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Energias

Renováveis

Rafaela Filomena Alves Guimarães

Livro didático
digital

Unidade 1
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor
RAFAELA FILOMENA ALVES GUIMARÃES
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor
RAFAELA FILOMENA ALVES GUIMARÃES

Olá. Meu nome é Rafaela Filomena Alves Guimarães.


Sou formada em Engenharia Elétrica e possuo Mestrado em
Engenharia Elétrica ambos pela UNESP – Universidade Estadual
Paulista, campus de Ilha Solteira, com uma experiência técnico-
profissional na área de Engenharia de mais de 20 anos. Passei
por empresas como a Telefonica S. A, Combustol Indústria e
Comércio Ltda e lecionou disciplinas relacionadas a Engenharia
Elétrica há mais de 06 anos. Tenho livros publicados na área
de Engenharia Elétrica e de Produção. Sou apaixonada pelo
que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles
que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada
pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta
fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro-
jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de
aprendizagem toda vez que:

INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimen- de se apresentar
to de uma nova um novo conceito;
competência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram
vações ou comple- que ser prioriza-
mentações para o das para você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado sobre o tema em
ou detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e sidade de chamar a
links para aprofun- atenção sobre algo
damento do seu a ser refletido ou
conhecimento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma ativi- quando o desen-
dade de autoapren- volvimento de uma
dizagem for aplicada; competência for
concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................10
Competências................................................................................11
Relação de energia e economia mundial............................12
Centrais termoelétricas................................................................................16
Tipos de combustíveis................................................................17
Combustíveis não renováveis...................................................................19
Carvão Mineral....................................................................................22
Gás Natural............................................................................................24
Combustíveis renováveis............................................................................25
Energia nuclear.............................................................................28
Aspectos negativos da geração termoelétrica............................31
Importância da geração termoelétrica................................33
Bandeiras de energia.....................................................................................35
Bibliografia.....................................................................................37
Energias Renováveis 9

01
UNIDADE
10 Energias Renováveis

INTRODUÇÃO
Você sabia que a área de Energias Renováveis é uma
das que mais cresce no Brasil, e já gerou até 2017 mais de
10 milhões empregos no mundo todo? Isso mesmo. A área
de Energias Renováveis faz parte da cadeia de geração de
energia limpa e renovável do Sistema Elétrico de Potência
(SEP) de um país e é compreendida pelos combustíveis
renováveis, vento, sol e quedas de água. A exaustão das
reservas de combustíveis fósseis além dos conflitos em
muitos países produtores juntamente com os problemas
ambientais causados pelos poluentes emitidos por estes
combustíveis evidencia que esses recursos energéticos
não poderão continuar a ser fontes principais de energia
utilizadas pelo homem. Essas matrizes, baseadas em
gases oriundos de petróleo e carvão, são responsáveis
pela emissão de gás carbônico na atmosfera o que
aumenta o efeito estufa e eleva a temperatura da Terra.
Daí a importância fundamental da utilização de matrizes
renováveis como fontes para a produção de energia elétrica,
pois esses combustíveis não poluem o meio ambiente, e
não dependem de fatores geopolíticos. Entendeu? Ao longo
desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
Energias Renováveis 11

COMPETÊNCIAS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso
objetivo é auxiliar você no alcance dos seguintes objetivos
até o término desta etapa de estudos:
1. Identificar a relação de energia elétrica com o
desenvolvimento de um país
2. Compreender como funciona a geração de energia
termoelétrica a partir de combustíveis renováveis
3. Identificar os diferentes tipos de geração de
energia termoelétrica como biomassa, energia nuclear e
combustíveis fósseis

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo


ao conhecimento? Ao trabalho!
12 Energias Renováveis

Relação de energia e economia mundial


Ao término deste capítulo você será capaz de entender
a importância da energia elétrica ser obtida a partir de fontes
renováveis e como funciona a geração de energia elétrica a
partir de um processo térmico. Isto será fundamental para
o exercício de sua profissão. É de fundamental importância
no processo de geração de energia compreender como
a energia térmica é transformada em energia elétrica. E
então? Motivado para desenvolver esta competência?
Então vamos lá. Avante!
Na maioria dos países, nos quais o consumo de
energia comercial per capita está abaixo de uma tonelada
equivalente de petróleo (TEP) por ano, as taxas de
analfabetismo, mortalidade infantil e fertilidade total são
altas, enquanto a expectativa de vida é baixa. Ultrapassar a
barreira de 1 TEP/capita parece ser, portanto, essencial para
o desenvolvimento. À medida em que o consumo de energia
comercial per capita aumenta para valores acima de 2 TEP/
capita (ou mais), como é o caso dos países desenvolvidos,
as condições sociais melhoram consideravelmente. O
consumo médio per capita nos países industrializados da
União Europeia é de 3,22 TEP/capita; enquanto a média
mundial é da ordem de 1,66 TEP/capita.
As energias renováveis neste cenário terão um papel
fundamental no futuro para que o aumento desta geração
de energia nos países em desenvolvimento ocorra de forma
sustentável. O Brasil é pioneiro neste campo pois mais de 55% da
nossa matriz energética é oriunda de fontes renováveis enquanto
que somente 14% tem a mesma fonte no resto do mundo.
O modelo que definiu o sistema elétrico como é
utilizado atualmente foi estabelecido por Samuel Insull
(1859 – 1938) a partir da empresa Chicago Edison Company.
Podemos dizer que a respeito da indústria de energia
elétrica, ela é baseada em quatro pilares fundamentais:
Energias Renováveis 13

Consumo de massa: é economicamente vantajoso


fornecer energia elétrica a consumidores conectados em
uma grande rede elétrica interconectada, uma vez que
há um aumento na confiabilidade, o sistema possui várias
empresas gerando energia através de diferentes fontes para
garantir que sempre haverá disponibilidade de eletricidade;
Economia de escala: aumento na produção de
energia elétrica resulta na diminuição dos custos por
unidade de energia produzida, bem como garantia de
entrega da energia elétrica, quanto mais energia se produz,
mais barata se torna sua produção, o maior custo se
concentra na construção das usinas e não na sua operação;
Estratégia de marketing: descontos proporcionais
ao consumo de energia elétrica (sell more and charge less
– vender mais e cobrar menos), quanto mais consumidores
atendidos, menor será o preço da energia e quem consumir
mais paga um valor menor no kWh (a unidade utilizada para
a cobrança de energia elétrica, devemos ler: kilo Watt hora,
esta é a quantidade de energia consumida em uma hora);
Regulação: proporciona estabilidade de
investimentos a uma indústria de capital intensivo e grande
interação política, as agências reguladoras tem o papel
de definir o valor do kWh e de regular o mercado (qual
composição da matriz energética será utilizada, qual turbina
está parada para manutenção, se devemos utilizar mais
usinas térmicas na produção de energia elétrica devido à
pouca quantidade de chuvas e poupar a água existente
nos reservatórios). No Brasil este papel é feito pelo ONS
(Operador Nacional do Sistema).

É importante ressaltar que o sistema é just-in-


time, ou seja, a energia gerada é utilizada quase que
instantaneamente, não é possível o armazenamento de
energia para uso posterior (é claro que se pode armazenar
uma pequena quantidade de energia em baterias, mas
14 Energias Renováveis

não no Sistema Elétrico de Potência – SEP - como um


todo, geralmente se armazena água para se aumentar
a produção). Isto quer dizer que deve ser um sistema
preciso (devemos calcular qual é a quantidade de energia
necessária para ser produzida ao longo do dia) e qual
modalidade de geração deve ser introduzida na matriz
energética primeiro (a energia mais barata, ou seja, aquela
usina que já está amortizada no sistema, ou a mais nova a
entrar em operação? Pois temos que proporcionar o retorno
do investidor que injetou dinheiro na construção de uma
nova usina para termos um ciclo em constante expansão).
Qualquer sistema elétrico deve garantir o suprimento
de energia aos consumidores, de forma confiável e
ininterrupta, respeitando os limites de variação de
frequência e tensão (é claro que temos outros indicadores
de qualidade de energia, mas estes são os principais).
Neste contexto, os grandes desafios técnicos dos sistemas
elétricos interligados residem nas etapas de especificação,
projeto e operação, de modo a garantir sua integridade nas
mais diversas situações:
Na presença de variações instantâneas no consumo
de energia: conexão e desconexão de cargas, a inserção
de grandes cargas no sistema pode afetar a rede, ou um
grande evento (por exemplo o capítulo final de uma novela,
a final de um evento esportivo);
Na eventualidade de distúrbios: curtos-circuitos
nos equipamentos que compõem os sistemas, perdas
de grandes blocos de carga (geralmente estes eventos
ocorrem por condições atmosféricas como tempestades
ou acidentes que possam derrubar uma rede de energia,
erros de operação).

A quantidade de energia consumida é chamada de


carga e é calculada ao longo de 24 horas. Quando usamos
este período temos um gráfico e a ele damos o nome de
Energias Renováveis 15

curva de carga. As curvas de carga variam dependendo


do dia (dia de semana, final de semana), estação do mês
(inverno, verão) e setor que está utilizando a energia
(indústria, comércio, residências). Na maior parte do tempo
o pico deste consumo é à noite, quando as pessoas
chegam do trabalho e ligam vários aparelhos eletrônicos
ao mesmo tempo (período entre às 18 e 21 hs na maior
parte do país), mas algumas vezes devido ao calor intenso
este pico acontece durante o dia por volta das 14 hs
quando a temperatura está muito elevada e todos ligam o
ar condicionado ou ventiladores.
Figura 1: Exemplo de curvas de carga retiradas de um artigo publicado pelo
Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético.

Fonte: https://www.ilumina.org.br/a-tarifa-branca-e-a-curva-de-carga-analise/
acessado em 23/09/19 que retrata a mudança no horário de pico.
16 Energias Renováveis

Centrais termoelétricas
A energia não pode ser criada, apenas transformada
de uma forma para outra. Essa lei é conhecida como a 1ª
Lei da Termodinâmica ou Lei da conservação de energia.
Utilizamos uma fonte mecânica (vapor, hidráulica, vento, luz
solar) de energia (térmica, gravitacional, eólica, fotovoltaica)
para transformarmos este tipo primário de energia em
energia elétrica, pois esta energia pode ser transportada
de um ponto para outro e a convertamos novamente em
energia mecânica, luminosa, calorífica para sua utilização
em nossa vida cotidiana. Nesta unidade estudaremos a
geração de energia termoelétrica.
Neste caso a energia é gerada através da
transformação da energia térmica em energia mecânica
e depois em energia elétrica. A conversão da energia
térmica em mecânica se dá através do uso de um fluido
que produzirá trabalho, em seu processo de expansão. O
acionamento mecânico de um gerador elétrico acoplado ao
eixo da turbina permite a conversão de energia mecânica
em elétrica.
A geração de energia a partir de uma fonte térmica
engloba várias fontes como por exemplo: gás natural,
biomassa (no Brasil utilizamos principalmente o bagaço
de cana-de-açúcar), nuclear e carvão mineral. Todos estes
materiais com exceção da nuclear são queimados para
alimentar uma caldeira que gera vapor para alimentar uma
turbina a vapor (ciclo utilizado na cogeração), ou alimentar
diretamente uma turbina a gás e o que não for utilizado
deste vapor alimenta uma turbina de recuperação de calor
que alimenta a caldeira e ela alimenta a turbina a vapor
(este ciclo é chamado de ciclo combinado). Na geração
de energia nuclear existe a liberação do calor por meio da
fissão do átomo (quebra do átomo) e este calor alimenta a
turbina.
Energias Renováveis 17

Tipos de combustíveis
A produção de energia térmica pode se dar pela
transformação de energia química dos combustíveis, por
meio do processo da combustão, ou da energia nuclear
dos combustíveis radioativos, com a fissão nuclear. Centrais
cuja geração é baseada na combustão são conhecidas
como termoelétricas; as centrais termoelétricas baseadas
na fissão nuclear são chamadas de centrais nucleares.
Os combustíveis mais usuais das centrais
termoelétricas são:
Derivados de petróleo;
Carvão mineral;
Gás natural;
Nucleares;
Biomassa

Nesse cenário pode ser citado o aproveitamento


da energia geotérmica renovável; assim como da energia
solar, que além de poder ser diretamente utilizada para
geração de energia elétrica, como ocorre no caso dos
painéis fotovoltaicos, pode também ser fonte direta de calor
para uma usina termoelétrica, nas denominadas centrais
heliotérmicas ou termossolares.
Os combustíveis podem ser classificados como:
Renováveis e
Não renováveis

Uma fonte não renovável é definida como uma fonte


que demora muito mais tempo para se formar do que
nós levamos para consumi-la. O petróleo levou milhares
de anos para ser produzido a partir da decomposição de
matéria orgânica (restos de animais e plantas) cobertos
por extensas camadas de solo (utilizamos seus derivados
como o gás natural, carvão mineral, gás de xisto). Também
18 Energias Renováveis

podemos incluir nesta categoria os combustíveis radioativos


(utilizamos o urânio, tório e plutônio).
Já as fontes renováveis são aquelas que se renovam
mais rapidamente do que nossa capacidade de os
consumirmos. Os melhores exemplos destas fontes são:
as águas, o vento, a incidência de raios solares e até a
biomassa (material que sobra de um processo industrial,
como o bagaço da cana que é a sobra da produção de
açúcar e álcool, ou material advindo de florestas manejadas
como o carvão vegetal ou o tratamento de lixo urbano).
Os combustíveis renováveis e não renováveis serão
estudados separadamente devido a suas características
conflitantes quanto ao aquecimento global è a construção
de um modelo de geração sustentável.

Figura 2: Usina térmica a gás natural com produção de CO2.

Fonte: Freepik
Energias Renováveis 19

EXPLICANDO MELHOR:
O principal problema das centrais termelétricas a
combustíveis fósseis é a emissão de gás carbônico
(CO2) na atmosfera, gás causador do efeito estufa.
Esta geração de energia é a segunda maior
produtora dos gases que causam o efeito estufa,
perdendo apenas para o setor de transportes.
Uma desvantagem deste tipo de geração é o valor
do MW (lemos Mega Watt). A geração de energia a
partir de combustíveis fósseis, gás natural e carvão
mineral é mais cara do que a geração de energia
a partir de energias renováveis. A vantagem é que
esta usina pode ser construída mais rapidamente
do que uma usina hidroelétrica.

Combustíveis não renováveis


Atualmente, a grande maioria dos combustíveis
utilizados no mundo é fóssil, com participação do petróleo
(1º lugar), carvão mineral (2º lugar) e gás natural (3º lugar),
na faixa de 80% do total da energia primária ofertada. Na
produção de energia elétrica o carvão tem sido mais utilizado
que o petróleo. A participação do petróleo é majoritária
no setor de transportes. Outro aspecto importante a ser
considerado é que as reservas mundiais de petróleo, gás
natural, carvão mineral e xisto na matriz energética mundial
ainda pode durar um longo tempo se não ocorrerem
mudanças drásticas devido a pressão popular resultante
dos problemas ambientais que estes combustíveis causam
ao meio-ambiente.
Nesse contexto, há considerações que uma transição
maciça para as fontes primárias renováveis, se e quando
ocorrer, terá como ponte de conexão o gás natural. Algumas
tecnologias desenvolvidas atualmente como a captura de
CO2 da atmosfera e seu armazenamento em cavernas ou
20 Energias Renováveis

poços já utilizados de combustível fóssil podem diminuir o


impacto ambiental destes materiais, mas o custo elevado
ainda impede sua utilização de forma significativa.
No Brasil a participação do petróleo e do gás natural
têm aumentado na participação da matriz energética
brasileira como energia complementar ou de reserva, com
vistas a aumentar a segurança (de suprimento) do sistema
elétrico brasileiro em época de estiagem de chuvas.

Figura 3 – Plataforma de exploração de petróleo

Fonte: Freepik
Energias Renováveis 21

Conceito de petróleo
Podemos definir o termo “petróleo” da seguinte
maneira:

DEFINIÇÃO:
“O Petróleo, também conhecido como óleo cru,
é o produto do material orgânico decomposto
através de milhares de anos e geralmente se situa
em depósitos subterrâneos dos quais é retirado
por meio de poços. É formado basicamente
por hidrocarbonetos, de fórmula geral CnHn,
dos quais saem seus inúmeros derivados por
destilação nas refinarias de petróleo. Sua utilização
como combustível implica danos ambientais
atmosféricos, pois emite óxidos de enxofre,
nitrogênio e carbono, contribuindo para o efeito
estufa, além de outros danos socioambientais
relacionados a vazamentos, tanto de petroleiros
como de oleodutos.

No Brasil, as reservas de petróleo têm se expandido


fortemente nas duas últimas décadas, hoje somos
autossuficientes na produção de petróleo, ou seja,
produzimos todo o petróleo que necessitamos. A bacia
que mais produz petróleo e gás natural localiza-se no
município de Santos (SP), seguida da bacia localizada no
munícipio de Campos (RJ). O Brasil ainda importa petróleo
pois a maioria das suas refinarias é feita para óleos leves
e produzimos óleos pesados que são exportados gerando
um saldo positivo na balança comercial.
A geração de energia elétrica na sua maioria é feita
a partir do gás natural. A geração de energia elétrica com
base no diesel ocorre principalmente em áreas rurais e
mesmo urbanas em regiões isoladas. Os geradores a diesel
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são utilizados como energia de reserva para situações


de emergência em praticamente todas as unidades de
consumo de médio ou grande porte, por exemplo: hospitais,
shopping centers, subestações elétricas, indústrias e
prédios confiam na geração a diesel no caso de falta de
energia elétrica.

Figura 4 – Gerador a diesel utilizado como emergência.

Fonte: Pixabay

Carvão Mineral
O carvão mineral ocupa a segunda posição na matriz
energética mundial em razão de seu baixo custo, que varia
de região para região, em função principalmente do peso
que o transporte tem no seu custo final. Por se tratar de
um combustível sólido, o carvão apresenta maiores custos
de transporte que o petróleo, que é líquido e pode ser
transportado por meio de oleodutos, e que o gás natural,
transportado nos gasodutos. Essa diferença de custos e a
Energias Renováveis 23

característica rígida da produção de carvão fazem com que


apenas uma pequena parcela da produção mundial seja
comercializada internacionalmente.
O carvão mineral é altamente poluente e grande
parte do seu consumo mundial é voltada para a geração de
energia termoelétrica. Embora as emissões de NOx e SOx
possam ser reduzidas, a grande quantidade de CO2 emitida
traz enormes impactos sobre o meio ambiente, ao contrário
da biomassa, que absorve o CO2 emitido. A geração com
queima em leito fluidizado e a gaseificação do carvão são
técnicas que foram desenvolvidas para mitigar estes efeitos
nocivos.
No Brasil, o carvão mineral é encontrado em cinco
grandes regiões: Alto Amazonas, Rio Fresco, Tocantins-
Araguaia, Piauí Ocidental e região Sul. O carvão mineral
tem uma participação de aproximadamente 5,7% na
geração de energia elétrica no país por conta de sua pouca
ocorrência, das características pobres do carvão disponível
(baixo poder calorífico) e dos impactos negativos. As usinas
termoelétricas se localizam no Rio Grande do Sul e em
Santa Catarina.
Figura 5 – A diferença entre carvão mineral e carvão vegetal.

O carvão mineral é extraído de minas O carvão vegetal é proveniente da


queima de madeira.

Fonte: Freepik
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Gás Natural
Basicamente composto pelo metano (seu principal
componente), etano, propano, butano e outros mais
pesados, o gás natural é o nome dado a uma mistura de
hidrocarbonetos e impurezas. Estas e os contaminantes
(dióxido de carbono e gás sulfídrico) são removidos antes
de sua utilização comercial.

VOCÊ SABIA?:
O gás natural é hoje o terceiro combustível na
matriz energética mundial e pode, com exceção
do querosene de aviação, substituir qualquer
combustível sólido, líquido ou gasoso? Embora
seja uma fonte não renovável, apresenta vantagens
ambientais relevantes quando comparado ao
petróleo e ao carvão mineral, pois sua composição
faz cm que seja pouco poluente, restringindo seus
efeitos basicamente à emissão de CO2. O maior
entrave à sua utilização é o alto custo inicial da
construção da malha de gasodutos, que o encarece
frente aos preços do petróleo e do carvão mineral.
Sua chama é azul, diferente do gás de cozinha que
possui chama amarelo-avermelhada.

ACESSE:
O artigo publicado em 23/09/19 intitulado “Um
novo pré-sal do gás brasileiro” disponível em
https://www.istoedinheiro.com.br/um-novo-
pre-sal-do-gas-brasileiro/ que mostra uma
reportagem sobre a última reserva descoberta
na costa do Nordeste que pode reduzir o preço
do gás e atrair 200 bilhões em investimentos
para a expansão do mercado no Brasil nos
próximos anos.
Energias Renováveis 25

Combustíveis renováveis
A biomassa é aproveitada energeticamente por meio
do uso do etanol, bagaço de cana, carvão vegetal, óleo
vegetal, lenha e outros resíduos (além do lixo urbano).
Fonte de energia renovável, a biomassa plantada apresenta
a vantagem de não emitir óxidos de nitrogênio e enxofre e
o CO2 lançado na atmosfera durante a queima da biomassa
para a produção de vapor é absorvido na fotossíntese
para crescimento das plantas, resultando em um balanço
praticamente nulo de emissões. Seu maior oponente é uma
discussão que começa a surgir sobre o fato da produção
de combustíveis renováveis concorrer com a produção de
alimentos e alguns ambientalistas tem se questionado o
que seria mais viável.
No Brasil a biomassa utilizada para a produção de
energia é proveniente de:
Alguns setores industriais de grande porte (como as
usinas de produção de açúcar e álcool, de papel e celulose)
Biomassa florestal do carvão vegetal;
O aproveitamento de resíduos agrícolas
Resíduos provenientes do lixo urbano.

O bagaço de cana é o resíduo proveniente do processo


de moagem da cana-de-açúcar para a extração da sacarose.
Esses resíduos apresentam baixa densidade energética e
são utilizados em processos de cogeração (produzem vapor
para o funcionamento da usina) e o excedente é usado na
geração de energia elétrica. A vantagem é que a produção
desta cultura ocorre principalmente na época de estiagem,
ou seja, nos períodos de pouca chuva e reservatórios das
hidroelétricas baixos. A colheita mecanizada aumenta a
produção de energia elétrica, devido ao fato da cana ser
colhida sem a necessidade da queima da área plantada
permitindo assim que esta planta tenha um nível mais
elevado de açúcar.
26 Energias Renováveis

A geração de energia a partir dos restos da produção de


papel e celulose também é feita no esquema de cogeração.
Também existem usinas que utilizam a gaseificação da
madeira proveniente de plantações de espécies vegetais
de curto tempo de rotação agrícola. Um pé de eucalipto no
Brasil se desenvolve entre 5 e 7 anos e entre 10 e 12 anos
no restante do mundo.
Também podemos citar o potencial de geração de
energia que outras culturas apresentam como o arroz, a
mandioca, o amendoim, o milho, a soja, o dendê, o girassol,
tanto podendo ser queimado o bagaço como a palha
resultante do beneficiamento da produção destas culturas.
A energia elétrica também pode ser produzida a partir
do biogás, um biocombustível com conteúdo semelhante
ao gás natural e produzido naturalmente por meio da ação
de bactérias em materiais orgânicos (como o lixo doméstico,
resíduos industriais de origem vegetal ou esterco de animal)
ou de forma artificial, com a instalação de um biodigestor
anaeróbico. Este sistema já é utilizado quando a criação dos
animais ocorre em regime de confinamento. A vantagem da
utilização deste processo é que o Brasil recicla somente
10% do lixo urbano (geralmente metal, vidro, papel) e o lixo
orgânico restante é depositado em lixões a céu aberto que
atrai animais e gera o chorume (resíduo líquido que polui
lençóis freáticos – rios subterrâneos).
Essas tecnologias não são comercialmente viáveis se
não levarmos em conta a redução nos impactos ambientais
que elas nos proporcionam porque cada dia a legislação
se torna mais rigorosa quanto ao descarte irregular de
materiais no solo. Isoladas elas ainda são mais caras que a
produção de energia a partir de fontes convencionais.
Energias Renováveis 27

EXPLICANDO MELHOR:
O vídeo a seguir mostra como funciona uma usina
de biogás instalada no estado de Santa Catarina
para a extração do gás metano proveniente de um
aterro sanitário utilizado para gerar energia para
uma cidade de 15.000 habitantes]]. https://www.
youtube.com/watch?v=k1cBeXHIrv8.
28 Energias Renováveis

Energia Nuclear
A energia nuclear aproveita a propriedade de certos
isótopos de urânio de se dividirem, liberando grande
quantidade de energia térmica em um processo chamado
de fissão nuclear. Existe um outro processo chamado de
fusão nuclear, baseado não na quebra, mas na junção de
núcleos atômicos que libera uma quantidade maior de
energia, mas este processo ainda se encontra em fases
de testes e requer um maior avanço tecnológico para que
possa ser viável comercialmente.
As centrais nucleares possuem as seguintes
características principais:
Refrigerador e moderador a água leve pressurizada
(este equipamento é responsável por esfriar o sistema
de fissão nuclear, mas não entra em contato com a parte
radioativa);
Combustível – pastilhas de urânio ligeiramente
enriquecido (3%) – este é o átomo que sofrerá o processo
de fissão nuclear;
Gerador turbo (no caso de Angra II é um gerador de
1800 rpm e 857 MW
Condensador (no caso de Angra II utiliza a água do
mar em circuito aberto).

A figura 6 apresenta a planta esquemática da usina


de Angra II. Esta usina refrigera os reatores com a água do
mar e sua tecnologia de geração é chamada de PWR, um
aprimoramento do sistema LWR que utilizada refrigeração
por água no estado líquido à alta pressão. No caso brasileiro
é muito seguro porque o Brasil não sofre com terremotos e
nem tsunamis e a água do mar não entra em contato com
o material radioativo.
Energias Renováveis 29

Figura 6 – Usina nuclear de Angra II.

1
2
7

3
4
6
8
5

Ilustração mostra como é a estrutura de uma usina PWR: 5- Reator, 6- piscina de


combustível usado, 7- barreira de contenção de aço, 8- barreira de contenção
de concreto, 1,2,3 e 4- turbinas e geradores.
Fonte: Kaidor | Wikimedia Commons | CC BY-SA 4.0
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:PWR_Nuclear_Power_Plant_-_ru.svg

A vantagem deste tipo de usina é sua capacidade


de gerar sempre a mesma energia sem depender de
nenhum fator climático. Este tipo de geração é essencial
para compor a base do nosso sistema de geração, ou seja,
esta usina garante o funcionamento do sistema mesmo em
períodos de baixa carga e assim pode poupar a água dos
reservátorios em época de estiagem.
Esta energia é considerada limpa por não emitir gases
poluentes, mas seus resíduos nucleares por manterem sua
radioatividade de forma quase permanente são um risco
constante ao meio ambiente. Esse tipo de geração não
causou acidentes que mais mataram no mundo, mas três
acidentes nucleares de grandes proporções deixaram a
humanidade com muitas preocupações ambientais quanto
30 Energias Renováveis

a este tipo de produção de energia elétrica. Pela ordem de


importância, área e população afetada são eles:
Acidente na usina de Three Miles Island nos Estados
Unidos em 1979 que sofreu um derretimento parcial do
núcleo de uma unidade da usina;
Acidente na usina de Fukushima no Japão em 2011,
causado por um terremoto de magnitude 9 na escala
Richter que provocou um tsunami, atingindo o sistema de
segurança em três reatores e provocando o desligamento
do sistema de refrigeração.
Acidente na usina de Chernobyl em 1986 (causado
por sucessivos erros de operação e de projeto) que
provocaram a explosão do núcleo e despejaram uma
imensa nuvem tóxica na atmosfera.

Figura 7 – Usina nuclear de Chernobyl onde pode-se ver o reator que explodiu
confinado em um imenso sarcófago de concreto

Fonte: Pixabay
Energias Renováveis 31

SAIBA MAIS:
Recomendamos assistir a série produzida pela HBO
sobre o desastre atômico ocorrido na usina nuclear
de Chernobyl. Foi a melhor série classificada como
produção realista e mostra o efeito devastador da
radiação em áreas próximas a usina. O trailer da
série pode ser visto em https://veja.abril.com.br/
blog/e-tudo-historia/chernobyl-a-verdade-e-o-
inventado-na-horripilante-serie-da-hbo/

No Brasil nós temos as usinas de Angra I (capacidade


de 640 MW) e Angra II (capacidade de 1350 MW) e a previsão
do término da construção da usina de Angra III. A França e
o Japão são os países onde ainda existem um apoio mais
forte deste tipo de geração de energia pelos moradores.
O Brasil junto com os Estados Unidos e a Rússia são
os únicos países que dominam a tecnologia para atuar em
todo o processo de enriquecimento de urânio, além de
termos uma das maiores reservas do mundo, localizada na
Bahia.

Aspectos negativos da geração termoelétrica


A geração de energia elétrica pelas centrais
termoelétricas é a segunda maior produtora de gases estufa
e, portanto, possui grande influência no aquecimento global.
Os países desenvolvidos são os principais responsáveis por
este fenômeno. Dentre os gases emitidos neste processo
de geração o dióxido de carbono (CO2) é o principal gás
produzido neste processo seguido de óxidos de enxofre (SO).
Esse gás oxida-se na atmosfera dando origem a sulfatos e
gotículas de ácido sulfúrico e pode causar chuva ácida.
Na geração de energia a base de carvão o teor de
material particulado é mais alto do que nas centrais a óleo
32 Energias Renováveis

e a gás natural devido às cinzas resultantes da queima do


carvão.
Também pode haver a produção durante o processo
da combustão de óxidos de nitrogênio que provoca o
fenômeno conhecido como smog (fumaça em inglês,
camada de névoa escura altamente tóxica que provoca
problemas respiratórios). Finalmente, temos o monóxido
de carbono que pode ser produzido pela queima parcial
dos combustíveis fósseis em processos não monitorados e
que reduzem a eficiência das caldeiras.
O lixo radioativo da usina nuclear é proveniente das
pastilhas enriquecidas de urânio usadas para gerarem
energia. Este lixo é deposto perto do processo de fissão
porque é muito reativo até mesmo para ser manuseado,
esta deposição ocorre em piscinas debaixo do núcleo
(tecnologia adotada mundialmente). A vantagem deste
processo é que ele não emite os gases que provocam o
efeito estufa, apesar de que teremos de desenvolver um
tratamento adequado para este material radioativo no
futuro.
Energias Renováveis 33

Importância da geração termoelétrica


Durante muito tempo vivemos como se a energia
elétrica fosse ilimitada. Até que surgiram as crises de
energia. A pior crise de energia ocorreu na região oeste dos
Estados Unidos onde os cidadãos americanos tiveram que
gastar aproximadamente U$ 40 bilhões de dólares a mais
com a conta de energia elétrica do que nos doze meses
anteriores, ainda por cima enfrentando blackouts e cortes
no fornecimento. A tarifa de energia mudava de valor várias
vezes ao longo de um mesmo dia. No Brasil nossa pior crise
aconteceu em 2001 quando foi adotado o racionamento de
energia em todo o país.
Nosso sistema foi concebido a acionar primeiro as
usinas com o custo operacional mais baixo e à medida
que a carga aumenta, recorremos as usinas com custo
operacional mais elevado para manter os índices de
confiabilidade e as tarifas baixas.
Consultando o site da EPE (Empresa de Pesquisa
Energética) a nossa geração de energia no ano de 2018 foi
assim dividida:

Tabela 1: Geração de energia elétrica por fonte no Brasil – participação em 2018.

1. Hidráulica 65,2%
2. Gás natural 10,5%
3. Biomassa 8,2%
4. Solar e eólica 6,9%
5. Carvão 4,1%
6. Nuclear 2,6%
7. Derivados 2,5%
Total 100%
34 Energias Renováveis

A tabela 1 pode ser representada através do gráfico


em formato de pizza, retratado na figura 8:

Figura 8: Matriz energética brasileira – participação em 2017

Fonte: http://epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica
acessado em 23/09/19.

As termelétricas foram instaladas para aumentar


a robustez do sistema de geração e diminuir nossa
dependência das usinas hidrelétricas e consequentemente
das chuvas. Elas são acionadas em períodos secos
ou quando o índice pluviométrico (índice que mede a
quantidade de chuva) permanece abaixo do esperado.
Podemos saber se estamos utilizando ou não a geração
termoelétrica de forma maciça na nossa matriz energética
através das bandeiras de energia.
Energias Renováveis 35

Bandeiras de energia
Além das tarifas, desde 2015 a ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica) adotou um sistema de
bandeiras de energia:
Bandeira verde, não há cobrança de excedentes
e indica que o sistema de geração está operando
principalmente com a matriz hidrelétrica;
Já a bandeira amarela sinaliza que é preciso tomar
cuidado. O custo de geração está crescendo, ou seja,
as usinas térmicas já começaram a ser acionadas e o
nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas é
preocupante;
A crítica é chamada de bandeira vermelha e sinaliza
que as térmicas estão operando e a demanda está alta. O
nível dos reservatórios está entrando na região crítica. A
bandeira vermelha é dividida em dois níveis (crítico e muito
crítico).

Para cada bandeira de energia o valor do kWh sofre


um acréscimo, variando de zero para a bandeira verde, R$
1,50 a cada 100 kWh consumidos para a bandeira amarela,
R$ 3,00 a cada 100 kWh consumidos para a bandeira
vermelha nível I e R5,00 para a vermelha nível II. A geração
de energia termoelétrica é mais cara porque devemos
pagar pelos combustíveis, diferentemente da geração de
energia através de hidroelétricas, eólicas ou fotoelétricas
que não pagamos pelo uso da águam, vento ou sol.
A vantagem da diversificação da matriz energética
é que episódios traumáticos como o “Apagão de energia”
ocorrido em 2001 ficam cada dia mais distantes e impossíveis
de se repetirem.
36 Energias Renováveis

RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos?
Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos
certeza de que você realmente entendeu o tema
de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo
o que vimos. Você deve ter aprendido que o
consumo de energia de um país determina seu
nível de desenvolvimento, quanto mais energia ele
consome, mais desenvolvido ele é. Você também
teve a oportunidade de aprender sobre a geração
termoelétrica a partir de combustíveis fósseis (gás
natural e carvão), que utilizamos os geradores à
diesel para emergências e que no Brasil utilizamos
a geração de energia a partir de fontes renováveis
como a biomassa proveniente do bagaço da cana-
de-açúcar e do lixo. Você também estudou sobre
a geração de energia nuclear e os problemas
quando ocorre um acidente na planta de geração.
Finalmente pudemos analisar a importância das
usinas térmicas na estabilidade do sistema elétrico
brasileiro assim como estudamos alguns aspectos
nocivos ao meio ambiente deste tipo de geração.
Energias Renováveis 37

BIBLIOGRAFIA
Dos Reis, L. B. Geração de energia elétrica. 3ª Edição
revisada, ampliada e atualizada. Baureri/SP, Editora Manole,
2017.

Editado por Gómez-Expósito, A., Conejo, A. J. &


Cañizares, C. Sistemas de Energia Elétrica – Análise
e Operação, Tradução e revisão técnica: Feltrin, A. P.;
Montovani, J. R. S e Romero, R. LTC Editora, Rio de Janeiro/
RJ, 2015.

Stevenson Jr., W. D. Elementos de análise de sistemas


de potência. Tradução e revisão técnica Mayer, A. R. Minussi,
J. P & Ansuj, S. 2ª Edição, McGraw-Hill, São Paulo/SP, 1986.

Zanetta Jr., L. C. Fundamentos de sistemas elétricos


de potência, 1ª Edição, Editora Livraria da Física, São Paulo/
SP, 2005.

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