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Origem da Vida

O universo de acordo com a Teoria do Big Bang, do século XX, proposta pelo astrônomo Georges Lemaítre e o físico
George Garrow surgiu de uma grande explosão de um grão muito quente e formou diversos elementos, incluindo o
planeta Terra, há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, com o acúmulo de substâncias tais como poeira, gases e
rochas.

No início da história da Terra, o planeta não tinha condições para o surgimento da vida, visto que o calor era intenso
e ocorriam erupções vulcânicas a todo momento. Além disso, ele poderia ser atacado diretamente por corpos
originados do espaço. Após muitos anos, surgiram vários elementos que poderiam ser responsáveis pela presença de
vida na Terra.

Mas, até o surgimento das teorias houve uma longa caminhada por pesquisas que realmente comprovassem a vida.
Como essas pesquisas eram contra os dogmas religiosos, havia certo impedimento em realizar uma investigação
mais minuciosa. A teoria da criação estava apoiada na crença de que os seres vivos surgiram de um ser superior.

No inicio, para compreender a origem da vida, os cientistas se apoiaram na teoria da abiogênese. Essa teoria ganhou
seguidores, porém por volta do século XIX, entrou em descrédito devido aos experimentos feitos por Redi, Pasteur,
dentre outros.

Mas, foi na década de 50, a partir de uma experiência que misturava elementos antigos da atmosfera e
bombardeavam-na com descargas elétricas, surgiram aminoácidos essenciais. A experiência foi realizada pelos
cientistas Harold Urey e Stanley Miller que afirmaram ser os elementos carbono, água, descargas elétricas e
atmosfera carregada de gases, os elementos essenciais para a criação da vida.

Assim, surgiu a Teoria da Panspermia Cósmica, que afirma que a vida surgiu a partir de substâncias geradoras de
vida e/ou seres vivos provenientes das diversas regiões do universo. Além dela, existe a Teoria da Evolução Química
ou Molecular, que afirma o surgimento da vida através de um processo de evolução química de compostos
inorgânicos, que deu origem às moléculas orgânicas e logo depois as formas de vida. Confira com mais detalhes
como essas teorias foram criadas.

Criacionismo X Evolucionismo

Tanto a teoria do criacionismo, quanto a do evolucionismo foram criadas para explicar a origem da vida e também a
evolução humana. Mas, ambas são diferentes por uma ser apoiada na fé ou nas crenças e a outra baseada em
experimentos e pesquisas científicas.

Teoria Evolucionista

A teoria do evolucionismo está apoiada essencialmente em Lamark e Darwin, mas foi estudada por diversos
cientistas. Ela surgiu para explicar as alterações que as diferentes espécies de seres vivos sofreram com o passar do
tempo, na sua relação com o ambiente que vivem.

Charles Darwin é um dos principais cientistas que estudou sobre a evolução dos seres vivos, publicando um livro
chamado de ‘A Origem das Espécies’, de 1859. Sua obra foi criada em viagens que ele realizou em várias partes do
mundo, onde verificou que dependendo do local em que estavam, espécies adquiriam características diferentes. Ele
acreditava que as espécies sobreviveram devido a uma seleção natural. Sua teoria foi aprofundada por outros
cientistas.

Teoria do Criacionismo

É a teoria mais antiga de todas que afirma que os seres humanos foram criados por um ser superior. Muitas culturas
e religiões acreditam nessa ideia, e além disso, é uma das que mais geram discussões entre os cientistas e religiosos
que confiam nela.

Os teólogos acreditam que os seres humanos vieram de um ser supremo, Deus, que criou seres humanos perfeitos e
semelhantes a Ele. As espécies de animais e vegetais foram inseridas por ele e se adaptaram ao ambiente sem sofrer
evoluções.
De acordo com os textos bíblicos, Deus foi o criador de todas as espécies da Terra. A teoria da criação varia de
acordo com o texto sagrado ou religião/cultura a que se refere, por exemplo, na Grécia Antiga, os gregos se
apoiavam na ideia de que haviam um Caos, e dele nasceram Gaia (a terra) e Eros (o amor) e depois, Ébero (trevas) e
outros elementos.

Teoria da Abiogênese

No século XVIII, e antes mesmo disso, os seres humanos começaram a discordar da teoria da criação. Nesse período,
as pessoas acreditavam também na Teoria da Geração Espontânea ou Abiogênese. Ela foi uma das primeiras teorias
que surgiram sobre a origem da vida e adquiriu adeptos durante toda a Antiguidade, tais como o filósofo Aristóteles,
além de outras personalidades da época, e principalmente, cientistas.

A hipótese era a de que os seres vivos poderiam ‘nascer’ de matéria orgânica. Por exemplo, vermes surgiriam de
frutas; rãs e cobras nasceriam a partir do lodo dos rios, etc.

Um médico que tentou provar essa teoria foi Jan Baptista Van Helmont. Ele criou uma receita para produzir
camundongos por geração espontânea. Através do experimento colocou grãos de trigo em camisetas sujas, e a partir
do trigo nasceriam os camundongos. Mas, ele não havia percebido que os ratos apenas eram atraídos pelos grãos.

Outro cientista foi John T. Needham, em 1745, um inglês que buscou comprovar a abiogênese. Ele fez um
experimento no qual inseriu um caldo nutritivo em um frasco, vedou com uma rolha e o ferveu. Ele viu que mesmo
estando fechado, existiam microorganismos dentro dele, que havia surgido por geração espontânea. Mas foi
constestado por Lazzaro Spallanzani, em 1770, que fez o mesmo experimento, mas teve um resultado diferente. Ele
explicou que Needham não havia fervido a substância a ponto de matar todos os microorganismos que já estavam
presentes nela. Porém Needham o combateu com o argumento de que por ter fervido por muito tempo e utilizado
um recipiente totalmente fechado, acabou por tornar o ambiente desfavorável à vida.

Teoria da Biogênese

Após verificar contradições, entre os séculos XVII e XIX, cientistas como Francesco Redi, Louis Pasteur, dentre outros,
apresentaram algumas teorias para comprovar a origem da vida. Essa teoria ficou conhecida como biogênese que
comprovou que todos os seres vivos surgiram de outros já preexistentes.

Experimento de Redi

O biólogo italiano Francesco Redi (1625-1697), no século XVII, percebeu que a teoria da abiogênese estava incorreta.
Ele realizou a investigação de vermes que nasciam de alimentos podres e cadáveres.

Utilizando frascos para realizar o experimento, adicionou cadáveres de animal e pedaços de carne, alguns ele vedou
com gaze e outros deixou aberto. No aberto, as moscas pousavam e surgiam larvas, já o que estava tampado ficou
intacto. Isso mostrou que os vermes não nasciam desses elementos, mas de moscas que depositavam seus ovos no
local. Assim não nasciam de matéria não viva, como dizia a abiogênese. A partir daí, concluiu-se que os seres vivos
surgiam de outros seres vivos.

Experimento de Pasteur

Em 1860, o cientista Louis Pasteur, apresentou um experimento que colocou em descrédito a teoria da abiogênese.
Na época, a Academia Francesa de Ciências, estava oferecendo um prêmio para quem provasse a origem dos
microorganismos.

Ele adicionou um caldo nutritivo em frascos de vidro com pescoço longo que foram curvados por ele logo depois,
deixando-o no formato de pescoço de cisne, apenas com uma pequena entrada de ar.

Após isso, ele ferveu o caldo e deixou em repouso por alguns dias. Ele percebeu que não havia a presença de
microorganismos. Mas, quando quebrou os gargalos, notou que rapidamente os microorganismos se instalaram
nele.

No primeiro caso, o que impediu a entrada dos microorganismos no caldo foi a curvatura do gargalo, funcionando
como um filtro devido as partículas que se instalaram nessa área, durante a fervura. Quando o gargalo foi quebrado,
os microorganismos apareceram porque já estavam presentes no ar e não poderia nascer espontaneamente do
líquido.

Mas, De Onde Viemos?

Após a comprovação da biogênese por meio de vários experimentos, outra dúvida surgiu: qual a origem dos
primeiros seres vivos? Essa pergunta seria respondida mais tarde pelo biólogo inglês Thomas Huxley, e também
pelos cientistas Oparin e Haldane.

Teorias Modernas

Para responder a pergunta acima, surgiram teorias sobre a origem dos primeiros seres vivos: a Teoria da Panspermia
Cósmica e a Teoria da Evolução Química. Mas, estas não entram em conflito, pois ambas confirmam que houve um
processo de evolução molecular, além de condições ambientais favoráveis para o surgimento da vida na Terra.

Teoria da Panspermia Cósmica

Teoria que surgiu na Antiguidade, através do filósofo grego Anaxágoras, mas com um conceito diferente do que
existe hoje. Depois, passou por outros pesquisadores até chegar aos cientistas William Thomson, Svante August
Arrhenius e Jacob Berzelius que apontaram que o surgimento da vida ocorreu por meio de substâncias que vieram
de outros planetas e chegaram à Terra através de meteoros e poeira cósmica.

Apesar de sofrer um certo preconceito por alguns cientistas, ganhou força no século XIX por Hermann von Helmhotz
e depois deles, outros continuaram as pesquisas para obtenção de novas provas para a teoria, sendo criada outras
linhas de pensamento como a Nova Panspermia e Panspermia Dirigida.

Teoria da Evolução Química ou Molecular

Teoria iniciada pelo biólogo Thomas Huxley e aprofundada posteriormente em 1920 pelo bioquímico russo
Aleksandr I. Oparin e o biólogo inglês John Burdon S. Haldane, que defende que a vida surgiu por meio de uma
evolução química. Compostos como hidrogênio, carbono, oxigênio, dentre outros, se combinaram e formaram
moléculas orgânicas (aminoácidos, açúcares, etc.). Com o passar do tempo, essas moléculas se combinaram e
formaram outras mais complexas (carboidratos, proteínas, etc.) e continuaram sua evolução até duplicar e formar os
primeiros seres vivos. Essa formação foi possível, pois a Terra possuía condições favoráveis à vida. Além deles,
cientistas como Stanley Miller e Harold C. Urey também se apoiaram nessa hipótese.

Uma das hipóteses mais aceitas é a de que os primeiros seres vivos eram autotróficos, aqueles que produzem
alimentos sem precisar ingerí-los. Um exemplo disso, são as plantas, algas e bactérias; Ao invés de heterotróficos,
incapazes de produzir alimento, sendo que precisam de outro ser vivo para sua nutrição, tais como animais, fungos,
etc. Estes haviam passado por processos evolutivos de espécies preexistentes, que poderiam sofrer alterações com o
passar do tempo.

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