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C) TÉCNICAS DE EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO VISUAL

INTRODUÇÃO À FOTOGRAFIA

AUTORA
KASMIN BISCARO ALVES CARNEVALI
Técnicas
de expressão e
Introdução Comunicação Visual
Introdução
O material didático que apresentamos a você contém os À Fotografia
Introdução
conhecimentos históricos, técnicos e estéticos sobre fotografia. Ao final Palavras da autora
de cada unidade, será apresentada uma atividade prática com a finalidade
de garantir sua aprendizagem no domínio das técnicas de fotografia. O
conteúdo do caderno foi desenvolvido em quatro unidades, conforme
especificação abaixo.
Na Unidade 1, vamos entrar em contato com os aspectos
históricos da evolução da fotografia, seus avanços técnicos e os
procedimentos utilizados desde o seu aparecimento até os dias atuais.
Em seguida, na Unidade 2, vamos conhecer as técnicas
da produção fotográfica, a tecnologia das câmeras, os acessórios e a
apresentação da fotografia.
Na Unidade 3, nos desdobraremos na prática fotográfica,
conhecendo os recursos do equipamento fotográfico e o seu uso, juntamente
com as orientações estéticas e técnicas.
Na Unidade 4, você conhecerá a parte da pós-produção em
fotografia, quando se fará considerações sobre a edição.
Orientamos a todos que, além do conhecimento teórico, se
esforcem em realizar as atividades práticas ao final de cada lição.

Palavras da professora autora


Caro aluno,
Olhe ao seu redor e observe as coisas que estão ao alcance do
seu campo visual: a paisagem, as construções, as pessoas e os pequenos
objetos que elas usam e carregam. Dentre essas coisas, pode ser que você
resolva registrar para mostrar aos seus amigos e parentes. A fotografia é
uma das formas mais utilizadas para registrar os cenários e as situações
que as pessoas consideram importantes.
É praticamente impossível em nossa sociedade atual passar um
dia sem ver ao menos uma fotografia. Elas estão em todos os lugares:
na nossa casa, em nossos porta-retratos e álbuns, na publicidade, nas
revistas, nos livros em pôsteres e nas peças de arte. A importância da
fotografia é comprovada pela sua presença constante no nosso cotidiano.
Espero que o conteúdo da disciplina Técnicas de Expressão e
Comunicação Visual – Introdução à Fotografia sirva de apoio didático aos
colegas em suas disciplinas, atividades pedagógicas e produção artística
e contribua para que você domine as técnicas utilizadas no registro e
na produção fotográfica. Lembre-se de que a finalidade deste caderno
é oferecer aos acadêmicos de Artes os conhecimentos necessários à sua
formação profissional e artística.
Seja bem vindo ao nosso curso!
Kasmin Biscaro Alves Carnevali

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Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Orientações para estudo
Introdução
À Fotografia
Orientações
Caro aluno,
para estudo
Ementa
Você já percebeu que nas laterais externas das páginas deste
caderno há uma linha vertical cinza. Esta linha não tem apenas uma
função estética, ela divide a página em duas áreas úteis, convencionadas
aqui como coluna de conteúdo e coluna de atividades. Na coluna de
conteúdo, a que consta o texto que você está lendo, serão inseridos os
conteúdos de nossa disciplina. Na coluna de atividades, serão propostos
alguns exercícios e leituras complementares. Cada exercício estará
ao lado do texto correspondente na coluna de conteúdo. Mais adiante
explicaremos detalhadamente a função de cada coluna.
As palavras em cor vermelha encontram-se no glossário, ao final
deste estudo. Alguns autores, também destacados em cinza, se encontram
no índice onomástico no final deste material.
Sugiro que antes de proceder aos exercícios propostos, você
leia também o manual da sua própria câmera, para que encontre mais
rapidamente as funções comentadas nas aulas.
É adequado possuir uma câmera com funções manuais, quanto
menos automática for sua câmera, melhor será sua compreensão das
noções de luz e movimento.
Lembre-se de que a prática leva à perfeição. Por isso, tenha
sempre uma câmera por perto e não tenha medo de fotografar qualquer
coisa em quantidade para praticar os procedimentos apresentados.

Ementa
Princípio fotográfico e a ampliação em papel. Exposição e revelação no
processo fotográfico. Produtos químicos.

Objetivos de ensino-aprendizagem
1. Mostrar compreensão do processo histórico que conduziu
ao aparecimento da fotografia como meio de registro e apreensão da
realidade através de atividades;
2. Identificar os procedimentos técnicos utilizados na produção
da imagem fotográfica;
3. Fornecer os conhecimentos e as técnicas necessárias à
produção de imagens fotográficas de qualidade estética;
4. Demonstrar os procedimentos de revelação, cópia, impressão
e apresentação da fotografia;

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Técnicas
de expressão e
5. Usar a imagem fotográfica em meios diversos e em variadas Comunicação Visual
Introdução
aplicações; À Fotografia
Unidade1
6. Apresentar a fotografia como um material de apoio História da Fotografia

multidisciplinar.

Unidade 1 História da Fotografia

Síntese: Nesta unidade você estudará a história da fotografia e a sua


relação direta com as possibilidades tecnológicas.

No item 1 você conhecerá o funcionamento de uma câmera


escura que é a base da câmera fotográfica, e poderá perceber o quanto
esta ferramenta é simples. Ela é uma caixa fechada e escura que possui
uma pequena entrada de luz em uma extremidade, e um dispositivo
sensível à luz em outra. Em toda sua evolução tecnológica, esse princípio
é o mesmo para todas as câmeras.
O maior desafio da invenção da fotografia foi registrar a imagem
refletida dentro da câmera, e quem começou este processo foi Niépce
com sua heliografia, tema que será estudado no item 2. O seu sócio
inventou o daguerreótipo, tema do item 3.
Nesta época, a imagem fotográfica era única e trabalhosa, feita
em superfícies como vidro e metal. A invenção da superfície flexível e da
cópia, a partir de negativos acontece com Fox Talbot e Hecules Florence,
tema dos itens 4 (Talbot) e 5 (Florence).

A câmera escura
A câmera escura tem uma pequena abertura que funciona como
uma lente convergente que, ao passar a luz, possibilita uma visão precisa
do mundo externo. A luz é uma energia eletromagnética que se propaga
em linha reta. Quando a luz passa pelo orifício da câmera escura, reflete
os pontos de luz do objeto a sua frente, invertendo a imagem vertical e
horizontalmente, conforme Fig. 01.

Fig. 01 – Ilustração de funcionamento de luz numa câmara escura.


Fonte: Adaptação da autora (2011).

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Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual A câmera escura foi usada por artistas durante muito tempo,
Introdução
À Fotografia para desenhar e pintar com exatidão objetos, pessoas e paisagens. No
Unidade1
História da Fotografia processo, o artista olhava por uma tampa de vidro sobre a caixa, dentro
dela havia um espelho que corrigia a inversão da imagem refletida, o
desenho era feito copiando essa imagem, conforme a Figura 02.

Fig. 02 - Artista do séc. XVII usando câmera escura para desenhar.


Fonte: Câmara escura tipo caixão (2011).

Vejamos a cronologia aproximada da origem da câmara escura:


• Século V a. C. - O estudioso Mo Tzu, na China, e o filósofo
Aristóteles (384-322 a. C.), na Grécia, elaboraram, separadamente, as
primeiras teorias sobre a câmera escura, que nada mais era do que um
quarto (câmara) fechado com um pequeno buraco na parede;
• 965-1038 - Um erudito árabe chamado Alhazem realizou
pesquisas sobre o sol, usando a câmera escura. É creditada a ele a sua
invenção;
• A expressão câmera escura vem do latim camera obscura,
e foi usada pelo astrônomo Johannes Kepler, em 1604, no tratado Ad
Vitellionem Paralipomena sobre ótica;
• A câmera escura portátil apareceu no século XVI, com lentes
e um orifício maior;
• Nos séculos XVI e XVII as câmeras escuras portáteis passaram
a ser usadas por pintores, como Canaletto e Jonhanes Vermeer;
• No século XIX foram feitas as primeiras experiências das
câmeras escuras com materiais fotossensíveis, convertendo-se em
câmeras fotográficas.

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Técnicas
de expressão e
A primeira imagem fotográfica Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade1
História da Fotografia

Fig. 03 - Primeira Fotografia - Joseph Nicéphore Niépce, 1826.


Fonte: Primeira Fotografia...(2011).

• Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833), um abastado oficial


da marinha francesa deixou o exército para tornar-se inventor aos 40 anos;
• Em sua época, o meio de reprodução de imagens era a
litografia, um método de impressão que utiliza pedra como matriz. Como
Niépce não sabia desenhar, tentou obter através da câmera escura uma
imagem permanente sobre o material litográfico de imprensa. Ele usou
cloreto de prata como emulsão sensível à luz e deixou em exposição por
várias horas na câmera escura, então obteve uma imagem fraca que foi
fixada com ácido nítrico;
• Suas primeiras imagens foram chamadas de heliografia (de
hélios – sol), e eram impressas em negativo;
• Em 1826, Niépce conseguiu obter a primeira imagem em
positivo da janela do sótão de sua casa na França. Desta vez, ele utilizou
placas de metal revestidas de prata;
• Na época, ao informar a invenção ao rei Jorge IV e à Royal
Society, ele omitiu partes do processo da heliografia por excesso de
cautela e não conseguiu a patente. No entanto, ao associar-se ao inventor
francês Louis-Jaques-Mandé Daguerre (1787-1851), Niépce entregou todo
o processo;
• Niépce morreu em 1833, deixando sua obra nas mãos de
Daguerre, que passou para a história devido a um golpe de sorte.

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Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Daguerreótipo
Introdução
À Fotografia
Unidade1
História da Fotografia

Fig. 04 – Daguerreótipo.
Fonte: Daguerreotipo...(2011).

• Seguindo com as experiências de Niépce, Daguerre acabou


encontrando uma solução por acidente. O inventor esqueceu uma placa
emulsionada com iodeto de prata fechada em um armário. No dia seguinte
ele encontrou uma imagem revelada na placa. Intrigado com os produtos
que estavam no armário, concluiu, por eliminação, que a imagem tinha
sido revelada por mercúrio;
• Em 1837, Daguerre padroniza o Daguerreótipo. Apesar do
instrumento apresentar problemas, ele é rapidamente aclamado.

Problemas do daguerreótipo
• Tempo de exposição muito longo (de 15 a 30 minutos);
• Imagem fraca e espelhada;
• A imagem era revelada em uma chapa dura que continuava
sensível à luz, desaparecendo rapidamente. O fixador encontrado para
resolver o problema foi uma solução de sal de cozinha aquecida, em que
se mergulhavam as chapas;
• Daguerre, em 1839, vendeu sua invenção ao governo francês
e passou a receber uma renda vitalícia de 6000 francos anuais, já Isidore
Niépce, filho de Nicéphore, passou a receber 4000 francos. Posteriormente,
o daguerreótipo foi declarado pelo governo francês como domínio público;
• Neste mesmo ano, um processo fotográfico distinto foi
anunciado por William Henry Fox Talbot, na Inglaterra;

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Técnicas
de expressão e
A superfície flexível Comunicação Visual
Introdução
• O inglês Willian Henry Fox-Talbot (1800-1877) era À Fotografia
Unidade1
descendente de família nobre, membro do parlamento britânico, escritor História da Fotografia

e cientista aficionado e utilizava a câmera escura em seus desenhos de


viagens;
• Talbot buscava alternativas para fugir da patente do
daguerreótipo, fazendo pesquisas de fotossensibilização por contato. Ele
mergulhava papel em nitrato de prata e depois de seco, fazia seu contato
com objetos variados, resultando em siluetas escuras. Então o papel
poderia se fixado com amoníaco ou solução de sal ou iodeto de potássio.

Fig. 05 - Desenho fotogênico (1839): Plumas e rendas em negativo por contato.


Fonte: Desenho de plumas e rendas...(2011).

• Em 1835, Talbot construiu uma pequena câmera de madeira,


com somente 6,30 cm2, que sua esposa chamava de “ratoeira”. Nela
ele colocava papel emulsionado com cloreto de prata, depois a imagem
negativa era fixada com sal de cozinha e transferida por contato para
outro papel sensível. Por meio desse processo, Talbot transformava a
imagem em positivo.

Fig. 06 - Janela da Abadia de Locock: primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo.
Fonte: Janela...(2011).

• O processo que inicialmente foi batizado de calotipia ficou


conhecido como talbotipia, e foi patenteado na Inglaterra em 1841;
• Depois da invenção, Talbot montou um estúdio, contratou

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Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual uma equipe para produzir cópias, fotografou várias paisagens turísticas e
Introdução
À Fotografia comercializou as cópias em quiosques e tendas artísticas em toda a Grã
Unidade1
História da Fotografia Bretanha;
• Talbot também publicou o primeiro livro de imagens
fotográficas.

Desvantagens da talbotipia:
• Lentidão, a imagem poderia levar até uma hora para formar;
• Tamanho reduzido de 2,50 cm2;
• Pouca nitidez.

A invenção da fotografia

Fig. 07 - Retrato de
Hercules Florence.
Fonte: Retrato...(2011).

O francês de Nice, Antoine Hercules Romuald Florence chegou


ao Brasil em 1824, e durante quase 50 anos viveu na Vila de São Carlos,
atual Campinas no Estado de São Paulo. Ele era desenhista e inventor. A
contribuição de Antoine Florence segue a seguinte trajetória:
• Ele participou como segundo desenhista da expedição
Langsdorf, entre 1825 e 1829;
• Em 1830, ele inventou seu próprio meio de impressão.
Assim como Talbot, Hercules Florence buscava usar a luz do sol como
possibilidade de criar matrizes para a reprodução de imagens. Foi assim
que ele, em 1832, descobriu o que chamou de photographie (do grego
fós - luz e ghaphis – escrita);
• Em 1833, Florence fotografou usando uma câmera escura
com papel sensibilizado para a impressão por contato. A impressão por

120
Técnicas
de expressão e
contato seria, portanto, a avó do filme negativo usado pelas câmeras Comunicação Visual
Introdução
analógicas; À Fotografia
Unidade1
• Hercules Florence antecipou a invenção da fotografia aqui no História da Fotografia

Brasil, em uma pequena vila paulista, sem qualquer conhecimento sobre


as experiências de Niépce e Talbot;
• Algum tempo depois, porém, ele tomou contato com um
daguerreótipo trazido ao Brasil pelo abade Compte, em janeiro de 1840,
rapidamente popularizado pelo imperador D. Pedro II. Em face disso, e
apesar de estar mais avançado, Hercules Florence desistiu de continuar
com seu invento.

Fig. 08 – Paisagem de Salto de Itu.


Fonte: Florence (2001).

Fig. 09 - Fotografia de Hercules Florence.


Note que o interesse é centrado nas artes gráficas.
Fonte: Fotografia de Hercules...(2011).

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Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual O Brasil foi um dos primeiros países a adotar a fotografia.
Introdução
À Fotografia Fotógrafos de várias partes do mundo aqui trabalharam, registrando todo
Unidade1
História da Fotografia o país e contribuindo para nossa documentação histórica. D. Pedro II
era um entusiasta da técnica, registrando a família real ou promovendo
fotógrafos.

Fig. 10 - Daguerreótipo do Abade Louis Compte: Paço Imperial, Rio de Janeiro.


Fonte: Daguerreotipo ...(2011).

Fig. 11 - D. Pedro II e a família real.


Fonte: Foto da família real (2011).

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Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade1
História da Fotografia

Fig.12 - Rio de Janeiro.


Fonte: Malta (2011).

Fig.13 - Panorâmica do Rio de Janeiro.


Fonte: Panorâmica...(2011).

Em Os trinta Valérios,
o fotógrafo elabora
uma fotomontagem
em que ele é
modelo de todos
os personagens da
imagem. A fotografia
ganhou medalha de
prata na Exposição
fotográfica nos EUA,
em 1904.

Fig.14 - Os trinta Valérios.


Fonte: Vieira (2011).

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Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Aqui finalizamos a Unidade 1. Espero que você tenha gostado
Introdução
À Fotografia desta jornada pela invenção mais fascinante da imagem, e que os fatos
Unidade 2
Técnica fotográfica e os personagens da história da fotografia aqui apresentados sirvam para
aguçar sua curiosidade de conhecer mais a respeito. Procure na internet
os fotógrafos apresentados e suas obras. Divirta-se conhecendo e vendo
fotografias incríveis. Procure em bibliotecas livros com reproduções de
fotografias de época e procure diferenciar as técnicas de cada período.

Pesquise a produção
fotográfica no Brasil
do final do século
XIXe início do século Unidade 2 Técnica fotográfica
XX, elabore um
relatório de sua
pesquisa e poste-o Síntese: Nesta unidade você conhecerá os equipamentos necessários para
no ambiente virtual.
a fotografia em suas diversas aplicações, incluindo a câmera fotográfica.

A câmera fotográfica
Saber qual é a melhor câmera para se começar a fotografar é
a pergunta mais comum feita por aqueles que querem se aventurar na
técnica. Existem muitos modelos de câmeras fotográficas e elas se prestam a
diferentes funções, de acordo com as necessidades do fotógrafo. Precisão,
velocidade, controle, resposta, resolução e foco são alguns dos requisitos
para a escolha da câmera ideal. É importante que você tenha em mente o
tipo de imagem que espera conseguir, para decidir qual câmera comprar.
A aquisição de uma câmera pode ser um investimento ou uma pequena
aventura, podendo ser encontrada em diferentes preços. É possível ter
uma boa câmera compacta por menos de 100 reais, outras podem custar
bem mais que um carro. Existem, ainda, as que podem sair totalmente de
graça, como a artesanal Pinhole.

Câmera Pinhole

Fig. 15 –Pinhole - Praça Sete (BH)


Fonte: Pinhole (1980).

A câmera Pinhole (literalmente buraco de alfinete) é uma

124
Técnicas
de expressão e
câmera artesanal que pode ser construída com caixas ou latas. É uma boa Comunicação Visual
Introdução
maneira de entender o funcionamento da câmera escura. A caixa deve ser À Fotografia
Unidade 2
totalmente fechada e escura. Em sua construção, pode ser empregado Técnica fotográfica

papel com emulsão fotográfica, e a revelação pode ser feita de maneira


convencional em laboratório químico.

Como fazer uma câmera Pinhole


Vamos construir uma câmera pinhole? Abaixo acompanhe o
passo a passo de confecção artesanal (Fig. 02):
1 - Limpe uma lata de leite em pó (ou qualquer lata com tampa).
Faça um furo com um prego, lixe as rebarbas. Pinte o interior da lata de
preto. Coloque um pedaço de papel alumínio sobre o furo, faça outro
furinho com um alfinete, quanto menor o furo, mais nítida a imagem;
2 - Em um lugar sem luz, coloque o papel fotográfico dentro da
lata na extremidade oposta ao furo;

Em nossos dias,
ainda é possível
encontrar fotógrafos
apaixonados pela
câmera artesanal.
Existem livros
sobre o assunto e
algumas referências
na internet. Por
exemplo, um manual
completo da pinhole
pode ser encontrado
no site http://www.
Eba.Ufmg.Br/cfalieri/
index.Html.

Fig. 16 – Ilustração de Câmera


Fonte: Do próprio autor.

3 – Tampe a lata bem fechada, coloque uma fita isolante sobre


o furo, ela vai servir de “disparador”, abra a fita quando for fotografar
e feche novamente quando terminar a sensibilização do papel. O mesmo
procedimento pode ser usado em qualquer caixa com tampa.
Depois, é levar a câmera em um laboratório fotográfico que
ainda use o processo químico. Até você pode revelar o papel, se possuir os
ingredientes de laboratório.

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Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Câmeras analógicas
Introdução
À Fotografia As câmeras analógicas são as que são carregadas com filmes. O
Unidade 2
Técnica fotográfica filme é revestido de uma emulsão sensível à luz, que registra a imagem
quando a objetiva é aberta. Este tipo de câmera reinou absoluto até a
década de 90. Atualmente, seu uso limita-se a câmeras de grande formato
ou continuam sendo usadas por aficionados. Existem ótimos e variados
modelos analógicos dos mais simples até os mais complexos. A grande
vantagem da analógica é a qualidade impecável da imagem para impressão.

Fig. 17 – Câmera Fotográfica


Fonte: Câmera... (2011).

Câmeras digitais
As câmeras digitais possuem os mesmos princípios de
funcionamento das câmeras com filme. No lugar do filme existe um sensor
eletrônico da luz que atravessa a lente.
Hoje, as câmeras digitais estão em toda parte e são muito
populares. Elas estão em aparelhos eletrônicos diversos, como
computadores, celulares, MPs, além de apresentarem uma grande oferta
de formatos e modelos. Nós podemos ir das compactas até as de grande
formato e os preços também variam muito.
Não vale a pena elencar as características tecnológicas de cada
modelo, como por exemplo, a resolução. Isso porque a obsolescência do
mercado digital deixará qualquer informação desatualizada em pouco
tempo.

126
Técnicas
de expressão e
Câmera compacta Comunicação Visual
Introdução
As câmeras compactas são leves, práticas e rendem boas e belas À Fotografia
Unidade 2
fotos. Elas apresentam resolução de qualidade abaixo da média, e apesar Técnica fotográfica

das limitações técnicas, é a primeira opção dos fotógrafos iniciantes por


ser a mais simples de usar. Todas as marcas populares oferecem diversas
câmeras desse tipo. A lente fixa é equivalente a 35 mm. O zoom, que já foi
uma grande limitação deste tipo de câmera, está cada vez mais avançado.
Mas é bom saber que o zoom deve ser ótico (da objetiva) e não digital
(zoom simulado pela câmera). Suas vantagens são: (a) é portátil; (b) é
muito leve e discreta; e (c) o seu preço é acessível.

Fig. 18- Câmera Fotográfica


Fonte: Câmera (2011).

Câmera Bridge
É uma câmera avançada que faz a transição entre as compactas
amadoras e as profissionais. Ela tem recursos avançados que são
característicos das câmeras SLRs, como opções manuais de exposição e
foco e saída de imagem em RAW. Ela também apresenta outros recursos
comuns, como: zoom mais potente; encaixe para diversos acessórios na
objetiva; e uma caixa opcional para uso embaixo d’água. As vantagens
desse tipo de câmara são: (a) elas são mais leves e discretas que as SRLS;
(b) zoom significativo; (c) várias funções manuais; e (d) custo médio.

Fig. 19 –Câmera Fotográfica Nikon.


Fonte: Câmera Fotográfica (2011).

127
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 2
Técnica fotográfica

Câmera SLR (Single Lens Reflex)


Fig. 20 – Câmera SLR.
Fonte: Câmera...(2011).

A câmera SLR também é chamada de monoreflex ou


simplesmente reflex. Ela é muito utilizada por profissionais ou amadores
aplicados na arte fotográfica. O seu funcionamento é o mesmo da câmera
escura usada pelos desenhistas do séc. XVI. A imagem que você vê no visor
óptico (chamado de viewfinder ou ocular) é a mesma que atravessa a lente,
desviada internamente por um prisma e um espelho que só é levantado de
sua posição normal na hora do clique, para permitir a passagem da luz até
o sensor (ou filme).
A escolha desse tipo de câmera pelos profissionais se deve à
possibilidade de trocas de objetivas, e funções totalmente manuais.
A câmera SLR também é chamada de monoreflex ou
simplesmente reflex. Ela é muito utilizada por profissionais ou amadores
aplicados na arte fotográfica. O seu funcionamento é o mesmo da câmera
escura usada pelos desenhistas do séc. XVI. A imagem que você vê no visor
óptico (chamado de viewfinder ou ocular) é a mesma que atravessa a lente,
desviada internamente por um prisma e um espelho que só é levantado de
sua posição normal na hora do clique, para permitir a passagem da luz até
o sensor (ou filme).

Fig. 21 – Câmera SLR.


Fonte: Câmera...(2011).

128
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 2
Técnica fotográfica

Fig. 22- Percurso da luz dentro da câmera monoreflex digital.


Câmera Canon EOS.
Fonte: Infográfico, da autora.

7 Câmera de médio formato


A câmera de médio formato é utilizada por profissionais,
apresenta qualidade top de linha e custo elevado. As fotos que produz
são extremamente nítidas, de grande profundidade de campo. Elas são
usadas principalmente em ensaios de moda.

Fig. 23 – Câmera Hasselblad.


Fonte: Câmera...(2011).

129
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 2
Técnica fotográfica

Veja no ambiente
virtual o material
postado sobre a
distorção que ocorre
com as câmeras que
não são monoreflex:
a paralaxe. Leia-o.
Depois, poste no Fig. 24 - Fotografia de David LaChapelle com câmera de médio formato.
fórum da unidade Fonte: LaChapelle (2010).
uma explicação
sobre o que você
entendeu.
Câmera de grande formato
As câmeras de grande formado utilizam filmes de película em
grande formato. Elas são próprias para fotografias que serão impressas em
tamanho grande e imagens que requerem extrema nitidez e detalhamento.

Fig. 25 -Fotógrafo Patrick Demarchelier e sua câmera de grande formato.


Fonte: Fotógrafo...(2011).

130
Técnicas
de expressão e
Partes da câmera Comunicação Visual
Introdução
Você já sabe que o corpo da câmera é uma caixa escura À Fotografia
Unidade 2
hermeticamente fechada. Até a luz alcançar a superfície sensível, seja Técnica fotográfica

filme ou sensor, existem mecanismos que recebem e controlam o modo


como ela entra na câmera. Conheça agora os mecanismos que fazem uma
foto perfeita:
1. Objetivas (Lentes);
2. Diafragma;
3. Obturador;
4. Filme ou sensor eletrônico.

Objetiva diafragma obturador

sensor ou filme
Fig. 26 - Partes de uma câmera.
Fonte: Ilustração da autora.

1. Objetiva - A objetiva é a lente da câmera, ela fica no


lugar do orifício da caixa, e é, na verdade, um conjunto de lentes que se
interagem, oferecendo a imagem de diferentes maneiras. Existem vários
tipos de lentes, de acordo com cada finalidade desejada pelo fotógrafo;
2. Diafragma - Regula a quantidade de luz que entra na câmera,
controlando o tamanho da abertura que permite a entrada da luz. Esse
recurso altera a iluminação da fotografia. Quanto maior a abertura maior
a luminosidade perdendo em nitidez. Quanto menor a abertura maior a
nitidez e menor a luminosidade;
3. Obturador – Funciona como uma cortina que abre e fecha,
permitindo ou barrando a entrada da luz, controlando o tempo que a luz
incide na superfície sensível (sensor ou filme). O obturador e o diafragma
devem ser compreendidos para o total domínio da arte fotográfica, o
domínio que se obtém pelo controle da abertura (diafragma) e exposição
(obturador).

131
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Abertura e exposição
Introdução
À Fotografia A abertura e a exposição trabalham juntas para que a câmera
Unidade 2
Técnica fotográfica controle e limite a quantidade de luz. Um bom exemplo é a imagem de
uma torneira enchendo um copo, quanto mais você abrir a torneira mais
água terá e mais rápido o copo será cheio; quanto menos você abrir a
torneira, menos água e mais tempo para encher o copo. Entenda isso como
a torneira sendo a abertura, a água como a luz, o tempo para encher o
copo a exposição, e o copo como a superfície sensível (sensor ou filme).
A mediação das velocidades do obturador é demonstrada em frações de
segundo, conforme exemplo abaixo:

1 seg. ½ seg. ¼ seg. 1/8 seg. 1/16 seg. 1/60 seg. 1/125 seg.
1/250 seg. 1/500 seg. 1/1.000 seg. 1/2.000 seg. 1/4.000 seg. 1/8.000 seg.

Os valores das velocidades podem variar de uma câmera para


outra. As câmeras profissionais possuem um número maior de possibilidades
de abertura e mais ainda de velocidades do obturador. As velocidades
médias são as mais versáteis.

Fig. 27 - Foto de abertura f/18, velocidade do obturador de 1/125 seg., distância focal 200 mm. Menina
pulando.
Fonte: Foto de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

Na Fig. 27, uma velocidade média foi suficiente para congelar


o salto da menina e destacá-la, deixando o fundo borrado. O segredo para
deixar a menina nítida foi acompanhar o movimento com a câmera.

132
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 2
Técnica fotográfica

Fig. 28 - Imagem com nitidez. – Menino pulando no rio.


Fonte: Foto de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

Na Fig. 28, o fundo e o menino estão nítidos, a velocidade do


obturador usada foi mais rápida: 1/500 seg. abertura f/11, distância focal
180 mm.
Geralmente, a falta de ajuste da exposição pode ocasionar
fotos perdidas por subexposição ou superexposição:

Fig. 29 (1) – Imagem com pouca luz (subexposição). Fig. 29 (2) – Imagem com muita luz. (superexposição).
Fonte: Fotos de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

Na primeira foto um problema de subexposição, a velocidade


não foi suficiente para a imagem: 1/250 seg. f/5.6, distância focal 35
mm. Na segunda, o problema foi a exposição excessiva: 1/40 seg. f/2.8,
distância focal 35 mm. Mas também é possível criar efeitos interessantes
no uso combinado de velocidade e abertura.
A fotografia abaixo foi feita em pouca condição de luz, mas
a abertura grande e a velocidade lenta acrescentaram luminosidade e
movimento a uma cena comum. Velocidade de ¼ seg. f/2.7 35 mm.

133
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 2
Técnica fotográfica

Fig. 30 - “Madrugada” – Câmera compacta, velocidade de ¼ seg. f/2.7 35mm.


Fonte: Fotografia de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

Objetiva – É um sistema de lentes e mecanismos que são


responsáveis pela captação de luz refletida no objeto, convergindo cada
raio de luz formando um ponto no plano focal, onde deve estar a superfície
sensível à luz, que pode ser uma emulsão química sobre papel ou película
ou um sensor eletrônico. Há objetivas para diversas distâncias focais, as
mais curtas são as chamadas grande-angulares, com um ângulo de visão
bem amplo, e as mais longas, teleobjetivas, ampliam motivos distantes,
com um ângulo de visão bem mais estreito. Existem também objetivas de
ângulo fixo, ou simplesmente objetivas. A objetiva mais versátil é a zoom,
que permite várias distâncias focais. As câmeras monoreflex permitem a
troca de objetivas, para alcance de diferentes focos.

O que é distância focal


A distância focal é medida em milímetros a partir do ponto nodal,
que por sua vez é o centro imaginário em que os raios de luz convergem
até o plano focal (sensor ou filme). Quanto maior for o tamanho da imagem
e/ou do filme, maior a distância focal.

Fig. 31 - Distância focal.


Fonte: Ilustração da autora.

134
Técnicas
de expressão e
Veja, no gráfico a seguir, algumas opções de objetivas e suas Comunicação Visual
Introdução
respectivas distâncias focais, a profundidade de campo e o ângulo de visão: À Fotografia
Unidade 2
Técnica fotográfica

Fig. 32 – Exemplos de fotos com objetivas diferentes.


Fonte: Imagens de Kasmin Carnevali.Acervo pessoal.

135
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Objetivas macro
Introdução
À Fotografia Uma objetiva macro de 100 mm é adequada para fotografar
Unidade 2
Técnica fotográfica objetos mínimos e planos de detalhe distante o suficiente para não
interferir na imagem com sombra ou movimento.
Ajustes de macro em objetivas zoom variam da reprodução de
um oitavo do tamanho natural (1:8), a metade do tamanho natural (1:2)
Além de serem ótimas para fotografar pequenos insetos e
objetos minúsculos como moedas, esse tipo de objetiva serve para isolar
detalhes e pode fazer belos close-ups.
Confira outros
acessórios e
equipamentos Como controlar o foco
fotográficos no
guia do material Uma objetiva macro de 100 mm é adequada para fotografar
fotográfico postado objetos mínimos e planos de detalhe distante o suficiente para não
no ambiente virtual.
interferir na imagem com sombra ou movimento.

Dica!
Para
focalizar um
retrato sem erro,
ajuste o foco nos
Fig. 33 – Exemplos de foco.
olhos do modelo, Fonte: Ilustração e fotografias da autora.
mesmo que alguma
parte da fotografia
esteja ligeiramente
desfocada, isso não A profundidade de campo depende de três fatores principais: a
fará diferença se abertura, a distância focalizada e a distância focal real da objetiva. Você
os olhos estiverem
nítidos. pode alterar o efeito mudando um ou mais desses três itens.
Ao alterar a abertura, é possível manipular a profundidade de
campo. Aumentar a abertura significa diminuir a profundidade de campo,
assim como diminuir a abertura faz aumentar a profundidade de campo.
Os objetos próximos também fazem a profundidade de campo
diminuir, em relação aos objetos focalizados à maior distância.
Pela objetiva é possível variar a profundidade de campo através
do zoom, conforme a figura abaixo:

136
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 2
Técnica fotográfica

Fig. 34 - Zona de profundidade.


Fonte: Ilustração da autora.

Acima você pode ver um exemplo de variação de profundidade de


campo a partir da abertura, neste caso uma objetiva de 70 mm focalizada
a dez metros: na primeira faixa uma abertura de f/2.8; na segunda de f/8;
e na terceira de f/22.
É possível maximizar a profundidade de campo para obter
uma fotografia totalmente nítida, bem como é possível minimizar a
profundidade de campo de forma a deixar apenas um motivo nítido.
Abaixo um exemplo de como tirar proveito da profundidade de
campo, para valorizar o motivo desfocando o fundo, a distância focal é de
184 mm e abertura f/6.3.

Fig. 35 – Imagem como profundidade de campo.


Fonte: Fotografia de Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

Mas, conseguir o foco manualmente não é importante para você,


pois ainda existe a possibilidade do autofoco, ou foco automático. Nas
câmeras digitais básicas, o foco é por volta de 3 metros com profundidade
de campo entre 1,5 metros.
Se a opção é pelo foco manual, saiba que quanto mais
profissional e avançada forem a câmera e o conjunto de objetivas, maior
a possibilidade de controle do foco.

137
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Plano focal
Introdução
À Fotografia O plano focal é a superfície que recebe a luz. Ella pode ser uma
Unidade 2
Técnica fotográfica superfície flexível emulsionada com substâncias químicas sensíveis à luz
ou a um sensor fotossensível.

Filme
Nas câmeras analógicas nós usamos o filme de película. O filme
é uma superfície flexível, que possui várias camadas em uma gelatina que
aglutina grãos de prata e outros reagentes. A camada da emulsão de prata
é sensível à luz, e outras substâncias são responsáveis pela revelação e
Disponha 4 objetos fixação da imagem.
em sequência
diagonal, fotografe
Existem tipos diferentes de filme, o filme preto-e-branco, o
alternando o foco, filme de impressão colorida e o filme de slide colorido. Ao comprar o
ou seja, mire a
objetiva no primeiro seu filme, é preciso saber se o formato é o adequado à sua câmera, e
plano, depois no
qual a sensibilidade do filme (velocidade) você deseja. Existem ótimas
plano de fundo e
depois no objeto marcas de filmes, e a escolha depende mais do fator empírico e pessoal,
central, depois
procure colocar portanto. Uma opção econômica é o filme rebobinado, preparado pela
todos os objetos em loja que vende o produto.
foco. Fotografe-os
e poste as fotos no Outros tipos de filme: o filme de grande formato que é uma
ambiente.
chapa que deve ser carregada individualmente em câmeras especiais de
grande formato; e também o filme instantâneo, que é o filme usado nas
câmeras analógicas instantâneas como a Polaroid.
Sensibilidade ISO/ASA – A emulsão sobre o papel ou película
fotográfica ou das células do sensor eletrônico responde aos raios de luz
formando a imagem, isso acontece em segundos. Portanto, a resposta
da emulsão também está envolvida com o tempo. Por isso, além da
sensibilidade do filme, nós dizemos velocidade do filme. O tempo que a
imagem leva para se formar se relaciona com a sensibilidade da superfície
Veja no que a recebe, esta sensibilidade é chamada de escala ISO (International
ambiente virtual Standart Organization - Organização Internacional de Normas) ou ASA
o texto de John
Hedgecoe sobre (American Standart Association – Associação Americana de Normas). Um
a composição do
filme.
filme mais rápido pode ter melhor desempenho em situações de pouca luz,
entre outras vantagens, mas a imagem fica mais granulada, o que pode
tanto ser um recurso estético como um problema. O uso de sensibilidades
altas também favorece fotografias de maior contraste. No caso dos filmes,
estes são comprados no valor ISO específicos, já nas câmeras digitais,
ele sempre pode ser regulado. O valor ISO pode ir geralmente de 60 a
6.000, dependendo do modelo da câmera. Os números mais baixos são
os de menor sensibilidade e os mais altos de maior sensibilidade. Seu uso
depende dos efeitos e ambientes que se quer na fotografia. Em uma praia,
por exemplo, o adequado é uma sensibilidade menor como ISO 100, para

138
Técnicas
de expressão e
que a foto não fique superexposta. Já em um museu ou teatro, onde se Comunicação Visual
Introdução
pode fotografar sem o uso do flash, é melhor ajustar o ISO para 400 ou À Fotografia
Unidade 2
mais. Técnica fotográfica

Sensor da câmera digital – O sensor é composto de uma grade


de elementos pictóricos microscópicos sensíveis à luz, os chamados pixels.
Cada pixel institui um sinal elétrico que é processado eletronicamente e
depois é convertido em sinal digital, e então o sinal é enviado ao sistema
de memória da câmera. Existem dois tipos de sensor:
CCD (Charge Coupled Device) – Também chamado de dispositivo
de acoplamento de carga, ele possui sensores individuais que escaneam a
imagem e as cargas obtidas são enviadas e lidas uma linha por vez;
CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor) - Constitui
uma matriz em que cada pixel possui seu próprio circuito, de modo que
a câmera pode ler o valor registrado de cada elemento separadamente.
Pixels – São medidos em milhões de pixels ou megapixels. É o
que indica a resolução da imagem na câmera. Embora seja muito melhor
ter maior resolução, é preciso saber se você realmente precisa de tanto
investimento. Para imagens para a Web, e-mail, apresentações de PPS, é
Experimente os
possível trabalhar com menos de 2 mega. Por sua vez, para impressões, é vários modos
melhor de 4 mega para cima, pois quanto maior o tamanho da impressão do balanço do
branco da sua
maior é o número de megapixels utilizados. câmera, procure
fotografar o
Balanço do branco – Está relacionado com a temperatura da mesmo objeto
cor. A temperatura é medida para que a câmera digital ajuste os brancos e para observar
melhor a
todas as cores de modo a parecer o mais natural possível. No entanto, esse diferença de
um para outro.
recurso pode ser usado não apenas para deixar a fotografia próxima à visão
Outra coisa muito
humana, mas também pode ser subvertido para enfatizar um determinado importante: é
hora de pegar o
“clima” da foto. manual da sua
câmera e conferir
o que você pode
encontrar sobre
o que aqui foi
apresentado.
Procure os ajustes
de exposição,
foco, iso, balanço
do branco e
possibilidades
de abertura e
velocidade.

Fig. 36 – Balanço do branco.


Fonte: Imagens da autora.

139
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Aqui finalizamos a Unidade 2, espero que você tenha iniciado
Introdução
À Fotografia
Unidade 3
uma grande amizade com a técnica da fotografia. Pratique os conceitos
Composição
fotográfica vistos e prepare-se para acrescentar arte à sua técnica, agora, na Unidade 3.

Unidade 3 Composição fotográfica

Síntese: Nesta unidade você conhecerá os elementos que compõem um


ato fotográfico, suas funções específicas e o seu enquadramento.

A composição é o que faz uma foto ser interessante. Os elementos


que compõem uma foto são pensados como um conjunto de valores com
funções específicas. A primeira coisa a ser pensada no ato fotográfico é o
enquadramento da composição.

Fig. 37 – Fotografia de moda.


Fonte: Parkinson (2011).

Na fotografia de moda acima (Fig. 37), o enquadramento é feito


para chamar a atenção para as bolsas. O avião no primeiro plano serve de

140
Técnicas
de expressão e
cobertura para destacar a modelo, o contraste entre horizontal (avião), Comunicação Visual
Introdução
horizontal amenizado (chapéu), vertical (modelo), horizontal (paisagem) À Fotografia
Unidade 3
Composição
confere ritmo à composição. O ponto central está no pulso que carrega fotográfica

uma das bolsas, a segunda bolsa segue a linha em diagonal, a mudança de


altura entre uma e outra enfatiza o design de cada uma delas. Com isso, a
produção da modelo é limpa, elegante e serve como plano de fundo junto
com a paisagem, tudo para destacar as duas bolsas.
Você pode se perguntar: Uma foto exige tanta geometria? Se
sim, por quê? O enquadramento de uma foto não é obra do acaso e exige Vá ao ambiente
virtual e leia a
uma compreensão total do que o fotógrafo vê. Cada elemento da cena lista de fotógrafos
tem valores de peso, saturação, tonalidade, forma, movimento, volume e que também
foram pintores.
linha, tudo que se exige de um trabalho de artes visuais. Procure na
internet imagens
de pintura e
Temas e enquadramento fotografia de
cada um deles
Existem temas clássicos da fotografia, bem como truques de e poste no blog
enquadramento que facilitam a ação de fotografar uma boa foto. Conheça na unidade (não
se esqueça de
alguns truques realizados por grandes mestres da arte fotográfica de citar o título e a
fonte).
diversas épocas e estilos.

(a) Molduras naturais


No exemplo da bela fotografia do francês Eugene Atget,
fotografada na década de 20, as árvores são a moldura natural da paisagem
na bucólica paisagem parisiense (Fig. 38). Na segunda foto, a arquitetura
é que vai fazer o papel da moldura (Fig. 39).

Vá ao ambiente
virtual e leia os
dois textos sobre
os temas tirados
de dois clássicos
da literatura
sobre fotografia:
uma visão de
Atget por Susan
Sontag, e o link
para a discussão
sobre o fotógrafo
e o instrumento
do fotógrafo, de
Vilém Flusser.
Fig. 38 - Parc de sceaux. Fig. 39 – Rue de Seine.
Fonte: Atget (2011).

Eugene Atget é considerado o primeiro fotógrafo urbano, sua


preferência por bairros e ruas desertas do amanhecer rendeu belíssimas
fotografias e um precioso documento da história urbana de uma Paris que
não existe mais. Suas fotografias, além de belas, constituem uma fonte

141
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual documental inestimável. Atget usava uma pesada e já antiquada câmera
Introdução
À Fotografia
Unidade 3
para a sua época, do tipo dos chamados lambe-lambes, fotógrafos de
Composição
fotográfica praça do início do século vinte. O fato de usar um equipamento antiquado,
longe de prejudicar a estética deste fotógrafo pioneiro no estilo, o
favoreceu, pela textura e aspecto ligeiramente melancólico das imagens
de força poética e surrealista. Uma prova que o fotógrafo é quem faz o
equipamento não o contrário.

(b) Geometrização
Fotografe sua
própria moldura
natural, as praças
arborizadas são
ótimos locais
para este tipo de
composição, prédios
altos também.
Saia pela cidade
e aproveite para
conhecê-la melhor,
fotografando-a.
Que tal fazer isso
com um grupo de
colegas?

Fig. 41 – Transparent city.


Fig. 40 – Postes.
Fonte: Wolf (2011). Fonte: Modotti (2011).


Na geometrização é importante escolher o ângulo perfeito.
Tina Modotti (1896-
No caso da fotografia dos postes de Tina Modotti, o ângulo é central e
1942) nasceu na simétrico, com destaque para a perspectiva ao infinito (Fig. 40). No caso
itália e migrou para
os EUA aos 16 anos. dos prédios de Michael Wolf, o ângulo parte da direita numa composição
Foi atriz, modelo e assimétrica com o grande prédio em primeiro plano e um segundo prédio
fotógrafa. Abandonou
a fotografia ao em perspectiva, o efeito é reforçado pelo corte do topo e base dos
se engajar no
partido comunista prédios, deixando as janelas como padrões condutores de perspectiva,
como ativista proporcionando um aspecto propositadamente artificial.
revolucionária.

(c) Usando a exposição conceitualmente


O tempo é o conceito da fotografia do contemporâneo Michael
Wesely. Na Fig. 42, o fotógrafo deixou o obturador aberto por bastante
tempo; a imagem mostra uma Brasília sem pessoas, vazia, a única indicação
de movimento é a bandeira. A fotografia funciona como uma cena de um
filme.

142
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 3
Composição
fotográfica

Fig. 42– Setor Bancário Sul.


Fonte: Wesely (2011).

(d) Usando luz natural

Michael Wolf,
fotógrafo
contemporâneo

Fig. 43 – Refugiados do Tigray (1985). Que utiliza a


Fonte: Salgado (1985). solidão das
megalópoles
como tema
Saiba que um bom fotógrafo precisa conhecer os horários da principal.

luz natural e os seus cenários. Na Fig. 43, o jogo de luz entre as árvores
e a poeira confere beleza e dramaticidade à foto do brasileiro Sebastião
Salgado. Na foto, as linhas diagonais dos raios de luz enchem a cena,
atingindo cada uma das pessoas sob as árvores. Os meios tons de cinza
são intensos, o uso de filtro vermelho para ressaltar os contrastes é uma
possibilidade, a profundidade de campo é bem grande, indicando uma
poderosa teleobjetiva, o resultado é de nitidez e riqueza de detalhes.
A câmera utilizada pelo fotógrafo era uma DSRL profissional com ampla
gama de abertura e foco.

143
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual (e) Contraste de pesos
Introdução
À Fotografia
Unidade 3
Composição
fotográfica

Fig. 44 – MST.
Fonte: Salgado (1985).

Na Fig. 44, vemos mais uma fotografia de Sebastião Salgado, o


contraste de pesos está entre a horizontal marcada pela multidão e seus
braços e instrumentos de trabalho, as linhas finas e verticais são leves,
enquanto a massa dos trabalhadores em conjunto é pesada e horizontal.
Sebastião Salgado tem um trabalho fotojornalístico de conceito fortemente
social e planetário de grande força estética.

(f) Usando linhas como referência

Fig. 45 – Colhedor de algodão.


Fonte: Lange (1940).


A composição da fotógrafa americana Dorothea Lange (1895-
1965) é expressiva e movimentada, é um retrato grandioso de força e
compaixão, as linhas da mão são as mesmas da composição. O efeito
poderoso é dado pelo enquadramento em close feito em um ângulo abaixo
do modelo. Em primeiro plano, a mão marcada pelos espinhos do algodão

144
Técnicas
de expressão e
cobre a boca e os olhos estão sob a sombra, mesmo assim o retrato diz Comunicação Visual
Introdução
quem é esse homem, e por ele sentimos empatia. O conjunto de linhas é À Fotografia
Unidade 3
Composição
todo de diagonais que se encontram ligeiramente ao centro. O trabalho fotográfica

de Dorothea Lange também é de fotojornalismo de cunho social. Sua


sensibilidade e técnica impecável colocaram suas fotos nos acervos dos
museus e galerias de arte mais importantes do mundo.

(g) Efeitos de luz e sombra


O fotógrafo de moda norueguês Solve Sundsbo aproveitou uma
fonte de luz vinda de objeto com linhas, como uma janela com grades. As
sombras contornam o objeto fotografado, conferindo dinamismo e impacto
gráfico. O uso econômico de cores enfatiza as linhas. Veja como toda a
produção é em preto e branco (cabelo, olhos e unhas), o único destaque
vai para os lábios em amarelo.

Fig.46 – Fotografia para editorial de beleza.


Fonte: Sundsbo (2010).

(h) Nus
Os nus são um grande tema da fotografia artística. No exemplo,
mais uma fotografia de Solve Sundsbo para um editorial de beleza. A maior
dica sobre fotografar nus é o cuidado com a luz, ela tanto pode deixar
sua foto bela como de mau gosto. A luz indireta é a mais indicada. Outro
fator importante é a pose do modelo mais o seu enquadramento, é preciso
acompanhar as linhas do corpo e usar as sombras para modelar a forma.

145
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 3
Composição
fotográfica

Fig. 47 – Fotografia para editorial de beleza,


Fonte: Sundsbo (2010).

(i) Superfícies refletoras e transparências

Fig. 48 – Fotografia de garrafa e mulher fumando


Fonte: Penn (2011).

Esta fotografia de Irving Penn (1917-2009) apresenta conceito


narrativo, composição simétrica e jogo de tons. Ele trabalha com o
elemento principal fora de foco no plano de fundo. Essa ousadia faz com
que a foto de transparência não seja um lugar comum, existe um duplo da
modelo na imagem refletida. Fotos de superfícies refletoras, como vidros
e líquidos, são fáceis de fazer e de efeito interessante, no entanto, é
muito explorada, exigindo maior criatividade do fotógrafo.

146
Técnicas
de expressão e
(j) Jogo de contrastes Comunicação Visual
Introdução
Mais uma foto do elegante Irving Penn, uma natureza morta À Fotografia
Unidade 3
Composição
minimalista. Os contrastes passam pela cor: quente e fria; tamanho e fotográfica

direção. A natureza morta é um tema herdado da pintura ainda presente


na fotografia, inovar é um desafio. No exemplo, a extrema simplicidade é
a graça da foto.

Fig. 49 – Natureza morta.


Fonte: Penn (2011).

(l) Perspectiva
Na Fig. 50, as linhas em perspectiva dão dinamismo e direção a
uma foto, é mais um exemplo de superfície refletora com o chão molhado
de chuva. É uma fotografia do mestre do método compositivo Henri Cartier-
Bresson. Suas fotografias são extremamente elaboradas espacialmente.
Ele também era pintor. Leia o texto de
Fayga Ostrower
sobre a fotografia,
de Henri Cartier-
Bresson no
ambiente virtual.
Imprima a imagem
do texto, depois
coloque uma folha
transparente sobre
a reprodução
impressa e desenhe
as linhas principais
da imagem.

Fig. 50 – Chão molhado de chuva


Fonte: Cartier-Bresson (2011).

147
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual (m) Correspondência de formas e cores
Introdução
À Fotografia
Unidade 3
Ellen-von-unwerth utiliza a correspondência entre o vermelho
Composição
fotográfica vivo do batom da modelo com uma toalha estampada de Marylin Monroe.
O enquadramento fecha no close duplo modelo e estampa, o fundo preto
da toalha separa e destaca os elementos da foto. As cores, a exposição e
o contraste foram intensificados na edição digital. Os azuis criam áreas de
brilho no plano de fundo, em contraste com o preto e vermelho chapados
do primeiro plano, o desfocado enfatiza a profundidade.

Fig.51– Fotografia modelo e estampa de Marylin Monroe


Fonte: Von- Unerth (2011).

(n) Retratos
Em tempos de Photoshop é bom saber que o melhor retrato
é aquele em que o retratado aparece tal como é. Um bom exemplo é
esta foto do ícone dos anos 60 Janis Joplin, a personalidade irreverente
e psicodélica da cantora foi brilhantemente capturada pelo lendário
Helmut Newton (1920-2004). Um bom retrato é isso, é preciso deixar a
pessoa relaxada para que ela se mostre. O fotógrafo deve conversar com
o modelo e conhecer os seus pontos fortes visualmente. Um fundo neutro
valoriza a figura, já cenários e fundos decorados servem para construir um
personagem ou podem dizer algo sobre a profissão e status da pessoa.

Fig. 52 - Janis Joplin,


Fonte: Newton (2011).

148
Técnicas
de expressão e
(o) Regra dos terços Comunicação Visual
Introdução
Uma maneira prática de definir o enquadramento é fazer uso À Fotografia
Unidade 3
Composição
da regra dos terços. A maioria das câmeras digitais oferece o recurso da fotográfica

visualização de uma grade que se constitui de três linhas e três colunas. O


enquadramento é feito usando esta grade como referência. A idéia é ver
a foto como um conjunto de retângulos com informações variadas, que
podem ser posicionadas de acordo com o olhar do fotógrafo e encaixar os
motivos que irão aparecer na foto dentro destas linhas e colunas.

Fig. 53 – Regra dos terços.


Fonte: ilustração da autora.

Veja um exemplo de aplicação da regra dos terços:

Fig. 54- Jean-Paul Sartre.


Fonte: Cartier-Bresson (2011).

Na Fig. 54, a linha da direita passa exatamente no centro do


rosto do filósofo, o enquadramento é assimétrico, mas equilibrado pela
perspectiva da ponte, com a linha direita passando pelo poste de luz.
Observe que embora o retratado não esteja no centro do quadro é o único
perfeitamente em foco. Existe nesta composição um notável jogo de
valores: de peso, de luz, de tom e forma.

149
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual (p) Fotografia colorida ou preto-e-branco?
Introdução
À Fotografia
Unidade 3
A fotografia P&B parece mais artística que a colorida por motivos
Composição
fotográfica históricos e também por estar mais perto do controle da imagem, ou seja,
ao suprimir da cor, a informação contida na foto é mais clara, e os elementos
estéticos ficam mais evidentes como exposição, luz e tonalidades, por
exemplo. Já a fotografia colorida é tida como comum, por estar associada
às imagens cotidianas realizadas por amadores. No entanto, cada uma
contém um caráter próprio e ambas podem ser altamente estéticas.

Pratique a regra (q) Fotojornalismo


dos terços.
Escolha 3 objetos
e posicione-os
de maneiras
diferentes e
enquadre nas
linhas e colunas
da grade. Mesmo
que sua câmera
não ofereça este
recurso, procure
imaginar as linhas
no quadro. Faça
pelo menos 4
fotos, modificando
os objetos de lugar
entre uma e outra.
Fig. 55 - Desembarque na Normandia.
Fonte: Capra (2011).

A fotografia de caráter jornalístico pretende informar antes de


tudo. Grandes nomes da fotografia se dedicaram ao fotojornalismo, como
Henri Cartier-Bresson e Robert Capra, autor da foto acima. Capra estava
presente no desembarque na Normandia, momento crucial da Segunda
Grande Guerra. Na Fig. 55, a imagem borrada exemplifica bem o que é
estar em uma situação de risco, comum neste tipo de trabalho. O fotógrafo
acompanhou a tropa no desembarque e estava exposto aos mesmos riscos
dos soldados, mas no lugar de armas ele carregava uma câmera. Como
estavam sob fogo intenso, Capra fez várias fotos freneticamente e a
qualidade da imagem não tinha como ser controlada, no entanto, elas
diziam exatamente o que estava ocorrendo. Robert Capra morreu ao pisar
em uma mina, enquanto documentava a Guerra da Indochina.

150
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
(r) Padrões À Fotografia
Unidade 3
Composição
fotográfica

Fig. 56 – Crianças da Espanha.


Fonte: Cartier-Bresson (2011).

O uso de padrões ajuda a dar ritmo à imagem. Na fotografia de


Henri Cartier-Bresson (Fig. 56), as janelas do prédio ao fundo valorizam
as crianças do primeiro plano. Na imagem abaixo (Fig. 57), de André
Kertéz, as árvores formam um padrão linear, basicamente o padrão é uma
repetição de um tema em uma organização espacial elaborada.

Fig. 57 – Gelo e árvores


Fonte: Kertéz (2011).

(s) Fotografia de Arte


Na fotografia de Arte, o conceito é mais importante que a
própria qualidade técnica, como se pode comprovar no trabalho de Cindy
Sherman, uma artista plástica que fez da fotografia seu instrumento de

151
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual trabalho. Cindy sempre trabalhou com o conceito do feminismo em suas
Introdução
À Fotografia imagens, ela mesma é sua modelo em todas as fotos que fez em uma
Unidade 4
Edição de fotos carreira que vem desde os anos 60. Ao longo do tempo, suas mulheres
questionaram valores impostos pela sociedade como comportamento e
beleza.

Fig. 58 – Posse de modelo Fig. 59 – Imagem em pintura.


Fonte: Sherman (2011).

(t) Enquadramento de rostos


Close- pode ser extreme (corta queixo Meio plano Americano- Plano Americano-
e testa), também pode ser o do queixo Do alto da cabeça até o Do alto da cabeça até a
à testa e até um pouco do pescoço. peito. cintura.

Confira no
ambiente
virtual o Guia
da Iluminação
para a
Fotografia.
Fig. 61 –(2) Foto de modelo. Fig. 62–(3) Foto de modelo.
Fig. 60 – (1)Foto de modelo.
Fonte: solvesundsbo.info.

Aqui terminamos mais uma unidade, espero que seja o início de


uma longa jornada de experimentações e belas fotografias!

Unidade 4 Edição de fotos

Síntese: Agora você conhecerá a parte da pós-produção em fotografia.


Isso se refere principalmente à edição, que vai da seleção das imagens
até seus retoques e montagens.

As fotografias podem ser editadas tanto em um laboratório

152
Técnicas
de expressão e
químico como em um computador, com um programa de edição adequado. Comunicação Visual
Introdução
Existem vários programas que trabalham com ferramentas de edição À Fotografia
Unidade 4
fotográfica, eles variam de preço e recursos técnicos imensamente, e Edição de fotos

o programa que você verá aqui é o top de linha Photoshop da Adobe.


Veremos os recursos básicos, o suficiente para corrigir problemas comuns
de fotografias, como iluminação, enquadramento e cor. Não mencionarei
versões do software, pois estas serão sempre desatualizadas devido aos
lançamentos constantes, mas conhecendo as ferramentas básicas você
estará pronto para utilizar qualquer versão do programa.

Edição básica
Para começar, crie uma pasta para salvar as imagens dos
exercícios. Depois, procure observar a área de trabalho do Photoshop:

Fig. 63 – Área de trabalho do photoshop.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

Ajuste de exposição
Para ajustar a exposição de fotos utilizando um programa
Photoshop, siga corretamente todas as indicações abaixo:
a) Abra a imagem estadual.jpg da nossa pasta de imagens do
Ambiente Virtual, salve e abra no Photoshop;
b) Vá ao Menu Imagens/ajustes/exposição:

153
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 4
Edição de fotos

Fig. 64 – Menu imagem do photoshop.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

O Menu Imagem possui os comandos que dizem respeito às


propriedades da imagem como: modo, formato, tamanho, resolução. No
submenu Ajustes estão os comandos para alterar os ajustes de tom, luz e
cor;
c) É preciso treinar os olhos para encontrar o ajuste ideal, isso
você adquire com o tempo. Sutilmente vá deslizando a chave da Exposição
até encontrar um ponto em que os degraus da escada comecem a aparecer,
mas interrompa antes que a imagem fique granulada. A fotografia está
subexposta, para complicar, existem pontos extremos de branco e preto,
o que dificulta.
Por isso, não se preocupe em deixar a escada totalmente clara.

154
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 4
Edição de fotos

Fig. 65 – Controle de exposição.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

Mantenha ativa a opção Visualizar, os Conta-Gotas são para


referência de tons, não vamos usá-los agora, nem o Deslocamento. Já a
Correção de Gama você pode utilizar, caso a imagem comece a “estourar”.
Faça uma transformação sutil, porque vamos continuar trabalhando nela,
quando estiver pronto clique OK.

Ajuste de brilho e contraste


Vá para Imagem/Ajustes/Brilho/Contraste, deslize o controle
do brilho com calma e observe a imagem mudar, ajuste o contraste da
mesma forma. Quanto menor for o tamanho e a resolução da imagem,
menos se pode ajustar, porque os pixels começam a surgir.

Fig. 66 – Ajuste de brilho e contraste.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

155
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Acrescentar cor
Introdução
À Fotografia Saiba que é possível acrescentar cor em fotografias P&B
Unidade 4
Edição de fotos facilmente. Este recurso costuma ser utilizado para dar um aspecto de
época para as fotos no conhecido tom sépia.
a) Continue com a imagem que você trabalhou até agora, abra
o Menu Imagem/Ajustes/Preto-e-Branco;
b) Selecione Colorir e ajuste Matiz e Saturação, OK.

Fig. 67 – Preto-e-branco.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

Rotação e corte
Para conhecer a rotação e o corte de uma fotografia, observe
o exemplo da Fig. 67. Embora a casa seja interessante, o enquadramento
não foi favorável, a imagem além da linha do horizonte torta, cortou parte
do telhado, deixando a composição desequilibrada.

Fig. 68 – Recorte: antes.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

156
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 4
Edição de fotos

Fig. 69 – Recorte: depois.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

Objetivo: corrigir a linha do horizonte e tornar a fotografia mais atraente


No processo, foi preciso renunciar à apresentação total dos
elementos da casa, para realçar alguns detalhes da arquitetura, isolando
o interesse. A adoção da estratégia ressaltou as formas das janelas, bem
como o portão, as cores, sombras e brilhos do sol. No Ambiente Virtual
você encontrará as imagens usadas nos exemplos. Para a realização deste
exercício abra a imagem casa.jpg.

Como girar a foto

Fig. 70– Girar.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

157
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual a) Com a ferramenta de seleção acionada (clique sobre ela), vá
Introdução
À Fotografia ao Menu selecionar/tudo ou use os atalhos de tecla ctrl+a (a de all – tudo);
Unidade 4
Edição de fotos b) Use o comando ctrl+t (transformation) ou Menu editar/
transformação livre. Aparecerão alças em volta da imagem para serem
arrastadas, transformando o tamanho e a posição do objeto selecionado.
Posicione o cursor um pouco acima de uma das alças dos cantos da imagem
até aparecer uma seta curva de duas pontas, clique e rode a imagem até a
posição desejada, solte e clique duas vezes sobre a imagem para finalizar.
No Menu visualizar, selecione réguas e linhas guia, para marcar
a posição das linhas da fotografia. No exemplo, eu usei uma linha guia
para alinhar a casa pelas janelas.
Para adquirir uma linha guia, basta posicionar o cursor
(ferramenta de seleção) sobre a régua, pressionar o mouse e arrastar a
linha até o local desejado.
No processo, eu usei a linha do parapeito das janelas como
referência.

Aprenda como cortar uma foto


a) Com a linha do horizonte ajustada é hora de cortar a foto.
Use a ferramenta corte (crop), clique e arraste o cursor fazendo uma
moldura, depois puxe as alças até que a moldura fique na forma a ser
cortada, finalize com duplo clique.

Fig. 71 – Ajuste do corte.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

158
Técnicas
de expressão e
Como fazer ajustes rápidos Comunicação Visual
Introdução
Alguns recursos dos programas de edição podem resolver À Fotografia
Unidade 4
rapidamente pequenos ajustes. O Photoshop oferece vários deles. Vejamos Edição de fotos

alguns:
PROBLEMA: a fotografia poderia ser mais vibrante, o fundo,
apesar de neutro tem uma série de ruídos.

SOLUÇÃO: você pode escurecer o fundo de maneira uniforme e


tornar as flores mais vibrantes.

Fig. 72 e 73 – Orquídeas.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

a) Abra a imagem flores.jpg na pasta imagens do Ambiente


Virtual. Salve-a em uma pasta que você deverá criar só para as imagens
dos exercícios;
b) Abra a imagem no Photoshop, vá ao Menu Imagem/aplicar
imagem/mesclagem: multiplicar, OK.

Fig. 74– Aplicar imagem.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

Você pode e deve experimentar as outras possibilidades de


mesclagem do comando aplicar imagem. O que ele faz é combinar a
fotografia que você abriu com algo que esteja na camada inferior, neste
caso é o plano de fundo da sua fotografia.
Como trabalhar com camadas no Photoshop

159
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual O Photoshop trabalha com camadas, é com elas que podemos
Introdução
À Fotografia editar partes da imagem e, ao mesmo tempo, preservar a imagem original.
Unidade 4
Edição de fotos As camadas funcionam como folhas sobrepostas que podem ser recortadas,
modificadas e misturadas como papéis transparentes.

Como realizar mistura criativa por camadas


a) Abra a imagem amazonas.jpg na nossa pasta de imagens do
Ambiente Virtual. Depois volte ao Menu Arquivo/inserir, abra itacoatiara.
jpg, em seguida dê um clique duplo para encaixá-la sobre a primeira. Você
verá que as linhas em xis sobre a imagem desaparecem, isso quer dizer
que ela está pronta para ser editada;
b) Vá ao Menu Janela/camadas ou clique em f7 para abrir a
caixa de camadas. Veja que ao inserir outra imagem o Photoshop cria
automaticamente uma segunda camada. Observe que em cada camada
você encontra uma miniatura da imagem pertencente a ela, conforme
imagem abaixo:

Fig. 75 – Camadas.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

c) Abra a lista de misturas que se encontra sob a palavra


camadas, clique na chavinha ao lado e escolha Luz Brilhante;

160
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 4
Edição de fotos

Fig. 76 – Mesclagens.
Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

d) Veja que as duas camadas foram unidas em um efeito


transparente. Você pode e deve experimentar as outras possibilidades da
lista para conhecê-las;
e) Você pode ajustar o Preenchimento para amenizar o
resultado, bem como pode usar apenas as opções de Opacidade ou
preenchimento isoladamente, dependendo da sua intenção de mistura.

161
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 4
Edição de fotos

Fig. 77- Controle de preenchimento da camada.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

Veja as duas imagens originais e como ficou a mistura final:

+
=

Fig.78 – Duas fotografias mescladas.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

Como usar as ferramentas de seleção


As ferramentas são usadas para
selecionar partes de uma imagem
para edição, existentes na barra de
ferramentas.
Para abrir a lista de máscaras, clique
sobre com o botão esquerdo do
mouse.

162
Técnicas
de expressão e
Exemplo: Ferramenta de seleção de tons (Varinha mágica): Comunicação Visual
Introdução
a) Abra bicicleta.jpg e selecione a ferramenta varinha mágica. À Fotografia
Unidade 4
Ela funciona melhor sobre uma superfície uniforme ou chapada. Evite a Edição de fotos

ferramenta quando a variação tonal for demasiada. No exemplo, vamos


modificar a cor da parede atrás da bicicleta;
b) Clique com a varinha sobre o local indicado. É preciso que
toda a área da parede seja selecionada. Observe os seguintes aspectos:
A área de seleção é indicada por uma linha tracejada:

Você pode ajustar a tolerância da seleção, quanto maior for


o número, mais pixels. Por isso, vá com calma para encontrar o ponto
certo, a seleção não pode extrapolar para além da área desejada, nem
ficar aquém;
Para continuar selecionando mais de uma
área, acione a opção Adicionar à seleção, conforme
imagem ao lado.
c) Agora vamos modificar a cor da área
selecionada pela varinha. No Menu Imagem/Matiz/
Saturação, selecione a opção Colorir, ajuste os
controles de Matiz, Saturação e Luminosidade até
encontrar a cor desejada. No nosso exemplo, a
parede laranja ficou azul.

Fig. 79 – Imagens controles do photoshop, fotografia bicicletas.


Fonte: Imagem criada pela autora (2011).

163
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Para finalizar, desfaça a seleção com Ctrl+D, ou Menu Selecionar/
Introdução
À Fotografia Cancelar Seleção.
Unidade 4
Edição de fotos

Como realizar recorte e uso de camadas para edição


Agora você verá como selecionar parte de uma
imagem para ajustes variados. Desta vez, a
seleção da área será feita com a
Ferramenta Laço Poligonal. Inicie em qualquer
ponto da imagem com um clique do mouse,
solte e arraste a linha contornando a área a ser
“recortada” e clique quando precisar mudar a
direção do traço, use a ferramenta tal como se
ela fosse uma tesoura e vá clicando a cada curva
que fizer. Ao fim, quando a linha encontrar o
ponto inicial, aparecerá um pequeno círculo
sobre o cursor, isso quer dizer que a imagem
encontrou seu fim, dê um clique duplo para
finalizar, a imagem ficará dentro de uma área
tracejada.

Fig. 80 – (1) -O cantor e compositor Lúcio Bahia.


Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

A idéia é selecionar uma parte da imagem para destaque com


algum tipo de ajuste.

Ajustes de camada
Depois de terminar a seleção, olhe na caixa de camadas e clique
no ícone Criar nova camada de preenchimento ou de ajuste. Essa ação
abrirá uma lista de ajustes.

164
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual
Introdução
À Fotografia
Unidade 4
Edição de fotos

No momento, vamos usar a opção


Preto-e-branco, apenas a área
selecionada vai ser modificada.
Ajuste os controles de cor P&B.

Fig. 80-(2) – O cantor e compositor Lúcio Bahia.


Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

Como duplicar e aplicar efeito em camada


Crie uma nova camada para aplicar um efeito.
Para isso, clique sobre a camada da imagem com o
botão direito e sobre: Duplicar Camada. Também
é possível inverter a seleção, e desta vez você irá
aplicar um filtro de efeito na parte do fundo da
imagem do tocador de violão.
a) Inverter a seleção: ainda com a seleção do
músico, ou refaça para treinar o recorte, Menu
Selecionar/Inverter (ou Shift+Ctrl+I);

165
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual b) Agora é o fundo da foto que está selecionado:
Introdução
À Fotografia
Unidade 4
Edição de fotos

Fig. 80- (3) – O cantor e compositor Lúcio Bahia.


Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

Delete o fundo. Você só perceberá que o fundo foi deletado,


se olhar na caixa de camadas. Para visualizar o recorte, desabilite a
visibilidade da 1ª camada, clicando sobre o ícone de um olho ao lado da
miniatura:

Lembre-se de voltar a visualizar a camada depois, também tenha


certeza de estar na camada correta. Veja como ficou o fundo recortado:

Fig. 80 –(4) O cantor e compositor Lúcio Bahia.


Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

c) Agora é hora de aplicar o efeito. Vamos mudar o plano focal


tornando o fundo embaçado. Volte para a 1ª camada, selecionando-a, é
nela que o efeito será aplicado.

166
Técnicas
de expressão e
d) Vá ao Menu Filtro/Desfoque/Desfoque de lente. Você se Comunicação Visual
Introdução
lembrou de acionar o ícone de visualização da camada? À Fotografia
Referências

Fig. 80 –(5)- O cantor e compositor Lúcio Bahia.


Fonte: Kasmin Carnevali. Acervo pessoal.

Esta unidade serve como um breve guia de exercícios. Espero Na sala


que a partir de agora você tenha um bom começo na edição de fotografias. virtual, abra
o documento
Saiba que muito ainda há para ser visto. A partir de agora é só praticar e intitulado
Tutoriais on
exercitar a criatividade com lindas fotografias. line Photoshop
Espero que você tenha se divertido! e veja outros
exercícios para
praticar.

Referências
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pt.wikipedia.org.br/wiki/Eugene-atget.> Acesso em fev. 2011.
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com> Acesso em : fev. 2011.

Glossário
Abertura: Abertura da objetiva, cuja função é limitar a quantidade de luz
que chega ao filme ou ao sensor de imagem.
Exposição: Quantidade total de luz usada para criar a imagem.
Profundidade de campo: Medida de quanto uma fotografia está em foco,
do ponto mais próximo da câmera até o ponto mais distante em que ambos
estejam nítidos.
Zoom: Objetiva com ângulo de visão variável.

169
Técnicas
de expressão e
Comunicação Visual Currículo da professora-autora
Introdução
À Fotografia
Currículo
da
professora autora
Kasmin Biscaro Alves Carnevali possui graduação em Educação Artística pela
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, mestrado em Comunicação
em Linguagens pela Universidade Tuiuti do Paraná. Atua como professora
no Departamento de Artes da Universidade Federal do Amazonas - UFAM.
Como artista visual realizou exposições como: Bárbara - Fotografia Digital,
na Galeria do Largo - AM; Livramento - Fotografia e ação comunitária, na
Oca Gabriel Gentil – AM; Fila – Fotografia, no Espaço Cultural Muiraquitã
– AM; Coleção outros interiores/polaróides fake – Fotografia e Pintura, na
Galeria do Icbeu – AM. Ganhadora de várias premiações, dentre elas: Do
artesanal ao digital, poéticas com novos aparatos tecnológicos pessoais,
pela Rede Nacional de Artes Visuais/FUNARTE 2008 – MG; Projeto Diário de
indefinições fotográficas, FUNARTE, Modalidade Fotografia/2009; Projeto
visual: Cinema parado, Secretaria Estadual da Cultura do Amazonas -
PROARTE 2010-11, categoria Artes Visuais.

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