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Aluna: Sarah Disitzer Nascimento

Psicologia

RESENHA CAPITULO 3 E 4

A PSICOLOGIA DA PERCEPÇÃO

Para começar, é importante saber que os trabalhos sobre a percepção forneceram modelos
para interpretação da memória, raciocínio, emoção e etc. A teoria da forma também ganhou
ideias e fatos novos graças ao domínio da percepção. O autor começa explicando sobre o
método de ponto de partida da psicologia, que é a experiência imediata. O psicólogo teria que
ser capaz de isolar a subjetividade para obter a experiência em sua pureza. O objetivo do texto
sobre estudo da percepção é descrever essa organização e procurar suas leis, fazendo variar as
condições experimentais.

A psicologia analítica nos protegia do erro de estimulo das propriedades dos objetos. O
verdadeiro erro, que Kohler denomina como erro da experiência, consiste em atribuir à
experiência imediata a organização própria dos mesmos. Como o exemplo dado no texto, se
desenharmos um circulo vermelho no chão para um animal, será o circulo visto? Atribuir
arbitrariamente a individualidade do circulo à imagem retiniana é cometer o erro da
experiência. A teoria da forma não nega os efeitos da educação e das experiências, mas
contesta que essa explicação tenha valor geral. O processo fisiológico resultante de um
conjunto de excitações tende-se a organizar espontaneamente, segundo leis de estrutura e
organização. A melhor forma de explicar essas leis é apresentando um material desprovido de
significado, como exemplo, manchas negras em um papel. Tendemos a vê-los de acordo com
as leis da teoria da forma. Como exemplo, a da similaridade e proximidade. Nós tendemos a
agrupar elementos similares; próximos; a continuar linhas e não ver pontos separados;
tendemos a enxergar a forma do jeito mais simples; agrupamos elementos que tendem a se
completar; e preenchemos os espaços vazios institivamente. Ou seja, temos as formas
privilegiadas, que são as regulares, simples e simétricas (lei da boa forma) e tentamos realiza-
las.

Para definir as leis formais melhor, precisamos estudar a organização interna e externa das
formas. Uma leve diferença de claridade é o que precisa para estabilizar a percepção de figura
e fundo. Sempre existe uma diferença subjetiva entre objeto e fundo, e o melhor jeito de
explicar isso é o exemplo onde duas partes do campo objetivamente não variam, mas são
vistos como figura e fundo respectivamente. Figura e fundo, as duas possuem sua unidade,
mas há dois tipos de totalidade: a da figura, que possui forma, contorno e organização; e a do
fundo, que é indefinido e inorgânico. Um modelo mais articulado e diferenciado desempenha
melhor o papel de figura, enquanto um modelo menos articulado e mais uniforme, o papel de
fundo. Agora se temos uma imagem que as duas partes do campo são qualitativamente iguais,
tendemos a ver o primeiro como fundo e o segundo como figura. Na vida ordinária, a
percepção de figura-fundo é muito importante por estabelecer uma hierarquia. Nenhuma ação
seria possível se a percepção apresentasse tudo no mesmo plano.

A figura se destaca do fundo, mas também tem uma organização interna. Ela pode ser
simples, mas também pode ser complexa. Nesse caso, ela se apresenta como um todo, mas
um todo articulado composto de partes ou membros que são unidades secundárias. Há uma
lei geral: uma parte num todo é coisa diversa dessa parte isolada ou num outro todo.

Segundo o autor, agora é tempo de confrontar a teoria gestaltista com a teoria clássica, que
atribui toda a percepção à subjetividade. A memória não pode fornecer a uma nova
experiência o que ela não tinha na anterior. Então, como podemos explicar a primeira
percepção de nossas vidas ser capaz de gerar uma segunda? É necessário admitir estruturas
primitivas. É verdade que as experiências passadas tem influencias nas nossas novas
memórias, mas para o objeto adquirir uma significação, é necessário que já exista como objeto
sensível. A influência da memória nessa organização é secundária. Com isso temos o exemplo
dos cegos que passam a enxergar depois de cirurgia: eles veem objetos limitados e
individualizados, e não puro caos. Foi dito: “Se vemos as coisas, não os vazios que as separam,
é porque essas coisas são invariáveis nas suas formas, ao passo que seus intervalos são
variáveis”. Esse argumento contém o erro da experiência, como foi falado acima. Concluindo,
não se pode explicar a organização da percepção por meio da significação. Essa critica não
exclui uma influência secundária da memória na percepção.

Por percepção de espaço entendemos localização, direção, tamanho e distância. Quando o


olho se move, não se traduz que o objeto está em deslocamento. Mas quando se segue um
objeto em movimento, mesmo com a imagem retiniana parada, se identifica o deslocamento.
O sinal local varia com as posições dos órgãos. A teoria da forma explicará a percepção do
espaço pelas leis de organização. Com iluminação fraca ou com curta duração de exposição, as
formas simplificam-se. As ilusões óticas não apresentam, na imagem retiniana, nenhuma
deformação que é vista na figura. É um resultado direto da lei geral que as partes dependem
do todo. São ilusões no domínio táctil e não são exclusivos da percepção humana. Inclusive,
são pouco influenciados pelo saber. A ilusão não exige nenhuma educação, o que exige é a
redução da ilusão. Para explicar das formas geométricas, é porque nós tendemos a ver a
melhor forma possível. Então, a figura que parece melhor sendo um sólido, sera visto como
um sólido.

Para a percepção do movimento, o autor cita a experiência de Wertheimer do phi-fenômeno.


Onde um circulo luminoso imóvel surge e depois um segundo circulo imóvel surge na outra
ponta da figura. Mas, em certas condições de duração e de distância você verá um circulo que
se move da primeira posição para segunda. A tese da constância, então, é tão falsa para
excitações sucessivas quanto para simultâneas. O fenômeno estroboscópico é uma percepção
original. Cumpre dizer, que em certas situações objetivas, vê-se um movimento. Um
movimento se caracteriza pela identidade do móvel nas diferentes posições. A propriedade é
geral: as leis orgânicas da percepção estática se aplicam a percepção dinâmica.

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