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Índice

Introdução ......................................................................................................................... 1

Derivação imprópria ......................................................................................................... 2

Variação da lingua ............................................................................................................ 4

Variação da língua portuguesa no espaço: Brasil e Moçambique .................................... 6

Texto Expositivo-Argumentativo ..................................................................................... 8

Conceito da Argumentação .............................................................................................. 9

Estrutura do Texto Argumentativo ................................................................................. 11

Conjunções e locuções subordinada ............................................................................... 11

Texto Literário ................................................................................................................ 12

Diferenças entre texto literário e não literário ................................................................ 13

Concordância do nome e predicativo do sujeito com sujeito ......................................... 13

Orações subordinadas relativas ...................................................................................... 14

Verbos de Ligação .......................................................................................................... 15

Valores de significação ................................................................................................... 17

Conclusão ....................................................................................................................... 18

Bibliografia ..................................................................................................................... 19
Introdução

A derivação imprópria é um processo de formação de palavras que altera a classificação


gramatical original de uma palavra, fazendo com que ela ganhe um novo significado ao
ser usada em outro contexto, mas mantendo a sua forma original.

A actualização de uma língua apresenta diferenças no espaço geográfico, na medida em


que os falares diferem de continente para continente e até de região para região.
Portanto, o que há de diferente nas duas construções é que na primeira construção (PM)
temos o artigo a anteceder o substantivo ou nome (Maria), ao passo que na segunda
construção (PB), verifica-se que o substantivo ocorre sem nenhum artigo a antecedê-lo.

Orações relativas são orações subordinadas. Normalmente, elas não existem sozinhas e
dependem de uma oração principal ou de outra oração subordinada. Elas fornecem mais
informações sobre um substantivo ou pronome na oração principal. Uma oração
subordinada relativa geralmente fica diretamente após a palavra a que ela se refere,
separada por uma vírgula. Já o verbo conjugado geralmente fica no final da frase. A
oração subordinada relativa é vinculada à oração principal por um pronome relativo.

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Derivação imprópria

A derivação imprópria é um processo de formação de palavras que altera a classificação


gramatical original de uma palavra, fazendo com que ela ganhe um novo significado ao
ser usada em outro contexto, mas mantendo a sua forma original. Outros tipos de
formação de palavra por derivação são as derivações prefixal, sufixal, parassintética e
regressiva, que alteram a forma da palavra.

Os processos de formação de palavras por derivação são:

 Prefixal;
 Sufixal;
 Parassintético;
 Prefixal ou sufixal;
 Regressivo;
 Impróprio.

Com exceção da derivação imprópria, que não altera a forma da palavra, os outros tipos
de derivação alteram a forma da palavra.

Exemplos de derivação imprópria

Na derivação imprópria, uma palavra tem sua classificação original alterada de forma
que possa a ser usada em um contexto que pede outra classe gramatical. Desse modo, a
forma da palavra se mantém, mas sua classificação muda, gerando uma nova
palavra com um novo significado (apesar de mantida a forma da palavra primitiva que a
originou).

É possível transformar substantivos em adjetivos, adjetivos em substantivos, verbos em


substantivos, entre outras modificações possíveis.

Verbo → substantivo

 Resolvemos não fazer nada até entardecer.


 O entardecer daquela cidade era belo e poético...

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Nesse primeiro caso, a palavra ―entardecer‖ é originalmente um verbo. Entretanto, no
segundo enunciado, ela é usada como um substantivo, ou seja, é uma nova palavra que
mantém a forma do verbo que a originou, mas ganhando um novo significado: não se
trata mais da ação de entardecer (como no verbo), e sim de um substantivo que indica a
transição entre o dia e a noite.

Adjetivo → substantivo

 Esse vestido é muito belo.


 O belo é muito discutível.

A palavra ―belo‖ é originalmente um adjetivo, mas pode ser usada como substantivo,
como sinônimo de ―beleza‖, como é o caso do segundo enunciado.

Substantivo → adjetivo

 Tem um ninja nessa história.


 Ela foi muito ninja pra vencer a prova.

A palavra ―ninja‖, originalmente um substantivo, foi usada como um adjetivo no


enunciado, como sinônimo de uma pessoa muito ágil, habilidosa.

Adjetivo → advérbio

 Fábio é o mais alto.


 Fábio fala alto.

A palavra ―alto‖ é classificada originalmente como adjetivo. No segundo enunciado,


porém, ela é usada como advérbio, modificando o verbo ―fala‖.

Conjunção → substantivo

 Nós íamos, porém tivemos um imprevisto.


 Esse porém foi o que nos impediu de ir.

A palavra ―porém‖ é uma conjunção coordenativa. Ao ser transformada em substantivo


no segundo enunciado, ela ganha o significado de ―empecilho‖, ―contratempo‖.

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Pronome → substantivo

 Aquilo não foi nada.


 Eu sinto um nada em meu peito.

A palavra ―nada‖, classificada originalmente como um pronome indefinido, transforma-


se em substantivo no segundo enunciado.

Variação da lingua

As variações linguísticas são as diferenças que uma língua apresenta mediante fatores
como a região e as condições culturais ou sociais onde ela é usada. Por exemplo,
existem variações na língua portuguesa falada no Brasil e em Portugal.

Os tipos de variações linguísticas são:

1. Geográficas, como os regionalismos;


2. Históricas, como o português medieval e o atual;
3. Sociais, como os termos técnicos usados por profissionais;
4. Situacionais, como as gírias.

Variação geográfica ou diatópica

A variação geográfica ou diatópica está relacionada com o local em que é desenvolvida,


tal como as variações entre o português do Brasil e de Portugal, chamadas de
regionalismo.

Exemplos de regionalismos:

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Variação histórica ou diacrônica

A variação histórica ou diacrônica ocorre com o desenvolvimento da história, tal como


o português medieval e o atual.

Exemplo de português arcaico:

"Elípticos", "pega-la-emos" são formas que caíram em desuso

Variação social ou diastrática


A variação social ou diastrática é percebida segundo os grupos (ou classes) sociais
envolvidos, tal como uma conversa entre um orador jurídico e um morador de rua. Um
exemplo desse tipo de variação são os socioletos.

Exemplo de socioleto:

A linguagem técnica utilizada pelos médicos nem sempre é entendida pelos seus
pacientes 5
Variação situacional ou diafásica
A variação situacional ou diafásica ocorre segundo o contexto, por exemplo, situações
formais e informais. As gírias são expressões populares utilizadas por determinado
grupo social.

Exemplos de gíria:
 Que mico! (Que vergonha!);
 Fui trollado. (Fui enganado);
 Minha apresentação flopou. (Minha apresentação foi um fracasso.).

Linguagem formal e informal


Quanto aos níveis da fala, podemos considerar dois padrões de linguagem: a linguagem
formal e informal. Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a
linguagem dita coloquial, ou seja, aquela espontânea, dinâmica e despretensiosa. No
entanto, de acordo com o contexto no qual estamos inseridos, devemos seguir as regras
e normas impostas pela gramática, seja quando elaboramos um texto (linguagem escrita)
ou organizamos nossa fala numa palestra (linguagem oral).

Em ambos os casos, utilizaremos a linguagem formal, que está conforme as normas


gramaticais. Observe que as variações linguísticas são expressas geralmente nos
discursos orais. Quando produzimos um texto escrito, seja em qual for o lugar do Brasil,
seguimos as regras do mesmo idioma: a língua portuguesa.

Variação da língua portuguesa no espaço: Brasil e Moçambique

A actualização de uma língua apresenta diferenças no espaço geográfico, na medida em


que os falares diferem de continente para continente e até de região para região. A essas
diferenciações quanto à forma de falar em cada região ou local chamamos variações
diatópicas.

Exemplos das variações entre o português de Moçambique e o português do Brasil


«Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e
subsistemas adequados às necessidades dos seus usuários. Mas o facto de a língua estar
fortemente ligada estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma

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avaliação distinta das caracteristicas das suas diversas modalidades diatópicas,
diastráticas e diafásicas», defendem Cunha & Cintra (1991). A Língua Portuguesa
apresenta algumas diferenças quanto à utilização que dela se faz em alguns países do
mundo. Entre o português falado em Moçambique (PM) e o português falado no Brasil
(PB), por exemplo, existem algumas diferenças.

Por exemplo, enquanto no PM dizemos «Hoje, a Maria não apareceu por aqui», no PB
diz-se «Hoje, Maria não apareceu por aqui».

Portanto, o que há de diferente nas duas construções é que na primeira construção (PM)
temos o artigo a anteceder o substantivo ou nome (Maria), ao passo que na segunda
construção (PB), verifica-se que o substantivo ocorre sem nenhum artigo a antecedê-lo.
Podemos, assim, depreender deste exemplo que no PB omitem-se os artigos, ou seja, os
substantivos ou nomes ocorrem sem determinantes ou artigos a antecedê-los, enquanto
no PM não se verifica tal irregularidade.

Outro exemplo:

PM: Vou comprar o meu vestido. PM: Não conheço a sua mulher.
PB: Não conheço sua mulher. PB: Vou comprar meu vestido.

Tomando como base os exemplos acima apresentados, podemos salientar que, quanto
ao nível morfológico e sintáctico, no PB é habitual, antes do possessivo pronominal, a
ausência do artigo. Pelo contrário, no PM temos sempre o artigo a anteceder o
possessivo pronominal, salvo nos casos em que a frase é construída incorretamente. As
regras, porém, ditam a colocação do artigo antes do possessivo pronominal ou antes do
substantivo.

Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e


subsistemas adequados às necessidades dos seus falantes. Mas o facto de a língua estar
fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a
uma avaliação distinta das caracteristicas das suas diversas variações diatópicas,
diastráticas e difásicas (Cunha & Cintra, Novo Gromática do Português
Contemporâneo, Edições João Sá da Costa, 1991, Lisboa).

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Resumidamente, podemos definir cada uma destas variações do seguinte modo:
 Variações diatópicas — são as que se referem a falares locais, regionais e
intercontinentais (como é o caso do português do Brasil e do português de
Moçambique).
 Variações diastráticas — são as que se referem às diferenças verificadas na
linguagem das várias camadas socioculturais.
 Variações difásicas — são as que dizem respeito aos diferentes tipos de
modalidade expressiva (língua falada, escrita, literária).

Neste contexto, é ainda importante distinguir dialecto de língua padrão.


O português falado em todo o mundo é, apesar de tudo, uma língua bastante
homogénea, devido à acção de diversos factores, entre os quais se destacam a ampla
difusão dos meios de comunicação e a implantação do ensino obrigatório. O traço de
união entre as variedades que se registam nos diferentes países é a língua padrão, que
funciona como um modelo linguístico. Entre as muitas variedades de uma língua, há
uma que se destaca e é escolhida pela sociedade como modelo. A língua padrão é a
variedade social de uma língua que foi legitimada historicamente enquanto meio de
comunicação da classe média e da classe alta de uma comunidade linguística.

Os acontecimentos históricos, os contactos com falantes de outras línguas, o tempo,


entre outros factores, determinaram que o português se fosse progressivamente
diferenciando de região para região. Sofreu numerosas mudanças à medida que se foi
implantando em diferentes espaços geográficos, mudanças essas que deram origem a
diversas variedades. Em cada região encontramos uma variedade distinta, com os seus
traços particulares. No Brasil não se fala um português idêntico ao de Moçambique e
mesmo em Moçambique há diferenças entre o falar de um falante do Norte e o de um
falante do Sul. Chamamos variedades geográficas, dialectos regionais ou, simplesmente,
dialectos a estas diferentes formas que a língua apresenta consoante as regiões em que é
falada.

Texto Expositivo-Argumentativo

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O texto argumentativo é um dos textos pertencentes à tipologia de textos expositivos, no
qual o autor apresenta as suas ideias ou opiniões acerca do que vê, pensa ou sente, ao
contrário do que acontece com o explicativo – texto que apresenta factos sobre uma
realidade.

Conceito da Argumentação

A argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais polémico
for o assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa. Pode ocorrer
desde o início quando se defende uma tese ou também apresentar os aspectos favoráveis
e desfavoráveis posicionando-se apenas na conclusão.
Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão,
supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca
capturar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo.
Os argumentos devem promover credibilidade. Com a busca de argumentos por
autoridade e provas concretas, o texto começa a caminhar para uma direcção coerente,
precisa e persuasiva. Somente o facto pode fortalecer o texto argumentativo. Não
podemos confundir facto e opinião. O facto é único e a opinião é variável. Por isso,
quando ocorre generalização dizemos que houve um ―erro de percurso‖.
Segundo Rei (1990:88) ―Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar
uma afirmação destinada a fazer admitir outra.‖
Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria da argumentação estuda as técnicas
discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que
apresentamos ao seu consentimento. Sem se afastar da dialéctica, da lógica e da retórica.
A argumentação investiu no campo da psicologia, da sociologia e da teoria geral da
informação, indo nestes campos procurar alguma luz sobre como reage o homem,
quando exposto às mensagens persuasivas, como altera as suas convicções e o seu
comportamento.
Argumentos e Provas
Já definimos o argumento como um raciocínio destinado a provar ou refutar uma
afirmação ou, ainda, uma afirmação destinada a fazer admitir outra. Os argumentos são,
portanto, elementos abstractos, cuja disposição no discurso dependerá da sua força
argumentativa, aparecendo, assim, no texto, numa disposição crescente, decrescente ou
dispersa.

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Ordens das Provas
As provas têm a função de sustentar os argumentos e são de três ordens (Jules Verest,
1939: 468-471):
 Naturais - incluem os textos das leis, o testemunho das autoridades, as
afirmações das testemunhas e os documentos de qualquer espécie;
 Verdades e princípios universais - são reconhecidos, deste modo, por todos e
apresentados sob a forma de raciocínio reduzido.
 O Exemplo – é um caso particular, real ou fictício, que tem uma analogia
verdadeira com o caso que nos ocupa. A intenção é, a partir dele, inculcar uma
verdade geral da qual deduzimos uma proposição que queremos estabelecer.
Percurso da Argumentação
Segundo Rei (1990:90), são caminhos do pensamento para "justificar uma opinião,
desenvolver um ponto de vista, reflectir para chegar a uma decisão". Bellenger (1988:
16) define que ―são processos de organização das ideias, segundo a natureza dos laços
que unem os elementos ou as etapas do edifício persuasivo: onde operam os
argumentos, escolhidos e dispostos, tendo em vista uma argumentação concreta‖.
No processo de argumentação, usam-se com frequência os seguintes termos, de acordo
com o contexto, como a seguir se apresentam:
 Adversidade: (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto,
senão, que.
 Alternância: ou; e as locuções ou... ou, ora...ora, já...já, quer...quer...
 Conclusão: logo, portanto, pois.
 Explicação: que, porque, porquanto...
 Causa: que, como, pois, porque, porquanto; e as locuções: por isso que, pois
que, já que, visto que...
 Comparação: que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos,menor,
pior), como; e as locuções: tão... como, tanto... como,mais...do que, menos...do
que, assim como, bem como, que nem...
 Concessão: que, embora, conquanto. Também as locuções: ainda que,mesmo
que, bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por maisque, por menos
que...
 Condição: se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que,dado que, a
menos que, a não ser que, exceto se...
 Finalidade: As locuções para que, a fim de que, por que...

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 Conseqüência: que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções:de modo
que, de forma que, de sorte que, de maneira que...

Estrutura do Texto Argumentativo

O texto argumentativo, oral ou escrito, estrutura-se basicamente num plano tripartido:


1. Exórdio – é a primeira parte de um discurso, preâmbulo, a introdução do
discurso que consiste em:
a) Exposição do tema;
b) Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de
determinados termos, à apresentação de esquemas da exposição, à referência de
outras opiniões, etc.
2. Narração /confirmação – é a parte do discurso em que o orador desenvolve as
provas, consiste na utilização de argumentos (citação de factos, de dados
estatísticos, de outros exemplos, de narração de acontecimentos, etc.).
3. Peroração/epílogo – é a parte final de um discurso, a sua conclusão, o remate,
síntese, recapitulação.

Conjunções e locuções subordinada

Borregana (Op. cit, pág. 215) designa por conjunções os vocábulos invariáveis que
relacionam duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração. Para o mesmo
autor, são conjunções subordinativas as que ligam duas orações, sendo que uma das
quais completa ou determina o sentido da outra.
As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintáctico inferior (oração
subordinada) a uma de nível sintáctico superior (oração principal).

Exs.: Sabemos que cada homem deve cumprir a sua missão.


O homem será feliz se realizar os seus ideais.

Conjunções e locuções subordinativas


Classificação Conjunções Locuções
Causais (introduzem orações porque, pois, como visto que, pois que, já que, por isso que,
causais) (= porque), uma vez que

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porquanto
Finais (introduzem orações que (= para que) para que, a fim de que, por que
finais)
Temporais (introduzem quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, assim
orações temporais) apenas, mal, como, que, desde que, até que, primeiro que,
que (= desde que) sempre que, todas as vezes que, tanto
que, à medida que, ao passo que
Comparativas (estabelecem como, segundo, como... assim, assim como... assim,
uma comparação entre duas conforme, qual, assim como... assim também, bem como,
orações) mais... do que, segundo (consoante,
conforme) ... assim, tão (tanto)… como,
como se, que nem
Condicionais (introduzem Se, caso a não ser que, desde que, no caso de
orações condicionais) (que, contanto que, excepto se, se não
(sem que), dado que, a menos que
Consecutivas (introduzem (de tal
orações consecutivas modo/tanto/tão) que
Concessivas (introduzem embora, conquanto, ainda que, posto que, mesmo que, bem
orações concessivas) que (= ainda que) que, se bem que, por mais que, por
menos que, apesar de que
Integrantes (introduzem que
orações completivas
integrantes)

Texto Literário

Um texto literário é uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com
objetivos e características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar
emoções no leitor.
De acordo com a classificação de textos, existe a divisão entre duas categorias: textos
literários e textos não literários.
Alguns exemplos de textos literários são: peças teatrais, romances, crônicas, contos
fábulas, poemas, etc. Uma das características distintivas dos textos literários é a sua

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função poética, onde é possível constatar ritmo e musicalidade, organização específica
das palavras e um elevado nível de criatividade.

Diferenças entre texto literário e não literário

A grande diferença entre os textos literários e não literários consiste na sua função ou
objetivo.
O texto não literário tem como objetivo informar, esclarecer, explicar, ou seja, pretende
ser útil ao leitor. O texto não literário é frequentemente visto como um texto
informativo, construído de forma específica, com linguagem clara e objetiva. Alguns
exemplos são artigos científicos, notícias, ou textos didáticos.
Por outro lado, o texto literário é mais artístico, com uma função estética, que tem como
objetivo recreativo, provocando diferentes emoções no leitor. Assim, os textos literários
nem sempre estão ligados à realidade (no caso da ficção) e muitas vezes são subjetivos,
podendo existir diferentes interpretações de leitores distintos. Além disso, o texto
literário contém figuras de linguagem, sentido figurado e metafórico das palavras, que
tornam o texto mais expressivo.

Concordância do nome e predicativo do sujeito com sujeito

Nos elementos oracionais, devemos sempre considerar a articulação sintáctica que entre
eles se estabelece.
O nome predicativo do sujeito pode ser um nome ou uma expressão equivalente que se
associa a um verbo copulativo ou de ligação (ser, estar, ficar, continuar, parecer) para
lhe atribuir sentido, indicando um estado ou uma qualidade.

Em particular, atenta na concordância entre o sujeito e o nome predicativo do sujeito.


 O nome predicativo do sujeito concorda com o sujeito em género e número. Ex.:
A rapariga estava sentada.
 Se o sujeito for composto e do mesmo género, o predicativo concordará no
plural e no género dos sujeitos. Ex.: A rapariga e a mãe estavam insatisfeitas.
 Se o sujeito for composto e apresentar géneros diferentes, o predicativo
concordará no masculino plural, preferencialmente. Ex.: A rapariga e o pai
estavam receosos.

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 Sendo o sujeito um pronome de tratamento, a concordância dependerá do sexo
da pessoa a que nos referimos. Ex.: Vossa Excelência é muito bondoso(a).

Nas construções do tipo: É bom, É preciso, É necessário, É proibido, o nome


predicativo do sujeito ficará no masculino singular, não havendo artigo antes do sujeito.
Exs.: Refrigerante é bom no calor.
 É preciso paciência.
 É necessário muita cautela.
 É proibido entrada a menores de...
Havendo artigo antes do sujeito, a concordância será feita da forma normal.
Ex.: É proibida a entrada a menores de dezoito anos.

Orações subordinadas relativas

Orações relativas são orações subordinadas. Normalmente, elas não existem sozinhas e
dependem de uma oração principal ou de outra oração subordinada. Elas fornecem mais
informações sobre um substantivo ou pronome na oração principal. Uma oração
subordinada relativa geralmente fica diretamente após a palavra a que ela se refere,
separada por uma vírgula. Já o verbo conjugado geralmente fica no final da frase. A
oração subordinada relativa é vinculada à oração principal por um pronome relativo.
Esse pronome relativo refere-se à palavra de referência na oração principal.

A oração subordinada relativa ou adjectiva é uma oração introduzida por pronome, a


qual modifica um sintagma nominal (i) ou uma frase (ii) e desempenha a função
sintáctica de adjectivo:
i. «Os alunos que se esforçam obtêm bons resultados.»
ii. «Soube que ele aceitou a minha proposta, o que me alegrou bastante.»
As orações relativas podem ser relativas com antecedente ou gerundivas. As orações
gerundivas desempenham a função de modificadores do nome: «As malas contendo
livros devem ser doadas ao orfanato.»

Relativa restritiva
 Limita, restringe a referência do antecedente.
 Contém informação relevante para a definição do antecedente.

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 Não pode ser eliminada da frase, pois alteraria o sentido da oração subordinante.
 Desempenha a função sintáctica de modificador restritivo do nome:
-» Quem ama verdadeiramente (oração substantiva relativa sem antecedente) não diz
palavras que ofendam (oração relativa restritiva).
-» Os alunos que estudaram obtiveram boas classificações. → Os alunos obtiveram
boas notas. (neste caso, são todos os alunos; no primeiro exemplo, eram só alguns)
-» A mulher que eu amo está presa.

2.2. Relativa explicativa


 Apresenta informação adicional / facultativa sobre o antecedente (na oração
subordinante).
 Assim, pode ser eliminada, pois a sua omissão não altera o sentido da oração
subordinante.
 Na oralidade, é marcada por uma pausa; na escrita, por vírgulas, travessões ou
dois pontos.
 Desempenha a função sintáctica de modificador apositivo do nome (1) ou
modificador da frase (2):
-» (1) Os benfiquistas, que se mostravam entusiasmados, saíram frustrados do estádio.
-» (2) O Benfica perdeu, o que deixou a D. Lídia furiosa.

Verbos de Ligação

Os verbos de ligação, também chamados de copulativos, têm a função de ligar o sujeito


e suas características (predicativo do sujeito).
Distinguem-se, assim, dos verbos intransitivos e transitivos, na medida em que esses
expressam uma ação praticada ou sofrida.
Os principais verbos de ligação são: ser, estar, permanecer, ficar, tornar-se, andar,
parecer, virar, continuar, viver.

Exemplos:
 A plateia é toda jovem. (Verbo de Ligação)
 Hoje teremos casa cheia. (Verbo Transitivo)
 Não vou! (Verbo Intransitivo)

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Estado Circunstancial
 Estar. Exemplo: Estou exausta!
 Parecer. Exemplo: Ela parece feliz com os resultados.
 Andar. Exemplo: Desde aquele episódio, andamos sempre contentes.
Estado Permanente
 Ser. Exemplo: Eles são capazes de finalizar tudo até amanhã?
 Viver. Exemplo: Vivem doentes.
Mudança de Estado
 Ficar. Exemplo: Fico feliz com a notícia!
 Tornar-se. Exemplo: Ela se tornou um exemplo de vida.
 Virar. Exemplo: Depois de tudo, virou um santo...
Continuidade do Estado
 Permanecer. Exemplo: Ele permaneceu calado.
 Continuar. Exemplo: Ela continuou atenta ao trabalho.
Classificação dos Verbos
A classificação dos verbos em intransitivo, transitivo e verbo de ligação é feita mediante
o seu contexto.
Isso porque o mesmo verbo pode ser classificado de formas distintas, conforme
verificamos nos exemplos a seguir:
 Desde aquele episódio, andamos sempre contentes. (verbo de ligação, pois
expressa um estado, que é o fato de se sentir contente)
 Andamos o quarteirão todo atrás do nosso gato e não o encontramos. (verbo
intransitivo, pois expressa a ação de procurar o gato)
 Ela vive cansada. (verbo de ligação, pois expressa um estado, que é o fato de se
sentir constantemente cansada)
 Ela vive no Japão. (verbo intransitivo, pois expressa a ação de residir no Japão)
Predicativo do Sujeito
O predicativo do sujeito é a característica que define ou modifica o sujeito.
Ele é chamado de predicativo porque faz parte do predicado, mas não acrescenta nada
ao verbo e, sim, ao sujeito.
Exemplo:
Ambos continuam doentes.
Sujeito: Ambos
Predicado: continuam doentes

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Verbo de Ligação: continuam
Predicativo do Sujeito: doentes
Geralmente, o predicativo do sujeito é constituído por um substantivo, um adjetivo ou
um pronome. Há casos, porém, em que o predicativo é formado por preposição.

Valores de significação

Valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização


que determinam a forma como estas se comportam e interagem com outros indivíduos e
com o meio ambiente. Existem diversos tipos de valores: estéticos, religiosos, éticos,
profissionais, familiares etc. Os valores humanos são os princípios morais que
orientam a conduta das pessoas. Esses valores constituem um conjunto de regras
estabelecidas para uma convivência saudável dentro de uma sociedade.
A expressão crise de valores faz referência a um cenário em que alguns valores
tradicionais perdem importância e não são mais reconhecidos pela maioria da sociedade.
Diante desse cenário de crise, pode-se assumir uma postura reativa e pessimista - afinal,
valores considerados corretos estão em declínio, sendo substituídos por outros valores
moralmente condenáveis. Por outro lado, pode-se assumir uma postura otimista - em
vez de se encararem as mudanças na sociedade como crises, é possível vê-las como
movimentos de renovação, rumo a uma espécie de progresso ou melhoramento moral.

Valores humanos
Os valores chamados de humanos são princípios baseados nos conceitos morais e éticos.
Eles definem a forma de relacionamento entre as pessoas e, por consequência, o
relacionamento e o funcionamento de uma sociedade. Dessa forma, esses valores podem
ser considerados como a base dos relacionamentos humanos, funcionando como um
conjunto de normas que pautam as interações humanas e a tomada de decisões, seja em
âmbito privado ou público.
Dentre os valores humanos mais importantes, podemos destacar os seguintes:
 Respeito entre as pessoas  Justiça
 Empatia  Honestidade
 Solidariedade  Humildade
 Cordialidade  Responsabilidade
 Educação

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Conclusão

Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem dita


coloquial, ou seja, aquela espontânea, dinâmica e despretensiosa. No entanto, de acordo
com o contexto no qual estamos inseridos, devemos seguir as regras e normas impostas
pela gramática, seja quando elaboramos um texto (linguagem escrita) ou organizamos
nossa fala numa palestra (linguagem oral).

Normalmente, elas não existem sozinhas e dependem de uma oração principal ou de


outra oração subordinada. Elas fornecem mais informações sobre um substantivo ou
pronome na oração principal. Uma oração subordinada relativa geralmente fica
diretamente após a palavra a que ela se refere, separada por uma vírgula. Já o verbo
conjugado geralmente fica no final da frase.

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Bibliografia

FERNÃO, Isabel Arnaldo; MANJATE, Nélio José. Português 12ª Classe – Pré-
universitário. 1ª Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.

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