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EMERSON DIAZ - neo_zonasul@hotmail.com - CPF: 024.042.

089-69
LUZ

Aqui nós vamos falar sobre luz, o elemento mais importante da fotografia que
faz com que seja possível registrar uma imagem. Sem ela a foto seria apenas
um quadro preto.

Veremos sobre quais os tipos e quais as características de luz para que você entenda, domine e
saiba utilizar da melhor forma a luz que você tenha disponível, seja ela natural ou artificial.
Exsitem 4 principais características e distinções que você precisa saber em relação à luz.
1- FONTE DE LUZ
Essa é uma característica muito importante, pois existem dois principais tipos de fontes de luz:
• Fonte de luz natural: basicamente, é a luz do dia, que tem como fonte o sol.
É uma luz limitada pois só existe durante o dia, à noite a gente tem uma luz
natural emitida das estrelas e refletida pela lua, mas é uma luz muito fraca, que
não costuma ser suficiente para fotografias noturnas, sendo necessário o uso de
luzes artificiais para iluminar o ambiente. Alguns exemplos de luz natural são
o sol e o fogo que você pode utilizar, com muito cuidado, em um ensaio com
tochas ou velas.
• Fonte de luz artificial: serve para preencher e complementar a luz natural.
São luzes produzidas por equipamentos e são facilmente manipuláveis,
possibilitando a mudança de intensidade da luz, da cor e também a posição que
você vai colocar elas. Algumas fontes de luzes artificiais facilmente encontradas
são os LEDs, as lâmpadas, os flashes etc.
2 - LUZ CONTÍNUA OU LUZ DE FLASH
As luzes artificiais são luzes que, assim como o sol e fogo, são contínuas, ou seja, você consegue
perceber onde ela está atingindo ou fazendo sombras. Mas ainda existe um tipo de luz natural,
que assim como o flash, é emitida através de pulsos muito rápidos e intensos que é a luz emitida
pelo raio. Essa diferença de tempo entre esses dois tipos de emissão de luz define se a luz é
contínua ou não.
A luz contínua tem a característica de ser mais fácil de se trabalhar, pois como é possível vê-la se
projetando na nossa cena, fica muito mais fácil posicionar e definir a intensidade dela. Já o flash
precisa de alguns testes e, ainda assim, a gente nunca vai saber com precisão onde essa luz irá
bater, além de ser sempre uma luz bastante intensa. Além de que, para vídeos, é impossível o
uso do flash, já que você precisa da continuidade para ter uma cena iluminada.

Por Rafael Ferreira

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3 - SUAVIDADE DA LUZ
A suavidade da luz é definida por duas características, sendo elas definidas pelo:
• Tamanho da fonte de luz: quando nós temos uma fonte de luz pequena, como
no caso do flash, consequentemente nós teremos uma luz dura, que é uma
luz marcada, onde é possível perceber perfeitamente a transição entre luz e
sombra. Essa característica faz com que a luz dura seja mais desafiadora de se
trabalhar, pois sombras indesejadas podem afetar a qualidade estética de uma
fotografia. Então é muito importante que, ao trabalhar com esse tipo de luz,
você cuide bastante o direcionamento e o posicionamento da luz. Já a luz suave
possibilita uma liberdade maior na hora de trabalhar já que a transição de luz
e sombra fica mais suave. Às vezes você não consegue nem perceber onde a
sombra começa e luz termina. Isso acontece, pois a emissão dessa luz vem de
uma fonte grande, como, por exemplo, a luz do dia quando está nublado, pois
as nuvens em frente ao sol funcionam como um grande difusor, e isso torna a
luz emitida pelo sol muito mais sutil.

4 - COR/TEMPERATURA DA LUZ
Da mesma forma que a gente encontra o ‘equilíbrio de brancos’ na câmera, a luz também possui
uma temperatura. Na verdade, a temperatura da câmera serve para se adaptar à temperatura
da luz. Inclusive, os valores são opostos em relação aos números em Kelvin. Por exemplo, a luz
quente possui um Kelvin baixo, um valor de aproximadamente 3200K. E na edição de balanço de
brancos na câmera ou no Lightroom você vai ver que quanto mais você baixa a temperatura, mais
fria fica a foto. Isso acontece, pois a configuração de balanço de brancos serve para compensar
a temperatura da luz, por isso os valores parecem invertidos. Existe uma série de fontes de luz
com temperaturas diferentes, mas as principais que você deve ter em mente são as seguintes:

Luzes quentes; Luz do dia/flash; Dia Nublado

3000 a 3200k 5200 a 5800k + de 6000k

Por Rafael Ferreira

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Agora, vou mostrar alguns exemplos de como se comporta a luz dura e a luz suave na modelo
a partir de uma fonte natural de luz. Para esses exemplos, estarei usando a câmera Canon Rebel
EOS T2i, com a lente Youngnuo 50mm 1.8, para fotos com luz suave, e a 85mm, para as fotos
com a luz dura.

LUZ SUAVE LUZ DURA

Canon EOS Canon EOS


Rebel T2i Rebel T2i
50mm 85mm
1/250 1/4000
f 2.2 f 2.2
ISO 200 ISO 200

Canon EOS Canon EOS


Rebel T2i Rebel T2i
50mm 85mm
1/250 1/4000
f 2.2 f 2.2
ISO 300 ISO 200

Canon EOS Canon EOS


Rebel T2i Rebel T2i
50mm 85mm
1/250 1/4000
f 2.2 f 2.2
ISO 200 ISO 200

Por Rafael Ferreira

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FLASH EXTERNO

Aqui, vou mostrar, na prática, como é importante utilizar o flash, mesmo que
você esteja fazendo um ensaio externo.

Para esse ensaio eu utilizei um flash Godox, com o rádio já embutido sobre o tripé, com uma
sombrinha de tecido branca, que irá servir para difundir e suavizar a luz do flash, deixando-a
mais interessante.
Eu procuro sempre posicionar o flash de frente para a modelo, no máximo 45º para a lateral,
pois quando ultrapassamos esse espaço, normalmente as sombras geradas no rosto da modelo
não ficam tão interessantes. Assim, a luz do flash vai trazer uma intensidade, uma atmosfera
diferente para a foto.
Agora vamos ver a comparação na prática, como as fotos tiradas com o flash estão bem mais
contrastadas e a modelo fica bem mais iluminada que o fundo, dando um efeito de luz muito
bonito, principalmente quando estamos fotografando com o céu no fundo.

COM A LUZ DO FLASH SEM A LUZ DO FLASH

Canon 6D Mark II Canon 6D Mark II


50mm 50mm
1/1000 1/1000
f2 f2
ISO-100 ISO-100

Por Rafael Ferreira

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COM A LUZ DO FLASH SEM A LUZ DO FLASH

Canon 6D Mark II Canon 6D Mark II


50mm 50mm
1/1000 1/1000
f2 f2
ISO-100 ISO-100

Canon 6D Mark II Canon 6D Mark II


50mm 50mm
1/1000 1/500
f2 f2
ISO-100 ISO-100

Canon 6D Mark II Canon 6D Mark II


50mm 50mm
1/1250 1/1250
f2 f2
ISO-100 ISO-100

Por Rafael Ferreira

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LUZ NATURAL - REBATEDOR

Aqui, vou mostrar, na prática, o uso do rebatedor em um ensaio externo com o


sol bem de fim de tarde.

Vamos começar o ensaio com a modelo de costas para o sol, gerando uma luz muito bonita
que desenha muito bem a modelo e dá um volume muito interessante também. Tome cuidado
para não acabar deixando a modelo muito escura quando você estiver usando essa iluminação.
Um detalhe importante é que você sempre posicionar o rebatedor do lado contrário de onde
está vindo a luz. Então se, por exemplo, a luz do sol estiver vindo mais pela direita da modelo,
posicione o rebatedor um pouco mais à esquerda, para que ele rebata uma luz que funcione
como preenchimento no rosto da modelo. Um dos pontos negativos do rebatedor é ele ser
um instrumento muito difícil de ser utilizado sem ajuda; é possível, sim, mas limita bastante o
fotógrafo em termos de ângulo.

Uso do rebatedor com auxílio;

Uso do rebatedor de maneira individual;

Por Rafael Ferreira

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Agora, vamos ver na prática esses resultados:

COM O REBATEDOR SEM O REBATEDOR

Canon 6D Canon 6D
Mark II Mark II
85mm 85mm
1/500 1/500
f 1.4 f2
ISO-100 ISO-100

Canon 6D Canon 6D
Mark II Mark II
85mm 85mm
1/800 1/800
f 1.4 f 1.4
ISO-100 ISO-100

Por Rafael Ferreira

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ENTARDECER E NOITE - LED

O uso do LED para ensaios externos se aplica apenas em situações onde o sol
quase não aparece mais. Isso porque sua luz não é tão intensa e acabaria sendo
encoberta pela luz do sol que é muito mais intensa.

O LED, assim como os acessórios citados anteriormente, tem o objetivo de preencher a luz na
modelo, mas o seu grande diferencial está na versatilidade e na facilidade que o fotógrafo tem
de usá-lo, pois, diferente do rebatedor, por exemplo, o LED é um objeto que o próprio fotógrafo
pode segurar enquanto faz as fotos. Mas sempre que você puder, tenha alguém para ajudá-
lo nessa tarefa, pois assim você consegue fotografar de distâncias diferentes enquanto outra
pessoa segura o LED, já que a luz não é tão intensa e, provavelmente, não funcionaria da melhor
maneira se você se afastasse um pouco mais para fotografar. Outra coisa importante é que,
assim como o flash, o ângulo máximo para você usar o LED é de 45º ou totalmente de frente,
para evitar sombras estranhas projetadas no rosto da modelo.

Uso do LED com auxílio;

Uso do LED de maneira individual;

Por Rafael Ferreira

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Agora, vamos ver na prática esses resultados:
COM O LED SEM O LED

Canon 6D Mark II Canon 6D Mark II


85mm 85mm
1/1600 1/1600
f 1.4 f 1.4
ISO-400 ISO-400

Canon 6D Mark II Canon 6D Mark II


85mm 85mm
1/1600 1/1600
f 1.4 f 1.4
ISO-400 ISO-400

USO DO LED Á NOITE

Canon 6D Mark II Canon 6D Mark II


85mm 85mm
1/125 1/125
f 1.4 f 1.4
ISO-1600 ISO-1600

Por Rafael Ferreira

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GOLDEN HOUR OU HORA DOURADA

Golden hour é como chamamos aquele momento do dia em que a luz do sol está
horizontal. São as últimas duas horas de sol do dia e ganha esse nome por causar
uma luz muito bonita, quase sem sombras e bem mais dourada, e que também já
não é tão intensa quanto a luz que vem do sol em outras horas do dia.

Você pode utilizar esse tipo de luz tanto como luz de fundo, posicionando a modelo de costas
para o dourado, quanto como luz frontal incidindo diretamente na modelo e trazendo um efeito
muito bonito para a cena. Vou mostrar algumas fotos para você ver na prática como esse tipo
de luz fica muito bonita em ambos os casos:

GOLDEN HOUR COMO LUZ DE FUNDO

Canon 6D Mark II Canon 6D Mark II


85mm 85mm
1/800 1/800
f 1.6 f 1.6
ISO-250 ISO-250

GOLDEN HOUR COMO LUZ FRONTAL

Canon 6D Mark II Canon 6D Mark II


85mm 85mm
1/4000 1/3200
f 1.4 f 1.6
ISO-250 ISO-250

Por Rafael Ferreira

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DIREÇÃO

Agora nós vamos falar sobre direção de pessoas. Direção é sobre direcionar
as pessoas que você está fotografando, com o objetivo de evidenciar as
características e qualidades dela.

Apesar de possuir um conceito simples, esse é um dos assuntos que mais gera dúvidas nos
fotógrafos. E eu acredito que essa insegurança na hora de dirigir a modelo se deve ao fato de
que a direção não é simplesmente técnica, ela possui um aspecto psicológico que influencia
totalmente no resultado que você irá conseguir.
Isso quer dizer que, além da sua técnica enquanto fotógrafo, que possui um repertório de poses
e sabe o que falar com a pessoa, existe toda a criação de um ambiente que irá possibilitar a
fluidez do ensaio e normalmente a gente precisa fazer isso no dia do ensaio.
Para muitas pessoas é um primeiro ensaio, então é muito comum de a pessoa estar nervosa,
ansiosa, com receio e medo de não saber posar e é esse o começo, quando nós, enquanto
fotógrafos, devemos saber transmitir confiança para as pessoas, mas, para isso, nós mesmos
temos que estar confiantes para conseguir transmitir isso para os nossos clientes. No entanto,
sabemos que não é isso que acontece, principalmente quando somos iniciantes. Quantas vezes
aconteceu de você chegar no local do ensaio e não saber onde fotografar e quais poses fazer e
então bateu aquele pânico? Se isso já aconteceu com você, não se preocupe, pois eu garanto
que a maioria dos fotógrafos já passou por isso. Mas não existe metodologia ou técnica que vai
te ajudar nesse quesito, a única saída é a prática.
Então pratique direção, relacionamento e comunicação com pessoas para que você consiga
trazer leveza e segurança para quando você conhecer uma pessoa nova e precisar a dirigir para
fotografar.
Após você ter começado a praticar, é o momento de você incluir algumas técnicas de direção,
mas é importante que a primeira barreira já esteja derrubada antes de começar a entender mais
a fundo esses pilares, pois eles servem como complemento para deixar seus ensaios cada vez
mais elaborados.
Agora vamos ver os quatro pilares da direção de pessoas:
1- COMUNICAÇÃO
Esse é um pilar muito importante, pois é ele que vai facilitar e criar uma ligação com os outros
pilares. A primeira coisa que você precisa ter em mente é que a sua comunicação deve ser clara,
objetiva e fácil, para que a pessoa com quem você está se comunicando entenda o que você
quer dizer. Então, na hora da pose, fale pequenos comandos que sejam simples de entender e
simples de fazer para que a modelo sinta que está conseguindo posar para você. Você ainda
pode aliar esses comandos simples a pequenos elogios, que vão funcionar como uma espécie
de vitória para a pessoa. Isso aumenta a confiança da sua cliente e também possibilita que você
transmita a informação de que o ensaio está ficando bom e bonito.

Por Rafael Ferreira

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É bem comum que a primeira hora do ensaio seja apenas um “quebra gelo” e que as fotos
tiradas nesse início não sejam fotos tão boas. Inclusive, uma dica é que se você for fotografar
em um lugar que já conhece, não leve a modelo diretamente para o lugar que tem a melhor
luz ou a melhor composição, deixe esses lugares por último, para quando a modelo já estiver
mais confiante e espontânea para as fotos. Por fim, evite transparecer sentimentos negativos,
por mais que você esteja com um sentimento de que vai dar errado, pois se você transmitir isso
para a modelo, ela vai acabar ficando frustrada e mais insegura e receosa ainda. Então se algo
não está saindo como o planejado, tente encontrar opções e absorva a sua própria frustração
para que a modelo continue fazendo o seu melhor e você parta para outra pose sem deixar isso
atrapalhar o ensaio.

TENHA ALGUMAS PERGUNTAS CHAVE NA HORA DE QUEBRAR O GELO


• “Você tem algum lado favorito do rosto? Qual”
• “Você prefere fotos sorrindo ou séria?”

2- EXPRESSÃO
De nada adianta você ter uma luz incrível, uma composição bonita e uma pose maravilhosa
se você não tiver a expressão boa da modelo. A expressão é um reflexo de como a pessoa
está se sentindo. Então não adianta você pedir um sorriso, por exemplo, se a modelo não está
confortável nem confiante para sorrir, você precisa trabalhar isso antes, com a comunicação,
para que ela sorria ou faça expressões que não sejam forçadas e duras.
3- LINGUAGEM CORPORAL
É sobre como você pede para a modelo se portar. Então, assim como nos pilares anteriores,
comece com coisas simples, para que a pessoa não sinta que está aparecendo de maneira
estranha na fotografia, ou que até mesmo você, sem perceber, fotografe o corpo dela de maneira
estranha, mostrando partes do corpo que não estamos muito acostumados a ver e pode causar
uma estranheza na imagem. Procure pedir para a modelo posicionar os braços e as pernas de
maneira que facilite a leitura da pose, para que assim não cause incômodo na hora de ver as
fotos. Treine seu olho para ver os detalhes que causam ou não estranheza e domine isso antes
de tentar poses mais elaboradas.

IMPORTANTE
Cuide sempre a posição das mãos e a coluna reta da modelo. São detalhes que
podem causar muito incômodo na sua foto se não corrigidos no ensaio.

4- REPERTÓRIO
Tenha um repertório de poses, seja em um celular, álbum ou até mesmo na sua cabeça, mas
tenha essa bagagem junto com você na hora do ensaio para mostrar e propor com facilidade as
poses para a sua modelo. Além de auxiliar na fluidez do ensaio, você evita o famoso “branco”
na hora de fotografar, mas não esqueça que dos quatro pilares esse é o mais técnico e ele não
vai garantir uma boa foto se você não tirar uma boa expressão e uma boa linguagem corporal
da modelo, e isso você só consegue com comunicação.

Por Rafael Ferreira

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COMPOSIÇÃO

Aqui nós vamos falar sobre composição fotográfica e regras de composição.

Composição na fotografia é o ato de você organizar o que vai aparecer na sua imagem. É a
composição que ajuda na hora de decidir o que aparece e como aparece. Para fazer a composição,
você pode se basear em uma série de regras que vão te ajudar a organizar os elementos e
facilitar a leitura da sua imagem, tornando-a mais agradável aos olhos. E a melhor forma de
aprender composição é analisar a composição de fotografias que você gosta, para entender
qual regra foi aplicada àquela cena.
1- REGRAS DOS TERÇOS
Vamos começar por uma das regras mais conhecidas, que é a regra dos terços. Na fotografia,
essa regra é basicamente você dividir a sua fotografia, em linhas imaginárias, em nove retângulos
menores que possuem a mesma proporção da fotografia inteira. Então basta você imaginar
duas linhas horizontais e duas linhas verticais e, assim, você vai procurar compor a sua fotografia
observando essas divisões. Essas linhas servem tanto para separar espaços na sua foto quanto
para posicionar pontos principais, que ficam na intersecção dessas linhas, e fazer com que a sua
composição seja mais interessante. Vamos ver alguns exemplos:

Ponto de atenção
sobre, ou muito
próximo, da
instersecção das
linhas. Esses Divisão exata
pontos são as do horizonte,
áreas de interesse deixando o céu
que o nosso deslocado para o
olho percebe terço superior da
na imagem, por foto, chamando
isso vale muito a muito a atenção
pena posicionar para essa área.
seus elementos
próximos ou sobre
eles.

Foto: Vinícius Diefenbach

Por Rafael Ferreira

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Rosto da modelo
exatamente sobre
a intersecção
superior direita,
chamando o olhar
diretamente para
este ponto.
Um detalhe muito
importante de
você cuidar são os
respiros da foto.
Evite deixar a
modelo muito
próxima da borda
pois, isso causa
uma sensação de
que ela não faz
parte ou não é o
objeto principal
da cena.

2- EQUILÍBRIO
Essa é uma regra bastante simples de ser aplicada, pois ela consiste em compor a sua imagem
pensando no peso de cada lado dela. Essa regra se aplica quando você posiciona a modelo
centralizada na imagem e, nas laterais, você precisa ter elementos que se equivalem, para não
deixar a sua cena muito mais pesada, chamando a atenção, apenas para um lado da imagem,
como, por exemplo:

Posicionamento
da modelo bem
centralizado.

Elementos que se
equilibram para dar
uma sensação de
harmonia á foto.

Muitas vezes, os elementos que você procura inserir na imagem são muito parecidos e isso já é
sobre nossa próxima regra.

Por Rafael Ferreira

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3- SIMETRIA
Junto com a regra dos terços, essa é uma regra muito conhecida e utilizada, pois quando a
aplicamos, logo temos uma sensação muito grande de perfeição na imagem, dando a sensação
de que foto tenha sido refletida. Esse é um tipo de foto que depende muito do posicionamento
do fotógrafo, pois na maioria das vezes os elementos já estão dispostos. Vejam alguns exemplos:

Foto: Vinícius Diefenbach Foto: Vinícius Diefenbach


4- MOLDURAS
É quando você consegue enquadrar uma pessoa, ou elemento principal, dentro de um quadro
ou espaço que vai estar na cena da sua fotografia. Esse também é um tipo de composição que
pode variar muito de acordo com o posicionamento do fotógrafo. É um tipo de fotografia muito
interessante de se usar, pois ele conduz o olhar do espectador até o elemento principal.

Por Rafael Ferreira

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5- LINHAS
As linhas na fotografia têm um papel muito interessante de direcionar o olhar de quem
está observando. Elas podem ser horizontas, verticais ou até mesmo diagonais, para esse
posicionamento não existe uma regra. Porém, existem características que são mais perceptíveis
em um tipo de linha do que nos outros. Por exemplo:
• Linhas horizontais: causam sensação de harmonia e organização;
• Linhas verticais: causam sensação de perfeição e equilíbrio, parecendo que
tudo foi planejado;
• Linhas diagonais: trazem a sensação de movimento. Mas cuidado! Quando não
utilizada de maneira óbvia, pode causar a impressão de que a foto ficou torta.

6- PONTO DE FUGA
O ponto de fuga é uma regra de composição muito poderosa, pois ela consiste em um conjunto
de linhas em perspectiva, direcionando para um único elemento.

Por Rafael Ferreira

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7- LIMPEZA DE CENA
A limpeza de cena não é exatamente uma regra da composição, ela é praticamente o resultado
de você dominar e conhecer as regras.
No ensaio que foi feito especificamente para este curso, ocorreu uma cena em que eu posicionei
a modelo de costas para o sol, para conseguir capturar o efeito da golden hour, mas bem
onde íamos capturar tinha um carro vermelho, que aparecia no fundo da foto, e isso tirava
muito a atenção da modelo. Então, com alguns ângulos diferentes e conhecendo as regras de
composição, eu consegui remover quase que completamente o carro da cena. Veja como ficou:

Conhecendo essas regras, você deve procurar construir a sua composição, pois dificilmente
você vai chegar no local do ensaio e, na primeira foto, já vai fazer a composição perfeita. A
composição é um processo: primeiro você entende o que deseja ou não inserir na cena e, a partir
disso, decide se a foto vai ser vertical ou horizontal, e muitas vezes o tempo é muito importante
para o resultado da composição, principalmente se você está fotografando elementos que não
estão sob o seu controle, como fotos de natureza, animais e paisagens; muitas vezes você tem
que ter a paciência de esperar um elemento interessante aparecer na sua cena. E, por fim, eu
quero pontuar que existem várias outras regras de composição, mas aqui eu quis mostrar as
regras que eu mais considero úteis e importantes para você conseguir melhorar as suas fotos.
Além disso, não esqueça de aprimorar o seu olhar e senso estético, para conseguir cada vez
mais perceber o que é bonito ou não de mostrar na sua fotografia. E lembre-se de que as regras
servem para te ajudar a construir um estilo e uma característica marcante, não pra engessar e
limitar o seu trabalho.

Por Rafael Ferreira

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ENQUADRAMENTO

Aqui nós vamos falar sobre enquadramento na fotografia. Esse tema está
diretamente ligado à composição, mas possui vários detalhes e várias
particularidades que precisam de um olhar mais atento e específico.

Como vimos, a composição é aquilo que você decide se vai ou não aparecer na sua cena. E o
enquadramento é o quanto desses elementos vai aparecer ou não na fotografia. Para exemplificar
esse conceito de enquadramento, eu trouxe algumas fotos de um casamento ao ar livre que
mostra diferentes enquadramentos com diferentes fotografias.
1- ENQUADRAMENTO ABERTO OU SUPER ABERTO
É um tipo de enquadramento onde você vê muitos elementos na cena. Esse enquadramento é
característico de lentes mais abertas como a 18mm, 24mm e 35mm. Uma característica muito
forte desse enquadramento é que você consegue contextualizar o que está acontecendo na
cena, pois você mostra o ambiente, passa uma ideia quantas pessoas estão presentes e, na
maioria das vezes, você consegue mostrar as pessoas de corpo inteiro.

2- ENQUADRAMENTO MÉDIO OU INTERMEDIARIO


Sempre que diminuímos o enquadramento, a foto ganha mais detalhes e acaba ficando mais
limpa também, pois você acaba tirando o ambiente e os elementos que estavam preenchendo
a cena, deixando a fotografia mais focada no assunto principal, sendo possível até compreender
com facilidade as expressões das pessoas.

Por Rafael Ferreira

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3- ENQUADRAMENTO FECHADO
É bastante utilizado por fotógrafos de pessoas para fazer retratos fechados. Neles, focamos a
partir da metade do corpo para cima.

Por Rafael Ferreira

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4- FOTOGRAFIA MACRO
É um tipo de fotografia bem característica, pois ela é tirada muito próxima do assunto. Por esse
motivo, existem lentes específicas para essas fotos e talvez, ainda assim, você acabe precisando
de alguns acessórios para focar em uma distância tão curta. É bastante conhecida por mostrar
detalhes que nem sempre conseguimos ver a olho nu, e isso a torna um tipo de fotografia bem
interessante.

Foto: Vinícius Diefenbach

IMPORTANTE
Varie bastante os enquadramentos na hora do ensaio. Dessa forma,
você consegue uma variedade interessante de fotografias, além de
mostrar níveis de detalhe diferentes entre elas. Faça fotos de:
• Corpo inteiro;
• Meio corpo;
• Detalhe;

Por Rafael Ferreira

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ÂNGULOS E CORTES

O ângulo está relacionado com o posicionamento da câmera na hora do clique.

A variação de ângulos na hora do ensaio faz uma diferença muito grande no resultado da sua
fotografia. Para entendermos melhor os ângulos, vamos analisar fotografias de alguns ensaios,
para percebermos como o ângulo faz muita diferença.

• Enquadramento de meio corpo;


• Ângulo normal (quando a
câmera está na altura dos
olhos);

• Enquadramento de corpo inteiro


com a modelo abaixada;
• Ângulo visto de cima;

Por Rafael Ferreira

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• Enquadramento de corpo inteiro
com a modelo abaixada;
• Ângulo normal (quando a
câmera está na altura dos olhos).
Nesse caso eu me abaixei junto
com a modelo para manter esse
ângulo;

• Enquadramento de corpo inteiro


com a modelo sentada;
• Ângulo visto de cima;

Esses ângulos que eu acabei de mostrar fazem parte dos três ângulos mais utilizados. Os outros
ângulos, mais inclinados, vão causar efeitos visuais bastante diferentes na sua fotografia. Dessa
forma, os três ângulos mais padrões são:

Ângulo visto
levemente de cima;

Altura do olhar
da modelo;
Ângulo normal;

Ângulo visto
levemente de baixo;

Por Rafael Ferreira

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Se você preferir ousar um pouco mais no ângulo, primeiro verifique se isso é realmente o ideal
para você usar nessa situação ou não. Eu trouxe um exemplo de um ângulo que não é tão
comum, mas pode ficar muito bonito se você estiver na situação certa:

• Enquadramento fechado com a


modelo deitada;
• Ângulo visto bem de cima;

Agora vamos ver 3 fotos de uma mesma situação, onde eu simplesmente variei o ângulo, para
analisarmos como o horizonte se comporta quando mudamos a altura da câmera.

• Ângulo visto de baixo, com muito


céu na cena. Nesse caso, eu me
abaixei enquanto a modelo
continuou em pé. É bastante
utilizado em fotografia de moda,
pois tende a alongar as pessoas.
Isso acontece, porque a linha
do horizonte fica sempre muito
baixa.

• Ângulo normal com a linha


do horizonte bem no centro
da modelo, deixando quase a
mesma quatidade de céu e chão
na foto.

Por Rafael Ferreira

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• Ângulo visto de cima com a
modelo já totalmente dentro da
composição com o chão.

Se você perceber, nessas três fotos que acabei de mostrar, o ângulo influenciou bastante na
percepção de tamanho da modelo, e isso é uma característica muito marcante da utilização dos
ângulos na hora de fazer as suas fotografias. Então a minha dica é: experimente ângulos diferentes
nos seus ensaios, tanto ângulos de inclinação, como acabei de mostrar aqui, quanto ângulos de
360º ao redor da modelo, e tente também variar o ângulo de acordo com o enquadramento.
Com a prática, você vai entendendo os ângulos e os enquadramentos que você mais gosta e
que mais funcionam para você.
CORTES
Agora nós vamos falar de um assunto totalmente ligado a ângulos e enquadramentos, e que
é muito importante que você entenda como fazer, principalmente se você faz fotografia de
pessoas. A partir de agora nós vamos falar sobre o corte.
Existem algumas partes do corpo que não é interessante você cortar, pois elas causam estranheza
para quem vai ver a imagem. Na maioria das vezes, essas partes são exatamente nas articulações
do corpo. Então para entendermos melhor como os cortes funcionam, eu trouxe uma fotografia
e nela vamos visualizar diferentes maneiras de como cortar adequadamente uma foto.
CORTES HORIZONTAIS:

Evite cortar
nesses pontos;
Cortes adequados;

Por Rafael Ferreira

EMERSON DIAZ - neo_zonasul@hotmail.com - CPF: 024.042.089-69


CORTES VERTICAIS:

Evite cortar
nesses pontos;
Cortes adequados;

IMPORTANTE
Corte, ângulo e enquadramento influenciam na escolha da lente.
• Fotos fechadas: 85mm
• Fotos bastante abertas: 35mm

Por Rafael Ferreira

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