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Universidade Iguaçu Oi, eu sou

Asclépio, Deus
Disciplina Biofísica Médica grego da
medicina
Profª: Daniela Pinto

Eu tenho um bastão
com serpente
enrolada

Biofísica da Visão
Desenvolvimento

 Visão
 Princípios da física óptica
 Anatomia do olho humano
 Funções do olho humano
 Formação da imagem no olho humano

Biofísica da Visão
 Mecanismos de acomodação
 Diafragma pupilar
 Retina
 Defeitos na visão
Visão

• Interação da luz com os fotorreceptores da


retina

• Retina
– “filme inteligente” situado no olho

• Olho

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– Câmara “superautomática”
– Posiciona-se na direção do objeto
– Poder de foco
– Regula a sensibilidade do filme

• Informação Visual:
– retina - tálamo - cortex
Princípios da física óptica
LUZ

– Forma de energia radiante que se


manifesta ao mesmo tempo como partícula
e como onda
– Amplitude - quantidade de energia
– Comprimento de onda - distância entre 2

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pontos homólogos da curva senoidal
– Frequência
Princípios da física óptica

INTERAÇÕES DA LUZ COM A MATÉRIA

– Absorção - Acontece quando os raios de luz que incidem sobre uma superfície são
por ela absorvidos, transformando-se em calor. Desta forma, não são gerados nem raios
refletidos, nem refratados.

– Reflexão - Acontece em superfícies polidas. Os raios de luz de luz que se propagam no

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meio 1 e incidem sobre a superfície, retornam ao meio original.

– Refração - Acontece quando raios de luz que se propagam no meio 1 incidem sobre
uma superfície transparente S e, depois de atravessá-la, passam a se propagar num outro
meio 2.
Princípios da física óptica

REFRAÇÃO DA LUZ

Grau de refração aumenta em função:


(1) Proporção entre os índices de refração dos dois meios transparentes
(2) Grau de angulação entre a interface e a frente da onda

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Princípios da física óptica

LENTES

• Lentes convexas
– Raios paralelos tornam-se convergentes
– Focalização dos raios luminosos
– Ponto focal = foco

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• Lentes côncavas
– Raios paralelos tornam-se divergentes
– Não apresenta ponto focal
Princípios da física óptica

DISTÂNCIA FOCAL

Distância de uma lente de onde os raios paralelos convergem para um


ponto focal comum.

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Princípios da física óptica

DIOTROPIA

O Poder de convergência de uma lente é medido em diotropias (D). Essa unidade


corresponde ao inverso da distância focal (f) da lente, quando ela é medida em metros.

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Isto é uma lente esférica tem um poder de refração de +1 dioptria quando é capaz de
convergir raios luminosos paralelos para um ponto focal a 1 m além da lente.
Princípios da física óptica

FORMAÇÃO DE IMAGENS

1. Todo raio paralelo ao eixo principal emerge da lente principal, passando pelo seu foco;
2. O raio que passa pelo centro óptico da lente não sofre desvio;
3. Todo raio proveniente de um dos focos da lente emerge dela como raio paralelo ao eixo
principal.

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Anatomia do olho humano

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• Parede anterior
– Conjuntiva (mucosa)
– Córnea

• Demais regiões:
– Esclerótica - membrana rígida -forma
– Coróide - nutrição;
melanina - reduz reflexão
– Retina - fotorreceptores
Funções do olho humano

As diversas estruturas do globo ocular servem para:

– Conduzir a luz até os fotossensores;


– Focalizar a imagem dos objetos sobre os fotorreceptores;
– Manter a forma e movimentar;

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– Nutrir, lubrificar e proteger o olho;
– Reduzir o ofuscamento;
– Adaptar o olho a diferentes condições de luminosidade;
– Conduzir as informações visuais para o sistema nervoso central;
– Processar as informações visuais.
Formação da imagem no olho humano

Podemos fazer uma analogia de uma


câmara fotográfica com o olho. Em
ambos temos um sistema de lentes, que
foca a imagem de um objeto sobre uma

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região específica, no caso dos olhos, a
retina, na câmara, o filme. Como na
câmara, a imagem no olho forma-se
invertida, o cérebro corrige e interpreta
a informação como se a imagem
estivesse na posição original.
Formação da imagem no olho humano

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• Sistema de lentes do olho:
– Interface ar-córnea
– Interface córnea-humor aquoso
– Interface humor aquoso-cristalino
– Interface cristalino-humor vítreo

• Olho reduzido
– Única lente – ponto central 17 mm
adiante da retina
– Poder de refração total = 59 dioptrias
– Cristalino – mecanismos de acomodação
Mecanismos de acomodação

• Poder de refração do cristalino: varia de 15 até cerca de 59 dioptrias – alteração de forma


• 70 ligamentos prendem-se radialmente ao cristalino – tensão elástica
• Fibras meridionais e circulares – contração – reduz tensão no cristalino – assume forma mais
esférica
• Sujeito a controle autonômico (Parassimpático)

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Quando ocorre a contração do músculo ciliar:
• Redução do diâmetro do círculo das fixações de ligamento
• Menor tensão sobre o cristalino.
Mecanismos de acomodação

Quando ocorre o relaxamento do Quando ocorre a contração do músculo


músculo ciliar: ciliar:
• Aumento do diâmetro do círculo das • Redução do diâmetro do círculo das
fixações de ligamento fixações de ligamento
• Maior tensão sobre o cristalino. • Menor tensão sobre o cristalino.
• Menor refração. • Maior refração

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1) Menor refração 2) Maior refração
(músculo ciliar relaxado) (músculo ciliar contraído)

Córnea Íris
Humor aquoso
Músculo ciliar

Cristalino

Zônulas
Humor vítreo
Mecanismos de acomodação

Presbiopia ou “vista cansada” – perda do poder de acomodação do cristalino

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Diafragma pupilar

• Íris – controla a quantidade de luz que


penetra no olho

• Diâmetro pupilar varia de 8 a 1,5 mm

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• Profundidade de foco

• Controle autonômico
Retina

• Retina - Local onde chegam os fótons, que


interagem com os receptores especiais,
gerando um impulso elétrico.

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• Células sensíveis à luz na camada mais
interna da retina
• Luz incidente atravessa diversas camadas
antes de sensibilizá-las.
• Parece ineficiente?
• Perda da energia luminosa é mínima
• Baixa absorção luminosa das camadas
anteriores.
Retina

Seção da retina
Camada pigmentar

• Células sensíveis à luz na Camada de cones e


bastonetes
camada mais interna da retina
• Luz incidente atravessa

Biofísica da Visão
Camada nuclear
externa
diversas camadas antes de
sensibilizá-las. Camada plexiforme
Luz externa
• Parece ineficiente?
Camada nuclear
interna
• Perda da energia luminosa é
mínima Camada plexiforme
interna
• Baixa absorção luminosa das
camadas anteriores. Camada de células
gaglionares

Camada da fibra
nervosa
Retina

Seção da retina
Camada pigmentar

Camada de cones e
bastonetes

Camada nuclear
externa

Biofísica da Visão
Camada plexiforme
Luz externa

Camada nuclear
interna

Camada plexiforme
interna

• Acuidade visual reduzida Camada de células


gaglionares
• Sinal luminoso atravessa camadas
Camada da fibra
nervosa
•Camada pigmentar contém melanina
Luz
• Função similar ao interior negro das
câmaras fotográficas
Mácula e fóvea

• Centro da retina
• Mácula apresenta uma área inferior a 1
mm2
• Região central ocupada só por cones

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• Auxílio no registro de imagens
• Região da fóvea tem área de 0,13 mm2 e
160 mil células fotorreceptoras por mm2
• Falcão apresenta 1 milhão de
fotorreceptores
• Maior acuidade visual.
Retina - fotoreceptores

Possui dois tipos de células


fotossensíveis A) Bastonete B) Cone
- Cones – destinados à visão de
cores e detalhes – molécula
sinalizadora: iodopsina

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- Bastonetes – destinados à visão de
claro-escuro – molécula
sinalizadora: rodopsina

No segmento externo está localizado as


substâncias sensíveis a luz.

Discos são invaginações na membrana


celular

Terminal sináptico responsável pela


comunicação com as células neuronais
Excitação dos fotoreceptores

Segmento
• Na escuridão, canais iônicos abertos
externo
• Influxo iônico poder ser devido aos íons de Na+
(em 90% dos casos), ou aos íons de Ca++ (em 10%
dos casos).

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• A corrente de escuro (I) mantém o bastonete
despolarizado (-40 mV) Segmento
interno
• Liberação de neurotransmissor.

Terminal
sináptico
Decomposição da rodopsina

Uma molécula de rodopsina consiste de uma proteína, chamada opsina, e de um grupo


prostético, que absorve a luz, o 11-cis-retinal. A rodopsina é uma proteína transmembrana do
bastonete. A absorção do fóton pelo 11-cis-retinal modifica sua estrutura tridimensional,
resultando no isômero, todo-trans-retinal. Tal mudança acarreta uma variação conformacional
na estrutura da opsina, indicando que houve absorção da energia luminosa.

Biofísica da Visão
Decomposição da rodopsina

Biofísica da Visão
Decomposição da rodopsina

Rodopsina + luz Prelumirrodopsina Lumirrodopsina

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Metarrodopsina I Metarrodopsina II Retinal + Opsina

Fonte: http://www.scienceofspectroscopy.info/
Estrutura do cone

• As proteínas iodopsinas estão inseridas na membrana do cone


• Existem três tipos de iodopsina
• Uma para a cor vemelha, outra para o verde e uma para o azul.

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Defeitos na visão

MIOPIA E HIPERMETROPIA
A) Emetropia

• Emétrope, o olho normal


• Focalização normal dos objetos

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B) Miopia

• Míope, imagem formada antes da retina


Globo ocular mais longo ou ...
... poder de refração muito grande

C) Hipermetropia

• Hipermétrope, imagem formada após a retina


Globo ocular mais curto ou ...
... poder de refração menor
Defeitos na visão

MIOPIA E HIPERMETROPIA

• Correção da miopia

Biofísica da Visão
• Correção da hipermetropia
Defeitos na visão

ASTIGMATISMO

Deve-se a uma imperfeição de curvatura da córnea ou do cristalino


Imagem em vários focos que se encontram em eixos diferenciados.
Correção pelo uso de lentes cilíndricas

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Moscas volantes

• Manchas ou pontos escuros no campo de


visão
• Pequenas opacidades dentro do humor
vítreo

Biofísica da Visão
• Corpos flutuantes realmente flutuando
dentro da gelatina
• Sombra projetada sobre a retina, conforme
a movimentação dos olhos.
Ilusão de ótica

As ilusões de ótica indicam uma segmentação entre a percepção de algo e da concepção desta
outra realidade, a ordem de percepção não influencia a compreensão de algumas imagens.
Principalmente nos últimos 20 anos, os cientistas mostraram um progresso na área óptica. As
ilusões causam surpresa quando são percebidas de formas diferentes e até um certo tipo de
divertimento.

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As ondas de luz penetram no olho então entram em celas de foto receptivas na retina. A
imagem formada na retina é plana, contudo, percebemos forma, cor, profundidade e
movimento. Isso ocorre porque nossas imagens de retina, se em uma imagem 2D ou 3D, são
representações planas em uma superfície encurvada. Para qualquer determinada imagem na
retina, há uma variedade infinita de possíveis estruturas tridimensionais.
Tipos de ilusão de ótica

Ambíguas
As imagens ambíguas, sempre contém mais
de uma cena na mesma imagem.
Seu sistema visual interpreta a imagem em
mais de um modo. Embora a imagem em sua

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retina permaneça constante, você nunca vê
uma mistura estranha das duas percepções
sempre é uma ou a outra.

A ilusão do vaso Rubim é uma ambígua ilusão


figura/fundo. Isto porque podem ser
percebida duas faces brancas olhando uma
para a outra, num fundo preto ou um vaso
preto num fundo branco.
Tipos de ilusão de ótica

Escondidas
São imagens que a primeira vista não
apresentam nenhum significado, mas depois
de observar você irá se surpreender.

Biofísica da Visão
Na figura ao lado focalize seu olhar no
pontinho preto no centro do círculo...
Agora movimente-se para frente e para
trás... (ainda olhando para o pontinho).
Tipos de ilusão de ótica

Letras
Nossos olhos realmente nos enganam, aqui você descobrirá várias formas e tipos de letras que
enganam nossa vista.
Olhe abaixo e diga as CORES, não as palavras... Conflito no cérebro: o lado direito do seu
cérebro tenta dizer a cor, enquanto o lado esquerdo insiste em ler a palavra.

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Tipos de ilusão de ótica

Arte
São obras publicadas de artistas

Biofísica da Visão
consagrados com maravilhosas ilusões
de óptica.
Preste atenção: nesta imagem existem
9 pessoas. Tente encontrá-las...
FIM

Biofísica da Visão

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