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História da Fotografia

A primeira descrição de algo parecido com uma máquina fotográfica foi escrita por um árabe, Alhaken de Basora,
que viveu há aproximadamente 1000 anos. Ele descobriu como se formavam as imagens no interior de sua tenda
quando a luz do sol passava pelas frestas do tecido. Assim foram relatados os princípios do que viria a ser a
câmera fotográfica.

Câmera significa pequeno quarto. Mais tarde, a câmera escura, quando n ão existia a fotografia, era um artifício
empregado para conseguir imagens projetadas desde o exterior e cujas siluetas eram desenhadas na referida
câmera escura. Sua existência é conhecida desde o século XVI, quando artistas como Leonardo Da Vinci e outros
pintores a usavam para desenhar.

No século XVII, as câmeras escuras deixam de ser grandes e passaram a ser móveis, desmontáveis e
semiportáteis. Desenhar com luz, este, na verdade, era a utilidade destes objetos, por isso o significado
etimológico das palavras gregas: foto (luz) e grafein (desenhar).

Os irmãos franceses Jean Niceforo e Claude Niepce são os primeiros a relacionar a imagem realizada com luz e
uma câmera escura. Mas eles não foram os únicos investigadores desta atividade, em que pese que foram os
únicos a chegar ao fim de esta prática.

Mais tarde, o artista francês Louis Jaques Mandé Daguerre (1789 – 1851) trabalhou, durante anos, em um
sistema para conseguir que a luz incidisse sobre uma suspens ão de sais de prata, de tal maneira que a
escurecesse seletivamente e fosse capaz de produzir a duplicaç ão de alguma cena. Em 1839, Daguerre tinha
aprendido a dissolver os sais, o que permitia gravar permanentemente a imagem.

Mesmo o avanço tendo sido notável, levava de 25 a 30 minutos para tirar uma fotografia, e se houvesse sol. Mas
este não era seu principal inconveniente, senão a dificuldade de obter cópias. E foi outro inventor, William Henry
Talbot (1800 – 1877), que fazia experiências com o que chamou de calótipos, que superou o problema em 1841.
Com seus calótipos obtinham-se negativos que logo deveriam ser passados aos positivos em outras folhas. Em
1844, foi publicado o primeiro livro com fotografias.

A partir de então, as investigações se concentraram em conseguir um papel para os negativos que fosse
suficientemente sensível para ser rapidamente impresso.

Só depois de alguns avanços científicos foram obtidas fotografias coloridas. Gabriel Lippman foi o primeiro
investigador que mediante um complexo método conseguiu fotografar o espectro visível com toda sua riqueza
cromática. Os irmãos Lumière também contribuíram, mas foram Luis Ducos du Hauron e Carlos Cross as pessoas
que criaram um método que consistia na impressão de três negativos através de filtros coloridos em vermelho e
azul.

História do Cinema

Foi no final do século XIX, em 1895, na França, os irm ãos Louis e Auguste Lumière inventaram o cinema. Na
primeira metade deste século a fotografia já havia sido inventada por Louis-Jacques Daguerre e Joseph Nicéphore
Niepce, possibilitando esta criação revolucionária no mundo das artes e da indústria cultural: o cinema.

Para se chegar à projeção cinematográfica atual, muitos processos de investigaç ão foram feitos em relaç ão aos
fundamentos da ciência óptica. Já vem dos primórdios da humanidade a necessidade de registrar movimentos
através de pinturas e desenhos nas paredes. Há aproximadamente sete mil anos atrás, no oriente, os chineses já
projetavam sombras de diferentes figuras recortadas e manipuladas sobre a parede, um jogo de sombras,
próprio do seu teatro de marionetes. No século XV, Leonardo da Vinci realizou trabalhos utilizando a projeç ão da
luz na superfície, criando a Câmara Escura, que era uma caixa fechada, possuindo um orifício com uma lente,
local destinado a passagem da luz produzida pelos objetos externos. A imagem refletida no interior dessa caixa
era a inversão do que se via na realidade. Mais adiante, no século XVII, O alem ão Athanasius Kirchner criou a
Lanterna Mágica, objeto composto de um cilindro iluminado à vela, para projetar imagens desenhadas em uma
lâmina de vidro.

No século XIX, muitos aparelhos que buscavam estudar o fenômeno da persistência retiniana foram construídos,
este fenômeno é o que mantém a imagem em fração de segundos na retina. Joseph-Antoine Plateau foi o
primeiro a medir o tempo da persistência retiniana, concluindo que uma ilus ão de movimento necessita de uma
série de imagens fixas, sucedendo-se pela razão de dez imagens por segundo. Plateau, em 1832, criou o
Fenacistoscópio, apresentando várias figuras de uma mesma pessoa em posiç ões diferentes desenhadas em um
disco, de forma que ao girá-lo, elas passam a formar um movimento.

Criado pelo francês Charles Émile Reynaud o Praxinoscópio foi um invento importante para o surgimento do
cinema. Este aparelho era um tambor giratório com desenhos colados na sua superfície interior, e no centro
deste tambor havia diversos espelhos. Na medida em que girava-se o tambor, no centro, onde ficavam os
espelhos, via-se os desenhos se unindo em um movimento harmonioso. Dentre outros inventos, há o
Cinetoscópio, inventado por Thomas A. Edison, que consistia em um filme perfurado, projetado em uma tela no
interior de uma máquina, na qual só cabia uma pessoa em cada apresentaç ão. A projeç ão precisava ser vista por
uma lente de aumento.

Em 1890, Edison projeta diversos filmes de seu estúdio, aos quais encontra-se “Black Maria”, considerado o
primeiro filme da história do cinema. É a partir do aperfeiçoamento do Cinetoscópio, que o Cinematógrafo é
criado pelos irmãos Louis e Auguste Lumière, na França, em 1895. O cinematógrafo era ao mesmo tempo
filmador, copiador e projetor, e foi considerado o primeiro aparelho realmente qualificado de cinema. Louis
Lumière foi o primeiro cineasta a realizar documentários em curta metragem na história do cinema. O primeiro se
intitulava “Sortie de L’usine Lumière à Lyon” (Empregados deixando a Fábrica Lumière), e possuia 45 segundos de
duração. Neste mesmo ano de 1895, Thomas Edison projeta seu primeiro filme, “Vitascope”.

O americano Edwin S. Porter, apropriou-se dos estilos documentarista dos irm ãos Lumière e os de ficç ão com uso
de maquetes, truques ópticos, e efeitos especiais teatrais de Georges Méliès, para produzir “Great Train Robbery”
(O grande roubo do trem), em 1903, um modelo de filme de aç ão, obtendo êxito e contribuindo para que o
cinema se popularizasse e entrasse para a indústria cultural.

A indústria cinematográfica atual é um mercado exigente e promissor para diferentes áreas do saber. N ão s ão
apenas os atores e atrizes que brilham nas cenas que s ão apresentadas a um público local e internacional, pois a
realização de um filme precisa englobar uma equipe de trabalho. Na construç ão e realizaç ão de um filme existem
os seguintes profissionais: o “roteirista” que escreve a história e as narrativas dos personagens, ou melhor, os
diálogos; o “diretor” que tem a função de coordenar, direta e indiretamente, o trabalho de todas as pessoas
envolvidas com o filme, da concepção à finalização; o “diretor de fotografia”, um profissional de artes visuais com
sensibilidade e competência para decidir como iluminar uma cena, que lentes ser ão melhores para determinados
ângulos, o tipo de filme a ser rodado, entre outras atribuiç ões; há quem seja responsável pela trilha sonora do
filme, que é o “compositor musical”, ele é quem fica responsável por contribuir para o clima pretendido pelo
diretor; O “produtor” é a pessoa ou grupo de pessoas que se encarrega de viabilizar a realizaç ão do filme,
buscando patrocínios e parcerias, e ainda, tratando da parte burocrática que envolve toda a equipe.

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