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ESCOLA JOÃO PAULO I

MARIA EDUARDA PEREIRA DA SILVA - 1° B

Ori
gem
da
BIOLOGIA
Professora: Carmen Figueirôa
Terr
JABOATÃO DOS GUARARAPES
MARÇO - 2024 ae
dos
BIG BANG

A teoria do Big Bang está entre as mais aceitas na atualidade para explicar a
origem e evolução do Universo. Sustenta que o Universo surgiu a partir de um ponto
único - o átomo primordial - que se expandiu, causando um cataclismo cósmico
inigualável a cerca de 13,8 bilhões de anos. A mesma teoria afirma ainda que o
Universo está em contínua expansão. Elaborada pelo astrônomo belga George
Lemaître (1894 – 1966), a teoria considerou os estudos sobre a Teoria da
Relatividade Geral, do físico alemão Albert Einstein (1879 – 1955).
O matemático russo Alexander Friedmann (1888 – 1925) ao investigar
soluções das equações da relatividade geral, chegou a ideia da expansão do
universo. Contudo, sua interpretação era muito mais matemática do que física.
Independentemente, Lemaître chegou as mesmas soluções de Friedmann.
Entretanto, ele foi além da análise matemática, buscando explicar o universo real.
A teoria do Big Bang foi reforçada pelos estudos de Edwin Hubble (1889 –
1953) de que as galáxias estão se afastando em todas as direções. Nas suas
observações, Hubble identificou que quanto mais distante a galáxia, maior é a
velocidade com que ela se afasta de nós (Lei de Hubble).
A Lei de Hubble nos leva a conclusão que, se o universo está em expansão,
em algum momento do passado o seu tamanho era mínimo. Sendo a grande
expansão a responsável pela criação de tudo, inclusive o espaço e o tempo.

ABIOGÊNESE × BIOGÊNESE

Os homens sempre tiveram curiosidade a respeito da vida e de seu


surgimento. Desde os primeiros pensadores eles procuram entender como surgiu a
primeira forma de vida na Terra. Fato concreto é que nada surgiu da mesma
maneira como é visto hoje, mas uma dúvida permanece: De onde surgiu a vida?
A princípio acreditava-se que a vida surgia de matéria inanimada, sem vida.
Essa era a teoria da geração espontânea, também chamada de abiogênese. Os
estudiosos da época, incluindo o filósofo Aristóteles (384-322 a.C.), afirmavam que
os seres vivos poderiam vir de material que não era vivo. Hoje percebemos
claramente que a ideia é ilógica, mas na época diversos experimentos foram
realizados para prová-la. O mais clássico experimento que tentava explicar a
abiogênese era o surgimento de ratos a partir de roupas sujas. Colocavam-se
roupas sujas acompanhadas de grãos de trigo em determinado local e, após alguns
dias, nasciam ratos. Para nós é claro que os ratos eram atraídos pelo odor das
roupas sujas e pelo alimento, porém a ideia da abiogênese perdurou por diversos
anos.
Francesco Redi (1626-1697) foi o primeiro a colocar em xeque a teoria.
Segundo ele, seria impossível um ser vivo nascer de matéria bruta. Mas como ele
poderia provar que a teoria aceita por diversos anos estava errada?
Redi criou um experimento para tentar acabar de vez com essa ideia errônea.
Sua experiência consistia em colocar carne em diversos vidros de boca larga,
deixando alguns fechados com gaze e outros abertos. O resultado foi que nos vidros
abertos, onde moscas podiam pousar livremente, surgiram larvas. Já o vidro fechado
não apresentou nenhuma larva. Redi concluiu, então, que as larvas eram algum
estágio da vida das moscas e que elas não surgiam dos pedaços de carne. A teoria
da abiogênese ficou, então, abalada e surgiu a teoria da biogênese

EXPERIMENTO DE REDI

Um dos primeiros trabalhos científicos que tentaram provar que a vida só


pode surgir por meio de um ser vivo preexistente foi o de Francesco Redi (1626–
1697). Esse médico italiano foi responsável por iniciar os estudos que levaram à
comprovação da teoria da biogênese.
Muitas pessoas no passado acreditavam que larvas e vermes surgiam da
carne em putrefação. Redi, no entanto, se questionava a respeito dessa afirmação e
realizou um experimento, em 1668, a fim de testar se a hipótese da abiogênese era
realmente correta.
Para testar a sua hipótese, Redi colocou pedaços de carne em frascos,
cobrindo alguns deles com uma gaze fina e deixando outros abertos. O experimento
então foi exposto ao ambiente externo. Redi percebeu que nos frascos abertos as
moscas tinham contato direto com os pedaços de carne, enquanto naqueles que
estavam cobertos o contato não acontecia. Depois de algum tempo, surgiram larvas
na carne presente nos recipientes abertos, porém não surgiu nenhuma nos
fechados. Se a teoria da geração espontânea fosse realmente correta, nos frascos
cobertos com gaze deveriam surgir larvas, assim como naqueles descobertos.
O médico então entendeu que as larvas não surgiam da carne em putrefação,
e sim das moscas que botavam ovos na carne dos frascos abertos. As larvas eram,
portanto, um estágio do desenvolvimento das moscas atraídas pelo alimento.

EXPERIMENTO PASTEUR

Adepto da teoria biogênica, Louis Pasteur em 1861, através de um


experimento, conseguiu demonstrar conclusivamente a impossibilidade da geração
espontânea da vida (hipótese tão defendida pelos abiogenistas), ou seja, a origem
da vida somente é possível a partir da matéria viva, de um ser vivo preexistente.
No experimento, Pasteur adicionou um caldo nutritivo a um balão de vidro
com gargalo alongado. Em seguida aqueceu o gargalo, imprimindo a esse um
formato de tubo curvo (pescoço de cisne). Após a modelagem prosseguiu com a
fervura do caldo, submetendo-o a uma temperatura até o estado estéril (ausência de
micro-organismo), porém permitindo que o caldo tivesse contato com o ar.
Depois da fervura, deixando o balão em repouso por muito tempo, percebeu
que o líquido permanecia estéril. Isso foi possível devido a dois fatores: O primeiro
foi consequente ao empecilho físico, causado pela sinuosidade do gargalo. O
segundo ocasionado pela adesão de partículas de impureza e micro-organismos às
gotículas de água formadas na superfície interna do gargalo durante a condensação
do vapor, emitido pelo aquecimento e resfriado quando em repouso.
Depois de alguns dias, ao verificar a não contaminação, Pasteur quebrou o
gargalo, expondo o caldo inerte aos micro-organismos suspensos no ar,
favorecendo condições adequadas para a proliferação de germes.
Esse cientista além de contribuir para o fim do equívoco abiogenista, também
desenvolveu, a partir da aplicação do aquecimento e resfriamento simultâneo, a
técnica de pasteurização largamente utilizada para conservação dos alimentos.
Em síntese, Louis Pasteur enfatizava a importância de práticas higiênicas
como: ferver ou filtrar a água, lavar e armazenar adequadamente os alimentos,
evitando a contaminação por bactérias patogênicas.
EXPERIMENTO MILLER

O experimento de Miller era formado por tubos e balões de vidro interligados,


onde foram adicionados compostos existentes na atmosfera primitiva, segundo
Oparin: amônia (NH3), metano (CH4), hidrogênio (H2) e vapor de água (H2O).
O sistema foi aquecido e recebeu descargas elétricas, simulando a
temperatura elevada da época e as tempestades que ocorriam. No condensador a
mistura dos gases era resfriada, simulando o resfriamento da Terra, pois as
gotículas de água acumuladas escorriam, simulando as chuvas. O aquecimento
provocava o ciclo desse processo.
Miller manteve esse sistema por uma semana. Após esse tempo, a água do
reservatório, ou armadilha, foi analisada através de vários experimentos e mostrou a
presença de aminoácidos e outras substâncias químicas mais simples.
Hoje sabemos que os gases presentes na atmosfera eram bem diferentes dos
propostos por Oparin e utilizados por Miller. Experimentos recentes demonstraram
que a atmosfera primitiva era formada por gás carbônico (CO2), metano (CH4),
monóxido de carbono (CO) e gás nitrogênio (N2). Mesmo que Miller não tenha
usado os mesmos gases, seu experimento mostra que nas condições da Terra
primitiva era possível a formação de aminoácidos.

HIPÓTESE DE OPARIN E HALDANE

A hipótese mais aceita atualmente para explicar a origem da vida no planeta é


a de Oparin e Haldane. Esses dois pesquisadores, de maneira independente,
propuseram que a Terra apresentava uma atmosfera diferente no passado e que a
ação de diferentes fatores culminou na formação de moléculas simples, as quais
deram origem à vida.
A atmosfera primitiva, de acordo com Oparin e Haldane, era composta
basicamente por amônia, hidrogênio, metano e vapor de água. O vapor de água era
essencial para a formação de nuvens, que se precipitavam, ocasionando chuvas, o
que permitiu que a superfície da Terra recebesse água. Essa água evaporava muito
rapidamente, uma vez que, no início, a superfície era extremamente quente. A
atmosfera da Terra primitiva sofria ainda com a ação de descargas elétricas e
radiação ultravioleta do Sol. Esses dois agentes foram essenciais para que os
elementos da atmosfera reagissem e formassem moléculas orgânicas, como os
aminoácidos.
Esses compostos chegaram à superfície da Terra por meio da água das
chuvas. Os aminoácidos, em condições adequadas, deram origem a estruturas
semelhantes a proteínas. Essas proteínas foram acumulando-se nos oceanos em
formação e deram origem aos chamados coacervados (agregados de proteínas
rodeadas por água). Com o tempo, esses agregados tornaram-se cada vez mais
estáveis e complexos e passaram a se duplicar, resultando nos primeiros seres
vivos.

PANSPERMIA

Panspermia explica a hipótese de que a vida existe em todo o Universo,


distribuída por meteoros, asteroides e planetoides. Em suma ela propõe que seres
vivos que podem sobreviver aos efeitos do espaço, ao estilo dos extremófilos ou
tardígrados, ficam presos nos escombros que são ejetados ao espaço ou por
colisões entre pequenos corpos do sistema estelar e planetas que abriguem vida, ou
mesmo por catástrofes maiores de natureza similar. Os tardígrados ou similares
viajariam dormentes nos destroços por um longo período de tempo antes desses
colidirem aleatoriamente com outros planetas ou misturarem-se com discos
protoplanetários de outros sistemas estelares.
A hipótese da panspermia cósmica é uma das hipóteses acerca de como
surgiram as primeiras formas de vida no planeta Terra. Essa ideia surgiu pela
primeira vez no século V a.C., na Grécia, remontando a autoridade a Anaxágoras, e
foi colocada novamente em evidência no século XIX por Hermann von Helmholtz, no
ano de 1879.
A hipótese baseia-se na ideia de que a vida foi trazida à Terra do espaço em
meteoritos que abrigavam formas de vida primárias. O apoio à ideia reside no fato
de que, cientificamente, já foi encontrada matéria de natureza orgânica em
meteoroides e meteoritos; e de que há organismos microscópicos conhecidos
suficientemente resistentes para, em hipótese, suportar uma viagem espacial até a
Terra, mesmo considerado que as condições que esses teriam de enfrentar sejam
as mais extremas já cogitadas.
A teoria da panspermia encontra-se, ao menos hoje, desacreditada junto à
ciência, mesmo havendo dados suficientes para corroborar a afirmação de que a
estrutura da matéria no universo é, assim como a matéria no nosso sistema solar,
igualmente descrita pela nossa tabela periódica, e para colaborar a afirmação de
que há possibilidade de a vida desenvolver-se também em outros sistemas
planetários que nem o nosso. O descrédito atrela-se sobretudo ao fato dessa
hipótese simplesmente transferir para lugares remotos do universo a questão sobre
a abiogênese química da vida; ao passo que, factualmente verificável, tem-se
ciência de que a vida desenvolveu-se e prosperou, até o momento, apenas na Terra.

CRIACIONISMO

O Criacionismo é a teoria ou crença religiosa na qual a humanidade, toda a


vida na Terra e no Universo são frutos da criação de um ser sobrenatural.
Essa teoria parte do pressuposto de que essas criações não estariam sujeitas
a evoluções ou transformações. Ela se opõe as teorias evolucionistas, baseadas
principalmente nos estudos de Charles Darwin.
O criacionismo é um discurso baseado em tradições escritas que buscam
explicações literais para narrativas mítico-religiosas presentes nas escrituras de
diferentes religiões. Assim, as religiões do mundo irão construir sua própria teoria
criacionista.
Na civilização grega, foi com os Titãs que se deu a origem do homem,
moldado em barro, como na narrativa bíblica, na qual o homem teria sido criado
após o céu e terra.
Vale destacar que três importantes religiões monoteístas possuem suas
versões criacionistas e são amplamente aceitas pela população: o judaísmo,
cristianismo e islamismo. De modo geral, todas as civilizações buscam ou buscaram
dar conta da origem do Homem e do Universo e cada uma possui uma versão sobre
o tema.
Na maioria, a explicação é religiosa, a qual afirma que todos os seres vivos
teriam sido criados por uma ou mais entidades (quase sempre antropomórficas).
Isso porque, o Criador faz sua criatura à sua imagem e semelhança.
Observe que nas crenças dessa natureza, a interferência divina se estende
para além do ato de criação. O ser divino continua agindo no mundo mortal, como
quando Deus inspira Noé a construir sua arca para fugir do dilúvio

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