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É uma caixa
composta por paredes opacas, que possui um orifício em um dos lados, e na parede
paralela a este orifício, uma superfície fotossensível é colocada.
O funcionamento da
câmara escura é de natureza física. O princípio da propagação retilínea da luz permite
que os raios luminosos que atingem o objeto e passem pelo orifício da câmara sejam
projetados no anteparo fotossensível na parede paralela ao orifício. Esta projeção produz
uma imagem real invertida do objeto na superfície fotossensível. Quanto menor o
orifício, mais nítida é a imagem formada, pois a incidência de raios luminosos vindos de
outras direções é bem menor.
Muitas câmaras escuras foram produzidas ao longo da história, desde câmaras enormes,
do tamanho de quartos, até câmaras pequenas. Existem poucas no mundo hoje, mas é
possível ver algumas em Grahamstown na África do Sul, Bristol na Inglaterra,
Kirriemuir, Dumfries e Edinburgh na Escócia, Santa Monica e São Francisco na
Califórnia e no Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.
https://www.youtube.com/watch?v=9JBs4T-sd6E
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Pouco tempo depois, são dadas a conhecer as vantagens da
lanterna mágica por Jean-Paul Marat, numa comunicação feita à
Academia, mas as suas palavras não produziram qualquer efeito, o
mesmo sucedendo a Émile Raynaud, inventor do teatro óptico, por
volta de 1873, que recorreu a projecções para ilustrar os seus cursos.
Curiosamente, um escritor português faz referência, em meados do
século XIX, à utilização da lanterna mágica como recurso educativo.
Na obra A cidade e as serras, Eça de Queirós é o primeiro entre nós
a sugerir o emprego das imagens projectadas por meio de uma
lanterna mágica como uma forma eficaz de ensinar adultos
analfabetos. Aliás, Jacinto, a personagem queirosiana que decide
iniciar uma actividade educativa junto dos habitantes da sua região,
pensa não apenas no recurso às imagens projectadas como forma de
educação, mas também na utilização de livros com estampas:
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educativos englobado pela expressão «meios audiovisuais», sendo a
técnica da projecção fixa, no dizer de H. Dieuzeide, «aquela que
possibilita mais facilmente uma base de lição e de estudo colectivo
aprofundado, sob o controlo do professor, para todas as disciplinas
documentais e a qualquer nível (...).4[4]»