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Internacional.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Caro aluno,
É com muita satisfação que apresento este material que lhe acompanhará na
disciplina de Linguagem Fotográfica. É importante lembrar que o conteúdo
apresentado a seguir é uma das ferramentas essenciais para o seu processo
de formação e que foi estruturado a partir de conteúdos atualizados.Almejo que
seja uma aprendizagem motivadora e agradável.
Tenha em mente que a disciplina está relacionada com os fundamentos da
fotografia, o que exige conhecimentos práticos, teóricos e uma alta
sensibilidade ao olhar fotográfico.
Nesta apostila, e durante as nossas aulas, abordaremos algumas temáticas
que farão com que você entenda como é o mundo da fotografia em sua
essência e parte técnica.
Abordaremos os seguintes conteúdos:
- Unidade I: Histórico da fotografia e suas funções sociais
- Unidade II: Estética da Imagem
- Unidade III: O Repertório Imagético e Fotografia Digital a partir de
Grandes Fotógrafos;
- Unidade IV: Técnicas fotográficas: composição, exposição, luz e lentes
objetivas.
Ótima leitura!
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UNIDADE I
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA FOTOGRAFIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Compreender o surgimento da fotografia;
Identificar quais foram os principais equipamentos que proporcionaram o
advento da fotografia;
Compreender o processo de desenvolvimento da fotografia documental.
Plano de Estudo
Nesta unidade, serão abordados os seguintes tópicos:
1. O surgimento da fotografia
2. Fotografia documental e fotojornalismo
3. O que é a imagem e como percebê-la
4. Aspectos sensíveis da imagem
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CONVERSA INICIAL
Caro aluno,
Nesta unidade você aprenderá sobre a história da fotografia, desde seu
surgimento, passando pelas invenções mais importantes, até o advento do
daguerreótipo. É muito importante que você compreenda o processo histórico
que foi, e ainda é, a fotografia.
Abordaremos também a influência da fotografia para as artes plásticas.
Entenderemos como o conhecimento empírico aliado à química foi essencial
para o descobrimento do processo de revelação do filme fotográfico. E como o
pensamento fotográfico mudou após a chegada da fotografia digital.
Enquanto objeto histórico, a fotografia revolucionou a forma como o homem
registra os acontecimentos e eterniza momentos. A imagem aliada ao texto
proporciona um novo patamar de armazenamento e desenvolvimento de
informações.
Com base nisso, caro aluno, podemos compreender a extrema importância da
fotografia não apenas enquanto objeto de estudo, mas também como uma
ferramenta fundamental para o desenvolvimento social, histórico, artístico e
econômico da humanidade.
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Módulo 1
Fonte: o autor.
A fotografia tem como princípio básico a câmara escura, que consiste em uma
caixa totalmente preta por dentro, com apenas um pequeno orifício feito em um
dos lados por onde ocorre a penetração de uma fonte externa de luz. Esse
efeito forma uma imagem invertida da cena externa. Para realizar a fotografia
Vista da Janela em Le Gras, Niépce utilizou a câmara escura. Curiosamente,
em IV a.C, Aristoteles havia descoberto e analisado o princípio da câmara
escura.
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Figura 2 - Exemplo de funcionamento de uma câmara escura
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
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vapor de mercúrio. Após alguns processos químicos, tem-se como resultado
uma imagem com alta qualidade de detalhes, levando a imagem fotográfica
ainda mais longe.
Fonte: o autor.
Caro aluno,
Aqui estão algumas sugestões de materiais complementares que aprofundarão
ainda mais os seus conhecimentos.
Boa leitura!
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Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788502175327/cfi/2!/4/4@0.
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Módulo 2
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Módulo 3
Caro aluno, já estudamos que a imagem fotográfica foi uma invenção que
revolucionou diversas áreas atividade humana. Agora, cabe a nós nos
questionarmos o que é a imagem em sua essência e quais são suas
características para atingir tão fortemente os mais variados públicos. Portanto,
neste módulo, discutiremos o que é uma imagem e quais são seus aspectos
sensíveis.
Do latim, imago, é aquilo que apresenta semelhança com alguma coisa
conhecida ou ainda, a idealiza. É muito comum dizer que uma imagem
representa um sentimento ou objetivo. A ideia de representação nos leva a
pensar que a imagem está no lugar de algo que, por qualquer motivo, não pode
estar ali.
Por exemplo, a figura de uma cadeira em uma revista tem como função
representar, ou seja, evocar a própria cadeira, já que a cadeira, enquanto
objeto, não pode ser confinada à uma página de revista. Neste caso, podemos
dizer que a representação é uma das funções passíveis de serem cumpridas
pela imagem. Ao mesmo tempo que não podemos esquecer que está é uma de
suas funções mas não a única.
Quando algo é idealizado, uma construção por exemplo, como fazem os
arquitetos, eles desenham imagens de elementos que não existem na
materialidade do mundo naquele momento, mas que estão presentes em suas
mentes. Ao desenharem tais coisas, eles dão nome de Projeto, ou seja, algo
lançado adiante, que pode vir a ser, que não está finalizado. Algo que poderá
ter existência material desde que seja realizado ou construído por alguém com
outras habilidades, que é o seu fazer.
Se pensarmos que o projeto é a pré-configuração de uma ideia antecipando o
futuro, podemos aceitar, sem restrições, o conceito de representação, embora
saibamos que o projeto seja, na verdade, uma apresentação original, já que
não havia nada pré-existente que lhe fizesse referência.
Poderíamos pensar também que a construção da uma casa fosse a
representação do projeto, mas como são de naturezas materiais diferentes,
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sabemos que a casa é realizada e não idealizada. Embora resultasse,
originariamente, da imaginação do arquiteto.
Portanto, caro aluno, representar algo não é apenas e nem tudo o que uma
imagem pode fazer, então concluímos que: a imagem é uma configuração
visual capaz de produzir sentido. Toda imagem significa, produz significação,
quer seja sobre as suas próprias condições de existência, sobre as qualidades
sensíveis e plásticas que revela ou ainda, sobre aquilo a que se refere, como
assuntos, temáticas ou circunstâncias que aborda ou registra.
Entretanto, ela faz isso por meio de aspectos visíveis ou visuais que podemos
chamar de qualidades sensíveis. Essas qualidades são originárias do mundo
real, percebidos por nós, mas retirados e transformados em modos de construir
e articular o visível na criação das imagens.
Deste modo, somos capazes de reordenar o que vemos por meio de diversos
materiais, instrumentos, suportes, aparelhos e mídias capazes de reproduzir o
visível. Então, caro aluno, para que uma imagem seja apreendida,
dependemos de duas condições essenciais: primeiro, a capacidade de
perceber e apreender o visível e, segundo, a capacidade de distinguir as
variações das informações disponíveis.
Já que a imagem é carregada de sentido, como é que percebemos uma
imagem? No sentido etimológico a palavra “perceber" vem do latim, percipere,
que tem o sentido de apropriar-se de algo.
O corpo humano é capaz de captar as manifestações do mundo real por meio
dos sentidos, ou seja, dos órgãos destinados a identificar e organizar as
sensações que obtemos no ambiente, transformando-as em informação.
Quando falamos da imagem, nos importa a compreensão do mundo sensível e
o modo como aplicamos esta compreensão no contexto da construção
imagética, principalmente sobre três categorias de manifestações comumente
perceptíveis, vejamos a seguir:
A luminosidade se refere à capacidade de apreender e identificar os valores
luminosos do meio, o que implica em possuir percepção de frequência e
intensidade de luz. Perceber a intensidade significa perceber o brilho e as
variações tonais que existem em relação à fonte de iluminação (sejam elas
altas médias ou baixas) e também as sombras.
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Quando percebemos a variação de frequência, identificamos as variações
cromáticas e toda a variedade de cores que compõem a imagem. Neste caso,
dependendo do tipo da imagem, do horário e do próprio ambiente, haverá
maior ou menor variação cromática. Se pegarmos por exemplo, o céu, ao por
do sol, percebemos uma grande variação de cores. Já o mesmo céu ao meio
dia, possui praticamente a mesma cor.
A espacialidade se refere à apreensão de informações sobre o espaço,
direções e também como convertemos esse espaço no contexto das imagens.
Falar em espaço é falar do ambiente ao nosso redor. O que nos envolve,
emociona e chama atenção é o que determina o nosso ponto de vista perante
os fatos.
Por fim, a temporalidade implica em compreender a ação ou deslocamento de
tudo o que se move no espaço a nossa volta. Cabe a nós identificarmos como
ocorrem esses movimentos e como eles podem se configurar em imagens.
Desde os primeiros momentos da humanidade, as tentativas de sugerir,
representar ou recriar o movimento esteve presente na cultura, embora só a
partir do século XIX fosse possível realizar tal proeza.
Isto só aconteceu a partir da invenção da fotografia pois, a partir dai tornou-se
possível gravar uma sequência de cenas em fotogramas sucessivos recriando
assim, o movimento. No século XIX, vários estudiosos procuraram captar e
reproduzir o movimento do mundo e do ser humano. O que para nós é habitual
e comum, para a tecnologia foi um grande passo. Os aparelhos criadores de
imagem em movimento se tornaram o projeto de trabalho de vários inventores.
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A Fotografia Enquanto Representação do Real: a identidade visual criada
pelas imagens dos povos do médio-oriente publicadas na National
Geographic. Daniel Rodrigues Meirinho de Souza. Disponível em:
http://www.bocc.ubi.pt/pag/souza-daniel-a-fotografia-enquanto-representacao-
do-real.pdf
Módulo 4
Fonte: o autor.
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Figura 2 - Representações de movimento durante a escola Futurista
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Já nas imagens borradas, é possível observar algo além do que é retratado. O
borrão de movimento nos proporciona uma sensação única que nos faz
observar a imagem por mais tempo. Com isso um novo sentido importante de
significação das imagens surgem.
É importante perceber que tudo o que vemos se torna referência para a criação
e a transformação humana, quer seja na ciência ou na arte, logo, a
possibilidade de reproduzir o efeito de movimento passa a ser um dado
importante para as manifestações visuais.
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Conclusão
KOSSOY, Boris. Fotografia e História. 2 ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.
CARROLL, Henry. Leia Isto se Quer Tirar Fotos Incríveis. São Paulo: G.Gilli,
2016.
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