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PORTUGUÊS | 7º ano

Conto Contigo

TESTE DE AVALIAÇÃO – PORTUGUÊS


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GRUPO I
ORALIDADE

Ouve, com atenção, a interpretação de Maria Bethânia de “O Marujo


Português” para responderes aos itens que se seguem.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9N1FRw0AJvU


Expressões/palavras-chave para a pesquisa: maria bethânia; marujo português

1. Seleciona (de 1.1. a 1.3.) a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao que acabaste de ouvir. Escreve o número do item e a letra
que identifica a opção escolhida.

1.1. A letra da música, que acabaste de ouvir, dá a conhecer

(A) os perigos que o marujo passou no mar.


(B) as características físicas e psicológicas do marinheiro.
(C) as conquistas gloriosas de Vasco da Gama.

1.2. O marinheiro português

(A) caminha de forma apressada e com arrogância.


(B) movimenta-se com muita dificuldade.
(C) movimenta-se de forma ritmada e com altivez.

1.3. A expressão “Há sempre um Vasco da Gama num marujo português”


destaca

(A) o espírito de aventura e o caráter heroico dos marinheiros


portugueses.
(B) a falta de caráter do marujo português em relação a Vasco da
Gama.
(C) o contraste entre a excelência de Vasco da Gama e a mediocridade
dos marinheiros portugueses.

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2. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação verdadeira. Escreve


o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2.1. Na repetição do segmento “Quando ele passa” está presente uma


(A) metáfora.
(B) enumeração.
(C) anáfora.
(D) hipérbole.

GRUPO II
LEITURA

Lê o texto com atenção.

Francis Drake,
o pirata que encalhou em Lisboa

Apesar de associarmos – muito por culpa de Hollywood – os piratas às


Caraíbas e às Américas, Portugal (e Lisboa) também teve a sua dose de piratas e
corsários, mesmo que nem todos hasteassem bandeiras negras com caveiras.
Durante décadas, com uma grande costa, o país foi saqueado por piratas
africanos. Luís Ribeiro diz, em “Era Uma Vez Lisboa”, que a conquista de Ceuta, em
1415, que marcou o início dos Descobrimentos, também tinha como objetivo esmagar
os piratas marroquinos.
Nos séculos seguintes, os grandes inimigos seriam os corsários europeus que,
apesar de estarem ao serviço das outras monarquias, não conseguiam ser bem
domados e tinham iniciativa própria. Havia tantos ataques que, em 1562, saiu uma
ordem real que dizia que as pessoas que vivessem a treze ou menos quilómetros do
mar tinham de ter treino para aprenderem a usar armas.
Um dos mais conhecidos salteadores do mar de sempre, o corsário britânico
Sir Francis Drake, também tentou a sua sorte – mas Lisboa estava mais bem
protegida, pela Torre de Belém, o Forte de São Julião da Barra, o Baluarte da
Caparica e a Cidadela de Cascais.
O britânico que atormentava os mares ibéricos – foi numa época em que
Portugal tinha perdido a independência e partilhava o mesmo rei, Filipe I, com

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Espanha – tinha até a sua cabeça a prémio.


Em 1589, Sir Francis Drake, que comandava o seu navio Revenge, e uma frota
com outros 150, ousou atacar a cidade. Mas talvez até tivesse uma boa intenção – era
um ataque conjugado com D. António, prior do Crato, que pretendia libertar o país dos
espanhóis e torná-lo outra vez independente. Não teve sucesso.
Francis Drake nunca teve a coragem de atacar diretamente Lisboa, “era uma
missão suicida”, e ficou na costa de Cascais, onde apenas apreendeu vários navios de
outras potências europeias. Três semanas depois, as naus portuguesas e espanholas
atacaram e os corsários foram derrotados. Francis Drake perdeu o seu Revenge para
sempre “e regressou a casa sem honra”. Morreria sete anos depois, e Lisboa nunca
mais seria atacada por piratas.
Texto de Ricardo Faria, disponível em https://www.nit.pt/cultura/livros/um-elefante-e-um-rinoceronte-lutaram-
em-lisboa-e-outras-4-historias-inacreditaveis (consultado a 21 de outubro de 2020)

1. As afirmações apresentadas de (A) a (E) baseiam-se em informações


contidas no texto. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem
pela qual essas informações aparecem no texto.

(A) Francis Drake colaborou com os portugueses para libertar Portugal do


domínio filipino.

(B) Foi imposto à população que vivia nas proximidades da costa a


aprendizagem do manejo de armas.

(C) A História de Portugal está associada a episódios de corsários e de


pirataria.

(D) Sir Francis Drake foi derrotado pela ação conjunta entre Portugal e
Espanha.

(E) Há quem partilhe a opinião de que um dos objetivos das descobertas na


costa africana foi o combate aos piratas.

2. Relê o último parágrafo do texto.


Explica o significado das expressões que se encontram entre aspas.

3. Seleciona a opção correta de forma a obteres uma afirmação verdadeira.


Na expressão “salteadores dos mares, corsários, piratas”, está presente
uma relação de

(A) antonímia. (B) hierarquia.

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(C) sinonímia. (D) parte-todo.


GRUPO III
EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Lê o seguinte excerto do capítulo XIV (COMO COMEÇOU A MINHA


AVENTURA) de A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson. Consulta o
vocabulário.

Pela primeira vez na minha vida experimentava a alegria dos


exploradores. A ilha era desabitada. Os meus companheiros de viagem haviam
ficado para trás. Ali, naquele sítio, além da minha pessoa, não havia
absolutamente mais ninguém. Apenas pássaros e animais silenciosos. Pus-me
a andar de um lado para o outro, entre as árvores. Por toda a parte deparavam-
se-me flores que nunca tinha visto. Aqui e além avistei várias espécies de
serpentes. Uma delas irrompeu de uma fenda das rochas e silvou 1, na minha
direção, com um ruído semelhante ao de um pião que rodopiasse. Durante
segundos julguei que se tratasse de um inimigo implacável 2 e que aquele
assobio era o de uma cobra-capelo.
Cheguei depois a um grande bosque, constituído por aquelas árvores
que se assemelhavam a carvalhos – mais tarde soube que eram apelidadas de
carvalhos perenes. Desciam pela areia como sarças3, ramos esquisitamente
entrelaçados, folhagem densa formando túneis. O bosque estendia-se desde o
cimo de um dos montículos de areia – e à medida que descia tornava-se mais
largo e as árvores de maior porte – até à margem de um vasto pântano coberto
de junco4 e atravessado pelo mais próximo dos cursos de água que iam
desaguar na baía. Sob a influência do calor do sol, do pântano evolava-se uma
espécie de vapor. A silhueta do Telescópio parecia ondular através da neblina.
De repente, no meio dos juncos houve uma espécie de tumulto.
Soltando um grasnido, um pato-bravo elevou-se nos ares. Foi logo seguido por
outros. A breve trecho, sobre o pântano havia uma quantidade enorme de
passarada, gritando e fazendo círculos. Admiti logo a hipótese de que alguns
dos meus companheiros de bordo deveriam andar pelas margens do paul 5. De
facto, não errei. Em breve ouvi o som grave e distante de uma voz humana.

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Conto Contigo

Apurando o ouvido, este som tornou-se mais audível, e pareceu-me que se


avizinhava.
Cheio de medo, escondi-me debaixo dos troncos torcidos do carvalho
mais próximo. Ali me deixei estar, calado como um rato, cheio da mais rica
ansiedade.
Outra voz respondeu, e a primeira que se elevara nos ares, e que eu
agora reconhecia ser a de Silver 6, tornou a falar e prosseguiu por longo tempo,
apenas interrompida aqui e ali, pelo interlocutor. Pelo som pareceu-me que
falavam com entusiasmo, para não dizer irritação. Como quer que seja, aos
meus ouvidos não chegou nenhuma palavra distinta. Por fim, os piratas
calaram-se. Talvez tivessem resolvido sentar-se, pois as próprias aves
começaram a serenar e desceram de novo ao pântano.
Robert Louis Stevenson, A Ilha do Tesouro.
Lisboa: Relógio D’Água, 2017

Vocabulário
1. Assobiou. 2. Cruel; impiedoso. 3. Silvas. 4. Planta que cresce nos sítios húmidos e com água. 5.
Terreno alagado de água estagnada.

6. Long John Silver era um temível pirata. Tinha uma perna de pau e um papagaio a quem chamava
Capitão Flint, em honra do temível pirata Capitão Flint, único possuidor do mapa de um tesouro existente
na ilha do Tesouro. Foi contratado por Jim Hawkins, um miúdo de doze anos e pelos seus amigos, como
cozinheiro do Hispaniola, a embarcação escolhida para a expedição à ilha.

1. Indica dois aspetos que impressionaram o narrador, assim que ele entrou
na ilha.

2. A imponência da paisagem é realçada através da descrição do bosque e


do pântano.
2.1. Transcreve os segmentos textuais que confirmam esta afirmação.

3. Subitamente, o estado de espírito do narrador alterou-se.


3.1. Refere o que originou esta alteração.

4. Indica a razão pela qual a ilha recuperou a


tranquilidade e o sossego.

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GRUPO IV
GRAMÁTICA

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações dadas.


1. Associa as palavras sublinhadas na coluna A às respetivas classes e
subclasses na coluna B.

COLUNA A COLUNA B
a. A primeira voz que se elevara no ar era a de
Silver. 1. Locução prepositiva

b. Cheio de medo, escondi-me debaixo dos 2. Preposição

troncos. 3. Pronome pessoal

c. Os ramos foram entrelaçados pelo vento. 4. Verbo copulativo

d. Naquele instante, ouvi o som grave e distante 5. Verbo intransitivo

de uma voz humana. 6. Verbo transitivo

e. Aquele assobio era o de uma cobra-capelo. 7. Verbo auxiliar

f. De facto, não errei.


g. Cheguei depois a um grande bosque.

2. Tendo por referência o processo de formação de palavras, identifica o


intruso no conjunto de palavras que se segue. Justifica a tua opção.

folhagem entrelaçar cobra-capelo desabitada

3. Classifica as orações sublinhadas nas frases.


a. Ouvi os silvos das serpentes, mas não me assustei.
b. Assim que os homens se sentaram em silêncio, as aves começaram a
serenar.

4. Reescreve a frase seguinte, substituindo o complemento direto pelo


respetivo pronome.
Começarei a minha aventura brevemente.

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GRUPO V
ESCRITA

Escreve um texto narrativo, de 100 a 180 palavras, em que contes uma


aventura, real ou imaginária, na primeira pessoa.

 No teu texto, deves incluir:

 a descrição de um espaço;

 marcas linguísticas da descrição (adjetivos qualificativos,


advérbios, verbos no presente ou no pretérito imperfeito do
indicativo, recursos expressivos, …).

FIM

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