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SIMBOLISMO

RESUMO
CARACTERÍSTICAS
 Subjetivismo;
 Linguagem vaga, fluida, que preza pela sugestão;

 Cultivo de formas fixas para o poema, especialmente


do soneto;
 Antimaterialismo;

 Misticismo, religiosidade;

 Sugestão

 Imprecisão;

 Sinestesias;

 Musicalidade.

 Maiúsculas alegorizantes.
 Pessimismo, dor de existir;
 Retomada de elementos do
Romantismo;
 Abundância de metáforas e figuras
sonoras;
 Interesse pelas zonas profundas da
mente humana e pela loucura.
CARACTERÍSTICAS
 Não racionalidade
 Subjetivismo, individualismo e
imaginação
 Espiritualidade e transcendentalidade
 Subconsciente e inconsciente
 Musicalidade e misticismo
 Figuras de linguagem: sinestesia,
aliteração, assonância
 Sinestesias - Na poesia simbolista era
comum a presença de sinestesias. A
sinestesia é uma figura de linguagem que
consiste na fusão de várias sensações,
sem que necessariamente haja lógica:
“Nasce a manhã, a luz tem cheiro...
Ei-la que assoma Pelo ar sutil ...
Tem cheiro a luz , a manhã nasce ...
Oh sonora audição colorida do aroma!”
Alphonsus de Guimaraens
 Espiritualismo e Misticismo - Para os
simbolistas a arte era uma forma de religião.
Os textos simbolistas apresentam muitas vezes
uma visão cristã. Era comum a distinção entre
corpo e alma e o desejo de purificação, de
sublimação: anulação da matéria para a
libertação da alma. Era também comum a
utilização de vocábulos ligados ao místico e ao
religioso, como missal, breviário, hinos, salmos,
entre outros.
 Sugestão - Para a arte simbolista mais
importante que nomear as coisas era sugeri-las.
Segundo os simbolistas os leitores é que
deveriam adivinhar o enigma de cada poema.

 Imprecisão - Atrelada à característica anterior,


a realidade deveria ser expressa de maneira
vaga e imprecisa. O Simbolismo buscava a
essência do ser humano, os estados da alma, o
inconsciente.
 Eugênio de Castro
 Eugênio de Castro é um autor português e foi o
responsável por inaugurar o Simbolismo
português. As obras de Eugênio de Castro
possuem versos livres, vocabulário erudito,
pessimismo e ambiguidade nos temas
trabalhados.
 Obras: Oaristo (1890), Horas (1891), Silva e
Interlúdio (1894).
 Apresentando uma visão extremamente pessimista de
mundo, a obra poética de Camilo Pessanha sugere
uma visão de mundo sobretudo marcada pela ótica da
ilusão e da dor.
 “O poeta – afirma o crítico Massaud Moisés -, dotado
de agudíssima sensibilidade, que se conhece e se
autoanalisa, só encontra motivo de ser naquilo de que
foge tanto: a Dor, causa e efeito, princípio e fim. É, por
isso, o poeta da Dor refinadamente sutilizada e
diafanizada, a ponto de se tornar ídolo:
 “Porque a dor, esta falta d’harmonia (...) / Sem ela o
coração é quase nada.”
 A percepção de mundo em Camilo Pessanha é
fragmentária, aparentemente desarticulada, expressa
através de sensações que o poeta considera sem
sentido. A desagregação formal parece corresponder à
desagregação do próprio poeta opiômano,
hipersensível e inadaptado.
 A intelectualização dos poemas de Camilo
Pessanha é marcada pelo pessimismo em relação
ao mundo, que lhe parecia em degenerescência. A
adesão do poeta à estética decadentista-
simbolista não era simples modismo – era
existencial.
 É constante a sensação de estranheza diante do
mundo, da alucinação, expressas numa
linguagem poderosa, sugestiva, tecida com
metáforas insólitas, símbolos, sinestesias e
intensa musicalidade (aliterações, assonâncias
etc.).
VEJA OS MAIORES REPRESENTANTES DO
SIMBOLISMO BRASILEIRO:

 Cruz e Sousa é
considerado não só o
maior poeta do
Simbolismo brasileiro,
mas também um dos
maiores representantes
do Simbolismo
mundial.
Cruz e Sousa era chamado de “O cisne negro” ou
“Dante negro”. Por ser negro foi vítima de muitos
preconceitos.
Partindo de seus sofrimentos enquanto homem
negro, alcançou a dor e o sofrimento do ser humano.
Suas poesias eram marcadas por um forte misticismo
e religiosidade, na busca de um mundo mais
espiritualizado. Outra característica interessante de
sua obra é a recorrência direta e indireta à cor
branca, vista na maioria das vezes como símbolo da
pureza. Cruz e Sousa escrevia muito sobre “véus
brancos”, “neve”, “luar”, “virginais brancores”, entre
outras sugestões.
OBRAS: MISSAL - BROQUEIS -
FARÓIS - EVOCAÇÕES - ÚLTIMOS
SONETOS
Temas básicos:
 A obsessão pela cor branca

 O erotismo sublimado

 O sofrimento da condição negra

 O sofrimento da condição humana

 Espiritualização e religiosidade

 Linguagem metafórica e musical


VEJA UM FRAGMENTO DE UM DE SEUS TEXTOS
MAIS CONHECIDOS: VIOLÕES QUE CHORAM (JAN.
1897)
Ah! plangentes violões dormentes, Sutis palpitações a luz da lua,
mornos, Anseio dos momentos mais
Soluços ao luar, choros ao vento... saudosos,
Tristes perfis, os mais vagos Quando lá choram na deserta rua
contornos, As cordas vivas dos violões
Bocas murmurejantes de lamento. chorosos.

Quando os sons dos violões vão


Noites de além, remotas, que eu soluçando,
recordo, Quando os sons dos violões nas
Noites da solidão, noites remotas cordas gemem,
Que nos azuis da Fantasia bordo, E vão dilacerando e deliciando,
Vou constelando de visões Rasgando as almas que nas
ignotas. sombras tremem.
[...]
 O violão representa uma voz que chora todo o
preconceito sofrido pelo poeta em vida. Violões
que Choram..., criado em janeiro de 1897
apresenta a inquietude e dilacerante
musicalidade dos versos que conduzem o
imaginário. O que o poeta enfrentou no seu
tempo, revive-se ainda hoje em cenas cotidianas
de dor, lamento e sofrimento; portanto, o violão é
o porta voz dos sonhos fatigados, da melancolia ,
da miséria humana, que choram os preconceitos
perenizados até os dias de hoje.
ALPHONSUNS DE GUIMARAENS

É o outro representante do
Simbolismo brasileiro. Seus textos
apresentavam uma temática
variada: a fuga da realidade, a
natureza, a religiosidade, o amor
espiritualizado,a mulher, muitas
vezes comparada à Virgem Maria.
CÂMERA ARDENTE - DONA MÍSTICA –
SEPTENÁRIO DAS DORES DE NOSSA SENHORA
Temas básicos:
 A morte da noiva

 A sublimação da perda da noiva através do misticismo


religioso
 A paisagem fantasmagórica das cidades mineiras

 Linguagem de rica musicalidade e, por vezes, litúrgica.


ISMÁLIA
(ALPHONSUS DE GUIMARAENS)
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar... E como um anjo pendeu
Viu uma lua no céu,
As asas para voar...
Viu outra lua no mar.
Queria a lua do céu,
No sonho em que se perdeu, Queria a lua do mar...
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu, As asas que Deus lhe deu
Queria descer ao mar...
Ruflaram de par em par...
E, no desvario seu, Sua alma subiu ao céu,
Na torre pôs-se a cantar... Seu corpo desceu ao ma
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

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