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CIÊNCIAS DA NATUREZA

E SUAS TECNOLOGIAS
FRENTE: BIOLOGIA II
EAD – MEDICINA
PROFESSOR(A): ALEXANDRE WERNECK

AULA 24

ASSUNTO: ESPECIAÇÃO

Acrescenta-se que a evolução por cladogênese é também denominada


de microevolução.
Resumo Teórico
A cladogênese B C cladogênese D

A importância do estudo
cladogênese
evolutivo das doenças Anagênese

A partir do momento que o estudo evolutivo das espécies


ganhou melhor compreensão com a ajuda fundamental da Tempo
genética, foi possível compreender melhor os agentes infecciosos
e, consequentemente, os cientistas estão tendo mais condições
de combatê-los, lutando constantemente em busca de novos O mecanismo de especiação
medicamentos e vacinas, visto que, por exemplo, vírus e bactérias
podem sofrer mutações dando origem a novas cepas, muitas vezes, Depois de estudar o Darwinismo e outras ideias sobre evolução,
mais patogênicas que as existentes. O HIV (vírus da AIDS) é um exemplo agora, será abordado à especiação, onde corresponde ao processo
de agente infeccioso capaz de sofrer mutações. de formação de novas espécies. Com isso, também, será estudado
Então, graças a essa compreensão evolutiva, os cientistas estão os tipos de especiação: alopátrica; simpátrica; peripátrica e
próximos de uma vacina contra a AIDS. Outro exemplo de doença com parapátrica.
alta taxa de mutabilidade é a gripe. Sabe-se que temos, em média, Desde a origem da vida, os seres vivos vêm sofrendo a
cinquenta vezes gripe durante a vida. A partir do momento que se diferenciação através de variações genéticas em decorrência de
fez o estudo evolutivo dessa doença, foi possível a descoberta de uma mutações genéticas e recombinações gênicas, o que favorece a
vacina contra algumas formas virais. seleção natural dos indivíduos mais aptos àquele meio ambiente. Veja
O estudo evolutivo vale, também, para vetores. Um exemplo a sequência de um tipo de especiação:
é sobre Aedes aegypti, o qual foi identificado desde 1782 no Egito.
Isolamento Geográfico → Mutações → Seleção Natural →
O referido mosquito é resistente e adaptável a diferentes ambientes.
Acrescenta-se ao seu alto poder reprodutivo e assim, surgiu um → Isolamento Reprodutivo
poderoso vetor de várias doenças.
Vê-se que o estudo de Evolução contribui todos os dias
com novas descobertas, aumentando, ainda, as nossas chances
de sobrevivermos a tão variadas doenças. A Darwin e a outros
evolucionistas dedicamos respeito.

Introdução
Atualmente, existe maior clareza sobre a evolução e surgimento
das espécies. Evidentemente, ainda se tem muito para descobrir, porém, os
conceitos envolvendo a evolução das espécies estão mais claros. Vejamos, Processo de especiação onde há isolamento geográfico.
abaixo, a definição de dois níveis de evolução:
Anagênese (ana = para cima; gênesis = origem): corresponde Em suma, a sequência de especiação acima revela que, a priori,
à progressiva evolução de caracteres que surgem ou se modificam, ocorre um isolamento geográfico de uma população decorrente,
ocasionando a alteração da frequência genética de uma população. como exemplo, do surgimento de um rio numa dada região, muitas
Consequentemente, havendo a seleção natural de uma inovação vezes, advindo da mudança do curso normal de outro rio. Com isso,
orgânica adaptada ao ambiente. Sabe-se que, normalmente, as haverá ações de mutações distintas sobre as porções populacionais
anagêneses se estabelecem por eventos relacionados à mutação e separadas, por exemplo, grau distinto de radiação solar incidindo
permutação. Acrescenta-se que a evolução por anagênese é também sobre cada porção. Em seguida, começa a haver o aparecimento de
denominada de microevolução. características particulares distintas, as quais sofrem a ação da seleção
Cladogênese (clado = ramo): corresponde a uma natural. Por fim, cabe uma pergunta:
ramificação filogenética, ocasionando a ruptura na coesão de uma Como será possível evidenciar o surgimento de uma nova espécie?
população, resultantes de contínuas transformações anatômicas Através da evidenciação do isolamento reprodutivo, o qual impede
e funcionais, provocando a dicotomia (separação em grupos) da que duas espécies diferentes possam cruzar e assim evita a
população. Com isso, acentuando diferenças capazes de originar troca de genes. Conhece-se vários tipos de isolamento reprodutivo,
clados (ramos) não compatíveis, os quais vieram de ancestral comum. a saber, como por:

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• Processos Pré-zigóticos (antes da formação do zigoto):

Isolamento Ocorre quando duas espécies não se cruzam, pois vivem em habitats distintos. Exemplo: Os tigres (vivem em floresta)
de habitat e leões (vivem na savana africana).

Isolamento sazonal (ou Ocorre quando há divergência quanto ao período de reprodução. Exemplo: Plantas com flores que amadurecem
estacional) em períodos distintos.

Isolamento etológico Ocorre quando duas espécies possuem diferentes rituais de corte (são rituais que ocorrem antes do acasalamento).
(ou comportamental) Exemplo: A fêmea escolhendo o macho pavão pela exibição da cauda.
Ocorre quando dois animais possuem tamanhos ou formas de genitais distintos que impedem a cópula. Além
Isolamento mecânico de ocorrer, também, em plantas quando o tubo polínico não germina no estigma da flor de outra espécie.

tezzstock/123RF/Easypix
Ritual de corte.

• Processos Pós-zigóticos (duas espécies cruzam e geram descendentes):


Isolamento por
Aqui o embrião (híbrido), resultante do cruzamento de duas espécies, morre prematuramente.
inviabilidade do híbrido
Isolamento por esterilidade A esterilidade se dá pelas gônadas, as quais não se desenvolvem normalmente ou porque a meiose não é
do híbrido normal.
Isolamento por
O híbrido da geração F1 é fértil, porém, os seus descentes (geração F2) são debilitados ou estéreis.
deterioração da geração F2
Teeraphong Wanitchakorn/123RF/Easypix

Burro (híbrido resultante do cruzamento do jumento com a égua), normalmente estéril.


Agora, caso o híbrido é resultante do cruzamento do cavalo com a jumenta, o mesmo será denominado de bardoto.

Curiosidade!
OBSERVE ABAIXO UMA QUESTÃO COMENTADA SOBRE ESPECIAÇÃO.
(Fuvest) Devido ao aparecimento de uma barreira geográfica, duas populações de uma mesma espécie ficaram isoladas por milhares de
anos, tornando-se morfologicamente distintas.
A) Explique sucintamente como as duas populações podem ter-se tornado morfologicamente distintas no decorrer do tempo.
B) No caso de as duas populações voltarem a entrar em contato, pelo desaparecimento da barreira geográfica, o que indicaria que
houve especiação?
Resposta:
A) As modificações observadas nas populações isoladas pela barreira geográfica são graças à seleção natural diferencial atuando sobre
as variações produzidas por mutações e recombinações gênicas.
B) O processo de especiação é evidenciado pelo isolamento reprodutivo, fenômeno que interrompe o fluxo gênico entre as populações, visto que
quando os indivíduos estão juntos não conseguem cruzar ou dão descendentes inférteis (híbridos).

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Observe abaixo uma tabela mostrando os tipos de especiação.

Alopátrica Ocorre quando populações sofrem


(alo = outros, pátrica = isolamento geográfico, favorecendo a
lugar) formação de novas espécies.

Peripátrica Formação de novas espécies a partir do


(peri = perto, pátrica = isolamento de uma pequena população
lugar) próxima da população maior.

Parapátrica Formação de novas espécies a partir de uma


(para = ao lado, pátrica = população continuamente distribuída e sem
lugar) isolamento geográfico.

Ocorre a formação de novas espécies a partir


Simpátrica
de divergência genética de várias populações
(sim = igual, pátrica =
(de uma espécie ancestral comum), as quais
lugar)
habitam a mesma região geográfica.

Curiosidade! Estudando a árvore filogenética


COESPECIAÇÃO Com a árvore filogenética (ou cladograma) é possível se
fazer relações evolutivas entre diferentes grupos de indivíduos (estando
Na coespeciação ocorre a adaptação recíproca entre
extintos ou não), ou melhor, estudar os clados (agrupamento que
duas espécies. Assim sendo, cada espécie exerce uma pressão
inclui um ancestral comum e todos os seus descendentes – vivos ou
seletiva sobre a outra. Consequentemente, uma evolui em
extintos). Com isso, é possível analisar a história detalhada das relações
resposta à outra espécie. Um exemplo de coespeciação é
de parentesco entre grupos e assim, tirar conclusões, por exemplo,
a existente entre o roedor gopher (hospedeiro) e o piolho
sobre divergências evolutivas, resultantes do processo de especiação.
(parasita), ambos evoluem nessa relação.
A B C
Manfred Weichselbaum/123RF/Easypix

Ancestral único de C

Ancestral comum de B e C

Ancestral comum de A, B e C

Cladograma

É um Clado

Gopher

Indicação de vídeo: Não é um


Clado
• https://www.youtube.com/watch?v=-QSfk6kTkjs Relações Evolutivas

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Uma referência no estudo sobre filogenética foi Willi Hennig,


entomologista responsável em trazer avanços no estudo da classificação
sistemática a partir do estudo da filogenética. Exercícios
A construção da árvore segue alguns parâmetros importantes
como: características morfológicas; características bioquímicas; a
análise do DNA; de proteínas; do RNA... 01. (UEL-PR) Até a segunda metade do século XIX, pensava-se
Com o estudo do cladograma é possível se observar que o mapa do mundo fosse praticamente uma constante.
pleiomorfias; apomorfias etc. Veja a tabela abaixo, a qual traz Alguns, porém, admitiam a possibilidade da existência de
definições importantes a serem analisadas a partir de uma árvore grandes pontes terrestres, agora submersas, para explicar as
filogenética. semelhanças entre as floras e faunas da América do Sul e da
África. De acordo com a teoria da tectônica de placas, toda
TERMO DEFINIÇÃO a superfície da Terra, inclusive o fundo dos vários oceanos,
Característica considerada primitiva que foi modificada consiste em uma série de placas rochosas sobrepostas.
Plesiomorfia
a outra mais recente dentro de uma linhagem. Os continentes que vemos são espessamentos das placas que se
Conjunto de todas as espécies que compartilham a
erguem acima da superfície do mar.
Simplesiomórfico DAWKINS, R. O Maior Espetáculo da Terra.
condição plesiomórfica de um caráter.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p.257-258. (Adaptado)
Característica recente derivada de uma característica
Apomorfia
primitiva de uma espécie ancestral.
PLACA
Quando grupos têm um estado derivado PLACA EURO-ASIÁTICA
NORTE
Sinapomorfia (apomorfia) compartilhado, sendo, então, indícios AMERICANA PLACA
IRANIANA
de ancestralidade comum. PLACA PLACA PLACA
PLACA
ARÁBICA
PLACA DAS
DO PACÍFICO PLACA DO CARIBE AFRICANA FILIPINAS

É um caráter apomórfico para um único ramo terminal DE COCOS


PLACA

Autapomorfia DO PACÍFICO

em um cladograma. PLACA PLACA INDO-


DE NAZCA -AUSTRALIANA
PLACA
A B C D E SUL-AMERICANA

PLACA ANTÁRTICA

F LIMITE DE PLACAS
POUCO ATIVAS
DIVERGENTES
CONVERGENTES (SUBDUCÇÃO)
G FALHAS
DIREÇÃO DO MOVIMENTO DAS PLACAS

H Figura 19: Mapa de Placas Tectônicas

I SIMIELI, Maria Helena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2000.


Plesiomorfia

Sinapomorfia

Autapomorfia

Cladograma, o qual evidencia relações evolutivas importantes.

Outro ponto importante observado a partir do cladograma,


é o estudo dos agrupamentos taxonômicos. Assim sendo, têm-se
os grupos monofiléticos (representa um grupo que é formado
pela espécie ancestral e todas as suas espécies descendentes) e os
grupos merofiléticos (grupos não monofiléticos). Vale acrescentar
ZONAS SUJEITAS A ABALOS SÍSMICOS
que dentro dos grupos merofiléticos, têm-se: o grupo parafilético ZONAS COM INTENSA ATIVIDADE

e o grupo polifilético.
SÍSMICA
VULCÕES ATIVOS
TERREMOTOS (Catástrofes após 1900)
E
Figura 20: Mapa de Zonas Sísmicas e Vulcões
A B C D
SIMIELI, Maria Helena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2000.

Q
Com base no texto, nos mapas e nos conhecimentos sobre os
P processos de especiação e distribuição geográfica dos organismos,
N considere as afirmativas a seguir.
I. Há semelhanças entre os fósseis da América do Sul, África,
M
Antártida e Austrália, pois, em um passado remoto, todas essas
regiões estavam unidas, formando um grande continente e
O grupo em destaque dentro do retângulo é parafilético, impossibilitando o isolamento reprodutivo;
pois está incluindo a espécie ancestral M, porém, não estão
incluídos todos os ancestrais.
II. O modelo clássico de especiação alopátrica propõe que duas
novas espécies se formem em uma mesma região geográfica, de
modo abrupto, em consequência de mutações cromossômicas
N P ocorridas durante as divisões celulares;
A B C M III. O isolamento geográfico entre populações de uma espécie
ancestral pode ocorrer pelo aparecimento de um rio cortando
uma planície, por um braço de mar que separa ilhas ou pelo
Q deslocamento de um continente;
D
IV. A presença de marsupiais na Austrália representa a dispersão
E R desde a América do Sul, por meio da Antártida, no início da era
Observando os descendentes (C) e (M), conclui-se que eles são Cenozoica, e o subsequente isolamento da Austrália permitiu
grupos polifiléticos, pois possuem ancestrais diferentes. sua diversificação sobre este país.

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Assinale a alternativa correta. 05. (UFRJ) Indivíduos de espécies diferentes podem viver em simpatria,
A) Somente as afirmativas I e II são corretas. ou seja, viver no mesmo lugar ao mesmo tempo, conservando-se
B) Somente as afirmativas II e IV são corretas. como espécies diferentes, pois são isolados reprodutivamente.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. Indivíduos de duas subespécies da mesma espécie apresentam
diferenças genéticas características de cada subespécie, mas
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
não apresentam isolamento reprodutivo.
E) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. Duas subespécies podem viver em simpatria, mantendo-se como
subespécies diferentes? Justifique sua resposta.
02. (UFF-RJ) Duas populações A e B se acham isoladas geograficamente.
Quando são postas em contato na mesma área, o seguinte quadro 06. (Unesp-SP) Três populações de insetos, X, Y e Z, habitantes
emerge: de uma mesma região e pertencentes a uma mesma espécie,
foram isoladas geografi camente. Após vários anos, com o
1. ♂A × ♀B → produzem machos e fêmeas férteis em F1. desaparecimento da barreira geográfica, verificou-se que
o cruzamento dos indivíduos da população X com os da
2. ♀A × ♂B → produzem machos estéreis e fêmeas férteis em F1. população Y produzia híbridos estéreis. O cruzamento dos
indivíduos da população X com os da população Z produzia
A partir do cruzamento recíproco, considera-se que A e B são: descendentes férteis, e o dos indivíduos da população Y com
A) duas espécies biológicas. os da população Z não produzia descendentes. A análise desses
B) duas subespécies de uma única espécie. resultados permite concluir que:
C) duas populações simpátricas de uma única espécie. A) X, Y e Z continuaram pertencendo à mesma espécie.
D) duas espécies crípticas. B) X, Y e Z formaram três espécies diferentes.
C) X e Z tornaram-se espécies diferentes e Y continuou a pertencer
E) duas populações de uma mesma espécie, geneticamente iguais.
à mesma espécie.
D) X e Z continuaram a pertencer à mesma espécie e
03. (Fuvest) Devido ao aparecimento de uma barreira geográfica, Y tornou-se uma espécie diferente.
duas populações de uma mesma espécie ficaram isoladas por E) X e Y continuaram a pertencer à mesma espécie e
milhares de anos, tornando-se morfologicamente distintas. Z tornou-se uma espécie diferente.
A) Explique sucintamente como as duas populações podem ter-se
tornado morfologicamente distintas no decorrer do tempo. 07. (UEFS-BA) Uma mudança evolutiva dentro de uma população
consiste na mudança das frequências dos alelos nessa população.
B) No caso de as duas populações voltarem a entrar em contato,
As mudanças nas proporções dos alelos podem ser devidas a
pelo desaparecimento da barreira geográfica, o que indicaria qualquer um dos dois processos pelos quais certos indivíduos deixam
que houve especiação? mais descendentes do que outros, legando, desta forma, mais genes
às gerações subsequentes. Um desses processos, a deriva genética, é
04. (UFF) Diferentes espécies de peixes herbívoros marinhos do resultado da variação aleatória da sobrevivência e da reprodução de
mesmo gênero são encontradas nas regiões tropicais do Oceano genótipos diferentes. Na deriva genética, as frequências dos alelos
Atlântico, tanto na costa do Continente Americano, quanto na oscilam por puro acaso. A outra causa principal de mudança nas
costa do Continente Africano. frequências alélicas é a seleção natural. Uma consequência comum
da seleção natural é a adaptação, uma melhora da capacidade
Após estudos sobre este grupo, foi possível elaborar o diagrama
média dos membros da população de sobreviver e reproduzir no
e o quadro a seguir, em que espécies supostamente distintas
seu meio ambiente.
foram representadas por diferentes letras.
FUTUYMA, 2002, p. 4.
Período de FUTUYMA, Douglas J. Evolução, Ciência e Sociedade.
Continente Alimento* Habitat São Paulo: Sociedade Brasileira de Genética, 2002.
alimentação
Espécie Recife rochoso, Vespertino,
A Americano 1, 2 Ao se considerarem os principais fatores responsáveis pelas mudanças
Recife de corais Noturno
evolutivas e os mecanismos utilizados por esses fatores para
B Africano 1 Recife rochoso Vespertino estabelecer essas modificações, é correto afirmar que:
Recife rochoso, Matutino, A) a deriva genética é da maior importância quando os alelos de
C Africano 1, 2
Recife de corais Vespertino um gene são vantajosos, ou seja, quando eles não diferem
D Americano 1 Recife rochoso Matutino substancialmente quanto a seus efeitos na sobrevivência ou
na reprodução.
E Americano 1 Recife rochoso Matutino
B) o processo evolutivo irá apresentar tanto na seleção natural
* Os números da coluna Alimento representam: quanto na deriva genética, um caráter direcional na escolha
1. algas com lâminas flutuantes. dos alelos a serem preservados na população ao longo das
gerações.
2. algas incrustadas nos corais.
C) as circunstâncias ambientais, durante a deriva genética, influem
de forma fundamental na determinação de qual variante terá
A) Considerando os mecanismos de especiação, como poderia maior valor adaptativo.
ser explicado o surgimento das espécies C e D a partir de D) a deriva genética resulta em uma mudança evolutiva a partir
uma espécie ancestral? de uma mudança do conjunto gênico da população, sem
B) Das espécies citadas, qual delas mais se assemelha à espécie necessariamente resultar em adaptação.
ancestral? E) a seleção natural tende a eliminar alelos e características que
C) Que tipo de relação/interação ecológica pode ocorrer entre reduzem o valor adaptativo de uma população, gerando, logo
a seguir, outras características que possam substituir as que
D e E? Justifique sua resposta.
foram previamente eliminadas.

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08. (UPE) O bloqueio da troca de genes entre populações de 12. (Uece) Reportagem recente deu conta do nascimento de gatos
diferentes espécies existentes na natureza é um mecanismo com cara de cães, resultante do suposto cruzamento entre
conhecido como isolamento reprodutivo, que pode ser de uma gata e um cão. Analise as seguintes afirmativas, a partir
dois tipos: o pré-zigótico e o pós-zigótico. Abaixo, assinale o do conhecimento científico atual:
mecanismo de isolamento reprodutivo que corresponde a um I. Do cruzamento entre cães e gatos é possível nascer
pós-zigótico. quimeras por não haver isolamento reprodutivo entre eles,
A) Barreiras mecânicas. caracterizado por ambas as espécies pertencerem à mesma
B) Amadurecimento sexual em épocas diferentes. Ordem;
C) Inviabilidade do híbrido. II. Híbridos de cães e gatos não acontecem porque há isolamento
D) Utilização de habitats diferentes. reprodutivo entre tais espécies animais, as quais pertencem a
E) Utilização de nichos diferentes. categorias taxonômicas diferentes como é observado, já no
nível Família (‘Canidae’ e ‘Felidae’);
09. (PUC-RJ) O quadro abaixo representa padrões de lampejos em III. O burro é um híbrido viável entre o jumento e a égua;
diferentes grupos de vaga-lumes machos. Cada divisão das entretanto não produz descendência, haja vista não acontecer
linhas horizontais corresponde a 1 (um) segundo, e a altura a sinapse cromossômica no processo meiótico de formação dos
de curva representa o brilho do lampejo. seus gametas.

GRUPO 1 São corretas:


A) apenas I e II. B) apenas II e III.
GRUPO 2 C) apenas I e III. D) I, II e III.

GRUPO 3 13. (Unifor-CE/2002) Os cientistas acreditam que, na história evolutiva


da vida, a maioria das espécies tenha surgido por cladogênese que,
GRUPO 4 por sua vez, pressupõe a existência de, pelo menos, três etapas
sequenciais, enumeradas a seguir.
I. Isolamento geográfico;
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
II. Isolamento reprodutivo;
tempo/segundos
III. Diversificação gênica nas subpopulações isoladas.
Pela análise do quadro, podemos afirmar que:
A sequência correta dessas etapas é:
A) se trata de um exemplo típico de isolamento temporal.
A) I → II → III
B) existe isolamento reprodutivo entre os diversos grupos.
B) I → III → II
C) os grupos, quando em um mesmo ambiente, efetuarão troca
C) II → I → III
de genes.
D) II → III → I
D) a variedade de lampejos é determinada pelo ambiente em
E) III → II → I
que eles vivem.
E) os diferentes lampejos permitem uma maior variedade de
cruzamentos entre os grupos. 14. (UFMA) Relacione os tipos de isolamento reprodutivo com seus
respectivos conceitos listados abaixo e, em seguida, assinale a
alternativa correta.
10. (Acafe-SC) O processo de surgimento de uma nova espécie,
I. Isolamento estacional;
denominado especiação, se completa com o surgimento do
II. Isolamento comportamental;
isolamento reprodutivo, que impede a indivíduos de espécies
III. Isolamento gamético;
diferentes trocar genes por cruzamento.
IV. Isolamento mecânico;
Analise as afirmações a seguir. V. Isolamento ecológico.
I. Isolamento sazonal: os membros de duas espécies não se
cruzam porque seus períodos de reprodução não coincidem; ( ) Duas populações vivem na mesma área geográfica, mas em
II. Isolamento mecânico: decorre da incompatibilidade entre os diferentes microambientes.
órgãos genitais dos membros de duas espécies; ( ) Fenômeno fisiológico que impede a sobrevivência dos
III. Esterilidade do híbrido: os membros de duas espécies copulam, gametas masculinos de uma população no sistema
mas o híbrido formado é estéril. reprodutor feminino da outra.
( ) Mecanismo onde não ocorre ajuste entre as peças genitais
Qual(is) da(s) afirmação(ões) anteriores contêm mecanismos do casal por causa das diferenças anatômicas.
pós-zigóticos de isolamento reprodutivo? ( ) Mecanismo que ocorre quando duas populações, mesmo
A) I e III. ocupando o mesmo habitat, se reproduzem em épocas
B) I e II. diferentes.
C) Nenhuma delas. ( ) Fenômeno que ocorre quando há diferença de
D) III. comportamento entre as espécies, particularmente nos
rituais de acasalamento.
11. (Fuvest) Qual a condição inicial básica para que ocorra o processo
de formação de raças?
A) Isolamento reprodutivo. A) I – II – III – IV – V
B) Isolamento geográfico. B) V – III – IV – I – II
C) Seleção natural. C) III – I – IV – V – II
D) Esterilidade dos descendentes. D) V – III – II – I – IV
E) Superioridade do híbrido. E) I – V – II – III – IV

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15. (Udesc-SC) Observe o gráfico abaixo, que representa a 03.


variabilidade genética de uma população que passa por um A) As modificações observadas nas populações isoladas pela
período de mortalidade elevada, devido a uma catástrofe barreira geográfica são graças à seleção natural diferencial,
(linha pontilhada). atuando sobre as variações produzidas por mutações e
recombinações gênicas.
VARIABILIDADE
A B) O processo de especiação é evidenciado pelo isolamento
GENÉTICA E reprodutivo, fenômeno que interrompe o fluxo gênico entre as
populações, visto que quando os indivíduos estão juntos não
conseguem cruzar ou dão descendentes inférteis (híbridos).
D
B 04.
A) Provavelmente as populações da espécie ancestral foram isoladas
C geograficamente. Em seguida ao isolamento, ambas acumularam
diferenças genéticas, provenientes de mutações e recombinações
TEMPO gênicas, o que contribuiu para a seleção natural. Consequente,
as diferenças acumuladas fizeram com que as populações,
Analise as afirmativas. quando juntas, não conseguissem produzir descendentes férteis,
I. Nesses casos ocorre o Efeito do Fundador, com a perda da ou seja, sofreram isolamento reprodutivo, confirmando, assim,
variabilidade genética decorrente da mortalidade, e com um que elas são de espécies distintas.
grupo sobrevivente fundando uma nova população; B) A espécie E.
II. A queda da variabilidade genética mostrada em C pode ter C) Competição interespecífica, pois as espécies D e E estão
sido causada pela diminuição do nível de endogamia, que leva no mesmo continente, alimentando-se do mesmo tipo de
a uma maior expressão de características dominantes; algas, tendo o mesmo habitat e nicho ecológico, disputando,
III. A variabilidade em E cai, porém mantendo as mesmas portanto, os mesmos recursos do meio ambiente.
frequências gênicas do momento A.
05. Não. Em simpatria, sem isolamento reprodutivo, ocorreria,
Assinale a alternativa correta. provavelmente, um fluxo gênico que eliminaria as diferenças
A) Somente a afirmativa III é verdadeira. genéticas existentes entre essas subespécies.
B) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
C) Somente a afirmativa II é verdadeira. 06. Sabe-se que ocorre a formação de uma nova espécie quando
D) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. se faz o cruzamento de dois indivíduos e há formação de um
E) Somente a afirmativa I é verdadeira. descendente estéril. Assim sendo, X e Z continuaram a pertencer
à mesma espécie e Y tornou-se uma espécie diferente.

Resoluções Resposta: D

07. Ao se considerarem os principais fatores responsáveis pelas


01. A questão trata sobre o processo de especiação e evidencia mudanças evolutivas e os mecanismos utilizados por esses fatores
como correto a observação que há semelhanças entre os para estabelecer essas modificações, é correto afirmar que a deriva
fósseis da América do Sul, África, Antártida e Austrália, genética resulta em uma mudança evolutiva a partir de uma
pois, em um passado remoto, todas essas regiões estavam mudança do conjunto gênico da população, sem necessariamente
unidas, formando um grande continente e impossibilitando o
resultar em adaptação. Na verdade, a deriva gênica corresponde a
isolamento reprodutivo. Além disso, em termos conceituais,
o modelo clássico de especiação alopátrica propõe que duas uma mudança súbita da frequência genética graças a um evento
novas espécies se formem em regiões geográficas distintas, de ao acaso como um desastre ecológico.
modo abrupto, em consequência, por exemplo, de mutações Resposta: D
cromossômicas ocorridas durante as divisões celulares. Outro
ponto interessante, é o fato do isolamento geográfico entre 08. A partir dos mecanismos de isolamento reprodutivo pós-zigótico,
populações de uma espécie ancestral pode ocorrer pelo
tem-se o cruzamento de indivíduos de espécies distintas (originadas
aparecimento de um rio cortando uma planície, por um
braço de mar que separa ilhas ou pelo deslocamento de um do processo de especiação) e consequente formação de um híbrido,
continente. Por fim, um exemplo de especiação alopátrica é a o qual pode ser inviável a sua existência. Confirmando, assim,
presença de marsupiais na Austrália que representa a dispersão o isolamento reprodutivo das espécies.
desde a América do Sul, por meio da Antártida, no início da Resposta: C
era Cenozoica, e o subsequente isolamento da Austrália,
permitindo sua diversificação sobre este país.
09. Quando se observa o padrão de lampejos por segundo, conclui-se
Resposta: E que estamos diante de espécies distintas e assim existe um
isolamento reprodutivo entre os diversos grupos.
02. Como os indivíduos A e B (no primeiro cruzamento) originaram Resposta: B
descendentes férteis, conclui-se, então, que A e B são da mesma
espécie. Contudo, no segundo caso o macho era estéril e a 10. O isolamento sazonal e o isolamento mecânico são exemplos de
fêmea fértil, mostrando algum tipo de adaptação que pode ser mecanismos pré-zigóticos de isolamento reprodutivo. Enquanto a
distinta entre eles e assim, favorecer a esterilidade do macho esterilidade do híbrido corresponde a um exemplo de mecanismo
descendente. E tal caso, pode ser observado entre indivíduos
pós-zigótico de isolamento reprodutivo.
de subespécies distintas.

Resposta: B Resposta: D

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MÓDULO DE ESTUDO

11. Com o isolamento geográfico ocorrerá acúmulo de modificações


decorrentes, por exemplo, de mutações. Mesmo assim, os
indivíduos isolados são da mesma espécie, porém, de subespécies
(ou raças) distintas devido as modificações acumuladas.
Resposta: B

12. I. Falso, pois existe isolamento reprodutivo entre o cão e o gato.


Além disso, a quimera é resultante da união de dois embriões
formando um único indivíduo.
II. Verdadeiro.
III. Verdadeiro.
Resposta: B

13. A questão trata do processo de especiação onde o começo é


com o isolamento geográfico ( I ), seguindo com a diversificação
gênica nas subpopulações isoladas ( III ) e por fim, confirmando
a formação de novas espécies, pois ocorrera o isolamento
reprodutivo ( II ).
Resposta: B

14. A seguir está a correta relação entre a primeira coluna e a segunda


coluna.
Isolamento estacional: mecanismo que ocorre quando duas
populações, mesmo ocupando o mesmo habitat, se reproduzem
em épocas diferentes.
Isolamento comportamental: fenômeno que ocorre quando há
diferença de comportamento entre as espécies, particularmente
nos rituais de acasalamento.
Isolamento gamético: fenômeno fisiológico que impede a
sobrevivência dos gametas masculinos de uma população no
sistema reprodutor feminino da outra.
Isolamento mecânico: mecanismo no qual não ocorre ajuste
entre as peças genitais do casal por causa das diferenças anatômicas.
Isolamento ecológico: duas populações vivem na mesma área
geográfica, mas em diferentes microambientes.
Resposta: B

15. Observando o gráfico, conclui-se que nesses casos ocorre o Efeito


do Fundador, com a perda da variabilidade genética decorrente da
mortalidade, e com um grupo sobrevivente fundando uma nova
população. Como podem ser genes (que eram recessivos em A)
que se tornaram dominantes em número, ter-se-á, possivelmente,
uma variação da frequência genética entre A e E. A queda súbita
de variabilidade genética é fruto de uma pressão seletiva elevada
provocada, por exemplo, por catástrofes e não endogamia.
Resposta: E

SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO PENA – AUTOR: ALEXANDRE WERNECK


DIG.: SAMUEL – 17/10/17 – REV.: KATIARY

F B O NLINE.COM.BR 8 OSG.: 119828/17

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