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Simbolismo /

Origens Na França
Contexto, características, obras e autores
Origem do Simbolismo na França
O simbolismo foi uma tendência literária que nasceu na França, com as
teorias estéticas de Charles Baudelaire, e floresceu principalmente
na poesia, em diversas partes do mundo ocidental, no final do século
XIX e na literatura ele começou em 1857 com a publicação da obra  As
flores do mal , do poeta francês Charles Baudelaire. Na época, esse livro
foi censurado por conter poesias com temas eróticos, sensuais e
sombrios. É o último movimento antes do surgimento do modernismo na
literatura, por isso é também considerado pré-moderno.
Contexto Histórico do Simbolismo na
França
O movimento simbolista surge nas últimas décadas do século XIX na
França, num momento em que o continente Europeu assistia à ascensão da
burguesia industrial, existindo assim para desafiar esse cenário opondo-se
às correntes materialistas, cientificistas e racionalistas que vigoravam,
negando a realidade objetiva. Os simbolistas questionaram as conclusões
racionalistas e mecânicas. Buscavam, ao contrário da impessoalidade
numérica e tecnológica, os valores transcendentais — o Bom, o Verdadeiro,
o Belo.
Características do Simbolismo
● Oposição ao racionalismo, materialismo e cientificismo
● Negação dos valores do realismo e naturalismo
● Misticismo, religiosidade e sublimação
● Mistério, fantasia e sensualismo
● Subjetivismo e individualismo
● Linguagem fluida e musical
● Aproximação da poesia e da música
● Universo onírico e transcendental
● Valorização da espiritualidade humana
● Exploração do consciente e inconsciente
● Combinações sonoras e sensoriais
● Uso de figuras de linguagem
Simbolismo na França em Artes Plásticas
A Aparição (Salomé).  O Grito.

Gustave Moreau. 1874-76 – óleo sobre tela – Edvard Munch. 1893


Localização: Museu Gustave Moreau
Principais Nomes do Simbolismo na
Charles França
Baudelaire Arthur Rimbaud
• Jean-Nicolas
Arthur Rimbaud
• Charles Pierre foi um poeta
Baudelaire foi um simbolista
poeta boémio, dandy, francês, parte do
flâneur e teórico da movimento
arte francesa. É decadente
considerado um dos
precursores do
simbolismo
Principais Nomes do Simbolismo na
França Stéphane
Gustav Klimt Paul Verlaine Marllamé
• Paul Marie Verlaine é • Stéphane Mallarmé, cujo
• Gustav Klimt foi um pintor considerado um dos maiores verdadeiro nome era Étienne
simbolista austríaco poetas do simbolismo francês. Mallarmé, foi um poeta e crítico
literário francês. 
Poesia do Simbolismo
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo
horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem
descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão
morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar,
pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que
geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o
vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: É hora de embriagar-se!
Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem
descanso. Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Charles Baudelaire – Embriagar-se


Poesia do Simbolismo
A UMA PASSANTE

A rua, em torno, era ensurdecedora vaia.


Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa,
Uma mulher passou, com sua mão vaidosa
Erguendo e balançando a barra alva da saia;
Pernas de estátua, era fidalga, ágil e fina.
Eu bebia, como um basbaque extravagante,
No tempestuoso céu do seu olhar distante,
A doçura que encanta e o prazer que assassina.
Brilho... e a noite depois! - Fugitiva beldade
De um olhar que me fez nascer segunda vez,
Não mais te hei de rever senão na eternidade?
Longe daqui! tarde demais! nunca talvez!
Pois não sabes de mim, não sei que fim levaste,
Tu que eu teria amado, ó tu que o adivinhaste!
Charles Baudelaire
Simbolismo na Musicalidade
Sítio do Tio Harry
Jack Mack Flack (a História do MC Sid
Cara de Preto) No interior existe uma lenda de um duende
Quando os lobos te cercarem aos que mora numa fazenda
montes E rouba frutas para sua merenda
Ao longe, no monte Flores para o seu cachimbo, só aparece no
Sol apino
Bem longe
Rasga roupas de menino e tem uma face
Com um monte de gente mais que horrenda
Dizendo que a gente Último que o viu disse que ele roubou um
Tem que sempre matar isqueiro
Tu vai olhar pro lado e dizer E fugiu mas se distraiu quando o gato miou e
Na vida tem que crescer o cachorro latiu
Seja o meio errado ou o certo Dizem que ele é um presságio de vitória
Mas acho que no fundo tudo isso não passa
Tu tem que mudar
de uma história
Sempre continuar

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