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INGLÊS

Revisão gramatical II
Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Definir o que é mais importante sobre os pronomes em inglês.


> Identificar os pronomes nos textos em inglês.
> Traduzir os pronomes com facilidade para o português.

Introdução
Os pronomes são palavras bastantes úteis e funcionais nas línguas, dos quais
fazemos usos em nossos processos comunicativos diários. Em geral, desde a época
da escola aprendemos que os pronomes podem ter uma funcionalidade geral de
substantivo e adjetivo, a fim de (1) retomar um assunto, tópico ou objeto sem
precisar repetir seu nome incessantemente numa conversa ou (2) acompanhar o
assunto, tópico ou objeto que estamos a comunicar, modificando seu sentido e
atribuindo-lhe qualidades e características.
Na língua portuguesa, pode-se dizer que os pronomes na maior parte das
vezes servem para nos ajudar a continuar falando de alguma coisa, retomando-a
e caracterizando-a com diversos valores. No caso da língua inglesa, isso não é
diferente. Em inglês, os pronomes também funcionam a partir dessas duas gran-
des categorizações e se dividem, assim como em português, em determinadas
classes, como pronomes pessoais (do tipo sujeito e do tipo objeto), possessivos,
demonstrativos e reflexivos.
Neste capítulo, você vai estudar o que são os pronomes e a sua funcionalidade
geral. Também vai identificar os pronomes mais usados pelos falantes da língua
inglesa e transitar entre suas possíveis traduções do inglês para o português.
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Pronomes: conceito e funcionalidade


comunicativa
Define-se comumente os pronomes como aquelas palavras que aparecem no
lugar dos nomes, tal qual representando os substantivos, e que também os
podem acompanhar, elaborando seus significados. Segundo Cunha e Cintra
(2008), os pronomes desempenham, assim, funções semelhantes às que são
realizadas pelos elementos nominais.
Desse modo, no enunciado (1) “As chuvas, que inundaram a região metro-
politana do Recife, findaram no início da madrugada”, o pronome relativo que
desempenha a função de um substantivo — nesse caso, representa e retoma
o sintagma nominal as chuvas, substituindo-o para não o repetir — e por isso
funciona como um pronome substantivo.
Já no enunciado (2) "Estes alimentos não perecíveis, doados pela maioria,
vão ajudar as nossas famílias diante das perdas causadas pelas chuvas",
os pronomes possessivos estes e nossas caracterizam os substantivos aos
quais se referem — alimentos e famílias, respectivamente — atribuindo-lhes
sentidos específicos (como de proximidade espacial do sujeito aos alimentos
e de autoinclusão de si próprio à situação compartilhada das famílias). No
enunciado (2), portanto, funcionam como pronomes adjetivos, porque mo-
dificam os substantivos.
Portanto, pode-se dizer que os pronomes funcionam na comunicação
cotidiana a partir dessas duas grandes categorias: (1) como substantivos,
referenciando-os nas situações enunciativas, e (2) como adjetivos, caracte-
rizando-os e modificando-os, concordando com eles em gênero e número.
Em outras palavras, em (1) os pronomes nos permitem continuar falando ou
escrevendo sobre um determinado tema sem fazer uma necessária menção
ao substantivo inicialmente usado, vindo em seu lugar; e em (2) os pronomes
nos levam a valorar o substantivo que acompanha, construindo sentidos
específicos em torno dele.
Para entender melhor o funcionamento dos pronomes na prática, imagine
este cenário comunicativo: você está conversando com um antigo amigo
pelo telefone celular. Faz muito tempo que você não fala com ele, o qual está
atualmente morando fora do Brasil. Seu amigo, do outro lado do mundo, está
conversando com você por meio de uma câmera de vídeo. De repente, ele
escuta risadas e um barulho de panelas. Curioso, ele pergunta: “tem alguém
aí com você?”. Assim, você responde: "Fátima e Lorena vieram me visitar. Elas
estão agora na cozinha preparando o jantar". Nesse segmento enunciativo,
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o uso do pronome pessoal do caso reto elas nos permite continuar falando
dos referentes Fátima e Lorena sem precisar repetir seus nomes (nesse caso,
sem repetir os substantivos próprios Fátima e Lorena). Embora esse situação
comunicativa tenha se dado entre falantes da língua portuguesa, observa-se
que, caso a situação se desse em língua inglesa, provavelmente os pronomes
utilizados seriam equivalentes: "Fátima and Lorena came by to visit me. They
are in the kitchen now preparing the dinner". Novamente, o pronome pessoal
they é empregado para substituir os referentes Fátima e Lorena, cumprindo a
mesma função de uso e o mesmo propósito de emprego do pronome pessoal
elas em português.
É importante lembrar, contudo, que nesses exemplos estávamos falando
especialmente do pronome pessoal (do caso reto) da 3ª pessoa do plural
— elas — ou do seu semelhante na língua inglesa, que é o they. O pronome
pessoal é usado majoritariamente para substituir o sujeito do verbo em
questão, no exemplo acima Fátima e Lorena.

Na língua inglesa, o pronome pessoal/pronome sujeito it é comu-


mente de tom neutro e, assim, é usado para indicar objetos, seres
e animais. No caso de bebês, é interessante notar que muitos os representam
pelo pronome it quando não há a identificação do dito "gênero", por exemplo:
"The baby woke up her mom at 4 am" (It woke up her mom at 4 am = O bebê
acordou a sua mãe às 4h da manhã). No entanto, quando há menção ao gênero
ou destaque sob tal, o uso do it dá lugar a he/she, como em: "The baby girl was
born in a hospital in Vancouver" (She was born in a hospital in Vancouver = Ela
nasceu em um hospital de Vancouver).

Os usos dos pronomes em língua inglesa


Além dos famosos pronomes pessoais — eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas,
em português, e I, you, he/she/it, we, you, they, em inglês — usados como
sujeitos da ação em enunciados falados ou escritos, também conhecidos
como pronomes sujeitos, há muitos outros pronomes em português e inglês,
os quais apresentam diferentes formas e várias maneiras de serem usados.
Além dos famosos pronomes I (eu) e you (você), há whatever (toda, qualquer),
all (tudo, todos(as)) e some (algum, alguns, algumas) (PRONOUN…, 2009).
Observe estes exemplos: "I like her manuscript about sustainable develop-
ment" (Eu gosto do seu artigo sobre desenvolvimento sustentável), "Thank
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you for coming into my life" (Obrigada por (você) fazer parte da minha vida),
"Whatever was happening with her, she had to go through to it and make a
decision" (O que quer que esteja acontecendo com ela, ela precisa passar
por essa situação e tomar uma decisão"), "All the alternatives are correct
except…" (Todas as alternativas estão corretas exceto…) e "Some people
don’t like working in the early morning" (Algumas pessoas não gostam de
trabalhar de manhã cedo).
Nesses enunciados, os pronomes negritados cumprem vários propósitos:
substituir as coisas das quais se fala (I like), indicar posse de algo (her ma-
nuscript, my life), dirigir-se a uma pessoa com quem se comunica (Thank you),
fazer menção a um sujeito de uma ação (Whatever was, some people) e seu
objeto (happening with her), referenciar uma ideia ou situação já mencionada
(to go through it), entre outros. Devemos, assim, ficar atento aos seus usos
e, para isso, estudaremos a seguir alguns dos mais importantes tipos de
pronomes que fazem parte da língua inglesa.

Existe uma discussão importante sobre o uso do pronome pessoal


sujeito they e as políticas linguísticas de gênero. Na língua inglesa,
o they (pronome indicador da 3ª pessoa do plural) é usado nas situações co-
municativas cotidianas para se falar de pessoas em tom neutro ou, mais atual-
mente, quando não se adere à noção binária de gênero. É importante lembrar
que gramaticalmente o pronome pessoal sujeito he é reservado para os ditos
"homens", enquanto o she para as ditas "mulheres" (ambos indicadores da 2ª
pessoa do singular). Isso também vale para os respectivos pronomes objetos
him e her, os possessivos his e hers, e assim por diante.
Atualmente, porém, em virtude da relevância das discussões sobre questões
de gênero, construção social e sexualidade, muitos falantes da língua inglesa
passaram a adotar cada vez mais o uso do they em seus discursos para designar
neutralidade. Então, em vez de designar alguém por uma suposta identidade
relacionada a uma "colagem" naturalizada do gênero, pode-se proferir enun-
ciados do tipo: "You should go to the doctor from Live Well Clinic. They can help
you with your diagnosis" (Você deveria ir a um médico/a uma médica da Clínica
Live Well. Ele/ela pode ajudar você com seu diagnóstico) ou "I can recommend
my friend to talk to you. They have good listening skills" (Eu posso recomendar
o meu amigo/a minha amiga para falar com você. Ele/ela tem boas habilidades
para escutar você). Esse debate é fundamental para os estudos linguísticos que
envolvem políticas sociais sobre identidade versus gênero, e ainda ratifica a
ideia de que os pronomes representam pontos de vista e discursos sobre os
sujeitos (coenunciadores da situação comunicativa), os objetos topicalizados
ou tematizados, as ideias e situações (passadas, presentes ou futuras).
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Categorias e grupos de pronomes


na língua inglesa
De maneira geral, pode-se afirmar que existem duas grandes categorias de
pronomes em português e inglês: pronomes substantivos e pronomes adje-
tivos. Os primeiros, em geral, aparecem no lugar do substantivo ao qual se
referem, enquanto os segundo vêm juntos do substantivo ao qual se referem,
modificando-o ao longo da enunciação. Dentro dessas duas grandes catego-
rias, encontramos os seguintes tipos de pronomes: pronomes pessoais sujeito
e objeto, possessivos, demonstrativos, reflexivos, indefinidos, interrogativos
e relativos. A partir de agora, vamos estudar um pouco mais sobre eles.

Pronomes pessoais: sujeito e objeto (subject and


object pronouns)
Vamos começar tratando do mais básico tipo ou grupo de pronomes, que
é o dos pronomes pessoais. Costumam ser usados para substituir pessoas
ou coisas, e ainda para identificar os pontos de vista dos falantes em suas
narrativas (PRONOUN…, 2009). Esse grupo se subdivide em: pronomes pessoais
sujeito (subject pronouns) e pronomes pessoais objeto (object pronouns),
conforme classificados no Quadro 1.

Quadro 1. Pronomes pessoais sujeito e objeto em inglês

Ponto de
Pronomes Subject Pronomes Object
vista/point
sujeito pronouns objeto pronouns
of view

1ª pessoa/ Eu (sing.) I (sing.) Me (sing.) Me (sing.)


first person Nós (plur.) We (plur.) Nos (plur.) Us (plur.)

2ª pessoa/ Você (sing.) You (sing.) Te (sing.) You (sing.)


second Vocês (plur.) You (plur.) Vos (plur.) You (plur.)
person

3ª pessoa/ Ele/ela (sing.) He/she/it O/a/se/lhe Him/her/it


third person Eles/elas (sing.) (sing.) (sing.)
(plur.) They (plur.) Os/as/se/ Them (plur.)
lhes (plur.)

Fonte: Adaptado de Pronoun… (2009) e British Council (2021).


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Em inglês, os pronomes pessoais sujeito, assim como em português, são


usados para representar os sujeitos dos verbos/das ações/dos estados que
o falante deseja designar/indicar em seu discurso: "I/We like the way you
dress yourself" (Eu/Nós gosto/gostamos do jeito que você se veste), "Do you
like the way you dress yourself? (Você gosta do jeito que você se veste?),"He/
She/It likes the way you dress yourself" (Ele/Ela gosta do jeito que você se
veste) e "They like the way you dress yourself" (Eles/Elas gostam do jeito que
você se veste). Observe, assim, que cada enunciado apresenta o pronome
como o sujeito do verbo (a partir do ponto de vista daquele que está falando/
escrevendo): I/we, you, he/she/it e they (eu, você, ele/ela, nós, vocês e eles/
elas). No caso dos pronomes pessoais objeto, seus usos são semelhantes
aos do português, isto é, como objeto da ação do sujeito enunciativo: "Can
you, please, help me?" (Você pode me ajudar, por favor?), "He doesn’t like her
friend" (Ele não gosta da sua amiga) e "We could understand it (the lecture)
at the end" (A gente pôde entendê-la (a palestra) no seu fim).
Observe também que os pronomes objeto podem vir acompanhados de
preposição, sendo assim classificados também como objeto direto ou objeto
indireto (SWICK, 2018). Nos seguintes exemplos: "I will get the glass of water
for you" (Vou pegar o copo d’água para você), "Phone her if you need any
help"(Telefone para ela, caso você precise de ajuda) e "Please, don’t take our
house from us" (Por favor, não tire da gente a nossa casa), podemos observar
os pronomes objeto acompanhados (for you e from us) ou não de preposição
(her). Os pronomes objeto, desse modo, sofrem a ação do sujeito do verbo, a
recebem ou ainda as têm direcionadas.

Pronomes possessivos e os adjetivos possessivos


(possessive pronouns and possessive adjective)
Os pronomes possessivos são muito usados no nosso dia a dia. Em geral, são
empregados para nos ajudar a falar das posses sobre as coisas. Os pronomes
possessivos e os adjetivos possessivos têm usos parecidos, pois cumprem
a função de apontar uma noção de posse. Gramaticalmente, a diferença
entre eles se dá na estrutura sintagmática que é construída: enquanto os
pronomes possessivos substituem o nome, os adjetivos possessivos (pela
própria funcionalidade de um adjetivo) aparecem junto do substantivo ou
do nome referido, acompanhando-o.
No enunciado, por exemplo, "What book is yours?" (Qual é o seu livro),
o pronome possessivo yours substitui o nome book, fazendo com que seja
desnecessário repeti-lo, a depender da situação e/ou contexto social (ima-
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gine que a situação já pressupõe que estamos falando de vários livros numa
prateleira e um deles é seu e você pergunta: What book is yours? para não
perguntar literalmente What book is your book?). Ou seja, o pronome pos-
sessivo nos ajuda a não repetir no enunciado o substantivo do qual se está
falando/escrevendo (por exemplo, alguém pergunta: Whose dress is this? (De
quem é este vestido?) e você responde: It is mine (É meu) ao invés de repetir
o nome dress em It is my dress (Este vestido é meu)).
Quanto ao uso dos adjetivos possessivos, observe os seguintes enunciados:
em "Is this your notebook?" (Este/Esse é o seu computador?) e "His jacket is
nice!" (O casaco dele é bonito), os adjetivos possessivos your e his acompa-
nham os substantivos a que se referem (notebook e jacket), modificando seus
sentidos e atribuindo-lhes os seus possuidores (você, a quem a pergunta se
dirige, e o casaco dele). Em outras palavras, os adjetivos possessivos nos dizem
de quem são os objetos do mundo, destacando o seu "possuidor" (Quadro 2).

Quadro 2. Pronomes possessivos e adjetivos possessivos em inglês

Ponto de vista/ Pronomes Possessive Possessive


point of view possessivos pronouns adjectives

1ª pessoa/first Meu/minha/meus/ Mine (sing.) My (sing.)


person minhas (sing.) Ours (plur.) Our (plur.)
Nosso/nossa/
nossos/nossas
(plur.)

2ª pessoa/ Teu/tua/teus/tuas Yours Your


second person (sing.)
Vosso/vossa/
vossos/vossas (plur.)

3ª pessoa/third Seu/sua/seus/suas His/hers (sing.) His/her/its (sing.)


person (sing./plur.) Theirs (plur.) Their (plur.)

Fonte: Adaptado de Pronoun… (2009) e British Council (2021).

Os adjetivos possessivos também são usados para indicar, além de quem


é o possuidor do objeto, relações e partes do corpo (BRITISH COUNCIL, 2021):
"He is her husband" (Ele é o marido dela) e "She needs to brush her teeth
every morning after breakfast (Ela precisa escovar os dentes após o café da
manhã). Assim, podemos dizer que a caracterização dos possessivos é acima
de tudo representar noções de pertencimento.
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Pronomes demonstrativos (demonstrative pronouns)


(THIS/THESE; THAT/THOSE)
Na língua portuguesa, os pronomes demonstrativos são usados com fins
de representar e/ou referenciar as pessoas, os objetos e as situações no
espaço, no tempo e ao longo do discurso. Na língua inglesa, os sentidos
pragmáticos construídos seguem o mesmo caminho. Há nesse idioma ba-
sicamente quatro pronomes demonstrativos: this, these, that e those. This
(singular) e these (plural) são usados para falar de coisas e pessoas que
estão próximas da gente e de situações recentes (ou que aconteceram
recentemente) (Quadro 3). Em "This is my pair of shoes" (Este é o meu par
de sapatos), estou falando de sapatos que estou calçando; em "This is
Helena" (Esta é a Helena), estou apresentando alguém que está perto de
mim; em "This had just happened in my life" (Isto acabou de acontecer na
minha vida) estou falando de algo recente. Vale ressaltar que pronome this
também é usado para iniciar uma conversa ao telefone (BRITISH COUNCIL,
2021): "Hello, this is Rafaela speaking. May I talk to Lara?" (Olá, é Rafaela
quem está falando. Posso falar com Lara?).

Quadro 3. Pronomes demonstrativos em inglês

Ponto de vista/ Demonstrative


Pronomes demonstrativos
point of view pronouns

1ª pessoa/first person Este/esta/isto (sing.) This (sing.)


Estes/estas (plur.) These (plur.)

2ª pessoa/second Esse/essa/isso (sing.) That (sing.)


person Esses/essas (plur.) Those (plur.)

3ª pessoa/third person Aquele/aquela/aquilo (sing.) That (sing.)


Aqueles/aquelas (plur.) Those (plur.)

Fonte: Adaptado de Pronoun… (2009) e British Council (2021).

Já os pronomes that (singular) e those (plural) são empregados para fa-


lar de pessoas e coisas que estão longe da gente, bem como de situações
passadas. Em "Who is that over there?" (Quem é aquela pessoa que está lá?),
estou perguntando sobre a presença de alguém que está fisicamente longe
de mim; em "Who are those over there?" (Quem são aquelas pessoas que estão
lá?), estou perguntando sobre a presença de mais de uma pessoa que está
fisicamente longe de mim; quando alguém afirma: "I got sick last night" e o
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THAT not THIS

interlocutor reage: "But that is terrible! How are you feeling today?" (“Fiquei
doente ontem de noite” e “Que horrível! Como você se sente hoje?”), o pronome
that está sendo usado para retomar algo que alguém falou.

Uma curiosidade: a gente também usa os pronomes demonstrativos


this, these, that e those em inglês acompanhados de nomes ("Do
you like these earrings I am wearing?" = “Você gosta destes brincos que estou
usando?”; "Have you read all those manuscripts for your last assignment?" =
“Você já leu todos aqueles textos para a última atividade da disciplina?” e "I
lived in that house" = “Eu morei nessa casa”). O importante é não se esquecer
de que this e these constroem uma referência de proximidade, enquanto that
e those, de afastamento/distância do referente.

Pronomes indefinidos (indefinite pronouns)


Tratemos agora dos pronomes indefinidos. Como seu próprio nome diz, são
representantes de indefinições e imprecisões que construímos em nossos
discursos. Talvez ainda constituam a própria elaboração do discurso e, por
isso, apresentam esse tom de algo vago, não determinado. Em inglês, são
basicamente os seguintes: all, another, any, anybody/anyone, anything, every-
body/everyone, each, everything, few, many, nobody, none, one, several,
some, somebody, someone (PRONOUN…, 2009) e significam respectivamente
tudo/toda, qualquer, qualquer um, qualquer coisa, todo mundo, cada um,
tudo, pouco, muito, ninguém, nenhum, um, vários, algum, alguém. Por serem
empregados de forma similar aos seus equivalentes em língua portuguesa,
vamos destacar os usos de one ou ones, uma vez que estão entre aqueles
que mais geram dificuldades no nosso dia a dia.
Os pronomes indefinidos one (singular) e ones (plural) podem ser usados
após (BRITISH COUNCIL, 2021):

„ um adjetivo (May I see your wallet? Of course! You mean the red one
I wear to go out? = Posso ver a sua carteira? Claro! Você quer ver a
vermelha que eu uso para sair?);
„ o artigo definido the ("Who is Mary Bell? She is the one wearing the
yellow tie on her uniform" = Quem é a Mary Bell? É aquela que está
usando um laço amarelo no seu uniforme);
„ o pronome interrogativo which (o que) (Can I have my raincoat? Sure! Which
one is it? = Posso pegar a minha capa de chuva? Claro! Qual é delas?).
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Pronomes reflexivos (reflexive pronouns)


Os pronomes reflexivos (Quadro 4) constroem "ações de retorno" do sujeito
da oração. Dito de outro modo, são usados quando o sujeito da ação coincide
com o objeto que recebe a ação, ou seja, quando sujeito e objeto (direto) são
o mesmo. "While I was in the kitchen preparing my family’s breakfast, I cut
myself with the knife" (Enquanto eu estava na cozinha preparando o café da
manhã da minha família, me cortei com a faca). No entanto, cabe ressaltar
que os pronomes reflexivos não são usados quando se pressupõe que a ação
recebida ou descrita constitui parte das ações usuais do sujeito (como é o caso
de ações que indiquem tomar banho e se vestir, por exemplo). Nesses casos, o
emprego de alguns falantes pelo uso do reflexivo geralmente funciona como
um operador de destaque: "There was no electricity at all! I washed myself in
cold water!" (Não havia energia elétrica! Eu me lavei em água fria!). Na língua
portuguesa, a construção da ideia de um sujeito que age e recebe a ação
realizada é feita por meio do uso dos pronomes pessoais objeto oblíquos
(PRONOME…, 2021).

Quadro 4. Pronomes reflexivos em inglês

Ponto de vista/ Pronomes pessoais objeto


Reflexive pronouns
point of view (pronomes oblíquos )

1ª pessoa/first person Me/mim (sing.) Myself (sing.)


Nos (plur.) Ourselves (plur.)

2ª pessoa/second Te/ti (sing.) Yourself (sing.)


person Vos (plur.) Yourselves (plur.)

3ª pessoa/third person Se/si/consigo (sing.) Herself/himself/


Se/si/consigo itself (sing.)
Themselves (plur.)

Fonte: Adaptado de Pronoun… (2009) e British Council (2021).

Há ainda mais um destaque a se fazer sobre os usos dos pronomes refle-


xivos em inglês: quando empregados depois de um nome (um substantivo),
eles assumem a função de um intensificador (PRONOUN…, 2009). Observe os
seguintes exemplos e os sentidos que cada emprego constrói por meio da
adição do reflexivo himself (SIKLOS, 2016):
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The company director gave the talk.


(O diretor da empresa deu a palestra.)
×
The company director gave the talk himself.
(O próprio diretor da empresa deu uma palestra — e não um funcionário dele.)
×
The company director himself gave the talk.
(O diretor da empresa (ele mesmo!, o diretor) deu a palestra.)

Pronomes interrogativos (interrogatives pronouns)


Conforme a gramática, existem basicamente oito pronomes interrogativos na
língua inglesa: who (quem?), whom (com quem?), which (qual?), what (o quê?),
whoever (quem?), whomever (quem quer que seja?), whichever (o que for?),
whatever (o que quer que seja?) (PRONOUN…, 2009). Desses, contudo, cinco
são os usados em enunciados interrogativos: who (para pessoas), whom (para
pessoas) what (para coisas), whose (para posses), which (para escolhas). Veja
os exemplos a seguir:

„ Who is that? (Quem é você?) Who have you seen? (Quem você tem visto?)
„ Whose panties are these? Whose are these panties? (De quem são
essas calças?)
„ What is that? (O que é isso?) What do they desire? (O que elas/eles
desejam?) What do they want? (O que eles/elas querem?)
„ I have two side dishes here for my dinner. Which one do you want? (Eu
tenho dois pratos que acompanham o meu jantar. Qual dos dois você
quer?)
„ I received two gifts for my kitchen. Which do you want? (Eu ganhei dois
presentes para a minha cozinha. Qual dos dois você quer?)
„ To whom do I have to talk in the college? (Com quem devo conversar
na faculdade?)

Sobre este último uso, é importante destacar que poucos falantes recorrem
a ele na comunicação informal cotidiana. Boa parte das pessoas usariam o
who em vez do whom, o que já pode constituir parte das variações linguísticas
no inglês falado em alguns países.
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Pronomes relativos (relatives pronouns)


Passemos agora a tratar dos pronomes relativos. Eles são usados para fazer
conexões e estabelecer relações entre dois enunciados que têm em comum
o mesmo nome ou pronome. Lembre-se que os nomes podem ser usados
como sujeitos, objetos diretos, objetos indiretos, objetos preposicionados
e possessivos. Em inglês, existem basicamente cinco tipos e maneiras de
construir essa conexão: that (usado em referência a um nome animado/
inanimado), who/whom (usado em referência a um ser animado), which
(usado em referência a um ser inanimado), whose (usado como possessivo)
e elipse do pronome relativo (quando é feita sua omissão por completo)
(SWICK, 2018).
Para saber se o pronome relativo pode ser usado na construção de um
enunciado, é preciso olhar com muita cautela o contexto e as estruturas do
enunciado em que se deseja estabelecer a conexão. Observe:

She bought a modern computer to study computer


science. The computer was defective.

Como você faria para unir essas orações? Qual é o elo em comum entre
elas? Ou seja, quais tópicos são retomados de uma para outra? Ao olhar
para esses pontos, conseguimos chegar no objeto inanimado “computador”.
Observe novamente:

She bought a modern computer to study computer


science. The computer was defective.

Podemos, desse modo, fazer a substituição pelo pronome relativo that,


que pode ser usado para seres animados ou não, da seguinte forma:

She bought a modern computer to study computer


science. The computer was defective.

She bought a modern computer to study computer science that was defective.

Antes de concluir este tópico, destacamos mais uma questão: ao fazer a


conexão entre as orações, o nome substituído pelo pronome relativo deve
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desparecer, como em: "Marie Curie is a woman. She discovered radium" (Marie
Curie é uma mulher. Ela descobriu o elemento rádio) => "Marie Curie is a wo-
man who/that discovered radium" (Marie Curie é uma mulher que descobriu
o elemento rádio). Observe que o pronome she desaparece, uma vez que é
substituído pelo pronome who ou that (BRITISH COUNCIL, 2021).

Interpretação dos pronomes: contextos, falantes


e sentidos
Conforme abordamos anteriormente, as categorias de pronomes em inglês
apresentam sentidos pragmáticos semelhantes ao que acontece com os pro-
nomes na língua portuguesa. Antes de mais nada, é importante lembrar que,
embora estejamos trazendo essa discussão a partir da gramática normativa do
inglês — a qual, como toda gramática, prescreve um conjunto de normas que
regem os padrões de uma língua —, ela não é axiomática. Em outras palavras,
não devemos deixar de considerar, ao interpretar os usos dos pronomes
pelos falantes, os contextos sociais em que eles são proferidos ou escritos
e os sujeitos participantes dos atos comunicativos. Alguns enunciados, por
exemplo, funcionam em contextos informais, enquanto outros não: "The bank
is closed on Saturdays. So they are not working this day." (O banco está fechado
aos sábados, então eles não trabalham nesse dia). O uso do pronome they
nesse exemplo faz referência implícita ao grupo de trabalhadores naquele
espaço, emprego bastante comum em discursos informais.
Antes de passarmos para algumas análises práticas sobre usos prono-
minais que nos ajudarão em processos de interpretação e revisão de textos,
é preciso fazer uma breve referência à noção de língua e contexto social.
Conforme Volóchinov (2017), o sistema linguístico ou a língua não é um produto
acabado que é transmitido de geração a geração; a língua está em constante
desenvolvimento e é o veículo ideológico da interação verbal. Desse modo,
cada enunciado faz parte da corrente de comunicação verbal em desenrolar,
e as interações entre as pessoas são concretas e significativas, podendo
produzir muitos sentidos. A situação extralinguística — que inclui o contexto
imediato e o contexto mais amplo —, o horizonte social compartilhado entre
os falantes e a sua recepção (antecipada) são elementos fundamentais para
compreender como se dá a produção dos sentidos a partir dos usos de ele-
mentos linguísticos de uma língua.
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Traduzindo na prática os pronomes:


questões a serem observadas
Ao ler os textos em inglês, é importante ter em mente algumas noções básicas,
que, em nosso caso, dizem respeito aos usos dos pronomes. Nesse âmbito, os
enunciados em inglês apresentam majoritariamente um sujeito/um tópico/um
assunto: "He is a teacher" (Ele é um professor), e mesmo quando não existir
um sujeito/um tópico/um assunto em específico, usa-se It ou There no seu
lugar (BRITISH COUNCIL, 2021), como em: "There is someone speaking about
you" (Há alguém falando de/sobre você) e "It is me on the phone" (Sou eu no
telefone). É, portanto, uma regra gramatical que as orações em inglês têm
sempre de apresentar um sujeito. Isso não acontece, no entanto, com enun-
ciados escritos/falados no modo imperativo (exceção à regra!): em enunciados
do tipo "Go to the grocery store!" (Vá para o mercado!), não é necessária a
menção ao sujeito no enunciado, pois o imperativo, por construir uma ideia
de ordem, instrução ou convite, já pressupõe o interlocutor como o próprio
sujeito da ação do discurso (ordem/instrução/requerimento).

É de fundamental importância não se esquecer do princípio em inglês


da presença explícita do sujeito em suas orações. Desse modo, caso
não exista um sujeito "aparente", há algumas orientações a serem seguidas
que nos permitem fazer uso dos pronomes it e there (BRITISH COUNCIL, 2021).
Usamos o pronome there nas seguintes ocasiões:
„  quando nos referimos a números ou quantidades (There are lots of cookies
over the kitchen countertop = Existem muitos biscoitos acima do balcão da
cozinha);
„  quando uma situação aconteceu/está acontecendo (There was a car crash on
highway 65 = Houve uma batida de carros na rodovia 65);
„  quando algo é posto/está colocado em cena (There are many books spread out
in their living room = Existem muitos livros espalhados na sala da casa deles).
Lembre-se que o there não é apenas um pronome; na verdade, pode ser
usado como interjeição e advérbio e pronome, ou seja, tem diferentes fins
pragmáticos e sentidos a depender dos contextos sociais.
Quanto ao pronome it, ele é usado:
„  quando nos referimos ao clima (It is a beautiful day today = É um dia lindo hoje);
„  quando nos referimos a dimensões de tempo (It’s almost noon = É quase
meio-dia) e datas (It is my birthday tomorrow = Amanhã é o meu aniversário);
„  quando queremos dar opiniões (It was great visiting you = Foi muito bom
ter te visitado. / It isn’t easy being a teacher = Não é fácil ser professor(a)).
Revisão gramatical II 15

A esse respeito, vale apontar que em inglês usa-se o pronome sujeito you,
indicador da 2ª pessoa do singular, para falar/escrever sobre pessoas em
geral, seja por aquele que fala/escreve ou por aquele que responde/lê. Nos
enunciados, por exemplo, "You can’t park here" (Você não pode estacionar
aqui) e "You can’t smoke in this area", o pronome you inclui todas as pessoas
na enunciação para dizer que é proibido estacionar (primeiro exemplo) ou
proibido fumar (segundo exemplo) naquela localidade. Também emprega-se
o pronome sujeito e objeto they e them (indicador da 3ª pessoa do singular/
plural) quando o tema envolve instituições gerais e organizações governa-
mentais. Por exemplo, em "Ask them for changing your fligh" (Pergunte à
companhia aérea (a eles da companhia) se você pode mudar de voo) e "They
are pronouncing a new committee to talk about the environmental laws" (Eles
estão criando um novo comitê para tratar de leis ambientais), os pronomes
them/they (eles) têm a finalidade de representar um grupo de pessoas que
fazem parte de uma empresa/organização (BRITISH COUNCIL, 2021).
Pode-se dizer que o pronome sujeito e objeto da 3ª pessoa do singular it
também serve a propósitos pragmáticos semelhantes, embora mais informais.
Exemplos disso ocorrem quando queremos indicar quem atendeu uma ligação —
"It is Rafael speaking" (É o Rafael falando) — e quem chegou para nos visitar — "It
is Nelma who is here" (É a Nelma quem está aqui). É, portanto, fundamental que os
pronomes sejam colocados nessas posições para exercer tais funções, em virtude
da obrigatoriedade gramatical da presença do sujeito nas orações em inglês.
A respeito dos pronomes pessoais, há ainda um aspecto importante sobre
os pronomes objeto. Quando substituímos o substantivo (o nome) pelo pro-
nome objeto direto (sem preposição), precisamos adicionar a preposição to
ou for antes do pronome que representa o objeto indireto (ou do substantivo
que funciona sintaticamente como objeto indireto) (SWICK, 2018). A partir do
enunciado "I gave Mary a magazine" (Eu dei uma revista a Maria), por exemplo,
se quisermos fazer a substituição do objeto direto magazine (revista) pelo
pronome objeto it, precisaremos colocar uma preposição antes do nome
Mary, que é sintaticamente o objeto indireto da oração. Desse modo, ficaria
assim: "I gave it to Mary" ou "I gave it to her".
Quanto aos pronomes possessivos, é importante ficar atento a dois as-
pectos. O primeiro é que eles podem vir após a preposição of (o enunciado
“Lindsey is one of my cousins” pode aparecer assim “Lindsey is a cousin of
mine” (Lindsey é uma das minhas primas). Em segundo lugar, os pronomes
possessivos não vêm acompanhados de apóstrofo. No enunciado "Is that
motorcycle yours?" (Esta/Essa motocicleta é sua?), o yours não tem apóstrofo,
ou seja, é escrito com o "s" junto ao termo.
16 Revisão gramatical II

Embora o apóstrofo também indique posse, saiba que ele é um outro re-
curso linguístico e não aparece junto dos pronomes ou adjetivos possessivos.
Veja o seguinte exemplo: "This is Rafaela’s dog" (Este é o cachorro da Rafaela).
Nesse enunciado, a posse do animal é marcada pelo uso do apóstrofo no
nome próprio Rafaela. Observe ainda que é preciso acrescentar o apóstrofo
(’) e a consoante s (’s) junto da pessoa a qual queremos atribuir a posse: "This
is Dirac’s garden" (Este é o jardim de Dirac). Lembre-se, porém, que, caso a
palavra já termine em s, basta acrescenta o apóstrofo para indicar a posse
depois da consoante s já existente, como em: "Those are the babies’ toys"
(Aqueles são os brinquedos dos bebês).
Vale ter atenção também quanto ao uso dos pronomes demonstrativos this
e these ao introduzir pessoas. Observe os seguintes exemplos: "This is John
and this is Mary" (Estes são João e Maria) e "These are my friends John and
Mary" (Estes são os meus amigos João e Maria). Na introdução de pessoas, se
você quiser apontar que ambos são seus amigos e usar, assim, o substantivo
friends (amigos) que os reúne numa mesma posição simbólica, o pronome
these deve ser usado (BRITISH COUNCIL, 2021). Caso a introdução seja feita
individualmente, a gramática exige o uso do pronome this para cada um.
Quanto aos pronomes reflexivos, cabe também uma dica para quem tem
dúvidas sobre sua formação. Para formá-los, basta adicionar o sufixo -self
ou -selves aos pronomes pessoais objeto em inglês (como me => myself, you
=> yourself, her => herself, him => himself, it => itself, you => yourselves, us =>
ourselves e them => themselves). Observe ainda que, para o uso do reflexivo, é
preciso identificar se o sujeito do verbo (da oração) é também o mesmo objeto
(direto) dela. Isso significa que se o objeto for outro, o pronome reflexivo não
deve ser usado, conforme prescreve a gramática: nos enunciados "My boss
invited Joe and me to the meeting" e "*My boss invited myself and Joe to the
meeting", apenas o primeiro está correto, uma vez que eu não me convidei
para o evento, quem me convidou foi o meu chefe (SIKLOS, 2016).
Embora tenhamos em inglês cinco pronomes interrogativos básicos (who,
whom, which, what e whose), existem aquelas famosas palavrinhas que come-
çam com w e que nos ajudam a criar perguntas e permitir respostas abertas
(SIKLOS, 2016): what (What time is it? = Que horas são?), why (Why are you
angry? = Por que você está irritado?), who (Who is your professor? = Quem é
seu professor?), how (How are you doing? = Como você está?), which (Which
luggage is yours? = Qual é a sua mala?), when (When is your final exam? =
Quando é o seu último teste?), where (Where do you live? = Onde você mora?),
whom (To whom did you give the fruit? = A quem você deu a fruta?) e whose
(Whose land is this? = De quem é essa terra?).
Revisão gramatical II 17

Enquanto os pronomes pessoais sujeito e objeto apontam as pessoas do


discurso que falam, sobre o que/de que falam e àquelas a quem nos dirigimos,
os possessivos e demonstrativos constroem noções de pertencimento e de
referência espaço-temporal no discurso, respectivamente. Os pronomes
indefinidos, por sua vez, representam as indefinições que trazemos nos nosso
discursos, enquanto os interrogativos nos ajudam a elaborar questionamentos
na língua. Já os pronomes reflexivos, que são usados para representar um
sujeito que é também objeto da ação que realiza, também podem ser usados (e
o são frequentemente) em enunciados para enfatizar o sujeito ou o objeto de
diferentes maneiras. Por fim, os pronomes relativos who/whom, usados para
pessoas, which, para coisas, e that, para pessoas e coisas, unem enunciados,
tornando-os subordinados e ainda estendendo a elaboração do sentido da
pessoa/da coisa/do objeto que está sendo tratado.

Referências
BRITISH COUNCIL. Learn english. Pronouns. British Council, 2021. Disponível em: ht-
tps://learnenglish.britishcouncil.org/grammar/english-grammar-reference/pronouns.
Acesso em: 26 dez. 2021.
CUNHA, C.; CINTRA, L. Pronomes. In: CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português
contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008. p. 289-381.
PRONOME reflexivo. Só Português, 2021. Disponível em: https://www.soportugues.
com.br/secoes/morf/morf45_2.php. Acesso em: 26 dez. 2021.
PRONOUN types and cases. Solaro App, 2009. English 12, Vocabulary and Grammar,
Grammar. Disponível em: https://app.solaro.com/courses/1817/topics/9330/clus-
ters/41904/lessons/301649. Acesso em: 9 dez. 2021.
SIKLOS, J. et al. English grammar guide: a comprehensive visual reference. USA: DK
Publishing, Penguim Random House, 2016.
SWICK, Ed. English Grammar for ESL Learners. 3. ed. USA: McGraw-Hill Education, 2018.
VOLÓCHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do
método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Editora 34, 2017.

Leituras recomendadas
LIMA, M. dos S. Pronominalização em inglês e português por alunos brasileiros: dados trans-
versais e longitudinais. Linguagem & Ensino, v. 2, n. 1, p. 59-71, 1999. Disponível em: https://
periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/rle/article/view/15491. Acesso em: 26 dez. 2021.
MURPHY, R. English grammar in use. German: Ernst Klett Sprachen, 2012.
SOUZA JÚNIOR, M. G.; DANTAS, D. B. O ensino da gramática de língua inglesa com base
na gramática da língua portuguesa em sala de aula. [S. l.: s. n., 2014?]. Disponível em:
https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2014/Modalidade_1datah
ora_09_08_2014_12_24_25_idinscrito_1030_7b1f63ca590d5ff346ed18eb89e7708f.pdf.
Acesso em: 26 dez. 2021.
18 Revisão gramatical II

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