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Parnasianismo

Contexto

Revolução Abolição da Proclamação


Positivismo
Industrial Escravidão da República

Marco 1882 –
Determinismo Evolucionismo Marxismo Fanfarras,
Teófilo Dias
Arte pela
Arte!
Teoria que postula a
autonomia da arte, isto
a noção de que a arte
deve ter como único
objetivo proporcionar
prazer estético,
alheando-se de
quaisquer outros fins
ou valores.
E Vicente de Carvalho que não fazia parte
do clubinho...
Parnasiano ortodoxo

Contenção emocional
Alberto
de Tendência às descrições

Oliveira Sentimento de melancolia, saudade e


desespero

Principal obra: “Meridionais”


Aquele vaso é um estranho mimo
Alberto de Oliveira Vi-o, casualmente, uma vez, entre um leque e o
começo de um bordado sobre o mármor luzídio
de um contador perfumado
Vaso Chinês Vaso Grego
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Esta de áureos relevos, trabalhada
Casualmente, uma vez, de um perfumado De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Contador sobre o mármor luzídio, Já de aos deuses servir como cansada,
Entre um leque e o começo de um bordado. Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Fino artista chinês, enamorado, Era o poeta de Teos que a suspendia


Nele pusera o coração doentio Então, e, ora repleta ora esvazada,
Em rubras flores de um sutil lavrado, A taça amiga aos dedos seus tinia,
Na tinta ardente, de um calor sombrio. Toda de roxas pétalas colmada.

Mas, talvez por contraste à desventura, Depois… Mas o lavor da taça admira,
Quem o sabe?... de um velho mandarim Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas
Também lá estava a singular figura. Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,

Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a, Ignota voz, qual se da antiga lira
Sentia um não sei quê com aquele chim Fosse a encantada música das cordas,
De olhos cortados à feição de amêndoa. Qual se essa voz de Anacreonte fosse.
Príncipe dos poetas brasileiros

Subjetivismo e reflexão

Olavo Lirismo amoroso e erótico


Bilac
Crônicas e poemas infantis

Obra mais conhecida: Língua Portuguesa


Olavo Bilac
No meio do caminho, Divina Comédia
Nel mezzo del camim... Língua portuguesa
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada Última flor do Lácio, inculta e bela,
E triste, e triste e fatigado eu vinha. És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Tinhas a alma de sonhos povoada, Ouro nativo, que na ganga impura
E alma de sonhos povoada eu tinha... A bruta mina entre os cascalhos vela...

E paramos de súbito na estrada Amo-te assim, desconhecida e obscura.


Da vida: longos anos, presa à minha Tuba de alto clangor, lira singela,
A tua mão, a vista deslumbrada Que tens o trom e o silvo da procela,
Tive da luz que teu olhar continha. E o arrolo da saudade e da ternura!

Hoje segues de novo... Na partida Amo o teu viço agreste e o teu aroma
Nem o pranto os teus olhos umedece, De virgens selvas e de oceano largo!
Nem te comove a dor da despedida. Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

E eu, solitário, volto a face, e tremo, em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
Vendo o teu vulto que desaparece E em que Camões chorou, no exílio amargo,
Na extrema curva do caminho extremo. O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Hino à Bandeira
Composição: Olavo Bilac e Francisco Braga

Salve, lindo pendão da esperança!


Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz

Recebe o afeto que se encerra


Em nosso peito juvenil
Querido símbolo da terra
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas


Este céu de puríssimo azul
A verdura sem par destas matas
E o esplendor do Cruzeiro do Sul
Poeta das pombas

Raimundo Pessimismo (Schopenhauer)


Correia

Obra mais conhecida:


“Sinfonia”
Raimundo Correia
As pombas Mal Secreto
Vai-se a primeira pomba despertada... Se a cólera que espuma, a dor que mora
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas Na alma, e destrói cada ilusão que nasce,
De pombas vão-se dos pombais, apenas Tudo o que punge, tudo o que devora
Raia sanguínea e fresca a madrugada... O coração, no rosto se estampasse;

E à tarde, quando a rígida nortada Se se pudesse o espírito que chora


Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ver através da máscara da face,
Ruflando as asas, sacudindo as penas, Quanta gente, talvez, que inveja agora
Voltam todas em bando e em revoada... Nos causa, então piedade nos causasse!

Também dos corações onde abotoam, Quanta gente que ri, talvez, consigo
Os sonhos, um por um, céleres voam, Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como voam as pombas dos pombais; Como invisível chaga cancerosa!

No azul da adolescência as asas soltam, Quanta gente que ri, talvez existe,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, Cuja a ventura única consiste
E eles aos corações não voltam mais... Em parecer aos outros venturosa!
Poeta do mar

Vicente
de Traços românticos

Carvalho
Principal obra: “Poemas e
Canções”
Vicente de Carvalho
Só a leve esperança em toda a vida Palavras ao mar
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida, Mar, belo mar selvagem
Que uma grande esperança malograda. Das nossas praias solitárias! Tigre
A que as brisas da terra o sono embalam,
O eterno sonho da alma desterrada, A que o vento do largo eriça o pelo!
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada Junto da espuma com que as praias bordas,
E que não chega nunca em toda a vida. Pelo marulho acalentada, à sombra
Das palmeiras que arfando se debruçam
Essa felicidade que supomos, Na beirada das ondas - a minha alma
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos, Abriu-se para a vida como se abre
A flor da murta para o sol do estio.
Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos
HINO NACIONAL (DESDE 1922)

COMPOSIÇÃO

MÚSICA DE FRANCISCO MANOEL DA SILVA (1831)


LETRA DE JOAQUIM OSÓRIO DUQUE ESTRADA (1909)
HINO NACIONAL

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas (calmas, tranquilas, serenas)


De um povo heroico o brado (grito, clamor) retumbante (que ressoa,
ecoante)
E o sol da liberdade (independência), em raios fúlgidos (brilhantes,
luminosos),
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor (direito) dessa igualdade


Conseguimos conquistar com braço forte (com nossa firmeza),
Em teu seio (interior, âmago), ó liberdade,
Desafia o nosso peito (coração) a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada (adorada, venerada, amada),
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido (brilhante, resplandecente)
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso (belo) céu, risonho (repleto de promessas)
e límpido (claro),
A imagem do Cruzeiro (constelação Cruzeiro do Sul) resplandece (brilha).

Gigante pela própria natureza (desde que nasceste),


És belo, és forte, impávido (destemido) colosso (gigante)
E o teu futuro espelha (refletirá) essa grandeza.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil (generosa),


Pátria amada,
Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido (admirável, grandioso),
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras (cintilas, brilhas), ó Brasil, florão (ornato, enfeite) da
América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida (vistosa),


Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores.“

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro (bandeira) que ostentas (exibes) estrelado,
E diga o verde-louro (amarelo) dessa flâmula (bandeira)
- Paz no futuro e glória no passado.
Deitado eternamente em berço esplêndido (admirável, grandioso),
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras (cintilas, brilhas), ó Brasil, florão (ornato, enfeite) da
América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra, mais garrida (vistosa),


Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores.“

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro (bandeira) que ostentas (exibes) estrelado,
E diga o verde-louro (amarelo) dessa flâmula (bandeira)
- Paz no futuro e glória no passado.
VERSÃO SIMPLIFICADA
As margens tranquilas do riacho Ipiranga ouviram
Pela sua própria natureza és um
Um grito muito forte de um povo heroico, gigante,
E, nesse instante, Gigante corajoso, és belo, és forte,
O sol da liberdade brilhou no céu do Brasil, E o teu futuro vai ser grande como tu.
Com seus raios muito cintilantes.
Brasil, Pátria querida,
Nós conseguimos conquistar, com muitas lutas,Entre tantas outras nações,
A garantia de sermos iguais aos outros. Tu és a mais adorada.
Ó Liberdade,
Desafiamos a própria morte Brasil, Pátria amada,
Quando estamos junto a ti. És a mãe querida dos filhos
Que nasceram aqui!
Viva! Viva!
País amado e adorado.

Brasil, um sonho forte, como um raio muito luminoso,


De amor e de esperança desce à terra,
Se a imagem das estrelas do Cruzeiro do Sul,
Brilha em teu céu bonito, risonho e claro.
Localizado para sempre em terras magníficas, Mas se levantares a arma forte da
Banhado por um oceano e pela luz de um céu imenso,
justiça,
Brilhas, Brasil, joia das Américas, Verás que um brasileiro não foge de
Iluminado com o sol deste Continente. uma luta!
E quem te adora não tem medo nem
Teus campos, risonhos e lindos, da morte.
Têm mais flores do que a terra mais enfeitada.
Nossas florestas têm mais vida. Brasil, Pátria querida,
Nossa vida mais amores, Entre tantas outras nações,
Quando estamos junto de ti. Tu és a mais adorada.

Viva! Viva! Brasil, Pátria amada,


País amado e adorado. És a mãe querida dos filhos
Que nasceram aqui!
Brasil, que a tua bandeira estrelada
Seja um símbolo de amor eterno!
E que o verde-amarelo desta bandeira diga:
"Nós temos glórias no passado e no futuro teremos paz".

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