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Q: 15 A: .. %: ..
QUESTÃO 02
QUESTÃO 03
Os poetas do nosso Romantismo atestam
Considere as afirmações a seguir, referentes às três
diferentes estações do nosso nacionalismo e das
gerações da poesia romântica brasileira.
ideias, dominantes ou libertárias, que vicejaram ao
I. Gonçalves de Magalhães, com seus Suspiros
longo do século XIX. Há em Gonçalves Dias uma
poéticos e saudades, traduz fielmente, na forma e
exaltação do índio, que não hesitou em dotar de
nos temas, o espírito do Romantismo, sendo
algumas virtudes aristocráticas caprichosamente
considerado até hoje, pela crítica, como o maior
combinadas com as da vida natural; há em Castro
expoente da primeira geração.
Alves o voo de condor para ideais humanistas, em
II. Nos autores da segunda geração, como Álvares c) Pálida, à luz da lâmpada sombria,
de Azevedo e Casimiro de Abreu, o nacionalismo e Sobre o leito de flores reclinada,
o indianismo da geração precedente cedem lugar Como a lua por noite embalsamada,
a uma poesia marcada pelo individualismo, pela Entre as nuvens do amor ela dormia!
confissão íntima e pelo extravasamento subjetivo. d) Se eu morresse amanhã, viria ao menos
III. Em Castro Alves, representante principal da Fechar meus olhos minha triste irmã;
terceira geração, a poesia social e a defesa de Minha mãe de saudades morreria
causas humanitárias andam, lado a lado, com Se eu morresse amanhã!
poemas dedicados à mulher e ao amor sensual. e) Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Está correto apenas o que se afirma em: Não derramem por mim nem uma lágrima
a) I. Em pálpebra demente.
b) II.
c) III. QUESTÃO 05
d) I e II. Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso
e) II e III. sempre são suspeitos, mas no século XIX está o
molde do que nos acontece agora, com as
QUESTÃO 04 revoluções anárquicas da era da restauração
Outro traço importante da poesia de Álvares de pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a
Azevedo é o gosto pelo prosaísmo e o humor, que promessa libertária esgotada da Revolução
formam a vertente para nós mais moderna do Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo
Romantismo. A sua obra é a mais variada e sem centro, nascido da frustração com
complexa no quadro da nossa poesia romântica; experiências socialistas fracassadas. Nos dois
mas a imagem tradicional de poeta sofredor e casos, a revolta sem método, muitas vezes
desesperado atrapalhou a reconhecer a apolítica e suicida, substituiu a revolução
importância de sua veia humorística. racionalizada.
(Antonio Candido. “Prefácio”. In: Álvares de (VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)
Quand la mort est si belle, Il est doux de mourir. “Sofrer e amar essa dor” (ref. 2) explicitam a
Sofrer e amar essa dor IV. Não apenas no texto em análise, mas também
Quero em teus lábios beber V. O verso “Que noite, que noite bela!” remete o
I. O eu lírico, nos versos do poema, expressa seus Não gorjeiam como lá.
pela qual a poesia de Álvares de Azevedo não pode Nossas várzeas têm mais flores,
ser entendida como exemplo claro de um texto dito Nossos bosques têm mais vida,
Esse amor é tomado por uma subjetividade Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras, pela palavra através da literatura. Com base nesta
Onde canta o Sabiá. afirmação, marque a alternativa em que os versos
Minha terra tem primores, demonstrem este caráter condoreiro da
Que tais não encontro eu cá; comunicação do poeta fundamentado no uso da
Em cismar — sozinho, à noite — hipérbole.
Mais prazer encontro eu lá; a) Oh, Eu quero viver, beber perfumes
Minha terra tem palmeiras, Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Onde canta o Sabiá. Ver minh’alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n’amplidão dos mares,
Não permita Deus que eu morra, b) Tu és, ó filha de Israel formosa...
Sem que eu volte para lá; Tu és, ó linda, sedutora Hebreia...
Sem que desfrute os primores Pálida rosa da infeliz Judéia
Que não encontro por cá; Sem ter orvalho, que do céu deriva.
Sem qu'inda aviste as palmeiras, c) (...)
Onde canta o Sabiá. Ó mar, por que não apagas
Coimbra - julho 1843.
co'a esponja de tuas vagas
de teu manto este borrão?...
Considerando o texto, analise os itens a seguir:
Astros! Noites!Tempestades!
I. O eu lírico, na primeira estrofe, enaltece a sua
Rolai das imensidades,
“terra” de modo evidente.
Varrei os mares, tufão!
II. Na segunda, na terceira e na quarta estrofe, o eu
d) Canta, criança, és a ave da inocência.
lírico volta atrás quanto ao que foi dito na primeira
Tu choras porque um ramo de baunilha
estrofe.
Não pudeste colher,
III. “Minha terra tem palmeiras” é uma expressão
Ou pela flor gentil da granadilha*?
utilizada de modo elogioso pelo eu lírico.
*o mesmo que maracujá
IV. Na segunda estrofe, o eu lírico assinala que a
e) Se a natureza apaixonada acorda
vida “lá” é melhor que a vida “cá”.
Ao quente afago do celeste amante,
V. Na última estrofe, o eu lírico clama a Deus para
Diz!... Quando em fogo o teu olhar transborda,
não morrer sem que veja as palmeiras e ouça o
Não vês minh'alma reviver ovante?
canto do Sabiá.
QUESTÃO 09
Estão CORRETOS
Em relação à produção literária de Gonçalves Dias
a) I, II e III.
e Castro Alves, ambos preocupados, em suas
b) I, II e IV.
temáticas, com a problemática das etnias, que
c) I, III e V.
determina o homem brasileiro como ser
d) II, III e IV.
culturalmente híbrido, analise as afirmativas e
e) III, IV e V.
coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.
( ) A poética de Gonçalves Dias trata do homem
QUESTÃO 08
indígena em sua essência, apresentando-o
A literatura, ao longo dos anos, tem sido veículo de
integrado aos aspectos culturais de seu grupo.
comunicação entre o sujeito e o mundo. A poesia
( ) A poética de Castro Alves toma como princípio a
de Castro Alves intitulada Condoreira é uma forte
defesa dos negros, escravos que eram
representante do poder comunicativo exercido
vendidosaos colonos no Brasil para serem Ela, chorando mais que uma criança,
explorados pelos senhores, principalmente no Ela em soluços murmurou-me: “adeus!”
plantio da cana e no fabricodo açúcar. Quando voltei... era o palácio em festa!...
( ) Tanto Gonçalves Dias quanto Castro Alves E a voz d’Ela e de um homem lá na orquestra
ficaram alheios às questões históricas brasileiras, Preenchiam de amor o azul dos céus.
pois produziram poemas de tonalidade épica, Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa!
embora neles não fossem contempladas as Foi a última vez que eu vi Teresa!...
temáticas indígenae abolicionista. E ela arquejando murmurou-me: “adeus!”
( ) Nos poemas líricos, eles exaltaram o sentimento (Castro Alves. Espumas flutuantes, 1997.)
“É um livro de poesias escritas segundo as ( ) Escrevi porque a alma tinha cheia Numa insônia
impressões dos lugares; ora assentado entre as que o spleen entristecia De vibrações convulsas de
dos impérios; ora no cimo dos Alpes, a imaginação ( ) Adeus meus sonhos, eu pranteio e morro! Não
vagando no infinito; ora na gótica catedral, levo da existência uma saudade! (Álvares de
admirando a grandeza de Deus; (...) ora, enfim, Azevedo)
refletindo sobre a sorte da Pátria, sobre as paixões
dos homens, sobre o nada da vida.”
A correspondência correta entre os fragmentos e
Nesse fragmento incluem-se convicções suas características ultrarromânticas resulta na
românticas quanto à importância seguinte sequência:
a) da religiosidade pagã e do realismo nas
a) (4) (5) (2) (1) (3).
análises da sociedade.
b) (4) (5) (3) (2) (1).
b) do progresso material e da evolução da ciência.
c) (5) (4) (1) (2) (3).
c) dos valores nacionalistas e da fé cristã.
d) (4) (5) (2) (3) (1).
d) do repúdio à barbárie e do otimismo da
e) (1) (4) (5) (3) (2).
civilização ocidental.
QUESTÃO 15