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CURSO DE FINANÇAS E CONTABILIDADE

A LÓGICA DO CONCEITO E DO JUÍZO

INTEGRANTES:

BRUNA SANDRA MAJOR GREGÓRIO

CLEOMILDE MANUELA MATROQUELA SASSONDE

CREUSA FLORINDA CAMBINDA BASQUETE

DELFINA MARTA LUÍS MATROQUELA

ÉRICA INTUMBA BIBIANA BENTO

ÉRCIA DANILENY TYILLER SARAIVA

EUGÉNIA LETÍCIA KUSSUMA MUTI

MARIA EUGÉNIA CUSTÓDIO DA COSTA SANTOS

MARIA ANTÓNIA GRACIANO

MARIANA HELTICIA CARVALHO PAULO


ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3

1.2. LÓGICA DO CONCEITO E DO JUÍZO........................................................ 4

1.3. IMPORTÂNCIA DO CONCEITO E DO JUIZO .......................................... 12

1.4. APLICABILIDADE DA LÓGICA DO CONCEITO E DO JUÍZO NA ÁREA DE


FINANÇAS E CONTABILIDADE ...................................................................... 13

CONCLUSÃO................................................................................................... 14

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 15

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INTRODUÇÃO
A Lógica outrossim objecto de estudo da Filosofia, visa o estudo das leis ou
princípios do pensamento correcto através de uma reflexão profunda e apurada
a volta do ser visando a coerência e a validade do raciocínio.

O estímulo ao desenvolvimento do raciocínio, através de experiências que são


proporcionadas a partir da interacção entre as estruturas mentais e o meio,
favorecem o aprendizado com base para o entendimento do conteúdo e para a
devida relação destes com a realidade.

Letícia

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1.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ércia
1.1. Lógica

A origem da lógica tem sido altercada, bem como a filosofia em geral. Na


origem da lógica se encontraram certas formas simples de dedução, usadas na
vida social, comuns a todos os povos do mundo, tal se afigura diferente de
encerrar a origem da lógica enquanto sistema estruturado e integrado num
campo científico.

São evidentes significativas diferenças entre falar de lógica como uma forma ou
atitude simples de pensamento sobre o mundo, e da lógica como ciência
enquanto complexo modo sistemático de conhecimentos rigorosamente
definidos.

Se pensarmos na cronologia da lógica enquanto ciência, tem sua origem na


Grécia Antiga, no século V a. C, através do trabalho de alguns filósofos, em
particular Aristóteles de Estagira com a sua obra “Organon”, constituída por
seis livros e que quer dizer «instrumento do pensamento correcto». Da
palavra grega “logos” derivou em português a palavra lógica para significar
«razão, lei, estudo, princípios, regularidade e discurso».

1.2. LÓGICA DO CONCEITO E DO JUÍZO


1.2.1. A LÓGICA DO CONCEITO

Segundo Hegel conceito é a unidade do ser em si e para si e o ser posto, é


também a unidade da universalidade, da particularidade e da singularidade.

O ser em e para si é um conceito de contraste para a determinação de uma


coisa, a qual a põe nas relações relativas ao exterior. A coisa em e para si, não
é por outro e para outro, portanto, não no recurso às condições, as quais
podem ser cumpridas ou não relativamente a ela. O que é uma coisa em e para
si, ela não é relativamente a outras coisas, mas simplesmente ou por
excelência.

O ser posto, ao contrário, é algo no qual ele é intermediado ou fundamentado


por outro, portanto, é dependente ou engendrado por outro. A unidade do ser

Bruna 4
em e para si e o ser-posto consiste no fato de que a coisa, sem dúvida, está
intermediada, mas não por algo outro, mas por si mesma. Ela contém, portanto,
em si mesma seu fundamento. A questão do que torna uma coisa aquilo que
ela é, alveja o conceito da coisa. Nele, a questão do por que e a questão da
quididade coincidem ou a questão do por que se dissolve na questão da
quididade.

Conceitos em si só, nada afirmam e nada negam. Para que se negue ou afirme
algo os conceitos devem formar juízos, os quais sequenciados e coerentes
formam um raciocínio.
Maria Santos

“O conceito puro é o absolutamente infinito, incondicionado e livre.


Considerado em sua pureza, ele é espacialmente ilimitado e infinito, porque
não é simplesmente limitado por nada, ultrapassa todas as determinações do
espaço e do tempo, da Natureza e do Espírito.” Hegel apud (Wohlfart)

Conceito, como acto mental, é a representação mental de objectos ou seres da


mesma espécie, ou seja, no conceito temos apenas a essência, as
características determinantes de um objecto e não o próprio objecto. Já
conceito, como termo, é a evocação ou fixação do conceito pela linguagem, ou
seja, é a expressão verbal de um conceito, por exemplo, na realidade, pensar
um “animal” é diferente de ver um “animal”.

Ao conjunto de seres ou objectos abrangidos pelo conceito damos o nome de


EXTENSÃO. Como por exemplo o Animal.

Enquanto a COMPREENSÃO, é o conjunto de propriedades que caracterizam


e são comuns a todos os seres ou objectos que formam sua extensão. Por
exemplo: Gato, lobo, ovelha.

Entre ambas, se estabelece uma relação qualitativa, que varia na sua relação
inversa, isto é, quanto maior for a Extensão menor será a Compreensão e vice-
versa.

1.2.1.1. Classificação dos Conceitos e Termos

 Quanto à compreensão
a) Simples: que não têm partes.

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Maria
Graciano
Ex: Ser (Ser vivente)
b) Compostos: são divisíveis.
Ex: homem, animal, planta.
c) Concretos: aplica-se a realidades apalpáveis, objectos.
Ex: gato, cadeira, livro.
d) Abstractos: aplica se a qualidades, acções, pensamentos.
Ex.:
e) Particulares: aplica-se a apenas à parte de um todo ou classe.
Ex: Certos alunos, alguns pais;
f) Singulares: aplicáveis apenas a um indivíduo.
Ex: Este caderno, esta carteira.

 Quanto a Relação Mútua


a) Contraditórios: opõem-se e excluem-se mutuamente.
Ex: alto/não alto; branco/não branco
b) Contrárias: opõem-se mas não se excluem.
Ex: branco/preto; alto/baixo
c) Relativos: implicação mútua. Um não é, sem o outro.
d) Ex: pai/filho; direita/esquerda

 Quanto ao modo de significação


a) Unívocos: usa-se de modo idêntico em diversos contextos.
Ex: Escola, logo que ouvimos remete-nos a um local onde se aprende.
b) Equívocos: aplica-se a sujeitos diversos mas em sentido
completamente diferente.
Ex: Canto, que refere ao ângulo das duas paredes de uma casa, ou
canto dito do som.
c) Análogos: aplicado a realidades comparáveis, que sejam idênticos e
também diferentes.
Ex: Artur é um o aluno brilhante, e também que o anel de ouro é
brilhante.

 Quanto a Perfeição com que Representam o Objecto


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Rauna
a) Adequados: representam de forma perfeita o objecto.
Ex: carnívoro, dito do cão.
b) Inadequados: representa uma forma imperfeita o objecto.
Ex: aquático, referindo se a rã.
c) Claros: que levam ao conhecimento.
Ex.

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Heltícia
1.2.2 A LÓGICA DO JUÍZO

O Juízo é a operação mental, na qual uma representação é afirmada de outra,


afirmada como unida, ou afirmada como separada. É o afirmar algo de algo.

O conceito entra na radical divisão de si mesmo e se transforma em juízo. É o


juízo a mais espontânea das operações mentais, e por isso todos entendem
intuitivamente o que ele é.

Importa, entretanto, aprofundar o conhecimento sobre o juízo. A lógica faz isto


de maneira meramente normal, mostrando como o juízo se opera.

Pensar é fazer juízos. Se as ideias são elementos indispensáveis, elas não


surgem isoladas no espírito, mas sempre e desde logo conectadas, na forma
de um juízo, dispostas uma como sujeito e outras como predicado. E assim,
pensar consiste principalmente em julgar.

Importa aprender a lógica do juízo para exercer com segurança o que é tão
próprio do ser humano.

O essencial no juízo é a afirmação que une ou separa o elemento julgado. Até


a negaçaõ, o processo operativo, na primeira fase mental da operação, é uma
afirmação, pela qual se declara o afastamento do predicado negado.

A diferença pela qual a afirmação une ou separa ocorre apenas no conteúdo,


não na operação mental em si mesma.

1.2.2.1. CONTITUIÇÃO DO JUÍZO

O juízo é constituído por três elementos essenciais:

 Sujeito (S): Corresponde ao conceito, ou termo em causa, em relação


ao qual se afirma ou nega algo.
 Predicado (P): Corresponde ao conceito que menciona o atributo, que é
afirmado ou negado ao sujeito.
 Afirmação ou Cópula: Corresponde ao termo que permite estabelecer
a relação entre o sujeito e o predicado.

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Creusa

A afirmação é a forma ou essência do juízo, logo a matéria do juízo serão o


sujeito e o predicado.

1.2.2.2.CLASSIFICAÇÃO DOS JUÍZOS

 Quanto à quantidade
a) Universais: quando o predicado se aplica a toda extensão do sujeito.
Ex: (Todos) os homens são mortais.
b) Particulares: quando o predicado se aplica apenas a uma parte da
extensão do sujeito.
Ex: Existem homens honestos.
c) Singulares: quando o predicado se refere a um único individuo.
Ex: A Maria é costureira.
d) Afirmativos: quando o predicado é afirmado em relação ao sujeito.
Ex: O Leandro é um menino obediente.
e) Negativos: quando a cópula indica que o predicado não é aplicável ao
sujeito.
Ex: O Nsoki não é um bom estudante.

 Quanto inclusão ou não inclusão do predicado no sujeito


a) Analíticos: quando o predicado está compreendido no sujeito.
Ex: quadrado tem quatro lados iguais.
b) Sintéticos: quando o predicado não está contido na noção do sujeito.
Ex: Bitongas são avarentos.

 Quanto à dependência ou não da experiência


a) A priori: quando a sua veracidade pode ser conhecida
independentemente da experiência.
Ex: O quadrado tem quatro lados iguais.
b) A posteriori: quando a sua veracidade só pode ser conhecida através
da experiência.
Ex: Os coreanos são baixos.

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 Quanto à relação ou condição
a) Categóricos: quando há afirmação ou negação sem reservas.
Exprimem uma correspondência clara e sem condições entre o
enunciado e aquilo que referem.
Ex: O Homem é mortal.
b) Hipotéticos: quando há afirmação ou negação sob condição
(condicional).
Ex: Se não fores, também não vou.
c) Disjuntivos: quando a afirmação de um predicado exclui os outros
(incompatibilidade).
d) Ex: Ela come ou toma banho.~ Delfina

 Quanto à modalidade

a) Assertórios: quando enunciam uma verdade de facto, embora não


necessária logicamente.
Ex: A Lurdes é uma atleta exemplar.
b) Problemáticos: quando enunciam uma possibilidade.
Ex: Os sulenses são provavelmente bons apreciadores de funge.
c) Apodícticos: quando são necessariamente verdadeiros; o predicado
convém necessariamente ao sujeito.
Ex: O triângulo tem três lados.

 Quanto à matéria
a) Necessários: quando o predicado convém e não pode não convir ao
sujeito.
Ex: O círculo é redondo.
b) Contingentes: quando o predicado convém de facto ao sujeito, mas
poderia também não convir.
Ex: O Pedro passou com distinção no exame.
c) Impossíveis (ou absurdos): quando o predicado não pode convir ao
sujeito.
Ex: O círculo é quadrado.

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A lógica trabalha com argumentos formalizados, substituindo por símbolos os
conteúdos das proposições ou juízos que compõem o argumento, abstraindo-
se do conteúdo das mesmas e trabalhando apenas a sua forma. Na lógica
aristotélica, Aristóteles definiu que cada um dos elementos de uma proposição
seria substituído por um só símbolo.

1.2.2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

1. Universais afirmativos (A): são da forma "Todo S é P»


Ex.: «Todos os angolanos são africanos.»
2. Universais negativos (E): são da forma «Nenhum S é P.»
Ex.: «Nenhuma ave tem quatro patas»
3. Particulares afirmativos (I): da forma «Algum S é P.»
Ex.: «Alguns filósofos são loucos.»
4. Particulares negativos (O): são da forma «Algum S não é P.»
Ex.: «Alguns filósofos não são loucos.»

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1.3. IMPORTÂNCIA DO CONCEITO E DO JUIZO
Conceitos e juízos são extremamente importantes e necessários, eles são a
base para o entendimento do conteúdo e para a devida relação deste com a
realidade. A clareza dos conceitos e a devida interpretação dos juízos
possibilita a eles pensar historicamente e consequentemente compreender o
mundo.

A lógica do conceito e do juízo são mecanismos indispensáveis e fundamentais


para as estruturações dos pensamentos na resolução de problemas, ainda que
na maioria das vezes executados de forma involuntária, sendo imprescindível
seleccionar actividades que incentivem a resolução de problemas, tomada
decisões, percepção de regularidades, análise de dados, discussão,
investigação e aplicação de ideias, conduzindo ao estabelecimento das
relações significativas entre conceitos, que conduzem ao pensamento lógico
objectivando alcançar uma integração significativa, que dê possibilidade a uma
atitude racional frente as necessidades do momento.

Érica

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1.4. APLICABILIDADE DA LÓGICA DO CONCEITO E DO JUÍZO NA ÁREA
DE FINANÇAS E CONTABILIDADE
Aplicação da lógica do conceito e do juízo na contabilidade, busca por meio de
um raciocínio contabilístico, as explicações e interpretações dos fenómenos
patrimoniais. Uma posição filosófica contábil exige a busca das causas
primárias, dos critérios científicos e dos fundamentos da ciência.

Uma característica do processo evolutivo das ciências, principalmente quando


ele atinge um patamar mais alto, é que as suas acções criativas, seus estudos
e pesquisas, assumem uma postura de exclusão de acções aleatórias,
quaisquer que sejam elas. Por isso é que a lógica contábil está, cada vez mais,
se direccionando para o aprimoramento das suas assertivas, de suas
proposições, criando áreas de especialização em que a actuação do
profissional contábil é indispensável, não como imposição, mais como
convergência da lógica científica.

Cleomilde

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CONCLUSÃO
Em conclusão, a lógica do conceito e do juízo desempenha um papel crucial na
análise e na compreensão do pensamento humano. Ao investigar a formação
de conceitos e a validade dos juízos, ela oferece ferramentas para avaliar a
consistência e a coerência do raciocínio. Portanto, compreender os princípios e
as leis subjacentes a essa lógica é essencial para um pensamento claro e uma
argumentação válida.

Letícia

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BIBLIOGRAFIA
https://www.significados.com.br/conceito/

https://pt.scribd.com/document/190139973/A-LOGICA-DO-JUIZO

https://pt.scribd.com/document/377116887/Logica-Do-Conceito

Wohlfart, J. (s.d.). Logica do conceito e as bases.

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