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Psicologia da forma – Wikipédia, a enciclopédia livre 28/mar/2024 13,02

Psicologia da forma
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A psicologia da Gestalt,[1] gestaltismo,[1] guestaltismo,[2] configuracionismo ou
psicologia da forma é uma escola de psicologia que surgiu no início do século XX na Áustria
e na Alemanha como uma teoria da percepção que era uma rejeição dos princípios básicos da
psicologia elementalista e estruturalista de Wilhelm Wundt e Edward Titchener.[3][4][5]

Conforme usado na psicologia da forma, a palavra alemã Gestalt (


/ɡəˈʃtælt,_ʔˈʃtɑːlt,_ʔˈʃtɔːlt,_ʔˈstɑːlt,_ʔˈstɔːlt/,[6][7] alemão: [ɡəˈʃtalt] ( escutar ⓘ ); "forma"[8]) é
interpretado como "padrão" ou "configuração".[9] Os psicólogos da forma enfatizam que os
organismos percebem padrões ou configurações inteiras, não apenas componentes
individuais.[9] A visão às vezes é resumida usando o ditado, "o todo é mais do que a soma de
suas partes."[10]:13

A psicologia da forma foi fundada em obras de Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt
Koffka.[9]

Origem e história
Max Wertheimer (1880–1943), Kurt Koffka (1886–1941) e Wolfgang Köhler (1887–1967)
fundaram o guestaltismo no início do século XX.[10]:113–116 A visão dominante na psicologia na
época era o estruturalismo, exemplificado pelo trabalho de Hermann von Helmholtz (1821–
1894), Wilhelm Wundt (1832–1920) e Edward B. Titchener (1867–1927).[11][12]:3 O
estruturalismo estava firmemente enraizado no empirismo britânico[11][12]:3 e era baseado em
três teorias estreitamente inter-relacionadas:

1. "atomismo", também conhecido como "elementalismo",[12]:3 a visão de que todo


conhecimento, mesmo ideias abstratas complexas, é construído a partir de constituintes
simples e elementares
2. "sensacionalismo", a visão de que os constituintes mais simples — os átomos do
pensamento — são impressões sensoriais elementares
3. "associacionismo", a visão de que ideias mais complexas surgem da associação de ideias
mais simples.[12]:3[13]
Juntas, essas três teorias dão origem à visão de que a mente constrói todas as percepções e até
pensamentos abstratos estritamente a partir de sensações de nível inferior que estão
relacionadas apenas por estarem intimamente associadas no espaço e no tempo.[11] Os

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guestaltistas discordaram dessa visão "atomística" generalizada de que o objetivo da psicologia


deveria ser quebrar a consciência em supostos elementos básicos.[8]

Em contraste, os guestaltistas acreditavam que dividir os fenômenos psicológicos em partes


menores não levaria à compreensão da psicologia.[10]:13 Esses psicólogos acreditavam, em vez
disso, que a maneira mais frutífera de ver os fenômenos psicológicos é como um todo
organizado e estruturado.[10]:13 Eles argumentaram que o "todo" psicológico tem prioridade e
que as "partes" são definidas pela estrutura do todo, e não vice-versa. Pode-se dizer que a
abordagem foi baseada em uma visão macroscópica da psicologia, em vez de uma abordagem
microscópica.[14] As teorias da percepção da forma são baseadas na natureza humana sendo
inclinada a entender os objetos como uma estrutura inteira, em vez da soma de suas partes.[15]

Wertheimer foi aluno do filósofo austríaco Christian von Ehrenfels (1859–1932), membro da
Escola de Brentano. Von Ehrenfels introduziu o conceito de guestaltismo na filosofia e na
psicologia em 1890, antes do advento da psicologia da forma como tal.[16][11] Von Ehrenfels
observou que uma experiência perceptiva, como perceber uma melodia ou uma forma, é mais
do que a soma de seus componentes sensoriais.[11] Ele afirmou que, além dos elementos
sensoriais da percepção, há algo extra. Embora em certo sentido derivado da organização dos
elementos sensoriais componentes, essa qualidade adicional é um elemento por direito próprio.
Ele chamou isso de Gestalt-qualität ou "qualidade da forma".

Fundamentos teóricos
Segundo a Gestalt, existem quatro princípios a ter em conta para a percepção de objetos e
formas: a tendência à estruturação, a segregação figura-fundo, a pregnância ou boa forma e a
constância perceptiva.

Outros conceitos dessa teoria são super-soma e transponibilidade.[nota 1] Super-soma refere-se


à ideia de que não se pode ter conhecimento de um todo por meio de suas partes, pois o todo é
maior que a soma de suas partes: "'A + B' não é simplesmente '(A + B)', mas sim um terceiro
elemento 'C', que possui características próprias".[17] Já segundo o conceito da
transponibilidade, independentemente dos elementos que compõem determinado objeto, a
forma se sobressai. "Uma cadeira é uma cadeira, seja ela feita de plástico, metal, madeira ou
qualquer outra matéria-prima."[carece de fontes?]

Sete fundamentos básicos


Os sete fundamentos básicos da Gestalt - muito usado hoje em dia em profissões como design,
arquitetura etc. - são:

Segregação: desigualdade de estímulo; gera hierarquia: importância e ordem de leitura.


Semelhança: elementos da mesma cor e forma tendem a ser agrupados e constituir
unidades. E estímulos mais próximos e semelhantes, possuem a tendência de serem mais
agrupados.

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Unidade: um elemento se encerra nele mesmo; vários


elementos podem ser percebidos como um todo.
Proximidade: elementos próximos tendem a ser agrupados
visualmente: unidade de dentro do todo.
Pregnância: é a lei básica da percepção da gestalt.
Simplicidade: tendência à harmonia e ao equilíbrio visual.
Fechamento: formas interrompidas; preenchimento visual
de lacunas.

Aplicações
Enquanto isso, cada um diligencia, em seu setor de pesquisa,
"espaço" disponível em que a gestalt possa se implantar
legitimamente e contribuir com uma nova perspectiva.
Podemos vê-la tentar conquistar seu espaço em contextos
Os sete elementos básicos muitos variados: gestalt junto a crianças e adolescentes,
casais em processos de divórcio e divorciados, celibatários
ou solitários, expansão da sexualidade, grupos de mulheres,
homossexuais etc. Preparação para a aposentadoria, acompanhamento dos últimos momentos
da vida. Grupos especiais para: psicóticos, doenças psicossomáticas, cancerosos, alcoólicos,
toxicômanos, bulímicos ou obesos, desempregados, imigrados etc.

Além disso, vemos tentativas de associar a gestalt a outras abordagens, como: análise
transacional, rebirthing, bioenergética, programação neurolinguística, psicodrama, ioga, rolfing,
massagem, heptonomia, eutonia, astrologia, tarô, tudo isso com maior ou menor sucesso,
conforme o caso. Registramos experiências de aplicação da gestalt em domínios variados:
hospitais psiquiátricos, prisões, escolas, infância, pessoas desajustadas, serviços sociais,
conselhos conjugais, terapia familiar, empresas, publicidade, agricultores, dentistas etc.

Aplicações na arte
De acordo com a gestalt, a arte se funda no princípio da pregnância da forma. O importante é
perceber a forma por ela mesma; vê-la como "todos" estruturados, resultados de relações. A
Gestalt, após sistemáticas pesquisas, apresenta uma teoria nova sobre o fenômeno da
percepção. Segundo esta teoria, o que acontece no cérebro não é idêntico ao que acontece na
retina. A excitação cerebral não se dá por pontos isolados, mas por extensão. A primeira
sensação já é de forma, já é global e unificada. O postulado da gestalt no que se refere às
relações psicofisiológicas pode ser definido como: todo processo consciente, toda forma
psicologicamente percebida, está estreitamente relacionada com as forças integradoras do
processo fisiológico cerebral.

A hipótese da gestalt para explicar a origem dessas forças integradoras, é atribuir, ao sistema
nervoso central, um dinamismo autorregulador que, à procura de sua própria estabilidade,
tende a organizar as formas em todos coerentes e unificados. Essas organizações, originárias da

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estrutura cerebral, são espontâneas, independente da nossa vontade. Na realidade, a "psicologia ENGELMANN (Org.) Psicologia (coleção grandes cientistas sociais). SP, Ática, 1978.
da gestalt" não tentou integrar os fatos da motivação com os fatos da percepção e esta foi a KOFFKA, W. Princípios da Psicologia da Gestalt. Cultrix, SP.
grande contribuição de Frederick Perls que deu origem à gestalt-terapia. KOHLER, W. Psicologia da Gestalt. Itatiaia. Belo Horizonte, 1980.
MARX, M & HILLIX, W. Sistemas e Teorias em Psicologia. SP, Cultrix.
A tendência à estruturação, por exemplo, explica como os diferentes povos distinguem grupos
PIAGET, Jean. Psicologia da inteligência. SP, Forense.
de estrelas e reconhecem constelações no céu; a configuração ideal mais conhecida é a
Bock, Ana Mercês Bahia. Furtado, Odair. Teixeira, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias:
proporção áurea dos arquitetos e geômetras gregos, o que explica muitas das formas que se uma introdução ao estudo da psicologia 14ª edição – São Paulo: Saraiva, 2008.
tornam agradáveis aos olhos humanos. As empresas de publicidade e os criadores de signos
Ginger, Serge; Ginger, Anne; Gestalt: uma terapia do contato (tradução Sonia Rangel). 5ª
visuais (marcas) são grandes usuários da descoberta dos símbolos e de seu poder de atração ed. – São Paulo: Summus, 1995.
(pregnância). Vários artistas se utilizaram das ilusões de óptica. Muitas delas são explicadas
pela lei da segregação da figura e fundo, a exemplo das obras de Escher e Salvador Dalí ou dos
discos ópticos de Marcel Duchamp. A ilusão de perspectiva e a proposição cubista de criação de Ligações externas
uma cena com (sob) múltiplos pontos de vista também são explicados pela teoria da gestalt. Fragmento do texto sobre "A psicologia da Gestalt nos dias atuais" de Wolfgang Köhler (htt
p://www6.ufrgs.br/psicoeduc/gestalt/a-psicologia-da-gestalt-nos-dias-atuais)
Através dos estudos das teorias elaboradas pela gestalt no início do século XX referentes à
As Leis da Gestalt - Psicologado Artigos de Psicologia (http://artigos.psicologado.com/abord
psicologia das imagens, foi possível criar condições favoráveis para a racionalização na agens/humanismo/gestalt-leis-da-gestalt)
construção de projetos gráficos. Reforça-se a ideia de que o todo, é mais que a soma das suas
partes, existindo um envolvimento psicológico e cultural. Compreender a construção de Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Psicologia_da_forma&oldid=67029186"
imagens é imprescindível para a elaboração e desenvolvimento de objetos visuais, viabilizando a
ampliação do acervo de soluções gráficas.

Gestalt-terapia
A partir da teoria da gestalt e da psicanálise, o médico alemão Fritz Perls (1893-1970)
desenvolveu uma forma de psicoterapia de orientação gestáltica. A gestaltoterapia ou terapia
gestalt orienta-se segundo o conceito que o desenvolvimento psicológico e biológico de um
organismo se processa de acordo com as tendências inatas desse organismo, que tentam adaptá-
lo harmoniosamente ao ambiente. A prática psicoterapêutica é, normalmente, realizada em
grupo e, ao longo das suas sessões, destaca-se a realização de um conjunto de exercícios
sensório-motores (que trabalham as áreas sensoriais e motoras do nosso corpo) e meditativos
(de relaxamento). Estes exercícios pretendem, principalmente, que os indivíduos descubram
novas forças existentes em si, para poderem ultrapassar as suas dificuldades.

A gestalt-terapia, apesar da coincidência de nome, não está diretamente ligada à psicologia da


gestalt. Ela foi criada pelo médico alemão Frederick Perls (1893-1970) em 1951. Perls atuou
como psicanalista até 1941, mas sua formação é muito eclética e passou por importantes
psicanalistas como Otto Fenichel e Karen Horney. Passou também por Wilhelm Reich e foi
assistente de Kurt Goldestein, que pertencia ao grupo da psicologia da gestalt, e foi muito
influenciado pela filosofia fenomenológica. Provavelmente, dessa relação, veio a inspiração para
o nome da corrente.

Com a aproximação da Segunda Guerra Mundial, Perls foi obrigado a se exilar e escolheu a
África do Sul para morar, onde fundou o Instituto Sul-Africano de Psicanálise. No final da
década de 1940, imigrou para os Estados Unidos e, lá, lançou a primeira publicação em gestalt-

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12. Kolers, Paul A. (1972). Aspects of Motion Perception: International Series of Monographs in terapia.[18] Apesar da experiência psicanalítica de Perls, a gestalt-terapia está muito mais
Experimental Psychology. New York: Pergamon. ISBN 978-1-4831-7113-5 próxima da fenomenologia que dos princípios de psicanálise. Em primeiro lugar, a gestalt-
13. Hamlyn, D. W. (1957). The Psychology of Perception: A Philosophical Examination of terapia não trabalha com o conceito de inconsciente, que é central na psicanálise.
Gestalt Theory and Derivative Theories of Perception (https://www.taylorfrancis.com/books/9
781315473291) eBook ed. London: Routledge. pp. 88–89. ISBN 978-1-315-47329-1. O que importa para essa corrente é o aqui-agora. A centralidade no presente, ao contrário da
Consultado em 19 de outubro de 2019. Cópia arquivada em 21 de outubro de 2020 (https://
web.archive.org/web/20201021195348/https://www.taylorfrancis.com/books/9781315473291 psicanálise, que busca no passado a elucidação do trauma, é a pedra de toque da gestalt-terapia.
)
De acordo com Naranjo (1980), são três os princípios gerais da gestalt-terapia: "valorização da
14. Verstegen, Ian (2010). «Gestalt Psychology». The Corsini Encyclopedia of Psychology.
pp. 1–3. ISBN 9780470479216. doi:10.1002/9780470479216.corpsy0386 (https://dx.doi.org/ realidade: temporal (presente versus passado ou futuro); valorização da tomada de consciência
10.1002%2F9780470479216.corpsy0386) e aceitação da experiência; valorização do todo ou responsabilidade".
15. Pohl, Rüdiger F. (22 de julho de 2016). Cognitive Illusions: Intriguing Phenomena in
Judgement, Thinking and Memory (https://books.google.com/books?id=xUVnDwAAQBAJ&q
=gestalt&pg=PT311) (em inglês). [S.l.]: Psychology Press. ISBN 9781317448280. Aplicações na gestão de empresas
Consultado em 2 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 15 de abril de 2021 (https://web. A análise gestalt é passível de incorporação na gestão das empresas. No seminário realizado a
archive.org/web/20210415223551/https://books.google.com/books?id=xUVnDwAAQBAJ&q 20 de junho de 2012 no Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais sobre o tema
=gestalt&pg=PT311) "Pós-Capitalismo – Sociedade do Conhecimento", o doutor Amândio Silva transmite a ideia de
16. Smith, Barry (1988). «Gestalt Theory: An Essay in Philosophy» (https://web.archive.org/web/ que as empresas são mais do que uma simples adição dos seus diferentes sectores. Importa, ao
20120222044129/https://ontology.buffalo.edu/smith/book/FoGT/Contents.htm). In: Smith,
gestor, ser capaz de olhar, avaliar e gerir de acordo com os padrões e configurações que detecta.
Barry. Foundations of Gestalt Theory (https://ontology.buffalo.edu/smith/book/FoGT/Content
s.htm). Vienna: Philosophia Verlag. pp. 11–81. Consultado em 12 de outubro de 2019. A visão do todo, da forma que sobressai, é o elemento chave para a condução de uma gestão
Arquivado do original (https://web.archive.org/web/20120222044129/https://ontology.buffalo. empresarial de sucesso, pois só assim é possível identificar a completa dimensão física, cultural
edu/smith/articles/gestalt.pdf) (PDF) em 22 de fevereiro de 2012 e emocional da organização. Algo que a análise individualizada a cada sector se mostra incapaz
17. Revista Mente e Cérebro, 179, pgs. 88-93. Editora Duetto. São Paulo (dezembro de 2007) de percepcionar.
18. TELLEGEN, A.T. In: PERLS, F.S. Gestalt Terapia aplicada. São Paulo: Summus, 1977.
19. Wagemans, J; Elder, J; Kubovy, M; Palmer, S; Peterson, M; Singh, M e Heydt, R. (2012) A Críticas sobre a Gestalt
Century of Gestalt Psychology in Visual Perception I. Perceptual Grouping and Figure-
Ground Organization. Psychology Bulletin November 138 (6): 1172-1217 Embora a Gestalt seja considerada por muitos como um consenso alguns cientistas apontam
20. Peterson, M & Skow-Grant, E. (2003). Memory and learning in figure-ground perception. Em fraquezas nessa teoria. Segundo o autor Johan Wagemans e seus colegas cientistas[19], a Gestalt
B. Ross & D. Irwin (Eds.) Cognitive Vision: Psychology of Learning and Motivation, 42, 1-34. possui alguns aspectos que poderiam ser esclarecidos.
21. Luccio, R. (2011) Gestalt Psychology and Cognitive Psychology. Humana.Mente Journal of
Philosophical Studies. Vol. 17, 95-128. A Gestalt defende que as leis da percepção nascem com o ser humano ao invés de serem
22. Bruce, V. e Green, P. (1990). Visual Perception – Physiology, Psychology and aprendidas com o passar dos anos. No entanto, estudos recentes com observadores adultos
Ecology. Lawrence Erlbaum Associates: UK. mostraram que a experiência passada pode influenciar a forma como percebemos a diferença
23. Koffka, K. (1975) Princípios de psicologia da Gestalt. São Paulo: Cultrix. entre a figura e o seu fundo. Peterson & Skow-Grant (2003)[20] também compartilham dessa
24. Todorovic, D. (2008) Gestalt Principles. Scholarpedia, 3(12):5345. crítica. Wertheimer, um dos fundadores da teoria Gestalt, também falou sobre a influência da
25. Skinner, B. (1972). Tecnologia do ensino. São Paulo: Herder. "experiência passada", mas o que ele disse não tem o mesmo sentido utilizado por outras
26. Dewey, R. (2004) Psychology, an introduction. Wadsworth Publishing Company, Boston, correntes da psicologia. Para ele, a experiência prévia da pessoa não consegue alterar os
MA. princípios gerais da percepção (Luccio, 2011),[21] mas não é isso que vemos acontecer na
27. Heider, G. (1977). More about Hull and Koffka. American Psychologist, Vol. 32 (5), 383. prática, quando mostramos uma imagem ambígua (com mais de uma interpretação) para
28. Meggs, P. e Purvis, A. (2009) História do Design Gráfico. São Paulo: Cosac Naify. diferentes pessoas.

Bibliografia A teoria gestaltista nem sempre se verifica na prática.[19]

ARHHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual - Uma Psicologia Da Visão Criadora. Editora: Um dos pilares da Gestalt é a teoria do campo elétrico, teoria que foi considerada morta e
Thomson Pioneira. enterrada em 1950.[19]

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A Gestalt oferece meras demonstrações, usando estímulos muito simples ou confusos,


Ver também
formulando leis com pouca precisão, ou adicionando "leis" para cada fator que parecesse ter
alguma influência na percepção. Para evitar criar leis demais, foi proposta uma lei principal, Gestaltoterapia
chamada de Lei da Concisão (Prägnanz), mas sua explicação foi deixada "confusa" de Tendência à estruturação
propósito: "a organização psicológica será sempre tão boa quanto as condições permitirem". Segregação figura-fundo
Sobre esse assunto, Bruce & Green (1990)[22] escreveram: "algumas das suas 'leis' de Constância perceptiva
organização perceptiva hoje parecem vagas e inadequadas. O que significa uma 'boa' ou
'simples' forma, por exemplo?". Os próprios gestaltistas admitem que este conceito é subjetivo
(Koffka, 1975).[23] Se observarmos a natureza, poucos objetos naturais têm uma estrutura
Notas
regular. A maioria não tem forma ou tem uma forma imperfeita, de modo que poucos objetos 1. O psicólogo austríaco Cristian von Ehrenfels apresentou esses critérios pela primeira vez
têm uma "boa forma" de modo a serem "melhores" do que outros (Luccio, 2011).[21] em 1890, na Universidade de Graz

Todorovic (2008)[24] explica ainda que, embora a Gestalt seja coberta de alguma forma na
literatura científica como em Kubovy & van der Berg (2008), ainda resta detalhar como é que
Referências
diferentes princípios gestaltistas interagem entre si e quais irão ser mais fortes em quais 1. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (https://www.academia.org.br/nossa-lingua/b
situações. usca-no-vocabulario). Academia Brasileira de Letras.
2. Fontoura, Amaral (1963). Psicologia geral: para as faculdades de filosofia, escolas de
Além dessas críticas, o psicólogo Skinner (1972)[25] também questiona a base filosófica da serviço social e de enfermagem, institutos de educação e escolas normais (https://books.go
Gestalt, chamada de teoria representacional ou "teoria da cópia" (a ideia de que nossa mente faz ogle.com.br/books?id=2ZVXAAAAMAAJ&q=guestalte&dq=guestalte&hl=en&newbks=1&ne
wbks_redir=0&source=gb_mobile_search&sa=X&ved=2ahUKEwixspz5iYb-AhVrq5UCHVYu
cópias do mundo), afirmando que fazer isso seria um desperdício de tempo para o cérebro.
DoMQ6AF6BAgHEAM#guestalte). [S.l.]: Editôra Aurora
Somando a essas discussões, Dewey (2004)[26] faz, ainda, uma declaração bastante séria: o 3. Mather, George (2006). Foundations of Perception (https://books.google.com/books?id=oUN
fSjS11ggC&pg=PA32) (em inglês). [S.l.]: Psychology Press. ISBN 978-0-86377-834-6
conceito principal repetido nas aulas de Gestalt está errado ("o todo é maior do que a soma das
4. «Gestalt psychology | Definition, Founder, Principles, & Examples | Britannica» (https://www.
partes"). Foi traduzido incorretamente do alemão para o inglês, algo que Kurt Koffa, um dos
britannica.com/science/Gestalt-psychology). www.britannica.com (em inglês). Consultado
fundadores da Gestalt, criticou severamente. No seu texto original, estava dito que "o todo é em 2 de janeiro de 2023
diferente (ou independente) da soma das partes", no sentido de que o todo tem uma existência 5. Baker, David B. (13 de janeiro de 2012). The Oxford Handbook of the History of Psychology:
própria, que não depende das partes. Koffka não gostou da tradução e corrigia os alunos que Global Perspectives (https://books.google.com/books?id=9uRnGeBAaRMC&pg=PA576)
usavam a palavra "maior" ao invés de "diferente" (Heider, 1977)[27] . Segundo Koffa, não se (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press, USA. ISBN 978-0-19-536655-6
trata de um princípio de "soma". O que o texto original da Gestalt queria dizer é que o todo tem 6. Wells, John (3 de abril de 2008). Longman Pronunciation Dictionary 3rd ed. [S.l.]: Pearson
uma existência independente no sistema perceptivo. Longman. ISBN 978-1-4058-8118-0
7. «Definition of gestalt | Dictionary.com» (https://www.dictionary.com/browse/gestalt).
Além disso, os fundamentos propostos pela Gestalt se baseiam em conceitos relativamente www.dictionary.com (em inglês). Consultado em 2 de janeiro de 2023
óbvios. Rock (1975) afirma que os princípios da Gestalt são baseados na nossa experiência com 8. «Gestalt» (https://search.credoreference.com/content/topic/gestalt). The Columbia
coisas e suas propriedades: objetos no mundo, geralmente, estão localizados na frente de algum Encyclopedia (em inglês). [S.l.]: Columbia University Press. 2018. ISBN 9781786848468.
fundo (figura fundo), têm uma textura diferente da textura desse fundo (similaridade), são Consultado em 1 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 22 de julho de 2019 (https://web.a
rchive.org/web/20190722194245/https://search.credoreference.com/content/topic/gestalt)
feitos de partes que estão perto umas das outras (proximidade), se movem como um todo
(destino comum), têm contornos fechados (fechamento) e esses são contínuos (continuidade) 9. «Gestalt psychology». Britannica Concise Encyclopedia (https://books.google.com/books?id
=ea-bAAAAQBAJ&q=%22Gestalt%22) (em inglês). [S.l.]: Encyclopædia Britannica, Inc. 1 de
(Todorovic, 2008)[11] . maio de 2008. 756 páginas. ISBN 9781593394929. Consultado em 2 de outubro de 2020.
Cópia arquivada em 15 de abril de 2021 (https://web.archive.org/web/20210415212934/http
O livro "História do Design Gráfico", de Philip Meggs, não cita a palavra Gestalt e faz menção a s://books.google.com/books?id=ea-bAAAAQBAJ&q=%22Gestalt%22)
estudos de percepção apenas na história de Peter Behrens e da Nova Objetividade (Meggs, 10. Sternberg, Robert J.; Sternberg, Karin (2012). Cognitive Psychology 6th ed. Belmont, CA:
2009).[28] Cengage Learning. ISBN 978-1-133-31391-5
11. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome
Wagemans2012II

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