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Juliana Bezerra
Professora de História
Origem da Fotografia
As primeiras experiências fotográficas de químicos e alquimistas datam de cerca 350
a.C. Todavia, foi em meados do século X que o árabe Alhaken de Basora percebeu a
natureza das imagens que se projetavam no interior de sua tenda trespassada pela luz
solar.
Por sua vez, o farmacêutico sueco Carl Wilhelm Scheele (1742-1786) viria a corroborar
esta descoberta em 1777, ao demonstrar o enegrecimento de sais expostos à ação da luz.
No ano de 1725, foi a vez do cientista alemão Johann Henrich Schulze (1687-1744)
projetar uma imagem durável numa superfície. Por conseguinte, o químico britânico
Thomas Wedgwood (1771-1805) realizou no início do século XIX experimentos
semelhantes.
Evolução da Fotografia
Muitos foram os pioneiros que pesquisaram como fixar uma imagem no papel. "Tirar
fotografia", "fazer um retrato" tornou-se moda entre todas as classes sociais na segunda
metade do século XIX.
A primeira fotografia propriamente dita foi obra do francês Claude Niépce (1763-1828).
Ele estudava as propriedades do cloreto de prata sobre papel desde 1817 e obteve sua
grande obra no verão de 1826.
Daguerreótipo
Por sua vez, outro francês, Louis Jaques Mandé Daguerre (1789-1851) desenvolveu este
sistema. Alguns anos depois, criou o aparelho que leva seu nome, o “daguerreótipo”,
que era capaz de gravar imagens permanentes.
O daguerreótipo era uma caixa
enorme que captava a imagem através da lente e a gravava sobre o vidro
Calótipo
Em 1840, o químico inglês John F. Goddard (1795-1866), criou lentes com maior
abertura. No ano seguinte, o escritor e cientista inglês William Henry Fox Talbot (1800-
1877) criou o "calótipo", aperfeiçoando o processo de fixação de imagens.
Por fim, o francês Ducos du Hauron (1837-1920) desenvolveu uma forma de imprimir
três negativos com filtros coloridos em vermelho e azul.
Primeira fotografia feita por Ducos du Hauron, em Agen, em 1877. Ao fundo, a catedral
de Saint-Caprais
Em 1871, o método de emulsão seca de brometo de prata em colódio foi aperfeiçoado
pelo médico inglês Richard Leach Maddox (1816-1902), que substituiu o colódio por
placas secas de gelatina.
Popularização da Fotografia
Durante o século XIX, a fotografia começa a fazer parte do dia a dia, mas apenas os
fotógrafos profissionais, que trabalhavam em estúdios, conseguiam comprar um
aparelho.
Outra inovação da Kodak seria a criação da câmera digital DCS 100 em 1990, uma
máquina digital de fácil manipulação e barata.
Aqui se inicia uma era de gravações digitais de imagens a partir de uma câmera digital
ou de telefones celulares. Sem o suporte do papel, as imagens podem ser armazenadas
em computadores ou na web, para serem “infinitamente” editadas, impressas e
difundidas.
Desta maneira, vemos que a fotografia não foi um invenção isolada, mas fruto de vários
pesquisadores, que ao mesmo tempo perseguiam o mesmo objetivo.
O abade francês Louis Compte fez demonstrações ao então jovem imperador Dom
Pedro II, que fica maravilhado com o invento. O soberano passou a colecionar
daguerreótipos, posava constantemente para retratos e inclusive teve diversos fotógrafos
oficiais que deixaram inúmeros registros da família imperial e do Brasil.
Curiosidades
Considerado o maior colecionador de fotografias do século XIX, Dom Pedro II não
teve tempo de levar sua preciosa coleção para o exílio. Meses mais tarde, doou seu
acervo de mais de 25 mil imagens à Biblioteca Nacional, com uma condição: que o
conjunto levasse o nome da Imperatriz Teresa Cristina.
O dia da Fotografia é celebrado em 19 de agosto quando o francês Louis Daguerre
apresenta seu invento na Academia de Ciências da França, em 1839. No mesmo ano, o
Estado francês declara o daguerreótipo como um bem de domínio público.
CRONOFOTOGRAFIA
21 de junho de 2015
FELIPE BAEZA /
Uma das primeiras iniciativas nessa área vem do campo da astronomia. É a partir das
investigações do cientista Jules Janssen (1824-1907), que em 1874, através da invenção
de um Revólver Fotográfico, permite esclarecer o deslocamento do planeta Vênus
diante do Sol em um cenário coincidente das órbitas planetárias. , que ocorre algumas
vezes a cada século (a próxima ocasião será o ano de 2117). A utilidade de observar o
deslocamento de Vênus aparado como uma silhueta em frente ao sol está na
possibilidade de calcular, por triangulação e comparação matemática dos dados, a
distância entre o sol e o planeta Terra, o que é conhecido como unidade
astronômica. Isso, por sua vez, afeta a possibilidade de conhecer o tamanho do nosso
sistema planetário.
O revólver Janssen aparece como uma aposta científica necessária para a resolução de
um problema que a coordenação olho-mão normal não conseguiu esclarecer. O detalhe
de sua operação implica a relação de discos perfurados que selam e capturam as
diferentes fases de um movimento em intervalos regulares. Para o experimento com
Vênus, 48 imagens foram tiradas na mesma placa circular por um tempo total de 72
segundos.
1 Ilustração do experimento de Jules Janssen e seu rifle fotográfico
A idéia do gesto inútil ou da aposta errada (mas executada com convicção e perfeição)
como ponto de partida para habitar tarefas estéticas e criativas que nascem relacionadas
a disciplinas científicas é salvável.
Muybridge realiza várias sessões de captura sobre esse assunto durante os anos de 1872,
1873, 1877 e 1879.
A resposta é que as quatro pernas permanecem no ar por uma fração de segundo.
O processo envolve o fornecimento de uma série de câmeras em linha reta, que são
desencadeadas pelo corte de cordas que ficam no galope do cavalo, cada corte
correspondendo à aquisição de uma parte do movimento, entendendo que o caminho
lógico para Compreender o movimento é sua decomposição.
Muitos dos primeiros resultados de Muybridge são retocados à mão para destacar a
silhueta do cavalo (como se estivesse passando na frente do sol) e aprimorar o resultado,
a fim de enfatizar a resposta que a ferramenta cronofotográfica oferece para construir
uma interpretação criteriosa que Média de tecnologia e habilidade, criando um novo
cenário “imparcial” curioso para a compreensão da natureza.
3 Resultados retocados das capturas de Muybridge no deslocamento de cavalos
O dispositivo construído por Lucien Bull durante 1904 envolve um sistema complexo,
onde um curto-circuito constante atua como uma pequena luz estroboscópica capaz de
interromper o vôo de um inseto em mais de 1000 instantes. Os curtos-circuitos
sucessivos são coordenados e surgem da rotação do motor que move o filme
fotossensível na frente do obturador estereoscópico. Uma lente concentra e otimiza a
quantidade de luz na centelha elétrica direcionada ao modelo.