DOSSIÊ DO PROFESSOR PALAVRAS 6

TESTES DE AVALIAÇÃO – VERSÃO A

TESTE DE AVALIAÇÃO 3

Nome: __________________________________________ N.º ____ Turma: ____ Data: ____/ ____/ ____
Avaliação: _________________________________________ Professor(a) _________________________

GRUPO I – LEITURA E EDUCAÇÃO LITERÁRIA

PARTE A

Lê o texto que se segue. Se necessário, consulta o vocabulário.

COMO DISPARAR UM ARCO

Nos tempos medievais, o arco longo era uma das armas mais utilizadas num campo de
batalha, mas hoje em dia este artefacto ainda é usado para desporto e até caça. Tal como
no século XV, disparar um arco longo requer muita força e um método disciplinado. Um
arqueiro experiente era capaz de disparar dez flechas por minuto, a uma distância de
5 cerca de 230 metros.
Mark Stretton, recordista mundial do Guiness do disparo com arco longo tradicional, fez
algumas experiências com estas armas. “Para percorrer uma distância de 200 metros, a
flecha deve ser disparada a uma trajetória de 43 graus”, diz. “Isto significa que a flecha
atinge uma determinada altitude antes de voltar ao solo. Ao chegar a esta altitude, a flecha
10 vai cair a uma velocidade terminal, por isso, na verdade, não pode descer mais depressa,
independentemente do zénite1 que atinge.”
Na Batalha de Azincourt, em 1415, Henrique V empregou três arqueiros por cada
homem do seu exército. Isto fez com que o exército francês fosse obrigado a avançar por
entre saraivadas atrás de saraivadas de flechas. Os arqueiros ingleses literalmente
15 dispararam o seu rei para a fama naquele dia em Azincourt, já que o inimigo não teve
capacidade de responder à precisão e potência do arco.
Quero Saber, n.º 65, fevereiro de 2016, pág. 81 (adaptado).

1. zénite – ponto mais elevado a que pode chegar.

Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabas de ler, de acordo com as
orientações que te são dadas.

1. Assinala com X, de 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase, de acordo com o sentido do
texto.
COTAÇÃO

2 1.1. O arco e a flecha já era um artefacto utilizado

no século XIX. pelas tropas napoleónicas.

no século passado. na Idade Média.

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2 1.2. O arco e flecha exigem

treino e destreza.

altitude.

precisão.

velocidade.

2 1.3. Na Batalha de Azincourt,

os arqueiros ingleses foram preponderantes.

os soldados a cavalo estavam em maior número.

o rei disparou flechas.

o exército inglês era constituído apenas por arqueiros.

2 1.4. Nessa batalha, o exército inglês

rendeu-se perante o exército francês.

fugiu em debandada.

obteve uma vitória.

sofreu uma derrota.

2. Nas linhas 14-15, diz-se que, graças à Batalha de Azincourt, o rei inglês foi literalmente
disparado para a fama.
6 2.1. Explica o sentido dessa afirmação.
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6 3. Preenche o quadro seguinte com informações relevantes sobre a Batalha de Azincourt.

Ano em que ocorreu

Países envolvidos

País vencedor

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PARTE B

Lê o texto que se segue. Se necessário, consulta as notas e o vocabulário.

ROBIN DOS BOSQUES

Robin dos Bosques1 estava sentado no seu esconderijo na floresta e os seus
homens esperavam que o almoço fosse servido. Na clareira onde se encontravam, o estralejar
da lenha por baixo dos caldeirões e o borbulhar dos guisados dentro destes constituíam sons
agradáveis, isto enquanto o cheiro do veado assado e dos empadões estaladiços que os
5 cozinheiros tiravam dos fornos abertos na terra aguçavam o apetite dos homens.
Contudo, Robin não dava o sinal que indicava poder o almoço ser servido, pois não
tinham tido uma só aventura que fosse naquela manhã. Os homens que tinham estado de
guarda às estradas, à espera de viajantes, haviam dito que era como se não andasse
ninguém por ali, e nesse dia Robin concluíra não ter qualquer vontade de almoçar até que
10 aparecesse um desconhecido que se sentasse a seu lado e consigo confraternizasse2.
– João – acabou ele por dizer, dirigindo-se ao seu lugar-tenente, que, por seu turno,
estava deitado na relva, não muito longe do chefe, a afiar a ponta de uma seta –, pega em
Will e em Munch, o filho do moleiro, e deem uma saltada até Sayles, seguindo por Ermin
Street. Uma vez lá chegados, e como se trata de um ponto alto, talvez consigam ver um
15 qualquer viajante. Se assim acontecer, tragam-no à minha presença, seja ele conde ou
barão, abade ou cavaleiro, até mesmo o magistrado do rei em pessoa.
Satisfeito, João Pequeno levantou-se e, pegando no arco e nas flechas, chamou Much e
Will Stuteley, e os três embrenharam-se pela floresta até chegarem a um local onde o terreno
constituía uma elevação. Aqui, numa das clareiras da floresta, viam-se duas pequenas casas
20 de pedra, agora desertas e em ruínas. Há dez anos atrás, viviam nelas dois homens livres que
cultivavam os poucos acres3 de terra que lhes pertenciam e levavam os porcos a pastar na
floresta. Porém o cruel senhor de Wrangby acabara por passar por ali e exigira a Woolgar e a
Thurstan (assim se chamavam os donos daquelas terras) que lhe pagassem tributo 4. Os
camponeses tinham sangue dinamarquês, o que não os deixava suportar semelhante tirania, e
25 desafiaram o cruel Sir Isenbart. Daqui resultara terem ambos sido arrastados à força para
longe das suas terras, as suas colheitas destruídas e as suas casas incendiadas. Woolgar fora
morto enquanto defendia a sua casa, e a mulher e os filhos eram agora servos de Wrangby.
Quanto a Thurstan, fugira para a floresta com os seus dois rapazes, e desaparecera, não sem
antes prometer, como os homens diziam, que um dia acabaria por voltar, pronto a queimar o
30 Forte do Mal e a matar os seus proprietários.
– Lembrem-se de Woolgar e Thurstan – disse João Pequeno quando o grupo passou
junto àquelas casas destruídas, de cujas janelas saíam ervas compridas que baloiçavam
ao vento.
– Sim, sim – assentiram Much e Will. – Dois dos desgraçados que, um dia, acabaremos
35 por vingar.
Caminhando por entre os caminhos cobertos de folhas, os três bandoleiros 5 acabaram
por chegar à estrada principal, onde os seus pés poisaram no caminho de pedra que os
romanos haviam construído há cerca de oitocentos anos.
Chegaram, finalmente, ao cruzamento onde as cinco estradas convergiam. Neste ponto,
40 o terreno era íngreme, sendo que o cruzamento se situava numa vasta clareira. A partir

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desta espécie de planalto, era possível ver as copas das árvores que constituíam a
enorme floresta que se estendia em todas as direções. De seguida, olharam para norte,
para o vale profundo de Barnisdale, e detetaram um cavaleiro que avançava devagar ao
longo de um carreiro estreito, situado à esquerda, e que tinha como ponto de partida a
45 cidade de Pontefract, a cerca de sete milhas de distância.
O cavaleiro envergava uma cota6 de malha, transportava uma lança na mão direita e
seguia com a cabeça baixa, como mergulhado em pensamentos profundos. À medida que
se aproximava, os outros podiam ver que o seu rosto apresentava uma expressão grave,
quase triste. O homem encontrava-se de tal forma abatido que, apesar de ter um dos pés
50 enfiado no estribo7, o outro ia a baloiçar, solto.
João Pequeno precipitou-se para a frente, disposto a não deixar fugir o cavaleiro, e,
pousando um joelho no solo à sua frente, disse:
– Bem-vindo à floresta, Sr. Cavaleiro. Desde há três horas que o meu amo te espera,
recusando-se a comer na tua ausência.
Henri Gilbert, Robin dos Bosques, tradução de Lucília Rodrigues,
Europa-América, Mem Martins, 2001, págs. 172-174.

1. Robin dos Bosques – herói inglês do séc. XIII que roubava aos nobres para dar aos pobres. 2. confraternizar –
conviver ou tratar como irmão. 3. acre – medida agrária usada em Inglaterra, equivalente a 40,47 ares. 4. tributo –
contribuição. 5. bandoleiro – assaltante; bandido; ladrão. 6. cota – túnica usada debaixo da armadura. 7. estribo –
peça em que o cavaleiro apoia o pé.

Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabas de ler, de acordo com as
orientações que te são dadas.

4. As frases abaixo apresentadas referem-se a ações de Robin dos Bosques e dos seus
companheiros.

4.1. Numera as frases de 1 a 6, de acordo com a ordem pela qual as informações surgem no
texto. A primeira frase já se encontra numerada.
Os quatro bandoleiros avistaram, ao longe, um cavaleiro.

Robin dos Bosques enviou João Pequeno e os seus companheiros em missão.

Os cozinheiros prepararam o almoço.

João Pequeno deteve o cavaleiro e convidou-o para almoçar na clareira.

João Pequeno saiu com os amigos para a estrada.

Os quatro chegaram a um cruzamento donde podiam observar a enorme floresta.

3 5. Indica o momento do dia em que decorre a ação do texto, justificando a tua resposta.
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4 6. Explica, por palavras tuas, de que forma se preparava o almoço de Robin dos Bosques e
dos seus companheiros.
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7. Repara na frase seguinte:

“Os camponeses tinham sangue dinamarquês […].” (linha 24)

4 7.1. Explica o sentido desta frase.

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8. As casas junto às quais passaram João Pequeno e o seu grupo estavam há muito tempo
abandonadas.
4 8.1. Transcreve, entre aspas, a expressão do 5.º parágrafo que comprova esta afirmação.
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3 9. Assinala com X a opção que completa a afirmação seguinte.
Na frase “O cavaleiro […] seguia com a cabeça baixa, como mergulhado em pensamentos
profundos.” (linhas 46-47), dá-se a entender que o cavaleiro

dormia no selim do seu cavalo.

parecia exausto.

estava desanimado e pensativo.

tinha sido ferido.

6 10. Transcreve, da descrição do cavaleiro, elementos da sua caracterização física e psicológica.

Caracterização física

Caracterização psicológica

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GRUPO II – GRAMÁTICA

Responde aos itens seguintes, de acordo com as orientações que te são dadas.

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1. Preenche cada espaço do quadro seguinte com apenas uma das palavras abaixo
apresentadas, de acordo com o respetivo processo de formação.
Cada palavra só pode ser utilizada uma vez.

pequeno-almoço • lugar-tenente • inesperado • inimigo • saraivada • malfeitor

Derivação Composição

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2 2. Assinala com X a única opção em que a palavra sublinhada é um pronome indefinido.

Os quatro bandoleiros avistaram algum cavaleiro?

Nenhum homem se afastou do grupo.

Os cozinheiros acrescentaram muitos ingredientes ao cozinhado.

No povoado, todos conhecem Robin dos Bosques.

3. Lê a frase seguinte.

O cavaleiro transportava uma lança e um dos seus pés baloiçava, solto.

4 3.1. Transcreve, para o quadro, um verbo principal transitivo e um verbo principal intransitivo.

Verbo principal transitivo

Verbo principal intransitivo

4 4. Transcreve, da frase seguinte, a sequência que desempenha a função sintática de

predicado.

O cavaleiro envergava uma cota de malha.

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4 5. Assinala com X a única opção em que a expressão sublinhada exerce a função sintática de
complemento indireto.
Um cavaleiro transportava uma lança.

Os quatro bandoleiros detetaram um cavaleiro.

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Woolgar era um cavaleiro.

João Pequeno acenou a um cavaleiro.

GRUPO III – ESCRITA

30 Escreve um texto narrativo no qual relates o encontro do cavaleiro com Robin dos Bosques.
O teu texto deve:
• ter um título adequado;
• referir os acontecimentos e descrever o lugar;
• ter diálogo;
• ser correto e bem estruturado;
• ter entre 140 e 200 palavras.

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CENÁRIOS DE RESPOSTA
Grupo I – Leitura e Educação Literária
Parte A
1.1. na Idade Média.

1.2. treino e destreza.

1.3. os arqueiros ingleses foram preponderantes.

1.4. obteve uma vitória.

2.1. Com esta afirmação, pretende-se dizer que o rei inglês saiu vitorioso daquela batalha, tendo ficado muito
conhecido graças à técnica e perícia dos seus arqueiros.

3. Ano em que ocorreu: 1415

Países envolvidos: França e Inglaterra
País vencedor: Inglaterra

Parte B
4.1. 5 – 2 – 1 – 6 – 3 – 4

5. A ação do texto decorre ao início da tarde, já que se afirma, nas linhas 2-5, que o almoço estava pronto.

6. Os homens utilizavam lenha para fazer uma fogueira onde colocavam caldeirões para guisar carne.
Construíam um forno, fazendo uma abertura na terra e nele assavam um veado e coziam um empadão.

7.1. Esta frase significa que estes homens tinham ascendência dinamarquesa.

8.1. “[….] junto àquelas casas destruídas, de cujas janelas saíam ervas compridas que baloiçavam ao vento.”
(linhas 32-33)

9. estava desanimado e pensativo.

10. Caracterização física: “O cavaleiro envergava uma cota de malha, transportava uma lança na mão direita e
seguia com a cabeça baixa […]”. (linhas 46-47)
Caracterização psicológica: “[…] o seu rosto apresentava uma expressão grave, quase triste.” (linhas 48-49)

Grupo II – Gramática
1. Derivação: inesperado; inimigo; saraivada
Composição: pequeno-almoço; lugar-tenente; malfeitor

2. No povoado, todos conhecem Robin dos Bosques.

3.1. Verbo principal transitivo: “transportava”

Verbo principal intransitivo: “baloiçava”

3. “envergava uma cota de malha”

5. João Pequeno acenou a um cavaleiro.

Grupo III – Escrita

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Na redação do texto, o aluno deverá:

– escrever um texto narrativo, cumprindo as instruções fornecidas relativamente ao tema e à extensão do
texto;
– produzir um discurso coerente do ponto de vista da informação fornecida;
– usar adequadamente parágrafos, marcadores do discurso e pontuação;
– fazer adequadamente a divisão em situação inicial, desenvolvimento da ação e desfecho;
– utilizar vocabulário adequado, pertinente e variado;
– escrever com correção ortográfica e morfossintática.

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