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MOATIZE
Disciplina: Filosofia
Turma: BG2
11ª Classe
Curso: Diurno
Tema: Níveis de conhecimento, importância, limites e perigos do conhecimento
científico.
Discentes:
Professor:
MOATIZE, 2023
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 1
Níveis de conhecimento.................................................................................................... 2
Senso comum.................................................................................................................... 2
Conclusão ....................................................................................................................... 10
Referência Bibliografia................................................................................................... 11
Introdução
As principais respostas a tal inquietação foram no princípio mitológicas; depois
seguiram-se as respostas dos filósofos chamados naturalistas; como terceira tentativa,
apareceram os filósofos da Idade Média, que deram respostas teológicas; finalmente,
apareceram os que, descontentes com as respostas teológicas, enveredaram os seus
estudos exclusivamente pelo campo da razão, ou seja, o campo científico.
A ciência opõe-se opinião porque esta não pensa, nunca tem razão; a opinião traduz
necessidades em conhecimentos. Ela designa os objectos pela sua utilidade mas não os
conhece. É necessário destruir a opinião para se chegar ao conhecimento, ao saber. É o
primeiro obstáculo a ultrapassar.
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Níveis de conhecimento
A existência humana caracterizou-se sempre por um querer saber sobre a realidade que
circunda o Homem. As principais respostas a tal inquietação foram no princípio
mitológicas; depois seguiram-se as respostas dos filósofos chamados naturalistas; como
terceira tentativa, apareceram os filósofos da Idade Média, que deram respostas
teológicas; finalmente, apareceram os que, descontentes com as respostas teológicas,
enveredaram os seus estudos exclusivamente pelo campo da razão, ou seja, o campo
científico.
Qual é a diferença existente entre estas respostas? É o que veremos em seguida.
As respostas a tal inquietação foram sempre dadas de diferentes maneiras a diferentes
níveis.
Em seguida, vamos analisar a compreensão de cada nível do conhecimento, começando
pelo conhecimento do senso comum, passando para o científico e terminando com o
nível de conhecimento filosófico.
Senso comum
O senso comum, no sentido habitual desta expressão, é a faculdade do espírito, um
instrumento de julgar; é, objectivamente, um conjunto de opiniões recebidas, uma
maneira comum de sentir e agir e não implica qualquer ideia ou juízo teórico.
É um conjunto de ideias, costumes e maneiras de pensar que o Homem tem na sua Vida
prática e diária. É constante, comum e universal.
É a razão no seu estado bruto, sem ciência nem filosofia. É a razão mais simples, sem
desenvolvimento ou aperfeiçoamento. Este é o primeiro nível de conhecimento.
São características deste nível de conhecimento:
Imediato e directo – parte de uma apropriação imediata do real; por outras
palavras, a realidade é tida ou tomada tal como ela se apresenta diante do sujeito.
Subjectivo – baseado em interpretações objectivas do real a partir dos esquemas
culturais do sujeito; isto é, a realidade é encarada de acordo com a experiência
do sujeito.
Diverso e heterogêneo – conhecimento não organizado, construído a partir da
captação espontânea da multiplicidade do real.
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Dogmático/não critico – baseia-se em esquemas fechados da interpretação da
realidade e apresenta uma tendência para se cristalizar em sistemas de crenças.
Conhecimento científico
O nível científico dá-nos um conhecimento da Natureza, mas já interpretado pelo
cientista, construído e reproduzido no laboratório. É um conhecimento racional. A
ciência é um conhecimento objectivo, que estabelece entre os fenómenos relações
universais e necessárias, autorizando a previsão de resultados que somos capazes de
isolar pela observação da causa ou de dominar experimentalmente.
Sob quase todos os aspectos, podemos dizer que o conhecimento científico se opõe,
ponto por ponto, às características do senso comum:
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dos sons, pelo comprimento das ondas sonoras; as diferenças de tamanho, pelas
diferenças de perspectiva e de ângulos de visão, etc.
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Distingue-se da magia. A magia admite uma participação ou simpatia secreta entre
coisas diferentes, que agem umas sobre as outras por meio de qualidades ocultas e
considera o psiquismo humano uma força capaz de ligar-se a psiquismos superiores
(planetários, astrais, angélicos, demoníacos) para provocar efeitos inesperados nas
coisas e nas pessoas. A atitude científica, ao contrário, opera um desencantamento ou
desenfeitiçamento do mundo, mostrando que nele não agem forças secretas, mas causas
e relações racionais que podem ser conhecidas e que tais conhecimentos podem ser
transmitidos a todos. Afirma que, pelo conhecimento, o Homem pode libertar-se do
medo e das superstições, deixando de projetá-los no mundo e nos outros.
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identidade e diferença entre todos os objectos que constituem o campo
investigado.
Delimitar ou definir os factos a investigar, separando-os de outros semelhantes
ou diferentes; estabelecer os procedimentos metodológicos para observação,
experimentação e verificação dos factos; construir instrumentos técnicos e
condições de laboratório especificas para a pesquisa; elaborar um conjunto
sistemático de conceitos que formem a teoria geral dos fenómenos estudados,
que controlem e guiem o andamento da pesquisa, além de ampliá-la com novas
investigações' e permitam a previsão de factos novos a partir dos já conhecidos:
esses são os pré-requisitos para a constituição de uma ciência e as exigências da
própria ciência.
Conhecimento filosófico
O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do Homem e é um
instrumento exclusivo do raciocínio. Como a ciência não é suficiente para explicar o
sentido geral do universo, o Homem tenta essa explicação através da Filosofia.
Filosofando, ele ultrapassa os limites da Ciência - delimitado pela necessidade da
comprovação concreta - para compreender ou interpretar a realidade na sua totalidade.
Mediante a Filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo.
Tendo o Homem como tema permanente das suas considerações, o filosofar pressupõe a
existência de um dado determinado sobre o qual reflectir, dai apoia-se nas ciências. No
entanto, a sua aspiração ultrapassa o dado científico, já que a essência do conhecimento
filosófico é a busca do «saber» e não a sua posse. Tratando de compreender a realidade
dos problemas mais gerais do Homem e a sua presença no universo, a Filosofia
interroga o próprio saber e transforma-o em problema. É, sobretudo, especulativa, no
sentido de que as suas conclusões carecem de prova material da realidade.
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Importância, limites e perigos do conhecimento científico
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Limites e perigos do conhecimento científico
Desde a segunda metade do século XVII que a cultura ocidental assiste, fascinada, aos
primeiros passos dados pela ciência e aos rápidos e francos progressos que esta realiza.
São tão surpreendentes as suas realizações que o Homem se convenceu de que,
finalmente, tinha nas suas mãos o instrumento necessário sua transformação em «senhor
do Universo». Doravante, a ciência permitir-lhe-á o domínio não só da Natureza como
também do Homem.
Confiante no poder da ciência, acreditou que ela poderia desenvolver-se desligada de
qualquer outro poder e que ela só poderia trazer benefícios para a humanidade. O bem-
estar, a melhoria das condições de Vida, a cura de todas as doenças, enfim, a felicidade
seria a finalidade da ciência.
«Que tipo de relação é a do Homem com as máquinas que ele criou e com a produção
ligada a estas máquinas? Se, por um lado, se pode entender como progresso a
construção desta tecnologia, não será que esta é também um factor negativo, destruidor
das relações humanas ou das relações entre a sociedade e a Natureza?»
Fig.17: Clonagem
Estas são as questões que podem ajudar-nos a reflectir sobre as consequências que a
ciência provoca na humanidade. Com efeito, as limitações da ciência em responder aos
problemas concretos do Homem fez com que a confiança outrora dada à ciência se
questionasse. Retomando a classificação tripartida da história humana proposta pelo
positivismo, observamos que o seu erro fundamental foi hipertrofiar o método das
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ciências experimentais, desvalorizando todo o tipo de saber diferente do proposto pelo
seu método.
De facto, nos últimos decénios do século XIX e nos princípios do século XX estas
tendência aventura, principalmente por dois motivos:
a) O aprofundamento da pesquisa científica, que se tornava cada vez mais
consciente dos próprios limites.
b) A persistência de questões éticas e metafisicas, mesmo depois de o positivismo
tentar sufocá-las como expressões da imaturidade do Homem, e a consciência de
que somente uma visão espiritualista pode responder de forma adequada a tais
questões.
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Conclusão
A ciência, então, mostra-se como aquela que vem emancipar o Homem do
obscurantismo, da tradição, da cultura, etc., tornando-o mais racional, procurando, cada
vez mais, o seu bem-estar.
Desde a segunda metade do século XVII que a cultura ocidental assiste, fascinada, aos
primeiros passos dados pela ciência e aos rápidos e francos progressos que esta realiza.
São tão surpreendentes as suas realizações que o Homem se convenceu de que,
finalmente, tinha nas suas mãos o instrumento necessário sua transformação em «senhor
do Universo».
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Referência Bibliografia
CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 - Filosofia 11ª Classe. 2ª
Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.
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