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REALISMO

CARACTERÍSTICAS
DO REALISMO
Oposição ao romantismo;
Temas polêmicos e sociais;
Personagens comuns;
Crítica a idealização dos
relacionamentos;
Objetividade e materialismo;
Linguagem detalhada;
Deboche em relação aos
lavores busgueses;
CONTEXTO
HISTÓRICO
"Então voltou contra ele todo o ódio

GUSTAVE FLAUBERT acumulado pelos seus aborrecimentos e


cada esforço que fazia para o reduzir servia
apenas para o aumentar, pois esse
esforço inútil ia acrescentar-se aos outros
motivos de desespero e contribuía ainda
para maior afastamento. A sua própria
docilidade lhe causava revolta. a
mediocridade
doméstica incitava-a a fantasias luxuosas; a
ternura matrimonial, a desejos adúlteros.
Preferiria que Charles lhe batesse, para
poder com mais justiça detestá-lo, vingar-se
dele. por vezes assustava-se com as atrozes
conjecturas que lhe vinham à ideia; e era
necessário continuar a sorrir, escutar as
suas próprias repetições de que ele era feliz,
fazer de conta que o era, dar a entender isso
aos outros!
Enojava-se, entretanto, daquela hipocrisia.
Tinha tentações de fugir com Léon
para qualquer parte, muito longe, tentar um
destino novo; mas logo se lhe abria na
alma um abismo de confusão, cheio de
negrume. "ainda por cima, não me ama",
pensava ela; "qual vai ser o meu futuro? que
ajuda posso esperar, que consolação, que
alívio?"
__
GUSTAVE FLAUBERT. LIVRO
"MADAME BOVARY"(1857)
MACHADO DE ASSIS
“Esta é a grande
vantagem da morte, que,
se não deixa boca para
rir, também não deixa
olhos para chorar…”
__ Machado de Assis.
Livro " Memórias Póstumas
de Brás Cubas" (1881)
NATURALISMO
CARACTERÍSTICAS
DO NATURALISMO
• Antirromantismo;
• Objetivismo;
• Impessoalidade;
• Cientificismo;
• Determinismo;
• Personagens patológicos;
CONTEXTO
HISTÓRICO
ALUÍSIO AZEVEDO
“Também cantou. E cada verso que vinha da sua
boca de mulata era um arrulhar choroso de pomba
no cio. E o Firmo, bêbedo de volúpia, enroscava-se
todo ao violão; e o violão e ele gemiam com o
mesmo gosto, grunhindo, ganindo, miando, com
todas as vozes de bichos sensuais, num desespero de
luxúria que penetrava até ao tutano com línguas
finíssimas de cobra.”

“Não era a inteligência nem a razão o


que lhe apontava o perigo, mas o
instinto, o faro sutil e desconfiado de
toda fêmea pelas outras, quando sente
seu ninho exposto”.

__ Aluísio Azevedo.
Livro 'O cortiço" (1890)
PARNASIANISMO
CARACTERÍSTICAS
DO PARNASIANISMO
Idealização da arte pela arte;
Preferência pela descrição;
Vocabulário culto;
Preocupação com a estética,
metrificação e versificação;
Preferência por estruturas
fixas (soneto);
Gosto pela mitologia greco-
latina;
Rejeição ao lirismo;
CONTEXTO HISTÓRICO
TRÍADE PARNASIANA

RAIMUNDO CORREIA OLAVO BILAC ALBERTO DE OLIVEIRA


OLAVO BILAC " Tu, grande Mãe!... do amor de teus filhos
escrava,
Para teus filhos és, no caminho da vida,
Como a faixa de luz que o povo hebreu guiava
À longe Terra Prometida.
Jorra de teu olhar um rio luminoso.
Pois, para batizar essas almas em flor,
Deixas cascatear desse olhar carinhoso
Todo o Jordão do teu amor.
E espalham tanto brilho as asas infinitas
Que expandes sobre os teus, carinhosas e
belas,
Que o seu grande clarão sobe, quando as
agitas,
E vai perder-se entre as estrelas.
E eles, pelos degraus da luz ampla e sagrada,
Fogem da humana dor, fogem do humano pó,
E, à procura de Deus, vão subindo essa
escada,
Que é como a escada de Jacó. "
___ OLAVO BILAC, POEMA "MATER".
LIVRO "POESIAS" (1888)
RAIMUNDO CORREIA
" Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada


Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,


Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,


Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais..."
__ Raimundo Correia.
Poesia "As pombas" (1889)
ALBERTO DE OLIVEIRA
“A maior parte das
composições são quadros
feitos sem outra intenção
mais do que fixar um
momento ou um aspecto.
Geralmente são curtos, em
grande parte sonetos, forma
que os modernos
restauraram, e luzidamente
cultivam [...]. Os versos do
nosso poeta são trabalhados
com perfeição.”

__Alberto de Oliveira.
Livro "Meridionais" (1884)

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