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Percepção Visual

MÓDULO 2

professora_ Cátia Gomes


Percepção cromática
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 A função do olho humano é captar as imagens que nos rodeiam. O olho é revestido por um espesso e opaco
revestimento branco que o protege, chamada esclerótica.
O cristalino é transparente e funciona como uma lente convergente variável.
Comparando com uma câmara fotográfica, ela prova os objectos, próximos ou distantes, através da variação da
distância entre a objectiva e o plano do filme fotográfico. Já o olho humano faz essa focalização através da
curvatura da lente do cristalino. Ele aplaina-se para a visão á distância ou aumenta o raio de curvatura para
visão de objectos próximos.
O olho reage com facilidade a diferentes níveis de luminosidade. Para tal a pupila, varia o diâmetro de abertura,
deixando entrar maior ou menor quantidade de luz. Na câmara o diafragma tem essa função.
Nas câmaras fotográficas a imagem é formada invertida no fundo no olho onde existe uma película fotossensível
que é a retina, seria como um filme da máquina fotográfica. No olho humano essa imagem é levada através dos
nervos ópticos ao cérebro que os interpreta e faz sua inversão.

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Forma como o olho humano percebe as cores

Os bastonetes são células finas e longas que têm uma substância chamada púrpura visual. Quando a
púrpura visual é exposta à luz, tem uma mudança química e a cor dos bastonetes desaparece, esta
reacção provoca um sinal eléctrico, que é passado para a fibra nervosa.
Os bastonetes são muito sensíveis à luz e são importantes para a visão nocturna. Eles respondem à
luz branca comum, desse modo tudo o que é visto com os bastonetes é visto em tons de cinza. Em
luz muito brilhante, a púrpura visual torna-se inactiva. Ela retoma vagarosamente a sua coloração
púrpura usual no escuro, e isto pode levar 30 minutos ou mais.
Os cones são responsáveis pela visão das cores. Eles contêm um dos três produtos químicos
diferentes que também são aclarados pela luz. Eles respondem à luz vermelha, amarelo-verde, ou
azul-violeta, os cones são estimulados apenas pela luz brilhante.
Na fóvea, os cones estão muito juntos, porque cada fibra nervosa está em contacto com apenas um
ou dois cones. Na restante retina, está posicionada a maioria dos bastonetes, há cerca de 300
bastonetes ligados a cada fibra nervosa. Isto significa que o cérebro recebe informações mais
detalhadas dos cones da fóvea do que dos bastonetes do resto da retina.

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Teoria de Gesalt
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 Proximidade: partes que estão próximas no tempo ou no espaço
parecem formar uma unidade e tendem a ser percebidas juntas.
Na figura que se segue, vêem-se os círculos em 3 colunas
duplas, e não isolados ou como um grande conjunto.

 Continuidade: há uma tendência na nossa percepção de seguir


uma direcção, de vincular os elementos de uma maneira que os
faça parecer contínuos ou fluindo numa direcção particular. Na
figura 1 (a mesma do exemplo anterior), existe uma tendência
para se seguir as colunas de pequenos círculos de cima para
baixo.

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Teoria de Gesalt
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 Semelhança: partes semelhantes tendem a ser vistas juntas
como se formassem um grupo. Na figura seguinte, os círculos
parecem formar uma classe e os pontos, outra e tendemos a
perceber fileiras de círculos e fileiras de pontos, em vez de
colunas.

 Complementação: há uma tendência na nossa percepção de


completar figuras incompletas, preenchendo lacunas. Na figura
abaixo, percebemos três quadrados, embora as figuras estejam
incompletas.

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Teoria de Gesalt
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 Simplicidade: tendemos a ver uma figura tão boa quanto possível sob
as condições do estímulo. Os psicólogos da gestalt denominaram isto
de "boa forma" e uma boa forma é simétrica, simples e estável, não
podendo ser tornada mais simples ou ordenada. Na figura de cima,
os quadrados são boas formas pois são percebidos como completos e
organizados.

 Figura/Fundo: tendemos a organizar percepções no objecto


observado (a figura) e o segundo o plano contra o qual ela se destaca
(o fundo). A figura parece ser mais substancial e destacar-se do
fundo. Na figura que se segue, a figura e o fundo são reversíveis e
pode ver-se dois rostos ou uma taça, dependendo da nossa
percepção.

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Percepção visual
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 Percepção é a função cerebral que atribui significado a
estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas.
Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as
suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu
meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e
organização das informações obtidas pelos sentidos. A
percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente
biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos
evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos.

 Ambiguidade:

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Artes visuais (Função e imagem)
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 Função
 Todo texto tem  várias possibilidades de leitura, as funções têm
como objetivo levar o leitor a compreender determinado efeito,
para determinado objetivo. Daí o fato de enfatizar algum
recurso ficar a cargo da capacidade criativa do autor ou emissor
da mensagem. Assim podemos apresentar o emissor – que
emite, codifica a mensagem; receptor – que recebe, descodifica
a mensagem; canal - meio pelo qual circula a mensagem; código
- conjunto de signos usado na transmissão e recepção da
mensagem; referente - contexto relacionado a emissor e
receptor; mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor. Com
os elementos da comunicação temos a geração e interelação dos
variados diálogos das funções, que são conhecidas como:
 1.Função referencial;2.Função conativa;3. Função poética; 4
função metalinguistica; 5 função emotiva

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Artes visuais (Função e imagem)
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 Mensagem:
 Mensagem é a manifestação física da informação produzida por
uma fonte de informação e que se destina a alguém. Todo o
texto escrito que se envia a alguém ilustra uma mensagem,
concebida como um conjunto organizado de signos linguísticos.
A ideia de sequência ordenada é também exigida na cibernética,
onde o conceito representa uma sequência simples de sinais
binários.
 Anatomia da mensagem visual:
Expressamos e recebemos mensagens visuais entre três níveis:
 O representacional: aquilo que vemos e identificamos com base no meio ambiente e na
experiência; 
 O abstracto: a qualidade cinestésica de um facto visual reduzido a seus componentes visuais,
básicos e elementares, destacar os meios mais directos, emocionais e mesmo primitivos da
criação da mensagem.
 O simbólico: o vasto universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou
arbitrariamente e ao qual atribui significados.
Todos esses níveis de resgate de informações interligados e se sobrepõem, mas é possível
estabelecer distinções suficientes entre eles, de modo que possam ser analisados tanto em termos
de seu valor como táctica potencial para a criação de mensagens quanto em termos de sua
qualidade em processo de visão.
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Percepção visual - Movimento
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 O movimento na comunicação visual pode ser obtido através de
vários recursos, porém todos estão associados à repetição de
alguns elementos – ou seja, ao ritmo com o qual são repetidos.
Abaixo observa-se claramente a queda do retângulo vermelho
através da gradação do tom da cor e também através da
repetição do elemento em posições específicas que apontam a
queda. Já a bola azul expressa um nítido movimento horizontal
à direita através da repetição de algumas linhas direcionais na
horizontal em tom suave de cinza.

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Percepção visual - Contraste:
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 O contraste merece um espaço próprio porque na verdade ele
é a base de toda comunicação visual. Contraste significa
fundalmente distinção. É a distinção de um elemento em
relação a outro. Na linguagem visual, o contraste se encontra
essencialmente sob as seguintes formas: equilibrio,
nivelamento,atração e positivo / negativo.

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Equilíbrio
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 O equilíbrio é a arte de harmonizar as diferentes forças visuais.
Basicamente o equilíbrio se dá na interação entre os elementos
visuais e o suporte sobre o qual se compõe a comunicação
visual. O suporte em branco já é um campo marcado por pontos
de energia. Especialmente o centro do suporte é um ponto forte
na composição. É no centro que Leonardo situou a figura de
Cristo na Última Ceia. Uma das metáforas utilizadas para
explicar o equilíbrio visual em uma imagem é a da balança.

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Proporção
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 A  proporção é a arte de relacionar bem duas medidas
diferentes. As medidas podem uma  simples determinação da
relação entre a largura e altura de um suporte até as complexas
mensurações em um projeto arquitetônico. Mias
resumidamente  é a relação dimensional entre as partes de uma
composição entre si e destas com relação ao todo.

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Percepção visual - Ritmo
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 É a tradução, em meio visual, da expectativa produzida por uma
repetição. O ritmo comporta aspectos cognitivos devido à
previsibilidade de suas ocorrências. Podemos dizer que as
primeiras civilizações, por exemplo, se estabeleceram devido ao
trabalho realizado sobre os ritmo naturais. Assim ocorreu com
o Egito antigo. A previsibilidade dos períodos de cheia do Nilo
permitiu aos egípcios construir uma sofisticado sistema de
irrigação das terras ribeirinhas, a qual foi a base material de sua
extraordinária cultura milenar. Através do ritmo há uma
analogia entre a imagem e a poesia assim como com a música.
Rimas visuais são obtidas com o uso de elementos disposto
ritmadamente sobre o suporte. O ritmo conduz o olhar, embala
e seduz. Há uma tendência da percepção em acompanhar a
direção sugerida por um ritmo.

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Percepção visual - Escala
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 É  um método de ordenação de grandezas físicas e químicas
qualitativas ou quantitativas, que dá acesso a comparação. é
também uma relação existente entre as medidas no mapa e as
distâncias lineares correspondentes no terreno

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Percepção visual - Tom
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 O tom relaciona-se com contraste, explicado mais
detalhadamente no fim deste artigo. O tom é expressado pelo
grau de intensidade de um preenchimento – preto ou colorido –
e está intrinsecamente fundamentado na relação luz e sombra.

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Percepção visual - Perspetiva
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 Os quatro elementos da perspectiva são os seguintes:
  
 1) Linha do horizonte

 2)Ponto de vista :
  

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Percepção visual - Perspetiva
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 3) Ponto de fuga:

 4)Linhas de fuga:

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Percepção visual - Plano
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 Tem  comprimento, largura, posição e direcção, é
limitado por linhas e caracteriza os limites máximos de
um volume.

 As formas planas tem uma variedade de formatos


que podem ser avaliados como:
 1)Planos geométricos
 2)Planos Orgânicos
 3)Planos rectilineos
 4)Planos irregulares
 5)Planos caligráficos
 6)Planos acidentais 

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Textura
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 É um elemento que tem vantagens ópticas e tácteis.
Neste ultimo ponto  mais importante que mais se
sobressai, porque a textura e um elemento visual que
sensibiliza e define materialmente as bases dos
objectos. Muitas vezes o grão da imagem fotográfica
pode ser uma forma uma textura e também uma cor
como acontece com o tipo de pincelada empregada na
área da pintura.
 Quanto mais lenta for a película menos observável é o
grão fotográfico. Quanto mais é visível a resolução da
imagem mais observável e o grão fotográfico.

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Forma
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 A forma, ou plano, é formada pela união de várias
linhas dispostas de forma a contornarem um
espaço vazio, como se vê na figura abaixo. A forma
delimita e separa um espaço então interno, de um
espaço externo, infinito.

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Linha
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 Não só tem comprimento como largura. As cor e
textura são
determinadas pelos elementos que são utilizados
para representá-la e pela maneira como é criada.
Possui posição e direção. É
limitada por pontos. Constitui  a borda de um
plano. A linha pode ser recta, diagonal, horizontal

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Ponto
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 O ponto é o elemento básico de representação.
  Se organizarmos um conjunto de pontos de uma
determinada maneira, podemos obter a
 configuração de um objecto, sem nunca
esquecermos que são os pontos que dão forma a
esse objecto e sem recorrermos a outro tipo de
elementos visuais, tais como a linha.

 Técnica do pontilhismo: 
  
 Técnica de pintura desenvolvida cerca de 1855 por
Georges Seurat, usando pequeninos pontos de cor
pura, não misturada. Vista à distância os pontos
parecem misturar-se criando um efeito cromático. 

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Alfabeto visual
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 Chamamos alfabetização visual à sensibilidade à
forma como as imagens são utilizadas e
manipuladas para conter mensagens precisas e
reunirem informação.
Na sua forma mais básica,
a alfabetização visual é a capacidade de entender o
que está sendo visto numa imagem, incluindo
certas
convenções tais como perspectiva e profundidade.

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