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Observação: Muitas imagens são de domínio público porque seus direitos expiraram nos
Estados Unidos e naqueles países cujos direitos autorais do autor tem mais de 50 anos.
Foi através da fotografia que o homem encontrou uma das formas mais perfeitas e
práticas para gravar e reproduzir suas manifestações culturais...
Por volta de 1554, Leonardo Da Vinci descobriu o princípio da câmera escura, que é o
seguinte: a luz refletida por um objeto projeta fielmente sua imagem no interior de uma
câmera escura, se existir apenas um orifício para a entrada dos raios luminosos.
Não é difícil imaginar os passos seguintes desta evolução: uma lente, colocada no
orifício, melhorou o aproveitamento da luz; um espelho foi adaptado para rebater a
imagem na tela; mecanismos foram desenvolvidos para facilitar o enquadramento do
assunto.
Com esses e outros aperfeiçoamento, a caixa ficou cada vez menor e o artista trabalhava
já do lado de fora, tracejando a imagem protegido por um pano escuro.
Etimologia
Nesse primeiro momento, o uso da fotografia foi controverso, pois, para a maioria, esse
processo era uma simples reprodução do real e não um processo criativo ou artístico...
Houve uma divisão entre os defensores do uso da fotografia como criação artística e os
que a acusavam de servir de instrumento auxiliar para as artes.
Diversos estúdios foram abertos nas grandes capitais, e as cidades menores eram
visitadas pelos fotógrafos itinerantes. Por Ter um manuseio complicado, a fotografia não
era então praticada por amadores, sendo portanto restrita aos profissionais.
Idéia errônea, difundida nos anos 40 e 50, do século XX, por André Bazin, de que a
fotografia não pertence ao domínio da cultura, mas ao das ciências naturais, porque é a
própria "realidade" que se imprime a si mesma na película. Hoje, não suporta sequer a
mais elementar das verificações!
DIA DO FOTÓGRAFO?!
A literatura especializada dá conta de que foi o abade Louis Compte que trouxe a
novidade de Paris para o Rio de Janeiro, e apresentou o daguerreótipo ao imperador D.
Pedro II (oficialmente, o Imperador foi o primeiro fotógrafo brasileiro).
arquitetura retratos
crianças diversos
fauna Parque Ibirapuera
flora Egito
foto jornalismo estátuas
Os foto clubes:
FOTÓGRAFOS NO MUNDO
FOTOGRAFIA NO MUNDO
André Kertész
Princípio da fotografia até 1800
Ansel Adams
O Cianotipo — Niépce, Talbot e Daguerre,
Brassai ou Brassaï
Petzval
Dorothea Lange
Pictorialismo — Fotojornalismo
Elliott Erwitt
Eastman-Kodak Company (George
Eugène Atget e Berenice
Eastman)
Abbott
Foto-Seceção; Irmãos Lumière
Félix Nadar
emissões filatélicas mundiais I (selos
Henri Cartier-Bresson
postais)
Jacques-Henri Lartigue
emissões filatélicas mundias II (selos
Man Ray
postais)
Robert Capa
fotágrafos americanos
Robert Doisneau
fotógrafos mexicanos; Mexicanidad
Robert Mapplethorpe
Uma boa foto não depende tanto do equipamento utilizado quanto do domínio que se
tenha sobre a técnica que ele oferece. Seguem algumas dicas que poderão ser muito
úteis:
1. Cuidado com fundos mais luminosos do que o tema que você está fotografando.
2. Seja sintético e objetivo: enquadre apenas os elementos que interessam ao tema
proposto.
3. A fotografia depende de dois fatores principais: a escolha do momento e a escolha do
espaço que se fotografa.
4. Evite fundos com muitos elementos, pois eles desviam a atenção do objetivo da foto.
5. Uma foto com boa composição é aquela que se escolhe com o coração.
6. Com câmeras amadoras, não se aproxime demais do objeto a ser fotografado, pois
poderá causar deformações.
7. Observe sempre a validade do filme e como ele está estocado na loja: no local não
deve bater sol e ele não deve ser muito quente.
8. Não demore para expor seus filmes: eles devem ser revelados logo para garantir uma
boa qualidade das cópias. Prefira os filmes de 12 poses.
9. Os flashes acoplados em câmeras geralmente são fracos; só é possível usá-los com
distância entre 1,30m e 4,00m.
10. Quando for usar flash, use filmes de no máximo ISO 400.
11. Não abandone as fotos posadas: apesar de formais, elas dão bons resultados.
12. O ISO do filme determina seu grau de sensibilidade: quanto mais alto ele for, mais
sensível será o filme e, portanto, reagirá com pouca luz.
13. Quando mandar ampliar uma foto, pense antes se o tema "agüenta" ficar daquele
novo tamanho. Não associe o quanto você gosta do tema com o tamanho da ampliação:
fotos pequenas também são gostosas de ver.
14. Guarde seu equipamento em lugar seco, claro e ventilado e sem a capa de proteção
para evitar condensação de umidade. Nunca deixe pilhas dentro dele.
15. Não deixe suas fotos expostas em paredes que recebem muita luz do sol: elas ficarão
desbotadas e manchadas.
16. Guarde os negativos em lugar seco e com cuidado; evite manuseá-los.
17. Quando, ao receber um serviço do laboratório, achar que as fotos não estão com os
cortes desejados, confira-as com os negativos. Se for o caso, volte ao laboratório e peça
que o serviço seja refeito.
18. Ouse, faça experiências: ao fotografar paisagens, pegue diversos ângulos em
seqüência e depois monte a paisagem com as fotos;
- fotos noturnas ou tremidas podem dar bons resultados;
- faça fotos cegas, ou seja, sem olhar no visor. Fotografia é uma linguagem e foi
inventada para ser usada: com um pouco de criatividade, você pode montar porta-
retratos diferentes, álbuns com anotações, montagens e recortes, cartões postais, painéis
decorativos; pode colorir as fotos com canetas para retroprojetor, montar quebra-
cabeças, dominós etc.
Fotos em Sépia
A viragem em sépia é uma técnica fácil e muito conhecida pelos usuários de laboratório,
adiciona vida extra às fotos preto e branco (P&B). É um processo que deixa a foto com
um "look" antigo, de coloração marrom-avermelhada. Este processo de viragem em
sépia costuma ser feita em dois banhos: as cópias são branqueadas, enxaguadas e, em
seguida, tonalizadas.
Material utilizado:
Três bandejas, 3 tubos graduados para preparação dos químicos, 2 pinças, kit de
viragem (químicos) e a cópia P&B.
Modo de fazer:
Dicas úteis:
Prefira as cópias um pouco mais escuras do que o normal, uma vez que a viragem tende
a branquear a cópia em, aproximadamente 10%; papel de fibra tonaliza melhor do que o
resinador; o resinado dá uma pequena alteração na cor; os papéis Mate e Lustre tendem
a produzir imagens com uma aparência mais fina e fria.
Embora a viragem sépia seja a mais popular, experimente também outros tipos de
químicos para viragens em diferentes cores, azul, verde, vermelho, amarelo etc.
Casamento
Para se fotografar a Lua, o primeiro passo é estar atento ao céu. Em cada quatro
semanas, ela dá o ar da graça em apenas três. Crescente, cheia ou minguante, cada fase
tem seu charme.
Dicas Importantes:
O nascimento da Lua sempre atrasa 50 minutos em relação ao dia anterior, lembra o
fotógrafo Frédéric Mertens. Dessa forma, para registrar este breve momento, é bom
prever o nascimento e já deixar o equipamento preparado;
Embora tenha um volume bilhões de vezes superior ao de uma bola de futebol, 384 mil
quilômetros separam a Lua de sua câmera. Por isso, utilizar uma teleobjetiva (quanto
mais potente, melhor) é o recomendado, para que o seu assunto não se torne um
pequeno ponto branco no meio do quadro;
Segundo o fotógrafo Bruno Sellmer, a imensidão negra da noite faz com que o
fotômetro da câmera não leia a cena adequadamente, provocando uma superexposição
da Lua, que fica muito branca, borrada e sem definição.
Por esse motivo, de modo geral, para um filme ISO 100, basta utilizar velocidade 1/125
seg. com abertura f/8, para que ela fique com boa definição;
Presume-se que o local de onde será tirada a foto esteja escuro. Portanto, vale a pena
estar com uma lanterna em mãos, para verificar funções da câmera, ajustar equipa-
mento, trocar filmes, etc.
Além da foto comum do astro, Fabio Colombini sugere acompanhar seu movimento -
"uma longa exposição pode gerar uma imagem interessante, como um grande risco no
céu". Para este tipo de foto, ele sugere que se use uma abertura grande, como f/8, e uma
velocidade baixa de disparo (de 10 minutos a uma hora, conforme a intenção do
fotógrafo).
Outra idéia, possível apenas para quem usa câmeras com o recurso da "múltipla
exposição", é retratar fragmentos da trajetória da Lua - basta acionar a função, colocar a
câmera em um tripé e, de tempos em tempos, fazer os cliques.
Agora que você já conferiu várias dicas e idéias criativas, é hora de olhar para o céu,
esperar a melhor "pose" da Lua e começar a clicar. Como grande conhecedor da técnica,
Mertens afirma que a principal ferramenta do fotógrafo nesta situação é "gostar de olhar
para o céu".
"MEMOIRE ARTISTIQUE"
Anteceder é uma palavra curiosa, desperta duas veredas antagônicas que ao mesmo
tempo parecem estar ao nosso alcance, bem em nossas mãos...
No caso da segunda, ela nos remete ao futuro, à preocupação com os nossos filhos, com
a sequência natural de nossa história. Muitas vezes, nos conduz à indagações ou
predições em relação ao nosso planeta. Daí, surgem perguntas:
— O que será de nossa Terra com a sucessão dos dias, anos e séculos? Ou ainda, será
que os nossos sucessores terão nossas fotografias?
Ser fotógrafo, carreira que escolhi, remete-me à uma época não muito longínqua, uma
vez que a história da fotografia nasceu a pouco tempo, em terras francesas. Sempre que
viajo por lá, tento percorrer também uma linha cronológica, lembrando dos mestres da
linguagem fotográfica que já se foram, os quais tanto contribuíram para que a fotografia
fosse considerada uma expressão artística.
A França, país que ostenta um dos maiores índices de educação do planeta, é a pátria de
escritores como Balzac, Victor Hugo, Baudelaire, Simone de Beauvoir, entre outros.
Berço de famosos, seja no campo da filosofia, da ciência ou das artes num geral – terra
de inúmeros fotógrafos – mesmo aqueles que lá não nasceram, em sua grande maioria,
de uma forma ou de outra acabaram fotografando, morando ou simplesmente se
apaixonando pelo lugar.
À vista disso, os ensaios fotográficos aqui apresentados foram realizados nesse país. Na
maior parte dos cliques, busquei me inspirar nos grandes fotógrafos, ora pelo lugar ou
por alguma imagem que me surpreendia, ora pelo estilo ou linguagem de cada um, ora
pelo nome de algumas de suas obras-primas. Contudo, lembrando-me da história da
fotografia, especialmente na vida deles.
Finalizada a tarefa, notei outra curiosidade: como um presente de duas faces, foi-me
possível "conviver", às vezes, até sentir os mestres do passado, todavia, sem me
esquecer daqueles que virão, porque o rigor histórico não está condenado à prosa, sim à
poesia: saber quem se "foi", pode nos lapidar em quem "seremos"...
A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
O PRINCÍPIO DE TUDO
330 a.C. Grécia — ARISTÓTELES (384 a.C/322 a.C). Descreve o princípio da câmera
obscura – criação da imagem através de um orifício.
ÓPTICA
180 — Inventor TING HUAN aperfeiçoa um dispositivo para projetar imagens móveis;
são informadas invenções semelhantes na China já em 207 a.C.
A câmera obscura (ou escura), consiste numa caixa fechada, e num de seus lados, existe
um orifício pequeno por onde a luz entra. Caso posicionemos este orifício em direção a
um objeto iluminado, vemos na parede interna da caixa, oposta àquela que tem um furo,
a imagem invertida e de ponta cabeça do objeto. Como isto funciona?
A inversão do objeto e a sua reflexão do outro lado da câmara ocorre quando, devido ao
pequeno orifício, somente um raio de luz passa pela extremidade do objeto, atravessa o
orifício e é refletido do outro lado da caixa.
Na Idade Média, século X a XII, o "uso e o abuso" das cores despertou a curiosidade de
muitos estudiosos da época, de diferentes áreas do conhecimento – o que possibilitou
um grande impulso na formulação teórica da óptica.
Época em que a beleza era muito levada em consideração, não somente a estética
pertencente aos guerreiros, mas também em relação à riquezas – ao nobre; aos santos –
por terem os sete dons (amizade, sabedoria, concórdia, honra, poder, segurança e
alegria) de alma e os sete dons do corpo (beleza, agilidade, força, liberdade, saúde,
volúpia e longevidade); e às luzes – trazendo junto consigo a idéia de tranqüilidade e
um sinal de nobreza e santidade.
As Catedrais deste tempo, usavam vitrais coloridos para que o interior da nave fosse
todo sistematicamente iluminado. Principalmente as Igrejas góticas; o simbolismo dava
uma significação para as cores das diferentes luzes, e proporcionava uma "clareza aos
olhos fatigados e aos deficientes".
Com essa chamada "metafísica medieval da luz", aos santos eram dadas características
luminosas – "o santo é um ser de luz – André Vauchez", e cada tom era dada uma
significação. Deus era portanto considerado um foco luminoso e incandescente, no
entanto, belo, deleitoso e perfeito. Toda essa concepção de luz e cores, somada às
observações do arco-íris vão fazer da óptica, um assunto técnico de interesse aos sábios.
1300 — é dito que ROGER BACON (1214/1294), inventou a câmera obscura, antes
mesmo deste ano, pois a usava para observações de eclipses solares, no entanto isto
nunca foi aceito pelos estudiosos.
Princípio da câmera escura: a luz refletida por um objeto projeta fielmente sua imagem
no interior de uma câmera escura, se existir apenas um orifício para a entrada dos raios
luminosos. Baseados neste princípio, os artistas simplificam o trabalho de copiar objetos
e cenas, utilizando câmeras dos mais diversos formatos e tamanhos. Enfiavam-se dentro
da própria câmera e ganhavam a imagem refletida em uma tela ou pergaminho preso na
parede oposta ao orifício da caixa.
Não é difícil imaginar os passos seguintes desta evolução: uma lente, colocada no
orifício, melhorou o aproveitamento da luz; um espelho foi adaptado para rebater a
imagem na tela; mecanismos foram desenvolvidos para facilitar o enquadramento do
assunto. Com esses e outros aperfeiçoamento, a caixa ficou cada vez menor e o artista
trabalhava já do lado de fora, tracejando a imagem protegido por um pano escuro.
ENTENDENDO
O orifício de uma caixa escura deixa passar os raios refletidos por cada ponto do objeto,
que reproduzirão, ao fundo, a imagem desse objeto, só que invertida e de cabeça para
baixo. Este é o princípio da câmera fotográfica. Nada mais do que uma câmara escura
com um orifício. A lente é o componente que dará nitidez a essa imagem.
CONTINUANDO...
OS PRIMÓRDIOS
No século XVIII, o árabe JABIR IBN HAYYAM foi o primeiro homem a registrar que
uma combinação de prata (nitrato de prata) tornou-se visivelmente escura com o passar
do tempo. A razão para esta transformação não foi conhecida em definitivo até 1727,
quando JOHANN HEINRICH SCHULTZ descobriu que o escurecimento era causado
pela ação da luz.
Sustentáculos da arte
Musée de Cluny – Paris, 1996
CARL SCHEELE, demonstrou que os sais de prata afetados pela luz se tornavam
insolúveis após um banho de amoníaco.
A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
O CIANOTIPO
Herschel, a quem a História sempre atribuiu o mérito de ter criado palavras relativas ao
novo invento. Inscreveu seu nome já em 1839, quando conseguiu a primeira fotografia
em vidro – um suporte que imediatamente foi incorporado pelos daguerreotipistas. Foi
um homem que soube usar as palavras, pois cunhou em seus diários os termos
fotografia e fotográfico.
A cianotipia tem este nome porque as imagens assim produzidas apresentam-se em azul.
Isto acontece porque se baseia em sais de ferro e não de prata. Também é conhecida
como FERROPRUSSIATO ou "BLUEPRINT", além de outros nomes menos
conhecidos.
Não é um processo para produzir negativos, mas cópias em papel. A emulsão é muito
lenta, mais ou menos da ordem de 0.05 ISO. Por causa disso, é impraticável ampliar
negativos sobre papel ao ferroprussiato. A cópia é obtida por contato, numa prensa
especialmente construída, embaixo de uma luz rica em UV, podendo ser a própria luz do
sol. Nesse caso, a impressão pode demorar de 15 a 45 minutos, dependendo da
densidade do negativo. Após o tempo de exposição, a folha de papel é lavada em água
corrente por alguns minutos e, ao secar, a imagem adquire tons azuis bem saturados.
Os negativos a serem impressos por cianotipia devem ser "duros". Isto é assim porque a
emulsão, embora lentíssima, tem uma gradação muito suave. Um negativo bom para ser
ampliado em papel comum de grau dois vai produzir uma cianotipia sem contraste. Se
falando em termos de "Zone System", um negativo processado a N+2 é o ideal. E se o
assunto for de baixo contraste, um processamento N+3 é recomendado. A emulsão, para
maior durabilidade, pode ser preparada em duas partes que se juntam no momento do
uso.
Em princípio, qualquer papel serve, desde que não seja ácido. Há os papéis importados,
especialmente feitos para processos alternativos, como por exemplo o ARCHES
PLATINE, que também é excelente. Via de regra, o papel, ANTES de receber a
emulsão, precisa ser banhado numa solução de amido ou gelatina e posto a secar, para
que a solução sensível não seja absorvida a fundo pelas fibras do papel, o que
ocasionaria resultados inferiores.
Para trabalhar com processos alternativos - assim chamados por se apresentarem como
opções frente à grande massa da fotografia industrializada - requer grande dose de
paciência, romantismo, curiosidade e um objetivo definido. Pode começar como simples
curiosidade, mas derivar para algo mais profundo. Assim é com a Platinotipia, Goma
bicromatada, Kallytipia, Bromóleo, Daguerreotipia, Ambrotipia, só para citar alguns.
Muitos outros existem.
Saindo um pouco do tema central, vem a indagação: por que todos esses processos
caíram em desuso? Acredito que os procedimentos padronizados com base na prata
surgiram mais por força de interesses industriais do que qualquer outro fator. A prata é -
pelo menos até agora - o metal mais conveniente para ser explorado em larga escala
pela indústria fotográfica. Não é tão caro como a platina, que dá resultados
reconhecidamente superiores, e fornece emulsões rápidas o bastante, ao contrário dos
sais de ferro. Outros procedimentos, como Goma bicromatada, Bromóleo, etc, são muito
sujeitos a variações individuais.
CONTINUANDO...
THOMAS WEDGEWOOD ou WEDGWOOD (14/05/1771 - 11/07/1805) captura
algumas imagens, mas suas silhuetas não tornaram-se permanente.
Ambos em junho de 1802, conseguiram fixar imagens por um "tempo muito moderado".
No entanto, elas só podiam ser observadas à luz de velas, em local escuro e, mesmo
assim, iam enegrecendo. Faltou pouco para que eles conseguissem as primeiras
fotografias permanentes...
SURGE A FOTOGRAFIA...
Para o processo se tornar mais automático, faltava descobrir ainda, como substituto do
pergaminho, um material sensível à ação da luz, isto é, capaz de registrar uma imagem
ao ser atingida pela luz refletida de um objeto. Em 1816 o químico francês Nièpce deu
os primeiros passos para resolver o problema, conseguindo registrar imagens em um
material recoberto com cloreto de prata. Mais tarde, em 1826, ele associou-se ao pintor
também francês Daguerre, e ambos desenvolveram uma chapa de prata que, tratada com
vapor de iodo, criava uma camada superficial de iodeto de prata, substância capaz de
mudar de cor quando submetida à luz.
1821 — Um teatro para a exibição de panoramas com efeitos de luz variáveis e pinturas,
conhecido como DIORAMA, é projetado pelo ator e pintor francês Louis Jacques
Mamnde Daguerre. Co-inventor e proprietário desse processo – trata-se de panoramas
imensos pintados sobre telas semitransparentes, nos quais se exibiam alguns "efeitos
especiais" que, refletidos por uma luz, contavam uma história.
1826 — Niépce aprimora a técnica e faz a foto A Mesa Posta. No mesmo ano, Daguerra
teve contato com os trabalhos de Niépce.
(76k)
Título: Punto de vista desde las ventanas del Gras. "Ponto de vista", assim é como
chama Niépce as imagens obtidas do natural para distinguir as "heliografias". Esta é a
primeira fotografia que se conhece, tirada em 1826.
Ele usa betume de Judéa para fixar fotografias em metal. Coloca uma placa
sensibilizada quimicamente dentro de uma câmara escura com orifício para exposição à
luz, processo que demora, na época, oito horas.
1829 — Niépce e Daguerre unem-se numa sociedade, para avanços nas pesquisas
relativas à fotografia, no entanto Niépce morre depois de quatro anos.
1835 — DAGUERRE descobre a imagem latente, uma imagem oculta que reduzia o
tempo de exposição de oito horas para trinta minutos (fotografia prática). Descobre que
placas de cobre cobertas com sais de prata conseguem captar imagens, que podem se
tornar visíveis ao ser expostas ao vapor de mercúrio. Isso o leva, em 1837, a fixar suas
imagens – o que chamaou de DAGUERREÓTIPO – processo capaz de fixar a imagem
com um tempo menor de exposição (em geral 30 minutos), o que possibilita realizar
fotografias mais rápidas. Cada uma ainda é exemplar único, do qual não é possível fazer
cópias...
Em Boulevard du Temple, de 1838, vê-se uma paisagem de Paris com uma pessoa na
parte inferior esquerda da fotografia. Proeminente, no dia 19 de agosto de 1839,
anunciou oficialmente ao mundo a fotografia. Sua única e não duplicável imagem
invertida sobre uma placa de metal – daguerreótipo. Alcançou grande popularidade em
seu tempo. Publicou um manual em que descrevia seu método: Historique et description
des procédés du Daguerreótype et du Diorama.
Faire une promenade au temps?
Mont Saint Michel – Normandie, França 2000
RESUMINDO...
Diz a história que, em 1835, ao fazer pesquisa em seu laboratório, DAGUERRE estava
manipulando uma chapa revestida com prata e sensibilizada com Iodeto de prata, que
não apresentava nenhum vestígio de imagem. No dia seguinte, a chapa,
misteriosamente, revelava formas difusas.
O primeiro DAGUERRÓTIPO foi obtido 2 anos após a morte NIÉPCE, mas, sem suas
descobertas, talvez não tivesse acontecido...
1840-1841 — TALBOT cria uma base de papel emulsionada com sais de prata que
registra uma matriz em negativo, a partir da qual é possível fazer cópias positivas.
Assim, descobriu o processo negativo/positivo usando como filme folhas de papel
sensibilizado (preparado para reagir à luz) que depois foi substituído por vidro (os
negativos de vidro foram usados até os anos 50). Publicou o processo, mas os materiais
eram lentos e o tempo de exposição era muito longo para permitir a imagem de pessoas
(ou qualquer coisa que se movesse).
The Footman. Calotype, 6-3/8" x 8-1/4" . October 14, 1840. A primeira fotografia de
uma figura humana em papel.
Essa impressão está em um papel de marca d’água "J. Whatman 1839". Seus tons
delicados de rosa e roxo indicam que foi estabilizado com sal comum ao invés de ser
fixada com solução "hypo" descoberta por Herschel (e mais tarde, adotada
universalmente). Em Sun Pictures Catalogue Three (New York, H. P. Kraus, Jr., Inc.,
1988), o historiador fotográfico Larry J. Schaaf observa: Talbot tinha sido recentemente
eleito delegado de Wiltshire, e a magnífica vestimenta do homem foi um importante
caminho para expressar o seu estatus. Baseado somente na estética da foto e na
aparência documental, esse calótipo é uma impressionante marca do estilo de Talbot.
1840 — JEAN BAPTISTE LOUIS GROS, numa missão diplomática, em 1840, foi o
primeiro a ultrapassar os limites das cenas urbanas e campestres, registrando
daguerreótipos do Parthenon. Começava a se perceber o valor documental e memorial
do invento.
Foi o primeiro a dar uma solução para o retrato – ambição dos fotógrafos. Em 1841,
criou uma câmera que tirava fotografias circulares com 9 centímetros de diâmetro.
Funcionava com uma objetiva combinada (dupla), propciava excelente definição,
oferecia opções variáveis de abertura e cada exposição durava cerca de 90 segundos a
dois minutos. Suas lentes, um grande avanço, foram usadas por meio século.
L’expression du Duret
La Fontaine Saint Michel, Place Saint Michel – Paris, 2000
1848 — ABEL NIÉPCE DA SAINT-VICTOR usa albumina (clara de ovo, mais Iodeto
de potássio) para melhor fixação da prata no vidro.
CARTE-DE-VISITE
A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
PICTORIALISMO E FOTOJORNALISMO
1855 — Patrocinado pelo governo inglês, ROGER FENTON, atendeu encomendas
oficiais para registrar a Guerra da Criméia contra a Rússia (de 1853 a 1856, na
Península do Mar Negro), onde fez muitas fotografias durante a primavera de 1855 –
fotografou durante quatro meses. Para fazer seu trabalho, transforma uma carruagem
puxada por cavalos em quarto escuro, onde revela as chapas. Ao todo, produz 360
fotografias. Realiza assim a primeira grande documentação de uma guerra e dá início ao
FOTOJORNALISMO.
1859 — NAPOLEÃO entra no estúdio de DISDÉRI e leva suas fotografias, isso atrai o
público e torna-o famoso e rico.
La plus fotografada du mundo (8 inteiras, das coloridas em P/B, cada 10X15) Tour
Eiffel – Paris, 2000
Estas fotografias foram tiradas ao longo de 24 anos, entre 1856 a 1880, sempre
documentadas em seus diários. Suas obras, ainda que incluídas na corrente pictorialista,
situavam-se em um âmbito visual mais direto e moderno.
Em 1859, tirou uma fotografia de uma menina com o fundo levemente desfocado,
avançado para o conceito da época. Filho mais velho do Rev. Charles Dogson, ele
publicou seu consagrado livro: Alice no País das Maravilhas, em 1865. Morreu em 14
de janeiro de 1898, na casa de sua irmã em Surrey.
Quando a guerra civil começou nos Estados Unidos, o fotógrafo já era proprietário de
vários estúdios, fotografando proeminentes cidadãos e reunindo as obras na chamada
Galeria dos Americanos Ilustres. Não foi difícil obter autorização para fotografar o front
com seus amigos do governo. Carroças foram adaptadas para serem seu laboratório,
onde imediatamente após a tomada das imagens, as chapas eram reveladas. Era o
processo de placas úmidas. Suas fotos se restringem aos limites dos campos de batalha,
pois devido ao processo das placas úmidas, não era possível captar cenas de movimento
e combate. Mas nem por isso suas fotos perdem o impacto do horror da guerra com
cenários permeados de canhões, armas e feridos.
? Cimetière du Père Lachaise, Paris, 2000 - Foto: Albino Family. Albumen carte de
visite, cerca de 1860.
PRIMEIROS PROFISSIONAIS
DAVID OCTAVIUS HILL, entrou para a história como um dos fotógrafos de retratos
mais importantes. A ausência das cores era sentida por todos, especialmente por
retratistas e retratados. Logo os daguerreótipos foram coloridos com pigmentos secos e
os calótipos com aquarelas. (retrato pintado – talvez ampliar e cortar alguma foto)
FOTOGRAFIA MODERNA
Em 1902, ele recebeu uma medalha de "progresso" da Royal Photographic Society, que
conduziram as invenções relativas à placas secas a fundação de indústrias de filme. No
entanto sua técnica era livre e nunca chegou a patenteá-la, isto o fez morrer na pobreza.
1878 – publica "The horse in motion". Ele vai inventar o "Zoogyroscope" (projetor) que
se tornou "Zoopraxograph" e então o Zoopraxiscope, uma sensação à "World's
Columbian Exposition of 1893", em Chicago. Também realizou um extenso arquivo do
lejano ocidente Norte-americano e das ruínas indígenas Centro-americanas.
1888 — Físico alemão WILHELM HALLWACHS notou que certas substâncias emitem
elétrons quando expostas à luz. Hallwachs demonstrou a possibilidade de usar células
fotoelétricas em máquinas fotográficas. Esta propriedade chamada "photoemission" era
aplicado na criação de imagem permitindo, mais tarde, a criação da máquina fotográfica
de televisão eletrônica.
A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
"REVOLUÇÃO"
1888 — Até este ponto de nossa história, a fotografia foi de domínio exclusivo dos
profissionais... Só conheço uma fotografia com girafas anterior a esta data...
A obra "A girafa em Bloomsbury", de Frederick York, é uma foto interna tirada em
1875, no Salão Central da "Montagu House", localizada em Bloomsbury (a qual
guardava uma antiga Coleção de História Natural). Hoje, essa fotografia está exposta no
Museu Britânico.
Não fosse por ele... como teria sido a história da fotografia? Ou melhor dizendo, por
conta indireta dele, tenho muitas fotografias com girafas em minha coleção, todas
tiradas "simplesmente" por pessoas comuns...
"AMERICAN FILM"
Como era grande o número de amantes da fotografia dessa época, tornou-se possível a
produção industrial de máquinas, materiais e acessórios fotográficos.
Pode-se avaliar o impacto dessa novidade para a família média americana, ávida por
registrar cada momento de sua existência...
Depois eram feitas cópias de todos os negativos que, juntamente com a câmera e um
novo filme, eram devolvidas ao proprietário que pagava 10 dólares pelo serviço.
Abaixo, selo emitido em 12/07/1954 (Scott: 1062), alusivo ao centenário de nascimento
do inventor e filantropista George Eastman (1854-1932). Ambas imagens são
fragmentos do Envelope de Primeiro Dia de Circulação (FDC).
EASTMAN-KODAK COMPANY
Aos 23 anos montou uma pequena oficina de fotografia, na época em fase de grande
desenvolvimento e em vias de converter-se em importante processo técnico e meio
expressivo.
Fez fortuna e, durante sua vida doou mais de 75 milhões de dólares a instituições de
ensino e educação dos EEUU, Inglaterra, França, Bélgica, Suécia e Itália.
HISTÓRIA DA KODAK
Em 1880, após três anos de experiências, chegou à fórmula ideal, e foi à Londres
patentear a chapa seca, como se tornou conhecida, e uma máquina para fabricá-la. No
ano seguinte, George fundou a Eastman Dry Plate, para produzir chapas, e instalou a
empresa em Rochester, NY, que hoje é conhecida mundialmente como centro industrial
dedicado à fabricação de instrumentos fotográficos, ópticos e de precisão. A
comercialização da invenção obteve sucesso imediato.
A primeira câmara Kodak foi lançada em 1888. A Kodak número 1 tipo caixão, era
portátil, fácil de manejar e custava 25 dólares (quando custava 62 dólares para ser
fabricada). Usava um filme de papel sensível com 608 X 7 cms, suficiente para tirar 100
negativos circulares de 3,8 cms. de diâmetro.
Após bater as cem poses, quantidade que o filme permitia, o consumidor remetia a
máquina para Rochester, onde o filme era retirado, revelado e reposto, num serviço que
custava 10 dólares. Tudo por reembolso postal. O lançamento dessa máquina exigia uma
divulgação em larga escala e, numa das primeiras campanhas publicitárias da história,
foi criado o slogan:
A palavra Kodak, criada por George Eastman e registrada como marca de fábrica em
1888, teve sua origem a partir de um grande número de combinações de letras, que
formassem palavras começando e terminando com "K", letra pela qual Eastman tinha
uma certa predileção.
A intenção era obter uma palavra que representasse todas as necessidades de uma marca
de fábrica: ser curta, impossível de ser mal pronunciada em qualquer idioma e ter uma
personalidade forte e inconfundível.
Com o advento do filme em rolo, também foi possível o cinema se desenvolver, quando
som e movimento foram conjugados com a imagem. Os primeiros filmes produzidos
para o cinema foram criados por Eastman em 1889.
O passo seguinte foi a primeira "câmara de bolso", a BROWNIE, uma novidade que
custava 5 dólares e podia ser manejada até por uma criança. Sua campanha de
lançamento incluía uma extensa programação que atingia escolas e criava fãs-clubes
mirins.
No início do século XX, a Kodak já produzia em larga escala, a baixo custo e com
alcance internacional. Depois do primeiro escritório em Londres, começava a instalar
unidades em outros países da Europa e no Japão, numa política de expansão que se
tornou marcante na empresa.
A constante busca pela diversificação levou a empresa a estar presente, hoje, nos mais
variados segmentos de atuação, ampliando em muito os horizontes imaginados
inicialmente por George Eastman.
Em 1933, a empresa chegou a São Paulo com a instalação de uma loja e um laboratório
de revelação de filmes preto e branco. A terceira loja foi inaugurada em Porto Alegre, no
mesmo ano.
A fase industrial no País começou em 1954, quando a Kodak adquiriu a Wessel, uma
fábrica paulista de papel fotográfico preto e branco. Com isso, a Kodak modernizou e
atualizou a tecnologia até então utilizada na fabricação de papel. Nesta época, o número
de funcionários passou para 190.
Nos anos 80, a companhia lançou o Plano P-80 no Brasil, responsável por
investimentos de US$ 80 milhões, como capital de risco, para ampliar a capacidade de
produção de câmaras, papéis fotográficos e fotoquímicos, em São José dos Campos.
O “P80” também possibilitou o início da fabricação de filmes 35mm e filmes para Artes
Gráficas, a fim de substituir importações e atender às necessidades do mercado
doméstico.
Com a execução deste programa, a Kodak passou a ser a primeira e também a única
indústria fotográfica a produzir câmaras, papéis fotográficos, filmes, equipamentos e
fotoquímicos. Na ocasião, o então presidente da Kodak Brasileira, William R. Haines,
salientava a atitude da companhia:
O P-80 também significou uma economia de US$ 200 milhões em importações nos
cinco anos seguintes, aliviando a balança comercial brasileira e gerando mais empregos.
Nos anos 90, a Kodak Brasileira superou a marca de 18 milhões de câmaras fotográficas
produzidas no território nacional.
Hoje, a empresa possui cerca de 2,5 mil funcionários e comercializa mais de 3,5 mil
produtos. Fabricando câmaras, filmes, papéis fotográficos e fotoquímicos e dispondo de
uma rede de distribuição que engloba mais de 10 mil pontos-de-venda, a Kodak coloca
uma linha de produtos à disposição dos clientes, tornando o consumidor brasileiro tão
atualizado com os mais recentes lançamentos quanto os mercados mais avançados do
mundo...
CONTINUANDO...
Vue aérienne sur la Seine et la Tour Eiffel Paris junto às margens do rio Sena
Place de la Concorde, Paris, 2000
1892 — FREDERICK IVES inventa o primeiro sistema completo para fotografia de cor
natural.
O casal sentados no louvre – acho que não, melhor o louvre azul com a lua Musée du
Louvre, Paris, 2000
1899 — WILHELM VON GLOEDEN, alemão que se mudou para a Sicília por causa
de uma doença pulmonar, alcançou fama pelos retratos de rapazes nus em poses antigas
clássicas que fazia ao ar livre. Em 1899 a Sociedade Fotográfica de Berlim convidou-o
para ministrar uma palestra sobre fotografia ao ar livre. Tornou-se conhecido
internacionalmente no final do século XIX e foi redescoberto só no início dos anos 70,
do século seguinte.
A HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
FOTO-SECESSÃO
Irmãos Lumiére
Fabricadas em Lyon a partir de 1907, consiste em uma placa de vidro coberta com grãos
de amido tingidos (que agem como filtros para as cores primárias) e de poeira preta (que
bloqueiam a luz não filtrada pelo amido).
Sobre essa placa preparada é colocada uma fina camada de emulsão pancromática
(sensível a todas as cores), obtendo-se uma transparência colorida positiva, uma chapa
positiva colorida. ANTOINE LUMIÈRE, pai deles, trabalhou como fotógrafo em Lyon.
Abaixo, um selo da República Francesa, emitido em 1955 (Scott: 771), que mostra os
irmãos Lumière e um projetor de filmes. Este selo foi emitido para comemorar os 60
anos da invenção do Cinema Francês (1895-1955).
Em 21/06/1995, foi emitido um bloco brasileiro (B-99) sobre o Centenário do Cinema
Mundial, o qual mostra peças do cinema e os irmãos Lumière, Auguste e Louis. Abaixo,
um exemplar do bloco carimbado.
O Teatro São Carlos, na cidade de Campinas (interior do Estado de São Paulo), ladeado
pelas ruas 13 de Maio e Costa Aguiar, onde ocorreu em 1897, a primeira exibição de
"cinematógrafo" — "aparelho que reproduzia os movimentos da vida", exibido na
Europa, em 1895, pelos Irmãos Lumière.
Evolução da Cor La Tour Eiffel, Paris, 1996
Title page design, collodion print and ink, 14 x 10.75 inches, 1903 From a unique
portfolio by the great Photo-Secessionist photographer and teacher, containing six
images illustrating the short story "Beneath the Wrinkle." Three of the images were
published along with Clara Morris's story in the February 1904 issue of McClure's. This
distinctive title page design by White, depicting the story's prologue, was not included
in McClure's, and remained unpublished until 1980. Another image from the portfolio
was published along with the story and also appeared in Alfred Stieglitz's famed
magazine, Camera Work. The portfolio was produced at the time when White was
leaving Newark, Ohio to become a full-time photographer and teacher in New York, and
thus represents an important commission in his career. In this image, the narrator is
shown holding an old, faded ribbon. In the story, the narrator notices a brilliant streak of
color hidden inside a wrinkle in the fabric... reminding her of an episode that began half
a century before. (Qu’es que ce? Ce une esfére ou ce le céu? La Géode, Parc de la
Villette, Paris, 1996)
WILLIAM H. "DAD" MARTIN, em 1908-1912 fazia fotos surreais, nas quais objetos
eram grandes, como os homens pegando um ganso...
Tabard, Maurice — (1897, Lyon, França - 1984, Nice) Fotógrafo da chamada Nouvelle
Vision francesa, passa a sua vida entre os Estados Unidos e a França. Chega em Nova
York em 1914, onde estuda com Emile Bunuel. Volta à França em 1928 e Philippe
Soupault o apresenta a Lucien Vogel, diretor do Jardin des Modes et de Vu, iniciando a
sua carreira como fotógrafo de moda e de publicidade. A partir de 1932, experimenta a
técnica de solarização e de montagem para suas fotos pessoais.
WILLIAM KLEIN — (Estados Unidos, 1928). Suas fotografias tem sido de grande
influência no meio fotográfico por sua prodigiosa noção de composição. Seus temas são
muito variados, mas principalmente sua obra se enfoca no registro da vida cotidiana.
Además da fotografia se dedica a otras artes visuais como o cine, a pintura e a
ilustração.
Roger Parry (1905-1977) Francês, fotógrafo desde 1928, assistente de Maurice Tabard,
logo passa a fazer parte das exposições coletivas que reúnem nomes como Man Ray e
Lee Miller. Em 1932, expõe na Galeria Julien Levy, em Nova York. No começo dos
anos 30, viaja para a África e a Polinésia, publicando, em 1934, o livro Tahiti. Realiza a
fotografia do último filme de Jean Vigo.
Dora Maar (1909-1997) Fotógrafa francesa, amiga do cineasta Louis Chavance. Adere
ao surrealismo em 1934. Mulher de Picasso, entre 1936 e 1940, fotografa os sucessivos
estados de Guernica, no ateliê do pintor, na rue des Grands-Augustins. Man Ray realiza
um retrato seu em 1936. Anos mais tarde, retira-se voluntariamente no campo, em
Ménerbes.
HERBERT BAYER — 1930. Astríaco. Surrealismo. (foto dos cilindros do Louvre – que
eu não acho; foto do céu e jardim do Palácio; foto da igreja de notre dame de la garde)
1932 — Fundação do GRUPO 64, nos Estados Unidos, pelos fotógrafos ANSEL
ADAMS, EDWARD WESTON e seu filho BRETT, WILLARD VAN DYKE, IMOGEN
CUNNINGHAM e SONIA NOSKOWIAK. O nome refere-se à mínima abertura das
lentes (diafragma) que permite a máxima profundidade de campo com o máximo de
nitidez, a principal proposta do grupo.
YURI EREMIN — russa. Sua foto mais famosa chama-se: Rua em Buchara com
camelos, na qual documentou a atmosfera oriental dessa cidade no sul da URSS, com
um encanto especial à imagem: as figuras escurecidas em primeiro plano criam um
contraste com o fundo brilhante inundado de sol, realçando a impressão de
profundidade da fotografia. (foto das pessoas com fundo à sacre coeur - Le Sacré-Coeur,
Montmartre, Paris, 2000)
Bibliografia e Referências:
H. Baines, em The Science of Photography
Basic Photography, Departamento de Força Aérea, Washington (15/09/1959)
Andrew Davidhazy (andpph@rit.edu) - para PhotoForum na Internet
"The Keepers of Light - A history and working guide to early photographic
processes" Autor: William Crawford Editora: Morgan & Morgan - Dobbs Ferry,
New York - 1979
The History of Photography (from 1839 to the present), por Beaumont Newhall
Andrew Davidhazy
Photography as a Fine Art, por Robert Doty , da George Eastman House, 1960
Andrew Davidhazy
ALEMANHA
1959 – German Democratic Republic. Michel: 678/679. Câmera n.679, valor facial de
25. Feira Internacional de Leipziger. Logotipo.
1965 – German Democratic Republic. Michel: 1130/1132. Câmera n.1130, valor facial
de 10. Feira Internacional de Leipziger. Logotipo.
1984 – Alemanha. Yvert: 1050/1052. XIX 19 Congresso de UPU em Hamburg. 80p tri
automatique du currier et celules photoèlectrique.
ANDORRA
ÁUSTRIA
Selo emitido em 08/10/1973 (Scott: 956), com valor facial de 2,50 (ATS), para marcar o
Congresso: "Europhot Photographers Congress Vienna". O selo mostra uma objetiva
(lente fotográfica) de Josef Petzval (1807-1891). JT
BERMUDAS
Selo emitido pela Bolívia em 1987: "EXFIVIA - Exibição Filatélica de 1987", que
mostra a Montanha Potosi, fotografia de Jimenez Cordero (Scott: 750).
CANADÁ
Série de 4 selos emitida em 1989: "Canada Day - Canadian Photography", com valor
facial de 38 centavos cada, alusivos a fotógrafos canadenses, texto descritivo atrás
(Scott: 1237/1240, Yvert: 1096/1099). JT
1995 - Projetor: 20f black and white filme e 50f filme colorido (Scott: 2620/2621).
2000 – Journalist's Day, mint postal card. STAMP DESIGN: association building; AT
LEFT: doves, satellite dish, laptop computer, camera, paper & pen, clock, Earth & Sun.
NT
ESPANHA
Selo emitido em 1995 (Scott: 2820) mostra Auguste e Louis Lumiere, primeira câmera.
NT Abaixo, também de 1995, o selo mostra uma Câmera Fotográfica: Centenário da
Associação de Imprensa de Madr (Scott: 2821). NT
Selo emitido em 1989, para comemorar os 150 anos da Fotografia, com valor facial de
1,50 (Scott: 788). NT
FRANÇA
GANA
1995 - Folhinha com 9 selos, com valor facial de 400. a: 1903 H. Ernmann camera
(Scott: 1849). NT
Blocos emitidos por Ghana em 1998 (Yvert: Bl 321/322): Copa do Mundo de Futebol
na França. NT
GIBRALTAR 1993 – Série de 4 selos, Arte Contemporânea Europa, um deles é sobre
filme fotográfico 35mm e câmara de vídeo (Scott: 626/629). Comprei da Just em
24/09/2000.
GRENADA
GRENADINES
GUIANA
HUNGRIA
Deve-se imaginar quanto seria enriquecedor se pudéssemos conhecer o que teriam dito
nos poucos corredores solenes da capital do Império, os que viram as primeiras
exposições de 17/01/1840, no Hotel Pharoux, no Largo do Paço, quando se depararam
com o requinte daquela modernidade: a fotografia.
Abaixo (lado esquerdo), cartão-postal da primeira metade do século XX, sobre o Jornal
do Commercio. Lado direito: foto de Louis Compte, Rio de Janeiro (1840) — 1º
DAGUERREÓTIPO tirado na América do Sul.
"É preciso ter visto a cousa com os seus próprios olhos para se fazer idéia da rapidez e
do resultado da operação. Em menos de 9 minutos, o chafariz do Largo do Paço, a Praça
do Peixe e todos os objetos circunstantes se achavam reproduzidos com tal fidelidade,
precisão e minuciosidade, que bem se via que a cousa tinha sido feita pela mão da
natureza, e quase sem a intervenção do artista" (trecho do Jornal do Commercio, de
17/01/1840).
O cronista do Jornal Diário registrou a facilidade com que era possível obter "a
representação dos objetos de que se deseja conservar a imagem...", e seguiu narrando as
proezas do vistoso instrumento que em poucos nove minutos registrara o chafariz do
Largo do Paço, a praça do Peixe, o mosteiro de São Bento, "... e todos os outros objetos
circunstantes se acharam reproduzidos com tal fidelidade, precisão e minuciosidade, que
bem se via que a cousa tinha sido feita pela própria mão da natureza, e quase sem
intervenção do artista."
Muito pouco se conhece até hoje, de amadores que naqueles primeiros anos teriam
praticado a DAGUERREOTIPIA e os processos subsequentes aqui no Brasil. O
Imperador, teria sido um dos primeiros brasileiros...
Tornou-se assim, o primeiro fotógrafo brasileiro com menos de 15 anos de idade! Mais
tarde, já um grande colecionador e um verdadeiro mecenas dessa arte, atribuiu títulos e
honrarias aos principais fotógrafos atuantes no país. Promoveu a arte fotográfica
brasileira e difundiu a nova técnica por todo o país.
Em fins de 1842, montou um estúdio no salão 52, do segundo andar da casa nova do
Hotel Pharoux, no largo do Paço, ainda que temporário e improvisado, foi
provavelmente o primeiro estúdio de fotografia do Brasil.
(Colline du Palais du Trocadéro ou alguma foto de Versailles Palais de Chaillot –
Paris, 1996)
A partir de maio de 1843, este mesmo salão seria ocupado por J. D. DAVIS,
consolidando a vocação fotográfica do hotel que, por sua localização estratégica
(situava-se diante do Paço Imperial), acabou recebendo diversos outros
DAGUERREOTIPISTAS itinerantes que passaram pela Corte no mesmo período.
De retorno à sua cidade natal, nos Estados Unidos, Morand tornou-se em 1851,
presidente da Associação da DAGUERREOTIPISTAS do Estado de Nova Iorque.
Desde então passaram a surgir as oficinas que tiravam e vendiam retratos, em fumo e
coloridos, e os professores de fotografia, e os especiais fotógrafos aos quais o Imperador
permitia o uso das armas imperiais na fachada da oficina, como foi possível conhecer ali
pela rua dos Latoeiros, depois rua de Gonçalves Dias, na capital.
São gravuras e álbuns de fotografias com retratos da realeza e nobreza da época, vistas
de cidades brasileiras e estrangeiras... Assim como documentos pessoais, como os
exercícios de caligrafia de D. Pedro II, de correspondência entre membros da família
imperial e outros, além de homenagens como poesias, sonetos, hinos ou músicas
dedicados a membros da família.
Pedro II, chamado "O Magnânimo", nasceu em 2/12/1825 (Paço de São Cristóvão, Rio
de Janeiro) e morreu em 5/12/1891 (Paris, França). Ele foi o segundo e último
Imperador do Brasil.
Quanto tinha cinco anos de idade, ele tornou-se o Imperador do Brasil de seu pai Pedro
I que abdicou de seu trono em 07/04/1831 para lutar na guerra civil em Portugal. O
objetivo dessa guerra foi restaurar o trono à Maria II, irmã mais velha de Pedro.
Seu nome completo era Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano
Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e
Habsburgo, pela Graça de Deus e Aclamação Unânime do Povo, Imperador
Constitutional e Defensor Pérpetuo do Brasil.
D. Pedro II foi o sétimo filho de Dom Pedro I e da arquiduquesa Dona Leopoldina de
Áustria. Sucedeu seu pai, que abdicou em seu favor para retomar a coroa de Portugal, à
qual renunciara em nome da filha mais velha, D. Maria da Glória.
Pelo lado paterno, era sobrinho de Miguel I de Portugal, enquanto, pelo lado materno,
primo dos imperadores Napoleão III da França, Francisco José I da Áustria e
Maximiliano I do México. Sendo o irmão mais novo de D. Maria da Glória, também
fora tio dos reis de Portugal D. Pedro V e D. Luís I.
Até o imperador completar seus 15 anos, uma série de regentes administrou o governo...
Em 18/07/1841, os regentes coroaram Dom Pedro II, o Imperador do Brasil...
Abaixo, 3 aspectos do Imperador Dom Pedro II: em pintura (no centro), em gravura de
Modesto Brocos (lado esquerdo) e em fotografia de autor desconhecido (lado direito).
Dom Pedro II casou-se em 04/09/1843 com a Princesa Teresa das Duas Cecílias (1822–
1889), a filha mais jovem do rei Francis I das Duas Cecílias (1777– 1830), conhecida
como D. Teresa Cristina, e tiveram 4 filhos:
Durante seu domínio, ocorreu a Abolição dos Escravos... Embora Pedro tenha sido
popular em seu período, ele foi deposto em 15/11/1889 por um golpe de Estado e a
família imperial foi exilada.
Ele morreu em 05/12/1891, em Paris, França. His and his wife's remains were brought
to Brazil em 1922, and were reinterred in Petrópolis, their former summer residence, em
1939. Monumento a Dom Pedro II na Catedral de Petrópolis.
Abaixo (lado esquerdo), bloco emitido em 1991 (RHM: B-89), Sesquicentenário da
Sagração e Centenário da Morte de D. Pedro II. Do lado direito, foto de 1888, feita por
FRANCISCO PESCE, quem também fotografou o Imperador.
Tal coleção abrange vasta gama de temas de interesse no século XIX. Por isso, além de
refletir a personalidade e os interesses do Imperador, espelha a realidade nacional e
internacional de seu tempo.
Assim, ele deu atenção especial à fotografia, que teria suas aplicações científicas, mas
sobretudo se tornaria uma nova expressão artística.
Utilizava para isso até os serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros. A maior
parte desse acervo ficava em instalações especialmente construídas no último andar do
Paço Imperial.
Partes de sua Biblioteca estavam ainda no palácio da Quinta da Boa Vista e na sua
residência de veraneio em Petrópolis.
Chegado a Portugal, logo sua esposa faleceu. Partiu, então, para a França e encarregou
um advogado de cuidar de seus interesses e bens aqui deixados.
A única exigência de D. Pedro II foi que as partes doadas às duas primeiras instituições
mantivessem as suas respectivas unidades sob o nome da Imperatriz, "Coleção D.
Thereza Christina Maria" e que a terceira parte, doada ao Museu Nacional, recebesse
o nome de sua mãe, "Coleção Imperatriz D. Leopoldina".
Coube à Biblioteca Nacional a maior parte desse acervo particular de D. Pedro II,
constituindo-se assim na maior doação de toda a sua história.
Estava incluída nele a parte mais considerável de suas fotografias, hoje a maior e mais
abrangente coleção de documentos fotográficos brasileiros e estrangeiros existente
numa instituição pública de nosso país.
FOTOCLUBISMO
ERWIN VON DESSAUER – chileno que morreu no Brasil. Fez uma foto chamada:
Junto à água, em 1939. (colocar aquela foto do leão e nomear: Rumo aos céus)
O movimento Fotoclubista teve seu apogeu nas décadas de 40/60, com diversas
manifestações, como: exposições, concursos, salões, mostras internacionais. Também,
organizou por anos o Salão Internacional de Arte Fotográfica e duas Bienais P/B, em
1972, e a Colorida em 2003.
Enquanto nos outros países já se contavam com muitas sociedades fotográficas, por
exemplo: ROYAL PHOTOGRAPHIC SOC., Londres (1853), SOCIETÉ FRANÇAISE
DE PHOTOGRAPHIE, Paris (1854), SOCIETÁ FOTOGRÁFICA SUBALPINA, de
Turim (1889), aqui no Brasil, só no século seguinte...
A primeira de que se tem notícia positiva aconteceu em Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, em 1918, o primeiro foto clube brasileiro: o "PHOTO CLUB HELIOS".
Um desses freqüentadores era José Medina, que pelas ondas da P.R.K.9 - Radio
Difusora, mantinha um programa diário sobre fotografia - "Instantâneos no Ar" - no
qual dava conselhos, anunciava as novidades, comentava as fotos enviadas por ouvintes
e promovia concursos.
Nas reuniões vespertinas na "loja do Gomes", esses aficionados mostravam e discutiam
suas fotos e experiências, as câmaras, objetivas etc. Até que um dia, não se sabe de
quem partiu a idéia, decidiram fundar um novo foto-clube. Abriram-se listas de adesões
e ao atingir o número considerado mínimo necessário - 50 aderentes - convocou-se a
Assembléia Geral de Fundação, para a noite de 28 de Abril de 1939, no salão do
Portugal Clube, no Edifício Martinelli, gentilmente cedido.
E o clube iniciou suas atividades, instalando sua sede em três salas alugadas ali mesmo,
no 22º andar do Edifício Martinelli, por 700$000 (Setecentos Mil réis) mensais. Para
primeiro presidente do Clube, elegeu-se ALFREDO PENTEADO FILHO. A primeira
excursão fotográfica do Clube aconteceu em 9 de julho do mesmo ano, e foi à
Guararema. Logo após, com as fotografias obtidas neste passeio, foi realizado o
primeiro concurso interno, cujo vencedor foi RANDOLFO HOMEM DE MELLO.
Foto da Excursão à Guararema 1939 (Acervo Biblioteca FCCB).
Mas logo veio a Segunda Guerra Mundial, e suas dificuldades acabaram por atingir o
Foto Clube. O material fotográfico não chegava às prateleiras, já que havia grandes
restrições à importação, e a prática da fotografia foi proibida em diversos lugares. Para
resistir, o Clube teve que tomar algumas providências; uma delas foi a mudança da sede
para um lugar menor, decisão tomada pelo Conselho de Fundadores, que à época
assumiu a direção...
Em fevereiro de 1940 o clube transferiu-se para duas pequenas salas, à Rua São Bento,
357 - 1º andar, prédio em cujo pavimento térreo estava a loja Fotótica.
03/10/1942
1º SALÃO PAULISTA DE ARTE FOTOGRÁFICA
A realização do primeiro salão de fotografia se apresentou como uma saída para escapar
da crise causada pela Segunda Guerra e, ao mesmo tempo, chamar a atenção da
imprensa e dos interessados nesta arte. Foi assim que, a 3 de outubro de 1942, o
Primeiro Salão Paulista de Arte Fotográfica foi inaugurado.
Estas fotos, que estavam fora de concurso, eram de convidados argentinos, dos Foto
Clubes de Concórdia e de Rosário. Este primeiro salão serviu para reafirmar o nome do
Foto Clube, pois teve uma ótima repercussão na imprensa. No fim deste ano foi eleito
para a presidência Eduardo Salvatore, cuja gestão teve início em janeiro de 1943.
O clube mudou seu nome para Foto Cine Clube Bandeirante, e teve que pensar em
mudar de sede, já que a antiga ficou pequena. Assim, em 1949 ocorre a mudança para
sede própria. Isto propiciou a criação dos primeiros cursos de fotografia e cinema do
país...
Evidentemente, todas essas realizações granjearam grande prestígio para o Foto Cine
Clube Bandeirante. Seu maior renome adveio, porém, das novas concepções que trouxe
para a fotografia artística brasileira, sendo equiparado aos grandes grupos fotográficos
renovadores de outros, como por exemplo o "FOTOFORM", na Alemanha; o
"BUSSOLA", na Itália; o "GRUPO DOS XV", na França; o "LA VENTANA", no
México.
Com efeito, ao ser fundado o Foto Cine Clube Bandeirante, em 1939, na fotografia
brasileira, como aliás, na grande maioria das sociedades fotográficas, salões e
exposições de todo o mundo, ainda prevaleciam os conceitos clássicos e os processos
denominados "artísticos", como o bromóleo, goma-bicromatada, carbro etc.
EXPOENTES DO FOTOCLUBISMO
Mas, a partir do terceiro, em 1943, mais precisamente a partir de 1945 e nas décadas de
50/60, instigados por YALENTE, SALVATORE e BENEDITO J. DUARTE, os
bandeirantes se lançaram à experimentação renovadora e modernizadora.
A pesquisa, o estudo e o aproveitamento dos efeitos de luz, desde a luz lateral, os seus
contrastes e o contra-luz total, levaram a uma sintetização e simplificação cada vez mais
acentuada das linhas e formas geométricas.
Eduardo Salvatore nasceu em São Paulo (1915). Abaixo (lado esquerdo da tela), uma
foto de sua autoria datada de 1948. Do lado direito, uma foto de Chico Albuquerque ou
Francisco Albuquerque (Acervo Biblioteca FCCB) quem, em 1948, fez a primeira
campanha publicitária fotográfica no país...
... Evoluiu para o "abstracionismo", o "concretismo" o "grafismo", com Marcel Giró,
Geraldo de Barros, Rubens Teixeira Scavone, Ademar Manarini, Willian Brigato, Emil
Issa, entre outros.
Lado esquerdo, Marcel Giró (1956). Lado direito, Roberto Yoshida (1959).
Do lado esquerdo, "A Espera", foto de Júlio Agostinelli. Lado direito, "Trilhos", foto de
Takashi Kumagai.
Abaixo, fotografias de Gaspar Gasparian: 1950 (lado esquerdo) e 1956 (lado direito).
Também no setor de cinema o clube revelou grandes cineastas, entre eles, BENEDITO
J. DUARTE que se tornaria um nome internacional no documentário médico-ciêntifico;
GERALDO JUNQUEIRA DE OLIVEIRA, THOMAZ J. FARKAS, CÉZAR
YASBECK, ESTANISLAU SZAKOWSKI, ABRÃO BERMAN...
Com todo esse movimento, começaram, finalmente, a cair as barreiras que se opunham
à fotografia artística; os críticos de arte passaram a olhá-la com maior atenção; os
museus e as galerias de arte principiaram a se abrir para ela...
Na metade do século XX, a categoria fotográfica foi assumida, portanto ganha o direito
de estar em um museu...
O Clube continua com suas atividades e, recentemente (abril de 2005), foi inaugurada a
exposição coletiva "Espontaneidade Estética", na qual eu participei; veja página de
exposições!
Era 3 de julho de 1951, um grupo composto por doze apaixonados pela fotografia estava
disposto a criar um clube para as pessoas que, como eles, usavam a fotografia como
forma de expressão.
Dessa maneira, em assembléia geral realizada no auditório do Correio do Povo, o
FOTO-CINE CLUBE GAÚCHO foi fundado por JOSÉ ALBERTO JOÃO STELKENS,
JORGE ALBERTO CASTRO DE FARIA, BRUNO REIMANN, NELSON FRANÇA
FURTADO, ERNI BRUNO GUTTLER, ARNO ANTÔNIO RÜDIGER, JOSÉ
MACHADO DE OLIVEIRA JÚNIOR, RICARDO HELMUTH BERGER, LUIZ
CARLOS SERRANO, NESTOR IBRAHIM NADRUZ, ORTWIN SAUER, e PAULO
DERLY STREHL.
Por ser voltada aos profissionais, a AFPRGS não contemplava os interesses dos
fotógrafos amadores. Assim surgiu o Clube, como uma dissidência daquela Associação,
criado para preencher as necessidades de quem não vivia da fotografia, mas se utilizava
dela como um meio de manifestação artística.
De lá para cá, o Clube já formou mais de 4.000 alunos. A grande maioria de associados
é composta por médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, que encaram a fotografia
como um hobby levado a sério. Muitos fotógrafos que hoje atuam profissionalmente
também tiveram suas primeiras lições nas dependências do Clube, como LUIZ
ACHUTTI, RUY VARELLA, LUIZ ABREU, MYRA GONÇALVES, LÍGIA
BIGNETTI, ANDRÉ CHASSOT, AMAURY FAUSTO.
O Foto-Cine Clube Bandeirante, por exemplo, colaborou fortemente para essa mudança
de mentalidade. A Escola Paulista de Fotografia, que introduziu o modernismo na
fotografia brasileira por volta da década de 50, causou uma ruptura, modificando a
maneira de ver e compor a imagem.
Infelizmente, o clubismo atualmente não conta com muitos adeptos pelo Brasil. Talvez
isso se deva à popularização das câmeras compactas, ou ao alto custo de materiais e
equipamentos que dificultam a manutenção de um hobby tão oneroso para amadores...
LENTES E OBJETIVAS
Tipos de Lentes
Lentes são elementos ópticos, feitos de vidro ou plástico, capazes de dirigir ou desviar
os raios de luz. Existem dois tipos básicos de lentes:
Dirigem os raios de luz para um ponto central. Quanto mais espessa e curva for a
superfície de uma lente, maior será sua capacidade de desviar a luz. Isto é medido como
sua distância focal - a distância do centro da lente até o ponto no qual convergem os
raios paralelos nela incidentes. Quanto menor for a distância focal da lente, mais
desviada será a luz.
Desviam os raios de luz a partir de um ponto central para um ângulo mais aberto.
Objetivas
Do conjunto de lentes componentes, resultará uma distância focal resultante, a qual será
a distância focal da objetiva.
Ela é a parte mais importante de qualquer câmera. para uma boa fotografia é
indispensável uma boa objetiva. Sua qualidade é avaliada pela sua definição e nitidez da
imagem. Embora uma objetiva seja de boa qualidade, pode não se prestar ao que se
pretende realizar com ela.
A característica que mais distingue uma objetiva de outra é a distância focal - distância
existente entre a objetiva e o plano de foco, quando a objetiva está focada para o infinito
(uma grande distância, da qual os raios de luz chegam na objetiva praticamente
paralelos). É comum definir-se uma objetiva por sua distância focal ou por sua distância
focal relativa (normal, curta e longa).
Para saber classificá-las, é necessário descobrir a objetiva normal, mas, para isso, temos
que aprender o que é distância focal. Quando a imagem entra na câmera escura, ocorre
sua inversão e é desse ponto até o plano do filme que medimos a distância focal de uma
objetiva.
Uma vez descoberta a normal, toda objetiva que tiver uma distância focal maior será
uma tele e a que tiver distância focal menor será uma grande-angular.
Como se sabe, uma objetiva será normal para seu formato de câmara, quando a distância
focal da mesma é aproximadamente igual ao valor da diagonal do formato, ou seja,
numa 4x5, sua normal terá 150mm. de distância focal, numa 5x7, a normal será de
210mm. de D.F. e, para 8x10, a D.F. normal será de 300mm.
Nas câmaras de formato médio são normais objetivas com distâncias focais de 75mm.,
90mm., respectivamente para formatos de 6x6cm. e 6x9cm. Nos pequenos formatos,
50mm. é a distância focal normal.
Na escolha de objetivas para produtos, devemos possuir uma normal, uma grande
angular média e algumas de distâncias focais maiores que a normal (TELES).
Todas as objetiva deverão ser tratadas para correção cromática, assim como corrigidas
todas as aberrações fundamentais (esférica, etc.). Uma boa definição e luminosidade
acrescentarão qualidade e maneabilidade no trabalho diário.
Quando falamos de características, cada objetiva, por sua construção, tem as seguintes
diferenças:
Em geral, uma típica objetiva fixa possui dois anéis: o de abertura (o mais próximo do
corpo da câmera), e o de foco que mostra as distâncias em que o motivo está da câmera
(em metros e polegadas). A escala de profundidade de campo fica localizada,
geralmente, entre esses dois anéis. Dessa forma, assim que se regula a abertura e o foco
de uma cena, já se pode ter uma noção da extensão que ficará em foco na frente e atrás
do motivo principal.
Explicando melhor: depois de escolher o motivo, faça o foco e selecione uma abertura,
por exemplo F=16. Procure em seguida, na escala de foco, os números que indicam as
distâncias relativas à abertura F=16: uma delas deve indicar a distância mais próxima e
a outra, a mais distante. Dentro destes dois intervalos, qualquer coisa deverá ficar em
foco.
Escala de focos em pés (ft). Um (1) metro é igual a 3.28 pés e 1 pé é igual a 0,3048
metros:
1.55 (0,5 m), 1.8 (0,55m), 2.2 (0,7m), 3 (0,9m), 4 (1,2m), 6 (1,8m), 8 (2,4m), 15 (4,6m)
Tipos de Objetivas
Como já dissemos, a principal característica que distingue uma objetiva de outra é a sua
distância focal. Neste sentido, existem três tipos básicos de objetivas: normal,
teleobjetiva e grande angular.
Normal ou Padrão:
Quando a distância focal de uma objetiva (linha pontilhada) é aproximadamente igual à
diagonal do negativo (linha tracejada), considera-se esta objetiva "normal". Quando
apontada para um motivo (que está simbolizado, no desenho, através do círculo), capta
raios luminosos num ângulo de aproximadamente 50° - o mesmo do olho humano
projetando-os contra o filme sob o mesmo ângulo.
A objetiva normal (ou Standart) possui uma distância focal (linha pontilhada)
aproximadamente igual à diagonal do filme ou negativo utilizado (linha tracejada). Por
exemplo, uma objetiva de 50mm. é normal para uma câmera de 35mm., cuja diagonal
do negativo mede cerca de 45mm. Quando apontada para o motivo, capta raios
luminosos num ângulo de aproximadamente 46° graus - o mesmo ângulo útil do olho
humano - projetando-os contra o filme sob o mesmo ângulo.
Grande-Angular:
É importante notar que uma objetiva de 50mm., que é normal para uma câmera 35mm.,
é uma grande angular para uma câmera 120.
São as objetivas de 4mm., 6mm., 12mm., 16mm., 18mm., 20mm., 24mm., 28mm. e
40mm. Usada para ambientes amplos internos ou externos. A mais usada é a objetiva de
28mm., que fotografa um ângulo de quase 90 graus.
As objetivas de grande-angular são usadas para se fotografar uma imagem com ângulo
grande e na qual não se tem muito espaço físico para se trabalhar. Em fotos com grande-
angular é preferível usar uma objetiva fixa ao invés de outra com zoom, pois pode-se
tremer ao fotografar a imagem.
Semi-Teleobjetiva:
Abaixo (lado direito da tela), uma objetiva 135mm., Tele-Elmar f4.0 (filtro 39mm) -
Germany - Preta, excelente estado, não tem riscos, lentes cristalinas sem qualquer traço
de fungos. Com as tampas originais e parasol Leica. Valor estimado: R$1.600,00. Do
lado esquerdo, corpo Leica M6 chrome (0.72), adquirida nova, em Portugal, portanto o
fotógrafo foi o único dono. Na caixa, com manual e nota fiscal da revenda oficial. Valor
estimado: R$5.500,00.
Alguns outros tipos de objetivas foram projetadas para situações especiais. São elas:
Macro e Zoom.
Objetivas Macro:
Macro ou Micro, foram construídas para serem usadas em fotografias à extrema curta
distâncias (macrofotografia), isto é, para distâncias muito pequenas, produzindo no
filme uma imagem até mesmo do tamanho que o sujeito original e, dependendo do
tamanho do objeto, tem um aumento de 10 vezes. A macrofotografia, ou apenas macro,
possibilita ao fotógrafo um mundo muito interessante, de visões pouco comuns ao olho
nu, pois são fotos de aproximação e detalhes.
Sua distância focal corresponde à de uma objetiva comum, e é a objetiva ideal para
fotografar a natureza. Mas também, a macro, encontra um largo uso em diversos
campos, como o artístico, o médico e o publicitário, entre outros.
Então, objetivas macro são objetivas de foco mínimo muito próximo que, sendo
especialmente construídas para esse tipo de foto, garantem uma boa qualidade ótica. São
objetivas com as mesmas características já citadas, porém com a possibilidade de foco
mínimo muito mais próximo.
Podemos ter normal macro, tele macro ou zoom macro. A grande-angular não é
recomendada pela enorme distorção de borda dada pela distância.
Para esse tipo de fotografia, o equipamento adequado tem papel muito importante;
existem algumas opções que, bem conhecidas, podem produzir excelentes resultados.
São elas:
A iluminação em macro, aconselha-se o uso de flash anelar (ring flash) a fim de evitar
erros de paralaxe entre o flash e a objetiva. Esse tipo de flash é acoplado em torno da
objetiva, iluminando, necessariamente, o tema a ser fotografado, sem desperdício de luz.
Quando se ilumina objetos próximos com flash, pode haver um retorno de luz muito
grande, prejudicando a visualização dos detalhes; isso pode ser evitado com o uso de
algum difusor de luz, como, por exemplo, um papel vegetal.
Porém, quando se altera a distância focal com tubos e foles de extensão, é preciso
compensar a luminosidade com a abertura do diafragma de 1 a 2 pontos, dependendo do
comprimento do tubo (quanto maior o tubo, maior deve ser a abertura do diafragma). A
abertura ideal deve ser encontrada por meio de testes.
Tubos e foles de extensão: são adaptações que alteram a distância focal das objetivas,
permitindo um foco mínimo próximo; tenha-se em conta, entretanto, que seu uso
implica alguma perda de luminosidade da objetiva.
Objetivas Zoom:
Essas lentes são construídas de modo a proporcionar uma variação de distâncias focais
sem prejuízo do foco ou do diafragma selecionado. São objetivas que não têm distância
focal fixa, dando ao fotógrafo uma grande agilidade na hora de enquadrar.
Estas objetivas de distância focal variável, são mais conhecidas como Zoom, por
poderem trazer rapidamente objetos distantes para bem perto, são instrumentos ópticos
que prestam a várias finalidades. Uma só unidade pode funcionar como uma grande
angular, uma objetiva normal ou uma tele. Seu princípio de funcionamento decorre de
alguns elementos ópticos móveis entre si, que possibilitam mudar sua distância focal, e
portanto, o tamanho da imagem.
As vantagens desse sistema são óbvias especialmente no que diz respeito à fotos
jornalísticas ou esportivas. Sem mudar de objetiva e nem mesmo ter que refocar, o
fotógrafo pode passar rapidamente da grande panorâmica de um estado de futebol para
fotos próximas dos jogadores em campo.
Quando se utiliza uma objetiva zoom ou uma teleobjetiva, chega-se a perder alguns
pontos de luminosidade, nessas ocasiões, utilizar um filme de ISO alto é uma boa idéia
para se recuperar os pontos perdidos. É bom se ter estes dois tipos de zooms:
1. Zoom 28~70mm. é para quando não se tem muito tempo de trocar a objetiva.
2. Zoom 70~300mm. é para quando se está longe do tema.
Ex.: 35mm-70mm, que é uma grande-angular, normal e tele na mesma objetiva. Temos
que lembrar que cada objetiva é feita com um certo conjunto de lentes, mas a Zoom
trabalha sem essas alterações, isso ocasiona perdas em algumas características da
imagem em relação a uma objetiva fixa.
Ex.: Se fizermos uma foto com uma 28mm-70mm, na opção 70mm, teremos uma foto
com mais distorção de borda do que se usarmos uma 70mm fixa, pois o jogo de lentes é
mais arredondado, possibilitando, também, o uso em grande-angular.
FILMES
O filme fotográfico compõe-se de um material sensível à luz, ou seja, que tem sua
estrutura físico-química afetada pela incidência de luz.
A mudança estrutural que ocorre nos filmes fotográficos é dependente de vários fatores,
dentre eles o tempo de exposição a luz, a quantidade de luz incidente etc.
O filme fotográfico é uma película composta de três camadas básicas, a saber: uma
emulsão - sais de prata sensíveis à luz, suspensos em gelatina - uma "base" transparente
de acetato e uma camada anti-halo. A seguir, mostramos uma ampliação de um filme
visto de perfil, como e do que ele é composto:
A superfície é formada por uma delgada camada de verniz, a qual evita arranhões na
emulsão colocada logo abaixo. A camada de emulsão (onde se formará a imagem)
consiste de 60% de gelatina e 40% de cristais de prata sensíveis à luz.
Abaixo da emulsão existe uma substância adesiva, ligando a emulsão a uma camada
mais espessa de acetato, que é a base do filme. O acetato é um material plástico, firme
mas flexível, que dá suporte ao filme. Finalmente, ligada à base de acetato por mais uma
camada de adesivo, vem a camada anti-halo, que tem por finalidade evitar que os raios
de luz que atravessam a emulsão sejam refletidos e causem halos nas partes claras da
fotografia.
Sais de Prata
Os sais de prata são formados por cristais de estrutura cúbica. Cada cristal é formado
pela ligação entre íons de prata (positivos) e íons brometo (negativos).
Pelo fato do Bromo ser classificado como sendo um halogênio, os sais de prata são
também chamados de haletos de prata. A combinação da prata com o bromo, forma
moléculas de brometo de prata (AgBr). Note que quando um átomo de bromo ganha um
elétron, ele se torna um íon negativamente carregado (ânion) e passa a ser chamado de
íon brometo (Br-).
Na figura acima pode-se ver a estrutura cúbica do cristal de brometo de prata, no qual a
prata (bolas negras) são mantidos em seus lugares por atração elétrica. Ambos os
elementos apresentam-se na forma de íons.
Cada íon brometo possui um elétron extra, isto é, um elétron a mais do que um átomo
de bromo não carregado, resultando assim em uma carga negativa.
Por sua vez, cada íon prata possui um elétron a menos que um átomo de prata neutro ou
não carregado, o que resultará em uma carga positiva.
Quando atinge o filme, a luz afeta a estrutura básica dos haletos de prata - cada um dos
cristais existentes no interior da camada de gelatina. Quanto maior a quantidade de luz
que atinge essa camada, maior o número de grãos afetados.
Até esta etapa, porém, não ocorre qualquer mudança perceptível no filme, necessitando-
se então de um agente químico - o revelador - para tornar visível a imagem latente. este
agente atua de modo a transformar os haletos de prata afetados em diminutos grãos de
prata metálica pura, que aparecerão na cor preta.
Os haletos de prata que não foram afetados pela luz - situados nas áreas escuras da cena
fotografada - não serão modificados pelo revelador.
Já as regiões claras ou brancas da cena emitiram muita quantidade de luz, afetando mais
os cristais do filme e, portanto, aparecerão escuras ou pretas no filme. É devido a esse
fenômeno que chamamos de imagem em negativo. É lógico que entre o branco e o
preto, existe todo um espectro de cores, as quais aparecerão em diferentes tonalidades
de cinza no filme, porquanto afetam mais ou menos os cristais de prata.
Neste estágio, entretanto, o processo ainda não está completo, já que se o filme sofrer
qualquer incidência de luz, serão afetados agora os cristais que não haviam sido, o que é
obviamente indesejável.
Note que o processo até agora foi executado com a ausência absoluta de luz. (Para isso
não é necessário que o fotógrafo trabalhe todo o tempo no escuto. O filme é
desbobinado no escuro manualmente e colocado sobre um aparelho chamado de espiral,
o qual por sua vez é colocado dentro de um recipiente fechado onde se dará a revelação.
Depois que o espiral encontra-se dentro do recipiente, não há mais necessidade de se
manter a sala escura).
É necessário, portanto, que os cristais de prata do filme que não foram afetados pela
incidência de luz sejam agora retirados do filme, de forma que o filme não mais sofra
qualquer tipo de modificação se exposto à luz, este processo chama-se fixação da
imagem.
O filme é então colocado em uma substância chamada de fixador, o qual tem por função
justamente a retirada dos cristais de prata do filme não afetados. O fixador os torna
solúveis em água e sua remoção é feita por meio de uma simples lavagem. Depois da
fixação da imagem no filme, resta apenas a prata metálica estável sobre a película
transparente.
Tipos de Filme
1. OS MATERIAIS SENSÍVEIS
A emulsão deve ser uniformemente espalhada sobre uma superfície que funciona como
suporte. O suporte fotográfico dos filmes, atualmente, é em material plástico, que
oferece garantias em suas características de resistência mecânica, transparência,
flexibilidade e estabilidade dimensional (não dilata ou retrai) - o triacetato de celulose -
e é composto da seguinte maneira: numa das faces, fixada por meio de um adesivo, a
emulsão fotográfica; na face oposta, uma camada ant-halo, fixada pelo mesmo adesivo.
2. A EMULSÃO
A emulsão dos filmes é constituída por haletos de prata - que, agrupados, formam o que
conhecemos por grão ou granulação - imersos em gelatina animal. Os haletos de prata
reagem rapidamente mediante exposição luminosa, formando uma imagem precisa e
detalhada, e têm a propriedade de tornar-se insensíveis à luz depois de processados.
Quando a luz atravessa a emulsão, altera a composição dos grãos sobrepostos que
encontra pelo caminho, sendo necessária uma intensidade mínima em sua exposição,
abaixo da qual não ocorre nenhuma alteração. O fundamental é que a exposição garanta
não só o registro da luz, mas também o de algumas variações de sua intensidade nas
sombras (áreas menos iluminadas).
Como não existe ainda um filme "universal", ideal para ser utilizado em qualquer
circunstância, o fotógrafo deve escolher a película mais adequada para cada situação. A
fase mais crucial dessa escolha consiste na velocidade do filme.
25 - 32 - 40 - 50 - 64 - 80 - 100 - 125 - 160 - 200 - 250 - 320 - 400 - 500 - 640 - 800 -
1000 - 1250 - 1600 - 2000 - 2500 - 3200
Destes, os mais utilizados são o primeiro e o último, por terem progressão aritmética; o
sistema DIN exige uma compreensão mais detalhada, pois sua progressão é logarítmica.
Em geral, considera-se como média uma emulsão de ISO 100/21; abaixo deste valor, as
emulsões são lentas, precisam de mais luz para registrar as imagens; acima de ISO
400/27, são consideradas rápidas, pois registram densidades com quantidade de luz
muito menor.
Uma emulsão ASA 400 necessita de um quarto da luz de que, nas mesmas condições
luminosas e com a mesma exposição, necessita uma ASA 100 e assim por diante. Em
fim, um filme de 200 ASA é duas vezes mais rápido que outro, de 100 ASA (ou seja, ele
necessita de metade da exposição do segundo filme para produzir o mesmo resultado).
Significam o quanto os filmes são sensíveis à luz. Quanto maior a ASA mais sensível é
o filme e menor é a definição da fotografia.
Quanto maior o número de Asa, maior são as partículas de sais de prata. E quanto maior
os sais menor será a definição da fotografia. Por exemplo: Se for desenhada uma casa
com grãos de arroz, a visão do desenho terá uma maior definição do que se desenhar a
mesma casa com grãos de feijão.
4. DEFINIÇÃO
Isto causa uma perda natural de definição dos limites e texturas de uma imagem, o que
poderá ser mais ou menos intensificado de acordo com a sensibilidade e o
processamento do filme.
Quanto mais espessa for a emulsão e quanto maior o seu grão, menor será o seu poder
de definição e, portanto, os filmes de granulação fina terão maior capacidade de registro
de traço.
5. CONTRASTE
Uma emulsão mais sensível é composta de grãos maiores e de tamanhos variados, não
possui negro tão denso, nem transparência tão grande. Portanto, as emulsões mais lentas
são bem mais contrastadas do que as emulsões rápidas.
Filme rápido tem grão grande, é muito sensível e com menos definição. São os que
possuem pouca densidade nas altas luzes (zonas negras) e capacidade para formar uma
longa gradação de cinzas. São os mais indicados para registrar situações que apresentam
grande variedade de intensidades luminosas. Filmes rápidos, com alta velocidade,
precisam de pouca luz.
Em cenas externas, com pouca luz do sol ou em dias nublados pedem, muitas vezes, um
filme mais sensível, principalmente quando se deseja uma velocidade mais rápida de
disparo. Com um filme mais sensível, até mesmo algumas cenas noturnas com pouca
iluminação podem ser capturadas sem a necessidade de um tripé.
A contagem e a diferença entre os ISOs são feitos através de quantidade de luz, por
exemplo, um ISO 800 tem 3 pontos de luz a mais do que um ISO 100, por isso tem uma
alta sensibilidade, um maior alcance do flash, facilidade de congelar ações e maior
profundidade de campo. Assa 200 é o melhor para fotografar em dias de céu nublado.
Asa 400 é recomendado para ambientes internos ou com pouca luz, como um parque
com muita sombra. Asa 400 serve também para congelar esportes. Asa 800 ideal para
locais escuros, como uma festa à noite. São usados para cerimônias e eventos noturnos,
para fotografias em dias escuros, em interiores ou à noite sem flash:
Filme lento tem grão fino, é pouco sensível e com boa definição. São os que possuem
um negro denso no registro das altas luzes e pouca capacidade no registro dos detalhes
(gradação de cinzas). São bastante usados na reprodução de textos, projetos gráficos,
desenhos e nas fotografias em que o alto contraste é um elemento importante.
Filmes lentos, com baixa velocidade, filmes de sensibilidade lentas, precisam de mais
luz. Indicados para fotografar-se com a luz do dia e de se extrair o máximo das cores e
do cenário, portanto são adequados para quando há bastante luz, pois há um maior
contraste na cena e acentua as cores. Asa 100 Use para fotos em dias mais claros e com
sol. É o que deixa a imagem mais nítida.
São eles: ISO - 16; ISO - 20; ISO - 25; ISO - 32; ISO - 50; ISO - 64; ISO - 100; ISO -
125.
À noite, apesar dos filmes ISO 100 oferecerem uma qualidade de imagem melhor, os
filmes de ISOs mais rápidos, por exemplo ISO 800, oferecem a vantagem de acelerarem
o recarregamento do flash.
6. LATITUDE
A latitude é a capacidade que os filmes têm de registrar uma gama de tons acima ou
abaixo desta média prevista, ou seja, a flexibilidade na exposição. A latitude é
proporcional à sensibilidade do filme: quanto maior a sensibilidade, maior a latitude.
Os filmes que possuem grande latitude captam mais detalhes em áreas de diferentes
luminosidades, tornando o negativo mais uniforme.
A Kodak tem um cartão cinza chamado Eicard, ele mede a fotometria com 18% de
cinza. Há fatores que alteram a latitude de um filme, como a exposição, o processo de
revelação, o vencimento, o calor e a umidade.
O filme é produzido em grandes folhas que são cortadas, fazendo com que haja emulsão
mesmo nas partes que não serão aproveitadas; desta forma, o que determina a área da
imagem é a janela da câmera em que o filme é exposto. Os filmes convencionais são
comercializados em rolos ou em chapas planas (filme rígido).
Os filmes de grande formato - 4X5 tem esta denominação pois refere-se a filmes na
forma de chapa, utilizado em câmeras de estúdio, de formato 4X5 polegadas.
Os filmes rígidos são encontrados em caixas contendo de 10 a 100 folhas, cortadas em: -
60mm x 90mm. - 90mm x 120mm. - 130mm x 180mm. - 180mm x 240mm.
Fotograma:
Fotogramas são os espaços do filme nos quais estão fotografadas ou gravadas as
imagens. Um fotograma denso é mais escuro pois gravou muita luz.
Cromos:
São slides que gravam a imagem com muita precisão. Ótimos para se trabalhar em
computação ou para scanear. Existem 3 formatos: cromo 35 mm.; cromo 120 mm.;
cromo 4X5. Tipos slide instantâneo (35mm): CS 12, HCP 12, HC 12, CT 12 e BN 12.
KODAK
É bom para fotografar o céu, a cor azul é realçada e as cores ficam mais vivas.
FUJI
É bom para fotografar a natureza, a cor verde é realçada. É responsável por alto
contraste, acentua a densidade das cores e permite um grande detalhamento na
ampliação. Fuji Crome Velvia - é um cromo que deixa muito mais verde. Fuji Super G
Iso 800 – Para desfiles a noite sem flash é muito bom.
AGFA Ultra
É bom para fotografar pessoas, a pele fica mais rosácea, as cores ficam mais naturais.
Filme Cromo tungstênio é igual a temperatura de 3.400° Kelvin – EPY, EPT, EPJ.
LUZ E FLASH
A luz na fotografia é essencial, não só para que o processo aconteça, como também para
criar climas, volumes e texturas.
Como se sabe, a fotografia é uma ciência-arte que mistura sincronamente conceitos de
Química e Física com elementos de expressão plástica e conceitos de linguagem
criativa.
Surgindo do seu próprio nome (photo = luz - graphos = escrita) a luz é o principal
elemento de todos os processos fotográficos e sua utilização não será possível se não for
profundamente conhecida. Vamos, então, conhecê-la e defini-la.
Partindo do conceito simples e natural das ondas do mar, podemos dizer que uma onda
será completa quando estiver determinada por uma crista positiva e uma crista negativa
consecutivas.
Comecemos a definir:
Até este momento, a luz é uma forma de energia caracterizada por estimular
especificamente as células fotossensíveis do nosso aparelho de visão, o olho.
Vários são os padrões de medida utilizados para cada forma de energia do campo
eletromagnético, resultado da amplitude de onda verificada.
Nesse intervalo encontramos as cores que formam a luz branca, ou seja, para cada
comprimento do espectro da luz, o nosso aparelho de visão registra como uma cor.
A luz branca, então, é a mistura contínua e ininterrupta das diferentes cores que a forma.
Continuando com o nosso objetivo de definir a luz, podemos acrescentar que esta se
desloca em linha reta e radialmente.
Se considerarmos teoricamente como uma fonte pontual de energia luminosa, os raios
luminosos divergem à medida que se afastam da fonte.
Finalmente, "a luz é uma forma de energia radial que se desloca em linha reta,
transportada por uma onda que determina sua qualidade".
Para os fotógrafos, esta lei é da mais alta importância, pois, será aplicada em quase
todas as circunstâncias fotográficas onde a luz deva ser corretamente controlada e
distribuída.
O sol é a principal fonte de luz que você tem à disposição. Se ele não estiver coberto por
nuvens, a luz por ele produzida terá característica "dura", isto é, a linha de passagem
entre sombra/luz é brusca, bem nítida.
Bem, mas porque a luz do sol aberto é dura?
A resposta é simples. Acontece que ele está a milhões de quilômetros da terra e, apesar
do tamanho enorme, não passa de uma fonte de luz pontual, de tamanho relativamente
pequeno e que, por isto, produz uma luz com sombras de contornos nítidos.
É por isto que se diz que, quando você quer saber que tipo de luz foi usado numa foto,
basta olhar a(s) sombra(s) produzida(s), considerando que às vezes uma sombra pode
estar oculta.
Mas se for um dia encoberto, você verá que a luz terá uma característica "difusa", ou
seja, as sombras não são pronunciadas. Ao contrário, são "suaves", porque a linha de
passagem sombra/luz se dá gradualmente, na chamada zona da penumbra, às vezes de
maneira tão suave, que a sombra é quase imperceptível.
E isto acontece porque a luz do sol está sendo difundida pela camada de nuvens acima
da terra, e esta camada de nuvens dispersa a luz solar que recebe e, por estar mais
próxima de nós, dispersa a luz do sol, iluminando de todos os lados a cena, que terá
pouquíssima sombra ou nenhuma, para efeitos práticos.
Vimos assim:
a) Que o grau de dispersão e tamanho relativo da fonte de luz são os fatores que ditam
se a iluminação será difusa ou dura. Por sua vez, o tamanho relativo da fonte depende de
dois fatores, que podem ser considerados conjunta ou separadamente: o seu tamanho
físico e a distância fonte/assunto.
Outro aspecto importante é quanto à direção da fonte, pois isto determinará também a
direção da sombra. É uma afirmação óbvia, mas seus desdobramentos nem tanto.
Sempre que houver uma fonte de luz (e sempre há!) uma sombra será gerada. Para cada
fonte de luz, haverá uma sombra. Isto não quer dizer que sempre todas as sombras
estarão aparentes.
Numa luz de cabelo, por exemplo, a sombra gerada pela mesma fica fora do campo
abrangido pela câmera. Uma luz direcionada de cima, chamada "luz zenital", porque
vem do zênite, produz sombras embaixo do assunto. É por isso que não se deve, via de
regra, fotografar pessoas sob o sol de meio-dia, justamente por causa das sombras que
se produzirão nos olhos, causando efeito desagradável.
Dependendo do grau de difusão, não se pode falar em luz direcionada, assim entendida
aquela que produz efeitos dramáticos. isto porque, como já vimos, quando a luz está
num grau de difusão máximo, vai iluminar o assunto por todos ou quase todos os lados.
Para uniformizar a linguagem, estabelecemos uma diferença entre dois conceitos:
Fonte de luz - É tudo que pode gerar energia dentro da faixa do espectro eletro
magnético visível para o olho humano. Pode ser natural (estrelas, bioluminescência, o
fogo) ou artificial (lâmpadas de qualquer tipo). Podem ser classificadas de acordo com
vários critérios, como características espectrais, intensidade, formato, tamanho, etc.
Iluminação semi-difusa:
Aqui, a passagem se dá não tão suave como na anterior, mas também não tão dura como
na seguinte...
Num estúdio, seja com flash, Photoflood ou tungstênio, procuramos produzir diferentes
graus de difusão e direção, usando, em geral, os equipamentos que cito adiante. Outras
variáveis que influem na difusão, se bem que menos que o formato e o tipo dos
equipamentos, é a sua distância e ou seu tamanho com relação ao assunto.
Isto porque quanto mais afastada estiver a fonte de luz do assunto, mais pontual
relativamente a ele se tornará, e portanto mais dura, como vimos com o exemplo do sol.
Deve-se levar em conta, também, que a distância fonte de luz-assunto tem influência
quanto à intensidade da mesma.
Você deve levar em conta que esta não é uma lista que pretende esgotar o assunto.
Existem outros equipamentos que você poderá usar, sendo os aqui apontados os mais
comuns.
Além disso, é importante que se estabeleça, sempre que se vai iluminar um tema, seja
cena ou pessoa, uma luz principal. Isto porque, partindo do princípio que o homem
deseja se harmonizar com a natureza, ora, dispomos de uma só fonte de luz, o sol, que
nos aquece e ilumina.
Da mesma maneira, num estúdio você deve procurar, seja num retrato, seja num Still,
uma luz principal, em torno da qual as outras gravitam. Pode ser que para uma foto,
você ache que é necessário somente uma fonte de luz para fazer a iluminação. Tudo
bem.
Aliás, quanto mais simples a iluminação, mais livre estará o observador para o assunto
em si. Portanto, seja o mais econômico possível em termos de iluminação. Uma
iluminação muito complexa pode se transformar num exercício fútil de virtuosismo.
Mas, se acaso você topar um caso em que a iluminação deva ser mais trabalhada, tudo
bem também, desde que haja uma luz principal funcionando como "fio condutor", e
desde que o resultado final não deixe transparecer a complexidade da montagem. Não é
à-toa que dizem que uma boa técnica nunca aparece, mas uma técnica pobre se torna
evidente.
E quanto ao local onde se vai ser feita a foto, o que podemos dizer/ Se for em estúdio, é
ideal que este tenha um tamanho apropriado, isto é, que dê espaço para o(s) modelo(s)
posar(em) confortavelmente e separado do fundo por uma distância de pelo menos dois
metros. Isto porque a iluminação para o fundo é feita, na maioria dos casos, em
separado.
Além disso, deve ser pintado de branco, com cortinas pretas nas laterais para serem
usadas abertas ou fechadas, para controle das reflexões. É claro que existem muitos
tipos de estúdio e você poderá adaptar essas informações à sua necessidade.
Num estúdio, afora as preferências individuais, são requeridas cinco luzes básicas:
1. luz principal
2. luz de enchimento
3. luz nos cabelos
4. luz por trás (delineadora)
5. luz do fundo
Dicas:
Iluminação para um rosto masculino a fonte deve estar bem alta para criar uma
sombra abaixo do nariz.
Para se fotografar vidros deve-se usar uma tele para que o fotógrafo não sai
refletido no vidro.
Para se fotografar retratos deve-se usar uma luz direta spot no cabelo e uma luz
hize light bem próximo ao rosto.
Se a foto for externa e se o sol estiver a descoberto, a luz será dura, como já vimos. Esta
luz, em geral não é muito agradável, principalmente em mulheres e crianças, porque é
muito contrastante, dando sombras nítidas embaixo dos olhos.
Para suavizar este efeito, pode-se colocar a(s) pessoa(s) lateralmente ou contra o sol e
usar um rebatedor ou flash para encher as sombras. Isto deve ser feito de modo que o
flash não se superponha à luz do sol, que continua sendo a principal, mas só para deixar
as sombras menos densas.
Quanto as características espectrais das fontes de luz, há dois tipos básicos que
interessam à fotografia, principalmente quando se trata de filmes a cores para slides:
1. Luz natural: também chamada day light ou luz do dia = 5.500° Kelvin = luz do
flash = cor branca = luz do meio-dia.
2. Luz artificial:
1. Tipo fluorescente = 4.200° Kelvin = Luzes fluorescentes, via de regra,
conferem uma tonalidade fortemente esverdeada na fotografia, que deve
ser corrigido pela filtragem adequada, que é variável, dependendo da
marca e tipo de lâmpada fluorescente usada. Um filtro magenta elimina a
luz esverdeada da lâmpada. Como ponto de partida, pode-se adotar uma
combinação dos seguintes filtros de gelatina da Kodak, série Wratten:
CC40M e CC10Y.
2. Tipo tungstênio = 3.400° Kelvin = As lâmpadas caseiras ou luzes
incandescentes conferem uma tonalidade amarelada na fotografia e, em
geral, têm temperatura de 2.800° Kelvin.
Acima de 5.500° Kelvin rende-se as cores frias: branco, verde, azul, ciano. E abaixo de
2.800° Kelvin rende-se as cores quentes: amarelo, laranja, vermelho.
ABSORÇÃO DA LUZ
De fato, a energia não se perde, se transforma. A luz, uma forma de energia, pode sofrer
diferentes processos de transformação. Por exemplo, uma intensa luz branca, caindo
sobre um tecido de veludo negro, será quase totalmente absorvida e convertida em calor,
que é outra forma de energia com diferentes comprimentos de onda.
REFLEXÃO DA LUZ
Leis de reflexão:
1) O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
2) Os raios incidentes e refletidos estão no mesmo plano que anormal no ponto de
reflexão.
TRANSMISSÃO DA LUZ
A transmissão da luz pode ser seletiva (direta ou difusa) quando o meio seleciona os
comprimentos de ondas opostas.
REFRAÇÃO DA LUZ
Fontes de Iluminação
LUZ NATURAL
Chamaremos de Luz Natural a luz proveniente do sol ou do espaço celeste. São muitos
os profissionais que, por necessidades circunstanciais ou por vontade, utilizam a luz
solar, também, para fotografias de produtos. A utilização desta fonte natural de luz, que
também chamaremos de Luz Ambiente Natural, requer um profundo conhecimento das
leis, controle e qualidade das mudanças que ocorrem nesse manancial.
Na luz natural, o horário definirá a inclinação dos raios luminosos em relação ao objeto
fotografado e dela resultará um determinado efeito. Com a iluminação artificial de um
estúdio, o efeito desejado dependerá do posicionamento das diversas fontes de luz e do
equilíbrio entre elas.
Sabemos que a cor branca reflete a claridade e a preta absorve. Quanto menor a
quantidade de luz: foto sub-exposta. E quanto maior a quantidade de luz: foto
superexposta.
LUZ ARTIFICIAL
Consideramos luzes artificiais todas as fontes luminosas que não provem nem do sol
nem das estrelas. Assim, as fontes de luz por combustão e as provenientes da energia
elétrica são fontes artificiais.
1. Photoflood Brancas
2. Photoflood Azuis
3. Flash Eletrônico
Lâmpadas Photoflood
1. Vida útil muito curta. Estas lâmpadas são fabricadas para 3 a 8 horas de vida
útil, dependendo da marca e tipo.
2. Geram muito calor.
3. Sensível à mudança na qualidade da luz ao longo de sua vida útil.
Em situações específicas, são muito utilizadas mas, pouco a pouco, vão perdendo o
valor utilitário que tiveram há anos atrás.
Em termos gerais, podemos dizer que se fabricam em dois tipos básicos em relação à
qualidade luminosa, PHOTOFLOOD BRANCA e PHOTOFLOOD AZUL.
Podem ser encontradas com potências de 250 e 500 watts, apresentando-se em dois
tipos:
1. Lâmpadas de bulbo com formato comum para serem utilizados com refletores
parabólicos ou lâmpadas especiais (lâmpadas com refletor interno).
2. Se utilizamos um filme do tipo tungstênio, balanceado para 3.400ºK, com a luz
do dia ou com lâmpadas e flashes de 6.500ºK, teremos como resultado fotos
com intensa dominância de azul-cyan.
Por outro lado, com filmes do tipo day-light, balanceados para temperatura de cor de
6.500ºK, fotografados com lâmpadas comuns domésticas, que tem por volta de 2.800ºK,
obteremos fotografias com profundo dominante vermelho.
Acessórios
Tocha e Lâmpada
Temos a chamada tocha, recipiente onde se fixa a lâmpada; as lâmpadas e os acessórios
de iluminação chamados de Photoflood. As fontes luminosas artificiais eletrônicas, vem
acompanhadas por uma série de acessórios de muita utilidade no trabalho diário e
consiste em:
1 - Sombrinhas:
Refletoras: São peças que refletem a luz, produzindo efeitos levemente duros,
perfeitamente controláveis.
Difusoras: Este tipo de sombrinha transmite uma luz difusa que caracteriza a iluminação
suave e, também, perfeitamente controlável.
Prateada e dourada: Sombrinhas especiais de superfícies metalizadas, aplicadas em
casos especiais (fotos de jóias, cristais, peças metálicas, etc.).
2 - Refletores:
Snoot
Parabólicos
O Haze Light ou Caixa Difusora de Luz, que promove uma luz suave e difusa no
motivo, para que sombras fortes não apareçam e denunciem a existência do fundo.
Cobrimos o produto com uma cabana completa de vegetal, deixando livre apenas a
posição da câmara, e iluminamos uniformemente por cima da cabana, utilizando,
segundo as necessidades, uma, duas ou três tochas eletrônicas. Esse tipo de iluminação
também se conhece pelo nome de HAZE LIGHT, existindo uma peça acessório com
esse nome que se adapta à algumas cabeças de flashes eletrônicos profissionais.
O tipo de luz fornecida pelo HAZE é de ótima qualidade, de fácil controle e
posicionamento em qualquer tipo de estúdio.
4 - Fundos:
Consideramos que 60% dos serviços de produtos são feitos sobre uma peça chamada
FUNDO INFINITO DE ACRÍLICO BRANCO. Consiste numa mesa metálica ou de
madeira sobre a qual é colocada uma folha de acrílico branco translúcido de boa
qualidade, sem manchas nem riscos que manteremos imaculadamente limpa.
Este tipo de fundo nos permite realizar fotos de peças ou produtos totalmente sem
sombras. Uma outra folha de acrílico preto que pode ser usada na mesma mesa, nos
fornece uma incrível gama de possibilidades criativas, aproveitando características de
reflexão e brilho próprio do acrílico preto.
Flash Eletrônico
Quando surgiram os flashes emitiam sempre a mesma quantidade de luz, o que exigia
uma boa regulagem da abertura a cada nova foto. Pouco depois, chegaram os flashes
automáticos com fotocélulas. estas permitem a variação da potência do disparo, de
acordo com o ambiente. Como não se comunicam com a câmera, estes flashes são
limitados ao uso em locais externos.
Um tipo de flash que já foi muito usado por fotógrafos amadores é o flash de cubo de
uso único. Comporta quatro unidades de flash e é descartável. Os cubos são empregados
em câmeras 110 e 126, são fáceis de operar embora de custo elevado para serem
empregados com freqüência, outra desvantagem que apresenta é sua pequena potência,
o que não permite um bom resultado de trabalho.
Já o flash eletrônico, mais versátil que o cubo, adapta-se à câmera. Sua luz é produzida
por uma lâmpada de descarga, alimentada por pilhas, por uma bateria ou diretamente
pela rede elétrica.
Os flashes eletrônicos são a fonte mais utilizada nos últimos tempos, tanto a nível
profissional como amador, resultando da sua versatilidade, fácil manuseio, pequeno
formato e incrível capacidade de energia.
Em termos gerais podemos defini-lo como uma fonte de alta energia elétrica
concentrada num pequeno condensador, que pode ser disparado em pequeníssimos
intervalos de tempo, através de uma lâmpada de vidro que contém uma atmosfera
gasosa (gases ionizados), que transforma a carga elétrica em luz de grande potência. Na
lâmpada, encontra-se enrolados, fios ionizadores.
Basicamente, o flash eletrônico consiste em dois elementos fundamentais, a fonte de
energia elétrica e o bulbo ou lâmpada, contendo gases especiais. As fontes de energia
podem ser de três tipos: elétrica comum, bateria ou acumulador úmido e pilhas secas.
Como já sabemos, o Flash é utilizado em fotografia quando não há luz suficiente para
registrar a cena pretendida. Ele tanto pode ser utilizado quando se deseja tirar uma foto
no interior de um quarto escuro, como para clarear as áreas de sombra de um objeto
iluminado pelo sol.
A luz emitida por uma unidade de Flash impressiona no filme a cor da mesma forma da
luz do dia, ao contrário do que acontece com a luz de lâmpadas incandescentes ou
refletores de estúdio. Portanto, ao empregar o Flash, deve-se utilizar filme day light
(para cores), compatível com a luz natural.
A medida, por cada metro, em que nós nos afastamos da distância a ser fotografada, da
fonte de luz, abre-se mais o diafragma:
Em termos gerais, essas velocidades de sincronização são de 1/60, 1/90, 1/125 segundo
para as diferentes marcas e tipos de câmaras.
Podemos perceber que, nas fotografias feitas com flash eletrônico, pouco está
interessando a velocidade de obturação como elemento de exposição, já que quem
determina esse tempo e o próprio disparo eletrônico do instrumento. Daí, podemos
deduzir que é o diafragma o parâmetro variável para obter corretas exposições, baseadas
na distância assunto-flash.
Quando se fotografa em estúdio, o fundo escolhido tem papel fundamental. Nesse caso,
o fundo infinito é o mais indicado pois evita que a linha formada pelo encontro do chão
com a parede produza uma aparência feia na imagem. Quando bem trabalhado, a idéia
que temos é que o assunto fotografado está flutuando.
Utilizá-lo é uma tarefa fácil, no entanto, bastante cuidadosa. O ideal é que a iluminação
do motivo principal seja suave e difusa para que sombras fortes não apareçam e
denunciem a existência do fundo. Um Haze Light (caixa difusora de luz), ou um par de
flashes com sombrinhas são duas boas opções para se conseguir uma iluminação suave.
A correta exposição
Todos os flashes eletrônicos trazem uma pequena tabela calculadora de exposição que
informa a abertura necessária para tal ou qual assunto em relação direta a: distância
assunto-fonte; potência do flash; sensibilidade do filme.
É mister lembrar que a distância considerada é entre o assunto e o flash, pois, como é
comum usar flash diretamente montado na parte superior da câmara, muita gente pensa
que o importante é a distância câmera-assunto.
Seja qual for o tipo de unidade que se empregue, o aspecto que deve ser levado em
consideração no cálculo da exposição é a distância existente entre o flash e o objeto
fotografado.
Se o fabricante informa que o número-guia do seu flash é, por exemplo, 24, isso
significa que esse número, dividido pela distância do flash dará como resultado o valor
correto de diafragmação a utilizar. É importante considerar que esse número-guia é
fornecido em função de uma única sensibilidade do filme, geralmente 100 ASA.
Logicamente, para outras sensibilidades, outro será o número-guia.
Vejamos um exemplo:
número-guia do flash, 24. Para filme de 100 ASA;
distância flash-assunto: 3 metros
24,3 = diafragma f8.
Os circuitos eletrônicos vêm sendo cada vez mais aperfeiçoados para economizarem
energia. Há ainda filtros coloridos para efeitos especiais, difusores para compatibilidade
com objetivas de diferentes distâncias focais, refletores para flash indireto, adaptadores
para alimentação na corrente elétrica doméstica, suportes com gatilhos para tornar
câmeras e unidades de flash solidários, sem usar o contato direto.
Os equipamentos de flash eletrônico para estúdio existem em dois tipos: fonte geradora
e compactos.
Se fabricam fontes geradoras até 10.000 e 20.000 watts para iluminar grandes áreas ou
assuntos específicos, porém as fontes geradoras de uso mais comum geram entre 1.500
e 3.000 watts, que permitem resolver quase todos os problemas básicos de iluminação.
Listamos aqui algumas sugestões para ajudá-lo a lidar melhor com a iluminação
em estúdio:
Luz Incidente: É a luz que chega até a imagem, que incide no objeto a ser fotografado.
Luz Difusa ou Luz Suave: Produz sombras suaves. É a luz que age indiretamente sobre
a imagem. Cria um clima mais suave, tem menos contrastes e mais tons de cinzas.
Consegue-se este tipo de iluminação com a luz rebatida (com placa de isopor) ou com o
Haze-Light.
Quando a luz do sol é dura demais e provoca áreas de claridade e de sombras profundas
simultaneamente, ocasiona um desequilíbrio de iluminação muito grande. Para
minimizar isso, o ideal seria suavizar a luz que chega no motivo e distribui-la de forma
mais uniforme, uma boa opção seria utilizar algum tipo de difusor, por exemplo uma
folha de papel vegetal ou um grande lençol branco.
6. Sempre que puder, use pára-sol para evitar invasão de luzes e reflexos indesejáveis.
7. Ao escolher os fundos para retratos, prefira cores e texturas que acentuem o contraste
com os cabelos, a pele e as roupas do cliente.
8. Dependendo da intenção da foto, podem ser usados fundos mais alegres e produzidos,
como lonas pintadas, tecidos estampados etc.
11. A maquiagem deve ser leve e, para pessoas com rugas ou marcas na pele, pode-se
usar um filtro difusor.
13. Para assessoria mais detalhada a respeito de estúdios, procure a Imagem-Ação; ela
dispõe de inúmeros dicas que poderão ajudá-lo a melhorar a qualidade de seu trabalho.
Contraluz
Um pôr-do-sol ou uma silhueta bem delineada são sempre motivos que atraem a atenção
e a vontade de fotografar. Além da beleza da cena, a iluminação dessas duas situações é
que faz a grande diferença. A contraluz, ou seja, a luz que vem na direção da câmera
fotográfica, iluminando o motivo por trás é, quando trabalhada com cuidado, uma fonte
fornecedora de belíssimos resultados.
Contudo, é bom saber que nem só de luz natural "vive" a contraluz. Para quem trabalha
em estúdio, aqui está uma excelente oportunidade para explorar as variadas formas de
iluminação e montar um belo portfólio.
Quando a luminosidade que está de frente para a câmera é grande, todo cuidado é
pouco, para que a luz não incida diretamente na lente provocando o desagradável flare
(manchas indesejáveis provocadas pela incidência direta da luz). Para evitar isso,
utilizar um pára-sol acoplado à objetiva, uma cartolina ou ainda um papel cartão de cor
preta, previne a entrada de luz na objetiva.
No Set de iluminação, uma forma comum e pouco trabalhosa é apontar uma fonte ou
mais fontes para o fundo branco ou claro, de forma que a luz bata no fundo e incida no
objeto. Em especial quando se fotografa objetos pequenos, este tipo de contraluz é
muito eficiente, como por exemplo, os anúncios de perfumes e bebidas, e as fotos de
culinária com taças ou copos de vidro. Outra opção é utilizar um fundo semitransparente
(que permita a passagem de luz) e colocar as luzes atrás dele.