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AGRUPAMENTO de ESCOLAS de ALMANCIL

EB Dr. António de Sousa Agostinho

Ficha de Avaliação de Português - 6º ano

Nome: ________________________________________ Avaliação: _____________________________________


Nº:_____ Turma_____ Data: ________________ 2018 Professora: _______________________________________
Ass. Enc. Edu.:_____________________________________

Texto A
Lê um excerto de um artigo de imprensa. Se necessário, consulta as notas.
1
A 14 de novembro, prepare-se para “beijar” a Lua
Não faça planos para a noite de 13 para 14 de novembro. Nessa madrugada já tem
um encontro marcado: a Lua vai estar mais perto da Terra do que alguma vez esteve
nos últimos sessenta e oito anos. E vai vestir-se a rigor para a ocasião: os sapatos de
1
salto alto vão torná-la 14% maior do que numa Lua Cheia normal e as purpurinas nos
5 olhos vão fazê-la 30% mais brilhante. Um momento especial para quem quer apreciar

a nossa vizinha à janela: só voltará a bater estes recordes a 25 de novembro de 2034.


2
A última vez que a Lua se aperaltou tanto para nós foi em janeiro de 1948. Mas as
circunstâncias são as mesmas. Acontece que, no seu percurso em torno da Terra, a Lua
3
não tem uma órbita circular: é elíptica, ou seja, há dias em que está mais próxima da
10 Terra (fase de perigeu) e outros em que está mais longe de nós (fase do apogeu). E

quando está mais junta a nós, a diferença é de quase 48 300 quilómetros do que
quando está mais afastada. Às vezes, a Lua, o Sol e a Terra até se alinham quando a Lua
está em fase de perigeu.
Um conselho: procure olhar para a Lua quando ela estiver mais próxima do hori-
15 zonte, altura em que pode parecer estranhamente maior do que o normal, principal-

mente se a observar junto a árvores ou prédios porque assim terá termo de compara-
4
ção. Não passa de uma ilusão ótica , mas não deixa de ser uma experiência especial.

Marta Leite Ferreira, http://observador.pt, 02-11-2016 (consult. em 17-12-2016)

1. purpurinas: pó brilhante usado na maquilhagem. 2. se aperaltou: se arranjou bem. 3. órbita: trajeto. 4. ilusão ótica: aquilo que
se vê não corresponde à realidade.

1. Assinala com apenas as afirmações verdadeiras, de acordo com o sentido do texto.

a. Na madrugada do dia 14 de novembro, vai registar-se uma aproximação


da Lua à Terra como nunca aconteceu.
b. Nesse dia, a Lua Cheia estará maior e mais brilhante do que é habitual.
c. Este fenómeno acontece porque a Lua se encontra em fase de perigeu.
d. Os astrónomos não preveem que este fenómeno se repita.
e. A melhor maneira de observar a Lua nessa ocasião é quando ela se encontra bem erguida
no céu.
2. Assinala com , de 2.1. a 2.3., a opção que completa cada frase de acordo com o sentido do texto.

2.1. No título do artigo, a palavra “beijar” surge entre aspas


a. porque a Lua parece o rosto de uma pessoa.
b. para assinalar que foi utilizada em sentido figurado.
c. para destacar a atividade que se propõe ao leitor.

2.2. A expressão “a nossa vizinha” [linha 6] refere-se


a. à pessoa que vive próxima de nós.
b. à madrugada do dia 14 de novembro.
c. à Lua. 1

2.3. A expressão “ou seja” [linha 9] é utilizada para


a. exprimir uma opinião.
b. introduzir uma explicação.
c. resumir uma informação.

Texto B

Lê o texto com muita atenção e responde às questões de forma completa.

ROBIN DOS BOSQUES


Robin dos Bosques1 estava sentado no seu esconderijo na floresta e os seus homens esperavam
que o almoço fosse servido. Na clareira onde se encontravam, o estralejar da lenha por baixo dos
caldeirões e o borbulhar dos guisados dentro destes constituíam sons agradáveis, isto enquanto o cheiro
do veado assado e dos empadões estaladiços que os cozinheiros tiravam dos fornos abertos na terra
5 aguçavam o apetite dos homens.
Contudo, Robin não dava o sinal que indicava poder o almoço ser servido, pois não tinham tido
uma só aventura que fosse naquela manhã. Os homens que tinham estado de guarda às estradas, à
espera de viajantes, haviam dito que era como se não andasse ninguém por ali, e nesse dia Robin
concluíra não ter qualquer vontade de almoçar até que aparecesse um desconhecido que se sentasse a
10 seu lado e consigo confraternizasse2.
– João – acabou ele por dizer, dirigindo-se ao seu lugar-tenente, que, por seu turno, estava deitado
na relva, não muito longe do chefe, a afiar a ponta de uma seta –, pega em Will e em Munch, o filho
do moleiro, e deem uma saltada até Sayles, seguindo por Ermin Street. Uma vez lá chegados, e como
se trata de um ponto alto, talvez consigam ver um qualquer viajante. Se assim acontecer, tragam-no à
15 minha presença, seja ele conde ou barão, abade ou cavaleiro, até mesmo o magistrado do rei em
pessoa.
Satisfeito, João Pequeno levantou-se e, pegando no arco e nas flechas, chamou Much e Will Stuteley,
e os três embrenharam-se pela floresta até chegarem a um local onde o terreno constituía uma elevação.
Aqui, numa das clareiras da floresta, viam-se duas pequenas casas de pedra, agora desertas e em ruínas.
20 Há dez anos atrás, viviam nelas dois homens livres que cultivavam os poucos acres 3 de terra que lhes
pertenciam e levavam os porcos a pastar na floresta. Porém, o cruel senhor de Wrangby acabara por
passar por ali e exigira a Woolgar e a Thurstan (assim se chamavam os donos daquelas terras) que lhe
pagassem tributo4. Os camponeses tinham sangue dinamarquês, o que não os deixava suportar
semelhante tirania, e desafiaram o cruel Sir Isenbart. Daqui resultara terem ambos sido arrastados à força
25 para longe das suas terras, as suas colheitas destruídas e as suas casas incendiadas. Woolgar fora morto
enquanto defendia a sua casa, e a mulher e os filhos eram agora servos de Wrangby. Quanto a Thurstan,
fugira para a floresta com os seus dois rapazes, e desaparecera, não sem antes prometer, como os homens
diziam, que um dia acabaria por voltar, pronto a queimar o Forte do Mal e a matar os seus proprietários.
– Lembrem-se de Woolgar e Thurstan – disse João Pequeno quando o grupo passou junto àquelas
30 casas destruídas, de cujas janelas saíam ervas compridas que baloiçavam ao vento.
– Sim, sim – assentiram Much e Will. – Dois dos desgraçados que, um dia, acabaremos por
vingar.
Caminhando por entre os caminhos cobertos de folhas, os três bandoleiros 5 acabaram por chegar
à estrada principal, onde os seus pés poisaram no caminho de pedra que os romanos haviam
35 construído há cerca de oitocentos anos.
Chegaram, finalmente, ao cruzamento onde as cinco estradas convergiam. Neste ponto, o terreno
era íngreme, sendo que o cruzamento se situava numa vasta clareira. A partir desta espécie de
planalto, era possível ver as copas das árvores que constituíam a enorme floresta que se estendia em 1
todas as direções. De seguida, olharam para norte, para o vale profundo de Barnisdale, e detetaram
40 um cavaleiro que avançava devagar ao longo de um carreiro estreito, situado à esquerda, e que tinha
como ponto de partida a cidade de Pontefract, a cerca de sete milhas de distância.
O cavaleiro envergava uma cota 6 de malha, transportava uma lança na mão direita e seguia com a
cabeça baixa, como mergulhado em pensamentos profundos. À medida que se aproximava, os outros
45 podiam ver que o seu rosto apresentava uma expressão grave, quase triste. O homem encontrava-se
de tal forma abatido que, apesar de ter um dos pés enfiado no estribo 7, o outro ia a baloiçar, solto.
João Pequeno precipitou-se para a frente, disposto a não deixar fugir o cavaleiro, e, pousando um
joelho no solo à sua frente, disse:
– Bem-vindo à floresta, Sr. Cavaleiro. Desde há três horas que o meu amo te espera, recusando-se
50 a comer na tua ausência.
Henri Gilbert, Robin dos Bosques, tradução de Lucília Rodrigues,
Europa-América, Mem Martins, 2001, págs. 172-174.

1. Robin dos Bosques – herói inglês do séc. XIII que roubava aos nobres para dar aos pobres. 2. confraternizar – conviver ou tratar como irmão. 3.
acre – medida agrária usada em Inglaterra, equivalente a 40,47 ares. 4. tributo – contribuição. 5. bandoleiro – assaltante; bandido; ladrão. 6. cota –
túnica usada debaixo da armadura. 7. estribo –
peça em que o cavaleiro apoia o pé.

Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabas de ler, de acordo com as orientações que te são
dadas.
1. Identifica o tipo de narrador? Justifica a tua resposta transcrevendo uma expressão do texto.

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______________________________________________________________________________________

2. As frases abaixo apresentadas referem-se a ações de Robin dos Bosques e dos seus companheiros.

2.1. Numera as frases de 1 a 6, de acordo com a ordem pela qual as informações surgem no texto.

Os quatro bandoleiros avistaram, ao longe, um cavaleiro.

Robin dos Bosques enviou João Pequeno e os seus companheiros em missão.

Os cozinheiros prepararam o almoço.

João Pequeno deteve o cavaleiro e convidou-o para almoçar na clareira.


João Pequeno saiu com os amigos para a estrada.

Os quatro chegaram a um cruzamento donde podiam observar a enorme floresta.

3. Indica o momento do dia em que decorre a ação do texto, justificando a tua resposta.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

4. Explica, por palavras tuas, de que forma se preparava o almoço de Robin dos Bosques e dos seus companheiros.
__________________________________________________________________________ 1
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

5. As casas junto às quais passaram João Pequeno e o seu grupo estavam há muito tempo abandonadas.
5.1. Transcreve a expressão do 5.º parágrafo que comprova esta afirmação.
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6.Assinala com X a opção que completa a afirmação seguinte.


Na frase “O cavaleiro […] seguia com a cabeça baixa, como mergulhado em pensamentos profundos.”
(linhas 42-43), dá-se a entender que o cavaleiro

dormia no selim do seu cavalo.

parecia exausto.

estava desanimado e pensativo.

tinha sido ferido.

7. Transcreve, da descrição do cavaleiro, elementos da sua caracterização física e psicológica.

Caracterização física

Caracterização psicológica

8. Identifica os recursos expressivos presentes nas seguintes frases: (onomatopeia, enumeração,


comparação, personificação)

Frases Recurso expressivo


Desamparadas, inocentes, leves…
…do lago ouvíamos: quá quá quá…
As árvores acariciaram os pássaros.
Seus olhos eram tão azuis como o céu.

Gramática
Responde aos itens seguintes, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Escreve, em baixo de cada coluna, a palavra que pertence à classe gramatical nela indicada. 1
Nome Pronome Adjetivo Quantificador Verbo Advérbio Preposição
Robin cavaleiro há de Sol o acolá teu
lhe ouviu sombra quatro porque céu com
para aquilo como minhas ali veloz muito
que governar bela as tocar ouviu festa
      

2.
Completa o seguinte quadro classificando apenas as palavras sublinhadas quanto à sua classe e subclasse:
Classe Subclasse
O lugar no firmamento deve ser vosso.
Quando aprenderem esta lição…
As Luas foram além.
É altura de vos dar uma ocupação.

3. Assinala com X a única opção em que a palavra sublinhada é um pronome indefinido.

Os quatro bandoleiros avistaram algum cavaleiro?

Nenhum homem se afastou do grupo.

Os cozinheiros acrescentaram muitos ingredientes ao cozinhado.

No povoado, todos conhecem Robin dos Bosques.

4. Assinala com X a única opção em que a expressão sublinhada exerce a função sintática de complemento indireto.

Um cavaleiro transportava uma lança.

Os quatro bandoleiros detetaram um cavaleiro.

Woolgar era um cavaleiro.

João Pequeno acenou a um cavaleiro.


5. Reescreve as frases abaixo, substituindo as expressões sublinhadas pelos pronomes pessoais adequados.

a. O cozinheiro fez o almoço. ______________________________________________________

b. Robin não falava ao cavaleiro. _____________________________________________________

c. Nada distraía os cavaleiros. __________________________________________________________

Produção Escrita
1
Escreve apenas um dos textos seguintes. (140 e 200 palavras)

Tema 1: O encontro do cavaleiro com Robin dos Bosques.


Tema 2: Uma história começada pela expressão “Era uma vez…”.

O teu texto deve:


ter um título adequado;
organizar a sequência dos acontecimentos da tua história;
descrever o lugar;
caracterizar as personagens;
ter um momento de diálogo;
utilizar uma linguagem correta e expressiva;

Não te esqueças de respeitar as fases de construção de um texto, organizando o teu trabalho desde
a planificação até à revisão.

_________________________________
1
Bom trabalho!

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