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No século XVI, a câmera escura ganha uma lente no lugar do orifício – o que
melhora significativamente a qualidade e definição da imagem – e diminui de
tamanho, passando a ser largamente utilizada por pintores como auxilio para
desenho. A ilustração acima mostra uma câmera escura do século XVII, que
incorpora os mesmos elementos encontrados nas câmeras que usamos hoje
em dia.
MATERIAIS FOTOSSENSIVEIS
Em 1725, Johann Heinrich Schulze, professor de anatomia da Universidade
de Altdorf, na Alemanha, observa o escurecimento dos sais de prata através
da exposição à luz. Dispondo dessa informação, em 1802, o inglês Thomas
Wedgwood, filho de um fabricante de porcelanas, experimenta gravar a
imagem de seus desenhos de paisagens e casa utilizando papel escovado com
nitrato de prata através da câmera escura. Entretanto, ele consegue apenas
registrar silhuetas de folhas e de asas de insetos, colocando-as em contato
com um papel sensibilizado e expondo o conjunto ao sol. As partes do papel
atingidas pela luz escurecem. Mesmo assim, não conseguem fazer com que
essas imagens permaneçam, pois quando as partes do papel não atingidas pela
luz (aquelas sob o objeto) são observadas na claridade, elas também
escurecem, fazendo com que a imagem suma.
Obturador e Visor
OBJETIVA
O CORPO
É a caixa escura que protege o filme ou o sensor digital, ou seja, a superfície
fotossensível da luz até o momento da exposição.
No corpo está uma serie de mecanismo que atuam na exposição da superfície
fotossensível, como obturador e o visor, entre outros.
O OBTURADOR
O obturador vai controlar quanto tempo o filme ficará exposto à luz. Há dois
tipos de obturador, cada um com localização características diferentes. De
acordo com o tipo de câmera que utilizamos, é possível encontrar um dos
tipos ou dois ao mesmo tempo.
VISOR DE LCD
Disponível apenas nas câmeras digitais, ele possibilita a visualização da cena
a ser fotografada sem necessidade de nenhuma correção. Nas câmeras
compactas, ele disponibiliza a imagem antes de registrá-la. Nas câmeras SLR,
a imagem só fica disponível depois de capturada.
A OBJETIVA
A objetiva (também conhecida como lente) vai substituir o orifício que antes
permitia a entrada de luz na câmera. Ela é, na verdade, um conjunto de lentes.
Os controles disponíveis na objetiva são o foco e o controle do diafragma,
feitos através de anéis em seu corpo. Nas câmeras eletrônicas esses controles
são geralmente acionados no próprio corpo da câmera.
Uma objetiva foi adaptada pela primeira vez no corpo de uma câmera no
século XVI pelo italiano Daniele Bárbaro. Ela consistia apenas em uma lente
biconvexa, como uma lente de aumento, que melhorava a definição e a
luminosidade da imagem. Além disso, ela formava uma imagem que condizia
com as leis da perspectiva. A partir daí, a câmera escura foi largamente
utilizada por pintores desenhistas.
As objetivas surgem para que mais luz possa entrar na câmera, sem que a
imagem perca nitidez. O conjunto de lentes que forma uma objetiva
redireciona os raios que passam por ela, de modo que dois ou mais raios
vindos de um mesmo ponto do objeto fotografado caiam no mesmo ponto
dentro da câmera. O local onde todos os raios provenientes do objeto vão cair,
formando a imagem na câmera, chama-se Plano Focal. Ele é a versão
moderna da parede onde se projetava a imagem na câmera escura.
A distância entre a objetiva e o plano focal chama-se Distância Focal e
corresponde exatamente à capacidade que a objetiva tem de fazer foco em
objetos que estejam no infinito. Cada lente tem definida, na hora da
montagem, a distância além da qual um objeto é considerado como estando
no infinito. No caso de uma 50 mm Nikkor (a lente das maquinas Nikon),
estará no infinito qualquer objeto distante a mais de 10 metros. O infinito fica
identificado na lente como um anel de foco.
Com o anel de foco na posição, o relógio e tudo que está atrás dele estarão em foco.
Para focar a vela, giramos o anel de foco até a posição 1m. Não é possível focar o
perfume, pois ele está a menos de 45cm da objetiva.
No caso da lente descrita acima, o anel de foco serve para focarmos objetos
que estejam a menos de 10m de distância da câmera. Ao operarmos o anel ele
movimenta as lentes da objetiva, chamadas de elementos, para que os raios
dos objetos próximos venham a convergir em cima do Plano Focal. Há, nas
objetivas, uma marcação que indica a distância mínima para que o objeto
esteja em foco; no caso da Nikkor 50 mm, essa distância é de 40 cm.
O DIAFRAGMA
É controlado pelo outro anel da objetiva e é responsável pela quantidade de
luz que vai passar por ela até atingir a superfície fotossensível.
O diafragma é formado por uma série de laminas superposta e fica geralmente
no centro ótico da lente. Ao girarmos o anel do diafragma, variamos o
diâmetro da abertura no centro dele, controlando, dessa maneira, a entrada de
luz na objetiva.
é possível observar que, em relação a f.14, a maior abertura aqui descrita f2.0,
permite a passagem de 2x menos luz pela objetiva. Do mesmo modo, f2.8
deixa 4x menos luz passar que f1.4. Realmente é possível ver no desenho
abaixo que, se f1.4 é a maior abertura, é possível colocar 4 pequenos círculos
representando f2.8 no mesmo espaço em que cabe apenas um círculo de
tamanho igual a 1.4.
Portanto, 1 f-stop significa 2x mais ou menos luz passando pela objetiva. A
palavra stop é utilizada tanto para mudança na abertura do diafragma, quanto
para mudança na velocidade do obturador, pois como vimos, todos dois estão
em uma relação dobro-metade entre si. Então, 1 stop significa uma alteração
na exposição que pode ser 1 ponto de diafragma ou 1 velocidade de
obturador. De 1/125 para 1/60, aumentamos a exposição também em 1 stop.
1 stop 2x + ou - luz
2 stop 4x + ou – luz
3 stop 8x + ou – luz
4 stop 16x + ou – luz
5 stop 32x + ou - luz
Objetivas
As primeiras câmeras escuras não utilizavam lentes para a formação da
imagem. Poucos raios de luz vindos de diferentes pontos os objetos
atravessavam um pequeno orifício e projetavam uma imagem na parede
oposta a ele.
Além de serem de cabeça para baixo e invertidas, essas imagens eram muito
escuras por causa do tamanho do orifício. E, ao tentar clarear a imagem,
aumentando o tamanho do orifício, a definição da imagem piorava muito.
Para obter uma definição aceitável, os tempos de exposição tinham que ser
muito longos. Imagens feitas em menos tempo inevitavelmente tinham menos
definição, pois precisavam ser feitas com câmeras de orifício maiores.
A imagem em uma câmera escura é formada por pequenos círculos, chamados
círculos de confusão. Isso se deve ao fato de mais um raio de luz, vindo de
um ponto no objeto, atravessar o orifício. Do contrário, se apenas um raio
passasse por ele, a imagem seria formada por ponto, e não por círculos.
Portanto, quanto maior o orifício da câmera, maiores os círculos de confusão
formadores da imagem, e pior a definição.
Para ser possível fotografar com tempos menores de exposição, as câmeras
obscuras tinham que ter orifícios maiores, o que acabava gerando círculos de
confusão maiores e menos definição. Foi para resolver esse problema que as
objetivas foram introduzidas em nossas câmeras.
As primeiras objetivas possuíam apenas um elemento – uma lente biconvexa
– que reunia o maior número possível de raios vindos de um ponto e os
redirecionava para um único ponto dentro da câmera. A imagem era formada
por pontos em vez de círculos, tendo uma definição igual ou melhor que a de
uma câmera escura de orifício muito pequeno. Além disso, a imagem se
formava no filme em muito menos tempo.
Tele Objetiva
Tem distancias focais maiores e, por isso, é mais utilizada quando o fotógrafo
não pode se aproximar do objeto fotografado, ou quando o interesse é um
detalhe do objeto ou da cena.
Ao contrário da grande angular, esta objetiva tem como característica
principal não deformar os objetos fotografados, o que a torna ideal para
fotografias de produtos em publicidade. Além disso, as teles de 105mm a
135mm são chamadas de teles para retrato, pois não distorcem o rosto da
pessoa fotografada com uma 28mm faria. Para closes, nem mesmo a 50mm é
recomendável, pois distorções, ainda que discretas, também ocorrem.
A outra característica da tele é o chamado achatamento dos planos.
Aparentemente, os diferentes planos ficam mais próximos uns dos outros.
DE 70MM A 80MM – SEMI –TELE OBJETIVA
DE 100MM EM DIANTE –TELE OBJETIVA
DE 105MM A 135MM –TELE RETRATO
DE 150MM EM DIANTE – TELE DE APROXIMAÇÃO
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
OBJETIVAS ZOOM
São objetivas de distância focal variável. É possível alterar o seu tamanho
girando um anel ou estendendo o seu corpo. Com a zoom não é preciso
carregar várias objetivas na bolsa ou trocar de objetivas constantemente
durante uma sessão de fotos. Hoje em dia, é possível comprar uma zoom que
cubra de 28mm a 80mm e a outra de 80mm a 200mm, e assim termos apenas
duas lentes que abrangem uma grande variedade de ângulos de visão e de
aproximação.
Além disso, elas são objetivas mais baratas que as de distância focal fixa.
Porém, não têm a mesma qualidade ótica e geralmente não dispõem de
aberturas muito grandes: f.4 ou f.5.6 são as maiores aberturas da maioria das
zooms. Normalmente, as objetivas zoom tem abertura máxima de diafragma
variável, como por exemplo, uma 24-70mm 1:3.5-5.6, o que quer dizer q em
24mm a abertura máxima é de 3.5 enquanto que em 70mm a abertura máxima
é 5.6. Objetivas que tenham aberturas f.2.8, por exemplo, costumam se bem
mais caras.
OBJETIVAS MACRO
São objetivas que têm o foco mínimo muito mais próximo que as objetivas
comuns. As macros são ideais para trabalhos de reprodução ou em situações
em que seja necessário aproximar-se muito do objeto fotografado. O foco
mínimo de uma 50mm é geralmente 45cm. Com uma macro é possível focar
em até 25 cm ou menos.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES
DISTANCIA FOCAL E FORMATO DO FILME
Esta divisão das objetivas entre grande angular, normal e tele só é válida para
o formato 35mm, que usamos no curso básico.
Para o formato 6x6cm, de negativos bem maiores que o de 35mm, uma
objetiva 50mm não é uma normal. Na realidade, ela é considerada neste
formato uma grande angular. A explicação tem a ver exatamente com o
tamanho do negativo. Como o formato 6x6cm é maior, com a mesma objetiva
é possível registrar mais elementos da cena que com o formato 35mm. Logo,
a mesma lente acaba “mostrando” mais, e se tornando, portanto, uma grande
angular. Para o formato 4x5 polegadas, filme usado nas câmeras de grande
formato, a mesma 50mm vai ser uma grande angular de maior cobertura
ainda.
A melhor maneira de saber qual a distância focal corresponde a determinado
tipo de lente nos diferentes formatos é a seguinte: quando a distância focal for
menor que a diagonal do negativo, a objetiva é grande angular, quando for
igual à diagonal, é uma normal; e quando a distância focal for maior que a
diagonal do negativo, trata-se de uma tele.
DISTÂNCIA FOCAL E DIAFRAGMA
Geralmente, as objetivas normais são as que têm as maiores aberturas de
diafragma, sendo então mais claras ou mais rápidas que as outras. Na maioria
das lentes, há uma indicação sobre a abertura escrita no corpo da seguinte
maneira: 1:1.4. Isso significa que a maior abertura é f.1.4.
Entre as normais, objetivas de f.1.8 e f.2.0 são as mais comuns e baratas.
Há objetivas de f.1.2 e até de f.1.0, mais raras e mais caras. Entre as grandes
angulares, objetivas de abertura f.2.8 e f.3.5 são as mais comuns. Já que as
teles normalmente têm aberturas máximas de f.4 e f.5.6, o mesmo
acontecendo com as zooms. Teles e zooms com abertura de f.2.8, por
exemplo, custam bem mais caro.
DISTÂNCIA FOCAL E FOCO
O foco mínimo e o ponto de infinito das objetivas também vão variar com a
distância focal. Quanto maior a objetiva, mais distante será o foco mínimo e o
ponto de infinito. Os valores abaixo são aproximações:
AS NORMAIS TÊM FOCO MINIMO EM TORNO DE 45CM E INFINITO EM TORNO
DE 10M.
Esse tipo de fotômetro, como o próprio nome diz, mede a intensidade da luz
que incide (ou cai) sobre ele. Uma célula fotoelétrica recebe a luz e a
transforma em energia elétrica, gerando uma leitura que nos dá a exposição
correta para o filme que estivermos usando. Há dois tipos de fotômetro de luz
incidente: o analógico e o digital. No analógico, a energia solar movimenta
uma agulha e esta vai apontar para uma exposição. No digital, um visor de
cristal líquido nos mostra a combinação do diafragma correto para a foto.
Ao utilizarmos esse tipo de fotômetro, é importante aponta-lo em direção à
câmera. Se vamos fotografar uma pessoa que está iluminada pelo sol, por
exemplo, devemos colocar fotômetro bem em frente ao rosto da pessoa, a
aponta-lo em direção à câmera.
A vantagem desse tipo de aparelho é que ele gera uma leitura absoluta, pela
qual podemos nos guiar sem receios de sub ou superexpor a foto. Como lê
exatamente a luz que cai no objeto a ser fotografado, ele nos dá uma
combinação de diafragma e obturador perfeita para a situação. Por outro lado,
ele não será tão útil se a luz do local onde ele está não for a mesma que a do
local onde o objeto será fotografado.
O fotografo está sob o sol de meio dia, fotografando alguém que está debaixo
de uma arvore. Se fizer uma medição com o fotômetro de luz incidente
exatamente onde ele está, o aparelho vai fazer uma leitura para a luz do sol.
Ao ajustar a máquina com essa medição e fotografar a pessoa, a foto vai sair
subexposta. A luz embaixo da arvore é mais fraca que sob o sol de meio dia.
É preciso que o fotografo vá até onde a pessoa está, e faça uma medição com
o fotômetro debaixo da árvore.
FOTÔMETRO DE LUZ REFLETIDA
Esse tipo de fotômetro é o que está nas nossas câmera. E como o nome diz,
ele mede a luz que reflete dos objetos que estamos vendo pelo visor. Uma
doente deluz atinge objeto que estamos fotografando, fazendo com que a luz
que reflete dele se dirija para a câmera. Os raios de luz que entram pela
objetiva vão atingir uma célula fotoelétrica, no interior da câmera. Esta célula
vai indicar a exposição. O fato de uma célula medir a luz que chega na câmera
e não a que cai sobre o objeto, faz com que o funcionamento desse tipo de
aparelho seja totalmente diferente do anterior.
Observando esse fotômetro, pesquisadores se deparam com um grande
problema: algumas cenas refletem mais luz para a câmera que outras, mesmo
que elas estejam iluminadas pela mesma fonte. A luz que reflete dessas cenas
vai gerar leituras diferentes, ainda que a intensidade da luz que as atinja seja a
mesma. Era preciso encontrar um valor médio, que servisse de base para a
maioria das situações.
Pesquisas revelaram que mais de 80% das cenas que fotografamos refletem
mais ou menos a mesma intensidade de luz para a câmera. Essa intensidade é
a mesma se fotografássemos um cartão cinza sendo iluminado pela luz que
atinge a cena em questão. Portanto, nosso fotômetro de luz refletida é
calibrado para nos dizer que a intensidade de luz correta para a foto é aquela
que for igual a que é refletida de um cartão cinza. Porém, se a cena refletir
mais ou menos luz que um cartão cinza, o fotômetro vai gerar uma leitura
errada. Falaremos disso a seguir.
A área de medição de luz em um fotômetro de luz refletida nem sempre é o
quadro completo. Os mais antigos mediam somente a região central do
quadro. Se os objetos importantes estivessem nos cantos não seriam medidos,
ocorrendo erros de exposição. Com o desenvolvimento dos fotômetros, eles
passaram a ler regiões diferentes do quadro. Desta maneira, é possível ter
duas leituras, por exemplo, e fazer a média entre elas. As câmeras mais
modernas, dividem o quadro em 3, 4, 6 e até mais áreas de medição, dando ao
fotografo uma média entre todas essas áreas.
A grande vantagem desse tipo de aparelho é que podemos estar sob o sol de
meio-dia e conseguirmos uma fotometragem correta de alguém embaixo de
uma árvore. Vimos que, nesse exemplo, o fotômetro de luz incidente não
funcionou muito bem. Usando agora um fotômetro de luz refletida, teremos
uma leitura da luz que está vindo debaixo da arvore e não da luz que vai
chegando na câmera. A combinação obturador x diafragma indicada vai
certamente resultar em uma boa foto.
A desvantagem está no fato de que 20% das situações que iremos encontrar
refletem mais ou menos luz que um cartão cinza. Vamos listar quatro tipos
destas situações excepcionais e as soluções correspondentes.
Nº 1 – CONTRA – LUZ: A fotografia de uma pessoa que está contra o sol, ou na
frente de um céu claro. Esse tipo de luminosidade vinda do fundo é muito
mais forte do que a que um cartão cinza mandaria para o fotômetro. Logo o
aparelho vai “dizer” que há muita luz na cena, o aconselhando a fechar o
diafragma. Resultando: um fundo corretamente exposto e uma silhueta da
pessoa que você fotografou. Solução: aproxime-se da pessoa, enchendo o
quadro com o rosto dela. Faça uma fotometragem, regule a câmera e volte
para a posição onde estava antes. Agora o céu vai ficar claro (talvez até claro
demais), e o objeto principal da foto vai sair corretamente exposto.
Nº 2 – CÉU PREDOMINANTE: A fotografia de paisagem onde o céu ocupa de
1/3 a metade do quadro. Novamente, o céu vai mandar mais luz para o
fotômetro do que as arvores e montanhas da sua cena. Resultado: um fundo
corretamente exposto e silhuetas de arvores e montanhas. A solução é a
seguinte: enquadre somente as arvores e montanhas e a grama, tirando do
enquadramento o céu. O seu fotômetro só mede o que está sendo visto pelo
visor. Assim, sem o céu no enquadramento, o aparelho vai medir a luz que
está vindo da cena. Após regular a máquina de acordo com a fotometragem,
enquadre novamente o céu e bata a foto. De novo, o céu vai sair claro, mas a
cena vai ficar perfeita. Se o importante for o céu, simplesmente siga a leitura
inicial.
Nº 3 – PREDOMINÂNCIA DE BRANCO: Vamos fotografar uma pessoa branca,
de roupas brancas, em frente a um prédio branco, num dia de sol. Essa cena
obviamente reflete mais luz que um cartão cinza. Seu fotômetro vai ser
enganado e vai mandar você fechar o diafragma ou aumentar a velocidade do
obturador. Com a subexposição que isso vai acarretar, sua cena que era branca
sairá mais escura que deveria: o branco aparecerá cinza. Nesse tipo de
situação é preciso saber em quantos stops o seu fotômetro foi enganado.
Vamos discutir isso adiante.
Nº 4 – PREDOMINÂNCIA DE PRETO: Dessa vez, a pessoa é negra, está de
roupas pretas em frente a um prédio pintado de preto. Novamente o seu
fotômetro vai ser enganado, mas dessa vez vai ocorrer o oposto. Essa cena
reflete menos luz para a câmera que um cartão cinza. Nesse caso, seu
fotômetro vai lhe pedir para abrir o diafragma ou baixar a velocidade. O
resultado será uma superexposição, que transformará o preto em uma cor mais
clara e tudo vai ficar...cinza!
Nos exemplos 1 e 2 é possível achar uma solução simples para o problema.
Mas, e quanto às situações 3 e 4? É preciso saber em quantos stops o nosso
fotômetro errou para podermos corrigir o problema. Para isso, vamos usar
uma escala de sete tons de cinza, indo do branco ao preto, passando por
branco com detalhe (valor correto para coisas brancas), cinza claro, cinza
médio, cinza escuro, preto com detalhe (verdadeiro valor para coisas pretas).
De um tom de cinza para outro a diferença é de 1 stop. Se estamos
fotografando algo que é cinza médio e subexpomos em 1 stop, ele acabará
cinza escuro. Se superexpormos algo preto em 2 stops, ele vai ficar cinza
médio (lembre-se que o preto com detalhe na escala. De PC/D para CM temos
exatamente dois quadrados, dois stops).
No exemplo nº 3, em que tínhamos uma situação onde tudo era branco, esse
branco vai ser escurecido. Ele vai sair cinza médio. Quantos stops há entre
branco com detalhe e cinza médio? 2 stops. Basta então abrir 2 stops para que
a imagem seja clareada e tudo volte a ser branco.
No exemplo nº 4, tínhamos uma cena onde prevalecia o preto. Nosso
fotômetro foi enganado e clareou a cena, tornando-a cinza media. Para
corrigirmos isso, basta que fechemos 2 stops, e o que era cinza médio vai
voltar a ser preto com detalhe. Confira na ilustração a diferença entre CM e P
c/d: exatamente 2 stops.
Portanto, nos casos em que você sabe que seu fotômetro está sendo enganado,
tente avaliar em quantos stops é esse erro e corrija-o usando como auxilio o
esquema da ilustração. Mas não se esqueça: mais ou menos 80% das cenas
que fotografamos refletem a quantidade de luz perfeita para o bom
funcionamento do fotômetro.
TIPOS DE LEITURA EM FOTOMETROS DE LUZ REFLETIDA
É importante lembrar que as denominações e representações gráficas vao
variar de fabricante para fabricante, embora todos exerçam as mesmas
funções.
AVALIATIVO/MATRICIAL/MULTI – modo de medição geral. O visor se
divide em vários pontos de medição que lêem a luz de forma uniforme, não
privilegiando nenhuma área especifica.
PONDERADO AO CENTRO – a medição privilegiada o centro do visor, dando
maior importância para a área próxima ao centro e menor para a área
periférica.
PONTUAL/ PARCIAL – a medição se concentra exclusivamente no centro do
visor.
OUTRAS ALTERNATIVAS DE FOTOMETRAGEM
EXPOSIÇÃO BASICA NA LUZ DO DIA (EBL):
A EBL é uma maneira de prescindirmos do fotômetro no momento do
cálculo da exposição. Podemos encontrar esse sistema resumindo nas caixas
de filme com desenhos indicando uma exposição base para cada tipo de
situação: sol, parcialmente nublado, nublado etc.
O sistema leva em consideração que a intensidade de luz do sol é sempre a
mesma, quer que estejamos no topo do Monte Everest, ou em um vale muito
profundo. Essa exposição não vai mudar de um dia para o outro, se em ambos
os dias houver sol. Além disso, o ponto de partida para o cálculo da exposição
usa a sensibilidade do filme para ajustar a velocidade de obturador que
usaremos.
A exposição básica em um dia de céu claro, sem nuvens, vai ser 1/ISO @
F.16. Portanto, com um filme ISO 125, a exposição básica para um dia de sol
será 1/125 @ f.16. Se o ISO do filme dor 400, por exemplo, procure a
velocidades mais próximas de 400. No caso, você vai escolher 1/500 @ f.16.
Como 1/500 significa menos luz que 1/400, use f.11 2/3 em vez de f.16.
Há outras situações base, calculadas a partir dessa primeira. Por exemplo. Em
um dia de sol, mas com algumas nuvens no céu, ou um pouco de névoa, a luz
que vai chegar à Terra será um pouco mais fraca que na situação anterior. De
fato a luz que chaga vai ser 1 stop mais fraca que na exposição basica.
Portanto, com um filme ISO 125, abriremos um stop e ficaremos com 1/125
@ f.11.
Abaixo relacionaremos as principais situações que encontramos em relação à
Exposição Básica.
Dia de Sol, contraluz, silhueta ou luz 1/isso @ -2 stops de EBL
dramática f.32
Dia de Sol, na praia ou neve 1/isso @ -1 stops de EBL
f.22
Dia de Sol, sem nuvens 1/isso @ - EBL
f.16
Dia de Sol, contraluz, exposição para sombra 1/isso @ f.8 +2 stops de
EBL
WHITE BALANCE
Na fotografia analógica, as configurações para casa foto, no que diz respeito à
temperatura de cor e à tonalidade da luz, são corrigidas com filtros ou filmes
especiais. As câmeras digitais são capazes de efetuar compensações e
correções nos desvios da temperatura de cor com que os objetos são
iluminados através de um circuito eletrônico denominado balanço do branco
(White balance). Este circuito (que pode funcionar automaticamente ou no
modo manual) corrige a receptividade da câmera às diferentes cores,
balanceando – daí seu nome – as quantidades das cores componentes do
espectro que forma a luz branca, deslocando sua composição em direção ás
tonalidades avermelhadas (para corrigir excesso de tons azulados) ou azuladas
(para corrigir o excesso de tons avermelhados). A maioria das digitais oferece
o modo automático de White balance, no qual a câmera faz a leitura de cores
gerais da cena e ajusta o balanço de branco segundo dados programados e os
ajustes manuais que diferem de acordo com a temperatura de cor da fonte de
luz utilizada, como por exemplo, tungstênio, fluorescente, luz do dia, além de
algumas outras opções.
Em outras palavras, o circuito eletrônico compensa as variações de tonalidade
ajustado o “controle de volume” de cada uma das 3 cores (que cores?), que é
no que consiste o processo de balanceamento do branco. O balanço de branco
pode ser alterado a cada foto e, além de ser utilizado como ferramenta
corretiva, também oferece possibilidade criativas ao fotografo, que pode criar
alguns efeitos na imagem, deixando –a azulada ou amarelada (“esquentada”)
propositalmente.
FILTROS DE PROTEÇÃO
Os filtros de proteção são aqueles que reduzem os raios ultravioletas
principalmente em fotos de paisagens em alta altitude e perto do mar, sem
interferir na absorção de outros raios eletromagnéticos. Por isso, podem e
devem ser usados permanentemente na lente para protegê – la contra poeira,
marcas de dedos e arranhões.
UV: Produz redução básica dos raios UV.
SKY LIGHT: Absorve grande parte dos raios UV e, devido ao seu tom
rosado, produz uma tonalidade mais quente na foto.
FILTROS DE EFEITO
POLARIZADOR: É o filtro utilizado para retirar ou diminuir reflexos de
qualquer superfície, com exceção de superfícies de metal. Além disso o
polarizador pode ser usado para diminuir os efeitos de nevoa na atmosfera ou
para escurecer o céu em fotografias coloridas.
Geralmente, a luz se propaga em diversos planos ao longo de uma trajetória.
Porém, ao refletir de objetos de superfícies lisa não metálicos, a luz passa a se
propagar em um só plano. É o que chamamos de luz polarizada.
O filtro polarizador funciona como uma persiana, que barra a luz de acordo
com o plano no qual ela se propaga. Se utilizando com luz não polarizada, o
filtro só vai deixar passar a luz em um plano de propagação. Se utilizado com
luz polarizada, ele pode barrar a luz ou diminuir o seu efeito no filme: é assim
que o filtro retira reflexos.
Há dois tipos de polarizadores. O linear precisa ser girado para polarizar a luz
de acordo com o seu plano de propagação e é geralmente usado com lentes de
foco manual, onde o fotografo faz o foco primeiro e regula o filtro depois. O
circular não precisa ser girado e é indicado para uso com lentes de foco
automático. Este último é de melhor qualidade.
O polarizador funciona melhor se o fotografo estiver em um ângulo de 35°
com a superfície reflexiva fotografada. Se a foto for feita de frente para a
superfície, o filtro vai fazer pouco efeito ou até mesmo nenhum efeito. Em
relação a fotos do céu, o filtro funciona melhor se o fotografo estiver em um
ângulo de 90° em relação ao sol.
Assim como qualquer filtro, o polarizador vai barrar uma certa quantidade de
luz. Seu fator é geralmente 2.5, ou seja, diminui a luz em 1/3 de stop.
DENSIDADE NEUTRA: São filtros que barram a entrada de luz na câmera
por igual, escurecendo a imagem sem alterar as suas características de cor.
Utilizamos esse tipo de filtro quando precisamos diminuir a quantidade de luz
no filme sem ter que fechar o diafragma, ou aumentar a velocidade do
obturador. Ou, do contrário, quando precisamos abrir o diafragma, ou
diminuir a velocidade d obturador. É ideal para casos em que a sensibilidade
do filme é muito alta para a situação de luz em que estamos.
Assim como os filtros coloridos, o fabricante tanto pode indicar a perda de luz
em stops quanto em fatores. Os fatores de filtros de densidade neutra, porém,
funcionam de maneira diferente em relação aos fatores de filtros coloridos. A
escala de fatores DN é logarítmica, na qual cada decimo equivale a 1/3 de
stop. Portanto, um filtro DN 0.1 diminui a exposição em 1/3 de stop. Um
filme DN 3 diminui a exposição em 1 stop.
CLOSE – UP: Os filtros close – up são utilizados para diminuir a distância
mínima de foco, ou seja, para chegarmos mais perto dos objetos. É importante
ressaltar que esses filtros não apresentam a mesma qualidade das lentes
macros, mas podem ser bastante uteis. Close – up +1, close – up +2, close –
up +4, close – up +7... Quanto maior o número, mais perto podemos chegar
do objeto e, portanto, maior a imagem do mesmo.
FILTROS DE EFEITOS ESPECIAIS
Há uma grande variedade de filtros de efeitos especiais que alteram a imagem
difusores da imagem, refração múltipla, degradés, efeitos arco – íris etc.
TIPOS DE FILTROS QUANTO AO MATERIAL
Há no mercado filtros de gelatina, de vidro e de resina. Os primeiros são os
mais puros do ponto de vista ótico, mas são os mais frágeis. Não podem
molhar ou fica em ambientes úmidos e não podem ser limpos com panos ou
papeis, pois arranham com muita facilidade. São quadrados e podem ser
comprados em diferentes tamanhos. Podem ser posicionados na frente da
objetiva ou usados com adaptadores feitos para eles.
Os filtros de vidro vem em segundo lugar do ponto de vista ótico, mas vêm
em primeiro lugar na preferência dos fotógrafos. Esses são mais resistentes,
podem ser limpos sem problemas de arranhões e não precisam de tantos
cuidados. Ao comprar esse tipo de filtro, saiba o diâmetro da sua lente, pois
eles devem ser enroscados no elemento frontal. Geralmente essa indicação é
dada pelo fabricante da seguinte maneira: 52, que significa 52mm. Também é
possível comprar anéis adaptadores para enroscar filtros 55mm em lentes
52mm, por exemplo.
Os filtros de resina são os piores dos três tipos citados. A resina pode causar
reflexões indevidas da luz ao filtra – la. Esses filtros são mais usados por
fabricantes de filtros de efeitos especiais, como Cokin. Por serem quadrados
precisam de um adaptador especial para serem colocados na frente da
objetiva.
Iluminação: Apurando a
Percepção e a Técnica
A POSIÇÃO DA FONTE DE LUZ:
O ângulo de incidência da luz sobre o motivo fotografado é tão importante
quanto as dimensões da fonte de luz.
A posição da fonte tem dois efeitos diferentes: um, subjetivo, referente às
conotações emocionais que lhes são associadas. Um exemplo: um rosto
iluminado por baixo tem, definitivamente, um aspecto sinistro. O outro efeito
é objetivo, relativo à informação transmitida pela imagem. A mudança de
posição da fonte altera as regiões de luz e de sombra, modificando o aspecto
da imagem.
A posição das áreas claras da imagem depende da posição da fonte de luz.
Um objeto redondo, por exemplo, vai sempre apresentar alguma área clara em
sua superfície. Tratando –se de objetos brilhantes, por exemplo, a área de
fronteira entre a zona iluminada e a de sombra é que revela sua forma e
textura. Já um motivo plano pode perder claridade, de acordo com o ângulo
de iluminação. A maioria dos objetos, porém, é composta de superfícies plana
e curvas – o que pode ser usado pelo fotografo para evidenciar, pela
iluminação, este ou aquele detalhe ou atmosfera.
O ângulo de iluminação determina a maneira como as sombras se distribuem
na superfície do objeto, dando maior ou menor impressão de profundidade e
textura. Cada posição da fonte de luz resulta em tipos diferentes de fotografia:
ILUMINAÇÃO LATERAL: em fotos arquitetônicas, quando se deseja
realçar a textura de uma parede, convém esperar até que a luz incida
lateralmente para que a sombra de suas irregularidades se projete sobre sua
própria superfície. O uso de iluminação lateral produz o mesmo efeito em
retratos.
ILUMINAÇAO SEMI – LATERAL: quando a iluminação se dá em ângulo
intermediário entre o lateral e o frontal, as bordas das sombras ficam bem
visíveis na imagem, e as áreas iluminadas são mais amplas do que na
iluminação lateral. Por isso, o ângulo semi – lateral é usado com muita
frequência nos mais variados tipos de fotografia.
ILUMINAÇÃO FRONTAL: na iluminação frontal não resta quase nenhuma
área de sombra, e as bordas das áreas escurecidas ficam praticamente fora de
vista. Com isso, a imagem quase não apresenta textura, apesar de ganhar na
saturação das cores. A iluminação frontal é a que decorre, por exemplo, do
uso do flash direto montado na câmera: os fotógrafos da imprensa usam muito
esse tipo de iluminação, por ser um recurso simples para iluminar cenas com
a rapidez necessária nesse tipo de pratica.
ILUMINAÇÃO SUPERIOR: um tipo de muito comum de iluminação
acontece quando a fonte se encontra acima do objeto. É o que ocorre na
esmagadora maioria das fotos tiradas à luz do dia. Trata –se, de fato, do
mesmo ângulo produzido na iluminação lateral; no entanto, há uma diferença
no efeito produzido. O rosto humano não é favorecido pela luz vinda de cima,
que escurece os olhos os maxilares, iluminando o nariz e a testa. Um modo de
contornar esse problema é fazer com que a luz deixe de incidir apenas de
cima. Isso se consegue rebatendo a luz em alguma superfície, como por
exemplo uma folha de cartolina branca, para que a luz refletida ilumine o
rosto da pessoa. Outra solução consiste em situar o rosto à sombra de algum
anteparo.
ILUMINAÇAO DE FUNDO: nesse tipo de iluminação, a fonte de luz se
situa atrás do motivo. Com isso, a parte do objeto voltada para a câmera
resulta escurecida, e a área iluminada se restringe ás suas bordas. O efeito
assim obtido pode ser muito interessante com objetos que refletem pouca luz.
Controle de abertura
A abertura é um parâmetro fotográfico e o controle de abertura é uma
habilidade fundamental na fotografia criativa. A abertura selecionada
tem um grande efeito sobre a profundidade de campo.
A abertura determina a quantidade de luz que passa através da lente até o
sensor. O tamanho da abertura pode ser alterado. O tamanho da abertura é
ajustado com um diafragma situado no interior da lente (as lâminas do dia a
diafragma são usadas para fechar a abertura).
O tamanho da abertura é indicado por um número f, que expressa o tamanho
da abertura em relação a distância focal da lente: por exemplo, f/2 indica que
o diâmetro da abertura é igual a distância focal da lente dividida por dois.
Os números f podem ser difíceis de entender para os iniciantes devido à sua
natureza inversa:
Quanto menor for o número f, maior será a abertura; e quanto maior for o
número f, menor será a abertura.
Uma abertura grande (por exemplo, f/1.8) permite que mais luz atinja o
sensor. Uma abertura menor (por exemplo, f/16) reduz a quantidade deluz que
chega ao sensor.
A luz passa através das lentes pelo interior do corpo da lente, até atingir o
sensor de imagem sensível à luz, localizado no interior do corpo da câmera.
Na imagem formada sobre o sensor serão focados apenas assuntos que estão a
uma certa distância. O plano focal é determinado pela câmera
automaticamente (foco automático) ou pelo fotógrafo (foco manual).
Atrás e na frente do plano há uma área de focagem que o olho humano
percebe como focado e o termo “profundidade de campo” refere-se a esta
área. Um terço da área da profundidade de campo está geralmente na frente
do plano do foco e dois terços por trás dele.
Quando a imagem tem uma grande profundidade de campo, pode parecer
que está focada de um extremo ao outro. A profundidade de campo também
pode ser muito reduzida. Por exemplo, no rosto, os cílios podem estar nítidos,
mas a ponta do nariz pode começar a mostrar desfoque.
A abertura, a distância focal e a distância de focagem
A profundidade de campo está normalmente ajustada com a abertura. A
abertura maior provoca uma profundidade de campo mais reduzida.
Outro fator importante é a distância focal: uma lente grande angular produz
uma maior profundidade de campo do que uma super telefoto.
O terceiro fator que afeta a profundidade de campo é a distância de
focagem: quando o ponto de foco estiver perto da câmera, a profundidade de
campo será mais reduzida.
Você pode obter uma profundidade de campo reduzida se capturar fotos de
assuntos a curta distância, usando uma lente super telefoto e uma grande
abertura.
Você pode usar uma profundidade de campo reduzida para destacar o
assunto principal e causar o desfoque de elementos de distração que aparecem
em segundo plano. Para fazer retratos geralmente se usam uma grande
abertura e uma profundidade de campo reduzida.
Em algumas situações, como quando se fotografam paisagens, é necessária
uma grande profundidade de campo para manter o foco tanto sobre o primeiro
plano como no fundo. Isto é conseguindo utilizar uma pequena abertura.
Usando o visor para verificar a profundidade de campo
Nas câmeras DSLR pode-se verificar facilmente a profundidade de campo,
antes e depois de pressionar o botão do disparador. Antes de tirar a foto, você
pode clicar no botão de visualização de profundidade de campo disponível no
corpo da câmera, perto da lente. Enquanto pressiona o botão, olhe através do
visor. Entretanto, ao usar câmeras DSLR, fica mais fácil capturar a primeira
foto e usar a tela LCD para verificar a profundidade real do campo criado.
Velocidade do obturador
Além da abertura, a velocidade do obturador é o outro elemento central
na fotografia. Velocidade do obturador refere-se ao período de tempo
durante o qual o obturador situado no interior do corpo da câmera,
permanece aberto, permitindo que a luz alcance o sensor. As velocidades
do obturador são expressas em segundo e frações de segundos.
A velocidade do obturador determina o tempo em que o sensor é exposto à
luz. As velocidades do obturador mais rápidas são geralmente de 1/4000 –
1/8000 segundos. As velocidades do obturador menores podem demorar
alguns segundos ou mais.
Você pode obter a mesma exposição por várias combinações diferente de
abertura e velocidade do obturador. Quando se aumenta a velocidade do
obturador e a abertura em um ponto, a exposição permanece inalterada,
supondo que outros fatores (como a luz predominante) não mudam. Por
exemplo, a combinação de uma abertura f/2.8 e uma velocidade do obturador
de 1/250s produz a mesma exposição que uma abertura f/4, e uma velocidade
do obturador de 1/125s.
A primeira coisa que você pode fazer para melhorar a qualidade de suas
fotografias é aprender a adotar uma posição de disparo adequada.
A melhor posição vai permitir que você segure a câmera firmemente,
apoiando os braços contra o corpo e assim, pode mover a câmera livremente.
Coloque sua mão direita no grip da câmera com o dedo indicador no
disparador. Use a palma e os dedos da sua mão esquerda para apoiar a câmera
na parte inferior do corpo ou da lente.
Uma boa empunhadura da câmera permite fotografar em muitas posições. As
imagens a seguir mostram diferentes posições de disparo e diferente formas
de segurar a câmera.
O mundo em foco
Focar com precisão e nitidez é de vital importância em todas as fotos.
Quase todas as lentes EF e EF-S da Canon permitem que o usuário
escolha se deseja usar o foco automático ou manual.
A focagem automática rápida e precisa sempre foi um dos pontos fortes das
câmeras Canon EOS. Se o foco automático estiver ativado, a câmera focará
quando for pressionado o botão do disparador.
As câmeras EOS usam lentes EF e EF-S. Quase todas elas permitem a
focagem automática (AF) e manual (M). os modos de AF disponíveis são:
One-Shot, Al Focus e Al Servo.
Focagem One-Shot para objetos estáticos
O modo de focagem one-shot é a melhor opção quando o assunto não estiver
em movimento. A câmera começa a focar e medir luz, pressionando-se o
botão do disparador até a metade.
O foco é fixado no objeto e não vai mudar enquanto você estiver
pressionando o botão do disparados. Quando a focagem estiver completa,
você pode alterar a composição da imagem, se necessário. Pressione o botão
do obturador para capturar a imagem.