Escola Estadual Major Veneziano Vital do Rêgo
Professora: Linaiara S. H. de Melo
Alun@:
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_______________Turma: ________
1. (ENEM)“A velha Totonha de quando em vez
batia no engenho. E era um acontecimento para
a meninada… Que talento ela possuía para
contar as suas histórias, com um jeito admirável
de falar em nome de todos os personagens, sem
nenhum dente na boca, e com uma voz que dava
todos os tons às palavras!
Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e
forca e adivinhações. E muito da vida, com as
suas maldades e as suas grandezas, a gente
encontrava naqueles heróis e naqueles
intrigantes, que eram sempre castigados com
mortes horríveis! O que fazia a velha Totonha
mais curiosa era a cor local que ela punha nos
seus descritivos. Quando ela queria pintar um
reino era como se estivesse falando dum
engenho fabuloso. Os rios e florestas por onde
andavam os seus personagens se pareciam muito
com a Paraíba e a Mata do Rolo. O seu Barba-
Azul era um senhor de engenho de
Pernambuco.”
(José Lins do Rego. Menino de Engenho. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1980, p. 49-51 (com
adaptações).
Na construção da personagem “velha Totonha”,
é possível identificar traços que revelam marcas
do processo de colonização e de civilização do
país. Considerando o texto acima, infere-se que
a velha Totonha:
a) tira o seu sustento da produção da literatura,
apesar de suas condições de vida e de trabalho,
que denotam que ela enfrenta situação
econômica muito adversa.
b) compõe, em suas histórias, narrativas épicas e
realistas da história do país colonizado, livres da
influência de temas e modelos não
representativos da realidade nacional.
c) retrata, na constituição do espaço dos contos,
a civilização urbana europeia em concomitância
com a representação literária de engenhos, rios e
florestas do Brasil.
d) aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos
nos contos, do próprio romancista, o qual
pretende retratar a realidade brasileira de forma
tão grandiosa quanto a europeia.
e) imprime marcas da realidade local a suas
narrativas, que têm como modelo e origem as
fontes da literatura e da cultura europeia
universalizada.
(ENEM MEC/2014/2ª Aplicação)
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes
esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos
dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma
história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista
na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de
suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por
serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente,
os
homens presentes,
a vida presente.
ANDRADE, C. D. Sentimento do mundo. São
Paulo: Cia. das Letras, 2012.
2- Escrito em 1940, o poema Mãos dadas revela
um eu lírico marcado pelo contexto de opressão
política no Brasil e da Segunda Guerra Mundial.
Em face dessa realidade, o eu lírico
a) considera que em sua época o mais
importante é a independência dos indivíduos.
b) reconhece a tendência à autodestruição em
um sociedade oprimida.
c) critica o individualismo comum aos A antirrosa atômica
românticos e aos excêntricos. Sem cor sem perfume
d) desvaloriza a importância dos planos Sem rosa, sem nada
pessoais na vida em sociedade.
e) escolhe a realidade social e seu alcance (Obra poética - Poesia completa e prosa. Rio de
individual como matéria poética. Janeiro: Nova Aguilar.)

3- (ENEM MEC/2017) 4- O que vem a ser a "rosa de Hiroshima"?

A humana condição a) Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

b) Ditadura militar brasileira (1964-1985)
Custa o rico no céu c) Ditadura Vargas (1930-1945)
(Afirma o povo e não erra). d) A bomba atômica, que eclodiu durante a
Porém muito mais difícil Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
É um pobre ficar na terra e) Teoria da relatividade de Einstein

QUINTANA, M. Melhores poemas. São Paulo: 5- A poesia Modernista tinha como

Global, 2003. característica o engajamento social. O TEXTO
demonstra esse engajamento
Mário Quintana ficou conhecido por seus
“quintanares”, nome que o poeta Manuel I. na abordagem que o poeta Vinícius de Moraes
Bandeira deu a esses quartetos com pequenas faz da Segunda Guerra Mundial, utilizando
observações sobre a vida. Nessa perspectiva, os metáforas e comparações que remetem aos
versos do poema Da humana condição ressaltam prejuízos da Guerra.
II. através do uso das formas verbais “pensem”
a) a falta de sentido da existência humana. e [não] “esqueçam”, que representam um
b) a irreverência diante das crenças do povo. convite do eu lírico para que as pessoas reflitam
c) a desvalorização da cultura popular. sobre a tragédia do ataque a Hiroxima.
d) um olhar objetivo sobre as diferenças sociais. III. nas comparações estabelecidas entre as
e) uma visão irônica das diferenças de classe. crianças, as meninas e as mulheres, abrangendo
Rosa de Hiroshima vários segmentos da sociedade e provocando
maior envolvimento da população com o texto.
Pensem nas crianças IV. no uso da forma fixa de soneto, que remete
Mudas telepáticas ao comprometimento do autor tanto com a sua
Pensem nas meninas poesia quanto com as tradições sociais.
Cegas inexatas V. na comparação explícita do formato da
Pensem nas mulheres fumaça (liberada pela bomba na ocasião de sua
Rotas alteradas explosão) com uma rosa, ao mesmo tempo bela
Pensem nas feridas e devastadora.
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam Estão CORRETAS, apenas, as proposições
Da rosa da rosa a) I e III.
Da rosa de Hiroshima b) II e IV.
A rosa hereditária c) I e II.
A rosa radioativa d) IV e V.
Estúpida e inválida e) III e V.
A rosa com cirrose