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AULA 4
CONTEXTUALIZANDO
Por que algumas formas nos parecem confusas e pouco legíveis? Qual é
o problema com elas? É justamente para responder a essas questões que
utilizamos a Gestalt, ou a teoria da forma. Entender como processamos as
imagens no cérebro faz toda a diferença na hora de realizar um projeto de
design.
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TEMA 2 – TEORIA DA GESTALT
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De acordo com Gomes Filho (2000), para explicar por que vemos as
coisas como as vemos, a Gestalt estabelece uma primeira divisão geral entre as
forças externas e internas.
As forças externas são constituídas pela estimulação da retina através da
luz proveniente do objeto exterior.
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Figura 4 – Segregação Figura 5 – Unificação
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Wertheimer explica um novo fator de organização da forma que é o
fechamento, importante também para a formação de unidades (Gomes Filho,
2000). As forças de organização dirigem-se espontaneamente para uma ordem
espacial que tende para a unidade tão completamente quando possível do resto
do campo, pois existe a tendência psicológica de unir intervalos e estabelecer
ligações (Gomes Filho, 2000).
Nos exemplos a seguir, apesar de os desenhos não estarem fechados,
identificamos claramente cada uma das formas.
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Figura 10 – Boa continuidade
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Figura 12 – Percepção da forma tridimensional pela boa continuidade
Figura 13 – Proximidade
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necessário que estes tenham qualidades em comum. Semelhança e
proximidade são dois fatores que agem em comum, e muitas vezes se reforçam
ou se enfraquecem (Gomes Filho, 2000).
Neste exemplo, não existe um agrupamento ou uma unidade, apesar da
proximidade do hexágono e do ponto. Semelhança e proximidade são dois
fatores que agem em comum.
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Foi mediante um grande número de experimentos do gênero, em que
foram empregadas figuras simples que a teoria da Gestalt foi fundamentada,
estabelecendo de modo nítido o valor da experiência no fenômeno da percepção
(Gomes Filho, 2000).
3.1 Unidade
Figura 17 – Unidade
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3.2 Segregação
Figura 18 – Segregação
3.3 Unificação
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um todo apresenta alto grau de ordenação. O contraste de verticalidade presente
confere leveza e sentido de elevação à torre (Gomes Filho, 2000).
Fonte: Oligo22/Shutterstock.
3.4 Fechamento
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Observe a marca da WWF, que utiliza muito bem a lei de fechamento da
Gestalt.
Fonte: Kametaro/Shutterstock.
Figura 22 – Fechamento
3.5 Continuidade
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Figura 23 – Boa continuidade
Fonte: Blackday/Shutterstock.
3.6 Proximidade
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Figura 25 – Proximidade
Fonte: Coz/Shutterstock.
3.7 Semelhança
Figura 26 – Semelhança
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3.8 Pregnância da forma
Fonte: Ajaibs/Shutterstock.
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Figura 29 – Imagem pregnante Figura 30 – Imagem não pregnante
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harmonia é, em síntese, o resultado de uma perfeita articulação visual na
integração e coerência formal das unidades ou partes daquilo que é visto
(Gomes Filho, 2000).
Na imagem a seguir, a ênfase do fator harmonia se caracteriza
principalmente na organização formal como um todo, na qual o equilíbrio é
contrabalanceado em função dos pesos visuais originados pelas cores em
tonalidades claras e escuras, sobrepostas a um fundo difuso, que realçam a
figura feminina, valorizada pelo posicionamento na composição.
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Figura 33 – Estrutura formal simples – com poucas unidades compositivas
Vamos fazer agora uma análise do cartaz a seguir de acordo com as leis
da Gestalt e verificar se ele é pregnante ou não.
Acompanhe:
Fonte: Decobrush/Shutterstock.
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• Unidade – apesar de haver vários elementos no cartaz, eles estão
agrupados em unidades bem definidas por semelhança e proximidade.
Depois dessa primeira leitura, identificamos cada elemento também de
forma fácil e clara;
• Segregação – é possível destacar os vários elementos que compõem
cartaz com facilidade;
• Unificação – existe a unificação com base na aproximação dos
elementos e na sua leitura diferenciada;
• Fechamento – esse conceito é composto em função da distinção dos
elementos com base na leitura de suas formas; é o que se enxerga na
circunferência central e nos grupos de texto;
• Continuidade – compreendemos qualquer padrão como contínuo,
mesmo que ele se interrompa. É o que nos faz ver a circunferência;
• Proximidade – elementos próximos são considerados partes de um
mesmo grupo, como no caso da circunferência e dos grupos de texto;
• Semelhança – agrupamos elementos parecidos, instintivamente.
Perceba que, por mais que você tente evitar, a circunferência é clara no
cartaz;
• Pregnância – embora a imagem pareça confusa, ela possui uma boa
pregnância, pois o cartaz tem organização formal, é claro e objetivo. A
circunferência é facilmente destacada, mesmo que formada por uma série
de outros elementos.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
• Unidade;
• Segregação;
• Unificação;
• Fechamento;
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• Continuidade;
• Proximidade;
• Semelhança;
• Pregnância.
Fonte: Lukeruk/Shutterstock.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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