na França no final do século XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao positivismo da época. Seu marco inicial foi a publicação da obra “As Flores do Mal”, de Charles Baudelaire, em 1857. Os escritores do Simbolismo buscaram o resgate de alguns valores do Romantismo que foram esquecidos pelo Realismo. As características do simbolismo envolvem sobretudo, os aspectos místicos, espirituais, intuitivos e transcendentais da literatura simbolista.
Oposto ao realismo e naturalismo, a subjetividade do escritor
simbolista propõe a valorização do “eu”, da imaginação e da realidade subjetiva, em detrimento das descrições da realidade objetiva e de questões sociais, abordadas nos movimentos anteriores.
Assim, o simbolismo vem negar a lógica e a razão que,
anteriormente foi bem explorada por artistas realistas, naturalistas e parnasianos. Principais características ● Oposição ao racionalismo, materialismo e cientificismo. ● Negação dos valores do realismo e naturalismo. ● Misticismo, religiosidade e sublimação. ● Mistério, fantasia e sensualismo. ● Subjetivismo e individualismo. ● Linguagem fluida e musical. ● Aproximação da poesia e da música. ● Universo onírico e transcendental. ● Valorização da espiritualidade humana. ● Exploração do consciente e inconsciente. ● Combinações sonoras e sensoriais. A Noite Estrelada – Van Gogh (1889) – ● Uso de figuras de linguagem. Impressionismo (Foto: Reprodução) Ismália - Poesia No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar... E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava longe do céu... Estava longe do mar... Ecomo um anjo pendeu As asas para voar… Queria a lua do céu, Queria a lua do mar... Alma Solitária - Cruz e Sousa que chama acende Ó Alma doce e triste e palpitante! os teus faróis noturno que cítaras soluçam solitárias se veste os teus mistérios pelas Regiões longínquas,visionárias Taciturnos do teu Sonho secreto dos esplendores do e fascinante! arco de aliança? Quantas zonas de luz purificante, Por que és assim, quantos silêncios, melancolicamente, quantas sombras várias como um arcanjo infante, de esferas imortais, adolescente, imaginárias,falam contigo, esquecido nos vales da ó Alma cativante! Esperança?! Caminho (poema publicado na obra Clepsidra) Tenho sonhos cruéis; n'alma doente Porque a dor,esta falta d'harmonia, Sinto um vago receio prematuro. Toda a luz desgrenhada Vou a medo na aresta do futuro, que alumia Embebido em saudades As almas doidamente, do presente... o céu d'agora, Saudades desta dor que Sem ela o coração é quase nada: em vão procuro Um sol onde expirasse Do peito afugentar bem rudemente, a madrugada, Devendo, ao desmaiar sobre Porque é só madrugada o poente, quando chora. Cobrir-me o coração du véu escuro!... FIM!
“Ache belo tudo o que puder. A maioria das pessoas