Você está na página 1de 42

LÍNGUA

PORTUGUESA
Revisão
CONTEÚDOS

LITERATURA GÊNEROS GRAMÁTICA


Camões TEXTUAIS Verbos e
Quinhetismo Relato de viagem e adjetivos
Fernando Pessoa diário pessoal
Luís Vaz de Camões

"MUDAM-SE OS
TEMPOS, MUDAM-
SE AS VONTADES"
CLASSICISMO CONTEXTO HISTÓRICO
Imitação dos modelos clássicos Fim da era medieval - Feudalismo.
(greco-romano). Fim do monopólio da igreja sobre
busca da perfeição estética. a cultura.
Pureza e equilíbrio das formas. Antropocentrismo
Racionalismo, nacionalismo e Ocorreu durante o Renascimento.
cientificismo. Luís de Camões (1524-1580) foi o
Humanismo renascentista. maior representante do
Temas explorados: a moral, a classicismo e sua obra "Os
filosofia, a religião, a mitologia e Lusíadas" (1572), a mais
política. importante.
No Brasil, esse movimento ficou
conhecido como "Quinhetismo".
Nasceu em 1524 - Lisboa
Morreu em 1580
Viveu 17 anos longe de
Portugal (Marrocos,

CAMÕES
Arábia, Índia, Macau,
Moçambique).
Obra-prima "Os
Lusíadas" (poema
épico).
Maior poeta Temáticas:
da língua neoplatonismo,
portuguesa desconcerto do
mundo, sofrimento
amoroso, eferidade.
"O poema épico Os Lusíadas a obra de Camões mais apreciada
pela crítica, que considera esse livro uma das obras literárias
mais importantes da língua portuguesa. Tal poema é dividido
em 10 cantos, com um total de 8816 versos decassílabos (10
sílabas poéticas), distribuídos entre 1102 estrofes, compostas
em oitava rima (estrofe de oito versos com o esquema rítmico
ABABABCC). Conta a história do povo português pelas
aventuras do herói Vasco da Gama (1469-1524),
representante dos heroicos lusitanos."

Veja mais em:


https://brasilescola.uol.com.br/literatura/luis-
camoes.htm
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;


é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;


é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor


nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor
FERNANDO PESSOA
é um dos mais importantes escritores
portugueses do modernismo e poetas de língua
portuguesa.
Destacou-se na poesia, com a criação de seus
heterônimos sendo considerado uma figura
multifacetada. Trabalhou como crítico literário,
crítico político, editor, jornalista, publicitário,
empresário e astrólogo.
Nessa última tarefa, vale destacar que Fernando
Pessoa explorou o campo da astrologia, sendo
um exímio astrólogo e apreciador do ocultismo.
OBRAS E
CARACTERÍSTICAS
Fernando Pessoa é dono de uma vasta obra, ainda
que tenha publicado somente 4 obras em vida.
Escreveu poesia e prosa em português, inglês e
francês, além de ter trabalhado com traduções e
críticas.

Sua poesia é repleta de lirismo e subjetividade,


voltada para a metalinguagem. Os temas
explorados pelo poeta são dos mais variados,
embora tenha escrito muito sobre sua terra natal,
Portugal.
Heterônimos
Ortónimo é termo que usado para referir a autoria dos poemas,
textos, obras publicadas e assinadas por Fernando Pessoa.

Fernando Pessoa foi um poeta excêntrico, de forma que criou


inúmeros personagens, os famosos Heterônimos.

Diferentes dos pseudônimos, eles possuíam vida, data de


nascimento, morte, personalidade, mapa astral e estilo
literário próprio.

Os heterônimos mais importantes de Pessoa são:


RICARDO REIS
Recebeu uma educação neoclássica e se formou em
medicina.
Era considerado um defensor da monarquia.

Dono de uma linguagem culta e estilo neoclássico,


alguns temas presentes em sua obra são mitologia,
morte e vida.

Possuía grande interesse pela cultura latina e


helenista. A obra “Odes de Ricardo Reis” foi publicada
postumamente, em 1946. Segue abaixo um de seus
poemas:
Anjos ou Deuses

Anjos ou deuses, sempre nós tivemos,


A visão perturbada de que acima
De nos e compelindo-nos
Agem outras presenças.
Como acima dos gados que há nos campos
O nosso esforço, que eles não compreendem,
Os coage e obriga
E eles não nos percebem,
Nossa vontade e o nosso pensamento
São as mãos pelas quais outros nos guiam
Para onde eles querem e nós não desejamos.
ÁLVARO DE CAMPOS
Foi um engenheiro português que recebeu educação
inglesa

Modernista: sua obra, repleta de pessimismo e


intimismo, possui forte influência do simbolismo,
decadentismo e futurismo.

As “Poesias de Álvaro de Campos” foi publicada


postumamente, em 1944. Segue abaixo um de seus
poemas:
Tabacaria

Não sou nada.


Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo.
que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes
e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
ALBERTO CAEIRO
Com uma linguagem simples, direta e temas que se
aproximam da natureza, Alberto Caieiro cursou
apenas a escola primária. Embora ele tenha sido um
dos mais profícuos heterônimos de Fernando
Pessoa.

Foi um anti-intelectualista, anti-metafísico, rejeitando,


dessa forma, temas filosóficos, místicos e subjetivos.
Foi publicada, postumamente, as “Poesias de Alberto
Caeiro” (1946). Segue abaixo um de seus poemas
emblemáticos:
O Guardador de Rebanhos

Eu nunca guardei rebanhos,


Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
VERBOS

Conceituando

O verbo é a palav ra que i ndi ca açã o,


movimento, estado ou fenô me no
meteorológi co.
Pode sofrer vari ações de aco rdo co m sua s
flexões.

Modo

O modo verbal indica a atitude do falante em


relação à ação que anuncia.

INDICATIVO: quando o falante tem a certeza de


sua atitude; o fato é ou será uma realidade.

Exemplos: Estudei muito para a prova.


Estudarei bastante para essa prova.

Modo

SUBJUNTIVO: quando o falante não tem certeza da


atitude; o fato é duvidoso, incerto. Há uma
possibilidade de que aconteça.

Exemplos: Pode ser que eu estude hoje.


Se eu fosse você, estudaria.

Modo

IMPERATIVO: quando o falante expressa uma


ordem, um pedido ou um conselho.

Exemplos: Não sejas tão indisciplinado!


Tempos

Os tempos verbais situam o fato ou ação verbal


dentro de um determinado momento (durante o
ato da comunicação, antes ou depois dele).
são três os tempos:

1. P R E S E N T E
Agora eu leio
Tempos
2 . P R E T É R I T O( = P A S S A D O )

a) imperfeito: depois de entrar, ele trancava a


porta.
b) perfeito: ele trancou a porta
C) mais-que-perfeito: quando eu cheguei, ele já
trancara a porta.

3. FUTURO
a) do presente: Beatriz ganhará o prêmio.
b) do pretérito: Beatriz ganharia o prêmio.
Formas nominais

Enunciam simplesmente um fato, de maneira


vaga, imprecisa, impessoal:

INFINITIVO: plantar, vender, ferir.


GERÚNDIO: plantando, vendendo, ferindo.
PARTICÍPIO: plantado, vendido, ferido.
Bonito Alto

Adjetivos
Estudioso
Alegre

Educada Meiga

Solidária Bondosa
O que é adjetivo?

Adjetivo é a classe gramatical cuja função é classificar e qualificar o(s)


substantivo(s) que o acompanha(m) na sentença. Os adjetivos variam em
gênero e número de acordo com o(s) substantivo(s) que qualificam, além
disso, podem variar em grau.

Tipos de adjetivos
Adjetivos simples: têm apenas um radical.
Exemplos: alto, rico, real.

Adjetivos compostos: têm mais de um radical.


Exemplos: verde-água, socioeconômico, sul-americano, ultravioleta.

Adjetivos primitivos: não derivam de nenhuma outra palavra.


Exemplos: azul, bom, belo, vil.

Adjetivos derivados: originaram-se de outras palavras.


Exemplos: azulado, desajeitado, linguarudo, grandioso.

Adjetivos pátrios: indicam a origem de um ser ou coisa, podendo tratar-se do continente,


país, região, estado, cidade.
Exemplos: americano, estadunidense, sudestino, potiguar, paulistano.
Gênero dos adjetivos

Os adjetivos podem variar em gênero, usualmente assumindo uma forma no


feminino ou masculino de acordo com o gênero do(s) substantivo(s) que classificam.

A enxadrista astuta venceu o jogo.


O enxadrista astuto venceu o jogo.

Também é muito comum encontrar adjetivos uniformes em relação ao gênero:

A jogadora forte venceu o jogo.


O jogador forte venceu o jogo.
Número dos adjetivos

Além de variarem em gênero, os adjetivos podem variar em


número, o que significa que podem assumir uma forma no singular
ou plural de acordo com o(s) substantivo(s).

O enxadrista astuto venceu o jogo.


Os enxadristas astutos venceram o jogo.
A enxadrista astuta venceu o jogo.
As enxadristas astutas venceram o jogo.
Grau dos adjetivos

Outra característica dos adjetivos é sua flexão em grau, que pode ser
comparativo ou superlativo. A flexão em grau indica a intensidade da
característica representada pelo adjetivo.

O grau comparativo confronta qualidades entre dois ou mais seres, podendo


ser de igualdade, de superioridade e de inferioridade:

Igualdade: Pedro era tão rápido quanto Bárbara.


Superioridade: Pedro era mais rápido do que Bárbara.
Inferioridade: Pedro era menos rápido do que Bárbara.
O grau superlativo pode ser relativo ou absoluto.

O grau superlativo relativo destaca a qualidade de um ser em relação aos


demais de um grupo, podendo ser de superioridade ou inferioridade assim como
no grau comparativo:

Superioridade: Pedro era o mais rápido dos alunos.


Inferioridade: Pedro era o menos rápido dos alunos.

O grau superlativo absoluto indica uma qualidade tão superior ou inferior,


que ultrapassa a média que se espera, podendo ser analítico ou sintético.

O superlativo absoluto sintético ocorre quando se acrescenta um sufixo ao


adjetivo para intensificá-lo (-íssimo, -érrimo, entre outros de acordo com a
regra que se aplica à palavra).

O superlativo absoluto analítico ocorre quando se acrescenta uma palavra


junto ao adjetivo para intensificá-lo (muito, demais, imensamente,
intensamente etc.).

Superlativo absoluto sintético: Pedro era rapidíssimo.


Superlativo absoluto analítico: Pedro era muito rápido.
Locução adjetiva
O conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, assumem função de adjetivo na
sentença, qualificando outro termo. A locução adjetiva é comumente formada por
preposição e substantivo, que se juntam no contexto para qualificar outro termo,
assumindo função de adjetivo e formando a locução adjetiva. Observe:

Ele se acha muito crescido e diz que não gosta mais de livros de criança (=infantil)

O substantivo “livros” é especificado pelo termo “de criança”, que ganha função de
adjetivo no enunciado, sendo uma locução adjetiva.

Patrícia se queixou de dores de abdômen. (locução adjetiva)


Patrícia se queixou de dores abdominais. (adjetivo)
Produção
textual:
Relato de viagem:
Conta um fato já ocorrido (tempo
predominante - pretérito).
Ausência de conflito.
Segue uma sequência
cronológica, observando a lógica
da experiência.
Ler os relatos do cap. 1
Produção
textual:
Diário pessoal:
Neste tipo de relato, o registro se
dá pela cronologia do calendário.
A indicação precisa da data
busca marcar o tempo dos
acontecimentos e da escrita.
O diário é memorialista, subjetivo.
Linguagem.
Bons estudos!
Boa prova!

Profa. Angélica Benício

Você também pode gostar