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Disciplina: Filosofia
Turma: BG2
11ª Classe
Curso: Diurno
Discentes:
Professor:
MOATIZE, 2023
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 1
Implicações Educacionais........................................................................................................... 7
Conclusão ................................................................................................................................... 9
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Estádios de desenvolvimento do individuo em Jean Piaget e Lawrence Kohlberg: divisão
e classificação das ciências segundo Augusto Comte.
Desenvolvimento moral
O termo moral provém do Latim mos para afirmar costumes e convenções de um
determinado grupo social ou comunidade. A moral quer dizer acto em concordância com os
costumes de uma comunidade ética, religiosa.
A moral de mos, mories, costume tem sido diversamente definida como a ciência do governo
da vida, a ciência do dever, a ciência do bem, do destino humano, etc.
Como podemos governar a vida sem conhecermos o bem que devemos praticar e o moral que
devemos evitar, isto é, o dever?
O fim de um ser, o bem desse mesmo ser, sugere-se que o fim último do homem constitui o
bem supremo ao qual deve subordinar todos os outros e cuja posse o tornará sobernamente
feliz.
A moral é a ciência das leis ideais que dirigem as acções humanas, é a arte de as aplicar
correctamente as diversas situações da vida. Exemplo, o homem tem como ideal o bem, a que
deve tender. A moral é sempre uma ciência das acções porque o bem é aquilo que se deve
praticar e o dever é essencialmente dever prático. A moral é arte universal que abarca e regula
todos os nossos actos.
Os fundamentos da ética são sociais e históricos, neste sentido só o ser social é que age
eticamente uma vez que ele é capaz de agir com consciência, liberdade e responsabilidade.
Para o homem agir cria valores, escolhe entre estes, incorporando-os nas suas finalidades.
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A moral e os valores são sempre sociais e históricos: são costumes culturais objectivas,
inscritas nas relações sociais inerentes à (a) produção da vida social.
Os costumes são considerados como deveres porque são fruto de um consenso social acerca
do que é bom para a colectividade. E tal facto, leva a que se crie uma expectativa de que os
indivíduos respeitem tais deveres, mas para isso é preciso que eles os aceitem
conscientemente como legitimas, dai a necessidade de criar a vinculação entre deveres o
dever e a consciência moral, entre carácter social da moral e a sua aceitação subjectiva.
A moral constitui a prática dos indivíduos na sua singularidade e a ética é a reflexão teórica é
acção livre voltada ao humano. As normas e os valores não são instituídos pela teoria, mas
por necessidades práticas. A teoria pode contribuir para entender esse processo indagando
sobre o seu significado e voltando a prática para contribuir na sua transformação.
Segundo Piaget a formação da consciência moral na pessoa segue basicamente quatro etapas:
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HETERONOMIA (do latim: heteros – outros e nomos – lei – lei estabelecida ou
imposta por outrém). A criança obedece as ordens para receber a recompensa ou evitar
o castigo. Nos adultos, é o caso do motorista que observa as leis de trânsito só para
não ser multado.
SOCIONOMIA (do latim: socius – companheiro, colega e do grego nomos – lei – lei
interiorizada no indivíduo). Os critérios morais da criança vão se afirmando por meio
de suas relações com outras crianças. Ela vai interiorizando as noções de
responsabilidade, justiça obrigação e respeito. Começa a não fazer aos outros o que
não gostaria que fizessem a ela. Agem sempre buscando a aprovação ou evitando a
censura dos outros. Nos adultos, é o caso do motorista que dirige preocupado consigo
mesmo e, sobretudo, com que os outros pensam dele.
AUTONOMIA (do grego: autód- próprio e nomos – lei – lei própria). Nesta fase a
criança já interiorizou as normas morais e passa a comportar-se de acordo com elas.
Nos adultos, é o caso do motorista que, ao dirigir, orientar-se pelas leis do trânsito e
por seus próprios princípios internos de conduta.
Um dos dilemas morais mais comumente usados: esposa de um homem está morrendo. Existe
um remédio que poderá salvá-la, mas ele é muito caro e o que químico que o inventou não
quer vendê-lo a um preço baixo o suficiente para que o homem possa comprá-lo. Finalmente,
o homem se desespera e considera roubar a droga para a sua mulher. O que ele deve fazer, e
por quê?
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Estádio I: Orientação da punição-obediência
As regras são obedecidas para evitar a punição. Uma acção boa ou má é determinada por suas
consequências físicas. As crianças avaliam-se a elas próprias como boas ou más com base nas
recompensas e nos castigos administrados pelos adultos. As regras são percebidas como
sendo absolutas e devem ser cumpridas independentemente das circunstâncias. As crianças
abstem-se de ter um comportamento inaceitável porque têm medo de ser apanhadas.
A resposta da criança ao dilema pode ser: “errado roubar porque poderá ser apanhado”. A
resposta reflecte o egocentrismo básico da criança. O raciocínio pode ser “o que aconteceria
comigo se eu roubasse algo? Eu poderia ser apanhado e punido”.
A criança poderia dizer que ele não devia roubar o medicamento porque fazendo isso seria
punido e iria preso.
A criança seria motivada pela recompensa. A criança argumentaria que o marido deveria
roubar o medicamento para salvar a vida da esposa porque uma vez fora da prisão, ele poderia
usufruir da sua companhia outra vez.
O julgamento baseia-se na aprovação dos outros, nas expectativas familiares, nos valores
tradicionais, nas leis da sociedade e na lealdade ao País.
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Estádio III: Orientação do/para o bom menino-boa menina
A criança poderia dizer que roubar o medicamento seria compreensível porque se ele não o
fizesse, as pessoas poderiam pensar que ele era insensível e que não amava.
A lei serve como princípio orientador para que as pessoas recusem envolver-se em certos
comportamentos, na medida em que esse comportamento for proibido por lei. É
compreendido que a lei deve ser mantida a todo custo. Se as leis não forem observadas e
obedecidas, o caos é provavelmente instalado. A aceitação da pessoa perante a sociedade
depende do seu conformismo para com as leis. A autoridade deve ser respeitada e a ordem
social mantida.
A pessoa poderia dizer que roubar é contra lei e, por conseguinte, o marido não deveria
roubar.
Neste estádio existem situações em que as leis podem ser quebradas a que as leis são injustas,
devendo ser alteradas. Também é sustentado que as regras devem envolver acordo mútuo e
que devem ter como objectivo proteger os direitos individuais. A mudança da lei
compreendida para alterar a interpretação do que é certo ou errado. Nada é absoluto. O bem é
determinado por padrões socialmente aceites de direitos individuais.
Exemplo: “a pessoa diria que as pessoas têm o dever de salvar uma vida humana”.
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Estádio VI: Orientação do Princípio Ético Universal
Os princípios são baseados na vida humana. É sustentado que o conceito de justiça está além
da ordem estabelecida e da justiça universal. Quem opera neste estádio tem um interesse
permanente entre as pessoas, na regra de outro “faz como tu gostarias que te fizessem, na
dignidade humana e na universalidade desses princípios”.
Exemplo: “a pessoa poderia argumentar que seria moralmente errado não roubar quando está
em jogo uma vida humana. A importância e o carácter sagrado da vida está acima do ganho”.
Implicações Educacionais
O nosso objectivo como educadores deveria facilitar o desenvolvimento moral dos nossos
estudantes, de forma a atingirem um estádio de desenvolvimento o mais elevado possível. O
que conta na vida não é tanto nós conhecermos a Física, Matemática ou Geografia, mas a
forma como nos relacionamos connosco próprios e com os outros com base nos princípios de
justiça.
O desenvolvimento moral não pode ser desenvolvido simplesmente pelo ensino aos alunos do
princípio de justiça. Eles devem ser expostos a uma discussão sobre o princípio de justiça.
Isto possibilitar-lhes-á justificar que os princípios que eles utilizaram no seu raciocínio
anterior não são adequados para chegar à solução, e que então, eles devem encontrar novas
estratégias. As crianças devem ser levadas a compreender que fazer uma coisa certa
meramente para receber a aprovação dos outros não é a base para tomar uma decisão moral.
Também devia ser incentivado aos alunos que qualquer comportamento observado não deve
ser julgado isoladamente, mas que as circunstâncias que levam a esse comportamento devem
ser analisadas.
Matemáticas
Teóricas: Aritmética, Geometria, Álgebra;
Aplicadas: Mecânica Racional, Astronomia.
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Físico-Químicas
Físico-química, Mineralogia, Geologia
Geografia Física
Biológicas
Botânica, Zoologia, Antropologia
Morais
Psicológicas: Psicologia, Lógica, Estética, Moral;
Históricas: História, Geografia Humana, Arqueologia;
Sociais e Políticas: Sociologia, Direito, Economia, Política.
Metafísicas
Cosmologia Racional, Psicologia Racional, Teologia Racional.
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Conclusão
Os princípios são baseados na vida humana. É sustentado que o conceito de justiça está além
da ordem estabelecida e da justiça universal. Quem opera neste estádio tem um interesse
permanente entre as pessoas, na regra de outro “faz como tu gostarias que te fizessem, na
dignidade humana e na universalidade desses princípios”.
O desenvolvimento moral não pode ser desenvolvido simplesmente pelo ensino aos alunos do
princípio de justiça. Eles devem ser expostos a uma discussão sobre o princípio de justiça.
Isto possibilitar-lhes-á justificar que os princípios que eles utilizaram no seu raciocínio
anterior não são adequados para chegar à solução, e que então, eles devem encontrar novas
estratégias.
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Referências Bibliografias
MWAMUENDA, T.S. Psicologia Educacional, Uma Perspectiva Africana. Maputo, Texto
Editores, 2005, págs.130-138.
CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 - Filosofia 11ª Classe. 2ª
Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.
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