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Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Síntese entre erudito e popular
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros Na região mineira, a separação entre cultura popular
Atrás de seu cansado desatino. (as artes mecânicas) e erudita (as artes liberais) é
marcada pela elite colonial, que tem como exemplo os
Se o bem desta choupana pode tanto, valores europeus, e o grupo popular, formado pela
Que chega a ter mais preço, e mais valia fusão de várias culturas: portugueses aventureiros ou
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto, degredados, negros e índios. Aleijadinho, unindo as
sofisticações da arte erudita ao entendimento do artífice
Aqui descanse a louca fantasia, popular, consegue fazer essa síntese característica
E o que até agora se tornava em pranto deste momento único na história da arte brasileira: o
Se converta em afetos de alegria. barroco colonial.
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A (MAJORA, C. Br História, n. 3, mar. 2007 – adaptado)
poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
2002, p. 78-9. No século XVIII, a arte brasileira, mais especificamente
a de Minas Gerais, apresentava a valorização da
Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e técnica e um estilo próprio, incluindo a escolha dos
os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, materiais. Artistas como Aleijadinho e Mestre Ataíde
assinale a opção correta acerca da relação entre o têm suas obras caracterizadas por peculiaridades que
poema e o momento histórico de sua produção. são identificadas por meio:
3. ENEM 2016
Soneto VII (FROTA, L. C. Ataíde: vida e obra de Manuel da Costa
Ataíde. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982)
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado? O Texto II destaca a inovação na representação
Tudo outra natureza tem tomado; artística setecentista, expressa no Texto I pela:
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
a) reprodução de episódios bíblicos.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado:
b) retratação de elementos europeus.
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!
c) valorização do sincretismo religioso.
Árvores aqui vi tão florescentes,
Que faziam perpétua a primavera: d) recuperação do antropocentrismo clássico.
Nem troncos vejo agora decadentes.
e) incorporação de características identitárias.
Eu me engano: a região esta não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera! 5 - (UEMG)
A Lira XIV, reproduzida a seguir, foi extraída da obra
(COSTA, C. M. Poemas. Disponível em: Marília de Dirceu, publicada em 1792; já a canção
www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2012) Tempos Modernos pertence ao álbum homônimo,
lançado em 1982.
No soneto de Cláudio Manuel da Costa, a
contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma Lira XIV – parte I
reflexão em que transparece uma:
(...) Ornemos nossas testas com as flores.
a) angústia provocada pela sensação de solidão.
E façamos de feno um brando leito,
b) resignação diante das mudanças do meio ambiente. Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores.
c) dúvida existencial em face do espaço
desconhecido. Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
d) intenção de recriar o passado por meio da
paisagem. E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.
e) empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da
terra.
Tempos Modernos
(Lulu Santos)
4. ENEM 2018 (...) Hoje o tempo voa amor
a) temática religiosa.
b) idealização do “locus amoenus”.
c) quebra dos padrões formais clássicos.
d) supremacia dos efeitos sonoros em detrimento da
ideia.
e) linguagem emotivo-confessional.
11 - (UNIFESP)