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PORTUGUÊS | 9º ano

Conto Contigo

TESTE DE AVALIAÇÃO – PORTUGUÊS


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GRUPO I
ORALIDADE

Para responderes aos itens que se seguem, vais ver, duas vezes, um
excerto da curta-metragem Memórias de Resistência (até ao minuto 3:34), de
Eric Nepomuceno, realizada em julho de 2020.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vkCzEKk5gsg


Expressões/palavras-chave para a pesquisa: Memórias de Resistência; Eric Nepomuceno

1. Seleciona (de 1.1. a 1.5.) a opção que permite obter uma afirmação adequada
ao que acabaste de ouvir.

1.1. No excerto que acabaste de ouvir, o emissor

(A) dirige-se a um dirigente político angolano.


(B) verbaliza uma mensagem de voz a um resistente em Luanda.
(C) escreve sobre memórias vividas com um amigo no Brasil.
(D) redige, de Luanda, uma videocarta a um grande amigo.

1.2. Nas primeiras linhas do audiotexto, há uma referência à situação


pandémica presente em expressões como

(A) “estranhos dias”; esperança”, e “preocupação”.


(B) “números esquisitos”; “mortos” e “preocupação”.
(C) “abismo”; “espera” e “preocupação”.
(D) “desigualdades sociais”; “feridos” e “preocupação”.

1.3. O emissor manifesta apreensão pelo sofrimento humano que

(A) lhe causa desolação e uma tristeza desmedida.


(B) o motiva para escrever uma longa narrativa.
(C) o impulsionou para dançar um tango pela madrugada.
(D) lhe fez lembrar parentes e amigos já falecidos.

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1.4. No decurso da mensagem, é feita uma alusão aos livros

(A) que ilustram a vida abrupta e a maravilhosa imensidão da natureza.


(B) onde o recetor encontra velhos amigos já esquecidos.
(C) que o emissor procura para estar mais próximo do seu mundo.
(D) onde vamos à procura de sonhos perdidos.

1.5. Na última parte do excerto, o emissor confessa que

(A) tem o mau hábito de deixar pontas soltas.


(B) a noite em Resistência foi um autêntico pesadelo.
(C) a mais linda madrugada da sua vida foi passada com Eric.
(D) na longa madrugada em Resistência, Eric revelou os seus projetos
cinematográficos.

GRUPO II
LEITURA

Lê a notícia.

Francisco Sousa Tavares:


100 anos do nascimento de um homem corajoso

Francisco Sousa Tavares nasceu no dia 12 de junho de 1920. Há cem anos.


O advogado e jornalista foi uma figura marcante da luta política contra a ditadura de
Salazar e Caetano. Monárquico, ativista da oposição católica, Sousa Tavares defendeu
vários presos políticos, e foi, ele próprio, preso pela PIDE.
Durante 40 anos, esteve casado com a poeta Sophia de Mello Breyner Andresen.
O professor universitário Luís Moita partilhou com ele e com Sophia algumas das lutas.
Uma delas, a vigília e greve de fome na passagem de ano de 1972 para 1973, na capela
do Rato, em Lisboa. Foi uma das ocasiões em que Francisco Sousa Tavares se ofereceu
para o defender em tribunal. Coisa que não chegou a acontecer.
Além de Luís Moita, o advogado defendeu outros presos políticos, como os
dirigentes comunistas Manuel e Jaime Serra.

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Ficou inscrito na história do 25 de Abril, quando, em pleno largo do Carmo,


conheceu Salgueiro Maia, que lhe pede para falar ao povo e tentar acalmar os ânimos,
durante a negociação da rendição de Marcelo Caetano.
Dois dias depois, haveria de estar à porta do forte de Caxias, a abraçar os presos
libertados. É uma outra memória de Luís Moita, que passou o 25 de Abril na prisão, e foi
um dos que recebeu o abraço de Francisco Sousa Tavares e de Sophia de Mello
Breyner.
Depois do 25 de Abril, aderiu ao Partido Socialista, e destacou-se como diretor do
vespertino A Capital, e particularmente com os editoriais que assinava. Editoriais que
visavam o Governo e o Presidente da República, Ramalho Eanes. É dessa altura que
Luís Moita guarda algumas divergências, "especialmente quanto à situação em Angola, e
ao processo de descolonização".
Sousa Tavares balançou, nessa época, entre o PS e o PSD. Apoiou Soares
Carneiro, nas eleições presidenciais de 1980, e viria a romper com o PSD, quando
apoiou Mário Soares nas presidenciais de 1986.
Antes, tinha deixado a direção d´A Capital para ser ministro da Qualidade de Vida,
com a tutela do Desporto, do Ambiente e da Juventude, durante o Governo do bloco
central, liderado por Mário Soares. A experiência durou um ano. Voltaria a escrever nos
jornais, no Público e no Independente. Morreu em maio de 1993, com 72 anos.

Texto de Nuno Domingues, 12 de junho de 2020 (TSF)

1. Classifica as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).


Corrige as falsas.

a. Nuno Domingues apresenta Francisco Sousa Tavares como um estadista


republicano que lutou contra a ditadura em Portugal.

b. Casado com a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen, partilhou com


ela diversos episódios de resistência ao regime fascista.

c. Salgueiro Maia e Luís Moita foram dois dos protagonistas da ação militar
do 25 de Abril de 1974.

d. Além do exercício da advocacia, Sousa Tavares foi jornalista em vários


semanários, diretor d’A Capital e ministro do governo liderado por Mário
Soares.

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e. Na sua ação política, Francisco Sousa Tavares permaneceu sempre fiel às


opções políticas do Partido Socialista.
GRUPO III
EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Lê o texto.
PORQUE

Porque os outros se mascaram mas tu não


Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados


Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem


E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos


E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen, Obra Poética.


Lisboa: Círculo de Leitoras, 1992

1. Associa da entidade da coluna A aos pontos de vista da coluna B, de acordo


com o texto.

COLUNA A COLUNA B

a. Sujeito poético 1. Escolha de comportamentos reveladores de


hipocrisia.
b. “tu”
2. Admiração pela integridade do indivíduo.

c. “os outros” 3. Rejeição da corrupção.

4. Crítica de uma sociedade que ignora a


importância dos valores.

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5. Respeito pelos valores humanos.

2. Indica dois comportamentos dos “outros” reveladores da sua falta de valores.

3. Explica em que consiste a ousadia do “tu” perante a sociedade.

4. Explicita a importância da utilização da antítese na construção do poema.

GRUPO IV
GRAMÁTICA

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações dadas.

1. Associa as palavra sublinhadas nas frases da coluna A às classes e


subclasses que lhes correspondem na coluna B.

COLUNA A COLUNA B

a. “Porque os outros se mascaram”. 1. Conjunção subordinativa completiva

b. “Foi uma das ocasiões em que Francisco 2. Pronome relativo


Sousa Tavares se ofereceu para o defender
em tribunal.” 3. Conjunção subordinativa causal

4. Pronome pessoal
c. Sabemos que Luís Moita foi um preso político.
5. Conjunção subordinativa consecutiva

2. Para responderes aos itens que se seguem, seleciona as opções que


completam corretamente cada afirmação.

2.1. O conjunto constituído por formas que pertencem ao mesmo modo verbal é

(A) viveu – foi – revelaria – visitasse.


(B) defendeu – escreverá - tinha visitado – permanecera.
(C) esteja – prendesse – morrer – lembrasse.
(D) vivendo – escrito – viver - ter vivido.

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2.2. A relação semântica que a palavra “poeta” estabelece com a expressão


“escritora portuguesa” na frase “Durante 40 anos, esteve casado com a poeta
Sophia de Mello Breyner Andresen, uma grande escritora portuguesa” é de

(A) hiperonímia.
(B) holonímia.
(C) hiponímia.
(D) sinonímia.

2.3. A frase que contém uma oração subordinada adjetiva relativa é

(A) “Porque os outros se compram e se vendem” (v. 8).


(B) “Onde germina calada a podridão”(v. 6).
(C) “E tu vais de mãos dadas com os perigos” (v. 12).
(D) “Para comprar o que não tem perdão,”(v. 3).

2.4. Identifica a frase em que não existe modificador do nome restritivo.

(A) Editoriais que visavam o Governo e o Presidente da República.

(B) O advogado defendeu outros presos políticos.

(C) O professor universitário Luís Moita partilhou com ele e com Sophia
algumas das lutas.

(D) É uma outra memória de Luís Moita, que passou o 25 de Abril na prisão.

3. Reescreve a frase seguinte, substituindo as expressões sublinhadas por formas


adequadas do pronome pessoal.

Sophia teria escrito muitos dos seus poemas com a intenção de expressar os
seus pensamentos.

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GRUPO V
ESCRITA

Escreve um texto de opinião, com um mínimo de 180 e um máximo de 240


palavras, sobre a importância de, na sociedade atual, as pessoas defenderem os
seus pontos de vista.
 No teu texto, deves apontar, pelo menos:

 duas razões que apoiem a tua opinião;

 dois exemplos que a validem.

FIM

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