usados
no meio digital como ferramentas para a construção de estruturas cromáticas.
Todos esses exemplos são softwares proprietários, ou seja, requerem licen-
ciamento de uso, mas existem no mercado alternativas em softwares livres,
como o GIMP, por exemplo.
Mas, na mídia digital, não há apenas as construções cromáticas realizadas
a partir de softwares, há muitas coisas feitas diretamente por programação.
Dependendo do dispositivo utilizado, tudo muda. O sistema de cores, segundo
Foley (1996), segue os modelos a seguir:

„„ HSV — Hue (matiz), Saturation (saturação) e Value (valor).


„„ HLS —Hue (matiz), Lightness (Brilho) e Saturation (saturação)
„„ RGB — Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul), que também é o
padrão de cores para a WWW (World Wide Web).

De modo geral, o programador escreve valores durante a programação e


esses valores correspondem a determinada cor que será mostrada no software do
dispositivo. Juntando a programação com o 3D, temos a realidade virtual (RV).

Figura 3. Óculos de realidade virtual (RV).


Fonte: Lustosa (2018, documento on-line).
10 O processo de visão e de percepção da cor

A realidade virtual é uma importante ferramenta que designers de inte-


riores e arquitetos podem utilizar para demonstrar, por meio da interatividade
e da modelagem 3D, como será um ambiente que ainda está no estágio proje-
tual. Mas não é só isso: a visualização de catálogos de produtos e a realidade
aumentada também utilizam recursos da mídia digital para impulsionar a
percepção do target sobre a mensagem pretendida.

1. Você já percebeu que uma série desejando alguns efeitos


de luzes piscando parecem estar especiais, um dos cinegrafistas
em movimento? De acordo com gravou uma cena em um estúdio
a psicologia da Gestalt, esse completamente escuro, onde
“movimento” acontece porque existia uma bandeira de cores
nossa mente preenche a falta azul e branca, iluminada por luz
de informação. O princípio de amarela monocromática. Como
similaridade da Gestalt afirma que: a bandeira apareceu, quando a
a) tendemos a separar figuras cena foi exibida ao público?
de seus fundos com base em a) Verde e preta.
uma ou mais variáveis, como b) Verde e branca.
contraste, cor ou tamanho. c) Preta e azul.
b) formas ou objetos próximos d) Preta e amarela.
uns dos outros parecem e) Azul e branca.
formar grupos. 3. A cor de um objeto resulta da luz
c) tendemos a seguir a direção de que ele consegue refletir. Entre um
um padrão visual estabelecido corpo que reflete toda a luz (branco)
em vez de nos desviarmos dele. e um que absorve toda a luz (preto),
d) elementos que compartilham temos, então, objetos que refletem
características visuais como algumas cores e absorvem outras.
forma, tamanho, cor ou A respeito das cores dos objetos,
textura são percebidos marque a alternativa correta.
como um conjunto. a) A cor é uma característica
e) tendemos a enxergar própria de cada objeto.
figuras completas mesmo b) A cor depende da luz que ilumina
quando uma parte da o objeto, portanto, não é uma
informação está ausente. característica própria do objeto.
2. A percepção da cor é muito c) Um objeto de cor amarela
importante para a compreensão sob luz policromática é visto
de um ambiente. Durante um com a mesma cor sob luz
importante jogo da Libertadores, monocromática verde.
O processo de visão e de percepção da cor 11

d) Como reflete todas as cores, o por isso, ele passa a ideia de


corpo negro não tem condição que o ambiente é mais amplo
de apresentar coloração, sendo do que realmente é. Passa
visto, portanto, como preto. a ideia de luxo e estimula a
e) A cor não depende da luz criatividade. Ainda assim, um
que ilumina o objeto. ambiente totalmente branco
4. As cores de um ambiente de pode se tornar monótono.
trabalho exercem diversas sensações e) Azul: é uma cor que consegue
sobre as pessoas. Quando dispostas trazer energia, mas ainda assim
corretamente, estimulam áreas do sugerir calma e seriedade
cérebro, promovendo sensações para o ambiente. É importante
como excitação ou tranquilidade. que o tom do azul não seja
Sendo assim, a cor de um escritório muito escuro e que ele
pode auxiliar ou atrapalhar o também seja utilizado em
desempenho dos funcionários. pontos específicos.
Levando em consideração o 5. Os profissionais de design de
significado e as sensações das interiores devem estar sempre
cores em ambientes de trabalho, o atentos a novas tecnologias, o
que deve ser considerado antes da que permite a criação de projetos
escolha das cores para escritórios? maiores com melhores soluções.
a) Verde: em tons claros, é escolhido Hoje, inúmeras tecnologias
por trazer calma e tranquilidade; facilitam o trabalho em todas as
em tons escuros, pode trazer etapas dos projetos. Uma delas
a sensação de depressão. aumenta as possibilidades de
b) Vermelho: com cuidado, visualização, oportunizando
pode deixar o ambiente mais novas maneiras de experimentar
dinâmico e animado; transmite e de entender os projetos, bem
alegria e proximidade. como o uso de um espaço
c) Roxo: é capaz de atuar muito antes de que realmente
diretamente sobre o pulmão seja construído. Marque a
e o coração, auxiliando, ainda, alternativa que apresenta essa
com problemas na coluna. tecnologia de visualização.
É uma cor que estimula a a) Realidade virtual (RV).
criatividade e faz com que as b) Catálogos de produtos online.
pessoas fiquem mais calmas. c) Impressoras 3D.
d) Branco: sua função principal d) Realidade aumentada (RA).
é multiplicar a luz do espaço, e) Trena digital.
12 O processo de visão e de percepção da cor

ABREU, M. A estrutura de um filme. Magda Abreu_nº6_11º9_ESMGA_Espinho10/11,


2010. Disponível em: <https://magdaabreu06.wordpress.com/about/>. Acesso em:
13 jan. 2019.
BARROS, L. R. M. A cor no processo criativo: um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de
Goethe. 3. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2006.
FOLEY, J. D.; GRIMES J. Using color in computer graphics. IEEE Computer Graphics and
Applications, v. 8, n. 5, p. 25-27, set./out. 1988.
FOLEY, J. D. et. al. Computer graphics: principles and practice. 2. ed. Reading: Addison-
-Wesley, 1996. Cap. 13, p. 563-604.
FRASER, T.; BANKS, A. O essencial da cor no design. São Paulo: Senac São Paulo, 2012.
GOMES FILHO, J. Gestalt do objeto: sistema de uma leitura visual da forma. São Paulo:
Escritura, 2004.
HELLER, E. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. São Paulo:
Gustavo Gili, 2013.
LUSTOSA, M. Com o óculos de realidade virtual, cliente tem visão 360º do ambiente
da casa. In: SZABADI, F. Óculos de realidade virtual na arquitetura permite avaliar am-
bientes com maior precisão. G1, 22 maio 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/
sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/mercado-imobiliario-do-interior/noticia/oculos-
-de-realidade-virtual-na-arquitetura-permite-avaliar-ambientes-com-maior-precisao.
ghtml>. Acesso em: 13 jan. 209.
MACDONALD, L. W. Using color effectively in computer graphics. IEEE Computer Graphics
and Applications, v. 19, n. 4, p. 20-35, jul./ago. 1999.
MURCH, S. Physiological principles for the effective use of colors. IEEE Computer Graphics
and Applications, v. 4, n. 11, p. 49-54, nov. 1984.

Leituras recomendadas
AMBROSE, G.; HARRIS, P. Design básico: cor. Porto Alegre: Bookman, 2010.
DOYLE, M. E. Desenho a cores: técnicas de desenho de projeto para arquitetos, paisagistas
e designers de interiores. Porto Alegre: Bookman, 2001.
PEDROSA, I. Da cor à cor inexistente. 3. ed. Rio de Janeiro: Leo Christiano, 1982.
Conteúdo:

Você também pode gostar