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Texto 1

O texto trata do surgimento da Psicologia Gestalt e sobre as outras teorias que


existiam na época. A autora vai traçando a distinção entre as teorias, tomando como
base o que a Psicologia da Gestalt descobriu e acredita. Optamos por falar apenas
sobre os princípios da Gestalt.
Max Wertheimer, em 1910, estudando a percepção notou que as explicações
usadas na época de como percebemos não faziam jus a forma como os dados
psicologicos são imediatamente percebidos. Assim, ele decidiu que iria diferenciar o
que estava estudando para que não fosse confudido com as outras teorias, deu o nome
de phi a impressão do movimento aparente. Wertheimer acreditava que tanto o
processo de percepeção quanto o fisiologico e o psicologico não eram apenas soma de
partes.
Kurt Kofka e Wolfgang Köhler foram os sujeitos dos estudos de Wertheimer. Os
dois, assim como Wertheimer acreditavam que a psicologia de Wundt era inaporpriada
para explicar os fenômenos descritos acima. Criaram a Psicologia da Gestalt como
oposição a corrente wundtiana.
Ao estudarem alguns casos, como, o fato de percebemos uma mesa como
retangular apesar de em poucas situações a imagem projetada na retina seja mesmo
retangular, notaram a dependência da percepção da totalidade nas condições
estimulantes.
A Gestalt se opõe a análise feita a partir da separação de um dado, um objeto
ou que ele seja visto em partes, pois um objeto não é uma agrupamento de partes, é
uma totalidade. Acredita que fora do contexto não podemos analisar, pois, perdemos a
singularidade e o caráter global. Para exemplificar isso:
Segundo os gestaltistas, os seres humanos veêm no campo visual um
determinado numero de coisas. Mas simplesmente verá objetos. Logo, isso tem dois
desencadeamentos. Um é que a pessoa vê totaliddes unificadas e não conjuntos de
sensações. E o outro é que são totalidades separadas e também separadas de um
fundo.
Figura e fundo são reversíveis. Quando são trocados apresentam diferentes
características. O fundo é simplesmente espaço vazio e a figura parece estra mais
sólida, ela é formada. Há em nós a tendência para completarmos uma figura,
agruparmos elementos e organizarmos em figura e fundo o campo total.
As Gestalten não são encontradas apenas no campo visual. No campo auditivo
também podemos encontrar a relação figura-fundo e o agurpamento por exemplo. A
transferência do campo visual para o auditivo elucida a transponibilidade e nos mostra
a independecia de todos os conjutos especiais de elementos. Köhler demonstrou a
partir de estudos com macacos que as Gestalten também ocorrem na resolução de
problemas.
A Gestalt recebeu inumeras criticas. Os pensadores da Gestalt diziam que
apesar da teoria estar incompleta, isso não queria dizer que ela era imprecisa, era uma
ciência nova.
Também houveram criticas em relação a como a psicologai da Gestalt se
posicionava em questão à análise. Mas, Köhler explicou que:
“a psicologia gestáltica, pelo seu destaque aos todos,
não pretende de modo algum abandonar a análise como
método científico. Salienta que os gestaltistas reconhecem
bem os todos segregados e que assim empregam um método
de análise que trata com partes genuínas, embora possam se
recusar terminantemente a ter qualquer coisa a ver com
elementos de sensação que não possuem existência como
partes separadas da experiência” (p.324).
Algumas outras críticas vieram dos behavioristas que consideravam que o que a
psicologia da Gestalt tratava estava ultrapassado. Achavam que os psicólogos da
gestalt estavam contagiados pela metafísica, por tratar com a mente e os seus
fenômenos.
Texto do Kurt Lewin

Kurt Lewin é o que se pode chamar de neogestaltista. Ele se apropria da


Psicologia da Gestalt e cria a Teoria de Campo Psicológico.
Exemplificaremos o esquema de Lewin:

Lewin, primeiro, faz um esquema em que ele coloca a pessoa


dentro de um circulo ou pode ser qualquer outra figura, para representar tudo o que é
pessoa e o que é não-pessoa. Depois, ao redor da pessoa ele faz uma elipse (aqui,
fizemos um outro circulo) incluindo o circulo, mas sem nele tocar, esse circulo é o meio
psicológico e fora dessa figura (elipse + circulo) fica tudo o que não é meio psicológico.
A pessoa junto com o meio psicológico formam o espaço vital.
Espaço vital é tudo o que compõe o que a pessoa está se relacionando. O
campo geográfico está como potencial, é o que dá apoio, suporte ao campo
psicológico. São todas as coisas que a principio existem. A qualquer momento eu
posso me conectar com ele. Quando a gente passa a se relacionar se torna campo
psicológico. Pode ser uma atitude, um sentimento. Um exemplo disso é quando a
pessoa está mordendo o lábio e não se dá conta (campo geográfico) e quando ela
passa a fazer contato (campo psicológico). O campo que vivemos é o psicológico. O
campo psicológico em si não existe, o que existe é o campo geográfico.
Nós não percebemos aleatoriamente, há coisas no campo que nos provocam.
Quanto mais dentro de si a pessoa estiver, mais conectada com as suas coisas ela
estará. O campo sempre vai falar do sujeito que percebe e do que é percebido. O
campo está mudando o tempo inteiro, muda em função das nossas necessidades.
O campo em que o terapeuta trabalha é o campo psicológico. O terapeuta faz
aproximações do campo do cliente.
Lewin faz uma distinção entre fato e acontecimento. Fato geográfico pode ser
uma atitude, um sofá. É quando você não tem uma conexão, existem independentes de
qualquer coisa. São coisas isoladas porque não estão se relacionando e porque o eu
não estou me relacionando. Quando fazemos uma conexão entre dois fatos é um
acontecimento. Há uma sensação de locomoção.
O mundo não chega à gente diretamente e nem nós a ele. Passa por uma
percepção e/ou uma ação. O mundo chega a nós permeado por nossas crenças,
motivações, etc. Se estiver acontecendo um monte de coisas internamente e você não
tem uma ação, não expressa, não aparece. Quando a fronteira está permeável a
pessoa deixa que o meio entre.
Dentro do campo das pessoas existem regiões. O nosso mundo começa a ficar
estratificado em função de nossas experiências e crescimento.
Aqui exemplificaremos esse outro esquema. A pessoa é dividida em duas áreas
e depois a área interpessoal é divida em células da seguinte maneira, “as células
adjacentes à região percepto-motora são chamadas periféricas (p); as que se situam
no centro do círculo são chamadas centrais (c)”.

Entre as regiões que existem dentro de nós (as estratificações) existem as


fronteiras. As fronteiras podem ser rígidas, flexíveis ou aglutinadas. Elas serão
influenciadas pelo amadurecimento, desenvolvimento, experiências anteriores e etc. As
fronteiras são sempre em relação. Uma determina região pode ter uma fronteira rígida
em relação à uma região, mas uma fronteira aglutinada em relação a outra.
Quando tem o acumulo de tensão numa região a tendência é que a tensão se
dissipe para outras áreas. Mas se não houver uma ação a tensão não some.
Lewin organiza o campo em termo de valência positiva e negativa, a partir das
minhas necessidades. Isso não está relacionado com algo ser bom ou ruim e também
não é absoluto. Uma valência positiva é algo que necessitamos muito e a negativa que
necessitamos pouco.
Texto 5
Fritz abre esse texto dizendo que “gostaria de chamar a terapia gestáltica de
filosofia do óbvio”. Segundo ele, nós gestaltístas cremos no óbvio. Mas, esse óbvio, ao
ser examinado, está cercado de preconceitos, crenças entre outros. Cabe ressaltar que
um neurótico é aquele que não vê o que é óbvio.
A mente funciona de modo homeopático. Nós antecipamos uma ação ao
pensarmos, planejarmos ela, fazemos então um ensaio em fantasia e assim
economizamos tempo. E para que possamos solucionar nossas questões a Gestalt
formada em nossa fantasia tem que corresponder a Gestalt do mundo externo. Ou
seja, quando a uma conexão direta nós temos um bom funcionamento. Mas há as
pessoas que vivem em expectativas catastróficas ou maravilhosas quando elas não
coincidem.
Mas, Fritz nos lembra que existe apenas um lugar onde nosso mundo interno
não está conectado ao externo e esse lugar é o sonho. Os nossos sonhos falam sobre
nós, eles são um modo mais declarado de nosso “enredo” de vida. Cada parte do
sonho fala sobre nós. A forma da Gestalt trabalhar com os sonhos é tentar integrar e se
reidentificar com cada parte que está alienada de nós e que aparece nos sonhos.
Fritz explica o passo a passo do trabalho com os sonhos. O primeiro passo é o
cliente contar o sonho; o segundo é que ele conte no presente; o terceiro passo é ser o
diretor de cena, arrumando as partes de seu sonho; e o ultimo passo é o cliente ser
ator, se tornar as partes.
Parte prática
Nesse módulo, na parte prática, aprendi sobre fronteiras, figura-fundo, sobre o
campo do cliente e o do terapeuta.
Aprendi sobre os tipos de fronteira, como identificá-las, tanto na historia do meu
cliente quanto na nossa relação. Há as fronteiras rígidas, as flexíveis, as permeáveis.
Podemos identificar as fronteiras rígidas quando nosso cliente está muito fechado para
uma situação, por exemplo, não quer conhecer um novo parceiro por já ter passado por
uma desilusão amorosa ou então quando ele se defende de tudo que o terapeuta fala
ou pergunta.
Já as fronteiras permeáveis ocorrem quando a pessoa deixa que tudo entre no
seu campo, que tudo a afete. E as fronteiras flexíveis são aquela em que a pessoa
reage a cada situação de acordo com a própria questão, sem deixar que coisas
passadas a afetem, por exemplo, a pessoa é maleável.
Na situação terapêutica, a figura e fundo aparece quando o cliente traz a
questão que ele quer trabalhar e há algo central (figura) e outras coisas periféricas, o
contexto (fundo). Ou ainda quando estamos na sessão ouvindo o nosso cliente e
trabalhando com ele e ficamos com algumas informações no fundo. Por exemplo, tenho
uma cliente que mentiu para mim, e sempre que ela traz questões sobre querer
agradar os outros, a informação da mentira fica no meu fundo.
O campo do cliente pode muitas vezes influenciar o campo do terapeuta e vice-
versa. Como o que aconteceu na prática supervisionada em que a questão que aminha
cliente trouxe era muito próxima de uma questão que eu havia acabado de trabalhar na
terapia então em alguns momentos me embolei e fiquei confusa, sem saber por onde ir.
Mas como já havia aprendido no outro módulo, a presença é fundamental e apesar de
estar perdida estive presente com ela. E segunda ela, isso fez a diferença, foi
fundamental.
Parte emocional
Esse foi um módulo de muito crescimento emocional. Na minha vida pessoal
passei por um término de namoro que me possibilitou junto com a estrutura (trabalhos
emocionais – workshop, terapia de grupo, etc. – e terapia) da formação um incrível
autoconhecimento.
É um caminho muitas vezes doloroso, mas que hoje tenho certeza de que é
necessário. Quero me curar de algumas feridas, quero agir da melhor forma possível,
quero me conhecer ainda mais. Sinto que é um caminho sem volta e no qual eu não
quero parar.
Percebi a minha dificuldade de andar sozinha, como eu depositava minha vida
nas mãos dos outros, principalmente namorados. Eu, muitas vezes, agia de acordo
com o que eu achava que eram as expectativas dele para ter aceitação. Apesar de já
ter sentido isso, hoje me dei conta de como eu faço para ser assim, de onde vem meu
vazio. E estou tentando novas formas de ser, estou cuidando do meu vazio.
Além disso, me dei conta sobre como muitas vezes sou desleal com os outros
ao atender as minhas necessidades sem pensar nas minhas relações, sem fazer
concessões pelas pessoas que eu amo. Simplesmente, fazia o que desejava muitas
vezes por não conseguir negociar o melhor para minha relação. Foi muito difícil
perceber isso. Achava contraditório, eu que fazia coisas para ser aceitar de um lado e
fazia do outro, coisas que poderiam fazer com que as pessoas se afastassem de mim,
por impulso, desejo. Isso ainda é muito recente para mim, ainda estou “digerindo”. Mas
também sinto que é mais fácil de mudar. Eu não quero perder mais ninguém por ser
assim. Eu nunca tinha percebido isso em mim, foi realmente muito difícil perceber isso.
Eu achava que eu era desleal comigo, mas percebi que não, eu sempre dou um jeito
de realizar a minha necessidade, mesmo que não seja da melhor forma.
Nos atendimentos percebi a minha dificuldade de lidar com temas difíceis para
os clientes. Não consigo ficar solta. Fico com medo do cliente achar que eu não estou
levando a sério a dor dele. E o meu atendimento fica comprometido. Na hora do
atendimento eu nem me dava conta que estava fazendo assim, estava tão focada no
tema, que não percebia como estava sendo naquele momento. Mas, agora que eu sei
como faço e vou mudar.

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