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E
SIMBOLISMO
PARNASIANISMO (FINAL DO SÉC.XIX)
Principais autores:
Olavo Bilac (Nacionalismo: autor do “Hino à Bandeira”);
Alberto de Oliveira (poeta geladeira);
Raimundo Correia (filósofo);
Francisca Júlia.
PARNASIANISMO (POEMAS)
A um poeta
Longe do estéri l turbil hão da ru a,
Benedit ino esc rev e! No aconchego
Do cl austro, na paci ênc ia e no sossego,
Trabalha e t eima, e lima , e sof re, e sua!
Mas que na forma se di sfarc e o emp rego
Do esforç o: e trama vi v a se c onst rua
De t al modo, que a imagem fi que nua
R i ca mas sóbria, como um t empl o grego
Não se mostre na fábrica o supl ici o
D o mestre. E nat ural , o efeito agrade
Sem l embrar os andai mes d o edifí cio:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade
Arte pura, i nimiga do art ifí cio,
É a força e a gra ça na si mpl ici da de.
Olavo Bilac
PARNASIANISMO (POEMAS)
VASO CHINÊS
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
P r i n c i p a is a u t o r e s b r a s i l e i r o s :
Cruz e Souza
C a r a c t e ríst ic a s:
R e p re se n t a n t e m u n d i a l d o S im b o lism o ;
F a s c ín io p e la c o r b r a n c a , t a l v e z p e lo f a t o
d e se r n e g ro , f i l h o d e e sc r a v o s e t e r so f rid o
p r e c o nc e it o ra c i a l ;
T e m a s e sp iri t u a i s;
R e t r a t a ç ã o d a d o r e d o so f r i m e nt o ;
E x p o siç ã o d a c o n d i ç ã o d o n e g ro n a é p o c a ;
E r o t ism o .
A l p h o n su s d e G u i m a r ã e s
C a r a c t e ríst ic a s:
T e m a s m e la n c ó l i c o s, e n v o l v e n d o a d o r d a p e rd a ,
d e v i d o à m o rt e d e su a n o i v a ;
P r e s e nç a d e t r a ç o s d e p a i s a g e n s;
R e l i g io s id a d e ;
I d e a liz a ç ã o d o a m o r .
SIMBOLISMO (FINAL DO SÉC.XIX)
Alma solitária
Ó Alma doce e triste e palpitante!
que cítaras soluçam solitárias
pelas Regiões longínquas, visionárias
do teu Sonho secreto e fascinante!
Quantas zonas de luz purificante,
quantos silêncios, quantas sombras várias
de esferas imortais, imaginárias,
falam contigo, ó Alma cativante!
que chama acende os teus faróis noturnos
e veste os teus mistérios taciturnos
dos esplendores do arco de aliança?
Por que és assim, melancolicamente,
como um arcanjo infante, adolescente,
esquecido nos vales da Esperança?!
Cruz e Sousa
SIMBOLISMO (FINAL DO SÉC.XIX)
ISMÁLIA
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...