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Você está recebendo o primeiro livro da Unidade Técnica de Imersão (U.T.I.) do Hexag Vestibulares.
Este material tem o objetivo de retomar os conteúdos estudados nos livros 1 e 2, oferecendo um
resumo estruturado da teoria e uma seleção de questões dissertativas que preparam o candidato
para as provas de segunda fase dos principais vestibulares. Além disso, as questões dissertativas per-
mitem avaliar a capacidade de análise, organização, síntese e aplicação do conhecimento adquirido.
É também uma oportunidade de o estudante demonstrar que está apto a expressar suas ideias de
maneira sistematizada e com linguagem adequada.
Aproveite este caderno para aprofundar o que foi visto em sala de aula, compreender assuntos que
tenham deixado dúvidas e relembrar os pontos que foram esquecidos.
Bons estudos!
Herlan Fellini
SUMÁRIO
BIOLOGIA
BIOLOGIA 1 227
BIOLOGIA 2 247
BIOLOGIA 3 271
FÍSICA
FÍSICA 1 287
FÍSICA 2 299
FÍSICA 3 319
QUÍMICA
QUÍMICA 1 335
QUÍMICA 2 349
QUÍMICA 3 369
225
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2020
Todos os direitos reservados.
Autores
Caco Basileus
Edson Yukishigue Oyama
Felipe Filatte
Herlan Fellini
Kevork Soghomonian
Joaquim Matheus Santiago Coelho
Larissa Beatriz Torres Ferreira
Marcos Navarro
Diretor-geral
Herlan Fellini
Diretor editorial
Pedro Tadeu Vader Batista
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Imagens
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Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
ISBN: 978-85-9542-145-5
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2020
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226
BIOLOGIA 1
227
Origem da vida
Teoria da abiogênese: os seres vivos originam-se da Experimento realizado por Redi, cujo
resultado reforçou a teoria da biogênese.
228
As moléculas de proteína aproximam-se, formando vá- levando muito tempo para se tornarem complexos; portanto,
rios aglomerados proteicos envoltos por várias molécu- os biólogos não aceitam a hipótese autotrófica, porque ela
las de água. Esses aglomerados foram chamados por vai contra a teoria da evolução.
Oparin de coacervados.
Esses coacervados não eram seres vivos, mas sim A hipótese heterotrófica
uma primitiva organização das substâncias orgâni-
cas, principalmente de proteínas. Supõe que a forma mais primitiva de vida se desenvolveu
de matéria não viva, formando-se em um ambiente com-
Apesar de isolados, os coacervados podiam trocar subs- plexo um ser muito simples, incapaz de fabricar seu alimen-
tâncias com o meio externo, sendo que, em seu interior, to. A hipótese heterotrófica supõe que um ser muito sim-
havia margem para inúmeras reações químicas, permitindo ples evoluiu, vagarosamente, da matéria inanimada, e que
a duplicação e, assim, os primeiros seres vivos. isso aconteceu há milhões de anos, mas não ocorre mais.
De acordo com a hipótese heterotrófica, a vida teria surgido
O experimento de Miller por meio das seguintes etapas, ilustradas ao lado:
Stanley L. Miller construiu um aparelho que simulava as FORMAÇÃO DE AMINOÁCIDOS
condições da Terra primitiva e introduziu nele os gases que
provavelmente constituíam a atmosfera naquela época. FORMAÇÃO DE PROTEÍNAS CAPACIDADE DE REPRODUÇÃO
Esses gases foram amônia (NH3), hidrogênio (H), metano
FORMAÇÃO DE COACERVADOS APARECIMENTO DE AUTÓTROFOS
(CH4) e vapor de água.
ELETRODOS
TUBO PARA
SURGIMENTO DE HETERÓTROFOS PREDOMÍNIO DE AUTÓTROFOS
CRIAR VÁCUO POLO POSITIVO POLO NEGATIVO
AMÔNIA
METANO
HIDROGÊNIO OBTENÇÃO DE ENERGIA APARECIMENTO DE AERÓBIOS
VAPOR D’AGUA
SÁIDA DO VAPOR
CONDENSADOR
ENTRADA DE ÁGUA
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Nessas condições, eles teriam perecido ou teriam se dividido, Aparecimento dos aeróbios
como meio de reduzir o volume. Nos organismos bem-suce-
didos, teriam surgido os ácidos nucleicos, moléculas que con- Os primeiros autótrofos, a partir de um suprimento de CO2,
trolam os processos básicos de reprodução e organização. Em enzimas de ATP e aparecimento de uma molécula (talvez a
tais condições, o primitivo organismo que tivesse DNA teria clorofila, capaz de absorver a energia luminosa), realizariam
encontrado o meio para se duplicar exatamente, transmitindo uma primitiva fotossíntese.
aos seus descendentes o mesmo padrão de organização con- No processo de fotossíntese, liberam-se moléculas de oxigênio.
seguido após todo o tempo de evolução transcorrido. Portanto, podemos supor que uma certa quantidade de gás te-
nha-se acumulado gradativamente, durante milhares de anos,
Aparecimento dos autótrofos como consequência do aparecimento dos autótrofos. Todavia,
a utilização de oxigênio para a obtenção de energia a partir da
Ao longo do desenvolvimento da vida na Terra, houve diversas
glicose libera muito mais energia do que a retirada de energia
mutações no material genético dos seres vivos. A partir delas,
na ausência de oxigênio, pois a fermentação fornece um sal-
há cerca de 2,7 bilhões de anos atrás, surgiram seres vivos
do energético de apenas 2 ATP, enquanto, na reação com o
unicelulares com capacidade de sintetizar matéria orgânica a
oxigênio, o saldo é de 38 ATP. Teriam, então, levado vantagem
partir de matéria orgânica, ou seja, organismos autótrofos.
os organismos capazes de executar respiração aeróbia, pois,
assim, retirava-se mais energia do alimento disponível.
Evidências evolutivas
Conceitos
Durante muito tempo, acreditou-se que os seres vivos que
conhecemos hoje, quase 2 milhões de espécies, fossem
exatamente iguais à época de sua criação. Essa teoria é
conhecida como fixismo.
Já o transformismo ou evolucionismo propõe que as es- Estudo comparativo ósseo entre membros anteriores (da esquerda
pécies são mutáveis, ou seja, modificam-se ao longo do tempo. para a direita) de homem, gato, baleia e morcego.
230
Estruturas análogas apresentam a mesma função ou papel
Anatomia comparada biológico, porém, apresentam origens embriológicas distintas.
No estudo dos vertebrados, é evidente que existe um padrão Veja a figura a seguir:
esquelético: um crânio ligado a uma coluna vertebral, que
apresenta uma cintura escapular, nela se conectam os mem-
bros anteriores e uma cintura pélvica, na qual estão conecta-
dos os membros posteriores. Portanto, todos os vertebrados,
apesar de diferentes, apresentam características em comum,
o que mostra parentesco e indica um ancestral comum, que,
por evolução, deu origem a todos os subgrupos.
Embriologia comparada
O estudo embriológico dos animais mostra que quanto mais
inicial é a fase de desenvolvimento do embrião, maiores
são as dificuldades de diferenciação e identificação do
grupo estudado. Isso quer dizer que o desenvolvimen-
to embriológico dos animais é extremamente semelhante
nas suas fases iniciais, ocorrendo a diferenciação só mais
tardiamente. Logo, entre espécies ou grupos evolutivamente
próximos existe uma semelhança embriológica muito grande
quanto às fases iniciais do desenvolvimento.
Teorias evolutivas
231
se acumulando de geração em geração até que resultem em O mimetismo batesiano (de defesa) consiste na imita-
uma grande mudança em relação aos indivíduos ancestrais. ção de um modelo tóxico ou perigoso por espécies “não
repulsivas” ou inofensivas, que se privam de ser predadas.
Em seu livro A origem das espécies, Darwin expôs a sua
teoria da evolução por seleção natural, tomando como O mimetismo mülleriano consiste na presença de
pontos de partida duas observações: padrões de coloração semelhantes entre espécies tó-
xicas ou impalatáveis. Devido a esta coloração de ad-
Os organismos vivos produzem grande número de se-
vertência, ambas ampliam o número de predadores
mentes ou ovos, mas o número de indivíduos nas po-
que passam a evitá-las.
pulações normais é mais ou menos constante, o que só
se pode explicar pela grande mortalidade natural. O mimetismo reprodutivo é bastante comum entre
plantas que mimetizam a fêmea de insetos e aprovei-
Organismos de mesma espécie, ou então de uma po- tam a tentativa de acasalamento para sua polinização.
pulação natural, são muito variáveis em forma e com-
portamento, sendo a variabilidade muito influenciada Camuflagem
pela hereditariedade.
Trata-se de um conjunto de técnicas e métodos que permite
Portanto, havendo grande variabilidade e grande mortalida- a um organismo permanecer indistinto do ambiente que o
de, uns organismos terão maior probabilidade de deixar des- rodeia. A camuflagem pode ser vantajosa para o predador,
cendentes do que outros: a tal tipo de reprodução seletiva, que cerca a presa sem ser percebido, e para a presa, que se
Darwin chamou seleção natural. Como Darwin demonstrou, a confunde com o meio, passando despercebida pelo predador.
seleção natural ou “luta pela vida com sobrevivência do mais Homocromia consiste na coloração semelhante do or-
apto” é o fator orientador da evolução, mas não a causa das ganismo com a do meio onde vive: cascas, galhos e folhas
variações, que ele foi incapaz de descobrir. A dificuldade de de árvores, cor da areia etc.
Darwin só foi resolvida com a descoberta das mutações ex-
Homotipia consiste na semelhança do indivíduo com
postas pelo mutacionismo, no século XX, por Hugo de Vries,
a forma de estruturas presentes no meio onde vive. É o
que são responsáveis pela origem das variações.
caso dos insetos bicho-folha e bicho-pau, que se asse-
O principal ponto do darwinismo, portanto, é a teoria da melham a folhas e gravetos, respectivamente.
seleção natural, que é a escolha que o ambiente faz das
características mais aptas.
Portanto, o darwinismo pode ser entendido sob três pon-
NEODARWINISMO – TEORIA
tos básicos: SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO
1. Variabilidade intraespecífica
Na época em que Darwin propôs a sua teoria, os mecanis-
2. Seleção natural
mos da herança biológica não eram conhecidos. Apesar de
3. Adaptação
ter sido contemporâneo de Gregor Mendel – pai da genética
–, eles não se conheceram. Descobertas recentes (século XX),
O meio ambiente e a adaptação nos campos da genética, biologia molecular e paleontologia,
Segundo Lamarck, o ambiente tem um papel ativo, deram origem a uma teoria moderna de evolução conhecida
pois atua como um fator de modificação das espécies. Para como neodarwinismo ou teoria sintética da evolução,
Darwin, o ambiente tem um papel passivo, pois atua que integra esses novos conhecimentos às ideias de Darwin,
apenas selecionando as variações mais aptas preexistentes. esclarecendo principalmente as causas da variabilidade.
Ele não conhecia os mecanismos de transmissão hereditária. A moderna teoria sintética da evolução envolve quatro fato-
Isso só foi elucidado com o advento da genética. res básicos: mutação, recombinação genética, sele-
ção natural e isolamento reprodutivo. Os dois primeiros
Exemplos de vantagens adaptativas determinam a variabilidade genética, que é orientada pelos
dois últimos. Três processos acessórios também atuam no pro-
Mimetismo cesso: migração, hibridação e oscilação genética.
Determinados organismos, denominados mímicos, apre- A migração é responsável pelo fluxo gênico, que traz à po-
sentam características que os confundem com outro grupo pulação novos genes. A hibridação consiste no cruzamento
de organismos, os modelos. Em geral, essa semelhança entre popuIações com patrimônios genéticos diferentes. A
dá-se pelo padrão de coloração, textura, forma corporal, oscilação genética ocorre, quando, em populações finitas
comportamento, constituição química. Ela confere ao mí- pequenas, o equilíbrio de Hardy-Weinberg é alterado pelo
mico uma vantagem adaptativa. Existem três tipos de mi- tamanho da população. Se ocorrer mutação rara, o número
metismo: batesiano, mülleriano e reprodutivo. de portadores da mutação será baixo e, pela sua morte,
232
desaparecerá da população. Poderá aparecer novamente, As mutações são aleatórias, ocorrem ao acaso sem que
quando e se ocorrer nova mutação. Esses fatores podem haja relação com a utilidade ou não para que ela venha a
contribuir para a variabilidade genética. ocorrer. Em razão disso, alterações no DNA não são uma
Sob a designação de variabilidade, enquadramos as diferen- estratégia do organismo para se adaptar a alguma situ-
ças existentes entre os indivíduos da mesma espécie. As fontes ação. No entanto, caso ocorra uma mutação favorável,
de variabilidade são as mutações e a recombinação genética. ela será selecionada positivamente; assim, a população
desses indivíduos portadores dessa mutação tenderá a
As variações são submetidas ao meio ambiente, que, pela
seleção natural, conserva as favoráveis e elimina as desfavoráveis. aumentar. Observe-se que mutações não são necessaria-
Assim, quando as condições ambientais se modificam, algumas mente benéficas, podem ser neutras ou prejudiciais para
variações serão vantajosas e permitirão, então, aos indivíduos o organismo.
que as apresentam sobreviver e produzir mais descendentes do A seguir, alguns outros exemplos de seleção natural:
que aqueles que não as têm. Resumindo, temos:
Melanismo industrial: industrialização na Inglaterra,
1. Variabilidade intraespecífica
as mariposas claras e escuras.
mutação
recombinação genética: crossing-over Resistência de bactérias a antibióticos.
2. Seleção natural Resistência de moscas ao DDT.
3. Adaptação
Porém, a recombinação genética (crossing-over) pro- Seleção sexual
move o embaralhamento dessas modificações. As muta-
ções ocorrem em todo e qualquer organismo, enquanto Seleção sexual é a seleção natural voltada para o encontro
que a recombinação genética só ocorre naqueles que so- de parceiros e o comportamento reprodutivo.
frem meiose para produzir gametas, nos animais, e espo- Os leões-marinhos machos, por exemplo, brigam entre si para
ros, nos vegetais. Logo, os organismos que se reproduzem demarcar um território e, normalmente, o maior e mais forte
sexuadamente apresentam uma variabilidade muito maior conquista mais fêmeas, logo, deixarão mais descendentes.
em suas populações do que os organismos que se reprodu-
zem assexuadamente, uma vez que sofrem meiose.
Seleção artificial
Tipos de seleção natural A seleção artificial é conduzida pelo homem, consiste na
• Seleção direcional: ocorre quando as condições adaptação e/ou seleção de seres vivos – animais e plantas
ambientais favorecem um único fenótipo. –, cujo objetivo é realçar determinadas características desses
• Seleção estabilizadora: favorece indivíduos de organismos, como a produção de carne, leite, lã e frutas.
fenótipos intermediários, eliminando aqueles de Darwin chegou à conclusão de que a seleção artificial
fenótipos extremos. pode ser comparada à exercida pela natureza sobre as
• Seleção disruptiva: ocorre quando uma popula- espécies selvagens.
ção é submetida a diferentes pressões do ambien-
te, favorecendo indivíduos com fenótipos extremos.
Especiação
Especiação é o processo evolutivo pelo qual as novas es- (gerando descendentes férteis) e que estão reprodutiva-
pécies se formam. Mas antes de falarmos mais sobre esse mente isoladas de outros grupos semelhantes, em con-
processo, falaremos primeiro sobre o que é uma espécie. dições naturais.
Melhor do que uma única definição para espécie, que facil- Unidade ecológica: apresenta características
mente a associaria a um termo ou conceito, é preferível consi- próprias e mantém relações bem definidas com o am-
derar diferentes definições. biente e com outras espécies.
Definição biológica de espécie: são grupos de po- Unidade gênica: dotada de um patrimônio gênico ca-
pulações naturais potencialmente capazes de se cruzar racterístico, que não se mistura com o de outras espécies
233
e evolui independentemente. Uma espécie, portanto, é o
maior acervo de genes possível em condições naturais.
Especiação é um evento que separa a linhagem que dá ori-
gem a duas ou mais espécies distintas, resultado de uma trans-
formação gradual de uma espécie em outra (anagênese) ou da Entre organismos da mesma espécie, há fluxo gênico,
separação de uma população em duas (cladogênese). que é consequência da semelhança e identidade genética,
além de mesmo número e tipos de cromossomos.
A ORIGEM DAS ESPÉCIES
Uma dada população pode ser submetida a uma separação
Redução de fluxo gênico
em subgrupos a partir de um isolamento geográfico. Esse A especiação, no entanto, também pode ocorrer em po-
isolamento pode ser representado por uma cordilheira, rio, pulações sem barreiras extrínsecas específicas para o fluxo
lago, cachoeira, deserto, entre outros, e permitirá a formação gênico. Suponha uma população distribuída em uma am-
de duas subpopulações A e B. Essas subpopulações, ainda pla faixa geográfica em que o acasalamento não é alea-
pertencentes à mesma espécie, estão submetidas à seleção tório. Indivíduos num determinado ponto cardeal não têm
natural de seus meios, que são diferentes. Logo, as adapta- chance alguma de se acasalarem com indivíduos de outro
ções surgidas em uma subpopulação podem ser diferentes da ponto. Esse fluxo gênico reduzido não implica isolamento
outra e vice-versa. Com isso, teremos uma progressiva dife- total dessa população, mas pode ou não ser suficiente para
renciação ao longo do tempo e enquanto durar o isolamen- caracterizar uma especiação. Provavelmente, a especiação
to, até que, com o fim deste, os indivíduos de novas gerações requer a ocorrência de diferentes pressões seletivas nos
das duas subpopulações podem, então, tentar se reproduzir.
diferentes extremos opostos. Algo assim alteraria a frequ-
No entanto, pode ocorrer que eles não mais se encontrem e
ência gênica nesses indivíduos, a ponto de eles não serem
consigam reproduzir-se, o que quer dizer que estão isolados
mais capazes de se acasalarem, caso estivessem reunidos.
reprodutivamente, ou seja, agora pertencem a espécies
diferentes. Porém, mesmo diferenciados, podem conseguir se
reproduzir, significando que não estão isolados reprodutiva-
mente. Deste modo, constituem raças geográficas.
TIPOS DE ESPECIAÇÃO
Na especiação, o papel crítico mesmo é a redução do flu-
xo gênico. A classificação dos modos de especiação de-
pende do quanto as espécies incipientes podem se separar
geograficamente. Observe na tabela a comparação entre
alguns dos modos de especiação, que, mesmo diferentes,
podem contribuir para a redução de fluxo gênico.
Origem das espécies – especiação. Hipóteses:
A × B = sem descendentes férteis > isolamento reprodutivo > são diferentes
A × B = com descendentes férteis > há fluxo gênico > subespécies / variedades / raças
Alopátrica
As populações são geograficamente isoladas.
(alo = outros; pátrica = lugar)
234
Especiação alopátrica mo ocorrendo a cópula, esses mecanismos impedem ou
reduzem seu sucesso. Os principais tipos de isolamento
Ocorre por isolamento geográfico. pós-zigótico são:
Mortalidade do zigoto
Especiação peripátrica
Inviabilidade do híbrido
É um tipo de especiação com isolamento geográfico, na
qual a maior população é separada da menor. Esterilidade do híbrido
Especiação simpátrica
Contrariamente aos tipos anteriores, a especiação simpátrica
Exceção à regra
não requer distância geográfica em larga escala para redução Apesar de a regra dizer que híbridos são estéreis, há re-
do fluxo gênico entre indivíduos de uma população. A simples gistros de exceções a essa regra com filhotes de mula.
exploração de um novo nicho por uma subpopulação pode
contribuir para a redução do fluxo gênico entre indivíduos.
Cladogramas e parentesco evolutivo
Isolamento reprodutivo O processo da evolução determina o relacionamento entre
espécies. Conforme as linhagens (espécies) evoluem e se-
Pode-se dizer que o isolamento reprodutivo é um subprodu- param-se, herdam as alterações e diferenciam seus cami-
to da especiação. Resume-se à incapacidade total ou parcial nhos evolutivos, é produzido um padrão ramificado de
de os indivíduos de duas subpopulações cruzarem-se. Quan- relações evolutivas.
do elas entram em contato, o isolamento reprodutivo impe-
de a mistura de genes dessas subpopulações. Nesse cladograma, o ramo principal mostra o ancestral
comum, e cada ponto de ramificação são eventos de es-
Mecanismos de isolamento reprodutivo peciação que dão origem a novas espécies, a novas ca-
racterísticas. Cada dicotomia indica um ancestral comum
Esses mecanismos podem ser classificados em pré-zigóticos partilhado. Quanto mais próximos os ramos, maior
e pós-zigóticos. Os mecanismos pré-zigóticos impedem a é o grau de parentesco entre os grupos.
fecundação, consequentemente, a formação do zigoto.
Linhagem do Táxon monofilético
táxon A Táxon parafilético
Isolamento estacional ou sazonal (ramo)
caráter a (sinapomorfia)
terminada espécie em seu ambiente de vida. Isso tempo
inclui suas necessidades alimentares, a temperatura Árvore filogenética: relações filogenéticas ou de parentesco entre os seres vivos
ideal de sobrevivência, os locais de refúgio, as intera-
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explorar outros ambientes, abriu novos horizontes para
Os processos naturais a nossa evolução biológica. A seguir, veremos as vanta-
A extinção de espécies acontece naturalmente desde o surgi- gens angariadas com isso.
mento da vida no Planeta. Suas principais causas são as mo-
dificações climáticas, como as desertificações, glaciações e al- Vivendo em campos abertos, os indivíduos que formavam
terações da atmosfera decorrentes das atividades vulcânicas. grupos eram mais favorecidos. Dentre todos aqueles indiví-
Elas tornam o meio ambiente desfavorável à permanência de duos ancestrais do homem, havia aqueles que viviam mais
alguns grupos, que, por seleção natural, desaparecem – isolados e os que viviam em grupos. Assim, ao longo das
temos como principal exemplo os dinossauros. A maioria das gerações, os indivíduos mais isolados eram mais facilmente
espécies, porém, consegue adaptar-se e sobreviver a essas capturados por predadores e não deixavam tantos descen-
mudanças, porque elas costumam ocorrer lentamente. dentes como os que viviam em grupo. Estes últimos, mais
protegidos, deixavam um maior número de descendentes,
que tinham a tendência de se manter no grupo.
Os processos antrópicos (humanos)
Um fator essencial para que essa vocalização pudesse existir
Nas últimas décadas, o homem vem destruindo habitats de é uma pré-adaptação para essa característica. Mas o que
grande diversidade biológica, principalmente por causa da po- é uma pré-adaptacão? Muito simples: são estruturas que
luição das águas, solo e ar, do desmatamento, da caça e pesca já existem naquela espécie e que permitem que o animal
predatórias e da extração ilegal de espécies vegetais. Essas mu- tenha sucesso no novo ambiente.
danças estão acontecendo numa velocidade maior do que a de
adaptação dos seres vivos. Dessa forma, eles não se ajustam O bipedalismo ajudaria na cobertura de extensas áreas, ao
às novas condições de vida e desaparecem. Uma das consequ- mesmo tempo que liberava os membros anteriores desses
ências da extinção das espécies é o desequilíbrio das cadeias animais (braços e mãos) para tarefas de recolher frutas e
alimentares, responsáveis pela transferência de alimento nos manusear alimentos. Desse modo, os indivíduos que tinham
ecossistemas. A redução drástica dos animais carnívoros, por mais habilidade em lidar com o alimento foram favorecidos
exemplo, pode levar à proliferação dos animais herbívoros e, e deixaram mais descendentes, tendo maior sucesso evoluti-
como consequência, haveria escassez de algumas plantas. vo. Chamamos isso de uma “pressão positiva” para os mais
habilidosos, ou seja, aqueles que tivessem mais habilidade
teriam vantagem em relação aos que não tivessem tanta ha-
FILOGENIA DOS SERES VIVOS bilidade, e prevaleceriam em termos de evolução.
Da célula primitiva originaram-se todos os seres vivos. As estruturas da mão também iam sendo selecionadas, que fa-
Portanto, todos descendem de um único ancestral, isto é, cilitavam o manuseio do alimento, gerando maior habilidade.
formam um grupo monofilético. A universalidade do Todos esses fatores, em conjunto, resultaram em um cérebro
código genético para todas as células sugere essa origem mais desenvolvido. Não devem ser deixados de lado também
comum. Uma origem polifilética implicaria a existência os custos de se ter um cérebro maior, pois o cérebro consome
de vários ancestrais para os seres vivos. muita energia. Apenas para se ter uma ideia, o nosso cérebro,
em termos energéticos, custa três vezes mais do que o cérebro
EVOLUÇÃO HUMANA
de chimpanzé, e 22 vezes mais do que um tecido muscular em
repouso. A taxa metabólica específica (por grama) é nove ve-
Você já deve ter reparado que nós, humanos, possuímos zes maior do que o resto do corpo, como um todo. Para bancar
um cérebro muito grande, se comparado com outros ma- esse grande gasto, os nossos ancestrais tinham que ter uma
míferos ou primatas. dieta de melhor qualidade proteica e energética.
Quando o ancestral do homem teve a necessidade de A mudança de dieta retroalimenta a expansão cerebral;
descer das árvores para sobreviver (isso pode ter ocorri- isso significa que, para manter o cérebro, nossos ancestrais
do devido a uma mudança no habitat – menos árvores, tinham que comer melhor, tendo que apresentar, portan-
talvez), teve que lidar com um ambiente relativamente to, um comportamento forrageador (de busca de alimen-
diferente, onde o bipedalismo permitia algumas vanta- to) mais complexo e eficiente, que, por sua vez, fazia uma
gens. Essa característica, associada à possibilidade de pressão seletiva para a expansão cerebral.
Introdução à ecologia
236
Um ecossistema consiste numa rede complexa de rela- químicos do meio.
ções de mútua influência entre a flora, a fauna e os micro-
Os ecossistemas também podem ser subdivididos em pe-
-organismos de uma determinada área ou região e todos
quenas unidades bióticas, conhecidas como comunida-
os elementos físicos naturais (geológicos, climáticos etc.).
des biológicas.
Como nenhum ecossistema natural é completamente se-
O ecossistema é, ainda, caracterizado pelos ciclos da maté-
parado de outro, pode-se considerar que todo o Planeta
ria e pelos fluxos de energia.
constitui um imenso conjunto de ecossistemas, a biosfera.
237
Pirâmides e eficiência ecológicas
O FLUXO DE ENERGIA
A energia acumulada na matéria orgânica – chamada de
produtividade primária bruta (PPB), por fotossíntese,
Cadeia terrestre Cadeia aquática
pelos produtores não está totalmente disponível para os de biomassa de biomassa
herbívoros, pois os produtores “gastam” uma parcela –
correspondente a processos metabólicos como a respi- Energia – mostra a energia acumulada em cada ní-
ração celular (RC) para se manterem vivos, o mesmo vel trófico ( cal / g / área).
acontece com os primeiros carnívoros em relação aos
próximos carnívoros. Esse “saldo” é chamado de produ-
Consumidores de
tividade líquida (PL) e é efetivamente a energia que Terceira Ordem
PPL = PPB – RC
238
Relações ecológicas
Colônias Inquilinismo
São constituídas por organismos da mesma espécie, que É a associação em que uma espécie (inquilino) procura abri-
se mantêm, anatomicamente, unidos entre si. São exem- go ou suporte no corpo de outra espécie (hospedeiro), sem
plos de colônias homomorfas as colônias de espongiários, prejudicá-la:
e de colônias heteromorfas a obelia, uma colônia de celen-
o peixe-agulha e a holotúria;
terados. As colônias polimórficas são estruturadas por vá-
rios tipos de indivíduos adaptados para funções distintas. epifitismo.
Como exemplo clássico, citamos as caravelas.
239
Relações desarmônicas e defesa. A camuflagem dos animais, pela cor ou forma, as-
semelham-se ao meio ambiente, com o qual se confundem.
interespecíficas ou heterotípicas
Tanto as presas como os predadores procuram esconder-se.
Acontecem entre indivíduos de espécies diferentes e com-
preendem: competição interespecífica, predatismo, amen- Herbivoria
salismo e parasitismo.
A herbivoria é uma interação em que um organismo conso-
me uma planta, seja inteira ou apenas partes.
Competição interespecífica
A competição entre espécies diferentes se estabelece quan- Parasitismo
do tais espécies possuem o mesmo habitat e o mesmo ni-
cho ecológico. Nesse caso, uma das espécies, chamada parasita, vive na
superfície ou interior de outra, designada hospedeiro.
Amensalismo
Esclavagismo ou sinfilia
Amensalismo é um tipo de associação na qual uma es-
pécie, chamada amensal, é inibida no crescimento ou na Relação ecológica entre indivíduos que se beneficiam da
reprodução por substâncias secretadas por outra espécie, exploração das atividades, do trabalho ou dos produtos de
denominada inibidora. outros organismos.
Formigas e pulgões ou afídeos
Predatismo Chupim e outros pássaros
Predador é o indivíduo que ataca e devora outro, chamado
presa, pertencente a uma espécie diferente. Tanto os preda- Resumo das relações ecológicas
dores quanto as presas apresentam adaptações para ataque
240
Dinâmica populacional e sucessão ecológica
241
U.T.I. - SALA a destruição da vegetação natural. Após a ocorrência de
queimadas em uma floresta, que tipo de sucessão ecoló-
gica ocorre e por quê? Descreva as fases deste processo
1. (Enem adaptado) Em certos locais, larvas de moscas, e algumas das possíveis vegetações correspondentes.
criadas em arroz cozido, são utilizadas como iscas para
pesca. Alguns criadores, no entanto, acreditam que es- 4. (FEI adaptado) Num ecossistema, um fungo, uma grama,
sas larvas surgem espontaneamente do arroz cozido, tal
uma coruja e um coelho podem desempenhar quais papéis
como preconizado pela teoria da geração espontânea.
em uma cadeia trófica? Se aumentássemos a população de
Cite um dos primeiros pesquisadores que refutou esta
teoria e qual foi seu experimento. coruja, o que ocorreria com a quantidade de grama?
2. (PUC adaptado) Certa espécie animal apresenta uma 5. (Unicamp adaptado) A produtividade primária em um
série de mutações que determinam a variedade de fe- ecossistema pode ser avaliada de várias formas. Nos
nótipos relativos à coloração. Essa diversidade genética, oceanos, um dos métodos para medir a produtividade
orientada pela seleção natural, garante a adaptação dos primária utiliza garrafas transparentes e garrafas escu-
indivíduos dessa espécie a diversos tipos de ambiente. ras, totalmente preenchidas com água do mar, fechadas
O trecho não é referente a Mendel, Darwin ou Lamarck. e mantidas em ambiente iluminado. Após um tempo de
Trata-se de qual teoria evolutiva? Descreva essa teoria. incubação, mede-se o volume de oxigênio dissolvido na
água das garrafas. Os valores obtidos são relacionados à
3. (UFJF adaptado) As queimadas, comuns na estação fotossíntese e à respiração. Por que o volume de oxigê-
seca em diversas regiões brasileiras, podem provocar nio é utilizado na medição da produtividade primária?
U.T.I. - E.O.
1. (Fuvest) Acredita-se que organismos semelhantes a bactérias heterotróficas anaeróbicas tenham sido os primeiros
seres vivos a surgirem na face da Terra. Apresente duas justificativas para essa hipótese.
2. (Unicamp) A evolução biológica é tema amplamente debatido, e as teorias evolucionistas mais conhecidas são as de
Lamarck e Darwin, a que remete a tira do Calvin abaixo.
Quadro 1: Uma das criaturas mais peculiares da natureza, a girafa, está singularmente adaptada ao seu ambiente.
Quadro 2: Sua tremenda altura lhe permite mastigar os suculentos petiscos mais difíceis de alcançar.
Quadro 3: Biscoitos.
a) Como a altura da girafa, lembrada pela tira do Calvin, foi utilizada para explicar a teoria de Lamarck?
b) Como a teoria de Darwin poderia explicar a situação relacionada com a altura da girafa?
3. (UFC) Em 1860, Pasteur conseguiu uma vitória para a teoria da biogênese, enfraquecendo a confiança na abiogê-
nese, com uma experiência simples e completa. Analise o esquema dessa experiência, mostrado a seguir, e descreva
sucintamente o objetivo de cada etapa como também a conclusão da experiência.
242
Etapa 1: A solução nutritiva é colocada no frasco. a) Qual dos seguintes conceitos – ecossistema, ha-
bitat, nicho ecológico – está implícito nesse gráfico?
Etapas 2 e 3: O gargalo do frasco é curvado em S ao ca-
lor da chama e a solução é fervida fortemente durante b) Os dados de mortalidade representados nesse grá-
fico referem-se a que nível de organização: espécie,
alguns minutos.
população ou comunidade?
Etapa 4: A solução é resfriada lentamente e permanece c) Temperatura e salinidade são fatores abióticos que,
estéril muito tempo. nesse caso, provocaram mortalidade das fêmeas do
Etapa 5: O gargalo é quebrado. camarão-da-areia. Cite dois fatores bióticos que tam-
bém possam produzir mortalidade.
4. (UFSCar) Em recente artigo publicado on-line na revis- 7. (Unicamp) Os navios são considerados introdutores
ta científica Evolution, pesquisadores identificaram um potenciais de espécies exóticas através da água de lastro
processo de diversificação gênica nos ecossistemas tro- (utilizada nos tanques para dar aos navios estabilidade
picais de Madagascar, numa população de sapos (Anura quando vazios). Essa água pode conter organismos de
microhylidae) de habitat montanhoso, em que foram diversos grupos taxonômicos. Com certa frequência, le-
identificadas 22 novas espécies. em-se informações relacionadas a essas e introduções:
a) O que é seleção natural e qual o seu papel na evo- I. O mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei), um bi-
lução das espécies? valve de água doce originário do sul da Ásia, chegou
b) Segundo o neodarwinismo, além da seleção na- ao Brasil em 1998 e já infestou rios, lagos e reserva-
tural, quais fatores explicam a diversidade entre as tórios da região Sul e do Pantanal. Além de causar
espécies de sapos encontradas? problemas ecológicos, esse invasor ameaça o setor
elétrico brasileiro, a agricultura irrigada, a pesca e o
5. (PUC-MG) O bioquímico russo Oparin, em seu livro A
abastecimento de água devido à sua capacidade de se
origem da vida, admitiu que a vida sobre a Terra surgiu
incrustar em qualquer superfície submersa.
há mais ou menos 3,5 bilhões de anos.
(ADAPTADO DE EVANILDO DA SILVEIRA, “MOLUSCO CHINÊS AMEAÇA
a) CITE dois gases presentes na atmosfera primitiva. AMBIENTE E PRODUÇÃO NO BRASIL”. HTTP://WWW.ESTADAO.
COM.BR/CIÊNCIA/NOTÍCIAS/2004/MAR/18/75.HTM)
b) A que condições estavam submetidos os gases da
atmosfera primitiva? II. As autoridades sanitárias acreditam que o vibrião co-
c) Que compostos químicos se originaram a partir dos lérico, originário da Indonésia, chegou ao Peru através
gases iniciais? de navios e de lá se espalhou pela América latina.
d) Atualmente, sabemos que seres autótrofos consti- (ADAPTADO DE ILÍDIA A.G.M.JURAS, “PROBLEMAS CAUSADOS PELA ÁGUA DE
tuem fonte básica de alimento. No entanto, admite-se LASTRO”. CONSULTORIA LEGISLATIVA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2003.)
que os primeiros organismos devem ter sido heteró- Além de problemas como os citados acima, a introdu-
trofos. A partir de onde os heterótrofos conseguiam ção de espécies oferece risco de extinção de espécies
seu alimento na Terra primitiva? nativas. Explique por quê.
e) Qual o mecanismo utilizado pelos primeiros orga-
nismos para obtenção de energia? 8. (Fuvest) Num campo, vivem gafanhotos que se
alimentam de plantas e servem de alimento para
6. (Fuvest) Analise o gráfico abaixo, relativo à mortali- passarinhos. Estes são predados por gaviões. Essas
dade de fêmeas férteis do camarão-da-areia (Crangon quatro populações se mantiveram em números está-
septemspinosa) em água aerada, em diferentes tempe- veis nas últimas gerações.
raturas e salinidades, durante determinado período.
a) Qual é o nível trófico de cada uma dessas populações?
b) Explique de que modo a população de plantas poderá
ser afetada, se muitos gaviões imigrarem para esse campo.
c) Qual é a trajetória dos átomos de carbono que
constituem as proteínas dos gaviões desde sua ori-
gem inorgânica?
d) Qual é o papel das bactérias na introdução do ni-
trogênio nessa cadeia alimentar?
243
10. (Enem adaptado) Segundo a teoria evolutiva mais um tipo de vagalume, o Photuris, cuja fêmea engana e
aceita hoje, as mitocôndrias, assim como os cloroplas- atrai os machos de outro tipo, o Photinus, fingindo ser
tos, teriam sido originados de procariontes ancestrais desse gênero. Quando o macho Photinus se aproxima
que foram incorporados por células mais complexas. da fêmea Photuris, muito maior que ele, é atacado e
Qual característica da mitocôndria que sustenta essa devorado por ela.
teoria? Qual o nome dessa teoria? E qual a função da
BERTOLDI, O.G.; VASCONCELOS, J.R. CIÊNCIAS &
mitocôndria na célula? SOCIEDADE: A AVENTURA DA VIDA, A AVENTURA DA TECNOLOGIA.
SÃO PAULO: SCIPIONE, 2000 (ADAPTADO).
11. (Uerj adaptado) Na maioria dos casos, a energia de
um ecossistema origina-se da energia solar. A figura Qual é o tipo de interação e como é denominada?
abaixo mostra alguns seres componentes do ecossis-
tema de um lago. 17. (Enem adaptado) O menor tamanduá do mundo é
solitário e tem hábitos noturnos, passa o dia repousando,
geralmente em um emaranhado de cipós, com o corpo cur-
vado de tal maneira que forma uma bola. Quando em ativi-
dade, se locomove vagarosamente e emite um som seme-
lhante a um assobio. A cada gestação, gera um único filhote.
A cria é deixada em uma árvore à noite e é amamentada
pela mãe até que tenha idade para procurar alimentos. As
fêmeas adultas têm territórios grandes e o território de um
macho inclui o de várias fêmeas, o que significa que ele tem
sempre diversas pretendentes à disposição para namorar!
CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS, ANO 19, N. 174. NOV.2006 (ADAPTADO)
Considere que, no lago, existam quatro diferentes es-
Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao nicho
pécies de peixes. Cada uma dessas espécies se ali-
ecológico ou habitat? Por quê?
menta exclusivamente de um dos quatro componentes
indicados. Qual seria o peixe que teria melhores con- 18. (Fuvest adaptado) Considere as seguintes compara-
dições de desenvolvimento, em função da disponibi-
ções entre uma comunidade pioneira e uma comunidade
lidade energética?
clímax, ambas sujeitas às mesmas condições ambientais,
em um processo de sucessão ecológica primária:
12. (Fuvest adaptado) “O tico-tico tá comendo meu
fubá/ Se o tico-tico pensa/ em se alimentar/ que vá co- I. A produtividade primária bruta é maior numa comuni-
mer/ umas minhocas no pomar (…)/ Botei alpiste para dade clímax do que numa comunidade pioneira.
ver se ele comia/ Botei um gato, um espantalho e um II. A produtividade primária líquida é maior numa co-
alçapão (…)” munidade pioneira do que numa comunidade clímax.
(ZEQUINHA DE ABREU, TICO-TICO NO FUBÁ). III. A complexidade de nichos é maior numa comunida-
No contexto da música, qual é a teia alimentar da qual de pioneira do que numa comunidade clímax.
fazem parte tico-tico, fubá, minhoca, alpiste e gato?
Comente as afirmativas.
13. (UEL adaptado) Considere o seguinte relato: “O pás- 19. (Unicamp) O gráfico abaixo ilustra as curvas de cres-
saro-palito penetra na boca aberta do crocodilo remo- cimento populacional de duas espécies de mamíferos
vendo os restos de alimento e parasitas encontrados en- (A e B) que vivem na savana africana, um pastador e
tre seus dentes. Assim, o pássaro obtém o seu alimento um predador. Analise o gráfico e responda às questões.
e livra o crocodilo de seus parasitas”. Que tipo de intera-
ção ecológica é essa? E como ela é denominada?
244
20. (Fuvest) O esquema abaixo representa as principais 21. (Famerp) Um ecossistema é composto tanto por fa-
relações alimentares entre espécies que vivem num tores bióticos (comunidade ou biota) como por fatores
lago de uma região equatorial. abióticos (variáveis físicas e químicas do ambiente).
Nos ecossistemas, tais fatores estão fortemente rela-
cionados, proporcionando diversas interações entre os
seres vivos e o ambiente físico. Um impacto ambiental
é, essencialmente, uma alteração relevante nos compo-
nentes bióticos ou abióticos dos ecossistemas.
a) A queima de combustíveis fósseis (como o óleo diesel
e a gasolina) em veículos automotores promove alteração
direta em fatores bióticos ou em fatores abióticos de um
ecossistema? Justifique sua resposta.
b) Explique de que maneira uma alteração biótica em de-
terminado ecossistema pode gerar um impacto ambiental.
245
BIOLOGIA 2
247
Taxonomia e reinos
Grânulo DNA
Ribossomos Material genético
Célula bacteriana
Em cada célula aparece uma extensa molécula, o DNA (áci-
Complexidade e organização do desoxirribonucleico), no qual estão contidos os genes.
Passando de pais para filhos, os genes mantêm as caracte-
Os seres vivos são complexos e bastante organizados. Mesmo rísticas específicas de cada organismo.
quando unicelular, o organismo apresenta extrema complexi-
dade, presente tanto na estrutura quanto no funcionamento
da célula. No corpo humano, que é um organismo pluricelular, Evolução
encontramos 200 tipos de célula, que se organizam em qua- O material genético é responsável pelas características de
tro tipos básicos de conjunto, chamados de tecidos: epitelial, um organismo. Mutação é qualquer alteração do material
conjuntivo, muscular e nervoso. Esses tecidos reúnem for- genético que provoca o aparecimento de uma nova carac-
mando órgãos, como a pele, estômago e coração. Por sua vez, terística, conhecida como variação. Quando estas variações
atuando em conjunto, uma série de órgãos passa a constituir são herdáveis, ou seja, passam para as próximas gerações,
um sistema, como é o caso do digestório ou do circulatório. ocorre o processo chamado de evolução: a transformação
sofrida pelos organismos no transcorrer da história da Terra.
Metabolismo
O metabolismo é responsável pelo crescimento, manutenção Biodiversidade: diversidade de
e reparo das células, consequentemente, de todo o organis- espécies e de ecossistemas
mo. Dividimos os processos metabólicos em duas etapas:
Conceito que designa a diversidade biológica existente en-
anabolismo e catabolismo. O termo anabolismo compre-
tre os seres vivos, exprime a riqueza de espécies de uma
ende os processos químicos sintéticos, nos quais substân-
dada região. Engloba, também, a diversificação de habitats
cias mais simples são combinadas para formar outras mais
e ambientes de uma macrorregião.
complexas; o catabolismo abrange processos analíticos, nos
quais as substâncias complexas são quebradas, originando
substâncias mais simples e liberação de energia. A longevidade natural das espécies
A probabilidade de que uma dada espécie se torne extinta
em um certo tempo, depois que ela se separa de outras
espécies, pode ser aproximada como uma constante.
248
A organização das informações e os graus de semelhanças Alguns autores reúnem Eubactéria e Arqueobactéria em
e diferenças são utilizadas nos estudos de classificação um único reino denominado Monera.
dos seres vivos ou taxonomia.
Domínio Reino
Por volta da metade do século XVIII, o naturalista sueco
Bacteria Eubacteria
Carl von Linnée, ou Lineu, classificou os organismos segun-
Archaea Archaeabacteria
do a estrutura e anatomia dos seres vivos. Esse sistema de
classificação é utilizado até hoje. Protoctista ou (Protista)
Fungi
Eukarya
Plantae (Vegetalia)
A definição de quais são as características relevantes é Para que seja padronizada a nomenclatura, deve-se seguir
uma tarefa complexa. Devido à falta de informações e à sempre certas regras:
discordância entre os cientistas, o sistema de classificação os nomes devem estar em latim;
precisa ser constantemente revisado. Atualmente, técnicas
o primeiro nome deve ser escrito com inicial maiúscula
modernas permitem que sejam comparadas a composição
e o segundo com inicial minúscula; e
química das proteínas e dos genes que compõem os seres
vivos, elucidando algumas relações de parentesco. nomes devem ser sempre destacados do texto (em ne-
grito, itálico ou sublinhado).
A nomenclatura binomial
Os reinos
De Lineu foi também a ideia de atribuir uma nomenclatura
a cada organismo. Essa nomenclatura é composta por dois Atualmente, destacam-se dois sistemas de classificação que
nomes: o primeiro indica o gênero e o segundo, a espécie – consideram os seis reinos:
por exemplo: Canis lupus (lobo), na qual Canis é o epíteto Reino Arquea: as arqueobactérias possuem a capaci-
genérico (gênero) e lupus é o epíteto específico. dade de viver em locais onde as condições de vida são
249
extremamente adversas para a grande maioria dos seres Reino dos Fungos, que inclui os fungos e líquens, com
vivos. Habitam em locais com grande presença de sal, aproximadamente 47 mil espécies descritas.
extremamente ácidos, baixíssima umidade, ausência de
Reino dos Vegetais, que inclui as plantas, com aproxi-
oxigênio, temperaturas muito elevadas ou muito baixas.
madamente 250 mil espécies descritas.
Reino Eubacteria, que inclui bactérias e cianobactérias,
Reino dos Animais, que inclui os animais invertebrados
com aproximadamente 5 mil espécies descritas.
(com cerca de 992 mil espécies descritas – destas, cer-
Reino dos Protoctistas, que inclui protozoários e algas, ca de 880 mil são artrópodes) e vertebrados (cerca de
com aproximadamente 58 mil espécies descritas. 44 mil espécies descritas).
Vírus
derados seres vivos. Contudo, conseguem se multiplicar CAPSÍDIO: PROTEÍNAS VIRAIS ESPECÍFICAS
DNA VIRAL
quando infectam uma célula, algo que uma matéria sem
vida não consegue fazer. Por isso, são alvo de discussão, em H (HEMAGLUTINA)
ESTRUTURA VIRAL
É formada por uma cápsula proteica, o capsídeo, com di- O vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos.
versas subunidades, os capsômeros. No interior do cap-
sídeo, há um ácido nucleico que, dependendo do tipo de
vírus, pode ser DNA ou RNA.
CLASSIFICAÇÃO
O capsídeo, juntamente com o ácido nucleico que ele en-
Os vírus apresentam formas diversas, e os principais crité-
volve, é denominado nucleocapsídeo. Alguns vírus são
rios de divisão são:
formados apenas por essa estrutura, enquanto outros pos-
suem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsí- os tipos de ácidos nucleicos: diferenciam-se os desoxir-
deo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ribovírus e os ribovírus;
ou envelopados.
a simetria do complexo ácido nucleico-cápside (exem-
Envelope consiste em duas camadas de lipídios, deri- plos: bastonete ou esférico);
vadas da membrana plasmática da célula hospedeira, e em
a presença ou ausência de um envoltório;
moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de
vírus, imersas nas camadas de lipídios. as propriedades sorológicas do capsídeo e do envoltório; e
a presença de determinadas enzimas. Alguns ribovírus
apresentam a enzima transcriptase reversa e são co-
nhecidos como retrovírus.
PROTEÍNAS VIARIS ESPECÍFICAS
REPRODUÇÃO
CAPSÍDEO:
PROTEÍNAS VIRAIS ESPECÍFICAS
DNA VIRAL
250
Esquema de um bacteriófago
MECANISMOS DE
MANIFESTAÇÃO VIRAL
Quando o material genético for DNA.
O bacteriófago é um dos vírus mais estudados, dentre os O DNA viral passa por uma transcrição, sintetizando
quais, aqueles que infectam a bactéria intestinal Escheri- várias moléculas de RNA traduzidas em uma proteína.
chia coli, conhecidos como fagos T. É o caso dos vírus da varíola, da hepatite e da herpes.
Existem dois tipos de ciclo reprodutivo o ciclo lítico e o Quando o material genético for o RNA.
ciclo lisogênico. Ambos os casos iniciam-se com o vírus
aderindo à superfície da célula bacteriana – há um encaixe A ação viral pode ocorrer por duas vias, de acordo com
específico entre a proteína do vírus e as proteínas da super- o vírus.
fície da célula – e injetando seu material genético, deixando Na primeira, os vírus de RNA sintetizam mais RNA tra-
a cápsula do lado de fora – em alguns vírus, como o cau- duzidos em proteínas pelo maquinário da célula hospe-
sador da gripe, a cápsula penetra nas células, é destruída e deira, como os vírus da gripe, da poliomielite e da raiva.
libera o ácido nucleico. A partir desse momento, começa a
Na segunda, o RNA é convertido em DNA por meio de
diferenciação entre ciclo lítico e ciclo lisogênico.
uma enzima denominada transcriptase reversa.
No ciclo lítico, o vírus invade a célula, na qual as funções
normais são interrompidas na presença de ácido nucleico
do vírus (DNA ou RNA). Por sua vez, ao mesmo tempo que VIROSES
o vírus é replicado, comanda a síntese das proteínas que
irão compor o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e en- Viroses humanas
volvem as moléculas de ácido nucleico, produzindo, então,
novos vírus. Ocorre, assim, a lise, ou seja, a célula infectada Principais viroses que acometem
se rompe e os novos vírus são liberados. os seres humanos
No ciclo lisogênico, o vírus invade a célula hospedeira, 1. Gripe
incorporando o DNA viral ao da célula infectada, fazendo 2. Hepatite
com que seu DNA torne-se parte do DNA da célula invadi- 3. Herpes
da. Uma vez infectada, a célula continua com suas funções 4. Poliomielite
normais, como reprodução e ciclo celular. Ao realizar divisão 5. Raiva
celular, o material genético da célula sofre duplicação, junta- 6. Rubéola
mente com o material genético do vírus que foi incorporado; 7. Sarampo
em seguida, são divididos igualmente entre as células-filhas.
8. Varíola
Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir
9. Catapora
o vírus sempre que se multiplicar e todas as novas células
também estarão infectadas. Os sintomas causados por um 10. Caxumba
vírus como este demoram a aparecer em um organismo 11. Dengue
multicelular, e suas causas tendem a ser incuráveis. É o caso 12. Febre chikungunya
do HIV e da herpes. 13. Febre por zika vírus
251
14. Febre amarela uso de curativos impermeáveis em todos os ferimentos
15. Ebola que eventualmente ocorram;
16. Aids: conhecida também por síndrome da imunode- impossibilidade de doar sangue; e
ficiência adquirida, é provocada pelo vírus da imuno de-
ficiência humana (HIV – família Retroviridae) e apresen- separação dos seus próprios objetos de uso pessoal,
ta subtipos 1 e 2. Pode ser transmitida pelo contato com como toalha, alicate de unhas e escova de dente; para
mucosas corporais, áreas feridas do corpo de um indivíduo evitar a contaminação de outras pessoas pelo vírus, e
portador, esperma, secreção vaginal, leite materno ou san- a manifestação de infecções oportunistas no paciente.
gue contaminado pelo vírus. A principal via de transmissão
é o contato sexual (genital, anal ou oral). Mães gestantes Vírus HIV
também podem transmitir o vírus ao feto, assim como pelo O HIV (vírus da imunodeficiência adquirida) pertence a
uso de objetos perfurocortantes contaminados e que não uma família de retrovírus de mamíferos. Diferentemente do
estejam devidamente esterelizados. Picadas de mosquito herpes vírus, multiplica-se constantemente no hospedeiro,
não são capazes de transmitir o vírus em questão. apesar de algumas células apresentarem vírus em estado
Como seu próprio nome indica, ele faz com que o sistema latente. Os seres humanos e outros primatas são os únicos
imunológico (responsável pela defesa do organismo) enfra- hospedeiros naturais do vírus HIV.
queça – uma vez que ataca os glóbulos brancos, reduzin- Existem duas grandes famílias de vírus HIV: o HIV-1, que cau-
do sua quantidade. Assim, o portador do vírus está sujeito a sa infecções em primatas não humanos, no caso os símios,
adoecer com mais facilidade, inclusive por aquelas doenças encontrados na África ocidental; e o HIV-2, que se subdivide
que não fariam muito mal a pessoas com boa imunidade. Se em, pelo menos, cinco grandes subfamílias e causa a infecção
não tratada, a pessoa fica cada vez mais debilitada podendo na população humana pelo mundo.
morrer. Felizmente, os portadores do vírus têm maior expecta-
O HIV tem como alvo celular os linfócitos T-CD4, respon-
tiva de vida. A terapia antirretroviral (oferecida gratuitamente
sáveis pela proteção do organismo contra agentes infec-
pelo SUS) é capaz de controlar a multiplicação do vírus e, con-
ciosos que penetrem no indivíduo. Ele utiliza essas células
sequentemente, reduzir a destruição dos glóbulos brancos.
e todo o maquinário celular para reproduzir-se, causando
Com isso, a Aids deixou de ser encarada como uma moléstia
a destruição do sistema imunológico do hospedeiro, o que
fatal para transformar-se em doença passível de controle.
o torna suscetível a qualquer infecção oportunista, como
Embora possa provocar efeitos colaterais, estas pessoas uma simples gripe, podendo levá-lo à morte.
podem exercer suas atividades normalmente, exceto em
Todos os tratamentos são associados à supressão da replica-
casos que se apresentem incapacitadas, e terão cuidados
ção do vírus e à repleção das células CD4 periféricas. Durante
constantes para o resto de sua vida, como:
o período gestacional, o bebê está protegido da contaminação
uso dos fármacos prescritos; contra o HIV, por conta da placenta, mas, em seu rompimento
adoção da camisinha em todas as relações sexuais e momento do nascimento, o neonatal corre riscos de conta-
(mesmo se tratando de parceiro também HIV positivo); minação, devido ao contato com o sangue da mãe.
252
QUADRO RESUMO DAS VIROSES
Doença Transmissão
Febre aftosa Via respiratória, inalando o Aphthovirus sp.
Febre amarela silvestre Picada da fêmea dos mosquitos Haemagogus sp ou Sabethes sp contendo o Flavivirus sp.
Febre amarela urbana Picada da fêmea dos mosquitos Aedes aegypti ou Aedes albopictus contendo o Flavivirus sp.
Febre hemorrágica do ebola Por meio de secreções corpóreas e sangue contaminado pelo Filovirus sp.
Gripe Contato com o ar contaminado pelo Mixovirus influenzae.
Hantavirose Via respiratória, água e alimentos contendo o Hantavirus sp.
Hepatite Contato pessoa a pessoa; oral-fecal, transfusão sanguínea.
Contato íntimo com indivíduo transmissor, a partir de superfície mucosa ou de lesão infectante
Herpes
contendo, por exemplo, o Herpes simplex.
Mononucleose Contato íntimo de secreções orais (saliva) contendo o vírus Epstein-Barr, da família Herpesviridae.
Papiloma (condiloma) Vertical (placentária); ato sexual; o agente etiológico é o HPV.
Poliomielite (paralisia infantil) Contato direto com secreções faríngeas de doentes.
Hidrofobia (raiva) Por meio da saliva de animais doentes.
Resfriado Contato com o ar contaminado pelos vírus sincicial respiratório, parainfluenza ou rinovírus.
Rubéola Por meio de gotículas de muco e saliva ou pelo contato direto com as secreções do nariz.
Sarampo Por meio de gotículas de muco e saliva ou pelo contato direto com as secreções do nariz.
Síndrome da imunodeficiência adquirida Ato sexual (hétero e homo) sem preservativo, seringa contaminada, transfusão sanguínea, via
(Sida ou Aids, em inglês) vertical (placentária).
Contato com as secreções das vias respiratórias, com as lesões da pele, das mucosas e com
Varíola
os objetos de uso do doente.
Imunização
Uma das alternativas para a prevenção de algumas des-
sas doenças virais é a vacinação, processo de imuniza-
ção ativa que consiste na inoculação de antígenos mortos
ou enfraquecidos que estimulam a produção de anticorpos
no organismo. Essa primeira produção de anticorpos – res-
posta imune primária – é lenta e pequena. O segundo
encontro com o antígeno desencadeará a resposta imu- Gráfico que representa o processo de vacinação e a quantidade
de anticorpos produzidos pelo organismo.
ne secundária, que é rápida e produz grande quantidade
de anticorpos. Quando o vírus tem uma taxa de mutação e O processo de imunização passiva, conhecido por sorolo-
reprodução muito alta, como é o caso da gripe, o processo gia, consiste na inoculação de anticorpos prontos para ina-
é ineficaz, pois o antígeno muda muito. tivarem os antígenos que estão parasitando no organismo.
Reino Monera
253
As cianobactérias são produtoras de seu próprio alimento Mesossomo
por meio do fenômeno da fotossíntese, segundo a equação:
Invaginações da membrana celular. Possui diversas fun-
luz
6CO2 + 12H2O C6H12O6 + 6O2 + 6H20 ções: papel na divisão celular e na respiração.
clorofila
Plasmídios Nutrição
Esses elementos extracromossômicos, denominados plas- As bactérias podem ser autótrofas ou heterótrofas. As
mídios, são autônomos, isto é, capazes de autoduplicação autótrofas incluem as fotossintetizantes e as quimios-
independente da replicação do cromossomo, e podem sintetizantes. As bactérias fotossintetizantes, com cloro-
existir em número variável no citoplasma bacteriano. Os fila específica, são as cianobactérias.
ribossomos acham-se espalhados no interior da célula e As bactérias fotossintetizantes apresentam um pigmento
conferem uma aparência granular ao citoplasma. disperso no hialoplasma, conhecido como bacterioclorofila,
e apresentam um fotossistema simples.
Bactéria Nas quimiossintetizantes, ocorre uma reação química es-
plasmídeo pecífica, que libera energia formando ATP, utilizado na for-
cromossomo mação de carboidratos, como a glicose.
bacteriano
As bactérias podem realizar respiração celular aeróbia, res-
piração anaeróbica ou fermentação (alcóolica ou láctica).
254
Transdução: moléculas de DNA são transferidas de
uma bactéria à outra usando vírus (bacteriófagos)
como vetores (transmissores).
Conjugação: o DNA passa diretamente da bactéria
macho para a bactéria fêmea através de microscópi-
cos tubos proteicos, chamados pili, que as bactérias
“macho” possuem em sua superfície.
BACTÉRIAS PATOGÊNICAS
A seguir, abordaremos as principais doenças causadas por bactérias ao ser humano.
Resumo das bacterioses
DOENÇA TRANSMISSÃO AGENTE INFECCIOSO
Antraz Através da inalação de esporos ou ingestão de ali-
Bacillus antracis
(carbúnculo) mentos contaminados, ou ferimentos cutâneos.
Ingestão de alimentos contaminados (ex-
Botulismo Clostridium botulinum
emplo: enlatados de palmito).
Brucelose
Contato com secreções animais contaminadas; com a
(febre ondulante ou Brucella sp.
placenta; fetos abortados; ingestão de leite cru.
do Mediterrâneo)
Cólera Ingestão de água ou de alimentos contaminados. Vibrio cholerae
Coqueluche (tosse comprida) Contato direto ou indireto com a saliva do doente. Bordetella pertussis
Difteria Contato com a secreção do nariz, ou da gar-
Corynebacterium diphteriae
(crupe) ganta, ou através do leite cru.
Fasciíte necrosante Penetração através de cortes na pele. Estreptococo do tipo A
Febre purpúrica Contato direto pessoa a pessoa (com conjuntivite) ou indi-
Haemophilus influenzae
brasileira reto por intermediação mecânica (insetos, toalhas, mãos).
Febre tifoide (tifo) Contato direto ou indireto com fezes ou urina do doente. Salmonella typhi
Gonorreia (blenorragia) Contato sexual. Neisseria gonorrhoeae
Lepra (hanseníase) Penetração no organismo pela pele ou mucosas (ex.: nasais). Mycobacterium leprae
Penetração no organismo pelas mucosas, pela pele
Leptospirose Leptospira sp.
ferida ou via oral (alimentos contaminados).
Lyrre (doença de Lyme) Adesão de carrapatos à pele sucção de sangue. Bonnelia bungdorferi
Meningite meningocócica Por via respiratória, quando o doente fala, tosse, espirra ou pelo beijo. Neisseria meningitidis
Peste Picada de pulgas infectadas; pessoa a pessoa. Yersinia pestis
255
DOENÇA TRANSMISSÃO AGENTE INFECCIOSO
Diplococcus pneumoniae, micoplas-
Pneumonia Por via respiratória; contato pessoa a pessoa; infecção hospitalar.
mas, clamídias, legionelas etc.
Psitacose Por via respiratória: contato pessoa a pessoa. Chlamydia psittaci
Shigelose (disenteria) Ingestao de água ou de alimentos contaminados. Shigella sp.
Sífilis Contato sexual; transfusão de sangue; via vertical (placentária). Treponema pallidum
Tetano Penetração dos esporos através de ferimentos perfurantes. Clostridium tetani
Tuberculose Por via respiratória (inalando o bacilo). Mycobacterium tuberculosis
Uretrite Ato sexual. Chlamydia trachomatis
256
Reino protoctista I: protozoários
Deslocam-se por pseudópodes e reproduzem-se por cissi- Após um período de incubação, ocorre febre, ínguas por
paridade. Como exemplo, temos a Entamoeba histolystica, todo o corpo, inchaço do fígado e do baço e um vermelhi-
causadora da amebíase. dão no corpo semelhante a uma alergia e que dura pouco
tempo. Nessa fase, nos casos mais graves, pode ocorrer
Os sintomas mais comuns da amebíase são disenteria agu- inflamação do coração. Mesmo sem tratamento, a doença
da com muco e sangue nas fezes, náuseas, vômitos e cóli- fica mais branda e os sintomas desaparecem após algumas
cas intestinais. Existem casos em que a ameba pode passar semanas ou meses.
a parasitar outras regiões do organismo, causando lesões
no fígado, pulmões e, mais raramente, no cérebro. A pessoa contaminada pode permanecer muitos anos ou
mesmo o resto da vida sem sintomas, aparecendo que está
A contaminação é direta. Ocorre pela ingestão de água ou contaminada apenas em testes de laboratório.
alimentos contaminados por cistos.
Eliminar ou evitar o contato com o vetor e melhorar as con-
No ciclo, os cistos passam pelo estômago, resistindo à ação dições das habitações (evitando o pau-a-pique) são as me-
do suco gástrico, chegam ao intestino delgado, quando lhores medidas preventivas.
ocorre o desencistamento. Então, migram para o intestino
grosso e ali se estabelecem. Giardia lamblia
A profilaxia é feita pela ingestão de alimentos bem lavados A giardíase é uma parasitose intestinal que tem como
e/ou cozidos, pela higiene pessoal, pela construção de fossas agente etiológico a Giardia lamblia. A giardíase se mani-
e redes de esgoto e pelo tratamento das pessoas doentes. festa por azia e náusea.
257
A contaminação ocorre quando os cistos maduros são in- Leishmania sp
geridos pelo indivíduo. Os cistos podem ser encontrados
na água (mesmo que clorada), alimentos contaminados Esse protozoário é causador da Leishmaniose, sendo trans-
e, em alguns casos, a transmissão pode se dar por meio mitido pela picada da fêmea do mosquito hematófago
de mãos contaminadas. Phlebotomus (mosquito-palha ou birigui). Entre as princi-
pais espécies de protozoários parasitas do gênero Leishma-
Para se evitar a giardíase, devem-se tomar as mesmas me-
didas profiláticas usadas contra a amebíase, uma vez que nia, destacamos a Leishmania braziliensis, a Leishmania
há ingestão de cistos. donovani e a Leishmania tropica.
Esporozoários
Esses protozoários não possuem organelas de loco-
moção, portanto, são parasitas e apresentam reprodução
258
Esporozóitos
do plasmodium
1º Vetor
Hospedeiro Hospedeiro
humano humano
inicial seguinte
Infecção
hepática 2º Vetor
Infecção
sanguínea
Transmissão
no útero
Reprodução
Assexuada (divisão binária)
A partir de um indivíduo, ocorre a duplicação do núcleo e posterior divisão do citoplasma.
Sexuada (conjugação)
Ocorre uma troca de material genético que permite um aumento da variabilidade.
Encistamento
Em condições ambientais desfavoráveis, ocorre o encistamento.
259
Reino protoctista II: algas
260
REPRODUÇÃO NAS ALGAS
As algas apresentam processos de reprodução assexuada por cissiparidade (divisão binária), fragmentação de seus
talos e reprodução sexuada (isogamia, anisogamia e oogamia).
Zigósporo
MEIOSE
Ciclo sexuado da
alga verde
Organismos jovens unicelular
haploides (n) Chlam ydomonas sp.
A reprodução sexuada é comum em quase todas as algas. Cada organismo pode se comportar como um gameta e, ao se fundirem, formam um zigoto.
Esse zigoto sofre meiose e forma quatro novos indivíduos haploides.
261
Poríferos e cnidários
PORÍFEROS (ESPONGIÁRIOS)
A maioria desses animais é marinha, e não possuem tecidos verdadeiros, que favorece a grande capacidade de
regeneração.
ESPONJA
VIVA REORGANIZAÇÃO
CELULAR
CÉLULAS CAPAZES
DE ORIGINAR
NOVAS ESPONJAS
FORMAÇÃO DE
ESPONJA NOVAS ESPONJAS
DESAGREGADA
ESPÍCULAS
GEMULAÇÃO
REGENERAÇÃO
Esquema representativo da regeneração dos poríferos
262
Estrutura e fisiologia
As esponjas são animais filtradores. Possuem uma cavidade chamada de átrio ou espongiocele, além de coanó-
citos, amebócitos e pinacócitos.
A organização do corpo de um porífero
saída de água
ósculo
porócito
espículas
pinacócitos
poros
espículas
entrada
de água átrio
(espongiocela)
amebócito
colarinho coanócito
flagelo
Existem três tipos estruturais de esponjas – áscon, sícon e lêucon –, que apresentam gradual aumento da superfície de
contato dos coanócitos com a água, de modo que, as esponjas tipo lêucon estão mais adaptadas a promover uma filtração
mais eficiente da água e aproveitam melhor os nutrientes disponíveis.
Câmaras
flageladas
Átrio Átrio
Água Água
263
pelas demais células do corpo. Neste grupo, a digestão é,
portanto, extracelular e intracelular.
Fisiologia
Ainda não possuem sistema respiratório e circulatório definidos.
Os cnidoblastos
Tanto os pólipos como as medusas são animais predado-
Reprodução
res, carnívoros que capturam suas presas descarregando
uma substância urticante, presente em células nos tentá-
Brotamento
culos: os cnidócitos ou cnidoblastos. A reprodução dos celenterados pode ser assexuada e sexuada.
Platelmintos
264
Excreção – célula-flama.
Células-flama
Poros excretores Canal
excretor
Canal
excretor
Tufo de
cílios
Citoplasma
Cordões nervosos Núcleo
longitudinais
Nervos
Coordenação nervosa – gânglios cerebroides ou um anel nervoso, ligados a cordões nervosos longitudinais.
cordão nervoso
nervos
gânglio cerebral
ocelo
parte
fotossensível
células com
pigmento
265
A TAENIA SP E DOENÇAS 1. não comer carne malpassada;
2. inspeção de matadouros para verificar a presença de
RELACIONADAS cisticercos na carne;
Nematelmintos
Fisiologia ASCARIDÍASE
Digestão – sistema digestório completo com boca É uma parasitose intestinal cujo agente etiológico é o Ascaris
anterior e ânus posterior. A digestão é exclusivamen- lumbricoides, vulgarmente conhecido como lombriga.
te extracelular.
266
ANCILOSTOMOSE FILARÍASE OU ELEFANTÍASE
Também conhecida por amarelão ou opilação, a ancilosto- O causador da elefantíase é o verme Wuchereria bancrofti,
mose é uma parasitose causada pelos vermes Ancylostoma os vermes adultos parasitam os gânglios e vasos linfáticos.
duodenale e Necator americanus. No Brasil, o principal transmissor é o mosquito Culex fati-
gans, vulgarmente conhecido como pernilongo. A filariose
A ancilostomose causa no homem intensa anemia, va-
provoca edemas que causam deformações, principalmente
riando a gravidade com o grau de infestação. Por isso, o nos membros inferiores.
indivíduo parasitado perde cor, tornando-se amarelado
(daí o nome amarelão) e fraco. A redução de hemácias
afeta o transporte de oxigênio, afetando o coração e ENTEROBIOSE OU OXIUROSE
o cérebro, ocorrendo insuficiência cardíaca, sonolência, A enterobiose ou oxiuríase é uma doença intestinal causada
apatia e confusão mental. A profilaxia envolve higiene, pelo nematelminte Enterobius vermicularis, verme pequeno
saneamento básico e uso de calçados. e filiforme (formato de fio). O sintoma mais típico é o intenso
prurido anal.
Larvas eclodem no
intestino delgado
3
1
D Ovos nas pregas perianais
Adultos no
Larvas nos ovos maturam lúmen do
em 4 a 6 horas. cFco. 4
I Estágio de Infecção
prenhas migram para
5 a região perianal à noi-
D Estágio de Diagnóstico te, botando os ovos
O BICHO-GEOGRÁFICO
Animais silvestres, como o cão e o gato, apresentam parasitas específicos, cujas larvas infestantes só completam o ciclo
quando penetram no hospedeiro próprio. No homem, migrando e realizando um trajeto sinuoso no tecido subcutâneo.
Os agentes etiológicos são o Ancylostoma caninum e o Ancylostoma braziliense.
267
U.T.I. - SALA da função cardíaca? Identifique o grupo ao qual perten-
ce o causador da doença, assim como os filos do vetor
e do hospedeiro.
1. (Unifesp adaptado) Considerando os mecanismos de
replicação do genoma viral, qual a principal diferença 2. (Unifesp) Cientistas criaram em laboratório um bac-
entre o vírus da gripe e o vírus que causa a Aids? teriófago (fago) composto que possui a cápsula protei-
ca de um fago T2 e o DNA de um fago T4. Após esse
2. Dentro da microscopia existe uma diferença eviden- bacteriófago composto infectar uma bactéria, os fagos
te entre o tamanho de vírus e de bactérias. Qual dos produzidos terão:
dois organismo tem sua ação bloqueada por uso de an-
tibióticos? E em que estruturas esses medicamentos a) a cápsula proteica de qual dos fagos? E o DNA,
podem agir? será de qual deles?
b) Justifique sua resposta.
3. (Vunesp) Ao longo do primeiro semestre de 2004, jor- 3. (Unifesp) Agentes de saúde pretendem fornecer um
nais e estações de rádio e TV do interior do Estado de curso para moradores em áreas com alta ocorrência de
São Paulo noticiaram o aumento de casos de cães que tênias (Taenia solium) e esquistossomos (Schistosoma
apresentaram resultado positivo para os testes de de- mansoni). A ideia é prevenir a população das doenças
tecção do agente causador da leishmaniose. Em alguns causadas por esses organismos.
municípios, foram confirmados casos de leishmaniose
humana. Em algumas cidades, o combate à epidemia foi a) Em qual das duas situações é necessário alertar a
feito pela eliminação dos cães infectados. população para o perigo do contágio direto, pessoa a
pessoa? Justifique.
a) A que reino e filo pertence o organismo causador
b) Cite duas medidas – uma para cada doença – que
da leishmaniose?
dependem de infraestrutura criada pelo poder público
b) Como se transmite a doença e por que os cães para preveni-las.
infectados representam perigo ao homem?
4. (Fuvest) Os portadores do vírus HIV, agente causa-
4. (UFSJ adaptado) As esponjas (poríferos), organismos dor da aids (síndrome da imunodeficiência adquirida),
primitivos na escala evolutiva, são insensíveis ao to- são tratados com os chamados coquetéis antivirais, que
que. Já as anêmonas e os corais (cnidários) retraem-se combinam drogas inibidoras da transcriptase reversa
quando os tocamos. A que você atribui esta diferença com drogas inibidoras de proteases.
comportamental nos dois grupos de animais? E qual é
a) Por que a transcriptase reversa é essencial para
a célula de defesa dos cnidários?
que o vírus HIV se multiplique?
5. Digestão somente intracelular, ausência dos sistemas b) Como o vírus HIV causa a imunodeficiência em
nervoso, excretor, circulatório, respiratório e órgãos re- humanos?
produtores e de locomoção também ausentes. São es- 5. (Unirio adaptado) Lineu, em 1735, publicou um traba-
sas as características de qual grupo? Dê um exemplo de lho apresentando um plano para classificação de seres
animal desse grupo. vivos. Nele estavam propostos o emprego de palavras
latinas e o uso de categorias de classificação hierarqui-
6. (Unicamp adaptado) A anemia falciforme é uma doença zadas. Deve-se também a Lineu a regra de nomenclatu-
genética autossômica recessiva, caracterizada pela ra binominal para identificar cada organismo. Seguindo
presença de hemácias em forma de foice e deficiên- as regras proposta por Lineu como devem ser escrito os
cia no transporte de gases. O alelo responsável por nomes das espécies?
essa condição é o HbS, que codifica a forma S da glo-
bina. Sabe-se que os indivíduos heterozigotos para 6. (Unesp adaptado) Uma determinada moléstia que
a HbS não têm os sintomas da anemia falciforme e pode causar lesões nas mucosas, pele e cartilagens é
apresentam uma chance 76% maior de sobreviver transmitida por um artrópode e causada por um pro-
à malária do que os indivíduos homozigotos para o tozoário flagelado. Qual é o nome da doença, do artró-
alelo normal da globina (alelo HbA). Algumas regiões pode transmissor e do agente causador?
da África apresentam alta prevalência de malária e
acredita-se que essa condição tenha influenciado a 7. (Esal-MG) Em relação à malária, mencione a forma in-
frequência do alelo HbS nessas áreas. O que ocorre fectante do parasita e o gênero do transmissor.
com a frequência do alelo HbS nas áreas com alta
incidência de malária? Por quê? 8. (PUC-SP) Na espécie humana, ocorrem várias doenças,
cujos microrganismos causadores estão presentes no san-
gue de pessoas infectadas, podendo inclusive ser transmi-
U.T.I. - E.O. tidos através de transfusões ou por seringas usadas.
a) Cite duas dessas doenças que sejam causadas por
1. (Unesp adaptado) A doença de Chagas atinge milhões protozoários, indicando para cada uma o nome do
de brasileiros, podendo apresentar, como sintomas, pro- parasita responsável.
blemas no miocárdio, que levam à insuficiência cardíaca. b) Escolha uma das doenças por você citadas e indi-
Por que, na doença de Chagas, ocorre comprometimento que dois métodos para sua profilaxia.
268
9. (Unesp adaptado) Considerando as doenças gripe, 12. (Ufop adaptado) Monteiro Lobato criou o persona-
paralisia infantil, gonorreia, doença de Chagas, ama- gem Jeca Tatu, o brasileiro do meio rural que andava
relão, cólera, tuberculose e febre amarela, responda: descalço e, por isso, era acometido por uma vermino-
quais delas são passíveis de tratamento com antibió- se que o deixava fraco, pálido (com características de
ticos? Por quê? anemia) e magro. Monteiro Lobato retratava o perso-
nagem: “ele está assim; ele não é assim”. Quais são os
10. (UFC) As verminoses ainda acometem uma grande vermes causadores dos sintomas apresentados pelo
parcela da população, principalmente as de baixa renda. personagem em questão?
Doenças como ascaridíase e amarelão (ancilostomose)
ainda são bastante comuns, principalmente em crianças. 13. (Unesp adaptado) Maré vermelha deixa litoral
a) Qual a característica comum a essas doenças em em alerta
relação ao seu modo de contágio? Uma mancha escura formada por um fenômeno co-
b) Outras doenças bastante comuns são a teníase e a nhecido como “maré vermelha” cobriu ontem uma
cisticercose, causadas por vermes do gênero Taenia. Qual parte do canal de São Sebastião (...) e pode provocar a
a diferença entre essas duas doenças no que se refere ao morte em massa de peixes. A Secretaria de Meio Am-
contágio e ao local de alojamento do parasita? biente de São Sebastião entrou em estado de alerta.
O risco para o homem está no consumo de ostras e
11. (Mackenzie adaptado) As verminoses representam moluscos contaminados.
um grande problema de saúde, principalmente nos paí- (JORNAL “VALE PARAIBANO”, 01.02.2003.)
ses subdesenvolvidos. A falta de saneamento, de campa-
nhas de esclarecimento público, de higiene pessoal e de A maré vermelha é causada por qual organismo?
programas de combate aos transmissores leva ao apare-
14. Nos poríferos existem estruturas denominadas gêmu-
cimento de milhares de novos casos na população bra-
las. Explique o que são e para que servem.
sileira. Cite três verminoses causadas por nematódeos.
269
BIOLOGIA 3
271
Composição química celular
ÁGUA
Solvente universal
Termorregulação
Transporte de células e de substâncias
Eliminação de excretas celulares
Função lubrificante
A quantidade de água varia de acordo com a taxa meta- Devido à tensão superficial, alguns insetos são capazes de pousar sobre
a água e não afundar-se.
bólica. Quanto maior a atividade química (metabolismo) de
um órgão, maior o teor hídrico. Adesão – a água tem a tendência de se unir à molé-
culas polares.
A taxa de água, em geral, decresce com a idade e, final-
mente, com a espécie. Por exemplo, na espécie humana há Capilaridade – fenômeno físico resultante das intera-
64% de água, nas medusas 98% e nos esporos e semen- ções entre as forças de adesão e coesão da molécula
tes vegetais, 15%. de água. Esse fenômeno é muito utilizado pelas plan-
tas no transporte de substâncias da raiz até as folhas.
Outras propriedades da água
Coesão – Capacidade de uma substância permanecer SAIS MINERAIS
unida. Nos líquidos intra e extracelular, encontramos grande va-
Tensão superficial riedade de sais minerais dissociados em cátions e ânions.
Principais sais minerais
Componente dos ossos e dentes. Ativador de certas enzimas, participando de processos como a contração
Cálcio (Ca2+)
muscular e a coagulação.
Magnésio (Mg2+) Faz parte da molécula de clorofila; é necessário, portanto, à fotossíntese.
Presente na hemoglobina do sangue, pigmento fundamental para o transporte de oxigênio. Componente de
Ferro (Fe2+)
substâncias importantes na respiração e na fotossíntese (citocromos e ferrodoxina).
Tem concentração intracelular sempre mais baixa que nos líquidos externos. A membrana plasmática, por
Sódio (Na+) transporte ativo, constantemente bombeia o sódio, que tende a penetrar por difusão. Importante compo-
nente da concentração osmótica do sangue juntamente com o K+.
É mais abundante dentro das células. Por transporte ativo, a membrana plasmática absorve o potássio do
Potássio (K+) meio externo. Os íons sódio e potássio estão envolvidos nos fenômenos elétricos que ocorrem na
membra-na plasmática, na conUSBÎÍP muscular e na condução nervosa.
Componente dos ossos e dentes. Está no ATP, molécula energética das atividades celulares. É parte inte-
Fosfato (PO4–3)
grante do DNA e RNA, no código genético.
Cloro (Cl–) Componente dos neurônios (transmissão de impulsos nervosos).
–
Iodo (I ) Entra na formação de hormônios tireoidianos.
272
compostas principalmente de carbono, hidrogênio e oxigênio. Apresentam fórmula geral CnH2nOn. São monossacarídeos impor-
tantes: glicose, frutose, galactose, ribose e desoxirribose. A junção de dois monossacarídeos dá origem a um dissacarídeo. Quando
temos muitos monossacarídeos ligados, ocorre a formação de um polissacarídeo, tal como amido, glicogênio, celulose, quitina etc.
Os glicídios são a fonte primária de energia para as atividades celulares e possuem também funções estruturais.
PRINCIPAIS MONOSSACARÍDEOS
Carboidrato Papel biológico
Ribose (5C) Uma das matérias-primas necessárias à produção de ácido ribonucleico.
PRINCIPAIS DISSACARÍDEOS
Carboidrato Unidades Fontes Papel biológico
Sacarose glicose + frutose Cana-de-açúcar e beterraba Papel energético
Lactose glicose + galactose Leite Papel energético
Maltose glicose + glicose Vegetais Papel energético
PRINCIPAIS POLISSACARÍDEOS
Carboidrato Unidades Fontes Papel biológico
Amido (n) moléculas de glicose raízes e caules reserva energética vegetal
Celulose (n) moléculas de glicose parede de células vegetais sustentação
Glicogênio (n) moléculas de glicose fígado e músculos reserva energética animal
Quitina (n) moléculas de glicose exoesqueleto de artrópodes sustentação
No corpo, o fígado e o músculo são responsáveis por armazenar glicogênio e o sangue, pela glicose.
273
VITAMINAS Vitamina K (anti-hemorrágica) – a sua falta retar-
da o processo de coagulação. Encontrada em vegetais
Vitamina A (antixeroftálmica) – evita a “cegueira verdes, tomate, castanha, espinafre, alface, repolho, cou-
noturna”; xeroftalmina, “olhos secos” em crianças; ce- ve, óleos vegetais.
gueira total. Pode ser encontrada em vegetais amarelos
(cenoura, abóbora, batata-doce, milho), pêssego, nec-
tarina, abricó, gema de ovo, manteiga, fígado.
METABOLISMO CELULAR
Podemos considerar mais duas ideias sobre metabolismo
Vitamina B1 (tiamina) – evita a perda de apetite,
celular: anabolismo – reações químicas de síntese, que a
fadiga muscular, nervosismo, beribéri (homem) e po-
partir de moléculas menores produzem moléculas maiores;
lineurite (pássaros). Encontrada em cereais na forma
e catabolismo – reações químicas de degradação que
integral e pães, feijão, fígado, carne de porco, ovos, fer-
transformam moléculas grandes em unidades menores.
mento de padaria, vegetais de folhas.
Vitamina B2 (riboflavina) – evita a ruptura da mu-
cosa da boca, lábios, língua e bochechas. Encontrada
A glicose e o metabolismo
em vegetais de folhas (couve, repolho, espinafre etc.), Como já mencionado, a glicose é o combustível mais uti-
carnes magras, ovos, fermento de padaria, fígado, leite. lizado pelos seres vivos, substância altamente energética
cuja quebra no interior das células libera a energia arma-
Vitamina B (PP – ácido nicotínico) – previne a
zenada nas ligações químicas e produz resíduos, entre eles
inércia e falta de energia, nervosismo extremo, distúr-
gás carbônico e água.
bios digestivos, pelagra (homem) e língua preta (cães).
Encontrada no levedo de cerveja, carnes magras, ovos, A energia liberada é utilizada na realização de ativida-
fígado, leite. des metabólicas.
Vitamina B6 (piridoxina) – evita doenças de pele,
distúrbios nervosos, inércia e extrema apatia. Encon- A energia sob a forma de ATP
trada no lêvedo de cerveja, cereais integrais, fígado, Cada vez que ocorre a “desmontagem” da molécula de
carnes magras, peixe, leite. glicose, a energia não é simplesmente liberada para o
Vitamina B12 (cianocobalamina) – evita a anemia meio. Ela é transferida para outras moléculas – chama-
perniciosa. Encontrada no fígado, leite e seus deriva- das de adenosina trifosfato (ATP) –, que servirão de
dos, carnes, peixes, ostras e leveduras. reservatórios temporários de energia.
274
Formação da ligação peptídica
Os aminoácidos podem ser classificados em essenciais, quando não são produzidos pelo organismo e, portanto, devem
estar presentes em sua dieta; e naturais, quando podem ser produzidos pelo organismo.
Apesar de existirem somente 20 AA, o número de proteí- requerida pelas reações, tornando-as mais espontâneas e
nas possível é praticamente infinito. As proteínas diferem aumentando suas velocidades.
entre si devido à quantidade de aminoácidos na molécula, Uma mesma enzima não catalisa duas reações diferentes.
aos tipos presentes e a sua sequência na molécula. Duas A especificidade das enzimas é explicada pelo modelo da
proteínas podem ter os mesmos AA nas mesmas quantida- chave (reagente) e fechadura (enzima). As enzimas são
des, porém, se a sequência dos AA for diferente, as proteí- reutilizáveis, ou seja, a mesma molécula pode ser usada
nas serão diferentes. diversas vezes. Um inibidor enzimático tem forma seme-
lhante ao substrato (reagente). Encaixando-se na enzima,
Estrutura proteica bloqueia a entrada do substrato, inibindo a reação química.
A sequência dos AA na cadeia polipeptídica é o que cha- Cinética enzimática
mamos de estrutura primária da proteína.
A temperatura, o pH e a concentração do substrato são
As estruturas secundária e terciária são resultantes da fatores importantes na determinação da velocidade da
interação entre aminoácidos não adjacentes, principalmen- atividade enzimática.
te por ligações de hidrogênio: a secundária é a mudança
de conformação local da cadeia polipeptídica, enquanto a
terciária é a sua conformação tridimensional.
Desnaturação proteica
Vários fatores, tais como temperatura, grau de acidez (pH),
concentração de sais e outros podem alterar a estrutura
espacial de uma proteína, sem alterar a sua estrutura pri-
mária. Mas a principal consequência é a perda do papel
biológico. Esse fenômeno é chamado de desnaturação.
275
Hormônios Funções
São substâncias químicas que desempenham a função de O DNA é o material genético propriamente e possui duas
mensageiras e apresentam diferentes naturezas químicas. propriedades fundamentais: replicação e transcrição.
Relações de Chargaff
Modelo da Duplicação semiconservativa
A = T e C = G ou A/T = 1 e C/G = 1
Transcrição
Na transcrição, o DNA cromossômico sintetiza o RNA nu-
clear, para o qual transcreve a sequência de nucleotídeos
Estrutura representada pela mensagem genética. Saindo do núcleo,
“O corrimão da escada” é constituído por grupos fosfato o RNA leva a mensagem genética para os ribossomos.
ligados a desoxirriboses em uma ligação fosfodiéster. Cada
degrau é formado por uma base púrica (A ou G) ligado a
uma base pirimídica (C ou T). Em cada degrau, as bases são
ÁCIDOS NUCLEICOS: RNA
unidas por ligações de hidrogênio.
Estrutura
Existem vírus que apresentam DNA formado por uma ca-
O RNA difere do DNA em três aspectos:
deia única de nucleotídeos. Evidentemente que, neste caso,
não ocorre a relação de Chargaff, pois as quantidades de A 1. Possui ribose (pentose), em vez de desoxirribose.
e T, bem como de C e G são diferentes. 2. A base pirimídica uracila ou uracil substitui a timina, que
não existe no RNA.
Localização do DNA nas células 3. Sua molécula é formada por apenas uma fita ou cadeia
simples. Portanto, não existe pareamento nem igualdade
Evidencia uma cor púrpura e indica os cromossomos no
nas quantidades de bases.
núcleo. Pequena quantidade de DNA também é encontra-
da nos cloroplastos e mitocôndrias. A enzima responsável pelo processo é a RNA-polimerase.
276
O RNAm é a cópia da mensagem genética, ou seja, do
Tipos de RNA e suas funções gene. É enviada para os ribossomos.
Existem três tipos de RNA: RNA-ribossômico (RNAr), RNA-
-mensageiro (RNAm) e RNA-transportador (RNAt), e todos O RNAt tem como função o transporte de aminoácidos do
estão relacionados com o processo da síntese proteica. hialoplasma para os ribossomos, onde são encadeados se-
quencialmente para formar uma proteína.
O RNAr, associado a nucleoproteínas, forma os ribossomos,
organoides citoplasmáticos granulares responsáveis pela
síntese de proteínas.
277
MUTAÇÃO
Conceito
A mutação gênica é uma mudança na estrutura do gene.
Consiste numa alteração na sequência de bases do DNA
ocorrida por um erro no processo de replicação. A mutação
pode alterar o código genético e, consequentemente, uma
característica do organismo.
Tipos de mutação
Substituição – consiste na substituição de uma base
por outra, transição, que é a substituição de purina
por purina (A por G ou G por A) ou pirimidina por pi-
rimidina (C por T ou T por C); e transversão, que é a
troca de purina por pirimidina ou vice-versa.
Deleção ou deficiência – é a perda de bases.
Inserção – é a colocação de um ou mais nucleotídeos.
Introdução à citologia
278
ORGANIZAÇÃO CELULAR DE SERES PROCARIONTES E EUCARIONTES
COMPARAÇÃO ENTRE PROCARIONTES E EUCARIONTES
Procariontes Eucariontes
Organismo Bactéria e cianobactéria Protoctistas, fungos, plantas e animais
O citoplasma é o constituinte celular mais volumoso; for- Existem três classes principais de moléculas lipídicas da
mado pelo citosol e pelos organoides celulares. membrana: fosfolipídios, esteróis e glicolipídios.
As proteínas de membrana são responsáveis pela maioria
O núcleo das funções, tal como o transporte de pequenas moléculas
Situado, geralmente, na parte central da célula, o núcleo hidrossolúveis pela bicamada lipídica.
apresenta uma membrana, a carioteca, que envolve o cario- Conclui-se, portanto, que a membrana é relativamente fluida,
plasma, líquido (cariolinfa ou nucleoplasma) no qual estão pois as moléculas de proteínas apresentam certa liberdade
imersos o nucléolo e os cromossomos, onde encontram-se de movimentação. Por isso, o modelo de Singer e Nicholson
os genes, elementos responsáveis pela coordenação das di- é denominado mosaico fluido.
versas atividades celulares, constituídos por DNA.
Especializações da membrana
A célula procariótica Microvilosidades
Possui estrutura celular muito simples. Está presente a Invaginações de base
membrana plasmática e o material genético (cromatina) Especializações de contato
aparece disperso no hialoplasma, onde a única organela
Desmossomos
presente é o ribossomo.
Interdigitações
A célula eucariótica Junções estreitas ou oclusivas
Possui estrutura celular mais complexa, apresentando mem- Junções comunicantes ou nexos
brana plasmática, o citoplasma e o núcleo envolvido pela Glicocálix e reconhecimento intercelular
279
Parede celular para isso, com o trabalho de proteínas carreadoras ou
permeases (proteínas transportadoras).
A parede celular é uma estrutura rígida. Por isso, as cé-
lulas que a possuem têm menos possibilidade de modi- Osmose – transporte de água através de uma mem-
ficar sua forma. brana semipermeável.
A permeabilidade seletiva e os
transportes de membrana
Transporte passivo (sem gasto de energia)
Difusão passiva – neste processo não há consu- Funcionamento da bomba Na+ / K+ ATPase.
mo de energia.
Difusão facilitada – algumas substâncias passam endocitose (fagocitose ou pinocitose)
através da membrana, por transporte passivo, contando, exocitose (excreção ou secreção)
Citoplasma
ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS
Ribossomos Membranas
Ribossomos
São as organelas que sintetizam as proteínas. O ribossomo
consiste em RNA ribossômico e nucleoproteínas estruturais.
Retículo endoplasmático
É uma rede de estruturas tubulares e vesiculares acha- O retículo endoplasmático com suas cisternas.
tadas, sendo que os túbulos e as vesículas são interco-
nectados uns aos outros. Pode ser dividido em rugoso
(região do retículo endoplasmático em que estão aderi-
Complexo de Golgi
dos vários ribossomos, e que portanto tem capacidade Formado por camadas empilhadas de delgadas vesículas
de sintetizar proteínas) e liso. achatadas.
280
Formação da lamela média em células vegetais
Peroxissomos
Formação do lisossomo
Contêm oxidases e não hidrolases. Enzimas que degradam
gorduras e aminoácidos têm também grande quantidade
da enzima catalase, que converte o peróxido de hidrogênio
(água oxigenada) em água e gás oxigênio.
Mitocôndrias
São formadas por duas bicamadas lipídicas: uma membra-
na externa e uma membrana interna.
As mitocôndrias produzem moléculas de ATP.
Plastos
São orgânulos citoplasmáticos encontrados nas células de
Formação da lamela média em células vegetais recém-formadas (isso é
plantas e de algas.
legendada)
Centríolos
Lisossomos São estruturas citoplasmáticas que estão presentes na maio-
São vesículas responsáveis pelo processo de digestão in- ria dos organismos eucariontes, não ocorrendo nos vegetais
tracelular. superiores, fungos complexos e nematoides.
Tipos de lisossomo:
1. Lisossomo primário;
Função dos centríolos
2. Lisossomo secundário; Orientar a divisão celular
3. Corpúsculo residual; Originar cílios e flagelos
4. Vacúolo autofágico.
Autofagia – quando os lisossomos digerem uma partícu- Citoesqueleto
la pertencente à própria célula.
O citoplasma de uma célula eucariótica é sustentado e or-
Heterofagia – quando a partícula digerida pelos lisosso- ganizado por um citoesqueleto de filamentos intermediá-
mos é proveniente do meio extracelular. rios, microtúbulos e filamentos de actina.
Núcleo
Eucromatina Nucléolo
Composição do núcleo celular durante a intérfase
281
O NUCLÉOLO A forma do cromossomo
Nucléolos são corpúsculos intranucleares ricos em RNA ribossô-
mico. A função do nucléolo é a produção dos ribossomos.
A CROMATINA 1 2 3 4
No núcleo interfásico, os filamentos de DNA (cromonemas) 1. Telocêntrico
estão representados por um amontoado de grânulos e fila- 2. Acrocêntrico
mentos dificilmente observados ao microscópio óptico. As 3. Submetacêntrico
4. Metacêntrico
porções enroladas são chamadas de condensadas, e as dis-
tendidas, descondensadas. Os cromonemas são constituí- Tipos de cromossomo
dos por DNA e proteínas básicas, chamadas de histonas.
A eucromatina aparece descondensada na intérfase, sendo
geneticamente ativa, ou seja, capaz de produzir o RNA-men-
A DUPLICAÇÃO DOS CROMOSSOMOS
sageiro. A heterocromatina apresenta-se condensada, sen- A duplicação cromossômica é feita longitudinalmente e
do chamada de inativa por não produzir o RNA-mensageiro. acontece no período S.
282
Características e funções da mitose A MITOSE E AS ORGANELAS
A mitose é o processo de divisão celular que permite a distri-
buição dos cromossomos e dos constituintes citoplasmáticos CITOPLASMÁTICAS
da célula-mãe, equitativamente, entre as duas células-filhas. Organelas que se autoduplicam, como é o caso de cloro-
A mitose é dividida em duas etapas: a cariocinese, ou divi- plastos e mitocôndrias, dobram a cada ciclo celular e são
são do material genético do núcleo, e a citocinese, ou divi- distribuídas pelas células-filhas.
são do citoplasma. A cariocinese é um processo dividido em
Citocinese
Anáfase e citocinese
Telófase
Quantidade de DNA
Telófase
G1 S G2 Tempo
283
U.T.I. - SALA Qual será a sequência de aminoácidos que resultará da
tradução da sequência inicial de RNA mensageiro, refe-
rente a um dos genes deste vírus indicada em 1?
1. O esquema abaixo representa uma célula animal.
4. (Unifesp) O esquema representa parte da membrana
plasmática de uma célula eucariótica.
284
U.T.I. - E.O. GAC
GGC
ácido aspártico
glicina
1. (Unifesp adaptado) Recomenda-se frequentemente aos UCA serina
vestibulandos que, antes do exame, prefiram alimentos UGG triptofano
ricos em carboidratos (glicídios) em vez de gorduras (lípi-
dios), pois estas são digeridas mais lentamente. Além da a) Escreva a sequência de bases nitrogenadas do RNA
função energética, os carboidratos exercem também fun- mensageiro, transcrito a partir desse segmento de DNA.
ções estruturais, participando, por exemplo, dos sistemas b) Utilizando a tabela de código genético fornecida,
de sustentação do corpo de animais e vegetais. indique a sequência dos três aminoácidos seguintes à
Cite duas estruturas, uma no corpo de um animal e ou- metionina, no polipeptídio codificado por esse gene.
tra no corpo de um vegetal, em que se verifica a função c) Qual seria a sequência dos três primeiros aminoácidos
estrutural dos carboidratos. de um polipeptídio codificado por um alelo mutante des-
se gene, originado pela perda do sexto par de nucleotí-
2. (Ufscar) Há exatamente dez anos, em 13 de abril de deos (ou seja, a deleção do par de bases T = A)?
1998, nasceu Bonnie, cria de um carneiro montanhês e
da ovelha Dolly, o primeiro animal clonado a partir de 5. (Unifesp) Muitas gelatinas são extraídas de algas.
uma célula adulta de outro indivíduo. O nascimento de Tais gelatinas são formadas a partir de polissacarídeos
Bonnie foi celebrado pelos desenvolvedores da técnica e processadas no complexo golgiense sendo, posterior-
de clonagem animal como uma “prova” de que Dolly era mente, depositadas nas paredes celulares.
um animal saudável, fértil e capaz de ter crias saudáveis. a) Cite o processo e as organelas envolvidos na for-
(FOLHA ONLINE, 13.04.2008.) mação desses polissacarídeos.
a) Apesar de gerar animais aparentemente “férteis b) Considerando que a gelatina não é difundida atra-
e saudáveis”, qual a principal consequência para a vés da membrana da célula, explique sucintamente
evolução das espécies se a clonagem for realizada em como ela atinge a parede celular.
larga escala? Justifique sua resposta. 6. (Unifesp adaptado) Parte da bile produzida pelo nosso
b) Como se denomina o conjunto de genes de um organismo não é reabsorvida na digestão. Ela se liga às
organismo? Qual a constituição química dos genes? fibras vegetais ingeridas na alimentação e é eliminada
pelas fezes. Recomenda-se uma dieta rica em fibras para
3. (Unifesp) Alguns antibióticos são particularmente
pessoas com altos níveis de colesterol no sangue. Qual é
usados em doenças causadas por bactérias. A tetraci-
a relação que existe entre a dieta rica em fibras e a dimi-
clina é um deles; sua ação impede que o RNA trans-
nuição dos níveis de colesterol no organismo? Justifique.
portador (RNAt) se ligue aos ribossomos da bactéria,
evitando a progressão da doença. 7. (Unifesp) Uma fita de DNA tem a seguinte sequência
a) Que processo celular é interrompido pela ação da de bases 5’ATGCGT3’.
tetraciclina? Qual é o papel do RNAt nesse processo? a) Considerando que tenha ocorrido a ação da DNA-
b) Em que local, na bactéria, ocorre a síntese do polimerase, qual será a sequência de bases da fita
RNAt? Cite dois outros componentes bacterianos en- complementar?
contrados nesse mesmo local. b) Se a fita complementar for usada durante a trans-
4. (Fuvest adaptado) Abaixo está representada a sequ- crição, qual será a sequência de bases do RNA resul-
ência dos 13 primeiros pares de nucleotídeos da região tante e que nome recebe esse RNA se ele traduzir
codificadora de um gene. para síntese de proteínas?
285
prévios. Um importante marco nessa construção foi II. O raquitismo é uma doença que surge pela falta de
o experimento descrito a seguir. Hemácias humanas, ____________.
que só possuem membrana plasmática (não há mem-
III. A xeroftalmia, que pode levar à cegueira, é consequ-
branas internas) foram lisadas (rompidas) em solução
ência da falta de __________.
de detergente, e os lipídios foram cuidadosamente
dispersos na superfície da água. Foi então medida a IV. O beribéri é causado pela falta de ____________.
área ocupada por esses lipídios na superfície da água
e ficou constatado que ela correspondia ao dobro do 16. (UFRN adaptado) Embora seja visto como um vilão,
valor da superfície das hemácias. o colesterol é muito importante para o organismo hu-
a) Que conclusão foi possível depreender desse ex- mano. Dê exemplos dessa afirmação.
perimento, com relação à estrutura das membranas
celulares? 17. (Uerj) O gráfico a seguir demonstra a distribuição ci-
b) Baseado em que informação foi possível chegar a toplasmática do número de ribossomos isolados e polir-
essa conclusão? ribossomos, em comparação com o número de cadeias
polipeptídicas em formação durante um certo período
10. (Cefet-MG) A ilustração abaixo refere-se à composi- de tempo.
ção celular de seres vivos
Analisando a figura e a partir de seus conhecimentos a) Defina a relação existente entre os ribossomas iso-
quais são as diferenças de uma célula animal e uma cé- lados e a formação das cadeias polipeptídicas. Justi-
lula vegetal? fique sua resposta.
b) Descreva a estrutura das cadeias polipeptídicas e a
11. (PUC) Preencha de forma correta as lacunas do texto.
dos polirribossomos.
No homem, a carência da vitamina ________ provoca a
chamada cegueira noturna, um problema visual caracte- 18. (UFF) O esquema a seguir representa a participa-
rizado por dificuldade para enxergar em situações de luz ção de organelas no transporte de proteínas de uma
fraca. Essa vitamina é necessária, pois associa-se a proteí- célula eucariótica.
nas dos bastonetes, os quais são células fotorreceptoras da
_________, que permitem a visão da luminosidade.
I. O escorbuto é uma doença que se instala pela falta 20. Como se dá a ligação peptídica?
de __________.
286
FÍSICA 1
287
VETORES
__›
s ___›
___› b
d
__› ___› ___›
s =a +b ___›
a
Regra do paralelogramo
M
__›
x
___ ___ ___
P u u d› u² = u ___a› u² + u b› u² – 2 · u ___a› u · u b› u cos u
COMPONENTES DE UM VETOR
N
M
__›
x __›
P u s
y
__›
y __›
N ay __›
a__
T
A seguinte relação pode ser usada para calcular o módulo ›
ax
da soma de dois vetores quaisquer.
___› ___› x
a a
__› ___› ___› ___›
T T s a = ax + ay
___› ___›
b b senθ = ay/a oay = a · senθ
cosθ = ax/a oax = a · cosθ
288
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS MOVIMENTOS
S2 – S1
vm = DS
___ = _____
Dt t2 – t1
MOVIMENTOS PROGRESSIVO
0 1 2 3 4 5
289
vRES = vREL + vARR v2RES = v2REL + v2ARR
GRÁFICOS DO MRU
S = S0 + v ∙ t
v z
V<0
GRÁFICO DA VELOCIDADE DO
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME
v = constante
290
Progressivo PROPRIEDADE DO GRÁFICO V × t
V>0
Retrógrado
V<0
MOVIMENTO RETILÍNEO
UNIFORMEMENTE VARIADO
MOVIMENTOS ACELERADO
v+v
vm = _____0
2
E RETARDADO
1 ∙ a ∙ t2
S = S0 + v0 ∙ t + __
2
a > 0 e v > 0 ou a < 0 e v < 0 – o movimento é
acelerado (a e v têm o mesmo sinal).
a > 0 e v < 0 ou a < 0 e v > 0 – o movimento é
retardado (a e v têm sinais diferentes).
EQUAÇÃO DE TORRICELLI
v² = v0² + 2a(S – S0)
MOVIMENTO RETILÍNEO
UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV)
291
GRÁFICOS DE MRUV
Propriedade do gráfico V × t
GRÁFICOS DA VELOCIDADE
ESCALAR EM FUNÇÃO DO TEMPO
a = tgα = 'v
___
't
292
GRÁFICO DA POSIÇÃO EM
FUNÇÃO DO TEMPO
S’
|g| t²
S = S0 + v0 t + ____
2 tsubida = tdescida
|g| ∙ t2
'S = _____
2
_____
√
2∙'S
tqueda = ____
g
293
LANÇAMENTO OBLÍQUO
vy = |g| ∙ t 1 ∙ |g| ∙ t2
Sy = S0y + __
2
vy2 = v20y – 2 ∙ |g| ∙ DSy
______
2 ∙ DS
2
vy = 2|g| ∆S tqueda =
√ ______y
|g|
em qual v0y = v0 ∙ senθ
______
2 ∙ DS v0y
DSx = vx ∙
√ ______y
|g|
tsubida = tdescida = __
|g|
v02 ∙ sen(2θ)
Sx = S0x + v0x ∙ t A =_________
|g|
em qual v0x = v0 ∙ cosθ
vy = v0y – |g| ∙ t
294
U.T.I. - SALA U.T.I. - E.O.
1. Um navio parte de um porto navegando 68 km em 1. Em uma brincadeira de caça ao tesouro, o mapa diz
direção leste. Em seguida, para atingir seu destino, na- que para chegar ao local onde a arca de ouro está en-
vega mais 100 km na direção norte. O comandante, ao terrada, deve-se, primeiramente, dar dez passos na di-
perceber um erro de cálculo na trajetória, desloca-se reção norte, depois doze passos para a direção leste,
mais 20 km na direção oeste e 36 km na direção sul, em seguida, sete passos para o sul, e finalmente oito
atingindo, assim, seu objetivo. Determine o desloca- passos para oeste.
mento total do navio em relação ao porto de origem.
4. Um avião supersônico, partindo do repouso, é subme- 2. Um entregador de pizza ao fazer uma entrega, partiu
tido a uma aceleração constante de 5 m/s². Para fazer da pizzaria e percorreu uma distância de 6 km, até virar à
a decolagem, o avião tem que estar a uma velocidade esquerda em uma __ segunda rua, para então percorrer uma
de 200 m/s. Determine o intervalo de tempo necessário distância de 3√3 km até chegar ao ponto de entrega.
para o avião atingir a velocidade de decolagem e a dis- Dado que as ruas formam entre elas um ângulo de 30°,
tância percorrida na decolagem. determine a distância da pizzaria até ponto de entrega.
5. O gráfico abaixo descreve a posição de um móvel 3. Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, o corredor dos 100
em MRUV. Determine a aceleração e a velocidade ini- metros rasos Usain Bolt venceu a prova com o tempo de
cial do móvel. 9 segundos e 81 centésimos de segundo. Um radar foi
usado para medir a velocidade de cada atleta e os va-
lores foram registrados em curtos intervalos de tempo,
x(m) gerando gráficos de velocidade em função do tempo. O
gráfico do vencedor é apresentado a seguir.
10
295
4. Um carro com uma velocidade de 90 km/h passa pelo sistema de coordenadas, os deslocamentos serão dados
km 360 de uma rodovia às 7h40min. Às 9h00min, o em função do tempo (em segundos) por:
motorista reduz sua velocidade para 60 km/h, perma-
necendo assim até 10h40min. Determine a distância x(t) = v0cos(θ)t e y(t) = v0sen(θ)t – __1 gt2
2
percorrida e a velocidade média do carro.
FONTE: <WWW.FISICA.UFPB.BR/PROLICEN/CURSOS/CURSO!/MR35IP.HTML>
5. Um trem de 60 m de comprimento, com movimento a) Esboce o gráfico do deslocamento de y em função
retilíneo uniforme, demora 1 minuto para ultrapassar do tempo.
completamente uma ponte de 180 m de comprimento. b) Qual valor mínimo da velocidade inicial v0 deve ser
Qual é a velocidade escalar do trem? imposto ao projétil para que, ao ser lançado com ângulo
θ = 45°, ultrapasse a muralha de 18 metros__de altura
6. Se um motorista percorrer uma distância d a 30 km/h, com 2 metros de folga? Use g = 10 m/s2 e √2 = 1,41.
gastará 2 h a menos do que se a percorrer a 12 km/h. c) A que distância da muralha a catapulta se encon-
Qual é o valor de d? tra, ou seja, qual o valor de d?
7. Maurício parte de São Paulo, com pretensão de viajar 11. Duas motos A e B passaram, simultaneamente, no
com velocidade constante igual a 80 km/h. Meia hora instante t = 0, pela posição zero de uma mesma traje-
após a partida de Maurício, seu amigo Pedro parte do tória retilínea. Suas velocidades escalares variam com o
mesmo lugar, para o mesmo destino. Pretendendo al- tempo, segundo o gráfico abaixo. Determine o instante
cançar Maurício, Pedro pretende manter uma velocida- da posição do encontro das motos.
de constante de 100 km/h. Em quanto tempo e em qual
distância de São Paulo, Pedro alcança Maurício?
v(m/s) A
296
Dê sua resposta em metros.
297
FÍSICA 2
299
CALOR SENSÍVEL
uc ______
u – 32 ______
T __ = f = T – 273
5 9 5
Duc ___
___ Du
= F
5 9
272 K Duc = DT
Q
C = ___ [ Q = C · Du
Du
300
Calor específico de uma Sistema termicamente isolado
substância (c)
Matematicamente:
Qrecebido = – Qcedido
Qrecebido + Qcedido = 0
CALORÍMETRO REAL
Qcalorímetro = Ccalorímetro · Du
Ccalorímetro = E · cágua
C=m·c
Q = C · Du
POTÊNCIA
Q
P = ___
Q = m · c · Du Dt
MUDANÇAS DE ESTADO
301
Unidades de L:
Usual: cal/g
S.I.: J/kg
O sinal de L está relacionado à absorção ou à liberação de calor pelo corpo:
L > 0, quando ocorre absorção de calor.
L < 0, quando ocorre liberação de calor.
Sobrefusão ou superfusão
302
F representa a pressão máxima de vapor (que depende
Vaporização da temperatura); e
A ebulição é o processo de vaporização que acontece
f representa a pressão parcial de vapor na atmosfera
quando a substância atinge uma determinada temperatu-
(que caracteriza o grau de umidade).
ra. Esse processo é turbulento.
A evaporação acontece em qualquer temperatura nos
líquidos, no entanto, especificamente na sua superfície
livre. A água líquida, por exemplo, quando colocada em
um prato, desaparece após determinado tempo, ou seja, a
água é vaporizada (transforma-se em vapor) e misturada
aos outros gases da atmosfera.
A calefação é um processo rápido de vaporização e ocorre MAIS ENERGÉTICAS: EVAPORAÇÃO
MOLÉCULAS DE VAPOR COM POUCA ENERGIA VOLTAM AO LÍQUIDO.
quando o aumento de temperatura é brusco. Esse processo MOLÉCULAS COM POUCA ENERGIA PERMANECEM NO LÍQUIDO.
acontece, por exemplo, ao colocarmos pequenas quantida-
des de água em uma frigideira bem quente. A vaporização
da água nesse caso é bastante rápida, quase instantânea. DIAGRAMA DE FASE
Evaporação Pressão e estado físico
Quanto maior a pressão atmosférica, menor será a
velocidade.
A atmosfera, pressionando a superfície do líquido, difi-
culta a vaporização.
Quanto mais o líquido for volátil, maior será a
velocidade.
Como a área livre é maior, mais moléculas estão nes-
VAPOR
sa superfície, o que aumenta a probabilidade de haver
moléculas “escapando” da superfície do líquido.
Quanto maior for a temperatura do líquido, maior a
velocidade.
As moléculas, com temperatura maior e, portanto, mais
agitadas, têm maior velocidade e, consequentemente,
maior facilidade de “escapar”.
Quanto mais úmido estiver o ar, maior será a pressão LÍQUIDO
mevaporação A · (F – f)
vevaporação = _______ = K_______
pe
Dt
Onde:
K representa a volatilidade do líquido;
A representa área da superfície livre do líquido;
pe representa a pressão externa a que o líquido está
submetido;
303
Estado gasoso e temperatura crítica
Comportamento da água
Observando o diagrama de fases da água, é possível perce-
ber que a curva de fusão é decrescente. Assim, a tempera-
tura de fusão diminui com o aumento da pressão. Logo, é
possível derreter o gelo em uma temperatura menor, caso
ele esteja em uma pressão maior.
TRANSMISSÃO DE CALOR
Q
f = ___
Dt
304
O fluxo de calor (f) que atravessa a barra é diretamente
proporcional à diferença de temperatura entre os extremos
(T1 – T2), à área de secção reta (A) e inversamente propor-
cional ao comprimento (L).
A ∙ (T1 – T2)
f = k · _________
L micro-ondas
CONVECÇÃO
Convecção é o processo de transferência de calor por meio
do deslocamento de matéria do fluido de um local para outro.
Emissão de radiação
Foi constatado experimentalmente que todas as substân-
cias, a qualquer temperatura acima do zero absoluto, emi-
tem radiação e que a frequência de ondas mais emitidas é
proporcional à temperatura absoluta T.
Baixa temperatura
A convecção, juntamente com a diferença de calor específi-
co entre areia e água, também explica o sentido das brisas
nas proximidades da praia. Média
Alta temperatura
Absorção de radiação
Todo bom emissor de radiação também é um bom ab-
sorvedor. Além disso, os corpos com cores mais escu-
ras emitem e absorvem mais rapidamente a radiação.
EFEITO ESTUFA
IRRADIAÇÃO OU RADIAÇÃO
As ondas eletromagnéticas propagam-se no vácuo com ve-
locidade de c = 3 × 108 m/s e são classificadas de acordo
com suas frequências ou comprimentos de onda.
Além das ondas de calor infravermelho, as ondas de rádio,
as micro-ondas, a luz visível, a radiação ultravioleta, os raios
X e os raios gama também são ondas eletromagnéticas.
305
EXPANSÃO TÉRMICA DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS
'LaL = _______
tgv =___
50,1 – 50
'T 0 100 – 0
0,1
___ 0,001
'L = L – L0 aL0 = a = _____
100 50
'T = T – T0 a = 2,10 °C–1
–5
D = 'L 1
___ ___
L0 'T
L = L0(1 + D 'T)
DL
dilatação relativa = ___
L0
DL
___ = α ∙ Dθ
L0 b=2∙α
0 0
'A= b ∙ A
tgv = ___
tgv = DL/Du = aL0 'T 0
306
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA DILATAÇÃO DOS LÍQUIDOS
DV = V – V0
Coeficientes de dilatação volumétrica de alguns líquidos
a 20 ºC
'V = g ∙ V0 'T Líquido g (ºC–1)
álcool etílico 1,2 ∙ 10–3
gasolina 0,95 ∙10–3
g=3∙α glicerina 0,5 ∙ 10–3
mercúrio 18,2 ∙ 10–3
V = V0[1 + g ∙ (θ – θ0)]
'V= g ∙ V
tgv = ___
'T 0
pV
___
T
= constante TRANSFORMAÇÕES PARTICULARES
pV
___ =Rn
T
ou pA VA ______
_____ p V
= B B
TA TB
pV = nRT
307
T2 > T1
T1
Transformação isobárica
V = constante
__ V1 __
__ V
ou = 2
T T1 T2
Transformação adiabática
p VJ = constante
ou
p1V1J= p2V2J
Transformação isocórica
ou isovolumétrica
MOL
__p = constante p1 __
__ p 1 mol = 6,023 × 1023 partículas
ou = 2
T T1 T2
308
p V p2 V2
p V ____
____ = 1 1 + ____
NA = 6,023 × 1023 partículas/mol = 6,023 × 1023 mol–1
T T1 T2
m
n = __
M Lei das pressões parciais
(lei de Dalton)
MISTURA DE GASES PERFEITOS p V ____
____
T
=
p’ V ____
T
+
p” V
T
n = n1 + n2
Sejam p, V, n e T as varáveis termodinâmicas da mistura, p = p' + p"
pela equação de Clapeyron temos que:
p V
n = ____
RT
3 nRT
U = __
2
WG = pG 'V 3 pV
U = __
2
pG
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
pG
pG
Se W > 0, o sistema se expande e o gás realiza trabalho.
Se W < 0, o sistema se contrai e o trabalho é realizado
sobre o gás.
Sendo U0 a energia interna inicial do sistema e Uf a energia
interna final, temos:
'U = Uf – U0
309
Portanto: No caso de expansão isobárica, 'V > 0 e
'U > 0, ou seja:
'U > 0 Uf > U0
Q–W>0 ou Q>W
'U < 0 Uf < U0
Ou, ainda, o calor molar à pressão constante CV. Se o gás sofrer uma expansão adiabática:
QV = n ∙ CV ∙ ∆u 'U = –W
'U < 0
W> 0
Transformação isobárica
V = constante
__
T
Em um ciclo: 'Uciclo = 0
Em um ciclo: Q = W
Ciclo horário: Wciclo > 0
Ciclo anti-horário: Wciclo < 0
Wciclo = WABCDA = WAB + WBC + WCD + WDA
Qciclo = QABCDA = QAB + QBC + QCD + QDA
DUciclo = DUABCDA = DUAB + DUBC + DUCD + DUDA = 0
DUciclo = Qciclo – Wciclo
DUAB = QAB – WAB SENTIDO HORÁRIO
310
CICLO DE CARNOT
SENTIDO ANTI-HORÁRIO
Em ciclo realizado no sentido anti-horário: 1. O gás recebe calor Q1 da fonte quente e sofre uma ex-
Wciclo < 0 e Qciclo < 0 pansão isotérmica AB, à temperatura T1.
2. Expansão adiabática BC; o gás atinge a temperatura T2.
SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA 3. O gás fornece o calor Q2 à fonte fria e sofre uma com-
pressão isotérmica CD, à temperatura T2.
4. Compressão adiabática DA; o gás volta a seu estado
“O calor não pode fluir espontaneamente de um cor-
inicial, à temperatura T1.
po de temperatura menor para um outro corpo de
temperatura mais alta.”
|Q2| __
__ T
= 2
Q1 T1
MÁQUINAS FRIGORÍFICAS
“É impossível, para uma máquina térmica que opera
em ciclos, converter integralmente calor em trabalho.”
Q1 + |W_ = |Q2|
ESQUEMA DE UMA MÁQUINA TÉRMICA
Q1 = W + |Q2|
W = Q1 – |Q2|
W
K = __
Q1
W Q - |Q | |Q2|
K = __ = ______
1 2
K = 1 – __
Q1 Q1 Q1
W
Pu = __
't
311
5. Abertura de válvula (4-5).
6. Exaustão isobárica (5-0).
Eficiência de uma
máquina frigorífica
Q
e = __1 Ciclo de Diesel
_W_
1. Uma compressão isentrópica, isto é, sem o aumento da
Q1 + |W_ = |Q2| ou |W_ = |Q2| – Q1 entropia do sistema (1-2).
Q1 2. Fornecimento de calor à pressão constante (isobárico) (2-3).
e = ______
|Q2| – Q1 3. Expansão isentrópica, sem o aumento da entropia do
sistema (3-4).
4. Por fim, uma transformação isovolumétrica, enquanto o
Refrigerador de Carnot calor é cedido (4-1).
Q1 __
__ |Q |
= 2
T1 T2
Q1 T1
eCarnot = ______ = _____
|Q2| – Q1 T2 – T1
Q
DS = __
T
DS t
Ciclo de Otto
1. Admissão isobárica (0-1).
2. Compressão adiabática (1-2).
3. Combustão isocórica (2-3).
4. Expansão adiabática (3-4).
312
INTRODUÇÃO A ÓPTICA GEOMÉTRICA
ÓPTICA GEOMÉTRICA
CLASSIFICAÇÃO DOS
RAIOS LUMINOSOS
PRINCÍPIOS DA
ÓPTICA GEOMÉTRICA
FEIXE PARALELO Lei da propagação retilínea da luz
A luz se propaga em linha reta nos meios homogêneos e
transparentes.
Reversibilidade dos raios luminosos
FEIXE DIVERGENTE A trajetória seguida pelo raio de luz em um sentido é igual,
se o sentido do raio de luz for invertido.
Lei da Independência dos raios luminosos
A trajetória de um raio luminoso não é afetada por outro
FEIXE CONVERGENTE
que cruza essa trajetória. Os raios de luz seguem trajetórias
independentes, mesmo que se cruzem.
CLASSIFICAÇÃO DOS MEIOS
Meio transparente
PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ
Meio translúcido
Sombra e penumbra
Meio opaco
313
_y = __
y'
x x'
Eclipse solar
Eclipse lunar
314
U.T.I. - SALA 5. O gráfico p x T abaixo representa 4 transformações
termodinâmicas sofridas por um gás ideal. Na transfor-
mação 1 o 2 são adicionados 400 J de calor ao gás,
1. Quando o Sol está a pino, uma menina coloca um lápis levando esse gás a atingir a temperatura de 350 K no
de 7,0 × 10-3 m de diâmetro, paralelamente ao solo e ponto 2.
observa a sombra por ele formada pela luz do Sol. Ela
nota que a sombra do lápis é bem nítida quando ele está
próximo ao solo, mas, à medida que vai levantando o lá-
pis, a sombra perde a nitidez até desaparecer, restando
apenas a penumbra. Sabendo-se que o diâmetro do Sol é
de 14 x 108 m e a distância do Sol à Terra é de 15 x 1010
m, pode-se afirmar que a sombra desaparece quando a
altura do lápis em relação ao solo é de (em m)?
Th = 200 ºC
• Dados: Motor
• cx = 0,8 cal/g °C
• Lvx = 30 cal/g
x Tvaporização(x) = 80 °C
TL = 20 ºC
a) Obtenha uma equação de conversão entre as es-
calas Z e Celsius.
b) Determine a quantidade de calor necessária
para vaporizar 50 g do líquido em questão, inicial- U.T.I. - E.O.
mente a uma temperatura igual a 20 °C.
1. (UFPR 2018) No desenvolvimento de uma certa má-
3. Um abrigo na região da Antártida é mantido em uma quina térmica, o ciclo termodinâmico executado por um
temperatura de 20 °C devido ao uso de um aquece- gás ideal comporta-se como o apresentado no diagra-
dor elétrico. As paredes do abrigo são todas compos- ma P × V (pressão × volume) a seguir.
tas pelo mesmo material, de condutividade térmica
k = 0,05 J/s.m. °C e de espessura « = 26 cm. Dado que as
dimensões do abrigo são 2 · 3 · 4 m3 e a temperatura fora
do abrigo é de –40 °C, determine a potência do aquece-
dor para manter o abrigo na temperatura de 20 °C.
315
b) Sabendo que a temperatura do gás no ponto B a) Qual é a quantidade total de líquido (em kg) que deve
vale TB = 300 K, determine a temperatura do gás no passar pela serpentina de modo a derreter todo o gelo?
ponto C. b) Quanto de calor (em kcal) a água (formada pelo
c) O processo DA é isotérmico. Qual a variação de gelo derretido) ainda pode retirar − do líquido que
energia interna do gás nesse processo? passa pela serpentina − até que a temperatura de
saída se iguale à de entrada (28 ºC)?
2. Uma escala de temperatura arbitrária X está relaciona-
da com a escala Celsius, de acordo com o gráfico abaixo. 6. Num calorímetro ideal, misturam-se 200 g de gelo a
0 ºC com 200 g de água a 40 ºC. Sabendo que o calor de
fusão do gelo é de 80 cal/g, qual é a temperatura de equi-
líbrio térmico e qual é a massa do gelo que se funde?
Quanto valem, respectivamente, as temperaturas de fu- 8. Uma barra de alumínio (K = 0,5 cal/s · cm · °C) está em con-
são do gelo e de ebulição da água, sob pressão normal, tato numa extremidade com gelo em fusão e na outra
na escala X? com vapor de água em ebulição sob pressão normal. Seu
comprimento é 25 cm e a seção transversal tem 5 cm2 de
3. O gráfico abaixo representa a temperatura θ (ºC) área. Sendo a barra isolada lateralmente e dados os ca-
em função do tempo de aquecimento (t min) da água lores latentes de fusão do gelo e de vaporização da água
contida numa panela que está sendo aquecida por um (LF = 80 cal/g; LV = 540 cal/g), determine a massa do gelo
fogão. A panela contém inicialmente 0,2 kg de água e que se funde em meia hora.
a potência calorífica fornecida pelo fogão é constante.
9. Têm-se duas barras A e B de comprimentos LA = 0,8 LB
à temperaturas TA = TB e de coeficiente de dilatação li-
near aA = 5aB, sendo aB = __1 ∙ 10−4 ºC−1. Nessas condições,
3
de quanto é o aumento ∆T da temperatura de ambas,
para que as barras alcancem o mesmo comprimento?
316
13. O diagrama a seguir indica três transformações de Calcule hMAQ e compare com hCARNOT.
um gás perfeito, sendo uma delas isotérmica. A tempe-
ratura do gás no estado 2 é 360 K. Determine: 17. Uma máquina de Carnot é operada entre duas fon-
tes, cujas temperaturas são, respectivamente, 327 ºC e
227 ºC. Admitindo-se que a máquina receba da fonte
quente uma quantidade de calor igual a 1000 cal por
ciclo, pede-se:
a) o rendimento máximo térmico da máquina;
b) o trabalho realizado pela máquina em cada ciclo;
c) a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria.
TQ = 550ºC
TF = 27ºC
317
FÍSICA 3
319
PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA
INTRODUÇÃO
A eletrostática é o ramo da Física que estuda as proprie-
dades das cargas elétricas em repouso e suas interações.
Vejamos os princípios que fundamentam a eletrostática. OS CORPOS A E B ESTÃO ELETRIZADOS COM QUANTIDADES DE CARGAS Q1 E Q2.
APÓS A TROCA DE CARGAS ENTRE OS CORPOS, A E B ESTÃO
ELETRIZADOS COM QUANTIDADES DE CARGAS Q’1 E Q’2.
CARGAS ELÉTRICAS
Q1 + Q2 = Q’1 + Q’2 = constante
carga elétrica do próton: e+ = +1,6 · 10–19 C
carga elétrica do elétron: e– = –1,6 · 10–19 C Essa expressão é válida somente se o sistema for eletrica-
mente isolado.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de
Q = n · |e|
PRINCÍPIO DA ATRAÇÃO
E REPULSÃO No processo de eletrização por atrito, os corpos ele-
trizados apresentam, ao final do processo, cargas
Cargas elétricas de sinais opostos se atraem, e cargas elétricas de sinais opostos.
elétricas do mesmo tipo se repelem.
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO
DAS CARGAS ELÉTRICAS
Em um sistema isolado eletricamente (ou seja, não há
transferências de cargas elétricas com o ambiente externo),
A POSITIVO E B NEUTRO ESTÃO ISOLADOS E AFASTADOS; COLOCADOS EM CONTATO,
a quantidade de carga elétrica, em excesso, é constante. DURANTE BREVE INTERVALO DE TEMPO, ELÉTRONS LIVRES VÃO DE B PARA A;
APÓS O PROCESSO, A E B APRESENTAM-SE ELETRIZADOS POSITIVAMENTE.
320
Na eletrização por indução, o induzido ficará eletrizado
com cargas elétricas de sinais opostos às cargas elétri-
cas apresentadas pelo indutor. A carga do indutor não
A NEGATIVO E B NEUTRO ESTÃO ISOLADOS E AFASTADOS: COLOCADOS EM CONTATO, se altera.
DURANTE BREVE INTERVALO DE TEMPO, ELÉTRONS
VÃO DE A PARA B; APÓS O PROCESSO, A E B APRESENTAM-
SE ELETRIZADOS NEGATIVAMENTE.
ELETRIZAÇÃO POR CONTATO ENTRE ESFERAS CONDUTORES DE MESMO RAIO Se um corpo eletrizado A atrair um condutor B, poderá
B estar eletrizado com carga de sinal oposto ao de A
ou estar neutro.
Q1 + Q2 + ... +Qn
Q’ =______________
n
Reprodução
O FILETE DE ÁGUA
DESVIA-SE DA VERTICAL
AO SER ATRAÍDO POR
UM BASTÃO PLÁSTICO
PREVIAMENTE ELETRIZADO
POR ATRITO COM UM
PEDAÇO DE FLANELA.
ELETROSCÓPIOS
321
LEI DE COULOMB
+ –
+ +
322
CAMPO ELÉTRICO
+ –
–
–
___›
O campo elétrico resultante E R em P, devido as várias ___›
cargas
___› ___›Q1, Q2, ..., Qn, é dado pela soma vetorial de E 1,
E 2, ..., E n, na qual cada campo elétrico parcial é determi-
nado como se a carga correspondente estivesse sozinha:
___› ___› ___› ___›
E R = E 1 + E 2 + ... + E n
Esse é o princípio da superposição dos campos elétricos.
LINHAS DE FORÇA
323
DUAS CARGAS PUNTIFORMES DE MESMO MÓDULO E POSITIVAS.
EM N, O VETOR CAMPO ELÉTRICO É NULO.
CARGA PUNTIFORME Q < 0.
AS LINHAS DE FORÇA CHEGAM ÀS CARGAS NEGATIVAS.
324
PÊNDULO ELETROSTÁTICO F
tgθ = __e
P
POTENCIAL ELÉTRICO
Q
V = k0 __
POTENCIAL ELÉTRICO d
POTENCIAL ELÉTRICO DE
DIVERSAS CARGAS ELÉTRICAS
Epot
V = ___
q
325
Q
V = k0 __
d
Vres = V1 + V2 + V3 + ... + Vn
(Q > 0)
(Q < 0)
LINHAS EQUIPOTENCIAIS DE UMA CARGA PONTUAL Q POSITIVA
CARGA Q > 0
CARGA Q < 0
CAMPO ELÉTRICO UNIFORME. AS LINHAS DE FORÇA ESTÃO REPRESENTADAS
POR LINHAS CHEIAS, E AS LINHAS EQUIPOTENCIAIS, POR LINHAS TRACEJADAS.
O potencial elétrico diminui no mesmo sentido da
linha de força.
326
TRABALHO NO CAMPO ELÉTRICO
DA ENERGIA
TRABALHO DA FORÇA ELÉTRICA EM
Energia não se cria, energia não se perde, energia UM CAMPO ELÉTRICO UNIFORME
apenas se transforma de um tipo em outro, em
quantidades iguais.
Epot = q VA e Epot = q VB
A B WAB = q E d
POTENCIAL ELÉTRICO NO
CAMPO ELÉTRICO UNIFORME
327
Relação entre o potencial e a No interior de um condutor eletrizado em equilíbrio
intensidade do campo elétrico eletrostático, o potencial não é nulo e tem o mesmo
valor em todos os pontos.
Ed=U
WAB = E d q
U
E = __
d CÁLCULO DO POTENCIAL ELÉTRICO
V ___
1__ 1N
m= C
EQUILÍBRIO ELETROSTÁTICO
Q
Em um condutor eletrizado em equilíbrio eletrostático, as Vext = k0 __
cargas elétricas em excesso se localizam na sua superfície. d
Q
Vsup = k0 __
R
Q
Vint = Vsup = k0 __
R
328
|Q|
Ep = k0 ___2
Gráfico do campo elétrico de
d um condutor carregado
Q’1 ___
___ Q’
= 2
R1 R2
PARA UMA DISTRIBUIÇÃO NEGATIVA (Q < 0)
O sentido convencional
da corrente elétrica
329
INTENSIDADE DA FORÇA ELETROMOTRIZ (FEM)
CORRENTE ELÉTRICA energia elétrica Eelétr
f.e.m. = ____________ f.e.m. = ___
carga elétrica |Q|
e = 1,6 × 10–19 C
A f.e.m. e a tensão elétrica
|Q|
im = ___
't Símbolo do gerador ideal
|Q|
i = ___ |Q| = i 't
't
Propriedade gráfica
VOLTÍMETRO
GERADOR ELÉTRICO
VOLTÍMETRO
330
PRIMEIRA LEI DE OHM
d.d.p.
__________________ U = constante
= constante __
intensidade de corrente i
U=R
__
i
331
U.T.I. - SALA Com base no esquema acima, que representa a configu-
ração das linhas de forças e das superfícies equipoten-
ciais de um campo elétrico uniforme de intensidade E =
1. Considere quatro esferas metálicas idênticas, separa- 8,0 ∙ 102 V/m, determine:
das e apoiadas em suportes isolantes. Inicialmente, as es-
feras apresentam as seguintes cargas: QA = 8 C, QB = 4 C, a) a distância entre as superfícies equipotenciais VA =
QC = 0 C (neutra) e QD = –8 C. Faz-se, então, a seguinte 100 V e VB = 80 V;
sequência de contatos entre as esferas: b) o trabalho da força elétrica que age em uma carga
I. Contato entre as esferas A e B e esferas C e D. Após os q = 2,0 · 10–6 C quando deslocada de A para B.
respectivos contatos, as esferas são novamente separadas. 6. Um pássaro pousa em um dos fios de uma linha de
II. Contato apenas entre as esferas C e B. Após o conta- transmissão de energia elétrica. O fio de cobre conduz
to, as esferas são novamente separadas. uma corrente igual a 1∙103 A e a ddp entre os pés do
III. Contato apenas entre as esferas A e C. Após o conta- passarinho é igual a 3∙10–3 V. Determine a distância que
to, as esferas são separadas. separa os pés do passarinho.
Determine a carga da esfera C, após as sequências Dados:
de contatos descritas. • Área da secção transversal do fio = 70 mm2
• Resistividade do cobre: 2,1∙10–2 Ω · mm2/m
2. Duas pequenas esferas A e B, de mesmo diâmetro e
inicialmente neutras, são atritadas entre si. Devido ao
atrito, 6 · 1012 elétrons passam da esfera A para a B. Em
seguida, as esferas são separadas em uma distância de U.T.I. - E.O.
4 mm. Determine a força de interação elétrica entre as
1. A figura a seguir mostra três esferas iguais, A e B,
cargas A e B na situação descrita.
fixas sobre um plano horizontal e carregadas eletrica-
Dados: mente com QA = +20 nC e QB = +8 nC, e C, que pode des-
• |e–| = 1,6 · 10–19 C lizar sem atrito sobre o plano, carregada com QC = –4
• k = 9 ∙ 109 N · m2/C2 nC. Não há troca de carga elétrica entre as esferas e o
plano. Estando solta, a esfera C dirige-se de encontro à
3. Duas esferas A e B de raios desprezíveis, com cargas esfera A, com a qual interage eletricamente, retornando
QA = +8 ∙ 10–2 C e QB = –3 · 10–2 C, estão separadas por de encontro a B, e assim por diante, até que o sistema
uma distância igual a 4 cm. Determine: atinge o equilíbrio, com as esferas não mais se tocando.
Dado: k = 9 · 109 N · m²/C² Nesse momento, as cargas A, B e C, em nC, serão, res-
pectivamente:
a) a intensidade do campo elétrico no ponto médio A C B
entre as partículas.
b) a força elétrica exercida em uma partícula C, com
carga QC = + 2 · 20–2 C colocada no ponto médio +20 nC –4 nC +8 nC
entre A e B.
2. Tem-se 3 esferas condutoras idênticas A, B e C. As es-
4. No campo elétrico gerado por uma carga Q = 1,2 · 10–4 C,
feras A (positiva) e B (negativa) estão eletrizadas com
são dados dois pontos A e B, no vácuo, conforme a figura
cargas de mesmo módulo Q, e a esfera C está inicial-
abaixo. Determine:
+Q A B mente neutra. São realizadas as seguintes operações:
+ 1) Toca-se C em B, com A mantida à distância, e em se-
q guida, separa-se C de B.
30 cm 2) Toca-se C em A, com B mantida à distância, e em se-
60 cm guida, separa-se C de A.
332
4. Sabe-se, atualmente, que os prótons e nêutrons não elétrico resultante (direção, sentido e valor do ângulo
são partículas elementares, mas sim partículas forma- com a reta AB) e determine o módulo do vetor campo
das por três quarks. Uma das propriedades importantes elétrico em função de k, q e d no centro do triângulo.
do quark é o sabor, que pode assumir seis tipos diferen- C
tes: top, bottom, charm, strange, up e down. Apenas os
quarks up e down estão presentes nos prótons e nos –q
nêutrons. Os quarks possuem carga elétrica fracioná- d
ria. Por exemplo, o quark up tem carga elétrica igual a
qup = +2/3 e, e o quark down qdown = –1/3 e, em que e é
o módulo da carga elementar do elétron.
a) Quais são os três quarks que formam os prótons e +q +q
os nêutrons? B A
b) Calcule o módulo da força de atração eletrostática
9. Um próton é injetado no ponto O e passa a se mover
entre um quark up e um quark down separados por
no interior de um capacitor plano de placas paralelas,
uma distância d = 0,2 × 10–15 m. Caso necessário, use
cujas dimensões estão indicadas na figura abaixo.
k = 9 × 109 e Nm2/C2 e = 1,6 × 10–19 C.
333
P
+ 1m
Q1 1m
2m
Q2 Q3 +
–
16.Um resistor cilíndrico feito de zinco (rzinco = 6 · 10–8 Ω ∙ m),
apresenta um comprimento de 20 m e área transversal de
12. Uma partícula A, com carga qA = 2 · 10–7 C, gera um 6 ∙ 10–5 m2. Determine a resistência elétrica deste resis-
campo elétrico ao seu redor. Determine o trabalho da tor e a corrente que atravessa o resistor, quando nele
força elétrica para deslocar um próton de um ponto for aplicada uma d.d.p. de 200 V.
p1 (distante 2 cm) de A, até um ponto p2 (distante 5
cm de A).
17. O feixe de elétrons num tubo de televisão percorre
Dado: K = 9 · 109 N · m2/C2 uma distância de 36 cm no espaço evacuado entre o
emissor de elétrons e a tela do tubo, sendo que a ve-
13. Um elétron penetra numa região de campo elétrico locidade dos elétrons é aproximadamente 6 ∙ 107 m/s.
uniforme de intensidade 360 N/C, com velocidade ini- Se a corrente no feixe é 2,0 mA, calcule o número de
cial v0 = 4,0 ∙ 106 m/s na mesma direção e sentido do elétrons que há no feixe em qualquer instante. (carga
campo. Sabendo-se que a massa do elétron é igual a do elétron = 1,6 . 10–19 coulombs).
9,0 · 10–31 kg e a carga do elétron é igual a –1,6 ∙ 10–19
C, determine: 18. O gráfico da corrente elétrica em função do tempo
a) a energia potencial elétrica no instante em que a através e de um condutor metálico é dado abaixo. De-
velocidade do elétron, no interior desse campo, é nula; termine a quantidade de carga elétrica que atravessa
b) a distância percorrida pelo elétron até atingir ve- uma secção transversal do condutor, de 0 a 5 s.
locidade nula. i(A)
14. Uma carga pontual de 8 μC e 2 g de massa 5
é lançada horizontalmente com velocidade de 20
m/s num campo elétrico uniforme de módulo 2,5
kN/C, com direção e sentido conforme mostra a
figura a seguir. A carga penetra o campo por uma 0 1 4 5 t(s)
região indicada no ponto A, quando passa a so-
frer a ação do campo elétrico e também do campo 19. Dois resistores de resistência R1 = 5 Ω e R2 = 10 Ω
gravitacional, cujo módulo é 10 m/s 2, direção ver- são associados em série fazendo parte de um circuito
tical e sentido de cima para baixo. elétrico. A tensão U1 medida nos terminais de R1 é igual
a 100 V. Nessas condições, determine a corrente que
passa por R2 e a tensão em seus terminais.
12 V
Ao considerar o ponto A a origem de um sistema de co-
ordenadas x0y, determine as velocidades vx e vy, quan-
do a carga passa novamente pela posição x = 0 em m/s.
334
QUÍMICA 1
335
MODELOS E ESTRUTURAS ATÔMICAS
336
O número atômico (Z) sempre coincide com o
número de prótons (P).
Dessa forma:
A=Z+N
Elemento químico
Modelo de Böhr (modelo quântico) Elemento químico é o conjunto de átomos com o
mesmo número atômico (Z).
Em 1913, o cientista Niels Bohr aprimorou o modelo atô-
mico de Rutherford e foram propostos os seguintes postu-
lados, os chamados postulados de Bohr:
Na eletrosfera, os elétrons descrevem sempre órbitas ISÓTOPOS, ISÓBAROS E ISÓTONOS
circulares ao redor do núcleo, denominadas órbitas es-
tacionárias. Movendo-se em uma órbita estacioná-
ria, o elétron não emite nem absorve energia.
Isótopos
Os elétrons só podem ocupar os níveis que tenham
Isótopos são átomos com o mesmo número de
uma determinada quantidade de energia (quantum)
e assumem valores bem determinados de energia em prótons (P = Z) e diferentes números de massa (A) e
cada órbita estacionária, não sendo possível ocupar es- de nêutrons (N).
tados intermediários.
Ao saltar de uma órbita estacionária para outra, os elé-
trons absorvem ou emitem uma quantidade bem defi- Isóbaros
nida de energia (quantum de energia) e, ao retornar à
órbita de origem, o elétron emite ou absorve um quan-
Isóbaros são átomos com o mesmo número
tum de energia igual ao absorvido em intensidade, na
de massa (A) e diferentes números de prótons
forma de luz de cor bem definida ou outra radiação
(P = Z) e nêutrons (N).
eletromagnética, como ultravioleta ou raios X (deno-
minado fóton).
Nêutron 1 0
Próton 1 +1
Elétron 1
_____ –1
1.836
337
ÍONS E DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA
ÍONS
Quando um átomo está eletricamente neutro, ele pos- 2 8 18 32 32 18 8
sui prótons e elétrons em igual quantidade.
K
L
Quando um átomo eletricamente neutro perde ou re-
M N O P Q
cebe elétrons, ele se transforma em um íon.
1s2
2s2 2p63s2
2
- (K) 1; 2e- 1s
3p64s2
2 6
3d104p65s2
2s 2p
(L) 2; 8e-
4d105p66s2
3s2 3p6 3d10 4f145d106p67s2
(M) 3; 18e-
Cátion sódio (Na+):
4d10 5f146d10 7p6
4s2 4p6 4f14
(N) 4; 32e-
CAMADAS ELETRÔNICAS DO ÁTOMO: Na figura, as setas indicam a ordem crescente dos níveis
338
TABELA PERIÓDICA
ORGANIZAÇÃO DA Características da
distribuição eletrônica
Localização e classificação
Hoje, a tabela periódica é constituída por 18 famílias de valência (3s1) calinos) = grupo 1
PROPRIEDADES PERIÓDICAS
A tabela periódica permite deduzir quais elementos têm
propriedades químicas e físicas semelhantes, e as proprie-
dades periódicas variam de acordo com o número atômico,
ou seja, assumem valores que crescem e decrescem ao lon-
go de cada período da tabela periódica.
OS GASES NOBRES NÃO SE INCLUEM NESSA PROPRIEDADE. A
ELETRONEGATIVIDADE
ELETRONEGATIVIDADE NÃO ESTÁ DEFINIDA PARA ESSES GASES.
ELETROPOSITIVIDADE
É a tendência que um átomo possui de atrair elétrons. É a capacidade que um átomo tem de doar elétrons.
Variação da eletronegatividade: cresce da esquer- Variação da eletropositividade: ocorre de forma
da para a direita nos períodos e de baixo para cima nas oposta à eletronegatividade e também não está defini-
famílias (grupos). da para os gases nobres.
339
Representação do processo no qual o átomo ganha um
elétron e libera energia.
OUTRAS PROPRIEDADES
PERIÓDICAS
Raios iônicos
1. Pontos de fusão e de ebulição
1. Raio do cátion: ao perder elétron, a repulsão da nu-
vem eletrônica diminui, diminuindo o seu tamanho. Variação do ponto de fusão e do ponto de ebulição.
ENERGIA OU POTENCIAL
DE IONIZAÇÃO
É a energia necessária para remover um elétron de um áto- 2. Densidade
mo (ou íon) na fase gasosa. Variação da densidade.
Obs.: à medida que o íon se torna cada vez mais positiva-
mente carregado, é necessário cada vez mais energia para
retirar um elétron de sua camada mais externa.
Variação da energia de ionização: nas famílias e
nos períodos, a energia de ionização aumenta confor-
me diminui o raio atômico
3. Volume atômico
É o volume ocupado por 1 mol (6,02 ∙ 1023) de seus
átomos no estado sólido.
Variação do volume atômico.
ELETROAFINIDADE OU
AFINIDADE ELETRÔNICA
É a quantidade de energia liberada por um átomo, no esta-
do gasoso, ao ganhar um elétron.
340
LIGAÇÃO IÔNICA
TEORIA DO OCTETO
Um átomo é estável, se possuir 8 elétrons na camada de Propriedades das
valência ou 2 elétrons, se a camada de valência for a K. substâncias iônicas
Átomos tendem a adquirir uma configuração estável, isto é, São sólidos em condições normais de temperatura
uma configuração semelhante à de um gás nobre. Para isso, (25 °C) e pressão (1 atm).
os átomos ligam-se através dos elétrons de valência.
São duros e quebradiços.
Importante: o número total de elétrons cedidos deve
Possuem pontos de fusão e de ebulição elevados.
ser igual ao número total de elétrons recebidos.
Em solução aquosa (dissolvidos em água) ou no estado
ℓ ℓ
Ocorre entre átomos de ametais (não metais) – incluin- Fórmula Fórmula Pares
do o hidrogênio – mediante compartilhamento de pares Classificação
eletrônica estrutural eletrônicos
de elétrons.
1 par
A A A –A Ligação simples
eletrônico
2 pares
A A A =A Ligação dupla
eletrônicos
Representação da ligação covalente
3 pares
A A A ;A Ligação tripla
a. Fórmula eletrônica, fórmula de Lewis ou eletrônicos
estrutura de Lewis
O compartilhamento dos pares eletrônicos é representado c. Fórmula molecular
por bolinhas (•) dentro de retângulos. Mostra apenas quais e quantos átomos têm a molécula.
b. Fórmula estrutural plana
Os pares eletrônicos compartilhados são representados por
traços (–) que unem os átomos participantes da ligação.
341
Ligação covalente LIGAÇÃO METÁLICA
coordenada ou dativa O metal é um aglomerado de átomos neutros e cátions
São ligações covalentes adicionais usando pares eletrôni- mergulhados em uma nuvem (ou mar) de elétrons livres e
cos de um único átomo. É representada por uma seta (é) mantidos unidos.
na fórmula estrutural.
HNO3 Propriedades dos metais
ou 1. Brilho característico.
2. Alta condutividade térmica e elétrica, graças aos
elétrons livres.
Propriedades das substâncias 3. Altos pontos de fusão e ebulição característicos dos me-
moleculares (covalentes) tais, à exceção do mercúrio.
4. Maleabilidade – os metais são facilmente maleáveis,
1. São encontradas nos três estados físicos.
transformados em lâminas.
2. Apresentam ponto de fusão e ponto de ebulição meno-
res que os dos compostos iônicos. 5. Ductibilidade – os metais também são facilmente trans-
formados em fios.
3. Se puros, não conduzem eletricidade, à exceção do
grafite, que é condutor.
4. Se em estado sólido, apresentam retículos moleculares
ou retículos covalentes.
Orientação
Número de
Fórmula (geometria) das Disposição Geometria
nuvensao redor
eletrônica nuvens (pares dos ligantes molecular
do átomo central
eletrônicos)
Sempre
Linear O=C=O
2
H—C;N
Linear
Angular
3
2 átomos ligantes Trigonal plana
(triangular) Trigonal plana
342
Orientação
Número de
Fórmula (geometria) das Disposição Geometria
nuvensao redor
eletrônica nuvens (pares dos ligantes molecular
do átomo central
eletrônicos)
Angular
2 átomos ligantes
N Piramidal
4
3 átomos ligantes
g
Tetraédrica
Tetraédrica
4 átomos ligantes
Bipirâmide Trigonal: acontece quando há cinco Ligação entre átomos de diferentes eletronegatividades ä
nuvens eletrônicas na camada de valência do átomo ligação covalente polar.
central, todas fazendo ligação química.
Para comparar a intensidade de polarização das ligações,
Octaédrica: acontece quando há seis nuvens ele- recorre-se à escala de eletronegatividade de Pauling:
trônicas na camada de valência do átomo central e
todas fazem ligações químicas.
Geometria de íons
A determinação de sua geometria segue exatamente as
À luz dos itens já discutidos, pode-se estabelecer a se-
mesmas regras usadas para a geometria das moléculas.
guinte relação:
POLARIDADE MOLECULAR
Polaridade das ligações
O acúmulo de cargas elétricas em determinada região é
Polaridade molecular
denominado polo, que pode ser de dois tipos: Como se determina a polaridade ou apolaridade de
uma molécula?
a) Experimentalmente
b) Teoricamente
a. Ligações iônicas
c) Método alternativo para determinação da
As ligações iônicas apresentam máxima polarização. Toda polaridade molecular:
substância iônica é polar por natureza.
número de nuvens eletrônicas ≠ número de átomos iguais
b. Ligações covalentes o molécula polar
Ligação entre átomos de mesma eletronegatividade ä número de nuvens eletrônicas = número de átomos iguais
ligação covalente apolar. o molécula apolar
343
FORÇAS INTERMOLECULARES
Forças de dipolo instantâneo + dipolo in- Aumenta o ponto de fusão e o ponto de ebulição.
duzido ou forças de London ou forças de
Van Der Waals: ocorre entre moléculas apolares
Terceiro caso
LIGAÇÃO DE HIDROGÊNIO Moléculas com mesmo tipo de interação e mesma massa
É um caso particular das forças de dipolo permanente (di- molecular.
polo-dipolo). Ocorre em moléculas que apresentam áto-
mos de hidrogênio (elemento com baixa eletronegativida- Diminui a ramificação.
de) com elementos muito eletronegativos, como o flúor, o
Aumenta área de contato entre as moléculas.
oxigênio ou o nitrogênio.
344
U.T.I. - SALA F2
TF (ºC)
–220
TE (ºC)
–188
1. (UERJ 2020) Na tabela periódica proposta pelo russo
Cø2 –101 –35
Dimitri Mendeleiev, os elementos químicos conhecidos
à época foram agrupados de acordo com a ordem cres- Br2 –7 59
cente de suas massas atômicas, deixando-se espaços I2 114 184
livres para outros que ainda seriam descobertos.
HF –83 20
Considere o seguinte fragmento da tabela de Mende- HCø –115 –85
leiev, no qual estão indicados os símbolos químicos de
HBr –89 –67
alguns elementos e suas respectivas massas atômicas.
HI –51 –35
Rb Sr ? Zr Nb Mo ? Dados: H = 1; F = 19; C" = 35,5; Br = 80; I = 127.
85 87 88 90 94 96 100 a) Justifique a escala crescente das temperaturas TF
e TE do F2 ao I2.
Ag Cd In Sn Sb Te I b) Justifique a escala decrescente das temperaturas
108 112 113 118 122 125 127 TF e TE do HF e do HCℓ.
c) Justifique a escala crescente das temperaturas TF e
Símbolo TE do HCℓ ao HI.
Massa atômica 4. (Ufjf 2019) Em breve, telas de telefones celulares serão
produzidas com um material capaz de se autorregene-
Atualmente, a tabela de classificação periódica apresen- rar quando riscado ou mesmo quebrado. Considere um
ta outro modelo de agrupamento, no qual os elementos composto sólido hipotético, constituído por moléculas
químicos encontram-se organizados por famílias. altamente polares e que contenha apenas átomos de
Dentre os elementos presentes no fragmento da tabela carbono, nitrogênio e oxigênio. Quando telas produzidas
de Mendeleiev, indique o número de camadas eletrôni- com esse material forem quebradas, as forças intermole-
cas daquele com maior massa atômica e escreva, ainda, culares serão fortes o suficiente para unir as duas partes:
a fórmula química da substância formada pelo metal as moléculas do material irão se juntar e colar as duas
alcalino terroso e pelo halogênio. partes, restaurando seu estado original.
Sabendo hoje que a massa atômica do telúrio é maior Agora responda aos itens abaixo:
que a do iodo, explique por que esses dois elementos a) Classifique o composto sólido hipotético como iô-
mantêm na classificação periódica atual a mesma posi- nico ou molecular.
ção que tinham na de Mendeleiev. b) Indique qual força intermolecular seria a responsável
pela autorregeneração da tela do telefone celular.
Dado: c) Uma opção para se proteger a tela de vidro co-
mum é o uso de películas adesivas. Os adesivos são
compostos por substâncias apolares e podem aderir a
praticamente qualquer superfície. Qual força intermo-
lecular mantém a película colada ao vidro?
U.T.I. - E.O.
1. Descreva as principais características do átomo de
2. (Unicid) Considere as seguintes substâncias químicas: Dalton, Rutherford e Bohr.
CC"4, HCC"3, CO2, H2S, C"2, H3CCH3 e NH3.
a) Qual o tipo de ligação química que ocorre nessas 2. Com o auxílio da tabela periódica, responda:
moléculas? Classifique-as em substâncias polares e a) Qual a quantidade de prótons e de nêutrons pre-
não polares. sentes no núcleo do 137Cs.
b) Separe essas substâncias de acordo com o tipo b) Faça a distribuição eletrônica em camadas desse átomo.
de interação intermolecular (forças de Van der Waals,
dipolo-dipolo e ligações de hidrogênio) que apre- 3. Três átomos estão representados pelas letras A, B
sentam quando em presença de outras substâncias e C. xA, x+1B e x+2C pertencem a um mesmo período da
iguais a elas. tabela periódica e B é um halogênio. Classifique A e C
segundo seu grupo e justifique.
3. A tabela adiante apresenta os valores das tempera-
turas de fusão (TF) e de ebulição (TE) de halogênios e 4. O elemento bário pode ser encontrado na forma do
haletos de hidrogênio. íon Ba2+. Determine quantos prótons e quantos elé-
345
trons o íon Ba2+ possui e qual apresenta maior raio À medida que a bixina é o principal constituinte da par-
atômico, Ba ou Ba2+? te corante do urucum, responda:
CH3 CH3
5. O cálcio e o bário são elementos que pertencem à H3CO COOH
família 2A (grupo 2) da tabela periódica. Mesmo sendo
da mesma família, seus compostos possuem algumas O CH3 CH3
aplicações distintas, por exemplo: o carbonato de cálcio
é encontrado nos tecidos ósseos, enquanto o carbonato Bixina
de bário pode ser empregado nas armadilhas de ratos
ou na construção civil. Explique por que o raio atômico Qual dos solventes extrai melhor a bixina do urucum:
do elemento cálcio é menor do que o raio atômico do água (H2O) ou clorofórmio (CCℓ3H)? Por quê?
elemento bário.
10. Qual a fórmula unitária resultante da combinação
6. Sabe-se que quanto maior for o raio atômico, me- química entre os átomos de magnésio (Z = 12) e nitro-
nos eletronegativo é o elemento químico. Assim sendo, gênio (Z = 7)?
analise as afirmativas a seguir, identificando, e justifi-
que sua resposta, quando essas forem falsas, por meio 11. A afirmativa “as moléculas dos gases SO2 e CO2
deste critério. apresentam geometria angular e são polares” está cor-
reta? Justifique sua resposta.
I. O potássio (K) é mais eletronegativo que o cálcio (Ca).
II. O frâncio (Fr) é o mais eletronegativo de todos os 12. Desenhe as fórmulas eletrônicas do H2S e do SO2.
elementos. Qual o tipo de ligação existente?
III. O carbono (C) é mais eletronegativo que o silício (Si).
13. (Ebmsp)
7. Na tabela abaixo estão representados alguns elemen-
tos pelas letras A, B, C e D.
a) Coloque-os em ordem crescente de eletronegativi-
dade e de raio atômico.
b) Explique que relação há entre essas duas proprie-
dades periódicas.
346
a) Qual tipo de ligação química une os átomos cons-
tituintes da molécula de oleocantal?
b) Com base na estrutura apresentada, classifique o
oleocantal como substância polar ou apolar. Justifi-
que sua classificação.
347
QUÍMICA 2
349
PROPRIEDADES DA MATÉRIA
Sólido
As partículas estão em agitação térmica mínima.
Átomos concentrados em um mesmo espaço físico.
Forma e volume são fixos. Ressublimação
350
tado líquido. Ponto de ebulição (temperatura de ebulição)
massa d = __
d = ______ m
é a temperatura na qual uma substância passa do estado v
volume
líquido para o estado gasoso a uma determinada pressão.
O fator característico para uma substância ser pura é, à de-
Obs.: para sólidos e líquidos, a densidade geralmente é expres-
terminada pressão, ter o ponto de fusão constante.
sa em grama por centímetro cúbico (g/cm3 ou g · cm–3) ou
Do mesmo modo que no ponto de fusão, quando se determi- grama por mililitro (g/mL ou g · mL–1). Para gases, cos-
na o ponto de ebulição de uma substância pura, não é admis- tuma ser expressa em gramas por litro (g/L ou g · L–1).
sível que surjam variações superiores a 1 °C na temperatura.
Substâncias puras
Apresentam dois patamares: trechos horizontais que cor-
respondem ao ponto de fusão e ao ponto de ebulição
constantes.
Exemplo 2:
351
Misturas (homogêneas)
Há variação na temperatura durante as duas mudanças
de estado. Portanto, misturas (homogêneas) não possuem
nem ponto de fusão e nem ponto de ebulição definidos.
Vamos exemplificar com uma solução aquosa de NaCℓ:
Misturas especiais
Mistura eutética: comporta-se como se fosse uma PE = 78,1
substância pura somente durante a fusão. Portanto,
possui ponto de fusão constante, mas a sua tempera-
tura de ebulição varia.
Exemplo: solda de funilaria – mistura de estanho (63%)
e chumbo (37%), que se funde (derrete) a Tf = 183 °C.
SISTEMAS
352
da graficamente por uma fórmula molecular, que indica
o número de átomos de cada elemento existente na molé- TIPOS DE MISTURAS
cula da substância. Mistura homogênea – é a que apresenta aspecto
uniforme e propriedades iguais em todos os seus pon-
Substância Fórmula tos. São chamadas soluções.
água H2O Todas as misturas de quaisquer gases são sempre misturas
álcool C2H6O homogêneas.
Exemplos:
Fósforo
gasolina branco
P4 tetratômico
Fósforo
ar atmosférico Fósforo
Pn ou P macromolécula
vermelho
álcool hidratado
353
Elemento Nome da
Fórmula Atomicidade Figura no espaço
químico substância simples
macro-
grafite Cn ou C
molécula
macro-
diamante Cn ou C
molécula
Carbono
macro-
fulereno C60
molécula
macro-
enxofre rômbico S8
molécula
Enxofre
macro-
enxofre monoclínico S8
molécula
ANÁLISE IMEDIATA
354
Exemplo: escolher feijão. Filtração simples: a fase sólida é separada com o
auxílio de papéis de filtro.
Ventilação: o sólido menos denso é separado por
uma corrente de ar.
Exemplo: separação dos grãos de arroz de suas cascas.
Métodos Exemplo
Peneiração ou tamisação: usa-
Separação de
da para separar sólidos formados por
areia e cascalho.
partículas de dimensões diferentes.
Fusão fracionada: usada para Separar uma
separar sólidos cujos pontos de fusão mistura de ferro,
são muito diferentes. chumbo e estanho.
Sublimação: é usada quando um
dos sólidos, por aquecimento, sub-
Sal (ou areia)
lima (passa diretamente do estado
e iodo.
sólido para vapor), e o outro perman- Centrifugação: é uma maneira de acelerar o proces-
ece sólido. so de decantação, utilizando um aparelho denominado
centrífuga. As partículas de maior densidade, por in-
Misturas heterogêneas ércia, são depositadas no fundo do tubo.
[sólido-líquido]
Decantação: a fase sólida, por ser mais densa, sedi-
menta-se. Pode ser feita de duas maneiras:
a) Vira-se lentamente a mistura em um outro frasco;
b) Com o auxílio de um sifão, transfere-se a fase líquida
para um outro frasco (sifonação).
Misturas heterogêneas
[líquido-líquido]
Decantação: separam-se líquidos imiscíveis com
densidades diferentes.
355
Termômetro
Misturas homogêneas
[líquido-líquido]
Misturas heterogêneas [gás-sólido] Destilação fracionada: são separados líquidos mis-
Decantação: a mistura passa através de obstáculos, cíveis, cujas temperaturas de ebulição são distantes.
em forma de zigue-zague, onde as partículas sólidas Termômetro
Coluna
de fracionamento
Balão
Saída de água
Entrada de água
Bico Bunsen
MISTURAS HOMOGÊNEAS
Misturas homogêneas
[sólido-líquido]
O componente sólido encontra-se totalmente dissolvido
no líquido, o que impede a sua separação por filtração.
Evaporação: a mistura é deixada em repouso ou é
aquecida até o líquido (componente mais volátil) sofrer
evaporação. Esse processo apresenta um inconveni-
ente: a perda do componente líquido.
Destilação simples: a mistura é aquecida em uma
aparelhagem apropriada, de tal maneira que o compo-
nente líquido inicialmente vaporiza-se e, a seguir, sofre
condensação, sendo recolhido em outro frasco.
356
O ESQUEMA MOSTRA O TRADICIONAL ALAMBIQUE, USADO PARA PREPARAR BEBIDAS ALCOÓLICAS PROVENIENTES DA FERMENTAÇÃO DE AÇÚCARES OU CEREAIS.
DECAIMENTOS RADIOATIVOS
raios
formando-se em outro núcleo mais estável. raios
raios
substância radioativa (–)
campo magnético
O esquema mostra o comportamento das radiações , e em um campo eletromagnético.
357
Emissões radioativas
Principais emissões radioativas
de partículas a 14
6 C 0
–1b + 14
7 N
358
ENERGIA NUCLEAR Na fissão nuclear, a energia desprendida por um reator nu-
clear transforma a água líquida em vapor, o qual movimenta
Energia proveniente dos núcleos atômicos, mediante rea- uma turbina que produz energia elétrica mediante um gera-
ções de fissão e fusão nucleares. dor. A energia liberada em uma reação de fissão nuclear é
imensamente maior do que as liberadas em reações químicas.
Fissão nuclear
Fusão nuclear
É o processo em que ocorre ruptura do núcleo que é bom-
bardeado com partículas. Fusão nuclear é o processo mediante o qual ocorre a fusão de
dois núcleos mais leves para formar um núcleo mais pesado.
No processo de fissão ocorre uma reação em cadeia.
Essa reação exige temperatura elevadíssima.
1
n
0
Em 1952, conseguiram realizar a primeira fusão não con-
93
36 Kr 1
0 n trolada, que constituiu a primeira bomba de hidrogênio.
235
92 U 1
n
Digamos que a bomba atômica é a “espoleta” da bomba
0
140
Ba
de hidrogênio, que libera a energia necessária para a fusão.
93 56
36 Kr
1
0 n 1
93 0 n
36 Kr
1 1
1
n 0 n 0 n
0
Nêutron 235 235
U
92 92 U 140
56 Ba 1
n
0
1
0 n
140 93
Ba
56 36 Kr
1
0 n
235
92 U 1
0 n
140
56 Ba
1
0 n
MEIA-VIDA OU PERÍODO DE
SEMIDESINTEGRAÇÃO
Vida-média
Curva de decaimento radioativa
Considere uma amostra de material radioativo de massa
inicial m 0. A cada meia-vida decorrida, a massa da amostra
reduz-se à metade.
CURVA DE DECAIMENTO RADIOATIVO.
m
m = ___n0
2
359
E o tempo total decorrido Dt, desde o valor inicial m 0 até Esquematicamente:
se atingir o valor m, será de:
Dt = n · P
't = n · P
m
m = ___n0
2
360
Primário: ligado a 1 ou a nenhum átomo de carbono.
Secundário: ligado a 2 átomos de carbono.
Terciário: ligado a 3 átomos de carbono.
Quaternário: ligado a 4 átomos de carbono.
Exemplo
a ele ligados
Um átomo de carbono pode ser classificado de acordo com
o número de átomos de carbono diretamente ligados a ele.
361
COMPOSTOS AROMÁTICOS RESUMO DAS CADEIAS
Cadeia cíclica com presença do anel aromático (os elétrons CARBÔNICAS
estão em ressonância).
1. Compostos aromáticos mononucleares ou mono-
nucleados: se contiver um único anel benzênico.
2. Compostos aromáticos polinucleares ou polinucle-
ados: se contiver vários anéis benzênicos subdivididos em:
polinucleares isolados: se os anéis não tiverem áto-
mos de carbono em comum;
polinucleares condensados: se os anéis tiverem
átomos de carbono em comum.
HIDROCARBONETOS
Compostos formados unicamente por carbono e hidro- Propriedades físicas dos alcenos
gênio podem ser representados, genericamente, por CxHy,
cuja nomenclatura leva o sufixo o. São insolúveis em água e solúveis em solventes apo-
lares.
Alcanos ou parafinas – São menos densos que a água.
fórmula geral CnH2n + 2 Os pontos de ebulição aumentam de forma igual, se-
São hidrocarbonetos alifáticos saturados com ligações gundo o número de carbonos na cadeia.
simples. Os alcenos são mais reativos do que os alcanos por
possuírem uma ligação dupla, que é mais fácil de
Propriedades físicas dos alcanos ser quebrada.
Os alcanos são pouco reativos, porque as ligações en- Sofrem reações de adição e também de polimerização.
tre C – H e C – C são muito estáveis e difíceis de serem
quebradas.
Alcinos (alquinos) –
São mais utilizados para a queima (combustão), como
combustíveis.
fórmula geral CnH2n – 2
São hidrocarbonetos acíclicos contendo uma única liga-
Os alcanos são compostos apolares, apresentando in-
ção tripla entre os carbonos em sua cadeia carbônica.
teração dipolo induzido-dipolo induzido entre as mo-
léculas.
Eles são insolúveis em água e solúveis em solventes
Propriedades físicas dos alcinos
apolares. São compostos de baixa polaridade.
Possuem densidades menores que 1 g ∙ cm-3, flutuando São insolúveis em água e solúveis em solventes apo-
sobre a água. lares.
São menos densos que a água.
Alcenos (alquenos) – Têm os pontos de fusão e ebulição crescentes com o
fórmula geral CnH2n aumento do número de carbonos na cadeia.
Também conhecidos como olefinas, são hidrocarbonetos Os alcinos são preparados em laboratório porque não
acíclicos contendo uma única ligação dupla entre os se encontram livres na natureza, devido a sua tripla li-
carbonos em sua cadeia carbônica. gação, que é muito reativa.
362
Alcadienos (dienos) – Função Grupo funcional Sufixo
fórmula geral CnH2n – 2 Álcool -ol
São hidrocarbonetos acíclicos contendo duas ligações
duplas entre os carbonos em sua cadeia carbônica.
Ácido carboxílico -oico
Cicloalcanos, ciclanos ou
cicloparafinas – fórmula geral CnH2n Aldeído -al
Nº de
Aromáticos (não há fórmula geral) átomos
Ligação Função Nome
São hidrocarbonetos de cadeia fechada que apresentam 4C ä but simples ä an hidrocarboneto ä o butano
pelo menos um anel benzênico (núcleo aromático).
5 4 3 2 1
H3C — CH2 — C ; C — CH3
NOMENCLATURA OFICIAL IUPAC
Nº de
O nome de uma molécula orgânica é composto de três ele- Ligação Função Nome
átomos
mentos fundamentais:
tripla entre os
prefixo + infixo + sufixo 5C ä pent carbonos 2 e hidrocarboneto ä o pent–2–ino
3 ä 2 – in
Prefixo: indica o número de átomos de carbono da
cadeia principal.
363
Esses radicais livres são bastante instáveis, ou seja, pos- 3. Para montar o nome do composto, o grupo substituinte,
suem vida curta, pois eles possuem elétrons livres ou elé- precedido pelo número que designa a sua localização na
trons desemparelhados dos radicais, reagem ativamente cadeia (quando necessário), é colocado em primeiro lugar;
com qualquer molécula próxima, formando novos com- o nome da cadeia principal é colocado em último lugar.
postos. Quando dois radicais orgânicos ligam-se, forma-se
Os grupos devem ser escritos em ordem alfabética.
uma cadeia carbônica.
Exemplo:
Principais grupos ou radicais
Radical Nome
Metil
Etil
4. Quando duas ou mais cadeias de comprimento igual
— Propil ou n-propil competem pela seleção com a cadeia principal, escolher a
que tiver o maior número de substituintes.
Isopropil 5. Quando a ramificação acontecer numa distância igual
em qualquer dos lados da cadeia principal, escolher o
nome em que a soma das posições das rami-
Butil ou n-butil
ficações dá o menor número.
Sec-butil ou
s-butil
Isobutil
PARA HIDROCARBONETOS
Terc-butil
ou t-butil
INSATURADOS (ALCENOS, ALCINOS
E DIENOS) RAMIFICADOS
Vinil ou etenil Nomenclatura segue a mesma regra dos alcanos ramifica-
dos, com algumas diferenças:
Benzil 1. A cadeia principal é a cadeia mais longa, que deve con-
ter a dupla ou a tripla ligação.
2. A numeração da cadeia é sempre feita a partir da ex-
Fenil tremidade mais próxima da ligação dupla ou tripla.
3. É necessário indicar a localização da ligação dupla ou
tripla usando o menor número do átomo da ligação
NOMENCLATURA DE
dupla ou tripla.
4. Para dienos, as regras de nomenclatura dos alcanos e alce-
HIDROCARBONETOS RAMIFICADOS nos são válidas, sendo diferente somente na hora de selecio-
nar a cadeia principal, que deve conter as duas duplas.
É feita de acordo com as seguintes regras da IUPAC:
1. Localizar a cadeia de átomos de carbono Cadeias cíclicas ramificadas
mais comprida (cadeia principal).
Cicloalcanos (ciclanos) – a nomenclatura de
2. A numeração da cadeia principal começa onde o cicloalcanos ramificados segue as mesmas regras que
substituinte estiver mais próximo, ou seja, de modo a dos alcanos ramificados, acrescentando o pre-
com que se obtenham os menores números possíveis para fixo – ciclo na cadeia principal, seguindo os
os substituintes. Depois, identifique os substituintes. seguintes passos para a numeração das ramificações:
364
Se apenas um substituinte estiver presente, não será
necessário atribuir sua posição.
Aromáticos ramificados
Se a cadeia principal apresentar apenas um anel benzê-
Quando dois ou mais substituintes estiverem presentes, nico, ela é chamada simplesmente de benzeno e pode
numeramos o anel começando pelo substituinte, pri- apresentar um ou mais grupos (ramificações).
meiro em ordem alfabética, e o número na direção que
dá aos substituintes o menor número possível.
Exemplo:
Exemplo:
365
U.T.I. - SALA Bi o 212Po + b
212
Bi o 210Tℓ + a
214
1. (UFG) Uma solução contendo água e cloreto de sódio Observe o gráfico, cujas curvas representam as varia-
foi inadvertidamente misturada a n-hexano e ciclohexa- ções das massas desses radioisótopos ao longo das
no. Para separar essas quatro substâncias, foi realizada duas horas de duração do experimento.
uma sequência de procedimentos (métodos de separa-
ção), que seguiram um ordenamento lógico, baseado
nas propriedades físicas das substâncias citadas.
Considerando a tabela a seguir:
Ponto Ponto de
Sub- Densidade Polari-
de fusão ebulição
stância (g/mL) dade
(°C) (°C)
U.T.I. - E.O.
(FLÁVIA DOS SANTOS COELHO ET AL. “ÓXIDOS DE FERRO E MONAZITA
DE AREIAS DE PRAIAS DO ESPÍRITO SANTO”. QUÍMICA NOVA,
VOL. 28, NO 2, MARÇO/ABRIL DE 2005. ADAPTADO.)
366
Após observar as imagens anteriores, responda: novamente filtrada, obtendo-se, como resíduo no
a) Qual o tipo de ligação existente? filtro, outro componente da mistura inicial.
b) Qual a relação entre as três estruturas? • Etapa 3: o líquido filtrado na etapa 2 foi evaporado,
obtendo-se o último componente da mistura inicial.
2. Para um químico, ao desenvolver uma análise, é Indique qual componente da mistura é recuperado em
importante verificar se o sistema com o qual está tra- cada uma das etapas do procedimento empregado para
balhando é uma substância pura ou uma mistura. De- a separação da mistura inicial.
pendendo do tipo de mistura, podemos separar seus
componentes por diferentes processos. Assinale as afir- 5. (USCS – Medicina) Em uma cooperativa de recicla-
mativas a seguir, classificando-as em certo ou errado e gem foi triturada uma mistura dos plásticos polieti-
justificando sua resposta. leno tereftalato (PET), polietileno de alta densidade
a) Uma mistura homogênea pode ser separada atra- (PEAD), policloreto de vinila (PVC) e poliestireno (PS),
vés de decantação. cujas densidades são 1,38 g/mL, 0,96 g/mL, 1,25 g/mL
b) A mistura álcool e água pode ser separada por fil- e 1,06 g/mL, respectivamente.
tração simples. A separação dos grânulos plásticos obtidos após a tri-
c) A mistura heterogênea entre gases pode ser sepa- turação foi feita colocando-se a mistura em soluções
rada por decantação. apropriadas, conforme o esquema a seguir:
d) Podemos afirmar que, ao separarmos as fases sóli-
das e líquida de uma mistura heterogênea, elas serão
formadas por substâncias puras.
e) O método mais empregado para a separação de
misturas homogêneas sólido-líquido é a destilação.
367
prevenção e o tratamento do câncer de mama, causa 12. (UFJF-Pism 2) A quercetina, cuja estrutura química
mais frequente de morte por câncer em mulheres. Um está representada abaixo, está associada com proces-
dos tratamentos do câncer utiliza radioisótopos que sos de inibição de inflamação óssea. Com relação à sua
emitem radiações de alta energia, como a gama, 00 J efi- fórmula estrutural bem como a de seu análogo estrutu-
cientes na destruição de células cancerosas que são ral A, responda aos itens a seguir.
mais susceptíveis à radiação, por se reproduzirem ra-
pidamente. Entretanto é impossível evitar danos às
células saudáveis durante a terapia, o que ocasiona
efeitos colaterais como fadiga, náusea, perda de ca-
belos, entre outros. A fonte de radiação é projetada
para o uso das radiações gama, já que as radiações
alfa, 24a e beta,-10b são menos penetrantes nos tecidos
e nas células. Um dos radionuclídeos usados na radio-
60
terapia é o cobalto, 27 Co.
Com base nas informações e nos conhecimentos sobre
radioatividade:
a) apresente um argumento que justifique o maior
poder penetrante das radiações gama em relação às
radiações alfa e beta.
b) represente, por meio de uma equação nuclear, o
decaimento radioativo do cobalto 60 com a emissão
de uma partícula beta, indicando o símbolo, o número
atômico e o número de massa do elemento químico
obtido após emissão da partícula.
368
QUÍMICA 3
369
GRANDEZAS QUÍMICAS
370
Exemplos: Massa molar de uma substância (M)
1 mol de átomos contém 6,02 · 10 átomos.
23
371
Observação: em alguns casos, a fórmula molecular é Tem-se, então:
igual à fórmula mínima; em outros, porém, é um múltiplo
inteiro da fórmula mínima. mA + mB = mC + mD
ESTEQUIOMETRIA
372
estiver em quantidade maior que a proporção correta, ela Podem ocorrer perdas de produto durante a reação,
não será consumida totalmente. Essa quantidade de subs- como ao serem usadas aparelhagens de má qualidade.
tância que não reage é chamada excesso.
Logo, as substâncias não reagem na proporção em Rendimento (R) é o quociente entre a quantidade de
que nós as misturamos, mas sim na proporção em produto realmente obtida em uma reação e a quanti-
que a equação – ou seja, a lei de Proust – determi- dade que teoricamente seria obtida, de acordo com a
na, e devemos sempre nos lembrar de que é o reagente equação química correspondente.
em falta ou reagente limitante (fator limitante) que
“comanda” toda a reação, pois, no instante em que ele
acaba, a reação será interrompida. Quantidade real
Rendimento: _______________
Quantidade teórica
Pureza
Geralmente, os reagentes utilizados nas indústrias não são
totalmente puros. %R = R ∙ 100
Assim, quando for preciso calcular a massa de produto ob- Misturas de reagentes
tido a partir de um reagente impuro, temos que, primeiro, Somente as substâncias puras têm fórmulas químicas e
calcular qual é a parte pura da amostra e, depois, efetuar somente com elas podemos escrever equações químicas.
os cálculos com o valor obtido.
Às vezes, é preciso saber quanto de cada componente deve
ser misturado para formar outra mistura de composição
Reações consecutivas previamente fixada.
Nesse tipo de problema, é indispensável que: Nesses problemas, a dificuldade fundamental é: as misturas
não são obrigadas a obedecer a uma proporção constante.
Todas as equações estejam balanceadas individualmente.
As substâncias “intermediárias” sejam canceladas. 1° caso: quando a composição
Daí para diante, recaímos num cálculo estequiométrico da mistura reagente é dada
comum. O ideal é resolver as equações químicas separadas, efetu-
ando o cálculo estequiométrico também separadamente.
Rendimento
Quando o rendimento da reação não é total, a quantida- 2° caso: quando a composição
de de produto obtido é menor que a quantidade esperada da mistura reagente não é
teoricamente.
conhecida, pelo contrário, constitui
Isso pode acontecer devido a diversos fatores:
a pergunta do problema
Podem ocorrer reações paralelas à que desejamos.
Neste caso, não podemos somar as equações porque
A reação pode ficar incompleta por ser reversível. não conhecemos a proporção. Assim sendo, o caminho
373
é trabalhar com cada equação química separadamente,
como foi feito no 1° caso. Inicialmente, vamos adotar o Volumes iguais de gases quaisquer, à mesma pressão e
seguinte raciocínio: temperatura, contêm o mesmo número de moléculas.
VOLUME MOLAR P ·V = n · R ·T
O volume ocupado por um mol de qualquer substância é
chamado volume molar. Da qual:
Um conjunto de valores de pressão e temperatura padroni- P é a pressão exercida pelo gás e é expressa em milíme-
zados no estudo dos gases é: 1 atm e 0 ºC. Essas condições tros de mercúrio (mm de Hg) ou em atmosfera (atm).
experimentais são chamadas condições normais de tempe-
ratura e pressão (CNTP ou TPN). V é o volume ocupado pelo gás.
TRANSFORMAÇÕES GASOSAS
374
reduzindo o volume ocupado. Gráfico pressão-volume
9. A pressão exercida pelos gases é determinada pelo
número de colisões por unidade de tempo, entre as
partículas e as paredes do recipiente, portanto, quanto
maior a quantidade de gás maior é o número de partículas,
o número de colisões e a pressão. A pressão exercida por
um gás confinado num recipiente aumenta com o aumen-
to da temperatura.
Sob o ponto de vista microscópico, o estado de um gás
é caracterizado por três variáveis: volume, temperatura e
pressão, denominadas variáveis de estado.
Volume – espaço ocupado por uma substância. No
caso dos gases, o volume de uma dada amostra é igual P1 · V1 = P2 · V2
ao volume do recipiente que a contém.
Temperatura – é a medida do grau de agitação das
partículas.
Lei de Charles/Gay-Lussac
“À pressão constante, o volume ocupado por uma mas-
Pressão – definida como força por unidade de área.
sa fixa de gás é diretamente proporcional à temperatura
Lei de Boyle-Mariotte
“À temperatura constante, uma determinada massa de gás
ocupa um volume inversamente proporcional à pressão
exercida sobre ele”.
Essa transformação gasosa é chamada de isotérmica.
Experiência de Boyle-Mariotte
Graficamente:
375
Se a temperatura aumentar, aumenta a energia cinética Graficamente:
das moléculas. Portanto, para manter a pressão constante,
ocorre um aumento do volume.
Conclusão:
V1 __
__ V
= 2
T1 T2
P1V1 ____
____ PV
= 2 2
T1 T2
MISTURAS GASOSAS
PRESSÃO PARCIAL
sistema homogêneo.
Para uma mistura gasosa qualquer, a quantidade
em mol resulta: Corresponde à pressão que este gás exerceria, caso estivesse
sozinho ocupando o mesmo volume e à mesma temperatura
Sn = n1 + n2 + ... da mistura.
376
Para o gás A: PA · V = nA · R · T
A pressão total do sistema corresponde à soma das Para a mistura: PTOTAL ∙ V = nTOTAL R ∙ T
pressões parciais exercidas pelos gases que compõem
PA ____
____ n nA
a mistura. =n A = PA = = ____
n . Ptotal
PTOTAL TOTAL TOTAL
A conclusão acima é chamada de lei de Dalton.
Fazendo relação idêntica com o volume parcial, temos:
Mostrando matematicamente, temos que:
Para o gás A: P · VA = nA · R · T
PTOTAL = P1 + P2 + P3 + ... + Pn ou PTOTAL = Sp Para a mistura: P ∙ VTOTAL = nTOTAL R ∙ T
VA ____
____ n nA
A pressão exercida pela mistura gasosa está dire- = n A = VA = =____
n . Vtotal
VTOTAL TOTAL TOTAL
tamente relacionada à quantidade de partículas de
cada gás. Logo, quanto mais partículas de gases houver, nA
A razão n____ é chamada de fração molar (X), que cor-
maior será a pressão parcial de cada gás e, consequente- TOTAL
mente, maior será a pressão total. responde a um quociente entre uma quantidade
de mol e a quantidade total de mol da mistura.
FRAÇÃO MOLAR
Relacionando a pressão parcial de um gás A com a pres-
são total da mistura e tirando a razão entre eles, temos:
377
espontaneamente de modo que o gás sempre ocupe o condições de temperatura e pressão. Logo, a velocidade de
maior volume possível. escoamento de um gás é inversamente proporcional à raiz
quadrada de sua densidade. Essa lei é válida tanto para
A efusão é o escoamento espontâneo das moléculas gas-
difusão quanto para efusão.
osas através de orifícios, como um gás que atravessa pare-
des porosas ou tubos capilares na separação de misturas ___ ___
gasosas. VA
___ MB
dB ___
__
Um gás com maior densidade tem velocidade menor
que a de outro gás com menor densidade, nas mesmas √ √
VB = dA = MA
378
U.T.I. - SALA 4. (UFG) Uma lata de refrigerante tem o volume total
de 350 mL. Essa lata está aberta e contém somente
o ar atmosférico, e é colocada dentro de um forno
1. (Unicamp) O processo de condenação por falsifica- a 100 °C. Após a lata atingir essa temperatura, ela
ção ou adulteração de produtos envolve a identificação é fechada. A seguir, tem sua temperatura reduzida a
do produto apreendido. Essa identificação consiste em 25 °C. Com o decréscimo da temperatura, ocorre
descobrir se o produto é aquele informado e se os com- uma redução da pressão interna da lata que levará
ponentes ali contidos estão na quantidade e na concen- a uma implosão. Ante o exposto, calcule a pressão
tração indicadas na embalagem. no interior da lata no momento imediatamente an-
Dados: citrato de sildenafila (C22H30N6O4S · C6H6O7;666,7 g/mol) terior à implosão e o volume final após a implosão.
e tadalafila (C22H19N3O4;389,4 g/mol).
U.T.I. - E.O.
a) Considere que uma análise da Anvisa tenha desco-
berto que o comprimido de um produto apresentava
5,2 . 10–5 mol do princípio ativo citrato de sildenafi-
la. Esse produto estaria ou não fora da especificação, 1. Uma vez que as massas atômicas do oxigênio
dado que a sua embalagem indicava haver 50 mg e do sódio são, respectivamente, 16 e 23, então a
dessa substância em cada comprimido? Justifique sua massa de 23 átomos de oxigênio é a mesma que
resposta. a de 16 átomos de sódio. Essa afirmativa é verda-
b) Duas substâncias com efeitos terapêuticos seme- deira ou falsa? Justifique.
lhantes estariam sendo adicionadas individualmen-
te em pequenas quantidades em energéticos. Essas 2. Considere uma xícara que contém 180 mL de água.
substâncias são o citrato de sildenafila e a tadalafila. Determine, respectivamente, o número de mol de mo-
Se uma amostra da substância adicionada ao ener- léculas de água, o número de moléculas de água e o
gético fosse encontrada, seria possível diferenciar entre número total de átomos (massas atômicas = H = 1,0; O
o citrato de sildenafila e a tadalafila, a partir do teor = 16; Número de Avogadro = 6,0 · 1023; densidade da
de nitrogênio (N = 14 g/mol) presente na amostra? água = 1,0 g/mL).
Justifique sua resposta.
3. O limite de O3 na troposfera, permitido por lei, é
2.(UFPR) O carbonato de sódio é um composto largamente de 160 microgramas por m3 de ar. No dia 30/07/95,
usado para corrigir o pH em diversos sistemas, por exem- na cidade do Rio de Janeiro, foi registrado um índi-
plo, água de piscina. Na forma comercial, ele é hidratado, ce de 760 microgramas de O3 por m3 de ar. Quantos
o que significa que uma quantidade de água está incluída mol de O3 por m3 de ar foram encontrados acima do
na estrutura do sólido. Sua fórmula mínima é escrita como limite permitido por lei, no dia considerado?
Na2CO3 · xH2O, em que x indica a razão de mols de água (Dado: 1 micrograma = 10–6 g)
por mol de Na2CO3. O valor de x pode ser determina-
do através de uma análise gravimétrica. Uma amostra 4. Estudos apontam que a amônia (NH3), adicionada
de 2,574 kg do sal hidratado foi aquecida a 125 °C, de ao tabaco, aumenta os níveis de absorção de nicotina
modo a remover toda a água de hidratação. Ao término, pelo organismo. Nos cigarros brasileiros, nos quais
a massa residual de sólido seco foi de 0,954 kg. os níveis médios de amônia são de 14 mg/cigarro,
Dados: M(g/mol): Na2CO3 = 106; H2O = 18. encontram-se, aproximadamente, quantas moléculas
de amônia por cigarro?
a) Calcule a quantidade de matéria presente no sal
seco. Mostre claramente seus cálculos. 5. Em uma prova de atletismo, um atleta gasta cer-
b) Calcule a quantidade de matéria de água que foi remo- ca de 720 kcal, o que equivale a 180 g do carboi-
vida pelo aquecimento. Mostre claramente seus cálculos. drato C3H6O3. A partir dessas informações, é cor-
c) Calcule a razão entre os resultados dos itens b) e a). reto afirmar que essa quantidade de carboidrato
d) Forneça a fórmula mínima do sal hidratado incluin- corresponde a quantos mol de carboidrato?
do o valor de x.
6. O hidrogênio, por ser mais leve que o ar, foi muito
3. (Udesc) Os compostos reduzidos de enxofre, prin- usado no passado para encher balões dirigíveis. Con-
cipalmente o sulfeto de hidrogênio (H2S), um gás de tudo, existe um grande risco de explosão. Sabe-se que
cheiro desagradável, são formados por atividade bac- a produção de hidrogênio pode ser realizada a partir
teriana anaeróbica em “lixões”. Ele pode ser removi- do metano com vapor de água, segundo a seguinte
do do ar por uma variedade de processos, entre eles, reação não balanceada CH4(g) + H2O(g) o CO2(g) + H2(g).
o bombeamento através de um recipiente com óxido
Qual a massa de CH4, em kg, consumida nesse processo
de ferro (III) hidratado, o qual se combina com sulfeto
para produzir um volume de gás hidrogênio nas CNTP
de hidrogênio:
capaz de encher um balão dirigível de 560 m3?
Fe2O3 · H2O(s) + 3H2S(g) o Fe2S3(s) + 4H2O(ℓ)
Se 208 g de Fe2S3 são obtidos pela reação, qual a quan- 7. Um balão de volume constante de 273 L é cheio com
tidade de H2S removida? Considere que Fe2S3 · H2O está oxigênio gasoso até alcançar a pressão interna de 4,1 atm
em excesso e que o rendimento da reação é de 100%. a 0 ºC. De acordo com estas informações, determine:
379
Dados: massa molar do O2 = 32 g · mol–1 tanque de 82 L, à temperatura de 300 K e pressão de
R = 0,082 atm · L · mol–1 · K–1 150 atm, sofre combustão. Admita que o metano ar-
mazenado no tanque se comporte como um gás ideal.
a) o número de mol do gás, no balão;
Dados: R = 0,082 atm · L · mol–1 · K–1; H = 1; C = 12; O = 16.
b) a massa do gás, no balão.
Reação: CH4 + O2 o CH2O + H2O
8. O air bag é uma bolsa de náilon fino, com volume de
cerca de 80 litros e que, em caso de colisão, é preenchi- 12. (UEPG) Foram misturados 5,0 g de cloreto de sódio e
da rapidamente (# 40 ms) com N2 gasoso. O N2 gasoso é 18,0 g de nitrato de prata ambos em solução aquosa, o
proveniente da seguinte sequência de reações: que levou à formação de um precipitado branco de clo-
2NaN3(s) o 2Na(s) + 3N2(g) reto de prata. Com relação à reação ocorrida, assinale
o que for correto.
10Na(s) + 2KNO3(s) o K2O + 5Na2O(s) + N2(g)
Dados: Na = 23; O = 16; Ag = 108; N = 14.
Sabendo-se que a massa molar do NaN3 é igual a 65 g/mol 01) A equação balanceada para essa reação é a se-
e considerando-se que, nas condições de reação, (I) 1 mol guinte: NaCℓ(aq) + AgNO3(aq) o NaNO3(aq) + AgCℓ(s).
de NaN3 produz, ao final do processo, 1,6 mol de N2 com 02) O reagente em excesso na reação é o NaCℓ.
100% de rendimento e (II) 1 mol de N2 gasoso ocupa um 04) A massa que sobra do reagente em excesso após
volume de, aproximadamente, 25 litros, calcule a massa a ocorrência da reação é de 3,5 g.
de NaN3 necessária para produzir 4 (quatro) litros de N2
08) A massa do precipitado de AgCℓ formado é de
nessas condições. Apresente seus cálculos.
44,1 g.
9. Nos frascos de desodorante spray, usavam-se como 16) O reagente limitante da reação é o AgNO3.
propelentes compostos orgânicos conhecidos como 13. (UFTM) O cloreto de cálcio, por ser um sal higroscópi-
clorofluorocarbonos. As substâncias mais emprega- co, absorve umidade com facilidade. Devido a essa pro-
das eram CCøF3 (Freon 12) e C2Cø3F3 (Freon 113). Num priedade, é utilizado como agente secante nos laborató-
galpão abandonado, foi encontrado um cilindro supos- rios de química e pode ser preparado a partir da reação
tamente contendo um destes gases. Identifique qual é de calcário com ácido clorídrico.
o gás, sabendo-se que o cilindro tinha um volume de
10,0 L, a massa do gás era de 85 g e a pressão era de CaCO3(s) + 2HCℓ(aq) o CaCℓ2(aq) + H2O(ℓ) + CO2(g)
2,00 atm a 27 °C. A partir do resfriamento da solução aquosa de cloreto
Dados: massas molares em (g · mol–1): H = 1, C = 12, de cálcio, resultante da reação apresentada, forma-se
F = 19, Cℓ = 35,5. o CaCℓ2(s).
a) Descreva os processos de separação envolvidos na
10. (UFG) Um cilindro contendo 64 g de O2 e 84 g de obtenção do sólido CaCℓ2.
N2 encontra-se em um ambiente refrigerado a –23 °C. b) Calcule a massa de cloreto de cálcio que pode ser
O manômetro conectado a esse cilindro indica uma obtida a partir da reação de 625 g de calcário conten-
pressão interna de 4 atm. Além disso, o manômetro do 80% de CaCO3 com excesso de solução de HCℓ.
também indica um alerta de que as paredes do cilin-
dro suportam, no máximo, 4,5 atm de pressão. Devi- 14. (Unesp) O cloreto de cobalto(II) anidro, CoCℓ2 é um
do a uma falha elétrica, a refrigeração é desligada sal de cor azul, que pode ser utilizado como indicador
e a temperatura do ambiente, em que o cilindro se de umidade, pois torna-se rosa em presença de água.
encontra, se eleva a 25 °C. Obtém-se esse sal pelo aquecimento do cloreto de co-
Dado: R = 0,082 atm · L · mol–1 · K–1 balto(II) hexa-hidratado, CoCℓ2 · 6H2O de cor rosa, com
liberação de vapor de água.
a) Calcule o volume do cilindro e a pressão parcial de
cada gás nas condições iniciais em que o cilindro se sal anidro (azul) +
sal hexa-hidratado (rosa) aquecimento
encontrava. + vapor de água
b) Demonstre, por meio de cálculos, se as paredes do Determine aproximadamente a massa de sal anidro
cilindro vão resistir à nova pressão interna, a 25 °C, obtida pela desidratação completa de 0,1 mol de
após a falha elétrica. sal hidratado.
11. Recentemente, identificou-se um aumento da con- Dados: Co = 58,9; Cℓ = 35,5.
centração de metanal (CH2O) (formaldeído) no ar da
cidade de São Paulo, possivelmente ocasionado por
combustão incompleta em motores de automóveis
adaptados para uso de gás natural. Admita que o gás
natural seja constituído exclusivamente por metano e
que, durante o processo de combustão, 1% dessa subs-
tância se converte apenas em formaldeído e água.
Determine a massa, em gramas, de metanal formado
quando todo o metano, originalmente contido em um
380