Índice de Refração
• A refração ocorre quando um feixe luminoso incide sobre um meio
material transparente e sofre um desvio. Considerando-se um meio
transparente, como o vidro, a luz ao incidir sobre o vidro sofre uma
diminuição da sua velocidade de propagação, quando comparada com a
velocidade de propagação do feixe luminoso no ar.
Ar
Vidro
Feixes luminosos
Índice de Refração
• Uma forma de quantificar a refração de um meio material é por meio do
índice de refração. O índice de refração é determinado pela divisão da
velocidade de propagação da luz no ar (vAr), pela velocidade da luz no
vidro (vVidro), conforme a equação abaixo.
• Quanto maior a redução da velocidade de propagação da luz, ao entrar no
vidro, maior será seu índice de refração. O índice de refração pode ser
usado para caracterizar qualquer sistema óptico, tais como, lentes,
instrumentos ópticos e o olho.
Velocidade de propagação da luz no ar
vAr
n=
vVidro
Velocidade de propagação da luz no vidro
Índice de refração do vidro
Índice de Refração
• Se a velocidade de propagação da luz no vidro passa para 200.000
km/s, temos que o índice de refração do vidro (n) é de 1,5, como
mostrado abaixo.
• Observe que o índice de refração é uma grandeza física
adimensional.
Lente convexa
Lente Côncava
Lente côncava
Poder de Refração
• Podemos medir o poder de
refração de uma lente a partir
do conceito de dioptria.
• Definimos dioptria como a
razão entre 1 metro e a
distância focal da lente, assim
uma lente com distância focal
de 1 metro apresenta poder
de refração de 1 dioptria, se a
distância focal for de 0,5 m o
poder de refração é de 2
f
dioptrias, com uma distância
focal de 10 cm temos 10
dioptrias. 1m
• Portanto, Dioptria é o inverso
da distância focal medida em D= 1
metros. f em metros
Formação de Imagem
• Na formação da imagem de uma lente convergente delgada, dois casos
interessam, os quais são descritos de forma simplificada:
CASO 1 – O objeto está tão longe da lente, que os raios que chegam à lente
são paralelos entre si (Figura A). Nesse caso, todos os raios refratados pela
lente, passam pelo foco. A imagem se forma no plano focal, pequena e
invertida.
CASO 2 – Os raios que chegam a lente não são paralelos entre si (Figura
B). Nesse caso, pode-se construir uma imagem usando apenas 2 raios, a
escolher entre 3, que são:
Raio 1 – raios paralelos ao eixo óptico, se refratam e passam pelo foco.
Raio 2 – raios que passam pelo centro óptico, não sofrem desvio.
Raio 3 – raios que passam pelo foco anterior, se refratam na lente, paralelos
ao eixo óptico.
• Bastam dois raios para determinar o local e a posição da imagem. Notar que,
nesse caso, a imagem se forma depois do foco, invertida, e é um pouco maior
que no caso anterior. Quanto mais próximo é o objeto, maior é a imagem.
• A formação de imagem em lente divergente segue os mesmos princípios.
Formação de Imagem
O
Eixo Óptico F1 P F2
f1 f2 i
O 1
2 P F2
F1
3
i
Figura B. Formação de Imagem – Objeto está acima do eixo óptico.
Formação de Imagem - Lente Convexa
Coróide
Esclerótica
Humor vítreo
Retina
Fóvea
Disco óptico
Esclerótica
Humor vítreo (n=1,34)
Retina
Fóvea
Disco óptico
F = 17 = 11,3
1,5
e
F = 17 = 2,1
8
Íris e Pupila – O Diafragma do Olho
• A íris tem um papel importante
nas seguintes funções:
– controle da quantidade de luz;
– diminuição da aberração esférica
e aberração cromática;
– aumento da profundidade de foco
com o fechamento da pupila.
– O fechamento da pupila é
conhecido como miose, e a
dilatação como midríase.
• Várias moléstias e diferentes
substâncias causam tanto a miose
quanto a midríase. Os
cicloplégios são drogas que
agem localmente, paralisando a
íris e causando intensa midríase.
São usadas para exame
oftalmológico, e durante sua ação,
pode-se sentir a falta do efeito
diafragma da pupila, pela visão
desfocada.
Estrutura da Retina
• As células sensíveis à luz localizam-se na camada mais interna da
retina, a luz incidente nas células fotorreceptoras atravessam diversas
camadas, antes de sensibilizá-las. Tal arranjo pode parecer ineficiente,
contudo a perda da energia luminosa é mínima, devido a baixa absorção
luminosa das camadas que antecedem às células fotorreceptoras.
Estrutura da Retina
Seção da retina
Camada pigmentar
Camada de cones e
bastonetes
Luz
• Após atravessar o sistema de Camada plexiforme
externa
lentes do olho e o humor vítreo, a
Camada nuclear interna
luz atinge a retina na sua
superfície interna, atravessando
diversas estruturas, tais como, as Camada plexiforme
células ganglionares, as camadas interna
plexiformes e nucleares, até atingir
a camada dos bastonetes e cones. Camada de células
• Os cones são responsáveis pela ganglionares
Camada pigmentar
Camada de cones e
bastonetes
Camada plexiforme
Luz externa
Luz
Estrutura da Retina
Seção da retina
Camada pigmentar
Camada de cones e
bastonetes
Camada plexiforme
Luz externa
Cílio
Mitocôndrias
Segmento
interno Segmento
interno
Núcleo
Terminal
sináptico Vesículas Terminal
sinápticas sináptico
Decomposição da Rodopsina
• Os bastonetes contêm um fotorreceptor químico chamado rodopsina, uma
combinação de retinal (aldeído da vitamina A) e um tipo específico de proteína,
uma opsina. Quando a luz é absorvida pela rodopsina, as modificações do retinal
na sua forma cis (contendo uma cadeia ramificada), a qual tem a propriedade de
formar uma combinação estável com a opsina, para forma trans (contendo uma
cadeia reta), transforma a união retinal opsina numa forma instável. Isso leva a
uma seqüência de reações que produz uma série de intermediários instáveis e
que terminam com a separação do retinal da opsina.
Decomposição da
. Rodopsina
Rodopsina
Regeneração da
Rodopsina
Regeneração da Rodopsina
• A regeneração da rodopsina a partir do retinal e da opsina envolve o retorno do
retinal da forma trans para a forma cis (um processo catalisado pela enzima
retinal isomerase), que então se combina com a opsina. A rodopsina é
regenerada sob iluminação reduzida.
• O retinal é formado a partir da vitamina A (retinol) e convertido de novo em
vitamina A. Uma deficiência grave de vitamina A resulta numa deficiência retinal
e, então, de rodopsina, causando cegueira noturna – a incapacidade de ver com
pouca luz.
. Decomposição da
Rodopsina
Rodopsina
Regeneração da
Rodopsina
Problemas de Visão
• Certas condições podem impedir a entrada da luz no olho. Por exemplo,
uma córnea manchada ou uma lente opaca (catarata) bloqueiam a
entrada de luz e impedem a estimulação de cones e bastonetes.
• Erros de refração ou seja quando a luz não é focada sobre a retina são
problemas visuais comuns. Um erro de refração refere-se à
incapacidade das estruturas (particularmente a córnea e o cristalino)
focarem as ondas de luz sobre a retina. Essas condições levam um
grande número de pessoas a usarem lentes corretivas em óculos ou
lentes de contato.
Miopia e Hipermetropia
O olho normal, ou emétrope, é A) Emetropia
mostrado na figura A. No olho normal
objetos situados à distância são
focalizados sobre a retina. No olho
míope, a imagem é formada antes da
retina, como mostrado na figura B. Na
maioria das vezes, um globo ocular B) Miopia
mais longo é a causa da miopia, ou,
em outras vezes, o poder de refração
muito grande do sistema de lentes do
olho é a causa. No olho com
hipermetropia a imagem é formada
após a retina, como destacado na C) Hipermetropia
figura C. A hipermetropia é em geral
devida a um globo ocular mais curto,
ou, algumas vezes, devido a um poder
de refração menor do sistema de
lentes do olho, quando o músculo
ciliar está relaxado.
Correção da Miopia
A correção da miopia se faz com a
colocação de lentes côncavas, que
leva a imagem a se formar mais longe.
Com o poder de refração adequado, a
imagem se formará sobre a retina.
Visão normal
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Como você vê?
• A luz entrando no olho
– Para penetrar no olho e estimular os fotorreceptores, a luz deve passar
pelas seguintes estruturas, em seqüência: córnea, humor aquoso, lente
(cristalino) e humor vítreo.
• Focando a luz sobre a retina
– Antes que você possa ver uma imagem nítida, os raios luminosos
devem ser desviados e focados sobre um determinado ponto da retina.
– O desvio desses raios é chamado de refração. A córnea, o humor
aquoso e a lente (cristalino) são todos capazes de produzir refração da
luz.
– A lente ou cristalino é capaz de ajustar a quantidade de refração. A
lente pode alterar sua forma, tornando-se espessa ou delgada.
– É uma estrutura elástica mantida em posição pelo ligamento
suspensor (zônula ciliar) inserido no corpo ciliar. A capacidade da lente
de alterar a sua forma permite ao olho focar objetos próximos ou
distantes.
Como você vê?
• Focando a luz sobre a retina
– A capacidade da lente de alterar a sua forma permite ao olho focar
objetos próximos ou distantes.
– Por exemplo, se você segura um lápis em frente a seus olhos, você
será capaz de vê-lo claramente. O foco do objeto próximo (lápis) sobre
a retina se deve principalmente à lente. Ela começa a se arredondar e
desvia a luz mais acentuadamente, focando-a sobre a retina.
– Essa capacidade da lente em alterar a forma para focar de perto o
objeto é chamada de acomodação.
Como você vê?
• Estimulando os fotorreceptores com luz
– Uma vez que a luz tenha atravessado as várias estruturas do olho, ela
deve estimular os fotorreceptores, os bastonetes e os cones.
– Por que você enxerga em preto e branco à noite e colorido durante
o dia?
– Os bastonetes estão amplamente espalhados pela retina, mas são
mais abundantes na periferia. Os bastonetes são sensíveis à ausência
de luz e são responsáveis pela visão em preto e branco.
– A imagem produzida pela estimulação dos bastonetes é meio ofuscada.
Quiasma óptico
Trato óptico
Córtex visual do
lobo occipital
Questionário
1. Quais são os nomes das seguintes estruturas:
a) Região posterior da camada externa do olho.
3. Por que nós não vemos imagens que são focadas sobre o ponto
cego? Qual é a diferença entre humor aquoso e humor vítreo?