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GESTALT

Profa. Dra. Vera Lellis


Psicóloga e Pedagoga,
Doutora em Distúrbios do Desenvolvimento
(Universidade Mackenzie)
BASE DA GESTALT

Filósofo Alemão Immanuel Kant


Revolucionou o pensamento a cerca do mundo ao
observar que nunca sabemos o que realmente
está do lado de fora de nós mesmos, porque o
nosso conhecimento é limitado pelas fronteiras
da mente e dos sentidos.

NÃO SABEMOS COMO SÃO AS COISAS EM SI


MESMOS, MAS SIM QUANDO A
EXPERIMENTAMOS.
SURGIMENTO

• Surge na Alemanha, por volta de 1910- 1912


contrapondo-se ao estruturalismo e ao
Behaviorismo.

Alemão que elaborou os


primeiros conceitos da
Psicologia Gestáltica.
PROTESTO

MAX WERTHEIMER
(1880-1943)
SURGIMENTO

KURT KOFFKA WOLFGANG KÖHLER


(1886-1941) (1887-1967)

A mente humana tem um comportamento bem padronizado ao


perceber as formas vistas nos objetos, nas pessoas, nos cenários e em
tudo o que enxergamos.
GESTALT

• O termo Gestalt, de origem alemã, e não tem uma


tradução específica em outras línguas.
• A Gestalt pode ser entendida como configuração,
estrutura, forma ou padrão.
• A Gestalt foi incorporada à psicologia e conhecida
como a psicologia da forma.
• https://www.youtube.com/watch?v=kDaE3I3S8qY

• Os psicólogos da Gestalt acreditam que há mais coisas


na percepção do que veem nossos olhos, que a nossa
percepção vai além dos elementos sensoriais, dos
dados físicos básicos fornecidos pelos órgãos dos
sentidos.
GESTALT

• Para a Gestalt ao receber um estímulo visual, nosso


cérebro não recebe uma excitação sensorial
isolada, mas vários sinais complexos que agrupam
todas as características que consideramos
semelhantes, somando rapidamente todas as
partes do item visto.
• Isso significa que, à primeira vista, percebemos
os objetos em sua totalidade, para só depois nos
atentarmos aos detalhes.
• Essa teoria é facilmente comprovada por ações da
nossa rotina: ver desenhos nas nuvens e formas (de
cruz, de animais e formas geométricas) nas
constelações são exemplos disso.
SURGIMENTO

• A Gestalt é uma teoria que estuda como nós, seres


humanos, percebemos as coisas.
• A nossa percepção não se dá por “pontos
isolados”, mas sim, pela compreensão do todo.
• Os psicólogos da Gestalt afirmavam que quando os
elementos sensoriais são combinados, forma-se
algo novo ou configuração. Ex. junção de algumas
notas musicais, surge uma música nova.

• A Gestalt dá relevância ao estudo das relações


entre as partes que compõem o todo.
SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO

• Sensação: Operação por meio da qual as


informações relativas a fenômenos do mundo
exterior ou ao estado do organismo chegam ao
cérebro. Essas informações permitem ao cérebro
compor uma imagem mental correspondente a elas.

• Percepção: Etapa seguinte, realiza a interpretação


da imagem mental resultante da sensação. “
Processo de transferência de estimulação física em
informação psicológica; processo mental pelo qual
os estímulos sensoriais são trazidos à consciência”
(KAPLAN E SADOCK, 1993).
APLICAÇÃO:CORPO E MENTE

• A mente e o corpo devem se unificar na


compreensão da realidade. Não se educa só o
físico ou só o psíquico, o homem é a
totalidade.
• Valoriza a interdiciplinariedade: cada cientista,
a sua área colabora para aquisição do saber,
como se fosse vários colaborando para que o
gol seja feito.
FATORES QUE AFETAM A
PERCEPÇÃO

ORGANIZAÇÃO PERCEPTIVA DE FIGURA


FUNDO:
• Constitui uma tendência organizadora
fundamental, comum a toda percepção.
• Ela possibilita, em qualquer conjunto de
estímulos, eleger uma porção mais definida e
organizada.
• O cérebro sempre dá prioridade ao que
ocupa o lugar de figura.
GESTALT

• Como a partir de elementos isolados, poderia ser


percebido um todo que representava algo novo?
• Lei da boa forma ou lei da pregnância: todo
objeto é visto de modo a apresentar uma forma
harmoniosa, boa estável, que se imponha, que seja
mais regular, mais simétrica ou mais simples.
• A percepção de figura e fundo se dá porque existe
uma visão periférica (percepção do fundo) e uma
central (percepção da figura).
• A figura é fundo: reversível e variável.
FATORES QUE AFETAM A
PERCEPÇÃO
• Ilusões perceptivas: denomina-se ilusão a
“percepção ou interpretação errônea de
estímulos sensoriais externos reais.”
• O estado emocional impede que os estímulos
(visuais, auditivos, táteis, gustativos e
olfativos) recebam adequada interpretação.
FATORES QUE AFETAM A
PERCEPÇÃO

• Características peculiares do estímulo:


intensidade, dimensão, mobilidade, cor,
frequência, tudo que permite estabelecer
diferenças, contribui para uma melhor
percepção.
• Experiências anteriores: A prática melhora o
reconhecimento de detalhes. Ex. Pintor.
• Conhecimento do indivíduo: Ex. Médico
percebe melhor detalhes relacionado ao
organismo. Uma costureira percebe melhor
detalhes do vestido.
• Crenças e valores: a percepção atua para
confirmar a crença. Ex. Político desonesto.
GESTALT
GESTALT

• O mesmo fato, relatado por pessoas


diferentes, traz conotações diversas. Isso
porque o foco da atenção de cada pessoa se
detém em pontos que são importantes pra ela.
• A figura para uma pessoa, pode ser fundo pra
outra pessoa.
• As pessoas, muitas vezes, fixam-se em um
só fator, sem buscar a sua relação com os
demais, perdendo assim sua visão do todo.
CONTORNO

• Elemento básico necessário para a percepção


é o contorno.
• Figura: um grupo integrado de contornos. É o
que se destaca do restante da figura que é o
fundo.
1. LEI DA UNIDADE

A unidade é
percebida como
um elemento todo.
2. LEI DA SEGREGAÇÃO

Essa lei foca na capacidade perceptiva de isolar, evidenciar ou identificar objetos, ainda
que sobrepostos, dentro de uma composição. Isso acontece por causa da variação
estética (cor, textura, sombra, brilho, etc.) que um elemento possui em relação ao outro.
3. LEI DA UNIFICAÇÃO

A unificação pode ser definida pela igualdade ou equilíbrio de


estímulos em todos os elementos de uma determinada composição,
formando um objeto coerente e harmonizado.
4. LEI DO FECHAMENTO

O fechamento parte do princípio de que o nosso cérebro “fecha” a


formação de imagens completas quando vemos apenas formas
inacabadas ou silhuetas.
Isso significa que, ao deixar a mente se guiar pela continuidade de
uma forma, ela já é capaz de prever toda a sua estrutura sozinha.
5. LEI DA CONTINUIDADE

A continuidade diz respeito à forma como a sucessão de


elementos e o fluxo de informações funciona em nosso cérebro.
Ela representa, ainda, a tendência de que objetos acompanhem
outros no sentido de alcançar uma forma — seja pelo uso de
cores, volumes, texturas e formas estruturalmente estáveis.
6. LEI DA PROXIMIDADE

Elementos distintos que se posicionam de formas muito


próximas uns dos outros tendem a ser percebidos juntos e,
consequentemente, interpretados como apenas uma unidade.
Essa impressão é ainda mais forte quando esses elementos são
semelhantes.
7. LEI DA SEMELHANÇA

Aqueles objetos que possuem formas, cores ou aparência


geral semelhante também tendem a ser interpretados como
uma só unidade.
8. LEI DA PREGNÂNCIA

Essa lei (também conhecida como “boa forma”) nada mais é do que o
princípio básico da percepção visual da Gestalt: sempre enxergamos a
composição visual geral como um todo antes de nos aprofundarmos nos
seus elementos mais complexos.
MÉTODO
Fenomenológico
Experimental:
busca as relações das
experiências vividas pelo
sujeito e por ele interpretadas.
Essas interpretações viriam a
explicar o comportamento.

Influenciou a área da
psicologia Cognitivista: Jean
Piaget.
INFLUÊNCIOU KURT LEWIN
TEORIA DE CAMPO

• Campo: é o espaço de vida da pessoa.

• Espaço de vida: é constituído da pessoa e do meio


psicológico, como ele existe para o indivíduo.

• Meio psicológico:
• Pessoa
• Meio psicológico
TEORIA DE CAMPO

• O comportamento humano é derivado da totalidade de


fatos.

• Esses fatos têm o caráter de um campo dinâmico, no qual


cada parte do campo depende de uma inter-relação com as
outras partes.

• O comportamento humano depende do campo dinâmico


atual e presente.
CAMPO PARA O INDIVÍDUO

A. Amigo
B. Família
C. Escola
D. Trabalho
COMPORTAMENTO DO INDIVÍDUO E
SEU ESPAÇO DE VIDA

• O comportamento do indivíduo depende das mudanças


que ocorrem em seu campo, em seu espaço de vida, em
determinado momento.
• Os problemas com a família:
A. Amigo
B. Família
C. Escola FAMÍLIA
D. Trabalho A. a Amigo
Escola

Trabalho
GRUPO

• Espaço de vida de um grupo: consiste em elementos de


um grupo e em um meio.

A,B,C,D,E= ELEMENTOS DE UM GRUPO


FORMAMOS UM CAMPO SOCIAL
• A
• B
• C
• D
• E
GRUPO

• Campo social: representação do grupo e seu ambiente.

• Se você pertencer a um grupo de trabalho e verificar que


um evento (ocorrência social) está perturbando o trabalho,
especialmente por influência de um dos elementos, você
poderá notar a formação de subgrupos e, em relação ao
elemento, o levantamento de barreiras e distorções de
comunicação. Ex. Fofoca.
CAMPO SOCIAL

DIZ GARCIA:
• É formado pelo grupo e pelo seu ambiente.

LEWIN:
• Como o indivíduo e seu ambiente formam o
campo psicológico, o grupo e seu ambiente
formam um campo social.
GRUPO

• QUANDO SE FALA DE GRUPO, FAZEMOS REFERÊNCIA


AO ESPAÇO DE VIDA DESTE, EM DADO MOMENTO E
EXCLUA AQUELES QUE NÃO TÊM EXISTÊNCIA PARA O
GRUPO em FOCO.

• Quando você está preocupado com alguns problemas de


saúde, ou envolvido por ideias fixas, o campo psicológico
restringe-se a essa área, e todas as outras são
comprimidas ou obscurecidas.
• Ex. Meio instável produz em você instabilidade.
• Ex. Comportamento de aluna e diferente do de professora.
GRUPO

• Não é uma realidade estática. Ex. Seu grupo


de trabalho não foi ontem o que é hoje, e
amanhã será diferente.

• O grupo é um processo em desenvolvimento.

• Cada vez que há uma mudança em seu grupo,


há um balanceamento no equilíbrio, o que o
torna semi- estacionário.
POR QUE VOCÊ DEVERIA CONHECER
O PRINCÍPIO DA GESTALT?

• Você pode não perceber, mas nós


empregamos esse princípio na maioria dos
aspectos de nossas vidas.
• O modo como combinamos nossas roupas,
como agimos em grupo e até como
enxergamos um anúncio publicitário é
influenciado pela Gestalt.
REFERÊNCIAS

• SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia


moderna. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2019. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/97
88522127962
REFERÊNCIAS

• FREIRE, I. R. Raízes da Psicologia.


Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

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